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TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL

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TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO COMERCIAL x DIREITO EMPRESARIAL
O Direito Comercial possui como principal fonte o Código Comercial e a Teoria dos Atos de Comércio, oriunda do Sistema Francês dos Atos de Comércio (Código de Napoleão).
O Direito Empresarial é a nomenclatura moderna da matéria, pós-Código Civil de 2002, que tem por base a Teoria da Empresa e o Sistema Italiano (Código Civil Italiano). 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Período Primitivo
 - Os primeiros registros que se tem de organização comercial remontam do período das grandes navegações e descobrimentos, na segunda fase da Idade Média.
 - Eram baseados nos usos e costumes do comércio, em especial do comércio marítimo.
- Corporações de Ofício: Organizações de comerciantes associados que agiam por conta e com regras próprias.
 - Para exercer o comércio, o indivíduo deveria possuir matrícula nas corporações de ofício.
 - Fase Subjetiva (foco sobre o comerciante)
O direito comercial dessa fase era criado por corporações de ofício, as quais, por terem uma estrutura corporativa e classista, tiveram a força política e a econômica necessárias ao estabelecimento de regras próprias para os comerciantes. Já Comerciante era quem estava matriculado em uma corporação de ofício.
Teoria dos atos de comércio
- 1º Marco Legislativo: Code de Commerce 
Código Comercial Napoleônico (1807) e a teoria Francesa dos Atos de Comércio.
 - Rol de atividades econômicas que, quando praticadas, indicariam que o sujeito responsável pelo ato seria comerciante;
- Em sua maioria, as atividades eram relacionadas como intermediações, assim o comerciante não passava de um intermediário (comprava para revender como ato de comércio)
 - O Código Comercial Brasileiro de 1850 se inspirou no Código Napoleônico e na Teoria Francesa. Não trazia um rol de atividades, mas o Regulamento 737 especificava quais eram os atos de mercancia.
- Exemplo: Art. 19 “a compra e venda ou troca de efeitos móveis ou semoventes, para os vender por grosso ou a retalho, na mesma espécie ou manufaturados, ou para alugar o seu uso”
 - Fase Objetiva (foco sobre as atividades tidas como comerciais)
 - Superada em razão da indevida exclusão de atividades essencialmente comerciais, sua taxação e pela unificação do Direito Privado em um único código.
Transformou-se em um ramo do direito aplicável a determinados atos, não a determinadas pessoas. Tais atos estariam elencados em legislação comercial e quem fizesse da sua profissão o exercício deles seria alcançado pelo direito comercial.
Teoria da Empresa
 - Marco Legislativo: Codice Civile
Código Civil Italiano (1942 – Alberto Asquini) e a Teoria Italiana da Empresa como atividade (Único código - Civil/Empresarial/Trabalhista)
 - É a evolução da Teoria dos Atos de Comércio, pois contempla novas atividades econômicas e outras que não eram previstas no rol taxativo
- Abrange qualquer exercício profissional de atividade econômica organizada (exceto a intelectual), para fins de produção ou circulação de bens ou serviços
 - A empresa passa a ter uma atividade econômica que não se confunde com a do empresário e muito menos com a do estabelecimento empresarial.
O direito empresarial incide na atividade tida como econômica. O objeto do direito é estável, a atividade (empresa). Todavia, apesar de incidir sobre a empresa (objeto), os reflexos jurídicos dos negócios recairão sobre os sujeitos titulares das empresas (empresá- rios e sociedades empresárias).
Empresa multifacetária - (Alberto Asquini)
Perfil subjetivo: o empresário e a sociedade empresária 
Art. 966 CC: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Art.981 CC: celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Perfil objetivo: conjunto de bens; aspecto patrimonial (estabelecimento, art. 1142 CC: Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.).
Perfil funciona: a atividade empresária (art. 966 CC: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.). 
Perfil corporativo: colaboradores (prepostos, art. 1196 CC: Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.)
- O Código Civil de 2002, adotou a Teoria da Empresa e revogou a primeira parte do Código Comercial (art. 2.045: Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850.).
 - Fase Subjetiva moderna
 - A Teoria da Empresa já havia sido incorporada pelo CDC (8.078/90), Lei de Locações de Imóveis Urbanos (8.245/91) e a Lei de o Registro de Comércio (8.934/94).
 - O Código Comercial continua em vigor na Segunda Parte, que trata do Comércio Marítimo. 
1 – Fase Subjetiva – origem histórica – usos e costumes (inscrição do comerciante)
2 – Fase Objetiva – origem francesa (Código Napoleônico) – Teoria dos Atos de Comércio
3 – Fase Subjetiva Moderna – Origem Italiana (Alberto Asquini) – Teoria da Empresa
Fontes do Direito Empresarial
Primárias: Constituição Federal, Leis e Decretos. Em especial o Código Civil, Código Comercial e as leis especiais (LSA, LUG, Lei dos Cheques, Lei das Duplicatas, etc.)
Secundárias: Princípios, usos e costumes, jurisprudência, etc.
Princípios do Direito Empresarial
- Princípio da liberdade de iniciativa: Dupla ideia (1) Estado não interferir na economia, no sentido de não dificultar a formação e desenvolvimento de empresas (2) Obrigação imposta aos empresários de coibir práticas incompatíveis com a liberdade de iniciativa. Art. 170, caput, CF: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
 - Princípio da livre concorrência: Coíbe práticas empresariais abusivas que atentem ao funcionamento da economia de livre mercado (monopólio, oligopólio). Art. 170, IV, CF
todos podem livremente concorrer, com lealdade, no mercado, visando à produção, à circulação e ao consumo de bens e serviços. Possui caráter instrumental, assegurando que a fixação dos preços das mercadorias e serviços não deve resultar de atos cogentes da autoridade administrativa, mas sim do livre jogo das forças na disputa de clientela, conforme o oscilar da economia de mercado.
- Princípio da função social da empresa: Princípio implícito da CF, extraído da função social da propriedade. A empresa cumpre gerando empregos, tributos e riqueza, respeitando os consumidores, adotando práticas sustentáveis. Art. 170, III, CF
A função social do direito comercial permite sua constitucionalização, de molde que o interesse público limita o exercício do interesse privado, evitando o abuso do poder econômico ou a inércia do poder público. A função social da empresa não protege somente a pessoa jurídica contra atos ruinosos de seus sócios (impondo-se como poder-dever uma condução dos objetivos sociais compatível com o interesse da coletividade), senão também impondo ao poder público a preservação da atividade empresarial, tão necessária ao desenvolvi- mento econômico. Afunção social da empresa busca assegurar ainda a utilização dos bens de producao segundo sua função social, de modo que deverá haver, sob pena de violação a esse principio, responsabilidade social na atividade empresarial.
 - Princípio da preservação da empresa: Implícito na legislação esparsa. Se pretende preservar a atividade empresarial, que interessa ao sócio e à coletividade (Recuperação Judicial, continuidade da atividade empresarial por incapaz, assistido)
A conservação da empresa embasa-se na importância da continuidade das atividades de producao de riquezas pela circulação de bens ou prestação de serviços como um valor a ser protegido, e reconhece os efeitos negativos da extinção de uma atividade empresarial, que acarreta prejuízos não só́ aos investidores, como a toda a sociedade.
- Princípio da legalidade e a exploração da atividade empresarial: Diz respeito à organização da atividade empresarial, cálculo de custos, preços, regras de concorrência (observância à lei de meia entrada). Art. 5º, II da CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
EMPRESA
Teoria da Empresa, Livro II, Parte Especial, Código Civil
Perfil subjetivo: O Empresário e a sociedade empresária. Art. 966 e 981 CC
Perfil patrimonial ou objetivo: Conjunto de bens. Art. 1142 CC
Perfil funcional ou dinâmico: Atividade Econômica Organizada para a produção ou circulação de bens e serviços. Art. 966 CC
Perfil corporativo: Organização de pessoas e de bens. Art.1196
Fenômeno de múltiplos perfis: Alberto Asquini
Noção Econômica: É um organismo econômico, que se apresenta como uma combinação de elementos pessoais e reais, colocados em função de um resultado econômico, e realizada em vista de uma intento especulativo.
Noção Jurídica: É atividade econômica que visa à obtenção de lucros através do oferecimento de bens e serviços ao mercado, utilizando-se para tal de uma organização que reúne os fatores de produção, força de trabalho, matéria prima, capital e tecnologia
EMPRESÁRIO- 
Art. 966, CC: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
A empresa, como atividade, precisa de um sujeito, o empresário, a quem competirá a iniciativa de organizar a atividade econômica, que irá reunir, coordenar e dirigir os negócios, recaindo sobre ele os riscos e responsabilidades desta atividade, já que se a empresa for bem é ele quem irá se beneficiar com os lucros, todavia, indo mal, será ele quem amargará os prejuízos.
O empresário é definido modernamente como aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços (art. 966, CC), podendo ser tanto uma pessoa natural, que emprega seus recursos e organiza a empresa individualmente, como também uma pessoa jurídica, criada a partir da iniciativa de uma única pessoa ou nascida da união de esforços e recursos de duas ou mais pessoas.
Organiza atividade econômica, coordenar e dirigir negócio, riscos e responsabilidade (lucro).
O Empresário é o empreendedor individual que, com habitualidade, profissionalidade e o objetivo principal de lucro, predispõe-se à produção de bens e/ ou de serviços, organizando e concatenando os fatores de produção (capital, insumos e tecnologia), com ou sem o auxilio de trabalhadores subordinados.
Requisitos para ser empresário:
Exercício de uma atividade: reiterada/constante = finalidade negocial
Finalidade Econômica: ‘’animus lucrande’’ – obtenção de lucro.
Organização da atividade: capital, trabalho, natureza e tecnologia.
Profissionalidade no exercício de tal atividade: responsável pela empresa – gestor, administrador, assume riscos (lucro e prejuízo).
Finalidade de Produção ou troca de bens e serviços destinados ao mercado: produção ou circulação de bens e serviços.
Capacidade para ser empresário: 
Artigo 972 CC: Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
1 – Estar em pleno gozo da capacidade civil: maiores de 18 anos, que estejam em plena capacidade mental. Princípio da preservação da empresa (974 CC: Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança).
2 – Não se encontrar legalmente impedido:
2.1 Agentes políticos: membros MP e Magistrados (podem ser cotistas: donos de uma parte da empresa). Deputados e senadores (art.54 Os Deputados e Senadores não poderão: 
II – desde a posse: 
ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;).
 Não podem ser administradores.
2.2 Servidores Públicos: Lei 8112/90, art. 117 X, não podem ser acionistas, cotista, comodatários. 
2.3 Falidos (decretação da falência, ate extinção das obrigações. Art. 102 CF: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição) e condenados por crime falimentar (até 5 anos após a extinção da punibilidade, crimes cometidos no processo da falência. Lei da falência – 181 paragrafo 1). 
2.4 Penalmente proibidos: expressamente no dispositivo da sentença
2.5 Estrangeiros: podem ser sócios, exceto por empresa jornalística (cessa com 10 anos de naturalização), e que explore potencial de energia elétrica.
Art. 973, CC – A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
ESPÉCIES DE EMPRESÁRIO
1 - Empresário Individual 
Art. 968, CC: A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autografa;
II - a firma, com a respectiva assinatura autografa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; 
III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa.
§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos.
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.
§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.
§ 4o O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da mesma Lei. 
§ 5o Para fins do disposto no § 4o, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autografa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM.
Pessoa física, CNPJ, Registro Público de Empresa Mercantis.
Ilimitada(responsabilidade)
Não se resume ao patrimônio da empresa, avança o patrimônio pessoal.
Quando o titular da empresa é única pessoa física, natural. O empresário individual inscreve-se na Junta Comercial e no Ministério Da Fazenda no CNPJ para fins de tributação.
Aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas.
2 – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (art. 980-A, CC: A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País): EIRELI – apenas uma.
Pessoa jurídica, CNPJ, Registro Publico da Empresa Mercantil.
Constituição do capital social, é mínimo 100 salários mínimos da época da constituição. 
Só pode ser criada por pessoa natural. Criada pela lei 12.441/2011. EIRELI protege o empresário individual de responsabilidade limitada. Sociedade limitada protege os bens particulares. Qualquer sociedade pode concentrar seu Capital em 1 sócio e transformar-se em EIRELI. Não possui contrato e sim ficha de inscrição (certidão de registro).
É aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa.
3 – Sociedade Empresária 
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
Pessoa jurídica, CNPJ, Registro Público de Empresa Mercantis.
Registro de pessoa – contratos
Tem que ter mais de uma pessoa.
 Aquela que tem empresa, ou seja, exerce atividades econômicas organizadas para a produção ou circulação de bens e serviços.
Excluídos do conceito de empresários: 
Art. 966, Parágrafo único, CC/2002: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Não se considera empresário, o exercem-te de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo que contrate empregados para auxiliá-lo em seu trabalho. Estes profissionais exploram, portanto, atividades econômicas civis, não sujeitas ao Direito Comercial.
Profissionais Liberais e artistas: médicos, advogados, arquitetos, atividade personalíssima. 
Produtores Rurais: registro junto a junta comercial. Atento a esta realidade, o Código Civil reservou para o exerceste de atividade rural um tratamento específico (art. 971: O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.). Se ele requerer sua inscrição no registro das empresas (Junta Comercial), será considerado empresário e submeter-se-á às normas de Direito Comercial. Esta deve ser a opção do agronegócio. Caso, porém, não requeira a inscrição neste registro, não se considera empresário e seu regime será o do Direito Civil. Esta última deverá ser a opção predominante entre os titulares de negócios rurais familiares.
Cooperativas: ex.: sicredi
Finalidade de prestação de serviços aos associados
Não usam lucro/presta serviços aos seus cooperados.
Que são sempre sociedades simples, independentemente da atividade que exploram (Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.). 
As cooperativas, normalmente, dedicam-se às mesmas atividades dos empresários e costumam atender aos requisitos legais de caracterização destes (profissionalismo, atividade econômica organizada e produção ou circulação de bens ou serviços)
OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO – 
Art. 967, CC: É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
1 – Inscrição Obrigatória RPEM: Registro Público de Empresa Mercantil. 
Antes do inicio da atividade.
A inscrição do empresário individual será feita no Registro Público das Empresas Mercantis, sendo obrigatória, será feita mediante requerimento dirigido à Junta Comercial. Os documentos necessários para a realização do registro de uma empresa deverão ser apresentados à Junta Comercial no prazo de 30 dias, contados da data da lavratura dos atos respectivos. Requerido o registro além desse prazo, ele somente produzirá efeito a partir da data de concessão e não da lavratura do ato constitutivo. Feito o registro dentro do prazo legal, os efeitos se operam ex tunc, retroagindo à data da lavratura. Não feito em prazo legal, os efeitos serão apenas ex nunc, correndo a partir do arquivamento feito pela Junta Comercial.
Com Registro Irregular: 
Não podem pedir falência de outro empresário.
Não pode pedir sua recuperação judicial.
Impossibilidade dos livros fiscais servirem como prova.
Devem encaminhar no prazo de 30 dias
Sem registro:
Sociedade em comum
Sócios representarão, responsabilidade ilimitada.
2 – Manutenção dos livros obrigatórios e a escrituração dos livros mercantis: decretada a falência, a falta de escrituração pode ser prevista como crime falimentar.
3 – Dever de levantar anualmente balanço patrimonial e de resultado: indica os bens ativos e dívidas, compreende todos os credores e débitos, praticados na atividade empresarial.
O balanço patrimonial serve para demonstrar a situação real da empresa, indicando seu ativo e passivo, ou seja, todos os bens, créditos e débitos. Já o de resultado acompanhará o de balanço patrimonial e constarão crédito e débito.
4 – Dever de comunicação à Junta Comercial: o empresário que ficar 10 anos ou mais sem atividade, deve comunicar a junta comercial sob pena de cancelamento do registro.
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
Art. 1.042, CC: A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes.
Definição:
Para Fábio Ulhoa Coelho (2009, p. 96): ‘’ É o conjunto de bens, que o empresário reúne para a exploração de sua atividade econômica. Compreende os bens indispensáveis ao desenvolvimento da empresa, como mercadorias em estoque, máquinas, veículos, marcas e outros sinais distintos. Trata-se de elemento indispensável à empresa. 
Bens materiais/corpóreos: todos os bens que podem ser tocados para o funcionamento da empresa. Mercadorias, mobiliários, imóveis. 
Bens imateriais/incorpóreos: são tangíveis, ponto comercia, nome empresaria, propriedade industrial (máquinas, patentes).
Atributos
Aviamento: é a capacidade da empresa em gerar lucro.
Objetivo: extrínseco (fora): ex. localização do estabelecimento. Quando ligadoàs qualidades pessoais do empresário;
Subjetivo: intrínseco: capacidade de administração, gestão, fama, confiança. Quando ligado aos bens componentes do estabelecimento na sua organização.
Alienação:
Trespasse: é o contrato de compra e venda do estabelecimento empresaria, através do qual ocorre a transferência de sua titularidade. Através desse contrato o comerciante se obriga a transferir o domicilio do complexo unitário de bens instrumentais que servem a atividade empresarial e o adquirente se obriga a pagar pela aquisição. O bem acompanhado de sua funcionalidade.
Contrato de compra e venda: mais clientela, utensílios, aviamento, marcas.
Peculiaridades: 
1 – Deve ser efetuado por escrito
2 – Débitos com terceiros: quem tem débitos, deve notificar por escrito os credores que devem se manifestar em 30 dias, silente presume concordância – separa patrimônio.
3 – Dívidas contabilizadas: estão previstas no balanço patrimonial. Com a dívida contabilizada o adquirente se torna solidariamente responsável.
4 – Responsabilidade do alienante: Dívidas vencidas até 1 ano após a alienação. 
Dívidas vincendas: 1 anos após o vencimento.
5- Cláusulas de não estabelecimento – 
Art. 1147 CC: Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.
Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e com poderes especiais.
- 5 anos se não houver previsão expressa no contrato.
- Partes podem prever de forma diversa.
- Prazo – não pode ser indeterminado, deve ser determinado.
- Atividade – em especifico.
- Território – determinado. 
NOME EMPRESARIAL – 
Art. 1.155 CC: Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.
Conceito: Identificação que será adotada pela pessoa física ou jurídica para o exercício da empresa, podendo ser a firma individual, a firma ou razão social e a denominação: 
1 – Firma individual: (art. 1156 CC: O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.), é caracterizado pelo nome do empresário individual completo ou abreviado, e a EIRELI, podendo ser acrescentado o gênero da atividade.
Empresário individua: J. Silva comercio de veículo / João da silva. 
EIREI: M. A Comércio de alimento EIRELI.
A firma só pode ter por base nome civil, do empresário individual ou dos sócios da sociedade empresária. O núcleo do nome empresarial dessa espécie será sempre um ou mais nomes civis. Já a denominação deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base nome civil ou qualquer outra expressão linguística (elemento fantasia).
2 – Firma ou razão social: (art. 1157 CC: A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo.), é utilizada nas sociedades em que ouve sócios de responsabilidade limitada, na qual somete os nomes desses poderão figurar acrescentando ‘’ e companhia’’ ou abreviaturas. 
Sociedade limitada: Pedro oficina mecânica e Cia LTDA. 
Sociedade em comandita por ações: Pedro e João comandita por ações.
Sociedade em nome coletivo: João e Pedro comércio de cadeiras.
Sociedade em comandita simples: Antônio e Cia.
3 – Denominação – (art. 1158: Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. § 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.), deve designar o objetivo da sociedade sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. 
- Sociedades anônimas: Mundo dos automóveis SA. 
- Cooperativas: cooperativas agrícolas Petrópolis. 
* Título do estabelecimento empresarial: nome fantasia, se é registrado tem proteção jurídica (INPI).
* Insígnia: identificar a atividade empresarial, imagem símbolo. 
Exemplo: 
Uma confeitaria – Estabelecimento
‘’ Casas doces da vovó – nome fantasia.
Desenhos de uma vovó – insígnia
‘’Guloseimas da vovó – marca. 
Ness e Gomes Comércio de doces LTDA – nome empresarial.
Proteção ao nome empresarial: registro junto à junta comercial, dentro os imites da junta comercial (estados). É protegido pelo registro na Junta Comercial, que atua no âmbito estadual ou distrital. 
- princípio da novidade: A prioridade do registro garante seu uso exclusivo, registro de empresas posteriores devem acrescentar designação que os distinga. Essa pesquisa é feita na junta comercia. Não pode ser alienado. O nome empresarial deve se distinguir de outros nomes empresariais no mesmo registro. Quem registra um nome empresarial tem direito à exclusividade do uso desse nome. Tendo em vista a função do nome empresarial, que é de distinção em relação a outros empresários, não se podem admitir nomes iguais ou semelhantes que possam causar confusão junto ao público.
Elementos da composição do estabelecimento empresarial
Ponto comercial: onde o comerciante tem seu estabelecimento (habitualidade) e onde ele pratique as praticas comerciais. 
Real: espaço físico, endereço, sede.
Virtual: sitio na internet, endereço eletrônico.
Locação comercial: lei 8245/91
Contrato especifico com prazo mínimo, determinado de 5 anos.
Exploração da atividade há 3 anos.
Ação renovatória (propositura de 6 meses a 1 no ante do vencimento. Caso perder o prazo, deve se entrar com um processo de perdas e danos).
Propriedade industrial (INPI)
Lei 9297/1996, art. 5 CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
Exige a novidade: obra desconhecida pelo publico.
Exige a produção em serie como finalidade: finalidade produção indústria em serie.
Patente: é o direito titular, a utilização exclusiva da invenção do modelo de utilidade.
Invenção: obra nova que pode ser produzida industrialmente. Invenção é o ato original do gênio humano. Toda vez que alguém projeta algo que desconhecia, estará produzindo uma invenção. Prazo de 20 anos (mínimo de 10 anos).
Modelo de utilidade: obra nova que aperfeiçoa ou otimiza, já existente. Modelo de utilidade é o objeto de uso prático suscetível de aplicação industrial, com novo formato de que resulta melhores condições de uso ou fabricação. Prazo 15 anos- mínimo de 7 anos.
Desenho industrial: é a forma plástica de um objeto ou um conjunto de linhas e cores que possa ser aplicado a um determinado produto e que possa servir a produção industrial. Prazo 10 anos contados do deposito (prorrogável por 3 períodos sucessivos de 5 anos.
Marcas: sinal distintivo, é o designativo que identifica produtos e serviços. Prazo de 10 anos – prorrogável indefinidamente.
Marca de produto ou serviço: Serve para distinguir produtos ou serviços de outros congêneres de origem diversa, utilizada para distinguir produtos ou serviços idênticos. Ex. tênis da Nike e adidasMarca de certificação: certificar um produto ou serviço, serve para atestar a qualidade de produtos ou serviços, sendo atribuída por institutos técnicos ex. Iso, OAB Certifica.
Marca coletiva: a função é garantir a qualidade, origem e natureza de certos produtos ou serviços de membros de uma determinada entidade. Ex. produtores orgânicos, empresários cristão.
Limite em território nacional
Direito de procedência: qualquer pessoa que, usava em seu país, marca idêntica ou semelhante, há pelo menos 6 meses antes da data do depósito de uma outra marca idêntica ou semelhante, terá direito de precedência ao registro desta.
Indicação geográfica: pressupõe território, determinado território é o que vai diferenciar de onde é feito.
Ex. zona franca de Manaus, região da uva e do vinho. 
TABELA DE PRAZOS
	Estabelecimento empresarial e propriedade industrial
	Espécies
	Prazo 
	Prazo em que o alienante de estabelecimento comercia, sem autorização expressa, não pode fazer concorrência ao adquirente.
	5 anos da transferência (trespasse)
	Prazo em que o alienante do estabelecimento é responsável solidário com o adquirente
	1 ano da publicação do trespasse para os débitos já vencidos ou 1 anos do seu vencimento para os vincendos.
	Prazo para a renovação compulsória da locação comercial com contrato escrito
	5 anos de contrato escrito;
3 anos de exploração do ponto;
Entre 6 meses a 1 ano antes do vencimento do vencimento para a propositura de ação renovatória ou indenização. 
	Prazo de proteção para a patente de invenção
	20 anos e mínimo de 10 anos a contar da data da concessão. 
	Prazo de proteção para a patente de modelo de modelo de utilidade
	15 anos e mínimo de 7 anos a contar da data da concessão. 
	Prazo de proteção do registro de desenho industrial
	Prazo de 10 anos contados da data do deposito, prorrogável por três períodos sucessivos de 5 anos cada.
	Prazo de proteção do registro de marca
	Prazo de 10 anos da data da concessão, prorrogável indefinidamente por períodos iguais e sucessivos. 
Empresário individual (art.966 CC: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa)
São pessoas naturais que exercem sua atividade individualmente, sem a colaboração de sócios. Possuem capacidade civil, atributo decorrente de sua condição humana.
O empresário individual é a pessoa física que exerce a empresa em seu próprio nome, assumindo todo o risco da atividade. É a própria pessoa física que será o titular da atividade. Ainda que lhe seja atribuído um CNPJ próprio, distinto do seu CPF, não há distinção entre a pessoa física em si e o empresário individual.
Inscrição: junta comercial – registro púbico de estado mercantis (RPEM)
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;          
 III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa.
§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos.
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.
§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.      
§ 4o  O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da mesma Lei.
§ 5o  Para fins do disposto no § 4o, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM.       
Capacidade: estar em pleno gozo de sua capacidade civil, e não ter nenhum impedimento. 
Destaque-se que o menor emancipado (por outorga dos pais, casamento, nomeação para emprego público efetivo, estabelecimento por economia própria, obtenção de grau em curso superior), exatamente por se encontrar no pleno gozo de sua capacidade jurídica, pode exercer empresa como o maior. 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
§ 3o  O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos:         
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;          
II – o capital social deve ser totalmente integralizado
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.    
Nome empresarial: art. 1156: O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
Firma
Próprio nome (abreviado ou não)
Podendo acrescentar a atividade
Personalidade: o empresário individual é, juridicamente, pessoa natura, não gerando a sua inscrição no registro publico de empresas, uma nova pessoa/personalidade, representando sua firma individual, o nome como o qual ele se identifica no exercício da atividade empresarial. 
Tratamento do imposto de renda: art.44 CC, Decreto 3000/99 art.150
O tratamento enquanto pessoa jurídica e fixação do direito tributário, que para fins do imposto de renda equipara o empresário individual e a pessoa jurídica.
Responsabilidade: ilimitada, não tem que se desfazer a consideração da pessoa jurídica. 
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LTDA – EIRELI
	Referencial legislativo:
	Regime jurídico criado a partir da Lei nº 12.441 de 11/07/2011.
	Referida lei acrescenta o Título I-A ao Livro II daParte Especial do Código Civil.
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
	Regência supletiva: regras da Sociedade Limitada. Art. 980-A, §6º: Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.
Conceito: é uma categoria empresaria que permite a constituição de uma empresa, com apenas um sócio: o próprio empresário. Surgiu com o proposito de acabar com a figura do sócio fictício, prática comum em empresas registradas como sociedade limitada.
Inscrição: se faz na Junta Comercial – Registro Público de Empresa Mercantis (RPEM).
Surge a personalidade jurídica.
Pessoa jurídica unipessoal: art. 44 S6 CC
Nome empresarial: firma ou denominação, sempre no final do nome deve conter EIRELI.
Omissão: responde de forma solidária e limitada.
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.
§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
Capacidade social: maior ou igual a 100X o salário mínimo vigente na época da constituição. 
Tem que ser em bens ou dinheiro, e nunca pode ser em serviços.
Responsabilidade: limitada.
Execução: 
Omissão ‘’EIRELI’’ – no nome empresarial
Responsabilidade civil por ilícito (sentença com trânsito em julgado).
Desconsideração da personalidade jurídica.
Administração: pelo instituidor ou um 3º. Administrador (sempre deve ser pessoa física).
Previsto na constituição (prazo é optativo).
Peculiaridades: Art. 980-A, CC: § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
A pessoa física só pode ter uma EIRELI.
Foi desenvolver uma alternativa à responsabilização ilimitada que caracteriza o empresário individual, que deve responder com todos os seus bens pelas obrigações empresariais contraídas, independentemente de estarem vinculados à atividade empresarial. EIRELI é permitir, direta ou indiretamente, o exercício individual da empresa, mas com limitação de riscos, evitando a incidência da responsabilidade da atividade empresarial do empresário individual sobre seu patrimônio pessoal. EIRELI é uma nova pessoa jurídica de direito privado, constituída por um único titular, com responsabilidade limitada, logo, as dívidas contraídas pela empresa recairão apenas na pessoa jurídica, não importando os bens do titular. Fabio Ulhoa Coelho e Ricardo Negrão, afirma tratar-se de uma sociedade unipessoal, sendo a EIRELI uma pessoa jurídica que tem como substrato uma pessoa natural para o exercício da atividade econômica. Nesse sentido, se indica a aplicação das regras da sociedade limitada como um sinal da adoção desse entendimento. A EIRELI empresária será registrada na Junta Comercial. Conforme o caput do art. 980-A, a empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. Esse pagamento poderá ser feito mediante dinheiro ou bens de natureza móvel ou imóvel.
De acordo com o art. 980-A, em seu § 2º, a pessoa natural só poderá ter uma única EIRELI, ou seja, haverá uma única EIRELI correspondendo a um CPF, no entanto não existe impedimento quanto à participação de EIRELI em sociedade empresária.
SOCIEDADES
Evolução Histórica
1 – Antiguidade Romana: societates publica norum.
Organização de pessoas físicas prestando serviço estatal. Ou seja, era grupos de pessoas que se reunião para fazer serviços para o estado: arrecadação de impostos, execução de obras.
Eram pessoas destinadas, eram aquelas vistas de forma diferente onde se organizavam e prestavam serviços. 
2 – Idade Média – Direito medieval Italiano
Se levava em consideração o vinculo sanguíneo (parentes), o patrimônio era um legado hereditário (indivisível).
Cum panem (conceito de companhia): todas as pessoas de uma família que sentavam em redor da mesa e dividiam o pão.
Constituição de patrimônio próprio.
3 – Ano 1000 – Tráfico marítimo e do comércio de bens com o oriente
Introduziu o dinheiro (moeda) como forma de negociação, facilitação do comércio (bens e serviços). Vinculo volitivo sucedeu o vinculo sanguíneo. As pessoas tinham vontade de se organizar. Os colonos se organizavam como sociedades: Societates, conjuratiores ou fraternitates. Auxílio recíproco e aumento de poder (colonos feudais), que migravam para a sociedade para trocar os produtos. A autoridade da época era o Bispo ou Conde que cobravam impostos. Não existia registro, os contratos eram de forma rudimentar.
Sociedade em comandita
Surgiu em razão da proibição canônica a usura (é a vedação de empréstimo mediante o pagamento de juros).
Comenda: a pessoa entregava mercadorias ou dinheiro a um comerciante que realizaria uma viagem marítima, com a posterior divisão dos resultados.
Quem comercializava não era o capitalista. Ele obtinha lucro com o emprego do capital a risco.
4 – Ordenações Francesas de Luiz XIV
Sociedade em nome coletivo (colonos feudais que constituíam a sociedade). 
5 – Surgimento das Companhias
Surgiram a partir do comércio marítimo.
Companhia das índias.
Conceito (Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.): é um conjunto de pessoas que, através de um contrato, se organizam para o desenvolvimento de uma atividade, com o intuito de obter lucro, assim a sociedade é formada como uma solução a uma carência humana, como meio de suprir a deficiência de um individuo, o qual não possuiria isoladamente, todas as condições e possibilidades para realizar determinada atividade ou alcançar um objetivo especifico.
Ato constitutivo das Sociedades
Contrato Plurilateral: vários indivíduos que tem por finalidade de realização do objeto. São vontades paralelas.
O contrato é formado a partir de vontades paralelas, ou seja, as partes que figuram na relação jurídica são titulares de direitos e sujeitos de obrigações recíprocas. 
Pluralidade de partes: mais de uma parte.
Finalidade instrumental: para a realização do objeto.
Contrato aberto: permite a entrada e saída de sócios sem que o contrato se desvincule.
Elementos do Contrato
1 – Gerais: Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Agente Capaz: pleno gozo de sua capacidade civil. Se for incapaz ele deve ser assistido ou representado.
Objeto lícito, possível e determinado ou determinável: LEI 8934/94, ART.35 I. Todos os objetos que estão em acordo com lei.
Forma prescrita ou não defesa em lei: celebrado por escrito e registrado RPEM.
*Sociedade entre Cônjuges: (Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.).
Comunhão parcial
Participação final nos aquestos
Separação convencional
ESPECÍFICOS
Pluralidade de Sócios: É celebrado entre dois ou mais sócios, podendo ser pessoa física ou pessoa jurídica.
Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços,para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
Constituição do Capital Social: (art. 997, III: capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária), o capital social é constituído por recursos pelos quais se obriga os sócios quando de seu ingresso no quadro social. Dividem-se em: 
Subscrito: é o capital prometido, mas ainda não entregado ao capita social. Ex.: um imóvel no nome do sócio será capital social subscrito, passando a ser integralizado quando efetivado para a pessoa jurídica.
Integralizado: o que foi efetivamente realizado pelos sócios em favor da sociedade.
Expresso em moeda (nacional)
Dinheiro
Bens: móveis ou imóveis
Prestação de serviços. 
Affectio Societatis: trata-se da disposição de o contratante participar da sociedade, contribuindo compassivamente, concepção do objeto comum com vista a partilha de lucro.
Vontade de constituir e manter uma sociedade e sem a qual, nas sociedades de pessoas, não pode ela subsistir. É a união dos sócios para que possa ser alcançado o resultado desejado.
Carvalho de Mendonça arrola quatro elementos:
Colaboração ativa
Colaboração consciente
Colaboração igualitária
Realização de lucro a partilhar
Participação nos lucros e nas perdas
O sócio tem direito e responde de forma igualitária. 
A participação do sócio nos lucros e perdas é um direito fundamental do sócio, bem como uma obrigação. Na sociedade simples prevalece o interesse do sócio, em que os lucros serão repartidos entre eles, já na sociedade de capital, por exemplo, o lucro normalmente é utilizado para o próprio desenvolvimento da atividade empresarial. Nas perdas, cada sócio participará na proporção de sua contribuição.
Classificação das Sociedades
– Em razão da pessoa dos sócios
Sociedade de Pessoas: A pessoa do sócio tem papel preponderante a ponte de sua morte gerar a dissolução da sociedade.
São impenhoráveis por dívidas particulares do seu titular. É a dissolução parcial por morte de sócio, quando um dos sobreviventes não concorda com o ingresso de sucessor do sócio falecido no quadro social.
Ex: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade limitada.
Sociedade de Capital: são aquelas em que a contribuição financeira tem mais importância do que a pessoa do sócio. São ações que são administradas por terceiros.
Ex: sociedades anônimas, sociedade em comandita por ações. 
– Em razão da responsabilidade dos Sócios (art. 1.024, CC: Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.): A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade empresária é sempre subsidiária. Sempre o patrimônio da empresa e depois o patrimônio dos sócios. 
Responsabilidade ilimitada: todos os sócios respondem de forma subsidiaria ilimitada, solidaria. Em que todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. Ex.: sociedade em nome coletivo, sociedade em comum.
Responsabilidade limitada: todos os sócios limitam sua responsabilidade sua integração do capital social. Tem seu capital social integralizado. É desta categoria a sociedade limitada.
Responsabilidade Mista: em que uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra parte tem responsabilidade limitada. São desta categoria as seguintes sociedades: em comandita simples; e a sociedade em comandita por ações, sociedades por conta de ações. 
3 – Em razão do regime de constituições e dissolução: 
Sociedades institucionais: cujo ato regulamentar é o estatuto social. São institucionais a sociedade anônima (S/A) e a sociedade em comandita por ações (C/A).
Sociedades Contratuais: cujo ato constitutivo e regulamentar é o contrato social. Dissolução e contratação, o contrato é formado pelas partes. São sociedades contratuais: em nome coletivo (N/C), em comandita simples (C/S) e limitada (Ltda.).
4 – Em razão da personificação da sociedade
Sociedades personificadas: são as sociedades que gozam da personalidade jurídica adquirida através de registro na junta comercial. Ex: comandita simples. 
Arts. 997 a 1.101 do CC/2002 
Sociedades não personificadas: As sociedades não personificadas - arts. 986 a 996 do CC/2002 -, por sua vez, não possuem personalidade jurídica, por não possuírem registro. Ex.: a sociedade em conta de participação (art.991 CC: Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.) e a sociedade comum (art.986: Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.).
5 – Em razão da atividade desenvolvida
Sociedades empresárias: são as sociedades que tem por objetivo o exercício de atividade própria de empresa, sujeito a registro (art.983 O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a requerimento de parte). Ex.: sociedade por ações, sociedade limitada.
Sociedades simples ou não empresárias: são aquelas, q muito embora possa ser constituída de conformidade com os tipos do art. 1039 a 1092, não o fazem e subordinam-se as regras que lhe são próprias. Ex. cooperativas.
PERSONALIDADE JURÍDICA:É aptidão para o ente ser titular de direitos e sujeito de obrigações na ordem jurídica. A atribuição de personalidade jurídica distingue a sociedade dos sócios que formaram e permite o surgimento de um novo sujeito jurídico, que possui capacidade de direito, vontade e responsabilidade próprias. Tem sentido latu sensus.
Não é elemento essencial à sociedade: no direito brasileiro. A sociedade em comum e a sociedade em conta de apreciação, não possui personalidade jurídica. 
É considerado atributo da sociedade: é considerada da sociedade. Sociedade simples, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade limitada, sociedade anônima, sociedade em comanditas por ações, cooperativas.
Atribuição da Personalidade Jurídica: art.45 CC: a pessoa jurídica de direito privado passa a existir na inscrição de seu ato constitutivo, na junta comercial, se for sociedade empresaria. Se for sociedades simples são feita no registro civil das pessoas jurídicas.
- A partir da personalidade, o ente coletivo passa a ser titular de direitos patrimonial da personalidade. É a proteção jurídica a honra subjetiva (direito a imagem).
- A partir da personalidade, o ente coletivo passa a ser sujeito de direito. A pessoa jurídica expressa por si mesma uma vontade própria. Forma a sua vontade e manifestação a terceiros.
- A partir da personalidade, o ente coletivo passa a ter patrimônio autônomo, ao dos sócios que a integram. REGRA: a responsabilidade subsidiaria e de acordo com constituição da sociedade (ilimitado; limitado ou misto). 
A partir da personalidade, o ente coletivo é titular de obrigações. As obrigações sociais serão satisfeitas como patrimônio social da empresa e subsidiariamente aos sócios dependendo de sua responsabilidade.
Anulação: art.45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-seno registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Prazo é decadencial, em 3 anos, a partir da publicação da inscrição.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
É uma prática no direito civil e no direito do consumidor e no direito falimentar de, em certos casos, desconsiderar a separação existente entre o patrimônio de uma empresa e o patrimônio de seus sócios para os efeitos de determinadas obrigações, com a finalidade de evitar sua utilização de forma indevida, ou quando este for obstáculo ao ressarcimento de dano causado a terceiros.
Não anula a concessão. 
Bens particulares dos sócios responderão: 
Art. 795 CPC: Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei.
– código de defesa do consumidor – lei 8078, art. 28;
– lei de proteção ambiental – lei 9605, art. 4;
– lei anticorrupção – lei 12846, art. 14;
– lei do sistema brasileiro de defesa da concorrência – lei 12529, art.34;
Instaurado: é judicial, a partir de um pedido da parte lesada e do ministério publico intervir no feito. 
- O incidente de desconsideração da Personalidade jurídica é cabível: em todas as fases do processo. No processo de conhecimento, cumprimento de sentença e na execução fundada em titulo executivo extra judicia.
Art. 133, 134, 135, 137 CPC.
(art. 134, § 2º CPC); a desconsideração poderá ser objeto de novo processo.
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
- Acolhido o pedido do autor: a alienação ou oneração de bens, em tese havidas de forma fraudulenta se indicados em relação ao adquirente.
TEORIA MAIOR - Art. 50 do CC: Leva em consideração a fraude na subjetividade a intenção do agente, o dolo ou culpa.
Descumprimento obrigação: insolvência. 
Abuso da Personalidade Jurídica/ sócio/administrador: Gestão da empresa
- Desvio de finalidade: para que ocorra o desvio de finalidade, o exercício de personalidade jurídica deve ser abusivo, direcionado a um fim estranho a sua função/ objeto. É o uso indevido, anormal.
Ex: sócios usa a sociedade como fachada apenas para proteger seu patrimônio.
Ex: sócio que não anca as valores de entrada.
- Confusão patrimonial: pode ser exemplificada na hipótese que se demostra, a partir da escrituração contábil ou na movimentação de contas de depósitos bancários que a sociedade paga, divida das sócios ou esse recebe créditos daquela ou inverso.
Ex: utilização de uma mesma conta corrente pelo administrador e pela sociedade
TEORIA MENOR (CDC, § 5º, art. 28)
Também chamada de teoria objetiva, autônoma: não verifica a intenção do agente, apenas a insolvência, preside ou não considera, nem investiga, eventual desvio de consumo, sob pena de afronta a garantia do desenvolvimento de uma atividade negocial (risco)
Desconsideração inversa da personalidade jurídica (art. 133 $2 CPC)
Ocorre quando, em vez de responsabilizar o controlador por dividas da sociedade o juiz desconsidera a autonomia patrimonial da pessoa jurídica com a finalidade de responsabiliza-la por obrigações do sócio. Isso acontece quando todos os bens da pessoa, ou do casal estão em nome da pessoa jurídica e não da pessoa física.
Sociedades anônimas (SA) 
Conceito: é um tipo de sociedade empresaria, cujo objetivo principal é o lucro, com capital social dividido por ações. Os sócios, chamados de acionistas, devem ser pelo menos 2 e são as pessoas que estão na posse das acoes. As companhias, como também são conhecidas são grandes empresas, com capital aberto ou fechado ao mercado. Nelas não há qualquer pessoalidade entre os acionistas, pois o exercício de direito e deveres se da de acordo com a posse das ações. São pessoas que investem em ações para obter lucros.
Legislação:
Regência (Lei 6404/76
Subsidiaria (CC)
Características: empresaria, de capital (obtenção de lucros), capital dividido em ações, responsabilidade imitada (responsabilidade dos sócios será limitada), estatutária (não tem contrato social, tem estatuto).
Acionistas
Direitos:
Participação nos resultados
Fiscalização dos administradores 
Direito de preferencia para subscrição de novas ações (AS em capita fechado coloca a venda ações na Bolsa de Valores.
Direito de retirada
Direito a informação 
Direito a voto * possuidores de ações ordinárias 
Deveres
Dever de diligencia
Não agir com desvio de finalidade
Lealdade
Sigilo
Prestar contas
Não agir contra o interesse da sociedade
Objeto: atividade econômica
Objetivo: gerar e distribuir lucros
Nome empresarial
Denominação + SA ou Cia. Pode ser no inicio meio ou fim. 
Exceções (nome fundador)
Classificação
Aberta: são aquelas que seus valores mobiliários (ações) são admitidos a negociação no mercado de valores mobiliários (bolsa de valores).
Fechada: são aquelas que seus valores mobiliários não são admitidos a negociação na bossa de valores, não tem autorização para negociar suas ações no mercado de capitais. 
CVM ( comissão de valores mobiliários)
Autarquia federal
Agência reguladora
Ministério da Fazenda
Exerce controle, fiscalização autorização e regulamentação. 
Ações 
Ordinárias (direito a voto) 50% SA quando for subscrito.
Preferencias: - Preferencia no recebimento de dividendos acionistas – que não tem direito a voto. – Não tem direito a voto (* 3 anos). – Recebem 10% a mais 
Mercado de capitais: é o ambiente em que se efetua diversa operações envolvendo os valores imobiliários obtidos por companhia. Os mercados de valores imobiliários se subdivide em bolsa de valor e mercado de balcão, podendo ser mercado primário e secundário.
Mercado primário: se da com emissão das ações bem como a subscrição deles por investidores. Quando a operação ocorre a cia emissora e o investidor.
Mercado secundário: é a compra e venda livre, as operações ocorrem entre investidores.
Bolsa de valores: é a entidade privada constituída sob formação de associação civil ou sociedade anônimas tendo por membro corretoras de valores mobiliários.
Mercado de balcão: é o conjunto de todas as operações realizadas fora da bolsa de valores. Ocorre quando um sujeito compra acoes diretamente de uma corretora de valores ou de uma instituição financeira autorizada.
 
TRANSFORMAÇÃO - arts. 1113 e seguintes CC
Consentimento de todos os sócios 
Não prejudica e não altera direito credor
O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecera aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo que vai converte-se.
Ex: sociedade simples que se transforma em sociedade limitada.
Cisão – divisão
Transfere parcelas para uma ou mais sociedades
Extingue ou não
É a operação pela qual a companhia transfere parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia seguida se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a cisão. 
Fusão – união
Duas ou mais sociedades
Surge nova sociedade
Extingue anterior
A fusão é a operação pela qual se unem 2 ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhe sucedera em todos os direitos e obrigações. 
Se juntam o e terão outro capital social, outro objeto.
Incorporações – absorvidas
Uma ou mais sociedades são absorvidas por outras.
Sociedade incorporada é extinta
Sociedade incorporada permanece.
A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absolvidas por outras, que lhe sucede de em todos os direitos e obrigações. 
Transformação, cisão, fusão e a incorporação, devem ser averbadas no registro da empresas – na Junta Comercial.
Anulação de atos
Até 90 dias da publicação
Consignação em pagamento
Garantida a execução: de deposita o valor ouse coloca um bem em garantia.

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