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EXERCÍCIO DE PROCESSO DO TRABALHO Aluno: Carlos Vinicius dos Santos Alexandre Matricula: 201504456297 É cabível condenação em honorários advocatícios na justiça do trabalho? Responda à questão fazendo um paralelo entre a regra processual anterior e posterior à reforma trabalhista. R- Sim, a nova CLT traz em seu artigo 791-A a possibilidade de condenação em honorários advocatícios, podendo ser fixados em no mínimo 5% e no máximo 15% inclusive para advogados que atuam em causa própria. A CLT anterior a reforma não trazia previsões sobre tal assunto, existe porem um entendimento do Tribunal Superior do Trabalho que regulamentava essa condenação prevendo que só caberia se a parte estivesse assistida por sindicato, se comprovar que possui salario inferior a dois salários mínimos ou que tal condenação não prejudique o seu sustento ou da sua família. De acordo com o TST se Maria tiver uma reclamação trabalhista contra a empresa ABC ela pode ser testemunha de Tereza na reclamação desta contra a mesma empresa? R- Sim, A sumula 357 do TST diz que não torna suspeita a testemunha que litigou ou esta litigando contra a empresa reclamada. O advogado de Maria chegou à audiência inicial acompanhado de sua cliente e percebeu que não tinha feito a juntada aos autos da contestação da defesa que havia confeccionado. Nessa hipótese, o que o advogado deve fazer? R- Baseado no principio da concentração, poderá o advogado de Maria apresentar sua defesa na audiência trabalhista, tendo para tal ato 20 minutos. Se uma decisão foi disponibilizada no DEJT em 14/11/2017 quando termina o prazo para protocolar o Recurso Ordinário contra essa decisão? R- 27/11/2017, segunda feira. O trabalhador entrou com ação pedindo o pagamento de insalubridade. A empresa foi revel. Como você procederia sendo o juiz do trabalho do caso? R- Segundo o Art. 844 da CLT o não comparecimento do réu na audiência trabalhista gera revelia e confissão, sendo revelia diferente de confissão, porem, entende-se que a confissão é consequência da revelia, uma vez que a revelia é a ausência da defesa e a confissão a falta de depoimento, então como juiz desse caso e sendo o réu confesso não me restaria agir de outra forma, se não, acatar aos pedidos do demandante. A empresa ABC recebeu notificação para comparecer à audiência e apresentar defesa em 13.11.2017, ocorre que a reclamante foi contratada no Rio de janeiro, prestou serviços em Aracajú e ajuizou a reclamação em Recife. Sendo você o advogado da empresa, que medida tomaria e qual o prazo final para protocolá-la? R- Como advogado da reclamada apresentaria no prazo de 5 dias em peça própria, que é o que prevê a nova CLT em seu Art. 800, a exceção de incompetência em razão do lugar uma vez que o Art. 651 da CLT prevê que a ação se dá no lugar onde o empregado prestou os serviços ao empregador. Se o juiz acatasse o pedido realizado no item 6 e enviasse o processo para Aracajú, caberia algum recurso dessa decisão? Justifique-se. R-Não, visto que não cabe recurso nas decisões interlocutórias na justiça do trabalho. Um trabalhador precisa de advogado para litigar na justiça do trabalho? Justifique-se. R- Não, dado que a CLT em seu Art. 791 permite o principio do Jus Postulandi, entretanto existe uma limitação na sumula 425 do TST, que diz que não é cabível esse principio em ações rescisórias, ações cautelares, mandados de segurança e recursos do Tribunal Superior do Trabalho. Um trabalhador que trabalhou como terceirizado para a secretaria de educação do estado de Pernambuco entrou com reclamação trabalhista para pedir os 5 salários atrasados, o pagamento das verbas rescisórias que somou R$ 12.000,00 e a responsabilidade subsidiária da Administração Pública por seus direitos. Que rito processual deve ser utilizado pelo trabalhador? Justifique-se. R- Rito Comum ou Ordinário, pois o Art. 852-A diz que serão submetidas ao rito sumaríssimo as ações cujo o valor seja de 2 a 40 salários mínimos que é o visto em tela, porém o paragrafo único do mesmo artigo diz que estão excluídas desse rito as ações em que for parte demandada a administração pública, que também é o caso e por não ter disposição em contrario na CLT aplica-se subsidiariamente o CPC que traz em seu Art. 318, P. único, que serão aplicados subsidiariamente, em todos os casos, o Rito Comum. Maria recebeu em 13/11/2017 notificação inicial para comparecer à audiência e apresenta defesa na audiência de 16/11/2017. Considerando que Maria compareceu à audiência e apresentou defesa sem se manifestar quanto à data do recebimento, ela poderá após a sentença recorrer e alegar nulidade porque não foi respeitado o prazo mínimo para apresentação de defesa? R- Não, já que ela conseguiu apresentar sua defesa em tempo hábil, mesmo não tendo sido cumprido o prazo legal, agora, se esse atraso na notificação tivesse-lhe gerado algum prejuízo impedindo-a de apresentar sua defesa ela poderia entrar com recurso gerando nulidade dos atos processuais podendo ser reiniciados desde a citação.
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