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Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) Bioquímica Metabolismo dos Aminoácidos Proteínas e Aminoácidos – Funções: estruturais, motoras, hormonais, enzimática, imunidade, transporte, reservatório energético, composição de nucleoproteínas e da membrana. Fontes: proteínas da dieta, endógenas (provenientes da degradação) e síntese de aminoácidos não-essenciais. Destino: geram compostos nitrogenados não-protéicos, enviam o grupamento amino para o ciclo da uréia e utilizam a cadeia carbonada para depósito / geração de energia (glicose, corpos cetônicos e ácidos graxos). Nutrição Saudável: Conteúdo Protéico dos Alimentos – carne bovina (27/100g), queijo (27/100g) e peixe (22/100g). Valor Biológico – ovo (100%), carne bovina (100%), leite materno (100%), peixe (87%) e leite de vaca (85%). Ingesta Diária Recomendada – 0,8g/kg/dia para adultos; 1,6-2,4g/kg/dia para crianças; +10g/dia para mulheres grávidas; +15g/dia para lactantes. Dietas Vegetarianas – são problemáticas devido à baixa densidade calórica, à pequena quantidade de proteínas e ao baixo valor biológico das proteínas, que são ricas em certos aminoácidos e deficientes em outros, além de serem de difícil digestibilidade. Para sanar esses defeitos, deve-se incluir ovos e leite, fontes de proteína de alta qualidade, além de vegetais de alto valor calórico. Balanço Nitrogenado: Equilíbrio Nitrogenado – a ingesta e a excreção de nitrogênio deve ser igual. Balanço Nitrogenado Positivo – a ingesta supera a excreção. É recomendado para indivíduos em fase de crescimento, para lactantes e para gestantes. Balanço Nitrogenado Negativo – excreção é maior do que a ingesta. É comum durante o jejum prolongado, devido à degradação da proteína muscular, em dietas pobres em proteínas (Kwashiorkor e Marasmo) e em estados hipercatabólicos (cirurgia, trauma, queimadura, infecção, estresse), os quais se caracterizam pela grande mobilização de combustíveis energéticos. Influência Hormonal no Balanço Nitrogenado – Cortisol: aumenta a degradação de proteínas teciduais, de modo a ampliar o pool de aminoácidos livres. Isso favorece a síntese de proteínas específicas ou o catabolismo, gerando energia por causa da cadeia carbonada e uréia pelo nitrogênio. Glucagon – aumenta a gliconeogênese. Adrenalina: mobiliza os ácidos graxos do tecido adiposo. Digestão Protéica – Resumo: começa no estômago e é completada no intestino. As enzimas envolvidas são produzidas como precursores inativos (zimogênios), cuja cadeia é maior do que a forma ativa. Quando eles são secretados na luz do trato digestivo, são clivados, sendo, dessa forma, capacitados a executar sua atividade catalítica. Estômago: o pepsinogênio é secretado pelas células principais e HCl pelas parietais. O pH ácido do lúmen do estômago altera a conformação do zimogênio, possibilitando que ele mesmo faça sua clivagem (atividade auto- catalítica), e desnatura as proteínas da dieta, de modo a torná-las um melhor substrato para a protease do estômago (pepsina). Resultado – peptídeos menores e aminoácidos livres. Pâncreas: secreta no intestino bicarbonato (HCO3 -) que neutraliza o pH ácido do estômago e possibilita a atividade das suas proteases – tripsina, quimotripsina, elastase e carboxipeptidases . Como são sintetizadas na forma de zimogênios e, ativas, podem digerir outras enzimas, é importante que sua ! Classificação dos Aminoácidos – GLICOGÊNICOS: Essenciais – arginina, histidina, metionina, treonina e valina. Não-Essenciais – alanina, asparagina, aspartato, cisteína, glutamato, glutamina, glicina, prolina e serina. CETOGÊNICOS: Essenciais – leucina. GLICO E CETOGÊNICOS: Essenciais – tirosina, isoleucina, fenilalanina, triptofano. Não-Essenciais – tirosina. ++++ Estados Hipercatabólicos – glicogênio, ácidos graxos e proteínas são metabolizados para que as funções teciduais normais sejam regeneradas. Há, para tanto, fornecimento energético e de aminoácidos, usados para a proliferação celular, síntese de novas proteínas e para a resposta imune. Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) ativação ocorra em um curto espaço de tempo; o tripsinogênio é, portanto, clivado pela enteropeptidase, a qual está presente na borda em escova dos enterócitos, para que possa ativar os outros zimogênios rapidamente. Os peptídeos pequenos produzidos pela ação da tripsina, quimotripsina e elastase são catalisados pela exopeptidase pancreática – a carboxipeptidase – a qual cliva um aminoácido por vez, a partir da extremidade carboxílica da cadeia. Intestino: exopeptidases (aminopeptidases e dipeptidases) incrustadas na borda em escova do epitélio, além de peptidases intracelulares, clivam um aminoácido por vez a partir da extremidade do grupamento amino. Resultado: a ação conjunta de enzimas estomacais, pancreáticas e intestinais cliva proteínas a aminoácidos, degradando, ainda, células intestinais que deixam o lúmen e a sua própria estrutura. Absorção: Cotransporte com o Na+ - aminoácidos dependem de transportadores semi-específicos na membrana apical dos enterócitos. O processo é determinado pela baixa concentração de Na+ intracelular, artificialmente gerada pela bomba de sódio e potássio ATPásica. Sabe-se que existem pelo menos seis transportadores diferentes. Transportadores Facilitados – exportam os aminoácidos para o fluído intersticial na membrana basal e podem, em menor escala, auxiliar na absorção de aminoácidos a partir do lúmen. Absorção nos Tecidos Periféricos – esses tecidos também captam os aminoácidos a partir de cotransportadores Na+ dependentes ou, em menor quantidade, por transporte facilitado. Ciclo do γ-Glutamil – transporte alternativo de aminoácidos, muito mais importante pela função de síntese de glutationa – substância fundamental para a prevenção do estresse oxidativo através da formação da glutationa oxidada. Turnover das Proteínas – Meia-Vida: período de tempo que demora para 50% das proteínas sintetizadas juntas serem degradadas. Pode variar de minutos a dias. Reciclagem: envolve dois sistemas – o lisossomal e o sistema ubiquitina / proteossoma. Via Lisossômica: o lisossomo participa do processo de autofagia, no qual um conjunto de membranas cerca determinado componente intracelular e o funde com o lisossomo. Dentro da organela, proteínas da família das catepsinas degradam os peptídeos a aminoácidos. Sabe-se que o jejum prolongado é um fator de iniciação desse processo, e que o pH ótimo para que ocorra é de 5. Via da Ubiquitina-Proteossomo: a ubiquitina é uma proteína pequena (76Aa) que indica uma proteína intracelular a ser degradada ligando-se covalentemente ao seu grupamento amino do resíduo de lisina. A junção acontece com o auxílio de três enzimas (E1, E2 e E3) e precede a entrada da proteína no proteossoma, um complexo de proteases, para que seja degradada. Findo o processo, o resíduo de ubiquitina é liberado para ser reutilizado. Reações dos Aminoácidos – Descarboxilação: retirada do grupamento carboxila, gerando uma amina. Cofator – piridoxal fosfato (B6). Transmetilação: o PLP incorpora uma metila, que é transferida a um resíduo de homocisteína gerando metionina. Com o gasto de 1 ATP, o aminoácido é transformado em S- Adenosilmetionina, que passa o radical para um precursor, transforma-se em S-Adenosilhomocisteína e depois novamente em homocisteína. Precursores e Produtos – norepinefrina e epinefrina; guanidinoacetato e creatina; nucleotídeos e nucleotídeos metilados; fosfatidiletanolamina e fosfatidilcolina; acetilserotonina e melatonina. Transamidação: transferência da ++++ Hormônios: Gastrina – secretada pela mucosa gástrica, estimula a secreção de HCl e pepsinogênio. Colecistoquinina (CCK) – induz a liberação de enzimas pancreáticas e a contração davesícula biliar. Também estimula a secreção de enteropeptidase pelos enterócitos. Secretina – estimula a secreção de bicarbonato e de enzimas pancreáticas ++++ Fetos e Recém-Nascidos: são capazes de captar algumas proteínas sem digestão prévia – por pinocitose. Imunoglobulinas do colostro do leite, por exemplo, são absorvidas intactas fornecendo imunidade passiva. Fato sem importância em termos ! Especificidade: cada protease cliva uma porção específica da cadeia das proteínas. ++++ Renovação Protéica e Câncer: o vírus do papiloma humano (HPV) consegue ativar uma enzima E3, que faz a ubiquitinação do p53, fazendo com que vários processos de controle e reparo de DNA sejam lesados. Uma falha no reparo do DNA pode implicar a propagação de lesões mutagênicas, contribuindo para o acúmulo progressivo de mudanças genéticas que podem, por fim, acarretar transformações neoplásicas. amida, que pode, por exemplo, transformar a glutamina em glicosaminoglicanos, os quais atuam como lubrificantes e elementos de sustentação no tecido conjuntivo. Desidrase: através do PLP, pode-se retirar água para, por exemplo, formar piruvato a partir de serina. Transaminação: maior processo para remoção do nitrogênio dos aminoácidos. O grupamento amino é transferido para o α-cetoglutarato, sintetizando original. Cofator – PLP. Exceção – resíduos de lisina e treonina não sofrem transaminação. Como são Dissimulação da Amônia reações que removem direta ou indiretamente o grupamento amino dos aminoácidos. quais se destacam a alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase glutâmico pirúvica (TGP) e a aspartato aminotransferase (AST) ou transaminase glutâmico oxalacética (TGO). aminoácido oxidases ou pela glutamato desidrogenase principalmente no fígado e no rim, fornecendo energético e nitrogênio na forma de amônia livre para a síntese de uréia Glutamato Desidrogenase captado pelo α posteriormente desaminado. Em reações reversíveis, cujo sentido é determinado pela sentido direto e NADP no inverso (aminação redutora). inibidores alostéricos, enquanto ADP e GDP, ativadores. Dessa forma, quando os níveis energéticos estão baixos, a degradação do aumentada. Transdesaminação transaminases e a glutamato desidrogenase. Aminoácido presentes em plantas e bactérias são metabolizados pelo fígado pela aminoácido por uma enzima de menor atividade, a cofator é o FMN. A reação de ambas é irreversível. Reação de Transaminação Dupla ++++ Transaminases: sendo intracelulares, tem grande importância diagnóstica, por isso são utilizadas para a avaliação de lesões teciduais, especialmente no coração e no fígado. Pedro Antônio amida, que pode, por exemplo, transformar a glutamina em glicosaminoglicanos, os quais atuam como lubrificantes e elementos de sustentação no tecido conjuntivo. Transulfuração: se retirar água para, por exemplo, formar piruvato a partir de serina. maior processo para remoção do nitrogênio dos aminoácidos. O grupamento amino é cetoglutarato, sintetizando glutamato e o α-cetoácido correspondente resíduos de lisina e treonina não sofrem transaminação. Como são reversíveis, podem ser utilizadas para degradação ou síntese de aminoáci Exemplo cetoglutarato = glutamato + piruvato. aminoácido é oxida uma coenzima, e também é hidratado Dissimulação da Amônia – Transaminação e Desaminação: reações que removem direta ou indiretamente o grupamento amino dos aminoácidos. Transaminação – catalisadas pelas aminotransferases, entre as quais se destacam a alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase glutâmico irúvica (TGP) e a aspartato aminotransferase (AST) ou transaminase glutâmico oxalacética (TGO). Desaminação Oxidativa aminoácido oxidases ou pela glutamato desidrogenase principalmente no fígado e no rim, fornecendo α-cetoácidos para o metabolismo energético e nitrogênio na forma de amônia livre para a síntese de uréia Glutamato Desidrogenase – o grupamento amino de vários aminoácidos é captado pelo α-cetoglutarato, que se transforma em glutamato e é posteriormente desaminado. Em reações reversíveis, cujo sentido é determinado pela disponibilidade de substrato, utiliza o NAD sentido direto e NADP no inverso (aminação redutora). inibidores alostéricos, enquanto ADP e GDP, ativadores. Dessa forma, quando os níveis energéticos estão baixos, a degradação do aumentada. Transdesaminação é o nome do processo completo, que envolve as transaminases e a glutamato desidrogenase. Aminoácido-Oxidase – embora não sejam sintetizados, os D presentes em plantas e bactérias são metabolizados pelo fígado pela aminoácido-oxidase – dependente de FAD. Os L-aminoácidos são metabolizados por uma enzima de menor atividade, a L-aminoácido cofator é o FMN. A reação de ambas é irreversível. Piridoxal Fosfato (PLP) (B6) – é amplamente distribuída na dieta, estando presente no trigo, na aveia, no milho, no amendoim, nas nozes, na gema do ovo e nas carnes em geral. Papel do Glutamato: Aminoácidos – de nitrogênios, liberados na forma de amônia pela glutamato desidrogenase ou, pela transaminase glutâmico oxalacética, na forma de aspartato, que se insere no ciclo em outra fase. Funções no Metabolismo – síntese de glutationa, na lançadeira malato-aspartato, ou como fonte de α anapleróticas. Papel da Alanina: é um transportador do nitrogênio dos aminoácidos para o fígado, a partir do músculo em exercício. Como a glicólise libera piruvato, ele é transaminado com o Antônio Sartini Dutra (AD2012) amida, que pode, por exemplo, transformar a glutamina em glicosaminoglicanos, os quais atuam como ação: transferência do enxofre. se retirar água para, por exemplo, formar piruvato a partir de serina. maior processo para remoção do nitrogênio dos aminoácidos. O grupamento amino é cetoácido correspondente ao aminoácido resíduos de lisina e treonina não sofrem transaminação. Como são reversíveis, podem ser utilizadas para degradação ou síntese de aminoácidos. Exemplo – alanina + α- cetoglutarato = glutamato + piruvato. Desaminação: um aminoácido é oxidado por uma coenzima, e também é hidratado, liberando NH3. Transaminação e Desaminação: são reações que removem direta ou indiretamente o grupamento amino dos catalisadas pelas aminotransferases, entre as quais se destacam a alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase glutâmico irúvica (TGP) e a aspartato aminotransferase (AST) ou transaminase Desaminação Oxidativa – catalisada por aminoácido oxidases ou pela glutamato desidrogenase. Ela ocorre cetoácidos para o metabolismo energético e nitrogênio na forma de amônia livre para a síntese de uréia. o grupamento amino de vários aminoácidos é cetoglutarato, que se transforma em glutamato e é posteriormente desaminado. Em reações reversíveis, cujo sentido é disponibilidade de substrato, utiliza o NAD+ como cofator no sentido direto e NADP no inverso (aminação redutora). ATP e GTP são inibidores alostéricos, enquanto ADP e GDP, ativadores. Dessa forma, quando os níveis energéticos estão baixos, a degradação dos aminoácidos é é o nome do processo completo, que envolve as embora não sejam sintetizados, os D-aminoácidos, presentes em plantas e bactérias são metabolizados pelo fígado pela D- aminoácidos são metabolizados inoácido-desidrogenase, cujo é amplamente distribuída na dieta, estando presente no trigo, na aveia, no milho, no amendoim, nas nozes, na gema do ovo e nas carnes em geral. – na degradação, ele é fonte de nitrogênios, liberados na forma de amônia pela glutamato desidrogenase ou, pela transaminase glutâmico oxalacética, na forma de aspartato, que se insere no ciclo em outra fase. Outras síntese de glutationa, na lançadeira aspartato, ou como fontede α-cetoglutarato nas reações é um transportador do nitrogênio dos aminoácidos para o fígado, a partir do músculo em exercício. Como a glicólise libera piruvato, ele é transaminado com o Fórmula Química Geral dos Aminoácidos Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) glutamato, captador de nitrogênio dos aminoácidos em degradação, e transforma-se em alanina. Ela viaja pelo sangue até os tecidos hepáticos, onde, através de novas reações de transaminação, libera o nitrogênio e piruvato – usado posteriormente na gliconeogênese. Todo o processo é chamado de Ciclo da Glicose e Alanina. Papel da Glutamina: é sintetizada a partir da fixação de amônia no glutamato pela enzima glutamina sintetase quando há rápida degradação de aminoácidos em um tecido. Essa reação, que demanda energia (ATP) é desfeita no fígado, quando a glutaminase degrada a glutamina em glutamato e amônia. A glutamina, além do mais, também liga-se à uréia pela glutamina sintetase, para que essa seja direcionada ao rim sem alterar o tecido sangüíneo. Outras Funções – amoniogênese – tampona a urina; síntese de proteínas; fonte de nitrogênio para as vias biossintéticas; geradora de energia; e produção de células do sistema imune. Papel da Amônia: Urina – o pH da urina varia entre 4,4 e 8,0. Muitas vezes caracterizado como tampão, seu íon, o NH3, na verdade, neutraliza o pH por se combinar com o H+ e depois ser e excretado. A produção de NH4 + é vantajosa porque é adaptável: aumenta numa acidose metabólica e diminui se o pH aumenta muito. Ciclo da Uréia – Compostos Nitrogenados na Urina: uréia (85%), creatinina (5%), NH4 + (3%), outros (7%). O principal, a uréia, é, portanto, a maior forma de descarte da amônia, que é extremamente tóxica, especialmente ao sistema nervoso central. Reações: 1. Síntese de Carbamoilfosfato: dentro da mitocôndria, NH4 + e bicarbonato reagem para formar carbamoilfosfato, utilizando 2 ATP. A enzima é a Carbamoilfosfato sintetase I (CPSI) presente no fígado e intestino; ela constitui a reação limitante da velocidade do ciclo, pois é alostérica. A CPSII produz carbamoilfosfato para a síntese de pirimidinas e não se envolve com o ciclo. 2. Produção de Arginina: o carbamoilfosfato reage com a ornitina para formar citrulina utilizando a ornitina transcarbamoilase. O produto é transportado através da membrana mitocondrial em troca da ornitina do citosol que é regenerada no fim do ciclo. A citrulina reage, então, com o aspartato, fonte secundária de nitrogênio para a síntese de uréia, produzindo argininosuccinato – a enzima utilizada é a argininosuccinato sintetase e uma molécula ATP é quebrada. Essa substância é quebrada pela argininosuccinato liase, gerando fumarato – convertido a malato e usado para a síntese de glicose, ou regenerado a aspartato, que é usado no transporte de nitrogênio – e arginina. 3. Clivagem da Arginina: a arginina é quebrada pela arginase com a adição de água, gerando uréia e regenerando a ornitina. Regulação: é basicamente regulada pela disponibilidade de substrato e pela CPSI. Essa enzima é ativada de modo alostérico pelo N-acetilglutama- to. A síntese desse produto a partir de acetil-CoA e glutamato é induzida pelos níveis de arginina. Um método de regulação a ciclo no fígado por estados metabólicos que requerem esse tipo de metabolismo: uma dieta altamente protéica ou o jejum prolongado. Ciclo da Uréia x Jejum: durante o jejum, o fígado mantém os níveis de glicose. Os proteínas dos músculos são a maior fonte de carbono para a produção de glicose. Enquanto os carbonos do AA são convertidos em glicose, os nitrogênios são convertidos em uréia. Logo, a excreção de uréia no jejum é alta. Se o jejum continua, o cérebro c Menos proteínas dos músculos são clivadas para serem utilizadas na gliconeogênese e o decréscimo na produção de glicose a partir de AA é acompanhado por um decréscimo na produção de uréia. Metabolismo das Cadeia Carbonadas depois da retirada do grupamento amino, as vias do catabolismo dos aminoácidos convergem para a formação de sete produtos intermediários: oxaloacetato, piruvato, fumarato, succinil-CoA, acetil CoA. Esses produtos entram diretamente nas vias do metabolismo intermediário, resultando na síntese de substâncias ou na produção de energia pela sua oxidação no TCA. Classificação dos Aminoácidos: (1) podem ser sintetizados em quantidades suficientes a partir de intermediários do metabolismo ou a partir de aminoácidos essenciais. Essenciais sintetizados, por isso devem ser obtidos a partir da dieta. (2) Glicogênicos – aminoácidos cujo catabolismo produz piruvato ou um dos intermediários do TCA. 3 ATP 1 ATP ++++ Toxicidade da Amônia: podem contribuir para esse deficiências genéticas, atividade diminuída do ciclo da uréia e hiperamonemia ++++ Deficiências de Enzimas do Ciclo da Uréia limitação da formação potencial de amônia e com a remoção do seu excesso. Essa retirada dá compostos que se ligam covalentemente aos aminoácidos, formando moléculas prontam Exemplo: fenilbutirato. ++++ Hiperamonemia: elevação dos níveis séricos de uréia por queda na função hepática. É uma emergência, pois a intoxicação por amônia tem efeito neurotóxico. Seus sintomas são: tremores, discurso inarticulado, sonolência, vômito, edema cerebral e visão borrada. Pode implicar por lesão hepática. Hiperamonemia Hereditária uma das cinco enzimas do ciclo da uréia. A única ligada ao cromossomo sex transcarbamoilase é a mais comum variante de hiperamonemia hereditária. Pedro Antônio é induzida pelos níveis de arginina. Um método de regulação adicional é a indução da síntese das enzimas do ciclo no fígado por estados metabólicos que requerem esse tipo de metabolismo: uma dieta altamente urante o jejum, o fígado mantém os níveis de glicose. Os proteínas dos músculos são a maior fonte de carbono para a produção de glicose. Enquanto os carbonos do os nitrogênios são convertidos em uréia. Logo, a excreção de uréia no jejum é alta. Se o jejum continua, o cérebro começa a utilizar os corpos cetônicos, poupando a glicose sangüínea. Menos proteínas dos músculos são clivadas para serem utilizadas na gliconeogênese e o decréscimo na produção de glicose a partir de AA é acompanhado por um decréscimo na produção de uréia. Metabolismo das Cadeia Carbonadas – Conceito: depois da retirada do grupamento amino, as vias do catabolismo dos aminoácidos convergem para a formação de sete produtos intermediários: oxaloacetato, α-cetoglutarato, CoA, acetil-CoA e acetoacetil- iretamente nas vias do metabolismo intermediário, resultando na síntese de substâncias ou na produção de energia pela sua oxidação no (1) Não-Essenciais – podem ser sintetizados em quantidades suficientes a partir ntermediários do metabolismo ou a partir de Essenciais – não podem ser sintetizados, por isso devem ser obtidos a partir da dieta. aminoácidos cujo catabolismo produz piruvato ou um dos intermediários do TCA. Cetogênicos – podem contribuir para esse sintoma, a encefalopatia hepática, lesões severas no fígado, deficiências genéticas, atividade diminuída do ciclo da uréia e hiperamonemia. Deficiências de Enzimas do Ciclo da Uréia: devem ser tratadas com a limitação de ingestão protéica, com a limitação da formação potencial de amônia e com a remoção do seu excesso. Essa retirada dá compostos que se ligam covalentemente aos aminoácidos, formando moléculas prontam elevação dos níveis séricos de uréia por queda na função hepática. É uma emergência, pois a intoxicação por amônia tem efeito neurotóxico. Seus sintomas são: tremores, discurso inarticulado, sonolência, vômito, edema cerebral e visão borrada. Pode implicar coma e até morte. Hiperamonemia Adquirida HiperamonemiaHereditária – doença genética autossômica recessiva que acarreta deficiência em uma das cinco enzimas do ciclo da uréia. A única ligada ao cromossomo sexual feminino (X), a deficiência de ornitina transcarbamoilase é a mais comum variante de hiperamonemia hereditária. Antônio Sartini Dutra (AD2012) dicional é a indução da síntese das enzimas do ciclo no fígado por estados metabólicos que requerem esse tipo de metabolismo: uma dieta altamente urante o jejum, o fígado mantém os níveis de glicose. Os aminoácidos das proteínas dos músculos são a maior fonte de carbono para a produção de glicose. Enquanto os carbonos do os nitrogênios são convertidos em uréia. Logo, a excreção de uréia no jejum é omeça a utilizar os corpos cetônicos, poupando a glicose sangüínea. Menos proteínas dos músculos são clivadas para serem utilizadas na gliconeogênese e o decréscimo na produção de glicose a partir de AA é acompanhado por um decréscimo na produção de uréia. sintoma, a encefalopatia hepática, lesões severas no fígado, devem ser tratadas com a limitação de ingestão protéica, com a limitação da formação potencial de amônia e com a remoção do seu excesso. Essa retirada dá-se com a ingestão de compostos que se ligam covalentemente aos aminoácidos, formando moléculas prontamente excretadas pelos rins. elevação dos níveis séricos de uréia por queda na função hepática. É uma emergência, pois a intoxicação por amônia tem efeito neurotóxico. Seus sintomas são: tremores, discurso inarticulado, sonolência, vômito, Hiperamonemia Adquirida – causada na idade adulta doença genética autossômica recessiva que acarreta deficiência em ual feminino (X), a deficiência de ornitina Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) aminoácidos cuja degradação produz acetoacetato ou um dos seus precursores (acetil-CoA e acetoacetil-CoA). Catabolismo do Esqueleto Carbonado: alanina, cisteína, glicina, serina e treonina geram piruvato; asparagina e aspartato, oxalacetato; arginina, glutamato, glutamina, histidina e prolina, α-cetoglutarato; isoleucina, metionina e valina sintetizam succinil-CoA; leucina e lisina, acetoacetato e Acetil-CoA; triptofano gera alanina e acetoacetato; fenilalanina e tirosina produzem fumarato e acetoacetato. Cofatores Importantes: Piridoxal Fosfato (B6) - derivado da piridoxina, é cofator não somente para as reações de transaminação, mas também nas de descarboxilação e desidrase. Biotina (H) - envolvida em reações de carboxilação. É amplamente distribuída, estando presente no fígado, no leite, no amendoim, no chocolate e na gema de ovo. Sua principal função é a carboxilação do propionil-CoA – derivado da metionina, isoleucina, valina e treonina – a D-metilmalonil-CoA, que, em última instância, gerará succinil-CoA, um dos intermediários do TCA. Tetrahidrofolato (TH4) – os folatos são sintetizados nas bactérias e vegetais superiores, sendo ingeridos em vegetais folhosos, frutas e legumes. Estão envolvidos no metabolismo de composto de um carbono – cujas unidades recebem de aminoácidos como a serina, a glicina e a histidina, transferindo-os para intermediários na síntese de aminoácidos, da purina e da timidina. O desenvolvimento fetal do tubo neural é dependente da presença de ácido fólico, o qual diminui significativamente a incidência de defeitos no tubo neural. Cobalamina (B12) – é produzido por bactérias, porém pode ser obtida pela ingesta de carne, ovos, produtos lácteos, peixe e frutos do mar, que obtêm a vitamina B12 na sua dieta. O fígado armazena um grande suprimento dessa vitamina, que pode perdurar até seis anos. Absorção – a mucosa gástrica e as glândulas salivares secretam R-binders, que se ligam à cobalamina e dirigem-na, complexados, até o intestino delgado. Lá, proteases secretadas pelo pâncreas desconectam a vitamina B12, que se liga agora ao fator intrínseco, produzido pelas células parietais do estômago. Com o auxílio dessa substância, é absorvido pelos enterócitos, para depois, no sangue, ser transportada com o auxílio da transcobalamina II. Funções – recebe uma metila do TH4, sendo convertida à metilcobalamina; nessa forma, ela transfere um grupamento metil para a homocisteína, convertida, então, à metionina pela metionina sintetase. A vitamina B12 também transforma o propionil-CoA, proveniente dos aminoácidos valina, isoleucina, treonina, timina e de carbonos de ácidos graxos de cadeia ímpar, em succinil-CoA, intermediário do TCA. Deficiência – acúmulo de metilmalonil-CoA na formação de succinil-CoA, provocando sintomas neurológicos. Causa também a anemia perniciosa, devido a um acúmulo de FH4 na forma metilada; dessa maneira, a célula não consegue sintetizar os precursores do DNA e não se divide. Hemácias parcialmente replicadas, bastante grandes, surgem, tentando substituir as células que morrem naturalmente. S-Adenosilmetionina (SAM) – participa da síntese de compostos que contenham grupamentos metila, adicionando esses radicais aos átomos de nitrogênio ou oxigênio. É sintetizada a partir de metionina e ATP. Tetrahidrobiopterina (BH4) – formado a partir do GTP, é um cofator necessário em reações de hidroxilação. Está envolvido no metabolismo da fenilalanina, da tirosina e do triptofano. ++++ Fenilcetonúria Clássica – causada devido a um defeito na enzima fenilalanina hidroxilase. Outras Hiperfenilalaninemias – provocadas por deficiência de Tetrahidrobiopterina ou de dihidrobiopterina redutase. Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) Produtos Especializados Derivados de Aminoácidos – TIROSINA – Catecolaminas: aminas biologicamente ativas – compreendem a dopamina, a norepinefrina e a epinefrina. A dopamina e a norepinefrina são secretadas no sistema nervoso, porque atuam como neurotransmissores, todavia podem ser secretados pela medula adrenal também, juntamente com a epinefrina. Fora do sistema nervoso, norepinefrina e seu derivado metilado, a epinefrina atuam como reguladores do metabolismo de carboidratos e lipídios, aumentando a degradação de glicogênio e de triacilgliceróis, bem como elevando a pressão arterial. São secretados em resposta ao estresse, ao medo, ao frio, ao exercício e à hipoglicemia. Síntese – a tirosina é hidroxilada (BH4) a DOPA, a qual é descarboxilada (PLP) e vira dopamina. Esse produto é hidroxilado (ascorbato) a noradrenalina, que depois é metilada (SAM) a adrenalina. Degradação – são inativadas por desaminação oxidativa, catalisada pelo monoaminoxidase (MAO). Os metabólicos dessa reação são excretados na urina. Melanina: pigmento derivado da tirosina, cuja formação é catalisada pela enzima tirosinase (tirosina hidroxilase). Sua síntese é feita no ouvido interno, na pele e na retina pelos melanócitos. A cor de pele do individuo é determinada pela intensidade do pigmento que produz: eumelanina (escura) ou feomelanina (clara). Hormônios Tireoidianos (T3 e T4): Síntese – começa com a oxidação do iodo, seguida da iodinação dos resíduos de tireoglobulina. A adição de um iodo forma monoiodotirosina (MIT) e de dois iodo forma diiodotirosina (DIT). A união de dois DIT forma T4 e o acoplamento de um MIT a um DIT, T3. Funções – no fígado aumenta a glicólise, a síntese de colesterol e a conversão em sais biliares, amplificando também a sensibilidade do hepatócito a ações da epinefrina. No adipócito intensifica o efeito lipolítico da epinefrina. No músculo aumenta a captação de glicose, a síntese protéica, a glicólise e a sensibilidade do tecido para ações glicogenolíticas da epinefrina. No pâncreas aumenta a sensibilidade das células beta para os estímulos que promovem a liberação de insulina. TRIPTOFANO – é oxidado para produzir alanina, formol e acetil-CoA. Logo, o triptofano é glico e cetogênico. Diminui também o requerimento deniacina, já que NAD+ e NADP podem ser produzidos a partir do seu anel. A deficiência dessa substância causaria a pelagra (dermatite, demência e diarréia). Serotonina: sintetizada nas células da mucosa intestinal, nas plaquetas e no sistema nervoso central, agregando as funções de neurotransmissor, vasoconstritor, de percepção da dor e de controle do comportamento, estando, pois, relacionada à depressão. Degradação: Produz 5-hidroxiindolacetato (5-HIA) que é excretado na urina. A enzima envolvida é a MAO e Aldeído oxidase. O 5-HIA é usado como teste ++++ Fenilcetonúria Clássica – causa atraso no desenvolvimento psicomotor, hiperatividade, convulsões, hipopigmentação e retardo mental. Teve ser tratada com a restrição de fenilalanina na dieta. ++++ Outras Hiperfenilalaninemias – diminuem a síntese de melanina, serotonina e catecolaminas. ++++ Doença de Parkinson – a MAO A degrada a norepinefrina e a epinefrina, enquanto a MAO B, o faz com a dopamina. Como na doença de Parkinson há queda de 80% nos níveis de dopamina por degeneração dos neurônios dopaminérgicos, carbidopa é administrada para INIBIR a MAO B. DOPA também é administrada, mas causa efeitos adversos. ++++ Albinismo – Perfeito Completo – deficiência de tirosinase. Perfeito Incompleto – pacientes tirosinase positivos que têm pouco pigmento devido a um defeito na capacidade de transportar tirosina do citosol para o melanossomo. Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) diagnóstico para doenças associadas com a produção excessiva de serotonina - tumor secretante de serotonina. Melatonina – AA serotonina passa por uma acetilação pelo Acetil- CoA, seguido de uma metilação pela S-adenosilmetionina (SAM) para formar melatonina. Ela é produzida pela glândula pineal à noite, tendo funções relacionadas com o ritmo circadiano, com as funções sexuais, com a regulação da temperatura corporal, com a resposta imune, com efeitos antioxidantes e com o envelhecimento. OUTROS AMINOÁCIDOS – Creatina: é um composto nitrogenado derivado de aminoácidos, cuja síntese (SAM, glicina e arginina) se inicia nos rins e termina-se no fígado. A fosfocreatina, sua forma fosforilada, é um potente doador de fosfato para o ADP, sendo importante para manter os níveis de ATP durante os primeiros minutos de exercício. A síntese desse derivado ocorre no músculo, no cérebro e no coração. Enzimas: CPK1 (cérebro), CPK2 (coração), CPK3 (músculo). Creatina-Quinase: responsável pela fosforilação da creatina, é um importante indicador de infarto de miocárdio por ser uma enzima intracelular. Degradação – a creatina e a fosfocreatina são degradadas em creatinina, que é excretada na urina. O aumento dos níveis séricos dessa substância indicam disfunção renal. Suplementação: diz-se que a creatina pode aumentar o desempenho durante o exercício. Carnitina: Função – transporte de acil-graxos-CoA. Síntese – envolve a SAM e a vitamina C, utilizando como precursores resíduos de lisina. Acontece principalmente no fígado e nos rins. Nucleotídeos de Purina e Pirimidina: Funções Metabólicas – componentes de coenzimas (NAD+, NADP+, FAD e CoA), metabolismo energético (ATP), nucleotídeos para a síntese de DNA e RNA; mediadores fisiológicos AMPC e GMPc; efetores alostéricos (NADPH, NADH, FADH), intermediários ativados (UDP-glicose e SAM); precursores importantes (GTP gera BH4). Bases Púricas – adenina, guanina, hipoxantina e xantina. Bases Pirimídicas – uracila (RNA), citosina e timina (DNA). Nucleosídeos – união da base nitrogenada com uma pentose, que pode ser a ribose (RNA) ou a desoxirribose (DNA). Exemplo: adenina + ribose = adenosina; adenina + desoxirribose = desoxiadenosina. Nucleotídeos – formado por um fosfato acoplado a um nucleosídeo. Fontes de Átomos de Carbono – Purinas: aspartato, glutamina e glicina (N), bem como carbonato e folato (C). Pirimidina: glutamina e aspartato (N), além de carbonato (C). Metabolismo da Hemoglobina – Sistema de Transporte de Gases: é necessário porque, devido à cobertura externa (pele), nossas células são incapazes de trocar gases diretamente com a atmosfera. Existe, portanto, uma superfície especializada em trocas gasosas (pulmão), conectada ao sistema circulatório, para que as células desse tecido (eritrócitos) distribuam o oxigênio e captem o dióxido de carbono. Necessidade da Hemoglobina para transporte O2 – o gás não é suficientemente solúvel no plasma, além do que, a afinidade do transportador pelo oxigênio responde a mudanças nas condições fisiológicas, facilitando a regulação. Curva de Saturação de Oxigênio: a hemoglobina, em comparação com transportadores hipotéticos é mais vantajosa, porque está quase totalmente saturada nos pulmões e pouquíssimo saturada no tecido intersticial. Hemoglobina: é uma proteína conjugada, do grupo das cromoproteínas, cuja parte protéica é a globina e a parte prostética é o grupamento HEME – um núcleo porfirínico ligado ao Fe2+. Anel de Porfirina – composto cíclico de quatro anéis pirrólicos unidos por grupos metenil e metileno. Heme – é também grupo prostético para outras proteínas, como as mioglobinas (transporte de O2), os citocromos (transporte de elétrons) e enzimas (composição do sítio ativo da catalase). Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) Biossíntese do Heme: ocorre no fígado, especialmente para os citocromos, e na medula óssea, envolvendo os compartimentos mitocondrial (início e fim da reação) e citosólico (intermediário). Etapas – (1) Formação do ácido δ-aminolevulínico (ALA): a glicina e o succinil-CoA condensam para formar o ALA, necessitando de PLP. Essa é a etapa regulatória do ciclo, que é inibida pelo produto final, a hemina (sintetizada por oxidação do ferro a Fe+3 quando a produção de porfirinas excede a de globinas), e ativada por fenobarbitais (aumento a produção de citocromo, diminuindo o heme livre no fígado, fato que aumenta a síntese de ALA Sintase). (2) Formação de porfobilinogênio: corresponde à desidratação de duas ALA. (3) Formação de Uroporfirinogênio: equivale a condensação de quatro moléculas de porfobilinogênio, resultando em uroporfirinogênio III. (4) Formação do Heme: descarboxilações e oxidações transformam o uroporfirinogênio III no heme, ao qual é espontaneamente adicionado o Fe2+ em velocidade normal, ou rapidamente pela enzima ferroquelatase. Regulação – as enzimas ferroquelatase, ALA sintase e ALA desidrase são inibidas pelo produto (heme). Ingestão de Ferro – deve equivaler a 8mg/dia nos homens, sendo encontrado em carnes e vegetais – estes, todavia, pela presença de compostos fenólicos, tornam o ferro insolúvel e diminuem a sua absorção. Biossíntese da Globina: acontece na medula óssea. O processo da síntese protéica é regulado por fatores de iniciação eucarióticos. Degradação do Heme: Tempo – os eritrócitos duram 120 dias na circulação, sendo depois captados e degradados pelo sistema reticuloendotelial (RE) no fígado e no baço. Etapas – (1) Formação de Bilirrubina – o sistema microssomal heme-oxigenase degrada o heme a biliverdina, a qual depois é oxidada a bilirrubina. (2) Captação de Bilirrubina – como é pouco solúvel no plasma, é transportada pela albumina até o fígado, onde se dissocia do seu carreador e se instala dentro dos hepatócitos. (3) Conjugação – duas moléculas de ácido glicurônico são adicionadas, formando um composto mais solúvel chamado diglicuronato de bilirrubina. (4) Excreção na Bile – somente a bilirrubina conjugada (direta) é excretada, em um processo que demanda energia. (5) Formação de Urobilinas – através das bactérias intestinais a bilirrubina conjugada é reduzida a urobilinogênio (incolor) e depois oxidada a estercobilina (marrom). Parte do urobilinogênio pode ser absorvida e entrar no ciclo entero-hepáticodo urobilinogênio e parte é levada, pelo sangue, ao rim, onde é convertido a urobilina (amarela) e excretada na urina. ++++ Porfirias: deficiências de enzimas na biossíntese do heme. Intermediários da síntese se acumulam e podem ter efeitos tóxicos no sistema nervoso causando distúrbios neuropsiquiátricos. Quando o porfirinogênio se acumula, ele pode ser convertido pela luz em porfirrina, que reage com o oxigênio molecular formando radicais de oxigênio, esses radicais podem causar um dano severo a pele (fotossensibilidade). Há relato, ainda, de dor abdominal. Dependendo das enzimas afetadas são classificadas como eritropoéticas ou hepáticas. ++++ Icterícia – sintoma referente à cor amarelada da pele, do leito ungueal e da esclera causada por deposição de bilirrubina nesses tecidos, secundária a um aumento dos níveis de bilirrubina (hiperbilirrubinemia) no sangue. Tipos – 1. Hemolítica – a lise maciça de eritrócitos pode levar a uma produção de bilirrubina maior do que a capacidade de conjugação hepática, portanto mais bilirrubina é excretada na bile. 2. Obstrutiva – uma obstrução nas vias biliares provoca a regurgitação da bilirrubina para o sangue. 3. Hepatocelular – lesão nos hepatócitos pode causar aumento nos níveis sangüíneos de bilirrubina não-conjugada, por uma redução na conjugação. 4. Icterícia em RN – a atividade da enzima que conjuga a bilirrubina é baixa nas primeiras quatro semanas de vida e, como seu acúmulo pode causar encefalopatia tóxica, ela é induzida a se converter, através de uma terapia com luz fluorescente azul, em compostos mais polares que são mais facilmente excretados pelos rins. estágio pós-absortivo pela disponibilidade de substrato (ace Níveis de Substratos e Hormônios no Pedro Antônio Integração Metabólica estado absortivo ocorre no período de 2h a 4h depois de uma refeição. Durante esse período, há um aumento plasmático de glicose, aminoácidos e triacilgliceróis. O tecido endócrino do pâncreas responde com um aumento na relação insulina /glucagon, implicando um caráter anabólico para o período que procede à ingestão de alimentos. Estado Pós-Absortivo Estado de Jejum – 12h (prolongado). Inanição Necessidades Energéticas: taxa de metabolismo basal somada à atividade física. Cálculo do Metabolismo Basal 25kcal/kg/dia. Atividade Física moderada (0,4xTMB) ou pesada (0,5xTMB). Calorias Metabólicas dos Aliment Carboidrato – 4 kcal/g. Gordura – 9 kcal/g. Combustíveis Metabólicos: 70kg, a gordura (15kg) oferece 135.000 kcal, as proteínas* (6kg), 24.000 kcal e o glicogênio (200g), 800 kcal. *Como executam f estruturais E funcionais, apenas 1/3 das proteínas podem suprir o organismo energéticamente sem que haja comprometimento das funções vitais. Mudanças Enzimáticas no Estado ALIMENTADO: são disponibilidade de substrato; pela ativação e inibição alostérica de enzimas limitantes de uma rota metabólica; pela modificação covalente enzimas geralmente estão desfosforiladas e ativas*; pela indução e repressão gênica da síntese enzimática – população total de sítios ativos. glicogênio-fosforilase, a frutose fosfatase-2 e a lipase sensível a hormônio do tecido adiposo são inativas no estado desfosforilado. FÍGADO no Estado ALIMENTADO: – normalmente com a função de produzir glicose para manter a glicemia, no estado pós fígado adquire o caráter de CONSUMIDOR de glicose, já que os níveis elevados do açúcar no hepatócito permitem sua glicoquinase. A partir de então há síntese de glicogênio glicogênio fosforilase e ativação da glicogênio sintase; acontece também o pentoses-fosfato disponibilidade de glicose e pela falta de NADPH, utilizado na lipogênese hepática; o aumento da glicólise pela taxa de insulina elevada; decréscimo da gliconeogênese insulina e pela inativação da piruvato carboxilase, dado os baixos níveis de acetil Lipídios – o fígado é o tecido primário para a síntese de ácidos graxos absortivo pela disponibilidade de substrato (acetil-CoA e NAPH) e pela ativação da acetil Níveis de Substratos e Hormônios no Sangue Antônio Sartini Dutra (AD2012) Integração Metabólica– Visão Geral: o estado absortivo ocorre no período de 2h a 4h depois de uma refeição. Durante esse período, há um aumento plasmático de glicose, aminoácidos e triacilgliceróis. O tecido endócrino do pâncreas responde com um aumento na relação insulina ndo um caráter anabólico para o período que procede à ingestão de alimentos. Absortivo – 4h a 12h após a refeição. 12h-48h (inicial) e 2-10 dias Inanição - +10 dias. Necessidades Energéticas: Energia Diária – taxa de metabolismo basal somada à atividade Cálculo do Metabolismo Basal – Atividade Física – leve (0,3xTMB); moderada (0,4xTMB) ou pesada (0,5xTMB). Calorias Metabólicas dos Alimentos: 4 kcal/g. Proteína – 4 kcal/g. 9 kcal/g. Álcool – 7 kcal/g. Combustíveis Metabólicos: em um homem de 70kg, a gordura (15kg) oferece 135.000 kcal, as proteínas* (6kg), 24.000 kcal e o glicogênio (200g), 800 kcal. *Como executam funções estruturais E funcionais, apenas 1/3 das proteínas podem suprir o organismo energéticamente sem que haja comprometimento das funções vitais. Mudanças Enzimáticas no Estado são controladas pela disponibilidade de substrato; pela ativação e inibição alostérica de enzimas – envolvem etapas limitantes de uma rota metabólica; pela modificação covalente – no estado alimentado as enzimas geralmente estão desfosforiladas e a indução e repressão gênica da – leva uma alteração na população total de sítios ativos. *Exceções – a fosforilase, a frutose-bisfosfato- 2 e a lipase sensível a hormônio do tecido adiposo são inativas no estado ALIMENTADO: Carboidratos normalmente com a função de produzir glicose para manter a glicemia, no estado pós-absortivo o fígado adquire o caráter de CONSUMIDOR de os níveis elevados do açúcar no hepatócito permitem sua fosforilação pela A partir de então há: um aumento na síntese de glicogênio – por inativação da glicogênio fosforilase e ativação da glicogênio- contece também o aumento da via das pelo aumento da disponibilidade de glicose e pela falta de NADPH, utilizado na lipogênese hepática; o aumento da pela taxa de insulina elevada; decréscimo da gliconeogênese pela taxa de insulina e pela inativação da piruvato carboxilase, dado os baixos níveis de acetil-CoA. o fígado é o tecido primário para a síntese de ácidos graxos, que é favorecida no CoA e NAPH) e pela ativação da acetil-CoA- Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) carboxilase. Cresce, ainda, a síntese de triacilgliceróis pela presença de acil-CoA graxo e de glicerol-3- fosfato, proveniente da via glicolítica. O fígado empacota, então, os lipídios em micelas de VLDL. Aminoácidos – ocorre um aumento na degradação de aminoácidos porque a quantidade dessa substância supera aquela que pode ser usada para a síntese protéica ou de moléculas nitrogenadas. O excesso pode também ser liberado na corrente sangüínea para utilização em vias biossintéticas de proteínas, de compostos nitrogenados, vias de geração de energia ou de produção de ácidos graxos a partir da cadeia carbonada nos tecidos periféricos. No próprio fígado há aumento da síntese protéica, com o intuito de repor os estoques de aminoácidos gastos desde a última refeição. TECIDO ADIPOSO no Estado ALIMENTADO: Carboidratos – acontece um aumento no transporte de glicose, que é sensível à insulina, aumento da glicólise pela disponibilidade do substrato e aumento da via das pentoses-fosfato para produzir NADPH para a via das pentoses fosfato. Lipídios – a síntese a partir de acetil-CoA é baixa, havendo, por outro lado, aumento da síntese a partir de ácidos graxos provenientes da dieta e do fígado.Como há suprimento de glicerol-3-fosfato pela via glicolítica e de ácidos graxos, provenientes da hidrólise de triacilgliceróis do VLDL e dos quilomícrons, ocorre um aumento da síntese de triacilgliceróis e decréscimo na sua degradação. TECIDO MUSCULAR em REPOUSO no Estado ALIMENTADO: Carboidratos – há aumento no transporte da glicose. No estado pós-absortivo, os corpos cetônicos e ácidos graxos são as principais fontes energéticas do músculo. Depois, todavia, a glicose, fosforilada, torna-se o suprimento energético. Aumenta também a síntese de glicogênio. Lipídios – são combustíveis secundários no estado alimentado após o estado absortivo. Aminoácidos – incremento na captação e na síntese protéica para repor as proteínas degradadas, em especial dos aminoácidos leucina, isoleucina e valina, que não são metabolizados pelo fígado. ENCÉFALO no Estado ALIMENTADO: sendo responsável por 20% do oxigênio quando em repouso, utiliza energia em uma taxa constante. Para que sejam efetivos, os seus combustíveis devem ser capazes de atravessar a barreira hemato-cefálica, fato que exclui a presença de ácidos graxos. Como também tem reservas mínimas de glicogênio, depende apenas da glicólise para que se mantenha. No estado alimentado, os níveis de corpos cetônicos são muito baixos para servirem eficientemente com suprimento energético. Visão Geral do Jejum: decorre da incapacidade de se obter comida, de um desejo de perder peso ou de algumas situações clínicas específicas. Diminui a relação insulina / glucagon, acompanhando a queda dos níveis plasmáticos de glicose, aminoácidos e triacilgliceróis. Esse estado tem, portanto, caráter CATABÓLICO, porque precisa manter adequada a glicemia e fornecer o suprimento energético dos tecidos. Para tanto, todas as enzimas reguladas por modificação covalente estão fosforiladas e inativas. FÍGADO no JEJUM: Carboidratos – primariamente há o aumento da degradação do glicogênio por indução da queda da taxa de insulina / glucagon. Depois de 4h a 6h a partir da última refeição, ocorre um acréscimo na gliconeogênese cujo suprimento de cadeia carbonada provém dos aminoácidos, do lactato e do glicerol. Lipídios – a oxidação de ácidos graxos passa a ser o maior suprimento energético do fígado nesse estado. A síntese de corpos cetônicos é primordial para os tecidos periféricos, especialmente para o cérebro e os eritrócitos – ela também diminui a necessidade da gliconeogênese, fato que poupa as reservas de proteínas essenciais. TECIDO ADIPOSO no JEJUM: Carboidratos – o transporte de glicídios está muito reduzido, por isso o metabolismo de carboidratos no tecido adiposo durante o jejum não é relevante. Lipídios – aumento na degradação de triacilgliceróis por ativação da lipase sensível a hormônio e por liberação de catecolaminas – noradrenalina e adrenalina. Ocorre um acréscimo na liberação de AG, que pode ser fonte de energia para o adipócito ou para os tecidos periféricos. Acontece um decréscimo na captação de AG, porquanto não há atividade da LPL. TECIDO MUSCULAR em REPOUSO no JEJUM: em repouso, utiliza os ácidos graxos como a principal fonte energética; durante o exercício, entretanto, só o faz depois que as reservas de glicogênio muscular estejam totalmente depletadas. Carboidratos – como não há captação pela baixa taxa de insulina, é irrelevante. Pedro Antônio Sartini Dutra (AD2012) Lipídios – durante as duas primeiras semanas, os ácidos graxos e os corpos cetônicos são as principais fontes de energia, havendo, depois, tendência a se utilizar somente ácidos graxos. Proteínas – inicialmente há quebra muscular para que seja fornecida cadeia carbonada à gliconeogênese hepática. Depois a atividade de proteólise decresce, já que há maior utilização de corpos cetônicos pelo encéfalo. ENCÉFALO no JEJUM: nos primeiros dias, o SNC continua a utilizar apenas glicose como fonte energética; no jejum prolongado, porém, os níveis plasmáticos de corpos cetônicos se elevam e eles são adotados.
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