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AULA 4 FUNDAMENTOS

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AULA 4 FUNDAMENTOS DO COMERCIO EXTERIOR
A hierarquia dos Instrumentos Legais 
Constituição de 1988 - Dela emanam os direitos e as obrigações dos cidadãos brasileiros, dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); a competência da União, Estados e Municípios. É, pois, considerada a Lei Maior, a Carta Magna, a soberana.
Lei Complementar - Abaixo da Constituição, a Lei Complementar dá mais sentido a um dispositivo constitucional, complementa a Constituição. O Congresso Nacional discute a lei complementar, com a sanção do executivo, haverá a promulgação que é uma comunicação administrativa aos agentes do governo que o povo só tomará conhecimento quando de sua publicação no Diário Oficial.
Medida Provisória - A Constituição Federal proíbe o Decreto-Lei (elaboração da base legal pelo Executivo), mas criou a Medida Provisória de igual força hierárquica (tem força de Lei). O Presidente da República pode, por força de urgência ou relevância social, baixar medidas provisórias sem aprovação do Congresso Nacional.
Decreto - No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas.
Outros Normativos Legais - Dentro de sua competência, dispõe sobre os procedimentos instituídos pelos DL, MP e Leis.
O CMN é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), por meio de suas Resoluções, Circulares e Comunicados.
O BACEN autoriza instituições financeiras a operarem com câmbio. 
As deliberações do CNSP são normatizadas pela SUSEP por meio de Portarias e Circulares. 
Legislação aduaneira
É o conjunto de normas legais capazes de propiciar a administração pública, o exercício do controle dos sistemas aduaneiros vigentes no país. 
A Legislação Aduaneira é composta de: DL, MP, Leis, Decretos, OUTROS ATOS NORMATIVOS (Regulamentos e Resoluções que são aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e para com os administrados. São aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração para com os seus administrados) e ATOS ORDINÁRIOS (Instruções Normativas, Circulares, Aviso, Portarias) que são aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes.
A Legislação Aduaneira é bem complexa pelos seguintes motivos:
Existência de vários órgãos do governo que atuam no COMEX propiciando divergências por falta de entrosamento entre eles.
Existência de atos legais sem as respectivas regulamentações gerando períodos de vacâncias e impasses decisórios. Ex.: O DL 37/66 que deveria ser regulamentado em 180 dias, só foi regulamentado pelo Decreto 91030/85, 19 anos depois, o nosso primeiro Regulamento Aduaneiro.
Imprecisão conceitual envolvendo critérios diversificados de normativos que mudam em função de considerações subjetivas.
Excesso de ordenamento legal provocando confusões aos contribuintes e aos funcionários do governo, o que já vem melhorando pela consolidação das portarias SECEX, Instruções Normativas e o novo R.A. (Regulamento Aduaneiro).
Pela excessiva proliferação de obrigações de caráter acessório criadas para facilitar o trabalho da própria fiscalização aduaneira.
A Alfândega ou Aduana exerce uma barreira fiscal de controle de entrada e saída de pessoas, mercadorias e veículos do país, para isso seguem o seguinte ordenamento legal:
Portarias Ministeriais: Ex.: Portaria MF No. x/2010 – Ministério da Fazenda.
Portaria, Instruções Normativas (IN) e Atos Declaratórios – Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB.
Atos Declaratórios ou Normativos, Pareceres Normativos e Normas de Execução – COANA.
Normas de Execução, Atos Declaratórios e Portarias – Superintendência, Delegacias e Inspetorias.
Terminais alfandegados
O território aduaneiro compreende todo o território nacional e a jurisdição aduaneira abrange todo esse território e divide-se em zona primária e secundária.
A Zona Primária Compreende: Portos Alfandegados: Áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local constituída da parte terrestre ou aquática contínua ou descontínua por eles ocupadas. -Aeroportos Alfandegados: Compreende a parte terrestre devidamente demarcada pela autoridade aduaneira local por eles ocupados. -Pontos de Fronteiras Alfandegados: São as áreas terrestres demarcadas pela autoridade aduaneira competente situada numa fronteira terrestre do Brasil com outro país. -A zona primária é a porta oficial de entrada e saída de pessoas e suas bagagens, mercadorias e veículos.
A Zona Secundária compreende: O restante do território aduaneiro brasileiro, assim constituído por sua base territorial, espaço aéreo, águas internas (rios e lagos) e sua faixa marítima.
Recinto Alfandegado
Os R.A.s são declarados pela autoridade aduaneira competente, a fim de que neles possa ocorrer, sob o controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagens de viajantes e remessas postais internacionais.
Exemplos de Recintos Alfandegados:
Em Zonas Primárias: Armazéns, pátios, tanques (granel líquido), silos (granel sólido, grãos); depósitos, lojas e zonas francas.
Em Zonas Secundárias: As dependências das remessas postais internacionais administradas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Portos Secos (os Portos Secos são recintos alfandegados de uso público dos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem sob o controle aduaneiro).
• Não podem ser instalados em zona primária e têm como finalidade descentralizar os serviços aduaneiros dos portos e aeroportos, minimizando custos operacionais.
• O governo elege uma região que existe concentração de mercadorias destinadas à exportação/importação e são operacionalizados e administrados por empresas privadas ou consórcio de empresas.
Os Terminais Alfandegados estão localizados em R.A.s e operam com a movimentação e armazenagem das cargas. São terrenos públicos arrendados por empresas privadas que exploram essa atividade por prazo determinado. Os terminais especializados em movimentação de containers são denominados TECON.
As principais funções do Imposto de Importação (II):
1ª) Função histórica Protecionista. Protege o produto nacional do produto similar estrangeiro. Funciona como um benefício à indústria e não ao consumidor.
2ª) Função Seletora. É estabelecida de acordo com os critérios de essencialidade da mercadoria. Os produtos necessários ao desenvolvimento do país têm alíquotas menores, já os supérfluos, terão alíquotas elevadas. Exemplos: perfumes, cosméticos, derivados de fumo, bebidas alcoólicas, peles, automóveis etc.
3ª) Função Arrecadadora. Arrecada fundos para o Tesouro Nacional.
4ª) Função Promotora. Promove a competitividade entre o produto importado e o nacional. A qualidade da mercadoria é a base, logo, os produtos importados são melhores, o que obriga a melhoria dos produtos nacionais. 
 As características do Imposto de Exportação (IE):
O IE é um imposto de característica, exclusivamente, monetária e cambial, com finalidade de disciplinar os efeitos monetários decorrentes de variações de preços no exterior preservando as receitas de exportação e o consumo interno, é um tributo extrafiscal, seu objetivo principal não é a de arrecadar.
Elementos limitadores ou impeditivos das importações/exportações
Intervenções Governamentais no COMEX. De 1808 até o Século XX, o Comércio era livre, mas, a partir do Sec. XX houve intervenção maciça do Estado na políticaexterior.
 Procedimento Aduaneiro de admissão de mercadoria importada e liberação de mercadorias destinadas ao exterior. Esses procedimentos variam de acordo com a origem, o destino e a classificação fiscal da mercadoria.
Acordos Internacionais. Com a criação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade, Genebra, 1947), houve a necessidade de se harmonizar as tarifas aduaneiras e dividir os países em relação ao seu desenvolvimento a partir de regras específicas. Assim sendo, qualquer incentivo fiscal concedido ao produto nacional deveria ser estendido ao produto importado de país membro do GATT. 
Restrições às mercadorias importadas e exportadas por meio de mecanismos de preços. O Governo disciplina os preços quando necessário.
O Sistema Integrado de Comércio Exterior é o sistema de processamento do Comércio Exterior Brasileiro.
O SISCOMEX elimina a coexistência de controles e sistemas de coleta de dados paralelos, ao adotar o fluxo único de informações tratado pela via informatizada, o que permite, também, a harmonização de conceitos e a uniformização de códigos e nomenclaturas, tornando mais ágil o processamento administrativo, o que significa um salto de qualidade nos serviços prestados, contribuindo para a redução do “custo Brasil”, SE NÃO FOSSEM OS PROBLEMAS DE INTERFACE COM ALGUNS ÓRGÃOS ANUENTES.
Órgãos regulatórios
ORGÃOS ADM/GESTORES
O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO e integrou os três órgãos gestores: SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) responsável por legislar / regular o controle dos produtos, SRF (Secretaria da Receita Federal) responsável por legislar / regular o controle fiscal e o BACEN (Banco Central do Brasil) responsável por legislar / regular o controle cambial. 
ORGÃOS INTERVENIENTES/ANUENTES
Também integrados ao Sistema, esses órgãos são responsáveis por fiscalizar e executar as normas de controle reguladas pelos órgãos gestores. Podemos citar como exemplos: COTAC (Comissão Coordenadora de Transporte aéreo Civil); CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear), DECEX (Departamento de Comércio Exterior), Ministérios da Saúde, Agropecuário, Aeronáutica etc. 
Orientações ao SISCOMEX Importação WEB
Assinatura Digital - É o processo eletrônico de assinatura, baseado em sistema criptográfico assimétrico, que permite ao usuário usar sua chave privada para declarar a autoria de documento eletrônico a ser entregue à SRF, garantindo a integridade de seu conteúdo. 
Autoridade Certificadora da Secretaria da Receita Federal (AC-SRF) - É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente à AC Raiz, responsável pela assinatura dos certificados das Autoridades Certificadoras Habilitadas.
Autoridade Certificadora Habilitada - É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF, habilitada pela Coordenação Geral de Tecnologia e Segurança da Informação – Cotec, em nome da SRF, responsável pela emissão e administração dos Certificados Digitais e-CPF e e-CNPJ.
Autoridade de Registro da Secretaria da Receita Federal (AR-SRF) - É a entidade operacionalmente vinculada à AC-SRF, responsável pela confirmação da identidade dos solicitantes de credenciamento e habilitação como Autoridades Certificadoras integrantes da ICP-Brasil, em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF. 
Autoridades de Registro - São as entidades operacionalmente vinculadas à determinada Autoridade Certificadora Habilitada, responsáveis pela confirmação da identidade dos solicitantes dos certificados e-CPF e e-CNPJ.
Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ - É o documento eletrônico de identidade emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela Autoridade Certificadora Raiz da ICP-Brasil – AC Raiz e habilitada pela Autoridade Certificadora da SRF (AC-SRF), que certifica a autenticidade dos emissores e destinatários dos documentos e dados que trafegam numa rede de comunicação, bem assim assegura a privacidade e a inviolabilidade destes.
Documento Eletrônico - É aquele cujas informações são armazenadas, exclusivamente, em meio eletrônico.
ICP–Brasil - É um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a ser implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.
Usuário - Pessoa física ou jurídica titular de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ, respectivamente, bem assim de qualquer outro certificado digital emitido por Autoridade Certificadora não habilitada pela SRF e credenciada pela ICP Brasil. 
TRATAMENTO ADMINISTRATIVO
Permite ao usuário verificar se a mercadoria necessita de algum tratamento administrativo aplicado na importação. Define-se nessa função se o licenciamento será automático ou não automático necessitando, portanto, de LI antes do embarque ou se a importação está dispensada de licenciamento. ESTE VEM A SER O PRIMEIRO PASSO NO SISCOMEX PARA O DESEMBARAÇO ADUANEIRO. 
DECLARAÇÃO
A Declaração compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a uma determinada operação de importação e conjunto de informações específicas de cada mercadoria. Adição da Importação e RE na exportação.
É formulada pelo representante legal em seu próprio microcomputador.
De modo geral, o processo de elaboração de uma Declaração compreende:
A introdução dos dados gerais da declaração, comuns a todas as mercadorias objeto do despacho, inclusive dos dados relativos ao pagamento dos tributos, no caso da importação.
Introdução dos dados de cada uma das mercadorias sujeitas a licenciamento automático – TAMBÉM CHAMADO ADIÇÃO na importação.

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