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Caso 10 Prat V

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EXCELENTISSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
 	
 
PARTIDO POLÍTICO BETA, agremiação política, com representação no Congresso Nacional, inscrito no CNPJ sob nº ________, com sede na _______, e-mail ________, neste ato representado por seu presidente, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade n°_______, inscrito no CPF sob n°_______, com endereço na _______, e-mail_______, vem, por seu advogado, com endereço profissional na rua ________, e-mail ______, onde recebe intimações, conforme art. 106, I do CPC, propor. 
 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE P RECEITO FUNDAMENTAL COM 
PEDIDO LIMINAR 
 
pelo rito especial, da Lei Orgânica do Município Alfa, pelos argumentos de fato e de direito a seguir expostos:
DOS FATOS 
DOS FUNDAMENTOS 
 
Com legitimidade amparada no art. 102, § 1° da CRFB/88, a saber: 
 
“Art. 102 Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
(...)
§ “1° A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.”. 
 
Assim, a presente ADPF funda-se no texto constitucional mencionado, e, ainda, na previsão do artigo 1º, § único e inciso I da Lei nº 9.882/99: 
 
“Art. 1º A arguição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
 
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental: 
 
“I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.” 
 
A presente ação, nos termo s do art. 103, VIII da CRFB /88, ampara a legitimação ativa para seu ajuizamento, recaindo sobre os que têm direito de propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade, constantes no rol do referido artigo. 
É sabido que o texto do art. 2° da CRFB/88 garante a independência e harmonia entre os Poderes, principio este não respeitado pelo legislativo do município Alfa. Não sendo admitido, ainda, a violação do art. 22, I, da CRFB/88, que confirma a competência privativa por parte da União para legislar sobre direito civil, comercial, penal processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e d o trabalho, tendo em vista que a matéria discutida ser de direito penal, ocorrendo então violação de princípio federativo. 
 
É sabido, conforme o que prescreve o art. 29, X da CRFB/88, o julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça, em acordo com o texto da Súmula Vinculante 46 do STF que rege: 
“A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União.” 
 
Neste sentido observamos o julgado: 
 
“Conforme disposto na Súmula Vinculante 46, a definição do s crimes de responsabilidade e das respectivas normas de processo e julgamento é de competência legislativa privativa da União. No que concerne ao regime pertinente aos Prefeitos Municipais, a referida competência foi exercida com a edição do Decreto-Lei 201/1967. 13. No caso concreto, a decisão reclamada reconheceu que o diploma normativo adotado para o julgamento da parte reclamante foi o Regimento Interno da Câmara Municipal. A Câmara Municipal prestou informações no mesmo sentido. O parâmetro normativo utilizado, portanto, é incontroverso. 14. A Súmula Vinculante 46, originada da Súmula 722/STF (aprovada em 26.11.2003), não se presta a servir como fundamento para toda e qualquer alegação de ofensa às normas federais que definem os crimes de responsabilidade e as respectivas regras de processo e julgamento. No entanto, trata-se de caso em que expressamente se admite a utilização de parâmetro normativo diverso do Decreto-Lei 201/1967. A violação à Súmula vinculante, portanto, é clara." (Rcl 22034 MC, Relator Ministro Roberto Barroso, Decisão Monocrática, julgamento em 16.11.2015, Dje de 24.11.2015). 
 
Vale se registrar que nem a Constituição Federal nem a lei cuidaram de definir, com exatidão, o alcance da locução “preceito fundamental”. Dessa forma, caberá ao hermeneuta constitucional o cumprimento dessa árdua missão, conforme entendimento j á manifestado pelo Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da Questão de Ordem na ADPF nº 1/RJ. Aqui remeto o trecho da ementa deste julgado: 
 
“Arguição de descumprimento de preceito fundamental. Lei n º 9882, de 3.12.1999, que dispõe sobre o processo e julgamento da referida medida constitucional. dois. Compete ao Supremo Tribunal Federal o juízo acerca do que se há de compreender, no sistema constitucional brasileiro, como preceito fundamental. três. Cabimento da arguição de descumprimento de preceito fundamental. Necessidade de o requerente apontar a lesão ou ameaça de ofensa a preceito fundamental, e este, efetivamente, ser reconhecido como tal, pelo Supremo Tribunal Federal.” 
 
No entanto, a despeito de não se poder estabelecer, a prioristicamente, quais seriam os preceitos tidos p o fundamentais na Constituição Federal, impõe-se desde já o reconhecimento de alguns princípios estruturantes do Estado Democrático de Direito Brasileiro, que se destacam pela importância e pela função irradiadora e orogenética no sentido de inspirarem a criação de outras regras no Ordenamento Jurídico. Sobre o tema, bem esquadrinha o professor Luís Roberto Barroso: 
 
“Embora conserve a fluidez própria dos conceitos indeterminados, e haja dificuldade em delimitar em abstrato o seu conteúdo, existe um conjunto de normas que inegavelmente devem ser abrigadas no domínio d os preceitos fundamentais. Nessa classe estarão os fundamentos e objetivos da República, assim como a s decisões políticas estruturantes, todos agrupados sob a designação geral de princípios fundamentais, objeto do Título I da Constituição (artes. 10 a 4ª). Também os direitos fundamentais se incluem n essa categoria, o que incluiria, genericamente, os individuais, coletivos, políticos e sociais (artes. 5º e s.). Aqui se travará, por certo, a discussão acerca da fundamental idade ou não de determinados direito s contemplados na Constituição brasileira, não diretamente relacionada à tutela da liberdade ou do mínimo existencial. Devem-se acrescentar, ainda, as normas que se abrigam n as cláusulas pétreas s (art. 60, § 4º) ou delas decorrem diretamente. E, por fim, os princípios constitucionais ditos sensíveis (art. 34, VII), que são aqueles que por sua relevância dão ensejo à intervenção federal. Não se trata de catálogo exaustivo, como natural, mas de parâmetros a serem testados à vista da s situ ações da vida real e das arguições que serão apreciadas s pelo Supremo Tribunal Federal.”
DO DEFERIMENTO LIMINAR 
 
O periculum in mora faz-se presente, visto que foi violado o princípio da separação dos poderes, amparado no art. 2° da Carta Magna, a violação à competência legislativa privativa da União, a parada pelo art. 22, inciso I, da CRFB/88 e Súmula Vinculante 46/STF, bem como violação ao art. 29, inciso X, CRFB/88, que dispõe sobre os municípios e sobre as respectivas leis orgânicas, as quais devem observar os preceitos constitucionais, especialmente garantindo aos Prefeitos a prerrogativa de foro perante o Tribunal de Justiça em crimes comuns. 
Ainda se observa a necessidade de sustar a eficácia da norma impugnada, requerendo suspensão do trâmite da representação por crime de responsabilidade oferecida em desfavor do Prefeito do Munícipio Alfa, o que demonstra inequivocamente o fumus boni iuris. Presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, é cabível e necessária à concessão da liminar. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto requer: 
a) Seja deferida medida liminar para que seja suspenso o procedimento de representação apresentado; 
b)Sejam notificados os órgãos e autoridades competentes pelo ato de violação dos preceitos arguidos; 
c) Seja notificado do Advogado Geral da União para manifestação sobre o deferimento liminar, de acordo com o art. 5°, § 2°, da Lei 9.882/99; 
d) Seja intimado o Procurador Geral da República para manifestação, conforme previsão no art. 7°, § único, da Lei 9.882/99.
e) Seja julgado procedente o pedido para reconhecer a violação dos preceitos arguidos tomando as medidas cabíveis diante das violações apresentadas. 
 
DAS PROVAS 
Pretende-se provar o alegado por todo meio de prova em direito admitido, como a prova documental em anexo. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se a causa o valor de R$ __________. 
 
 
Nestes termos,
Pede deferimento.
Cidade, data
ADVOGADO / OAB
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO PROGRESSISTA, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado adiante assinado (procuração anexo), com endereço profissional completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no art. 102,I, ”a”, da CF/1988 c/c art. 12-B, I, da Lei 9.868/1999, propor:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO COM PEDIDO CAUTELAR
Em desfavor da omissão do Excelentíssimo Senhor GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, chefe do Poder Executivo Estadual, com qualificação e endereço completos, pelos argumentos a seguir expostos:
I – DOS FATOS
II - DO DIREITO
A presente ação vem amparada pelo art. 12-B, I da Lei 9.868/99, devida a omissão inconstitucional total quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar e art. 103, § 2º da CF/88, observando a legitimidade para sua propositura em conformidade com o art. 103, CF/88 e art. 12-A, Lei 9.868/99. Sendo sabido que a remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada ou alterada por lei específica, sendo assegurada revisão geral anual, conforme previsão no art. 37, X CF/88, demonstrando a omissão do Legislativo até a propositura da presente ação.
III - DA MEDIDA CAUTELAR
O periculum in mora faz-se p ode ser observado na falta de aumento concedido para a categoria desde 2003. Ainda se observa a omissão e falta de isonomia, tendo em vista que as demais categorias receberam aumento normalmente, sendo verificando desta forma inequivocamente o fumus boni iuris, conforme reserva art. 103, § 2° da CRFB e art. 12-H, § 1° da Lei 9.868/99 Assim, presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, é cabível e necessária a concessão da liminar.
IV – DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer:
Medida cautelar para que o chefe do poder Executivo providencie a Lei complementar no prazo de 30 dias, cumprindo assim o teor do art. 37, X, CF/88;
Notificação do Governador do Estado para que preste as informações necessárias;
Oitiva da Procurador Geral da Republica;
Por fim, Seja julgado PROCEDENTE o pedido para declarar a inconstitucionalidade por omissão, dando-se ciência ao Executivo de Santa Catarina para que edite a norma omissa no prazo de 30 dias.
V – PROVAS:
Requer, por fim, ainda, que todos os meios de provas em direito sejam admitidas.
Dá-se à causa o Valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) para fins meramente procedimentais.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB
EXCELETÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO Y
Apelação...
JOSÉ, já qualificado por seu advogado, que está subscreve, nos autos da ação ...., em sede de apelação, que move em face de PRESIDENTE DO BANCO X E DA EMPRESA W, igualmente qualificado, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tendo em vista o Venerando acórdão de fls. e com fundamento dos artigos 102, III da CR, interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO pelas razões anexas.
Requer seja recebido o presente recurso no seu regular efeito devolutivo (art. 542, §2º CPC) com a remessa ao Egrégio Supremo Tribunal Federal.
 
Termos em que, pede recebimento.
Local e data...
ADVOGADO...
OAB...
EGREGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Recorrente –
Recorrido –
Egregio Tribunal
Colenda Turma
I – DA REPERCUSSÃO GERAL
Preliminarmente é importante ressaltar que a matéria, objeto do presente recurso reverte-se de repercussão geral.
Isto porque a questão sobre a necessidade da licitação para a Administração Pública, portanto possui relevância econômica, política, social ou jurídica com potencialidade de atingir uma enorme coletividade de pessoas já que o tema pode envolver outros entes da federação.
Portanto, tendo em vista o preenchimento do requisito constitucional, requer seja recebido o presente recurso conforme artigo 543-A do Código de Processo Civil.
II – DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
Consoante se depreende dos autos, o recorrente foi intimado da decisão no dia..., e protocolizou o presente recurso no dia..., portanto dentro do prazo de 15 dias previsto em lei, conforme artigo 508 do Código de Processo Civil.
A matéria objeto do recurso versa sobre violação da Constituição Da República, já que discute aspectos sobre a licitação bem como contratação pelo serviço público e a validade de lei estadual legislando sobre o tema, portanto cabível no caso Recurso Extraordinário, conforme o Artigo 102, III da CRFB/88.
Demonstra-se cabível o Recurso Extraordinário, cumprindo requisito inserto no Art. 541, II do CPC.
III – PREQUESTIONAMENTO
A matéria, objeto do presente recurso está devidamente prequestionada. Isso porque, consoante de depreende do acórdão, o tribunal decidiu afirmando “ser válida a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da Administração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios constitucionais invocados”.
Dispõe a súmula 282 do STF:
“É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.”
Portanto, preenchido o requisito do prequestionamento.
IV – RAZÕES RECURSAIS
Trata-se de Ação Popular movida contra a Empresa W e o banco X por irregularidade cometida na contratação da empresa para a prestação serviço, tendo em vista que o dono da empresa é filho do presidente do banco, o que inviabilizaria a contratação da empresa pelo banco.
Ocorre que a contratação foi feita e irresignado, o ora recorrente propôs ação popular em face do Banco X e da Empresa W.
O acórdão de fls considera a lei local validada, analisada em face de lei federal, não havendo violação aos princípios constitucionais invocados.
Merece reforma a referida decisão, pois o tribunal não decidiu de maneira correta. Isto porque não cabe ao Estado-membro a competência para legislar sobre licitação e contratação pelo serviço público, sendo essa uma competência privativa da União, conforme Art. 22, XXVII da CRFB/88.
E para tal já existe a devida regulamentação qual seja a Lei 8666/93, que permite aos outros entes da federação tão somente a edição atos legislativos que demonstrem incompatibilidade com a Lei Federal, conforme Art. 118.
O Estado Y transbordou, através da Lei 1.234, os limites de sua competência, legislando sobre legislação, contrapondo-se a Lei 8666/93.
A decisão do Tribunal local enseja um conflito de competências que deve ser resolvido pelo STF.
O ocorrido viola os princípios constitucionais da Administração Pública, frontalmente os da moralidade e da impessoalidade, tendo em vista a contratação pelo banco público de outra empresa pertencente ao filho do presidente do referido banco. Além de indiretamente os princípios da legalidade, publicidade e eficiência, todos previsto no Art. 37 da CRFB/88.
V – DO PEDIDO
Isso posto requer:
 a) tendo em vista o preenchimento de todos os requisitos de admissibilidade, seja admitido o presente recurso;
b) Seja recebido o recurso no seu regular efeito devolutivo;
c) Ao finalseja dado provimento para fim de declarar a Lei 1.234 do Estado Y inconstitucional;
d) a intimação do recorrido, para que, querendo, apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias;
e) A inversão dos ônus da sucumbência para que fiquem ao encargo do recorrido.
Termos em que, pede provimento.
Local e data...
ADVOGADO...
OAB...
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
Processo nº...
"M", devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, nos autos da ação de Responsabilidade Civil contra Administrador de Sociedade por Ações, ajuizada por XYZ Alimentos S.A, vem, respeitosamente, á presença de V.Exa., inconformada com a decisão proferida às fls...., com fundamento no artigo 105, III,a, da Constituição Federal, interpor o presente RECURSO ESPECIAL, cuja juntada requer, processando-se o presente e providenciando-se o seu posterior encaminhamento ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Termos em que, com a demonstração do pagamento das custas do recurso e dos portes de remessa e retorno, pede deferimento
Local e data
Advogado...
OAB...
Razões do Recurso Especial
Apelação nº...
Origem...1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Piauí
Apelante... “M”
Apelado...”XYZ” Alimentos S.A
Colenda Turma,
I- DO ACÓRDÃO RECORRIDO
Em 27/2/2011 a Recorrida ajuizou ação em face do Recorrente para responsabilizá-lo por supostos prejuízos causados à companhia decorrentes da venda de produto a preço inferior ao de mercado, em troca de vantagem pessoal.
Conforme ficou demonstrado na contestação do Recorrente, não houve a realização prévia de assembléia da companhia para deliberar sobre o ajuizamento da referida ação. Além disso, as contas da administração referente ao exercício de 2005 haviam sido aprovadas pela assembléia geral ordinária ocorrida em 5/2/2006, não podendo ser passível de discussão em razão do decurso tempo.
Em recurso de apelação, a 1ª Câmara Cível do tribunal de Justiça do Estado do Piauí reconheceu a verossimilhança das alegações apresentadas na Contestação da Recorrente, todavia, manteve a condenação imposta pelo juízo de primeiro grau em face do Recorrente, com fundamento no artigo 158,I, da Lei n. 6.404/76 que estabelece que " o administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder: I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo".
Ora, a referida decisão não pode prosperar tendo em vista que negou vigência aos dispositivos legais de lei federal que embasaram a tese do Recorrente.
II. DO CABIENTO E ADMISSIBILIDADE DO RECURSO
É o presente recurso cabível, já que presentes seus requisitos de admissibilidade, como passaremos a demonstrar.
Em primeiro lugar, há o prequestionamento da matéria preconizada, prevista no inciso III do artigo 105 da Constituição Federal envolvida. Não se pode olvidar que desde a inicial a questão legal foi abordada, afinal este era o objeto da ação proposta.
Frise-se que o recurso ora apresentado não se destina à reanálise de provas, mas tão somente ao questionamento da interpretação do texto constitucional exposta no v. acórdão. Sendo assim, cabível o presente recurso, nos termos da alínea “a” do inciso III do artigo 105 do texto constitucional.
III – DO MÉRITO RECURSAL
De acordo com o que prescreve o Artigo 134, §3º da Lei 6.404/76, a referida ação não poderia ter sido ajuizada contra administrador que teve suas contas aprovadas “sem ressalvas” em assembléia “limpa”, sem manifestações e votos dolosos, culposos, fraudados ou simulados, o que implica na ausência de reconhecimento de eventual atuação do administrador com dolo ou culpa.
Ademais, ainda que algum desses vícios fosse verificado, o prazo para anular a deliberação seria de dois anos (art. 286), o qual foi verificado em 05/02/2008 e, ainda que se entendesse pela possibilidade do ajuizamento de ação para responsabilizar o Recorrente esta pretensão prescreveu ao final do dia 05/02/2009 (art. 287, II, b, 2).
Em que pese ter reconhecido que não assiste razão o Apelado, a decisão atacada manteve a condenação de primeiro grau, imposta ao Recorrente, em grave violação a lei federal vigente.
IV - PEDIDOS
Posto isso, requer:
o conhecimento do recurso especial, já que presentes seus requisitos
II- o total provimento à este recurso e prover consequente declaração de reconhecimento da prescrição da ação tanto para anular a deliberação da assembléia que aprovou as contas do Recorrente quanto da ação para responsabilizá-lo pelos prejuízos causados à companhia, revertendo-se o ônus da sucumbência;
 a intimação do recorrido para apresentação de contrarrazões no prazo legal;
 a condenação do Recorrido nas custas e honorários de advogado.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local e data
Advogado...
OAB...

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