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CASOS CONCRETO CIVIL AV.2 sm.6 a sm.11

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SEMANA-6
CASO CONCRETO 
Júlio é proprietário de um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno córrego. Em setembro de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração permanente do curso natural das águas o que promoveu a seca definitiva do leito do córrego. Júlio, curioso por natureza, procura seu escritório, conta-lhe os fatos e lhe pergunta a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode incorporar ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta. 
O artigo 27 e jurisprudência o código das águas (Decreto nº 24.643/34) diz que se a mudança da corrente for feita para utilidade pública o álveo abandonado passa a pertencer ao expropriante – que no caso é a prefeitura – para que se compense a despesa feita, devendo seu antigo possuidor ser indenizado.
SEMANA-7
CASO CONCRETO 
Caso Concreto 
Gustavo e Rodolfo dissolveram em 2012 sua união homoafetiva em que conviveram desde 2000. Gustavo voltou para a casa dos seus pais e Rodolfo permaneceu no apartamento em que viviam e que adquiriam de forma onerosa durante a união. Como a dissolução da união foi litigiosa, Gustavo decidiu deixar todas as contas relativas ao imóvel para Rodolfo pagar, tais como, o IPTU e as taxas condominiais, já que não mais iria morar no bem. Após 4 anos morando com os seus pais, Gustavo decide contratar você como advogado(a), para postular o seu direito à metade do apartamento, eis que comprou o bem em co-propriedade com Rodolfo e até o momento não tinham partilhado o referido imóvel. Pergunta-se: Gustavo conseguirá obter em Juízo o seu direito à metade (meação) do apartamento? Fundamente sua resposta. 
Não terá Gustavo êxito em requerer sua parte no imóvel, uma vez que Rodolfo preencheu os requisitos do artigo 1.240-A do CC/02, pois exerceu posse direita e ininterruptamente por 2 anos e sem oposição em imóvel urbano de até 250m² que foi abandonado por ex-cônjuge ou ex-companheiro, fazendo deste imóvel sua moradia e vindo a adquiri-lo com domínio integral em virtude de não ter outro imóvel. Além disso, os enunciados nº 498, 500 e 595, ratificam a usucapião por Rodolfo, sendo o primeiro que versa sobre a fluência do prazo 2 anos previsto no 1.240-A do CC/02 para a nova modalidade de usucapião; o segundo, pressupõe a propriedade comum do casal compreendendo todas as formas de família ou entidades familiares, inclusive homoafetiva, como no caso em comento; e o terceiro, que trata do “abandono do lar” dever se interpretado na ótica do instituto da usucapião familiar como abandono voluntário da posse do imóvel, somado à ausência da tutela da família, não importando em averiguação da culpa pelo fim do casamento ou união estável.
SEMANA-8
CASO CONCRETO 
Adriano, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Honda em janeiro de 2006, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, Adriano vem utilizando contínua e ininterruptamente o veículo. No entanto, em maio de 2016 Adriano foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo, mesmo tendo este afirmado que como já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta. 
Bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião extraordinário conforme artigo 1.261 CC/02 caso a posse de bem móvel se prolongar por 5 anos independente de título ou boa-fé.
SEMANA-9
CASO CONCRETO 
Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de diversas etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua resposta. 
No caso concreto ocorre o fenômeno da adjunção eis que as coisas estão juntas sem a possibilidades de separação do acessório do principal sem que cause prejuízo.
SEMANA-10
CASO CONCRETO 
Antenor dos Anjos, proprietário de uma casa localizada no Bairro de Piedade, construiu uma janela a menos de metro e meio do imóvel de Soraia. Dois anos depois, Soraia construiu um muro, observando o Código de Posturas Municipais e as regras da legislação civil, reduzindo, entretanto, a circulação de ar e a claridade na residência de Antenor, que inconformado, promoveu uma Ação Demolitória. Analise a situação narrada, com base na legislação civil brasileira, e aponte a quem assiste razão e fundamente a sua reposta. 
A ação promovida por ATENOR é desprovida de fundamento, pois além de SORAIA observar as regras de posturas municipais o CC/02 no art. 1.302, PU do CC/02 lhe garante o direito de levantar sua edificação, ou contramuro ainda que vede a circulação de ar e claridade de ANTENOR
SEMANA-11
CASO CONCRETO 
Selma, proprietária de uma unidade localizado no Condomínio do Edifício Vivendas do Sol, localizado no Recreio dos Bandeirantes, resolveu ocupar parte da área térrea contínua a sua área de serviço; a utilização já perdura por mais de 5 (cinco) anos. A área, que é utilizada por Selma, pertence a área comum do condomínio edilício. Na qualidade de proprietária do imóvel, ela recentemente construiu um muro no local, impedindo que os demais condôminos e os respectivos funcionários do condomínio tenham acesso à área em questão. O síndico do condomínio, a pedido dos demais condôminos, (decisão em Assembleia) ingressa com uma Ação Judicial objetivando a demolição do muro construído. Ao tomar conhecimento do fato Selma, imediatamente, ingressa com uma Ação Judicial para ver reconhecida a usucapião da respectiva área. INDAGA-SE:
A - Diante do caso narrado, a legislação brasileira e/ou a jurisprudência prevê á possibilidade jurídica de Selma ter a sua pretensão judicial julgada procedente? Explique a sua resposta com a devida fundamentação jurídica.
Não será procedente, uma vez que os atos de mera detenção ou tolerância em relação à ocupação da área em comum do condomínio jamais se converterá em domínio; logo, não caberá a usucapião. Vale destacar que USUCAPIÃO é um instituto que existe para eliminar um conflito social relativo à propriedade, caso SELMA pudesse usucapir a área comum do condomínio onde construiu o muro, o conflito social iria perdurar, em virtude de que impediria os demais condôminos e funcionários do condomínio a terem acesso e usar a área comum.
B - A legislação brasileira permite que o condômino pode utilizar-se de área comum do Condomínio com exclusividade impedindo o uso dos demais? Há exceções previstas na legislação vigente? Explique as indagações com as respectivas respostas fundamentadas. 
Flávio Tartuce diz que o condômino pode usar as partes comuns conforme sua destinação, contanto que não exclua a utilização dos demais condôminos(compossuidores), tal entendimento está de exatamente de acordo com o art. 1335, II do CC/02. A exceção para o caso de utilização exclusiva de área comum seria para um fim específico, como exemplo a utilização de uma salão de festas – mas não de maneira permanente.

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