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Tópicos Especiais em Contabilidade Lorena Aragão Feitosa ATIVIDADE ESTRUTURADA Parte 01 – Investigação sobre a Resolução NBC TG 28(R3); Parte 02 – Apresentação de uma empresa modelo com a aplicação da norma. Cinthia Lima Alves Matricula nº: 201403382883 Fortaleza, CE Novembro, 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3 2. OBJETIVOS GERAIS .................................................................................. 4 3. PARTE 01 - INVESTIGAÇÃO SOBRE A RESOLUÇÃO NBC TG 28(R3) ... 5 3.1. Questões e Respostas ............................................................................. 5 4. PARTE 02 – APRESENTAÇÃO DE UMA EMPRESA MODELO COM APLICAÇÃO DA NORMAA ................................................................................ 9 4.1. Contexto Operacional da Empresa ........................................................... 9 4.2. Coleta e Análise de Dados ....................................................................... 9 4.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 14 4.4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 15 1. INTRODUÇÃO O processo de convergência internacional às normas de contabilidade iniciou-se no Brasil com a publicação da lei 11.638/07 que alterou e revogou a lei 6.404/76, conhecida como Lei das Sociedades por Ações. Tal alteração possibilitou a harmonização dos princípios contábeis ao IFRS (International Financial Reporting Standards) para as empresas e grande, assim, a partir de 2010 as empresas tornaram-se obrigadas a emitir suas demonstrações em conformidade com a nova norma contábil. No Brasil o Comitê de pronunciamentos contábeis (CPC), criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, é encarregado pelo estudo, à elaboração, a emissão e a divulgação de Pronunciamentos Técnicos contábeis, mantendo a conformidade com o padrão internacional. Com essas mudanças no cenário contábil e econômico do Brasil, foram criados diversos pronunciamentos técnicos, assim também, como normas técnicas, criadas de acordo com a Resolução CFC nº 1.328/11, que conforme o Artigo 4º, inciso I, são Normas Brasileiras de Contabilidade convergentes com as normas internacionais emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board), incluindo normas completas, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com bases em documentos emitidos pelo CPC (Parágrafo único, alínea a). Dentre esses documentos emitidos, O CPC 28 - “Propriedade para Investimentos”, foi aprovado em 26 de Junho de 2009, possuindo correlação com IAS 40 – Investment Property (IASB), em conjunto com CFC, a Resolução CFC nº. 1.178/09 aprovou em 24 de Julho de 2009 a NBC TG 28 – Propriedade para Investimento, que passou a vigorar nos exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2010. A norma já foi revisada pela terceira vez, e atualmente está definida por – NBC TG 28 (R3) – Propriedade para Investimento. De acordo com a norma, Item 05, Tais propriedades, como terrenos e/ou edifícios, por exemplos, são mantidos para auferir aluguel e/ou valorizar o capital, não podendo ser utilizadas para fins administrativos, para produção ou fornecimento de bens e serviços e nem ocupadas pelo proprietário. 2. OBJETIVOS GERAIS Esse trabalho busca apresentar conceitos e explicações próprias da NBC TG 28 (R3), como forma de aprimorar conhecimentos. Através de uma pesquisa e análises de dados de uma empresa listada na BM&FBOVESPA, esse relatório, também objetiva dispor informações quantitativas acerca de propriedades para investimento divulgadas em demonstrações contábeis, especificamente no Balanço Patrimonial (BP) e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), assim também, como dispor as informações via nota explicativa, acerca desse investimento. Para assim, compreender a aplicação da norma e a forma que é divulgada na empresa. 3. PARTE 01 - INVESTIGAÇÃO SOBRE A RESOLUÇÃO NBC TG 28(R3) 3.1. Questões e Respostas 1. O que é propriedade para investimento? A propriedade para investimento é uma propriedade, como terreno, edifício, por exemplo, em que o proprietário ou arrendatário utiliza para fins de auferir aluguel e/ou valorizar o capital. Mas que não possa ser usada na produção ou fornecimento de bens ou serviços e nem para finalidades administrativas da empresa, assim como não pode ser vendida no curso ordinário do negócio. 2. Qual a norma contábil atual que trata do assunto? Resolução NBC TG 28 (R3) – Propriedade para Investimento. 3. Qual a sua vigência? Com a alteração da NBC TG 28 (revisão 03), entrou em vigor a partir da data da publicação no DOU, em 23 de Outubro de 2015, sendo aplicado aos exercícios iniciados a partir de 1º de Janeiro de 2016. 4. Houve alterações nesta NBC? E, se houve, quais foram? Houve três alterações na norma, R1, R2 e R3. Revisão 01: alterou na NBC TG 28 os itens 26, 29, 32, 40, 48, 53, as alíneas (b) do item 78, (e) do item 79 e (a) do item 80. Alterou também a definição de “valor justo” do item 5. Excluiu a Alínea (d) do item 75 e os itens 36 a 39, 42 a 47, 49 e 51. Revisão 02: inclui o título: “Classificação de propriedade como propriedade para investimento ou propriedade ocupada pelo proprietário” antes do item 6. Incluiu também os itens 14A e 84A na NBC TG 28 (R1). Revisão 03: alterou a alínea (a) do item 4 na NBC TG 28 (R2), vigorando a redação: (a) ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola (ver NBC TG 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola e NBC TG 27 – Ativo Imobilizado); e 5. Qual o objetivo da norma contábil? A norma tem como objetivo estabelecer o tratamento contábil e os respectivos requisitos de divulgação de propriedades para investimento. 6. Qual a relação existente entre propriedade para investimento e imobilizado? Tanto a propriedade para investimento como o ativo imobilizado são ativos classificados no Ativo Não Circulante, são, portanto, reconhecidos por gerarem benefícios econômicos futuros para entidade. Os dois ativos também podem ser mantidos para aluguel, diferenciando pela atividade fim da companhia, em que o aluguel no ativo imobilizado é vinculado a atividade da empresa não sendo sua atividade fim. Além disso, as entidades poderão aplicar a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, em situações em que a propriedade para investimento, que não esteja em construção, não ter o valor justo mensurado com confiabilidade, usando então o método de custo. 7. Cite exemplos de aplicação da norma? Terrenos mantidos para valorizar capital em longo prazo; Terrenos mantidos para futuro uso indeterminado, exceto os que sejam mantidos para ocupação pelo proprietário e para venda em curto prazo no curso ordinário dos negócios; Edifícios que sejam propriedades da entidade, ou mantido em arrendamento financeiro, e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais (incluindo edifícios desocupados); Propriedades ainda em construção ou desenvolvimento para serem utilizadas como propriedades para investimento. 8. Quais situações não se aplica a norma contábil? Propriedades que no curso ordinário das operações, ou que em construção, são destinadas à venda. Assim também, como aquelas que foram adquiridas com o intuito de venda e revenda; Propriedades em construção ou que estão em desenvolvimento por conta de terceiros e não pela entidade; Propriedades ocupadas pelo proprietário e empregados da entidade, incluindo as que sejam mantidas para ocupação em tempo futuro e que sejam desenvolvidas futuramente para esse fim. Assim como propriedades ocupadas pelo proprietário esperando alienação; Propriedade arrendada sob arrendamento financeiro à outra entidade. 9. Quais custos estão envolvidos no processo de registro da propriedade para investimento? São envolvidos os custos inicialmente incorridos para adquirir uma propriedade para investimento, como remunerações profissionais de serviços legais, impostos de transferência de propriedade, dentre outros custos de transação, incluindo o preço inicial de compra. Custos para funcionamento inicial da propriedade a desejo da Administração. Também são envolvidos custos posteriormente incorridos, que prestem manutenção à propriedade. 10. Segundo a norma contábil, qual o tratamento contábil previsto nesta para fins de: a) Reconhecimento: A entidade deve reconhecer uma propriedade para investimento como ativo quando for provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e quando o custo puder ser mensurado confiavelmente. b) Mensuração: No reconhecimento inicial a propriedade para investimento é mensurada pelo custo, incluindo os custos de transação, de compra e outros diretamente ligados à transação. Após o reconhecimento inicial, a entidade pode escolher mensurar pelo custo ou pelo valor justo, com exceção de propriedades que suportem passivos que pagam retorno associado diretamente ao valor justo, ou retornos de ativos especificados (Item 32A), mantidas sobre arrendamento operacional dentre outros (Item 06). Se a entidade escolher o método de valor justo deverá mensurar pelo valor justo todas as propriedades para investimento, exceto no reconhecimento inicial, incluindo propriedades reconhecidas após a conclusão da construção, pois o valor justo não é mensurado confiavelmente em base contínua. c) Divulgação: A entidade deve divulgar qual o método de mensuração aplicado: pelo valor justo ou pelo custo. Se a classificação for difícil, divulgar os critérios para diferenciar a propriedade para investimento de propriedades ocupadas pelo proprietário e de propriedades mantidas para venda no curso ordinário dos negócios. Deverá divulgar as quantias reconhecidas no resultado, lucros de rendas de propriedade para investimento, gastos operacionais diretos que tenham gerado renda ou não no período, alteração no valor justo com a venda de propriedade para investimento de um conjunto de ativos em que se usa o método do custo para um conjunto em que se usa o método do valor justo (divulgado no resultado do período). Obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver propriedades para investimento ou para reparos, manutenção ou aumentos. A entidade que utiliza o método do valor justo deverá apresentar a conciliação entre os valores contábeis mostrando: as aquisições e os dispêndios incorridos posteriormente, incluindo por combinação de negócios; Ativos classificados como detidos para venda. Os ganhos e perdas da variação do valor justo deverão ser apresentados. Diferenças cambiais e transferências para conta de estoque e para o ativo imobilizado, nas situações em que a propriedade se torna ocupada pelo proprietário, e outras alterações. Se utilizado o método de custo, deverá divulgar também, na conciliação, descrição da propriedade para investimento, o motivo da mensuração não confiável pelo valor justo. Se possível, o intervalo de estimativas dentro do qual seja altamente provável que o valor justo venha a recair. Se alienação do bem não foi escriturada, apresentar o fato se não ser escriturada pelo valor justo, o valor contábil no momento da venda e a quantia de ganho ou perda reconhecida. Além disso, ao utilizar o método de custo deve divulgar adicionalmente os métodos de depreciação usados, a vida útil ou a taxas de depreciação, o valor contábil bruto e a depreciação acumulada no inicio e no fim do período. A conciliação do valor contábil no inicio e fim do período, também deve mostrar as aquisições e os dispêndios incorridos posteriormente e em combinação de negócios; ativos detidos para venda; depreciação; perdas por impairment reconhecidas e/ou revertidas Durante o período; diferenças cambiais; e também e transferências para e de estoque e propriedade ocupada pelo proprietário, dentre outras alterações. 11. Explique os métodos de custo e de valor justo aplicado à propriedade para investimento. Os dois são métodos para mensurar o ativo propriedade para investimento. Como já citado anteriormente, a entidade mensura inicialmente o ativo “propriedade para investimento” utilizando o método de custo, em que os custos são o preço de aquisição e os dispêndios necessários ao funcionamento inicial do ativo. Após o recolhimento inicial a entidade escolherá entre o método de custo e do valor justo. O valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Ver NBC TG 46 – Mensuração do Valor Justo). (Alterada pela NBC TG 28 (R1)) Se o valor justo não puder ser mensurado confiavelmente, a entidade deverá utilizar o método de custo até que o valor justo possa ser usado. A entidade, escolhendo mensurar pelo custo posteriormente, deverá divulgar o valor justo da sua propriedade de investimento em cada balanço patrimonial ou em notas explicativas. 4. PARTE 02 – APRESENTAÇÃO DE UMA EMPRESA MODELO COM APLICAÇÃO DA NORMA 4.1. Contexto Operacional da Empresa A empresa selecionada para pesquisa está classificada na BM&FBOVESPA no setor “Financeiro e outros”. Desta forma, a empresa atua com subsetor e segmento voltados à exploração de imóveis. A companhia Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A. é uma sociedade anônima de capital aberto, no qual sua atividade principal é realizar serviço completo (Full Service) em shoppings centers. Atividades de concepção, planejamento, desenvolvimento e administração destes, como também de complexos imobiliários de uso misto. Compra e venda de Imóveis, exploração de estacionamento rotativo, dentre outras atividades. Sua sede está localizada na cidade de São Paulo – SP, precisamente na Rua Angelina Maffei Vita, nº 200. 4.2. Coleta e Análise de Dados Após a seleção da empresa, foram analisadas as demonstrações contábeis, a fim de identificar e apresentar propriedades para investimento, seu método utilizado para mensuração: método de custo ou pelo valor justo; e utilização da depreciação. Foram analisadas as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, como um conjunto completo em 31/12/15 e 31/12/2016, elaboradas de acordo com o padrão contábil internacional, International Financial Reporting Standards – IFRS. A seguir estão dispostos, as demonstrações financeiras da empresa, as movimentações das propriedades para investimento, assim como a análise dos dados coletados e apresentados. Como será possível identificar no Ativo do Balanço Patrimonial, a empresa classificou corretamente o ativo “propriedades para investimento” na conta de investimento, dentro do ativo não circulante. O balanço a que se refere é representado cosolidado entre a controladora e as investidas, sendo esse ativo individual, classificado na mesma conta, mostrado logo em seguida. Tabela 01 - DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo - (Reais Mil) Conta Descrição 31/12/201631/12/2015 1 Ativo Total 5.230.634 5.057.018 1.01 Ativo Circulante 755.200 625.173 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 184.755 130.069 1.01.02 Aplicações Financeiras 372.161 262.867 1.01.02.01 Aplic. Finan. Aval. a Valor Justo 339.102 228.377 1.01.02.02 Aplic. Finan. Aval. ao Custo Amortiz. 33.059 34.490 1.01.03 Contas a Receber 154.497 176.220 1.01.03.01 Clientes 110.402 110.174 1.01.03.02 Outras Contas a Receber 44.095 66.046 1.01.04 Estoques 5.365 6.060 1.01.06 Tributos a Recuperar 23.133 21.944 1.01.07 Despesas Antecipadas 7.753 6.844 1.01.08 Outros Ativos Circulantes 7.536 21.169 1.01.08.03 Outros 7.536 21.169 1.01.08.03.02 Empréstimos a Receber 2.877 5.477 1.01.08.03.03 Stock Option 1.081 0 1.01.08.03.04 Outros Ativos Circulantes 3.578 15.692 1.02 Ativo Não Circulante 4.475.434 4.431.845 1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 307.842 292.333 1.02.01.03 Contas a Receber 84.668 83.855 1.02.01.03.01 Clientes 16.737 19.812 1.02.01.03.02 Outras Contas a Receber 67.931 64.043 1.02.01.06 Tributos Diferidos 104.740 68.672 1.02.01.08.04 Créditos com Outras Partes Relacionadas 101.604 130.084 1.02.01.09 Outros Ativos Não Circulantes 16.830 9.722 1.02.01.09.04 Empréstimos a Receber 1.605 6.774 1.02.01.09.05 Depósitos Judiciais 2.712 2.901 1.02.01.09.07 Outros Ativos Não Circulantes 12.513 47 1.02.02 Investimentos 4.044.136 4.017.380 1.02.02.01 Participações Societárias 18.334 17.373 1.02.02.02 Propriedades para Investimento 4.025.802 4.000.007 1.02.03 Imobilizado 23.026 19.530 1.02.04 Intangível 100.430 102.602 1.02.04.01.02 Ágio na Aquisição de Investimentos 88.169 88.169 1.02.04.01.03 Softwares 12.261 14.433 Fonte: DFPs - Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A (Adaptado). Fonte: NEs 09 - Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A (Adaptado). Esses ativos consolidados também são mostrados detalhadamente nas investidas, por meio das notas explicativas (Nota 09 – Propriedade para Investimentos), como segue: Fonte: NEs 09 - Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A (Adaptado). Em resumo das principais práticas contábeis, via notas explicativas, a Companhia informou sobre o uso de estimativas em certos ativos, como propriedades para investimento, referentes à seleção da vida útil dos bens e do valor justo (Nota 2.2 – a). Tal ativo é mensurado pela entidade pelo método de custo, deduzido pela depreciação calculada pelo método linear, porém, também divulga o valor justo de propriedade para investimento, por meios dessas estimativas (Nota 2.2 – m). (*) - A vida útil dos demais itens classificados como propriedades para investimento é avaliada anualmente e reflete a natureza dos bens e sua utilização pela Companhia. (**) - Refere-se à mais-valia do ativo, sendo apresentado como investimento na controladora, e, devido à sua origem, é apresentado no consolidado como propriedade para investimento. Os valores estão apresentados líquidos de amortização (Nota 08). As movimentações de propriedades para investimentos estão dispostas a seguir: Tabela 02 - Movimentações de Propriedades para Investimentos Controlada Cosolidado 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015 Saldo Inicial 1.076.793 975.013 4.000.07 3.647.282 Adições 40.819 134.275 124.611 452.822 Baixas (*) (70) (2.198) (70) (4.685) Transferência (1.122) - (1.122) - Depreciações (29.628) (30.297) (97.624) (95.412) Saldo Final 1.086.792 1.076.793 4.025.802 4.000.007 Fonte: NEs 09 - Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A (Adaptado). (*) - Refere-se à baixa dos custos de revenda de pontos. Em 2015, refere-se substancialmente a baixa do custo de apartamentos na cidade de Campinas e no consolidado, a baixa da fração ideal de 3,82% do Shopping Boulervard Rio em função da venda destes ativos. Tabela 03 – Valor Justo 31/12/2016 Shoppings em operação Shoppings anunciados (*) Total Valor Justo 9.027.452 14.449 9.041.901 Área Bruta Locável própria (Mil m2) 456 39 495 31/12/2015 Shoppings em operação Shoppings anunciados (*) Total Valor Justo 8.276.720 39.602 8.316.322 Área Bruta Locável própria (Mil m2) 452 43 495 Fonte: NEs 09 - Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A (Adaptado). (*) Refere-se a posição das expansões e novos shoppings. Conforme já citado, a Companhia anualmente estima o valor justo das propriedades para investimento. Sendo assim, a administração não encontrou indícios de mudança significativa no valor desses anos. A entidade utilizou o fluxo de caixa descontado para estimar o valor justo, utilizando informações do mercado e as qualificações físicas das propriedades, para então, obter seus cálculos, não incluindo as potenciais expansões, as permutas de terrenos e os projetos não anunciados. Foram utilizadas, então as seguintes para avaliação: Tabela 04 – Taxas Para Avaliação 31/12/2016 31/12/2015 Taxa de Desconto Real 7,2% - 9,6% a.a. 7,8% - 10,2% a.a Taxa de crescimento real na perpetuidade 2% a.a. 2% - 3% a.a Fonte: NEs 09 - Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A (Adaptado). A administração também concluiu através do valor justo, que não houve desvalorização do ativo, assim, não houve redução ao valor recuperável. Tabela 05 - DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado - (Reais Mil) Conta Descrição 2016 2015 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 668.147 636.254 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -208.114 -210.749 3.03 Resultado Bruto 460.033 425.505 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -47.058 -24.547 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -66.986 -81.781 3.04.04 Outras Receitas Operacionais 33.206 66.088 3.04.05 Outras Despesas Operacionais -14.217 -9.631 3.04.06 Resultado de Equivalência Patrimonial 939 777 3.05 Resultado Antes do Resultado Finan. e dos Tributos 412.975 400.958 3.06 Resultado Financeiro -209.767 -159.956 3.06.01 Receitas Financeiras 83.784 95.888 3.06.02 Despesas Financeiras -293.551 -255.844 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 203.208 241.002 3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -39.013 -47.345 3.08.01 Corrente -52.328 -49.946 3.08.02 Diferido 13.315 2.601 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 164.195 193.657 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 164.195 193.657 3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 161.583 191.091 3.11.02 Atribuído a Sócios Não Controladores 2.612 2.566 3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação) 3.99.01 Lucro Básico por Ação/ON 0,91566 1,08313 Fonte: DRE - Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A (Adaptado). 4.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como é possível concluir, a Companhia Iguatemi, apresentou corretamente o ativo “propriedade para investimento” em seu balanço patrimonial. Também divulgou informações qualitativas e quantitativas em notas explicativas (Nota 09 – Propriedades para Investimento). A entidade divulgou as movimentações do ativo, como adições, baixas, transferências e depreciações, assim como o método utilizado – método linear. A mensuração se dar pelo método de custo, assim, a empresa também apresentou o valor justodesses ativos, conforme recomendado pela NBC TG 28 (R3). Concluindo assim, que a Companhia está em conformidade com a norma estabelecida. 4.4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Propriedade para Investimento. Pronunciamento Técnico CPC 28. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/>. Aprovado em 26 de junho de 2009. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. IFRS na Prática - Perguntas e Respostas Com Exemplos Resolução CFC nº 1.055/05. Disponível em: < http://cfc.org.br/legislacao/>. Resolução CFC nº 1.328/11. Disponível em: < http://cfc.org.br/legislacao/>. Resolução CFC 1.178/09. NBC TG 28 – Propriedade para Investimento aprovou. Disponível em: < http://cfc.org.br/legislacao/>. Aprovado em 24 de Julho de 2009. Empresas Listadas. Demonstrações Financeiras Padronizadas, 31/12/2015 e 31/12/2016. Companhia Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A.. Disponível: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/.
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