Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MACRONUTRIENTES PROF. MSc. IGOR BOMFIM Princípios Nutricionais -‐ CARBOIDRATOS -‐ CARBOIDRATOS ❑ Compostos extremamente abundantes na natureza ! ❑ Produzidos pelos vegetais ! ❑ Amplamente consumidos na dieta humana ! ❑ Compostos de átomos de C, O e H ! ❑ Correspondem ≈ entre 50% a 60% das necessidades energéticas ! ❑ Unidades básicas ! MONOSSACARÍDEOS INTRODUÇÃO CARBOIDRATOS ❑ Componentes básicos dos Di e Polissacarídeos ❑ Podem ter 3 a 6 átomos de carbono ❑ Todos os outros HC devem ser digeridos até monossacarídeos para serem absorvidos MONOSSACARÍDEOS CARBOIDRATOS CLASSIFICAÇÃO DOS MONOSSACARÍDEOS Localização do grupo carbonila Aldoses Cetoses Glicose | Desoxirribose | Galactose | Manose Frutose | Ribulose | Xilulose CARBOIDRATOS CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS Quanto ao GRAU DE POLIMERIZAÇÃO Monossacarídeos 3 a 6 átomos de carbono, formando uma única unidade Dissacarídeos Formados pela ligação glicosídica entre duas hexoses. Precisam ser digeridos para serem absorvidos (sacarose | lactose | maltose) Oligossacarídeos Pequenas cadeias de monossacarídeos | 2 a 10 (Maltodextrina | Inulina | Oligofrutose | Estaquiose) Polissacarídeos Carboidratos complexos | longas cadeias de monossacarídeos (Amido| Pectina | Celulose | Glicogênio) CARBOIDRATOS CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS Quanto a DIGESTIBILIDADE Digeríveis Capazes de sofrer degradação pelas enzimas humanas (AMIDO | SACAROSE | LACTOSE | MALTOSE) Parcialmente Digeríveis Não sofrem digestão no intestino delgado (AMIDO RESISTENTE) Indigeríveis Incapazes de sofrer degradação pelas enzimas humanas; podem sofrer fermentação (FIBRAS ALIMENTARES) CARBOIDRATOS CARBOIDRATOS NA ALIMENTAÇÃO Consumo Aproximado Sacarose (30%) • Cana-‐de-‐açúcar • Beterraba • etc... FIBRAS • Vegetais folhosos • Legumes • Verduras • Cereais integrais Amido (60%) • Arroz • Inhame • Mandioca • Milho • Trigo • Batata • etc Lactose (10%) • Leite • Derivados do leite CARBOIDRATOS CARBOIDRATOS NA ALIMENTAÇÃO BOCA • Hidrólise do amido: ! Amilose -‐ Maltose ! Amilopectina -‐ Maltose -‐ Dextrina α-‐amilase salivar ESTÔMAGO • HCl (pH < 4,0) Gastrina DIGESTÃO CARBOIDRATOS CARBOIDRATOS NA ALIMENTAÇÃO INTESTINO DELGADO AMILOSE ! DEXTRINA ! MALTOSE ! GLICOSE • Secretina • Colecistoquinina • Amilase Pancreática Glicoamilase Maltase Obs: Sacarose e lactose são digeridas pelas enzimas lactase e sacarase na borda em escova DIGESTÃO CARBOIDRATOS CARBOIDRATOS NA ALIMENTAÇÃO ABSORÇÃO A absorção dos monossacarídeos resultantes da digestão, ou seja, seu transporte do lúmen até a circulação, ocorre de duas maneiras: 1) Co-‐transporte de sódio e glicose 2) Difusão facilitada ➢ SGLT1 das células epiteliais absortivas transportam Glicose e Galactose + Sódio ➢ Contra o gradiente de concentração ➢ Dependente de sódio e energia ➢ Troca de sódio por potássio para dentro da célula ➢ Família de proteínas localizadas na membrana celular (GLUTs) ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS CARBOIDRATOS Transportador Localização Função GLUT 1 Maioria das células; hemácias; pouco expresso no fígado e músculo esquelético Transporte basal de glicose para as células a uma taxa relativamente constante. Ativa quando a concentração extracelular é baixa e a demanda intracelular é alta. GLUT 2 Enterócito, fígado, rins e células beta do pâncreas Ativa quando a quantidade de glicose sangüínea é alta, ou seja, no estado pós-‐absortivo. GLUT 3 Cérebro, rim e placenta principalmente Transporte de glicose para as células. GLUT 4 Transporte de glicose para as células Dependente de insulina. A presença de insulina estimula o deslocamento do GLUT 4 à superfície da membrana. Sensível à contração muscular GLUT 5 Enterócito Transporte de frutose. DISTRIBUIÇÃO | ARMAZENAMENTO | MOBILIZAÇÃO CARBOIDRATOS ❖ Glicose ! Principal fonte de energia para as células. Sendo assim, após o período absortivo, deve ser rapidamente distribuída! CAMINHO 1 Armazenamento ! ! GLICOGÊNESE CAMINHO 2 Utilização e Degradação ! ! GLICÓLISE Mobilização Glicogenólise FIBRAS ALIMENTARES FIBRAS CARBOIDRATOS Dietéticas Funcionais Insolúveis SolúveisTotais + FIBRAS ALIMENTARES CARBOIDRATOS DIETÉTICAS • Carboidratos não digeríveis intrínsecos e intactos nas plantas FUNCIONAIS • Carboidratos não digeríveis isolados, com efeitos fisiológicos benéficos à saúde humana INSOLÚVEIS • Reduzem o tempo de trânsito intestinal ! • Aumentam o volume do bolo fecal ! ! -‐Celulose -‐ Lignina -‐ Hemicelulose SOLÚVEIS • Aumentam o tempo de trânsito intestinal • Diminuem o esvaziamento gástrico • Retardam a absorção de glicose • Diminuem a glicemia pós-‐ prandial • Diminuem o colesterol sanguíneo TOTAIS DIETÉTICAS + FUNCIONAIS CARBOIDRATOS CONCEITOS RELEVANTES Celulose Dextrina Dextrose Carboidrato feito de polímeros de glicose longos e retosna ligação β que resiste à hidrólise do TGI humano; uma fibra da dieta Produto intermediário da hidrólise do amido Glicose produzida pela hidrólise do amido de milho CARBOIDRATOS CONCEITOS RELEVANTES Fibra Dietética Frutose Galactose A quantidade de matéria vegetal remanescente após o tratamento com enzimas digestivas; pode ser solúvel ou insolúvel Monossacarídeo encontrado em frutas, mel e alguns vegetais; o mais doce dos monossacarídeos Monossacarídeo produzido pela hidrólise de lactose por enzimas digestivas CARBOIDRATOS CONCEITOS RELEVANTES Sacarose Polissacarídeo Dissacarídeo composto de uma unidade de glicose e uma unidade de frutose; a principal forma na qual a glicose é transportada entre as células vegetais; açúcar de mesa comum Polímero de carboidrato com mais de 10 unidades de monossacarídeos Princípios Nutricionais -‐ PROTEÍNAS -‐ PROTEÍNAS Funções Enzimática Contração Coagulaçã o Estrutural Transporte Hormonal Transcriçã o Imunológi ca PROTEÍNAS CICLO DE NITROGÊNIO As plantas incorporam o N inorgânico das bactérias fixadora de N para formar aa e proteínas Os animais se alimentam de plantas e convertem os aa em proteínas Os seres humanos se alimentam de animais e plantas e novamente rearranjam o N para formar o padrão de aa necessários Finalmente, todos morrem, as moléculas orgânicas são degradadas por MO, o N volta para o solo para ser utilizado pelas bactérias fixadoras de N PROTEÍNAS INTRODUÇÃO Enquanto as estruturas das plantas são primariamente compostas de carboidratos, a estrutura corporal dos seres humanos e animais é constituída por proteína A proteína também representa fonte de energia? PROTEÍNAS INTRODUÇÃO Enquanto as estruturas das plantas são primariamente compostas de carboidratos, a estrutura corporal dos seres humanos e animais é constituída por proteína A proteína também representa fonte de energia? SIM O nitrogênio pode ser removido dos aminoácidos em um processo chamado DESAMINAÇÃO e o carboidrato resultante pode ser utilizado para fornecimento de energia PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS DOS AMINOÁCIDOS Conceitos Importantes DESAMINAÇÃO TRANSAMINAÇÃO É a remoção no Nitrogênio dos aa É a transferência no Nitrogênio entre os aa e os carboidratos A capacidade de transaminar carboidratos aumenta a probabilidade de que os 20 aa estejam disponíveis para a síntese de proteína O piruvato é um intermediário de carboidrato formado durante a glicólise. Adicionando-‐se um grupo amino ele se torna o aa alanina. PROTEÍNAS ESTRUTURA DOS AMINOÁCIDOS Os aa são carboidratos com um grupo amino (NH₂) adicionado ao carbono α, que é o carbono próximo ao grupo carboxila TODOS os aa tem a mesma estrutura geral, onde R é diferente para cada um C Cα R NH₂ HOH O= _ _ _ A cadeia lateral (R) determina a identidade e a função do aa _ _ PROTEÍNAS CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Quanto a cadeia lateral APOLAR • Glicina • Alanina • Valina • Leucina • Isoleucina • Fenilalanina • Triptofano • Metionina • Prolina NEUTRA • Serina • Treonina • Tirosina • Asparagina • Cisteína • Glutamina ÁCIDA • Ácido Glutâmico ! • Ácido Aspártico ! • Arginina BÁSICA • Histidina ! • Lisina PROTEÍNAS CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Quanto a essencialidade nutricional ESSENCIAL Histidina | Leucina | Isoleucina | Lisina | Fenilalanina | Metionina | Treonina | Triptofano | Valina NÃO ESSENCIAL Alanina | Ácido Aspártico | Ácido Glutâmico | Serina CONDICIONALMENTE ESSENCIAL Arginina | Cisteína | Glutamina | Glicina | Prolina PROTEÍNAS CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS As proteínas podem ser classificadas quanto a: ➢ Solubilidade ! ➢ Função Biológica ! ➢ Forma ! ➢ Estrutura PROTEÍNAS DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS Por a mesma figura de TGI dos carboidratos Estômago Gastrina | pH < 5 (≈ 1,7 – 2,8) ! Pepsinogênio PepsinaHCl Intestino • Secretina ! • Colecistoquinina ! • Tripsinogênio ! Tripsina ! •Enteropeptidases PROTEÍNAS ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS Difusão Facilitada Transporte ativo dependente de Na²⁺ É através desses dois mecanismos que ocorre o transporte de aa, dipeptídeos e tripeptídeos do lúmen para o interior da célula PROTEÍNAS CATABOLISMO PROTÉICO ➢ Ocorre em situações catabólicas ! ! ➢ Aumento da atividade de enzimas proteolíticas ! ! ➢ Catabolismo seletivo de proteínas (Vitais x Não vitais) ! ! ➢ Preconiza-‐se ingestão protéica além das necessidades habituais PROTEÍNAS EXCREÇÃO DE NITROGÊNIO: CICLO DA URÉIA • É um mecanismo para excreção de N • Transformação de amônia em uréia A ingestão de 70g a 100g de proteína/dia gera a excreção aproximada de 11g a 15g de N/dia O N na forma de amônia (NH₃) é altamente tóxico, atravessando facilmente as biomembranas Princípios Nutricionais -‐ LIPÍDIOS -‐ LIPÍDIOS A definição de lipídiosdifere da de carboidratos e proteínas, pois não está baseada na estrutura química e sim em uma propriedade físico-‐química: a SOLUBILIDADE INTRODUÇÃO Características Básicas: ➢ Estrutura bastante variada ➢ Natureza Apolar ➢ Baixa solubilidade em água LIPÍDIOS FUNÇÕES Compon entes das Membr anas Moleculares Isolam ento: *Térmi co *Elétric o *Mecâ nico Vitami nas Hormô nios Impermea bilizantes Reserv a Energét ica Combust ível Alternati vo LIPÍDIOS CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS Lipídios Simples Lipídios Compostos Lipídios Variados Ácidos Graxos Gorduras neutras: ésteres de ácidos graxos com glicerol Monoglicerídios, diglicerídios, triglicerídios Ceras: ésteres de ácidos graxos com álcoois de alto peso molecular Ésteres de colesterol Éster não esterol Fosfolipídios = Ácido fosfórico + AG Glicerofosfolipídios (por exemplo: lecitinas, cefalinas) Glicoesfigonlipídios (por exemplo: esfingomielinas) Glicolipídios = AG + monossacarídios Lipoproteínas Esteróis (por exemplo: colesterol, vitamina D, sais biliares) Vitaminas A, E e K LIPÍDIOS ÁCIDOS GRAXOS O que são? São ácidos carboxílicos que possuem uma cadeia carbônica geralmente não ramificada e uma carboxila (-‐COOH) Região Apolar Região Polar LIPÍDIOS ÁCIDOS GRAXOS CLASSIFICAÇÃO 2. De acordo com o GRAU DE SATURAÇÃO Saturados Monoinsaturados Poliinsaturados A cadeia carbônica não apresenta duplas ligações A cadeia apresenta uma única dupla ligação A cadeia pode apresentar de 2 a 6 duplas ligações AG monoinsaturados são aqueles com cadeia carbônica > 14 C AG poliinsaturados são aqueles com cadeia carbônica > 18 C LIPÍDIOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS São AG poliinsaturados que apresentam duplas ligações cis, pertencentes a família ω-‐3 e ω-‐6 Não podem ser sintetizados pelo nosso organismo LIPÍDIOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS LIPÍDIOS HIDROGENAÇÃO DOS ÓLEOS VEGETAIS Triglicerídios Ésteres do Colesterol Fosfolipídios Monoglicerídios Ácido Graxo Colesterol Ácido Graxo Lisolecitina Ácido Graxo Lipase lingual e pancreática Hidrolase dos ésteres do colesterol Fosfolipase A₂ LIPÍDIOS DIGESTÃO DOS LIPÍDIOS FLAVIA MELO NUTRIÇÃO APLICADA À ENFERMAGEM -‐ Editora AB EDITORA AULA DE NUTRIÇÃO -‐ ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA E ORGANISMO SAUDÁVEL SOBOTA BASES DA NUTRIÇÃO CLÍNICA -‐ Editora Rubio Bibliografia Complementar GERALDO MOTA DE CARVALHO, ADRIANA RAMOS ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO -‐ EDITORA EPU HELENA MARIA PINHEIRO SANT ANA PLANEJAMENTO FÍSICO-‐FUNCIONAL DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO -‐ EDITORA RUBIO LEILA SICUPIRA CARNEIRO DE SOUZA LEÃO, MARIA DO CARMO REBELLO GOMESMANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA -‐ PARA ATENDIMENTO AMBULATORIAL DO ADULTO -‐ EDITORA VOZES REFERÊNCIAS
Compartilhar