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05/09/2017 1 Piroplasmoses Importância econômica Importância em saúde animal Co-infecção com riquétsias Doença listada na OIE Marquart et al., 1999; Taylor et al., 2007; Rothschild, 2013; OIE, 2014 Introdução Mortalidade e abortos Perdas produtivas e aumento do custo de produção Regras para comercialização e transporte de animais Animais de esporte Histórico Babes, 1888 – B. bovis Smith & Kilborne, 1893 – B. bigemina Theiler, 1910 – A. marginale 05/09/2017 2 Etiologia Reino Protista Phylum Apicomplexa Classe Piroplasmida Família Babesiidae Babesia bovis Babesia bigemina Marquart et al., 1999; Taylor et al., 2007 Filo Proteobacterias Ordem Rickettsiales Família Anaplasmataceae Anaplasma centrale Anaplasma marginale Babesia bovis Pequena Babesia – 2 µm Piriformes ou arredondadas Quando pareadas formam ângulo obtuso Transmissão transovariana (2 a 3 dias após a fixação das larvas) Transplacentária (bezerro) Geralmente parasitemia baixa Espécie + patogênica em bovinos Obstrução vascular (adesão) Anorexia, febre alta, sinais neurológicos e hemoglobinúria Comum associada a B. bigemina e Anaplasma marginale (Tristeza Parasitária Bovina) 05/09/2017 3 Babesia bovis Babesia bigemina Grande Babesia – 4 a 5 µm Piriformes e bigeminados Quando pareadas formam ângulo agudo Transmissão transovariana (8 a 10 dias após a fixação – ninfas e aultos) Transplacentária (bezerro) Geralmente parasitemia baixa Menos patogênica Não provoca adesão Anemia, apatia, hipertermia e anorexia Comum associada a B. bovis e Anaplasma marginale (Tristeza Parasitária Bovina) 05/09/2017 4 Babesia bigemina Anaplasma marginale Rickéttsia (gram-negativa) – 0,3 a 1 µm Corpúsculos de inclusão intraeritrocitários (localização marginal) Transmissão transestadial ou intrastadial (R. microplus macho) Transmissão mecânica (mosquitos e moscas hematófagas) Transmissão iatrogênica Transplacentária (bezerro) Anemia grave, apatia, hipertermia e icterícia A. centrale é menos patogênica Comum associada a B. bovis e B. bigemina (Tristeza Parasitária Bovina) 05/09/2017 5 Anaplasma marginale Babesiose 2013 05/09/2017 6 Etiologia Família Babesiidae Babesia caballi Dermacentor nitens Família Theileriidae Theileria equi *Dermacentor nitens Amblyomma sculptum Rhipicephalus (Boophilus) microplus Babesia caballi Grande Babesia – 3 µm Piriformes ou arredondados 1 a 2 trofozoítos (ângulo agudo) Transmissão transestadial e transovariana (larvas, ninfas e adultos) Anemia, icterícia, febre, apatia e anorexia Queda de desempenho 05/09/2017 7 Babesia caballi Theileria equi *Realiza esquizogonia em linfócitos, depois merozoítos invadem eritrócitos Pequeno piroplasma – 1,5 a 2,5 µm Piriformes ou arredondados Formam ângulo obtuso 4 trofozoítos – “cruz de malta” Transmissão transestadial e intraestadial Geralmente parasitemia alta Sinais mais evidentes em animais atletas Anemia, icterícia, febre e cansaço Tratamento não elimina parasita 05/09/2017 8 Theileria equi Piroplasmose equina Paraná T. equi – > 65% B. caballi – > 50% 2013 Sudeste Praticamente todos os potros soropositivos a partir dos 4 meses Mortalidade Áreas endêmicas 5 a 10% Áreas não-endêmicas >50% 05/09/2017 9 Epidemiologia Principais fatores Virulência de espécies – ex: B. bovis > B. bigemina Idade do hospedeiro – resistência inversa a idade (9 meses) Estado imune do hospedeiro – pré-exposição População de vetores – variações, sazonalidade Estresse Taylor et al., 2007 Merogonia Gametogonia Es p o ro go n ia * Aspectos epidemiológicos Transmissão transovariana Transmissão transestadial Manutenção na população B. bigemina transmissão por ninfas e adultos (9 dias) Incubação: 4 a 5 dias B. bovis transmissão por larvas (2 a 3 dias) Incubação: 10 a 12 dias Eritrócitos Hospedeiro Vertebrado Adaptado de Marquardt et al., 1999 Biologia B. caballi (Dermacentor) Transmissão transovariana T. equi (Amblyomma e Rhipicephalus) transmissão transestadial Incubação: 1 a 3 semanas Anaplasma Ácaro – intestino médio e gls. Salivares Moscas – probóscide Incubação: 4 semanas 05/09/2017 10 Infecção dos eritrócitos Adesão ao endotélio dos capilares Coagulopatias Alteração na permeabilidade vascular Sinais Neurológicos Alterações sistêmicas (pulmões e musculatura) Livres na circulação Remoção pelo SRE Hemólise Intra e extravascular Patogenia Anemia e Icterícia Hemoglobinúria Febre Babesia bigemina e B. bovis Babesia bovis Babesia bovis Babesia bigemina 05/09/2017 11 Infecção dos eritrócitos Auto-hemaglutininas e opsoninas Corpúsculos de inclusão (divisão binária) Remoção pelo SRE (baço e fígado) Hemólise extravascular Patogenia - Anaplasma Destruição de hemácias *mesmo não parasitadas (até 70%) Saem sem destruir hemácia Infectam novas hemácias Anemia e Icterícia Febre Lesões patológicas Petéquias Carcaça emaciada e pálida Icterícia generalizada Fígado amarelado com bile granulosa Esplenomegalia e alterações da polpa Rins pálidos e edemaciados Bexiga com urina escura (Babesia) Radostitis et al., 2000; Taylor et al., 2007 05/09/2017 12 Sinais clínicos Bovinos Intensidade e manifestação são idade-dependentes Febre, mucosas pálidas e ictéricas Urina de coloração escura Isolamento do rebanho e decúbito Babesiose nervosa (B. bovis) Incoordenação, convulsões, depressão, alterações no comportamento Febre elevada Anaplasmose Icterícia pronunciada, sem hemoglobinúria Bovinos com mais de 2 anos – quadro hiperagudo (morte) Radostitis et al., 2000; Taylor et al., 2007 Sinais clínicos Equinos Forma clínica semelhante aos bovinos Problemas reprodutivos (~10%) T. equi é mais patogênica Febre, apatia, emaciação, perda de rendimento, edema de membros Anemia acentuada, hemoglobinúria e icterícia Paralisia de posterior (B. caballi) Geralmente quadro crônico – recuperação lenta Quadro hiperagudo – morte em 2 dias Radostitis et al., 2000; Taylor et al., 2007 05/09/2017 13 Wright et al., 1988 Babesia bovis Imprinting de encéfalo – Giemsa AFIP, 2011 Babesia bovis Encéfalo – Aspecto macroscópico 05/09/2017 14 Hematologia e Bioquímico Esfregaço sanguíneo (B. bovis <1%; B. bigemina >10%) Post-mortem Imprinting de órgãos Böse et al., 1995; CFSPH, 2008; OIE, 2011 Diagnóstico PCR e RIFI Cultura in vitro ELISA B. bovis e B. bigemina Lista de doenças – OIE Fixação de complemento Testes de aglutinação Trânsito internacional Prevalência ≥ 75% nos animais a partir de 9 meses de idade Presença constante de carrapatos Idade x babesiose Situação no Brasil Levantamentos locais Amostras de ocasião (10%...) Diferenças epidemiológicas entre as espécies de Babesia Estabilidade Enzoótica 05/09/2017 15 Estabilidade Enzoótica Adaptado de FRIEDHOFF e SMITH (1981) Aceturato de Diminazeno 3 a 5 mg/Kg SC/IM Dose única Radostitis et al., 2007; Vial & Gorenflot, 2006 Controle do carrapato Quimioprofilaxia Instabilidade enzoótica Aquisição de animais Introdução de bezerros no pasto Imidocarb (1 a 3 mg/Kg) IM 1ª dose Início dos casos ou 5 dias após introdução 2ª dose 25 dias depois Controle e Tratamento Suporte e orientações *Theileria equi não há cura Vacinas Premunição ?? 05/09/2017 16 Considerações Finais Comercialização e transporte internacionais Tratamento prévio com acaricida e constatação de completa ausência de infestaçãoLivres de sinais clínicos no dia do embarque Animal de região livre por dois anos desde o nascimento Livre de sinais clínicos Resultado negativo em sorologia 30 dias antes Tratados com Imidocarb ou OIE, 2011 ivanlapera@yahoo.com.br
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