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Aula DPOC

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10/11/2017
1
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Dietoterapia na
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Enfermidade respiratória prevenível e tratável que se caracteriza pela 
presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que é usualmente progressiva 
e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões 
e das vias aéreas à inalação de partículas ou gases tóxicos”
Termo genérico que descreve todos os problemas obstrutivos 
pulmonares crônicos, separadamente ou em conjunto. 
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
• Indica a presença de: enfisema, bronquite crônica e asma
• Caracteriza-se pela ocorrência de processos inflamatórios tanto em alvéolos como em 
brônquios/bronquíolos.
• Mais comum em homens que em mulheres.
PROGRESSIVA ININTERRUPTA IRREVERSÍVEL
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
10/11/2017
2
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Fatores de Risco
Tabagismo e Exposição a 
Substâncias tóxicas do ar
Redução da α-1-antitripsina 
Genética
Síndromes de Imunodeficiência
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Considerações Importantes
• Diagnóstico ocorre geralmente na 5ª ou 6ª década de vida. 
• Pulmões tem reservas significativas – assintomático !
• Sintomatologia – falta de ar é um dos principais sintomas.
• 5ª causa mais frequente de morte – 4ª em 2030 !
• Alterações metabólicas e nutricionais se manifestam pela perda de 
peso, identificada em 60% dos pacientes.
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Repercussões Sistêmicas
Alterações metabólicas e nutricionais – perda de peso de até 60%
Disfunção muscular e esquelética
Inflamação sistêmica
Miopatia induzida por drogas
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Mecanismos Envolvidos na Perda de Peso
LESÕES PULMONARES
FUNÇÃO PULMONAR ALTERADA
Aumento do Trabalho Respiratório
Redução da Capacidade Respiratória 
(dispneia)
Aumento da Necessidade Energética
Hipermetabolismo
Envelhecimento
Sedentarismo
Medicação
Inflamação Sistêmica
Hipóxia
Perda de Massa Gorda
Perda de Músculos Respiratórios
Perda de Massa Muscular
Diminuição da Atividade Física
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Ainda sobre a Perda de Peso
• Anorexia e saciedade precoce - - dispneia e fadiga
• DPOC – doença hipercatabólica
Diagnóstico de CAQUEXIA
Perda de peso de ≥ 5% em 12 meses ou menos (livre de edema) 
ou IMC < 20 Kg/m2 + a presença de pelo menos 3 fatores:
Fadiga 
Diminuição da força muscular
Anorexia (consumo energético < 20 Kcal/Kg/dia)
Índice de massa magra baixo
Anormalidades bioquímicas: IL-6 > 4 pg/mL; PCR > 5 mg/L; Hb < 12 g/dL; albumina 
sérica < 3,2 g/dL
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
...e o Excesso de Peso?
27,90%
45,90%
26,20%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
Desnutrição Eutrofia Obesidade
PARADOXO DA OBESIDADEPROGNÓSTICO*
10/11/2017
3
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Mortalidade em DPOC
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:5
3
-9
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0
5
Estudo longitudinal:
• 442 pacientes com DPOC
• Graus II a IV (GOLD)
• Idade = 64,9 ± 9 anos
• VEF1 = 39 ± 15 % pós-broncodilatador
• Duração de 05 anos ou mais (óbito)
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Mortalidade em DPOC
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:5
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Categorias do Estado Nutricional:
• Caquexia = IMC < 21 Kg/m2 e FFMI [< 16Kg 
(homens); < 15Kg (mulheres)]
• Desnutrição = IMC baixo e FFMI normal
• Atrofia Muscular = IMC normal e FFMI 
baixo
• Sem Alteração = IMC e FFMI normais
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Mortalidade em DPOC
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Sobrevida (em meses):
• Caquexia = mediana de 26 meses
• Desnutrição = mediana de 38 meses
• Atrofia Muscular = mediana de 24 meses
• Sem Alteração = mediana de 47 meses
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Avaliação do Estado Nutricional
• IMC ainda é muito utilizado como marcador de depleção.
• Método de baixa sensibilidade para compartimentos corporais.
• Paciente é considerado com depleção com IMC < 21 Kg/m2
• Índice de Massa Magra (IMM) = MCM / altura2
• História Alimentar e Marcadores Bioquímicos
Estimativa da Massa Corporal Magra
MCM (Kg) = 2,38 + (0,58 x estatura2/resistência) + (0,23 x peso corporal total)
MCM (Kg) = peso corporal total – massa gorda
≤ 16 Kg/m2 ≤ 15 Kg/m2
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Terapia Nutricional
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Objetivos 
Alterações Agudas:
• Atingir os requerimentos nutricionais aumentados pelo hipercatabolismo
• Evitar a utilização das proteínas como fontes de energia
Alterações Crônicas:
• Manter a força, massa e função do músculo respiratório
• Otimizar o desempenho do paciente
• Atingir as necessidades para realização das atividades diárias
10/11/2017
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Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Oferta de Energia 
• Oferta adaptada à demanda metabólica!
• GEB = Harris-Benedict, valores se assemelham aos obtidos por calorimetria indireta
• Entretanto, equação validada para pacientes comDPOC:
• Para determinação do GET, usar fator injúria entre 1,49 e 1,78
GEB (Kcal/dia) = 443,3 + [18,15 x MCM (Kg)]
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Cuidado com...
• Retenção hídrica, intolerância à glicose, infiltração de gordura no fígado, diarreia, 
aumento do coeficiente respiratório, aumento da produção de CO2 e aumento do 
requerimento energético basal.
• Ingestão insuficiente de energia, balanço nitrogenado negativo, proteólise muscular e 
dificuldade ventilatória.
SUPERALIMENTAÇÃO
SUBESTIMAÇÃO ENERGÉTICA
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Macronutrientes 
ESTADO NUTRICIONAL RECOMENDAÇÕES
EUTROFIA
Adequar para manutenção do peso, utilizando:
50 a 60% de carboidratos
25 a 30% de lipídeos
15 a 20% de proteínas (até 1,5 g/Kg/dia)
DESNUTRIÇÃO
Adequar para ganho de peso, 
aumentando o valor energético em 500 a 1000 Kcal/dia
OBESIDADE
Adequar para perda de peso, 
diminuindo o valor energético em 500 a 1000 Kcal/dia em relação ao 
GET 
Pacientes Estáveis
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Macronutrientes 
Pacientes Graves
Pulmocare® Pulmo-Diet®
NovaSource
Pulmonary®
Total Nutrition
Pulmo®
Densidade Calórica 
(Kcal/mL)
1,5 1,57 1,5 1,4
Proteínas (%) 16,7 16,0 20,0 17,0
Carboidratos (%) 28,1 28,0 40,0 28,0
Lipídeos (%) 55,2 56,0 40,0 55,0
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Micronutrientes 
NUTRIENTES FUNÇÕES
Vitamina A Reepitalização Pulmonar
Vitamina C Síntese de Tecido Conjuntivo
Niacina e Riboflavina Metabolismo Energético
Zinco Melhora o Paladar e Reforça o Sistema Imunológico
K, Ca, Mg e P Função Cardíaca e Circulatória
• Limitar a destruição do tecido pulmonar pelas 
proteases
Redução da perda da função pulmonar !!!
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Antioxidantes 
• Alto consumo de vitamina C pode reduzir a perda da função pulmonar 
em adultos – aumento de 16 mg para cada maço de cigarros fumado.
• Consumo de frutas e hortaliças relaciona-se inversamente à DPOC. 
Importância disso para os fumantes?
• Redução dos níveis séricos de vitamina C em pacientes com exacerbação 
aguda.
• Flavonoides = agentes anti-inflamatórios.
10/11/2017
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Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Estratégias Nutricionais 
Ingerir primeiro os alimentos mais 
energéticos
Utilizar os alimentos preferidos pelo 
paciente
Fracionar a dieta durante o dia
Adicionar manteiga, margarina, 
maionese e/ou creme de leite para 
aumentar o valor calórico dos 
alimentos
Saciedade Precoce
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Estratégias Nutricionais 
Descansar antes das refeições
Usar broncodilatadores antes das 
refeições
Empregar as estratégias de liberação 
de secreções, conforme indicação
Comer devagar
Ter alimentos preparados para os 
períodos de aumento da dispneia
Fadiga
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Estratégias Nutricionais 
Consumir menor quantidade de 
alimentos e com maior frequência
Comer devagar
Não ingerir alimentos que contenham 
gases ou favoreçam seu aparecimento
Constipação
Modificar a consistência dos alimentos para facilitar a mastigação
Encaminhar para serviço odontológico
Dietoterapia I – Nutrição, UFPI Profa. MSc. Gilmara Péres Rodrigues
Prevenir é sempre o melhor remédio!
gilmaraperes@ufpi.edu.br

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