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Metodologia do Ensino da Ginástica Escolar Aula 01 Trajetória Histórica da Ginástica e Sua Inserção na Escola Brasileira Professora Dra. Luana C. F. de Conti 1. A origem da Ginástica Moderna; A influência da Ginástica nas escolas brasileiras. 2. Conceito e as Classificações da Ginástica na atualidade. Assuntos da aula de hoje Verificamos diversas práticas corporais gímnicas na atualidade O processo histórico da ginástica Figura 01 Figura 02 Figura 03 Assunto 1. A origem e evolução da ginástica moderna CONJUNTO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS MOVIMENTO GINÁSTICO EUROPEU PRÁTICA MILENAR SÉCULO XIX SÉCULO XIX SISTEMATIZAÇ ÃO DA GINÁSTICA PRÉ-HISTÓRIA: período marcado pela luta pela sobrevivência. ANTIGUIDADE: desenvolvida pelas civilizações da Índia, China, Egito. Ginástica: prática milenar GRÉCIA: Atenas: exercício praticado como educação corporal; Esparta: preparação para a guerra. ROMA: preparação militar. Período greco-romano IDADE MÉDIA: prevalecia os ideais religiosos; menosprezo das atividade físico- desportivas. RENASCENTISTA: as práticas corporais são revalorizadas. IDADE MODERNA: organização do Movimento Ginástico Europeu. Ginástica: prática milenar Surgiram 04 escolas: Alemã, Sueca, Francesa e Inglesa. Escola Inglesa: jogos e esportes Século XIX – Período em que são sistematizados os Métodos Ginásticos: O QUE GINÁSTICO? O QUE SIGNIFICOU ESTE MOVIMENTO GINÁSTICO? O conjunto sistematizado pela ciência e pela técnica, do que ocorreu em diferentes países ao longo de todo o século XIX, especialmente na Alemanha, na Suécia e França” (SOARES, 1998, p.20). Valorizou os princípios da cultura grega (ideia de saúde, beleza, força). Fundamentou-se na cultura popular. Características gerais do movimento ginástico europeu (Soares, 1994; 1998; Ayoub, 2007; Langlade e Langlade, 1970) Dos rituais populares tradicionais, de sua gestualidade sem utilidade foram retirados os elementos que passaram a construir as ordenadas séries gímnicas, modelares da nova ordem social capitalista” (SOARES, 2006, p. 114). A ginástica moderna se afasta do seu núcleo primordial: a cultura popular. A ciência foi a base de sustentação para a elaboração de gestos gímnicos. Finalidades comuns: desenvolver a saúde, regenerar a raça e a coragem para servir nas guerras e nas indústrias. Características gerais do movimento ginástico europeu Ginástica moderna Diante do estudo do percurso histórico da Ginástica, você considera que este conhecimento deve ser abordado nas aulas de Educação Física na escola? Por quê?. Atividade Idealizadores: Gusts-Muths, Spiess e Friedrich Jahn. Defesa da pátria (caráter nacionalista e militarista); Formação de pessoas fortes, robustas e saudáveis; Meio educativo fundamental da nação, disseminando cuidados higiênicos; A escola alemã Vídeo Ginástica Alemã - masculina e feminina Ginástica Alemã - feminina Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=6Nc8hLui35s https://www.youtube.com/watch?v=1iIwMdZecP o Pehr HenricK Ling (1776-1839) Caráter médico e pedagógico; extirpar os vícios. Exercícios com finalidades estéticas e fisiológicas. Divide seu método em quatro partes: pedagógica, militar, médica e estética. Análise dos movimentos a partir de leis gerais da mecânica; Execução de exercícios estáticos e quebrados (calistenia). Ginástica sueca Vídeo Ginástica Sueca e aparelhos de ginástica Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=k0YE- S5_QX8 D. Francisco Amorós y Ondeano (1770-1848); George Demeny( (1850-1917). Condicionamento físico e preparação de soldados, preocupava-se também com o desenvolvimento social. Caráter pedagógico, formação “integral” do homem. Escola francesa Vídeo Ginástica Francesa Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=w9qiqfhI09Q Como se deu a inserção da Ginástica na Educação Brasileira Perguntas No final do século XIX e início do século XX, a Ginástica é implantada no sistema educacional brasileiro a partir da influência dos Sistemas Ginásticos Europeus (Alemão, Sueco e Francês). A ginástica no Brasil... Ginástica na aula de Educação Física em Porto, Alegre (1930) Figura 15 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 59702010000200015&script=sci_arttext A ginástica nas escolas brasileiras Ginástica é inicialmente utilizada como referência a todo tipo de atividade física sistematizada, cujo conteúdo varia desde a atividade necessária à sobrevivência ao atletismo, à preparação de soldados (SOUZA, 1997). Vem do grego Gymnastiké e significa “Arte ou ato de exercitar o corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade”. “A arte de exercitar o corpo nu”; Assunto 2. Conceito de ginástica o que é ginástica? Ginástica, conteúdo da Educação Física, uma manifestação da cultura corporal que tende a provocar em cada sujeito particular, a forma de movimentação e experiências corporais, podendo ser utilizada com ou sem ajuda de aparelhos, envolvendo movimentos realizados como as formas básicas de locomoção (VALENÇA; CESÁRIO, 2012). Conceito O entendimento acerca dessa manifestação corporal nos remete, numa primeira instância, a pensá-la enquanto atividade que, ao longo da História da Humanidade, foi assumindo diferentes sentidos e significados, de acordo com os interesses hegemônicos em cada época” (Cesário; Pereira, 2007). Condicionamento físico Conscientização Corporal DemonstraçãoCompetição Fisioterápica Os Campos de atuação da Ginástica (Souza, 1997) Sua característica é voltada para solução de problemas físicos, principalmente posturais, priorizando a saúde relacionada ao bem estar geral. Promove também a percepção corporal. Exemplos: Antiginástica, Bioenergética, Eutonia, etc. Ginástica de conscientização corporal Tem como objetivo a obtenção ou a conservação da condição física, visando a promoção da saúde, a boa qualidade de vida e a estética. Exemplos: localizada, step, body pump, body attack, etc. Ginástica de condicionamento físico São responsáveis pela utilização do exercício físico na prevenção ou tratamento de doenças. Tem vínculo com técnicas orientais de massagens e movimentos respiratórios. Exemplos: Reeducação Postural Global; Cinesioterapia, etc. Ginástica fisioterápica/terapêutica São grupos de movimentos codificados, visando o julgamento durante a competição. São eles: a Ginástica Artística Feminina, Ginástica Artística Masculina, Ginástica Rítmica, Ginástica Acrobática, Aeróbica e a Ginástica de Trampolim. Ginástica desportiva / competitiva Vídeo Vid gin 10 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2MvmrjS5OiQ Única modalidade não-competitiva, de caráter demonstrativo, o objetivo é a interação social, a formação integral do indivíduo, o lazer, a saúde. Tem como única representante a Ginástica para Todos. Ginástica de demonstração Classificação da ginástica Carvalho (2012) As práticas gímnicas se desenvolveram e seu campo de atuação na atualidade é abrangente. Em seu percurso histórico verificamos diferentes formas de realização da mesma, com objetivos diferentes. Conhecemos suas classificações e reconhecemos que atualmente a Ginástica já apresenta uma organização própria. Considerações finais AYOUB, E. Ginástica Geral e educação física escolar. Campinas, São Paulo: Editoria da Unicamp, 2003. CARVALHO, A. O. Ginástica na escola e a utilização da tecnologia audiovisual (vídeo). Dissertação (mestrado), Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. CESÁRIO, M.; PEREIRA, A. M. 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Universidade Estadual de Londrina, 2011. RAMOS, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte: do homem primitivo aos nossos dias. Ibrasa, São Paulo, 198 SOARES, C. L. Imagens da educação do corpo: estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas: Autores Associados, 1998. Referências bibliográficas SOARES, C. L. Educação Física: raízes européias e Brasil. Campinas: Autores Associados, 1994. SOARES, C. L. Corpo, conhecimento e educação. In: SOARES, Carmen (org.). Corpo e história. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2006. SOUZA, E. P. M. Ginástica geral: uma área do conhecimento da Educação Física. 1997. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação física, Unicamp, Campinas, 1997. VENÂNCIO L.; CARREIRO E. A. Ginástica. In: DARIDO, S. C. e RANGEL, I. C. A. (orgs.). Educação Física na escola: Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Capítulo 13, p. 227-243. (Coleção Educação Física no Ensino Superior) Referências bibliográficas
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