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* * Profa . Me. Rafaella Sampaio * * Definir carne e sua composição; Saber a respeito da qualidade das carnes bem como os cortes utilizados; Conhecer os métodos de cocção utilizados e as alterações que ocorrem durante este processo; Caracterizar carnes desidratadas; Conhecer algumas formas de preparo de carnes. * * “Conjunto de tecidos de coloração e consistência específicas - que não são cartilagem ou couro - que recobre o esqueleto de animais. Os órgãos internos, denominados miúdos, também usados na alimentação, são igualmente considerados carne.” (Kovesi et. al, 2007) Tec. Muscular Tec. Conjuntivo Tec. Adiposo * * Carne magra x Carne gorda * * * * Tamanho dos feixes musculares Ex. fibras peq. diâmetro são mais macias. Quantidade de tecido conjuntivo, que os mantêm ligados. Idade do animal Sexo do animal (fêmeas + macias) Alimentação do animal Atividade física : fibras rijadas (pescoço / pernas) Ex: patas dianteiras (- macios) / lombo (+ tenra) Teor de gordura * * Constituição: fibras musculares (órgãos ativos dos movimentos) contêm pigmentos sais inorgânicos Substâncias extrativas glicogênio proteínas... Pigmentos: adultos vermelha mioglobulina (músculos) hemoglobina (sangue) * * * * Pigmentos responsáveis pela coloração: Hemoglobina e Mioglobulina Carne de animais novos: + clara Carne de porco: - pigmentos A superfície da carne bovina, logo que é cortada e exposta ao oxigênio: vermelho brilhante (mioglobulina oximioglobulina) Depois de certo período a cor da carne escurece, devido à desidratação. * * Substâncias extrativas Estão constituídas por compostos nitrogenados derivados das nucleoproteínas e são: bases purínicas ácido úrico creatinina.... São solúveis no meio de cocção Dão sabor às preparações * * * * Função: sustentação – Forma as paredes das fibras musculares. BRANCO OU AMARELO Tec. Conj. Branco * endurece a carne * transforma-se em gelatina (cocção calor úmido) tornando-se macio) * Tendões : cor esbranquiçada e consistência rija 30% de colágeno; 1% de elastina * * Tec. Conj. Amarelo * 7 a 8% de colágeno; 30% de elastina * Ligamentos: unem os ossos e os órgãos * Não é amaciado com a cocção A quantidade de tecido conjuntivo varia nos diferentes músculos . Carne de porco: - tec. Conjuntivo Carne de boi: + tec. conjuntivo * * Ptn: Colágeno e elastina Água fria: são insolúveis Calor seco: - dessecam-se e endurecem Calor úmido e tempo prolongado: - O tecido tendinoso aumenta de volume amolece, e hidrolisa-se o colágeno: gelatinação do colágeno (GELATINA) - ricas em prolina e hidroxiprolina - baixo valor biológico e conferem resistência * * Gelatinação do colágeno Tecido tendinoso calor úmido Volume Amolece Hidrólise (colágeno) Gelatina * * * * 75 a 90% de gordura 2 a 4% de proteína 0,1 a 0,2 % de minerais 5 a 20% de água Cor e consistência: varia (animal / local de tecido) - composição de ác. graxos (carneiro firme; porco branda) Gordura: melhora o sabor, suculência e a maciez (diminui a desidratação) * * Lipídios: fundem-se com maior ou menor facilidade (T=50ºC) Liquefação produz o “goteio” temperatura perda de gordura não é total (retida na estrutura celular) Ex: Torresmo Carne marmorizada: gordura intrafascicular são + macia: impede que o tec. Muscular resseque durante a cocção. Ex: carne de porco, cupim * * * * Funções: reservatório de energia modelação do corpo preenchimento de espaços (tecidos) antichoque fonte de calor suculência maciez * * * * Maturação: influi na consistência (Rigor Mortis) Abate Glicogênio muscular Glicose e ácido lático (≠ morte dos tecidos) Ausência de circulação: depositam Micelas protéicas agrupam-se com pH baixo Rigidez cadavérica ou rigor mortis * * (cont.) Tempo Ácido láctico Hidrólise das proteínas Abrandamento da carne Maturação: degradação de proteína que vai promover um amaciamento da carne. Ambiente adequado e higiênico (horas) * * Refrigeração Conserva o valor nutricional da carne Características sensoriais são mantidas Retarda o desenvolvimento de micro-organismos e diminuem as reações químicas e enzimáticas. * * Congelamento conserva a qualidade da carne desnaturação das proteínas aumento da consistência (cocção reverte) Lento: * - 0,6 e 3,9ºC (75% de água contida no alimento transforma-se em cristais prejudiciais para estrutura celular) * Permite a perda de água, sais e albumina * Deve ser utilizada logo após o degelo * * Rápido * Inconveniente - destruição celular Formam grande número de pequenos cristais de gelo, bem distribuídos intra e extracelular. - Favorece a reabsorção da água pelas proteínas no descongelamento não recongelar pode ser mantida congelada até um ano A validade de congelamento de carne gordurosas é menor que de carnes magras * * Amaciamento Ação Química: pH ácido: vinha-d’alhos – são temperos diversos adicionados ao vinagre ou ao vinho (deixados de véspera) e suco de limão - peixe (sabor e maciez) Ação enzimática: papaína, bromelina Ação Mecânica: cozinha doméstica: bater (batedor de bife) cozinha industrial: “Tenderator” – amaciador de carne Sal de cozinha: 0,5 a 0,8 % Peso líquido. * * Amaciamento Cortes mais macios: filé mignon, lombo e costelas Duros: acém, paleta, coxão duro e músculo. Os cortes menos tenros podem tornar-se macios e saborosos, quando preparados por métodos apropriados; da mesma forma, um corte macio preparado por métodos inadequados pode torna-se rijo. * * Secretaria de Inspeção de Produto Animal (SIPA) regulamentou os cortes de carne bovina a partir da Portaria nº 5, de 8 de novembro de 1988. * * * * * * Tem menos tec. Conjuntivo * * Tem mais tec. Conjuntivo Ou músculo - Filé de costela ou bisteca Cupim * * Vísceras ou miúdos São órgãos internos de cor escura. Fe vitaminas do complexo B vitamina A lipídios Baixo custo / menor aceitação Fígado, língua, dobradinha, rim, coração, miolo * * Aquisição e armazenamento Congelada – descongelamento lento (0ºC a 5ºC ) promover a reabsorção da água pelas proteínas musculares e menor perda de líquidos. Macias e suculentas Não lavar as carnes vermelhas: Não perder substâncias extrativas de sabor e nutrientes. * * Objetivos: destruir germes patogênicos coagular as proteínas torná-la palatáveis, abrandar o tecido conjuntivo tornar a carne um produto de melhor comestibilidade aroma aspecto estrutura * * Calor retração das fibras musculares (actina-miosina) redução do volume Saída de gordura intrafascicular – meio de cocção Redução do rendimento 60 ºC coagulação das proteínas Calor brando retração lenta das fibras evitar redução do volume * * Fatores que influenciam na penetração do calor no interior da carne: volume total da carne formato espessura carne com ossos (osso é condutor de calor) Congelamento camada de gordura (facilita a penetração do calor) gordura entre os feixes * * Grau de cocção (termômetro) Método mais aconselhável (carne assada) fogo brando perda de nutrientes retração rendimento * * Corte: sentido horizontal x seccionado? seccionar as fibras musculares: fatias terão melhor apresentação e serão mais macias. * * Calor seco: indicado para cortes macios, porém se em baixas temperaturas por tempo prolongado pode ser utilizado para cortes menos macios. coagulação superficial de proteínas: crosta sabor: desidratação de substâncias extrativas que se condensam na superfície. concentração de proteínas Crostas muito negras: queima / perda da qualidade. Uso de coberturas protege a saída excessiva de sucos internos Na fritura, com o choque térmico da carne com o óleo ocorre uma vasoconstricção, fazendo com que a carne não perca os nutrientes. * * Iniciar com fogo brando Cocção: temperatura tempo perda Preparo: 28% Cocção: 10 a 35% Calor úmido: indicado para cortes menos macios (ricos em tec. Conjutivo). perda de proteínas (mioalbumina / mioglobulina), sais minerais e vitaminas solúveis: meio de cocção molhos ricos: proteínas, substâncias extrativas, nitrogenadas, etc. Coagulação das proteínas: 60ºC (cor acinzentada) * * * * espaço (transporte e acondicionamento) [ ] Proteína: 4 x digestão e aceitação Brasileiro é apreciador: gado, bacalhau, pirarucu Remolho: reidratação (50%): redução de substâncias solúveis (teor de sal) hidratação da fibra ≠ fibra fresca * * * * * * * * * * * * Pescados Profa . Me. Rafaella Sampaio * * Objetivos Definir o que são pescados, os tipos existentes e suas composições; Reconhecer os pescados frescos bem como suas alterações; Conhecer os métodos de cocção utilizados. * * Conceito “ Animal aquático obtido de água doce ou salgada, por diferentes processos de captura ou pesca, para fins alimentares” (Ornellas, 2007) carne óleo farinha ovas gelatina * * Conceito “ Denomina-se pescado a carne de peixes, moluscos e crustáceos” (Crawford, 1985) De rio ou mar, os peixes são de simples preparo e carne sensível, o que exige cocção rápida e em fogo baixo para evitar que cozinhe demais e quebre. * * Classificação Para uso alimentar Peixes: São animais aquáticos, que possuem esqueleto cartilaginoso ou ósseo e apresenta guelras. Ex: tubarão, pescada, pargo Mariscos: Moluscos: concha (escargot, caracóis, ostra) sem concha (polvo, lula) Crustáceos: carapaça dura e um pigmento esverdeado chamado astaxantina que ao sofrer aquecimento fica vermelho. Ex. camarão, lagosta, caranguejo, siri Quelônios: apresentam carne com carapaça, muito utilizada na indústria. Ex. tartarugas * * Peixes Teor de proteínas: 18% - semelhante a outra carne. Gordura: 4% (pescadinha, bonito, linguado) Gordura 6 a 15% (salmão, cavala, atum, merlusa, sardinha) Carne delicada Valor calórico menor que outros tipos de carne. * * Peixes Quando fresco e magro: digestibilidade tecido conjuntivo protéico: alto valor biológico Gorduras: poliinsaturadas (ômega 3) Vitaminas: complexo B, Vit. A e D Minerais: iodo ( + ricos) Carne rica em nutrientes/ sabor suave. * * * * * * Classificação Para uso de comercialização Peixes: sabor, quantidade e volume de Pesca * * Classificação * * Classificação origem (sabor) água doce: surubi, traíra água salgada ( iodo e Ca 4x que as carnes comuns) ex: bacalhau, atum teor de gordura (textura e sabor) magros: < 2% meio gordos: 2 a 5% gordos: > 5% óleo de peixe: fonte de vit. A e D * * Classificação coloração (sabor) clara: irrigação suave escura: irrigação pronunciado rigidez firme: resistência macia: resistência * * Classificação Água salgada Pescada, merluza, sardinha, linguada, atum, bacalhau, tainha, namorado, cavala, camarão, lula, lagosta, siri, polvo e ostra Água doce: pirarucu, pintado, dourado, pacu, surubim. * * Classificação Formato (limpeza e porcionamento) redondos: espinha (superior); 2 filés; 01 olho de cada lado (salmão) Achatados: espinha no centro; 4 filés; olhos do mesmo lado (linguado) * * Classificação Kövesi et. al, 2007 * * Qualidade * * Pré-preparo do pescado Escamar Eviscerar Filetar Retirar espinha Lavar em água corrente * * Alterações Origem externa: manipulação inadequada (Salmonella enteritidis) Origem interna (duração do Rigor Mortis e pH ) Sucos digestivos: após a morte do animal as paredes intestinais são destruídas e os sucos digestivos chegam a atingir os tecidos musculares (provocando queimaduras). Os tecidos atingidos escurecem, causando queimaduras abdominais, torna o peixe inadequado para o consumo. Presença de bactéria * * Alterações como retardar o crescimento de m.o.? sal, ácidos, refrigeração, aquecimento. Após a captura: eviscerar ligeiramente (remover os intestinos para procurar eliminar os sucos digestivos e as bactérias) * * * * Armazenamento Ideal: inteiro, eviscerado e envolto em filme plástico. Geladeira: < 24 hs Gelo dentro da geladeira: < 48 hs Freezer: aproximadamente 1 ano (logo após pesca) Logo que o peixe é capturado, ele deve ser resfriado e só depois congelado, esperando assim o tempo de rigor mortis para que a carne não fique endurecida e nem ressecada. * * Congelamento Única forma de manter o pescado livre de contaminação – Altera textura do peixe: peixe congelamento formação de cristais (danos estrutura) descongelamento perda de líquidos cozimento perda de consistência * * Congelamento congelamento (-18C : rápido) descongelamento: lento (geladeira) NÃO deve ser recongelado Melhor forma para conservar as características do pescado fresco. * * Formas de porcionamento inteiro filé: carne com ou sem pele Isca (goujon) paupiette: filé fino e enrolado (recheado) tranche: filés grossos na diagonal Enlatados: sardinha, atum (conservado sem refrigeração) * * Cocção tecido conjuntivo: carne mais macia retração (forma) tempo temperatura (abaixo da ebulição) ácido: coagula proteínas elimina odores (amina) pescado grande/grosso: gradual de ºC * * Cocção Cozido, assado, grelhado, frito Cozido (ponto): aspecto branco leitoso opaco duro quando pressionado Cozido (excesso): desintegrar ressecar perder sabor * * Cocção pré-preparo: 25 a 50% cocção por água: 15 a 30% fritura simples: 20 a 40% frituras com envoltura: 30 a 45% Rendimento depende do tipo de preparação. * * Preparações * * Moluscos Concha univalves: ouriço-do-mar e os escargots; bivalves: mexilhão, ostra, vieira cefalópodes: lula e polvo * * Moluscos proteína: 8,4 a 17% glicogênio: 1 a 7% assemelham aos peixes magros * * Crustáceos carapaça protetora (esqueleto externo) lagosta, caranguejo, camarão, siri assemelham aos peixes gordos: vitaminas e iodo proteína carboidratos lipídios: lagosta 1,9% caranguejo 2,8% * * Qualidade Lagosta, caranguejo, cozidos vivos: calda para baixo (lagosta) alterações: coloração dorsal e ventral (preta); sabor, textura e odor (amoniacal); aspecto gelatinoso; carne (opaca) * * Quelônios tartarugas marinhas e as verdes sopa gorduras enlatada ou congelada alterações semelhantes à dos crustáceos * * Cuidado com pescado fresco Deterioram com grande facilidade Adquirir somente em mercados providos de boa refrigeração. Congelados:deve ser assim conservado até o momento de ser cozidos. Recomendação de per capita – 300g / pessoa * * * * Aves Profa . Me. Rafaella Sampaio * * Objetivos Definir aves, seus tipos e suas características; Conhecer os cortes utilizados; Saber a respeito das formas de cocção; Conhecer algumas formas de preparo. * * Conceito “São todos os animais de pena usados na alimentação”. (Kovesi et. al, 2007) Frango Avestruz Faisão Codorna Pato Peru Galinha * * Composição Proteínas: semelhante as outras carnes ( 19-27% ) Gordura: tipo de ave, sexo, idade, alimentação Frango: 3 % e galinha: 18 % novas: tenras tec. conjuntivo gordura, fácil digestão. Indicada para aparelhos digestivos mais delicados ( crianças e enfermos) A carne de aves assemelha-se a outros tipos de carne: composição e valor nutricional . * * Frango 5 categorias: tamanho e idade Frango de leite ou galeto: < 3 meses 400 – 800 g carne macia cartilagens e ossos moles sabor suave gordura cozinha rápido * * Frango Frango comum: geralmente machos 3 – 7 meses 1 – 1,5 Kg carne suculenta cartilagens firmes e ossos resistentes Assado, grelhado, frito ou ensopado * * Frango Galinha ou galo: > 7 meses ( aves adultas) 1,5 – 4 Kg sabor: raça e tipo ( saborosa) Galo : carne mais firme gordura tempo de cozimento * * Frango Frango caipira: criado solto alimentação natural ou mista sabor carne rija pele corada e que não desmancha no cozimento * * Frango Frango capão: castrada : para engodar carne saborosa camada de gordura (derrete no cozimento) Abatido com 7 meses * * Características * * Cortes * * * * Método de preparo Frangos: fritos ou grelhados. Galinhas e galos: calor úmido para que a carne fique tenra. Aves novas: o sexo não afeta a qualidade da carne. Aves adultas: carne das galinhas é mais tenra e saborosa que a dos galos. * * Quantidade a comprar Método de preparo: Creme de frango Frango ao molho Porção por pessoa : 250 a 500 g Custo baixo * * Pato cor escura sabor intenso sabor e textura: raça, alimentação e preparo assado, braseado, guisado, ensopado * * Faisão carnuda cativeiro: sabor menos pronunciado fêmea: qualidade carne assada ou braseada * * Codorna família das perdizes pequena guisada, braseada, assada ou salteada * * Peru carne delicada sabor suave 4 – 10 Kg fêmea mais saborosa assado * * Pré-preparo Abate destroncamento do pescoço (não aproveita o sangue para molho). degola ou corte do pescoço (sangue + vinagre) Abate ÁGUA QUENTE Depenar Eviscerar Cortar (juntas) * * Pré-preparo Desossar Retirar a cabeça Cortar a ponta das asas e pés Abrir a ave pelas costas (todo o comprimento) Raspar com faca (separar carcaça) Retirar ossos da asas e coxas (interna) * * Cuidados Não romper a vesícula: bíles - gosto amargo Retirar a pele que reveste a moela. Retirar a pele dos pés : água fervente * * Amaciamento vinha-d’alhos: preparo de véspera ( vinho ou vinagre, alho, louro, pimenta e sal) local refrigerado e cobertas * * Cocção cozidas, assadas, grelhadas, fritas... tempo de cocção: tamanho e idade da ave assadas: temperatura tempo : carne + macias pré-preparo: 30% cocção: 39% cuidados: aves recheadas – cuidados na manipulação – evitar contaminação. Não usar temperatura elevada: provoca endurecimento das proteínas, encolhimento da carne e perda de sucos naturais. * * Preparo * * Preparo * * *
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