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Fisioterapia no Aleitamento Materno

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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE
CURSO DE FISIOTERAPIA
ALEXANDER MEURER
CRISTIANE SALVADOR
RAQUEL PEREIRA
 FISIOTERAPIA NO ALEITAMENTO MATERNO
	
LAGES/NOVEMBRO
2017
ALEXANDER MEURER
CRISTIANE SALVADO
RAQUEL PEREIRA
FISIOTERAPIA NO ALEITAMENTO MATERNO
Trabalho acadêmico apresentado na Universidade do Planalto Catarinense – uniplac, 6º semestre do curso de Fisioterapia, como requisito parcial para obtenção de avaliação de desempenho acadêmico, sob a orientação da Professora Lunara B. Della Justina, na disciplina de Urologia, Ginecologia e Obstetrícia.
LAGES/NOVEMBRO
2017
INTRODUÇÃO
A lactação é a expressão máxima do desenvolvimento da mama. A partir disto que ela atinge plena diferenciação e o desenvolvimento completo. Assim, integra o ciclo reprodutor dos mamíferos (JUNIOR, 2000, p. 87).
Amamentar é de grande importância a mãe e ao bebê. Ao amamentar seus bebês elas acreditam que isso é o melhor para si e seus filhos, consideram ainda, a lactação agradável e prazerosa. No entanto, algumas parturientes encontram restrições e deixam de amamentar precocemente. Privando o bebê dos benefícios da amamentação e causando sofrimento a esta mãe (TOMÉ, 2008, p. 10).
O profissional fisioterapeuta tem um papel relevante como integrante da equipe multiprofissional, está presente para informar a gestante de como é importante efetuar o pré-natal e exames para prevenir problemas futuros e proporcionar não só a sua saúde quanto a do seu filho. É importante que o fisioterapeuta realize a assistência das gestantes, informando sobre as alterações fisiológicas nesta etapa, estimulando a gestante para o parto, puerpério e, especialmente, possibilitando um apoio ativo na fase do aleitamento materno. (REAL, et al.)
É um ato de carinho e amor, fazendo o bebê sentir-se seguro. O contato contínuo entre mãe e filho fortalece ainda mais os laços afetivos, o envolvimento dos familiares auxilia e prolonga este processo. A amamentação participa da prevenção de defeitos na dentição e problemas na fala (TOMÉ, 2008, p. 10).
FISIOLOGIA DA AMAMENTAÇÃO
Durante a gestação, o corpo da mulher sofre algumas alterações, como a concretização do desenvolvimento mamário, crescimento uterino, aumento na pressão de órgãos internos abdominais, alterações posturais, dentre outras. 
As mudanças físicas corporais são significativas e marcantes na vida desta gestante, devendo esta ser bem assistida e amparada por profissionais adequados a este quadro clinico. Os quais são aptos a esclarecer dúvidas, auxiliar e preparar a mãe durante o período gravídico, considerando todas as transformações fisiológicas desta paciente e abordando a terapêutica adequada.
2.1 MAMOGÊNESE:
Trata-se do desenvolvimento da glândula mamária. Marcando seu início na puberdade e se concluindo no período gestacional. O envolvimento dos hormônios nesta fase conta basicamente dos mesmos presentes durante o desenvolvimento inicial da mama e a formação da mama. Os demais hormônios, próprios da gravidez sintetizados pela placenta são: hormônio gonadotrófico coriônico (HCG), e o hormônio lactogênico placentário (HPL) Junior (2000, p.87.)
Durante este período existe um forte aumento nos níveis do hormônio do crescimento, hormônios tireoidianos, insulina e cortisol. Onde estes interagem com a progesterona, prolactina e estrogênio, permitindo que o tecido mamário conclua seu desenvolvimento e seja capaz de secretar. Junior (2000, p.87.) 
Visto que durante a gravidez há o aumento nos níveis de prolactina, a qual tem relação direta com a pequena liberação de dopamina hipotalâmica ou fator inibidor de prolactina (PIF). Esta inibição é realizada pelos altos níveis de esteróides ovarianos, que possuem não apenas a função hipotalâmica, mas também: atuação da progesterona no desenvolvimento dos alvéolos mamários, tendo ação nas células lactóforas, as preparando para a produção de leite e o aumento dos ductos alveolares e alvéolos mamários através dos estrogêneos. NEME (2000, p. 239).
2.2 LACTOGÊNESE: 
Dita como o início da secreção de leite materno, identificada por alguns autores em fases: 
Fase I: preparação da mama para a amamentação sob ação de diferentes hormônios. Sendo os mais importantes o estrogênio (responsável pela ramificação dos ductos lactíferos) e o progestogêneo (responsável pela formação de lóbulos) (Ministério da Saúde, 2009, p. 19).
Fase II: após a expulsão da placenta através do nascimento do bebê, os níveis sanguíneos de progestogêneio da mãe se acentuam, resultando em uma consequente liberação de prolactina. Apresentando níveis satisfatórios, a prolactina, cortisol, insulina e hormônios tireoideanos ativam as células sintetizadoras e liberadoras de leite, iniciando a sua produção e secreção (Ministério da Saúde, 2009, p. 19).
Segundo o Ministério da Saúde (2009) a produção do leite logo após o nascimento da criança é controlada principalmente por hormônios e a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o terceiro ou quarto dia pós-parto, ocorre mesmo se a criança não sugar o seio.
Fase III: fase que perdura toda a lactação, depende da sucção do bebê e conseqüente esvaziamento da mama. Esta fase também pode ser denominada galactopoiese (Ministério da Saúde, 2009, p.19).
2.3 GALACTOPOIESE:
Trata-se do período de manutenção da secreção do leite materno, podendo ser considerada também como a Fase III da lactogênese. Meados da segunda e terceira semana após o parto há uma produção efetiva de leite materno (Junior 2000, p.94).
Na galactose, a prolactina e a ocitocina são os hormônios mais importantes. Para que haja uma reposição secretora continuada (Junior, 2000, p.94).
No pós-parto há um declínio gradual de prolactina, em decorrência a diminuição nos esteróides ovarianos, que cessam a inibição quanto à liberação da PIF. Através da sucção da mama, a produção de prolactina é mantida (NEME, 2000, p. 239).
2.4 COLOSTRO: 
Identificado como produto da secreção láctica e que permite a adaptação adequada do recém nascido à vida após o parto. Se trata de um fluído viscoso, em tons amarelados devido seus auto teor de beta-caroteno, que se acumulou nas células alveolares durante a gestação e acaba sendo secretado nos primeiros dias após o nascimento. Rico em substâncias imunoglobulinas, peptídeos antimicrobianos, fatores tróficos e anti-inflamatórios (EUCLIDES, 2005 apud COSTA, 2012, p. 7).
Quando comparado ao leite maduro, o colostro é mais viscoso, possuindo concentrações mais elevadas de proteínas, minerais, caratenoides e vitamina lipossolúveis, particularmente A e E, bem como menores teores de lactose, lipídeos e vitaminas do complexo B (CASEY, 2005, apud COSTA, p. 7, 2012).
2.5 REFLEXO DE PRODUÇÃO E DESCIDA DO LEITE: 
Segundo relato de TOMÉ (2008, p. 24 apud) prolactina é um polipeptídio com aminoácidos secretado pela hipófise anterior da mãe, é o fator trófico inicial responsável por sintetizar o leite pela mama (PALTER, 2005).
TOMÉ (2008, p. 24 apud) conclui ainda que:
A concentração de prolactina no sangue aumenta de forma contínua e progressiva, a partir da quinta semana de gravidez até o nascimento do feto, quando atinge valores muito elevados. Imediatamente após o nascimento do feto, a perda súbita da secreção de estrogênio e de progesterona pela placenta permite que o efeito lactogênico da prolactina materna assuma seu papel natural, e, dentro de 2 a 3 dias, as mamas começam a secretar quantidades copiosas de leite, em lugar do colostro (GUYTON, 2008). A prolactina estimula o reflexo de descida de leite para a mama. Acredita-se que as terminações nervosas táteis na aréola enviem um estimulo ao hipotálamo, resultando em um aumento na produção e transporte de ocitocina para a neuro-hipófise, onde é liberada para circulação (STEPHENSON, 2004).
INICIO DA AMAMENTAÇÃO:
Segundo o Ministério da Saúde (2009) o leite produzido é armazenado nos alvéolos e nos ductos. Os ductos mamários não se dilatam para formaros seios lactíferos, o que acontece é que durante as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a aréola se enchem de leite e ampliam-se. A secreção láctea inicia após 16 semanas de gravidez.
É de extrema importância ter conhecimento e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS. De acordo com o Ministério da Saúde o aleitamento materno é classificado da seguinte forma:
• Aleitamento materno exclusivo – quando é oferecido a criança somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, sem a presença de outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos (Ministério da Saúde-2009).
• Aleitamento materno predominante – quando a criança ingere além do leite materno, água e outras bebidas que contem água (chás, água adocicada) ou suco de frutas (Ministério da Saúde-2009).
 • Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno direto da mama na forma de amamentação ou ordenhado, podendo receber ou não outros alimentos (Ministério da Saúde-2009).
 • Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, outro alimento com o intuito de complementá-lo, e não substituir a amamentação (Ministério da Saúde-2009).
 • Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite, de forma que venha a acrescentar a amamentação (Ministério da Saúde-2009).
Conforme o Ministério da Saúde (2009), a posição errada da mãe e do bebê na amamentação dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em junção ao mamilo e à aréola, resultando no que se denomina de “má pega.” A má pega lesiona os mamilos, além de dificultar a retirada do leite, podendo haver uma diminuição na formação do leite. Este bebê, muitas vezes, tem dificuldades com o ganho de peso, apesar de permanecer longo tempo no peito. Quando o bebê tem uma pega eficaz, o mamilo da mãe é protegido da fricção e compressão, prevenindo as lesões mamilares. Todo profissional da saúde deve saber analisar criticamente uma mamada, para assim fazer um bom apoio as mães e bebês. Sendo assim, um bom posicionamento do bebê na mama é fundamental na prevenção de feridas nas papilas mamárias e no estabelecimento de uma amamentação eficaz.
	O Ministério da Saúde 2009, destaca quatro pontos principais que caracterizam o posicionamento e pega adequados: 
Posicionamento adequado: Rosto do bebê em frente a mama, estando com o nariz na altura do mamilo da mãe; Corpo do bebê perto da mãe; Bebê deve estar com o corpo alinhado e devidamente apoiado (Ministério da Saúde-2009).
Pega adequada: Abertura da boca; Aréola visível acima da boca do bebê; O lábio inferior deve estar virado para fora; O queixo do bebê deve estar com contato com a mama da mãe (Ministério da Saúde-2009).
	De acordo com o Ministério da Saúde (2009):
Apesar de a sucção do recém-nascido ser um ato reflexo, ele precisa perceber a retirar o leite do peito de forma eficaz. Quando o bebê pega a mama corretamente – o que requer uma ampla abertura da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola –, forma-se um feche perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola permaneçam dentro da boca do bebê. A língua eleva suas bordas laterais e a ponta, formando uma concha (canolamento) que leva o leite até a faringe posterior e esôfago, ativando o reflexo de deglutição.
Ainda, segundo o Ministério da Saúde (2009) a retirada do leite é realizada pela língua, graças ao movimento peristáltico rítmico da ponta da língua para trás, que comprime suavemente o mamilo. Enquanto mama no peito, a respiração do bebê é pelo nariz, estabelecendo o padrão normal de respiração nasal. Os movimentos da mandíbula promovem o crescimento harmônico da face do bebê. 
Em contrapartida, o Ministério da Saúde (2009) ressalta que a técnica inadequada da amamentação apresenta: Bebê com as bochechas encovadas a cada sucção; Ruídos com a língua; Dores durante a amamentação; Mama demonstra-se esticada ou deformada durante a mamada; Presença de estrias vermelhas, áreas esbranquiçadas ou achatadas no mamilo, observada quando o bebê solta a mama.
 POSIÇÃO DA MÃE 
As orientações da UNICEF e Ministério da Saúde (2007) em relação a escolha da posição da mãe ao amamentar são: 
A mãe pode ficar DEITADA, SENTADA ou EM PÉ. O importante é a mãe e o bebê sentirem-se bem confortáveis (UNICEF e Ministério da Saúde-2007).
Se a mãe der de mamar DEITADA A mãe deve deitar-se de lado, apoiando sua cabeça e costas em travesseiros para ficar mais à vontade. A mãe também pode dar de mamar recostada na cama. Com um braço, a mãe apoia o pescoço e o tronco do bebê, ajudando a aproximar o corpo do bebê ao seu corpo, e com a outra mão aproxima a boca do bebê do bico do peito. Ele próprio vai procurar o bico (UNICEF e Ministério da Saúde-2007).
Se a mãe der de mamar SENTADA A mãe pode cruzar as pernas ou usar travesseiros sobre suas coxas, ou ainda usar embaixo dos pés um apoio para facilitar a posição do bebê, permitindo assim, que a boca do bebê fique no mesmo plano da aréola (UNICEF e Ministério da Saúde-2007).
Retirada e armazenamento do leite:
O Ministério da Saúde (2009) afirma que a ordenha manual, é realizada da seguinte forma:
Retirada do leite: os dedos da mão em formato de “C”, o polegar na aréola na região ACIMA do mamilo e o dedo indicador na região ABAIXO do mamilo na transição aréola mama, em contraposição ao polegar, sustentando o seio com os outros dedos. Curvar o tórax sobre o abdômen, para facilitar a saída do leite e aumentar o fluxo. Deve ter a disposição uma vasilha de vidro esterilizado que possa receber o leite, preferencialmente vidros com a boca larga e tampas plásticas que possam ser aquecidas durante mais ou menos 20 minutos. O recipiente que será coletado o leite deve estar próximo ao seio (Ministério da Saúde-2009).
O Ministério da Saúde (2009) afirma que, preferencialmente utilizar a mãe esquerda na mama esquerda e vice versa com a direita, outra forma é a técnica bimanual, onde pode utilizar as duas mãos simultaneamente. Suavemente pressionar o polegar e o dedo indicador, em direção ao outro, e levemente para dentro. Deve-se evitar pressionar demais, para que não haja o bloqueio dos ductos lactíferos. Pressionar e soltar algumas vezes. A técnica correta não deve causar dor; O leite pode não fluir de início, mas após algumas pressões o leite começará a pingar. Caso o reflexo de ocitocina for ativado, o leite poderá fluir em jorros. Desprezar os primeiros jatos, pois melhora a qualidade do leite pela redução dos agentes contaminantes. Mudar a posição dos dedos na aréola para que o esvaziamento seja completo em todas as áreas. A ordenha adequada leva mais ou menos 20 a 30 minutos, em cada mama.
No momento da técnica, o Ministério da Saúde (2009) explica que a mãe deve procurar um ambiente tranquilo para esgotar o leite; Massagear a mama de forma delicada em movimentos circulares da base em direção a aréola; Procurar estar relaxada em posição confortável; Pensar em seu bebê pode auxiliar na saída do leite. Prender os cabelos ou usar uma touca para proteção; Usar máscara e evitar falar, espirrar ou tossir durante a ordenha; Para a limpeza das mãos é necessário ter um pano úmido e limpo; Lavar cuidadosamente mãos e antebraços. Não há necessidade de lavas os seios frequentemente.
GÊMEOS
Conforme explica o Ministério da Saúde (2009), com o surgimento da inseminação artificial, o nascimento de múltiplas crianças tornou-se mais frequente. O nascimento de gêmeos é uma dádiva e ao mesmo tempo um grande desafio, que pode ser mais fácil de encarar se a família, especialmente a mãe, receber apoio principalmente dos profissionais da saúde, que devem estar preparados para acolher e aconselhar as famílias, incluindo o aleitamento materno.
Em relação a quantidade de leite disponível para a amamentação, o Ministérioda Saúde (2009), afirma:
Se há duas ou mais crianças consumindo o leite da mãe, espera-se que ela produza o suficiente para cada uma delas. O maior obstáculo à amamentação de bebês múltiplos, na realidade, não é a quantidade de leite que pode ser produzida, mas a indisponibilidade da mulher. Assim, é fundamental que as mães de parto múltiplo tenham suporte adicional.
Em relação ao início da amamentação de gêmeos, o Ministério da Saúde (2009), recomenda:
O melhor momento de iniciar o aleitamento materno de gêmeos é logo após o nascimento. Se um ou mais bebês não está em condições de ser amamentado, a mulher deve iniciar a extração manual ou com bomba de sucção o mais precocemente possível. Por mais difícil que possa ser, é muito importante que as crianças sejam amamentadas em livre demanda. Somente haverá produção de leite suficiente para cada uma das crianças se a mãe amamentar (ou retirar leite) com frequência e em livre demanda. No caso de extração do leite, desenvolver uma rotina que mimetize as mamadas dos bebês é útil. Para isso, é necessário fazer o esvaziamento das mamas no mínimo 8 a 9 vezes ao dia, totalizando 100 a 120 minutos. Coordenar as mamadas de duas ou mais crianças pode parecer uma tarefa quase impossível, mas após um período de aprendizagem (que pode durar meses), muitas mulheres surpreendem-se com sua extraordinária capacidade de adaptação. 
Indicação do Ministério da Saúde (2009), diz que mães de gêmeos tendem a usar uma das seguintes variações para amamentar os seus bebês:
 • Alternância de bebês e mamas a cada amamentação. Dessa maneira, se o bebê “A” começou a mamar na mama direita em uma mamada, na próxima ele deverá iniciá-la na mama esquerda, independentemente se os bebês mamarem em uma só mama ou nas duas. Uma variação desse método é oferecer o peito com maior quantidade de leite ao primeiro bebê que mostrar vontade em mamar. O que é muito utilizado nas primeiras semanas após o parto e principalmente se um dos bebês tem sucção menos eficiente ou quando um ou mais bebês querem mamar nas duas mamas, é a alternância de bebês e mamas a cada amamentação (Ministério da Saúde-2009).
• Alternância de bebês e mamas a cada 24 horas. Nesse caso, o bebê “A” inicia todas as mamadas do dia em uma determinada mama e no dia seguinte é realizado na outra. Muitas mães gostam desse método por lembrar qual dos bebês mamou onde e quando (Ministério da Saúde-2009).
• Escolha de uma mama específica para cada bebê. Nessa circunstância, cada mama se adapta às necessidades de cada bebê. Porém, pode haver diferença no tamanho das mamas, diminuição da produção leite se uma das crianças não sugar eficientemente e recusa dos bebês em mamar na mama do “outro” em caso de necessidade. Se a mãe opta por essa modalidade, então recomenda-se que ela alterne posições de vez em quando para que os olhos da criança ao mamar recebam estímulos semelhantes ao se ela mamasse nas duas mamas (Ministério da Saúde-2009).
	De acordo com o Ministério da Saúde (2009), geralmente nos primeiros dias ou semanas, a mãe pode precisar de auxílio de uma pessoa para o posicionamento correto dos bebês. A amamentação de dois bebês ao mesmo tempo, simultânea, poupa tempo e permite atender as necessidades dos bebês imediatamente. Além disso, há evidências de que a mulher produz maior quantidade de leite quando a amamentação é simultânea dos bebês. No entanto, algumas mães (ou bebês) sentem-se preparadas a realizar a amamentação simultânea algumas semanas após o parto, e depois de conseguir desempenhar algumas dificuldades iniciais, como por exemplo problemas de posicionamento e técnica.
As posições para a amamentação de gêmeos, conforme explica o Ministério da Saúde (2009), podem ser:
Há basicamente três posições para a amamentação simultânea: tradicional, jogador de futebol americano e combinação de ambas. Na posição tradicional, a mãe apoia a cabeça de cada criança no antebraço do mesmo lado da mama a ser oferecida e os corpos dos bebês ficam curvados sobre a mãe, com as nádegas firmemente apoiadas. Uma variante dessa posição é a do cavaleiro, ou seja, as crianças ficam sentadas nas pernas da mãe, de frente para ela. Na posição de jogador de futebol americano as crianças ficam apoiadas no braço do mesmo lado da mama a ser oferecida, com a mão da mãe apoiando as cabeças das crianças e os corpos mantidos na lateral, abaixo das axilas. A mãe pode amamentar uma das crianças na posição tradicional e a outra na posição de jogador de futebol americano (posições combinadas).
Mamilos Doloridos ou Trauma Mamilar	
A maior parte das mulheres quando começa amamentar refere dor ou incômodo no começo das primeiras mamadas realizadas pelo bebê, podendo ser comum. Porém, dor e lesões nos mamilos não são tão comuns assim, segundo Giuliani (2004). “Os traumas mamilares incluem eritema, edema, fissuras, bolhas, “marcas” brancas, amareladas ou escuras e equimoses.” GIULIANI (2004, p. 148)
	 Ainda, segundo GIULIANI (2004) Os fatores mais corriqueiros de dor na hora do aleitamento são os traumas mamilares ocasionados pela disposição e adesão inapropriadas. Demais fatores como mamilos pequenos/planos ou inversos, problemas orais em crianças, frênulo da língua muito pequeno, absorção incompleta de nutrientes duradoura, retirada do leite de forma incorreta com a utilização de ventosas, de não dar um intervalo na hora que a criança se encontra mamando antes de ser retirada do peito, utilização de cremes e óleos que podem ocasionar um processo alérgico nos mamilos[...] 
7.1 Prevenção
GIULIANI (2004), ensina que para os sintomas acima elencados, é fundamental a prevenção, assim descrevendo-as: amamentar de forma certa; não deixar os mamilos húmidos; não utilizar artefatos que tirem a defesa natural do mamilo; amamentar sempre que o bebê quiser; retirar o leite manualmente da auréola antes do aleitamento caso esteja ingurgitada; utilizar o dedo indicador caso seja preciso cessar o aleitamento; não utilizar com frequência protetores nos mamilos.
7.2 Tratamento
Segundo GIULIANI (2004, ao primeiro sinal de traumas mamilares, o primeiro passo é corrigir o problema que causa a dor, intervindo no alívio e promovendo a cicatrização das lesões. Em primeiro lugar, utilizar as seguintes medidas de conforto, como: iniciar a mamada pela mama menos atingida; usar analgésicos sistêmicos, se necessário; ordenhar manualmente, retirando um pouco de leite antes da mamada, para diminuir a sucção inicial do bebê, causando menos danos.
	
 Monilíase Mamilar 
Genilda, citando GOMES, 2003, afirma que a infecção mamilar é um problema que está crescendo na lactação, sendo que a causada por fungos (candidíase mamilar) ainda é pouco estudada e elucidada. 
Para Genilda, citando Gomes, 2003, atualmente a C. albicans tem sido responsabilizada por candidíase mamilar em mulheres lactantes, sendo a dor e o ardor no mamilo de origem desconhecida as principais queixas de infecção por essa levedura 
Importante ressaltar, segundo relata Genilda, citando GOMES, 2003:
A infecção da mama no puerpério por Candidasp (candidíase ou monilíase) é bastante comum. A infecção pode atingir só a pele do mamilo e da aréola ou comprometer os ductos lactíferos. São fatores predisponentes a umidade e lesão dos mamilos e uso, pela mulher, de antibióticos, contraceptivos orais e esteróides. Na maioria das vezes é a criança quem transmite o fungo, mesmo quando a doença não seja aparente.
8.1 Sintomas 
Segundo relata Genilda, citando GOMES, 2003:
A infecção por Candidasp costuma manifestar-se por coceira, sensação de queimadura e dor em agulhadas nos mamilos que persiste após as mamadas. A pele dos mamilos e da aréola pode apresentar-se avermelhada, brilhante ou apenas irritada ou com fina descamação; raramente se observam placas esbranquiçadas. Algumas mães queixam-se de ardência e dor em agulhada dentro das mamas. É muito comum a criança apresentar crostas brancas orais, que devem ser distinguidas das crostas de leite (essas últimas são removidas sem machucar a línguaou gengivas). 
8.2 Tratamento
O tratamento para prevenir a instalação de candida segundo Genilda, citando GOMES, 2003 “é manter os mamilos secos e arejados e expô-los à luz por alguns minutos ao dia. Mãe e bebê devem ser tratados simultaneamente, mesmo que a criança não apresente sinais evidentes de candidíase.”
Sobre tratamento, ensina Genilda, citando Gomes, 2003 que:
Inicialmente é local, com pomadas* por duas semanas. As mulheres podem aplicar o creme após cada mamada e ele não precisa ser removido antes da próxima mamada. Violeta de Genciana a 0,5% pode ser usada nos mamilos/aréolas e na boca da criança uma vez por dia por três a quatro dias. Se o tratamento tópico não for eficaz, recomenda-se comprimidos* por 10 a 20 dias. Além do tratamento específico contra o fungo, algumas medidas gerais são úteis durante o tratamento, como enxaguar os mamilos e secá-los ao ar após as mamadas e expô-los à luz por pelo menos alguns minutos por dia. As chupetas e bicos de mamadeira são fontes importantes de reinfecção, por isso, caso não seja possível eliminá-los, eles devem ser fervidos por 20 minutos pelo menos uma vez ao dia. 
 Ingurgitamento Mamário 
	Para GIULIANI (2004), ingurgitamento mamário, é o acúmulo de leite nas mamas, causando grande desconforto, dor e em alguns casos, febre. A mama aumenta de tamanho, fica dolorosa, com algumas áreas, causando edemas. Os mamilos ficam achatados, dificultando a pega do bebê, e o leite muitas vezes não flui com facilidade. Ocorre com mais frequência em torno do terceiro ao quinto dia após o parto, está associado aos seguintes fatores: início tardio da amamentação, mamadas infrequentes, restrição da duração e frequência das mamadas, uso de suplementos e sucção e pega incorreta.
9.1 Prevenção
Conforme GIULIANI (2004), As seguintes recomendações são úteis na prevenção do ingurgitamento mamário: iniciar a amamentação o mais cedo possível; amamentar em livre demanda e com a técnica correta, evitar o uso de mamadeiras. 
9.2 Tratamento 
Afirma GIULIANI (2004), Utilizam-se as seguintes medidas: amamentar com freqüência; massagear delicadamente as mamas uso de analgésicos sistêmicos e anti-inflamatórios; o uso correto do sutiã, com alças firmes e largas; compressas mornas, e banhos quentes. Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou com bomba de sucção. O esvaziamento da mama é essencial para dar alívio à mãe, diminuir a pressão mecânica nos alvéolos. 
 Mastite
Segundo TOMÉ (2008, p. 40), A mastite é o processo inflamatório da mama podendo ser causada por infecção ou não. O Staphylococcus aureus é a bactéria mais comum como originador da mastite. Os causas de risco se dá pela má higiene das mãos, anomalias nos ductos, aberturas ou incisões nos mamilos, roupa estreita, apoio errado das mamas e a retirada inapropriada das mesmas no decorrer do aleitamento. Os sintomas referidos podem ser mal-estar, febre e sensação de frio. O exame das mamas evidencia ao toque, edema, vermelhidão e calor.
10.1 TRATAMENTO
TOMÉ (2008, p. 40) ainda afirma que, O recurso terapêutico para a mastite inclui a utilização de antibióticos e analgésicos. [...] O fisioterapeuta pode efetuar terapia manual de forma superficial no sentido do mamilo para diminuir o edema e incentivar a drenagem para auxiliar e amenizar a mastite que não foi causada por infecção. O ultra-som e o tratamento interferencial estão sendo utilizados de maneira benéfica como recurso terapêutico nesses problemas. [...]
CONCLUSÃO
Sabe-se que no decorrer da gestação o corpo da mulher sofre algumas modificações físicas e que podem afetar o seu psicológico. Com a chegada do bebê se estabelece um contato físico muito grande aproximando ainda mais mãe e filho.
Entende-se que o leite materno é essencial para manter o vínculo entre a mãe e o bebe, além disso pode ser um grande coadjuvante na prevenção de algumas patologias e na defesa de infecções. O leite materno é um alimento completo que contém os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, é o alimento ideal até os seis meses de vida da criança.
É dever de todo profissional da área da saúde saber analisar criticamente o ato da amamentação para poder estabelecer um bom apoio a essa puérpera e ao seu bebê. Dando um amparo adequado e esclarecendo duvidas que irão surgir como o posicionamento adequado na hora da amamentação. Tendo isso em vista, a puérpera consegue evitar algumas complicações relacionadas a mama, como a mastite e a monilíase. (REAL, et al.)
Com base nos temas abordados, podemos perceber a importância do fisioterapeuta no aleitamento materno, sendo de suma importância na prevenção de certos agravos e na reabilitação de patologias associadas a mama. O fisioterapeuta por fazer parte da equipe multiprofissional ainda auxilia na promoção de saúde, orientando as gestantes tanto no pré parto como no pós parto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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