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DIREITO CIVIL II – Teoria Geral das Obrigações
Aula 11
 Espécies de cessão: 
1) convencional - é a mais comum, e decorre do acordo de vontades como se fosse uma venda (onerosa) ou doação (gratuita) de alguma coisa, só que esta coisa é um crédito;
2) legal - imposta pela lei (ex: nosso conhecido 346; no 287 também é imposto pela lei a cessão dos acessórios da dívida como garantias, multas e juros);
CESSÃO DE CRÉDITO 
 Espécies de cessão: 
3) judicial - determinada pelo Juiz no caso concreto, explicando os motivos na sentença para resolver litígio entre as partes.
CESSÃO DE CRÉDITO 
“pro soluto” e “pro solvendo” 
Na “pro soluto” o cedente responde pela existência e legalidade do crédito, mas não responde pela solvência do devedor (ex: A cede um crédito a B e precisa garantir que esta dívida existe, não é ilícita, mas não garante que o devedor/cedido C vai pagar a dívida, trata-se de um risco que B assume).
CESSÃO DE CRÉDITO 
“pro soluto” e “pro solvendo” 
Na cessão “pro solvendo” o cedente responde também pela solvência do devedor, então se C não pagar a dívida (ex: o cheque não tinha fundos), o cessionário poderá executar o cedente. Mas primeiro deve o cessionário cobrar do cedido para depois cobrar do cedente.
CESSÃO DE CRÉDITO 
“pro soluto” e “pro solvendo” 
 Quando a cessão é onerosa, o cedente sempre responde pro soluto, idem se a cessão foi gratuita e o cedente agiu de má-fé (ex: dar a terceiro um cheque sabidamente falsificado gera responsabilidade do cedente, mas se o cedente não sabia da ilegalidade não responde nem pro soluto, afinal foi doação mesmo - 295); mas o cedente só responde pro solvendo se estiver expresso no contrato de cessão (296).
CESSÃO DE CRÉDITO 
Das oposições
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
CESSÃO DE CRÉDITO 
Dos acessórios
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios.
CESSÃO DE CRÉDITO 
Estudo de Caso
RECURSO ESPECIAL - AÇÃO COLETIVA DE CONSUMO - COBRANÇA DE PREÇOS DIFERENCIADOS PRA VENDA DE COMBUSTÍVEL EM DINHEIRO, CHEQUE E CARTÃO DE CRÉDITO - PRÁTICA DE CONSUMO ABUSIVA - VERIFICAÇÃO - RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
I - Não se deve olvidar que o pagamento por meio de cartão de crédito garante ao estabelecimento comercial o efetivo adimplemento, já que, como visto, a administradora do cartão se responsabiliza integralmente pela compra do consumidor, assumindo o risco de crédito, bem como de eventual fraude;
II - O consumidor, ao efetuar o pagamento por meio de cartão de crédito (que só se dará a partir da autorização da emissora), exonera-se, de imediato, de qualquer obrigação ou vinculação perante o fornecedor, que deverá conferir àquele plena quitação. Está-se, portanto, diante de uma forma de pagamento à vista e, ainda, pro soluto" (que enseja a imediata extinção da obrigação);
III - O custo pela disponibilização de pagamento por meio do cartão de crédito é inerente à própria atividade econômica desenvolvida pelo empresário, destinada à obtenção de lucro, em nada referindo-se ao preço de venda do produto final. Imputar mais este custo ao consumidor equivaleria a atribuir a este a divisão de gastos advindos do próprio risco do negócio (de responsabilidade exclusiva do empresário), o que, além de refugir da razoabilidade, destoa dos ditames legais, em especial do sistema protecionista do consumidor;
IV - O consumidor, pela utilização do cartão de crédito, já paga à administradora e emissora do cartão de crédito taxa por este serviço (taxa de administração). Atribuir-lhe ainda o custo pela disponibilização de pagamento por meio de cartão de crédito, responsabilidade exclusiva do empresário, importa em onerá-lo duplamente (in bis idem) e, por isso, em prática de consumo que se revela abusiva;
V - Recurso Especial provido.
(REsp 1133410/RS, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/03/2010, DJe 07/04/2010)
CESSÃO DE CRÉDITO 
É a transferência passiva da obrigação, enquanto a cessão é a transferência ativa. A assunção é rara e só ocorre se o credor expressamente concordar, afinal para o devedor faz pouca diferença trocar o credor ( = cessão de crédito), mas para o credor faz muita diferença trocar o devedor, pois o novo devedor pode ser insolvente, irresponsável, etc.
CESSÃO DE DÉBITO OU ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
E o silêncio do devedor?
O silêncio do credor na troca do devedor implica em recusa, afinal em direito nem sempre quem cala consente (art. 299, parágrafo único, CC)
CESSÃO DE DÉBITO OU ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
As garantias especiais
São aquelas que não são da essência da dívida e só foram prestadas em atenção à pessoa do devedor. Não se confundem com as garantias reais prestadas pelo próprio devedor que não são especiais e, portanto, em regra persistem
CESSÃO DE DÉBITO OU ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
As garantias especiais
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
As garantias prestadas pelo devedor originário permanecem se ele concordou expressamente com a assunção de dívida
CESSÃO DE DÉBITO OU ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
Anulação da substituição do devedor
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.
CESSÃO DE DÉBITO OU ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
As Oposições
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo
CESSÃO DE DÉBITO OU ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
As Oposições
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo
CESSÃO DE DÉBITO OU ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
 O adquirente de imóvel hipotecado. 
Ao contrário do art. 299, parágrafo único, do CC, no art. 303; trata-se de uma aceitação tácita do credor para a troca do devedor, afinal na hipoteca a garantia é a coisa.
CESSÃO DE DÉBITO OU ASSUNÇÃO DE DÍVIDA

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