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Introdução 2ºp p2

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ANALOGIA - Consiste em se aplicar, a uma hipótese não prevista pelo legislador, a solução por ele apresentada para caso semelhante à hipótese não disciplinada.
1- Lacuna - É preciso, em primeiro lugar, verificar se o caso apresentado não foi disciplinado pelo Direito, ou seja, se há efetivamente uma lacuna.
2-Semelhança - a aplicação de uma regra existente no ordenamento jurídico a um caso não regulamentado exige a constatação de semelhança entre duas hipóteses. 
Mesma Razão de Decidir - É preciso, ainda, que as mesmas razões que leva ramo interprete a decidir o caso anterior, aplicando, para estejam presentes na decisão a ser tomada quanto ao caso lacunoso, que também sofrerá a incidência da regra.
TEORIA DOS CIRCULOS CONCENTRICOS - Trata-se de teoria formula da por BENTHAM, segundo o qual a ordem jurídica estaria totalmente incluída no campo da moral, afirmação da qual se extraem duas conclusões: a ) o campo da moral seria mais amplo que o do Direito ; b ) o Direito estaria completamente subordinado à moral.
TEORIA DOS CIRCULOS SECANTES - Trata-se de teoria desenvolvida por DUPASQUIER, segundo o qual o Direito e a moral possuiriam uma área em comum e, ao mesmo tempo, um espaço particular e independente. a ordem jurídica estaria totalmente incluída no campo da moral, afirmação da qual se extraem duas conclusões : a ) o campo da moral seria mais amplo que o do Direito ; b ) o Direito estaria completamente subordinado à moral.
TEORIA DOS CIRCULOS INDEPENDENTES - KELSEN, diferentemente das concepções defendidas por BENTHAM (teoria dos círculos concêntricos) e por DUPASQUIER (teoria dos círculos secantes), entendia que nenhum ponto de contato haveria entre Direito e Moral, sendo estes dois sistemas complementar entre si. Para o jurista, a norma jurídica seria o único elemento essencial ao Direito, cuja validade não dependeria de conteúdos morais.
TEORIA DO MÍNIMOÉTICO - Coube a JELLINEK a elaboração da teoria do mínimo ético, segundo o qual o Direito representaria o mínimo de preceitos morais necessários ao bem estar da sociedade. Como nem todos os membros da coletividade de sejam cumprir espontaneamente as regras morais, surge a necessidade de se produzir espontaneamente a regra moral surge a necessidade de se produzir elementos de coerção, capazes de assegurar um regramento ético, produzindo a essência da normalização jurídica. Assim, segundo esta teoria, o Direito estaria totalmente incluído no campo da moral, podendo ser traduzida também pela ideia de círculos concêntricos, sendo o maior correspondente à moral e o menor inerente a o Direito.
NORMA JURIDICA - Para Miguel Real e “O que efetivamente caracteriza uma norma jurídica, de qualquer espécie, é o fato de ser uma estrutura proposicional enunciativa de uma forma de organização ou conduta, que deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória”. Trata-se a norma jurídica, portanto, de uma regra que prescreve a conduta adequada para se conseguir a ordem e segurança nas relações sociais.
CARACTERISTICAS DA NORMA JURIDICA
1. IMPERATIVIDADE - A fim de alcançar um determinado objetivo a norma jurídica emite um comando, ou seja, prescreve como os indivíduos devem se conduzir na vida comunitária. Enfim, a norma jurídica impõe um dever, que deve ser cumprido por todos.
2.HETEROGENEIDADE - A norma jurídica deve ser cumprida, ainda que o seu destinatário dela discorde,ou seja, independentemente de sua vontade. Heterogeneidade é um conceito criado por Kant QUE significa as leis que recebemos. Ao contrário de autonomia, consiste na sujeição do individuo à vontade de terceiros ou de uma coletividade. É conceito básico relacionado ao Estado de Direito, em que todos devem se submeter à vontade da lei.
3.BILATERALIDADE - Significa a correspondência existente entre duas partes interligadas pela norma jurídica. O Direito existe sempre vinculando duas ou mais pessoas, atribuindo poder a uma parte e impondo de ver à outra.
4.GENERALIDADE - A norma jurídica é dirigida, indistintamente, a todos que se ajustarem à hipótese por ela tratada, e não a alguém em particular. É preceito de ordem geral, que obriga a todos que estiverem em igual situação jurídica.
Conflito de normas - Consideremos uma situação prática em que para o julgamento de um processo exista mais de uma norma, válidas e eficazes e que, portanto, poderiam ser usadas sem sombra de dúvidas. Assim, ocorrendo casos em que tais normas têm dizeres que não se complementam entre si, ou mesmo até geram circunstâncias em que contradizem umas às outras, diz-se que ocorreu um conflito de normas, sendo necessário resolver qual norma será aplicada. Critérios de solução de conflitos de normas são os pontos de partida que são tomados como base para encontrar dentre as possibilidades existentes de normas aplicáveis a um caso ou a casos semelhantes entre si, qual é a norma a ser usada.
Existem três critérios para solucionar o conflito de normas:
Especialidade: Se uma das normas for geral e a outra for especial ou excepcional, esta prevalecerá somente nesses casos especiais ou excepcionais, conservando a outra sua validade para os demais casos. Em outras palavras, se a situação for genérica, a ela será aplicada a norma geral; se a situação for especial ou excepcional, será regida pela lei especial ou excepcional.
Cronologia: A norma mais recente irá revogar a mais antiga, nos termos do art. 2º, §1º da LINDB.
Hierarquia: A norma derivada de uma autoridade de hierarquia superior prevalece ante a norma derivada de uma autoridade de hierarquia inferior.
Principio da obrigatoriedade da lei: Significa que a lei, uma vez publicada e em vigor, deve ser observada por todos. Assim, dispõe o art. 3º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”.
Tratados internacionais- É “(...) todo acordo formal concluído entre sujeitos de direito internacional publico, e destinado a produzir efeitos jurídicos” Diante de tal definição, não há como negar a posição dos tratados (convenções,pactos,acordos e etc) enquanto Fonte Formal Estatal do Direito,notadamente o Direito Internacional.
Direito objetivo: é compreendido como o conjunto de normas e modelos jurídicos, exatamente porque se destina a ter vigência e eficácia na universalidade de um território. Direito objetivo é o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação. Ele se encontra, portanto, fora do homem, indica-lhe o caminho a seguir, prescrevendo medidas repressivas em caso de violação de normas. Direito Objetivo pode ser entendido como a norma propriamente dita. Exemplo: O Direito Civil busca a defesa das partes nas relações jurídicas interpessoais. (Qdo n se pode optar – ex: multa de transito).
Direito subjetivo: Nesse sentido o direito significa o poder de ação assegurado legalmente a toda pessoa para defesa e proteção dos bens materiais e imateriais de forma facultativa. É chamado de facultas agendi. O direito subjetivo é composto por quatro elementos isoladamente definido: sujeito, objeto, violação jurídica e coação social. O sujeito de direito é a pessoa, física ou jurídica. Objeto é a coisa sobre a qual recai o direito ou a incidência do próprio direito. Relação jurídica é o laço, que, sob a garantia legal, submete o objeto de direito ao sujeito dele. E a coação é quem assegura a faculdade de agir. Direito subjetivo é sempre a permissão que tem o ser humano de agir conforme o direito objetivo. Um não pode existir sem o outro, é inconcebível o direito subjetivo Direito Subjetivo é a possibilidade que a norma dá de um indivíduo exercer determinada conduta descrita na lei. É a lei, que aplicada ao caso concreto autoriza a conduta de uma parte. Exemplo: se uma pessoa te deve um valor em dinheiro, a lei te concede o direito de cobrar a dívida por meio de um processo judicial de execução. (Qdo se pode optar – ex: trocar celular que veio com defeito).
Direito Privado visa disciplinar as relações inter – individuais, e os interessesprivados. Os ramos do Direito Privado são: Direito Civil Direito Empresarial. O Direito Público pode ser explicado como um grande ramo de normas que possuem natureza pública, na qual o Estado atua com seu poder, por ser um tema de relevante caráter social e organizacional da sociedade.Dessa forma pode-se dizer que são ramos do Direito Público: o Direito Constitucional, Administrativo, Financeiro, Penal, Internacional Público, Internacional Privado e Processual.
FONTES DO DIREITO
Definição de Fontes Direito – A palavra fonte, proveniente do Latimfons, fontis, quer dizer nascente de água. Portanto, o termo em questão, juridicamente, seria a origem do Direito, isto é, os modos de formação e revelação das normas jurídicas.
Classificação das Fontes do Direito
As fontes do Direito classificam-se em:
1)Fontes materiais (reais ou de produção)-são os fatores (sociais, políticos, históricos, econômicos, culturais, etc.) que determinam a elaboração do Direito.
2)Fontes formais (ou de conhecimento)–são os meios através dos quais o Direito é conhecido, revelado. Podem ser subdivididas em:
a) fontes formais estatais – são as leis, os tratados internacionais e a jurisprudência.
b)fontes formais não estatais – são os costumes ,a doutrina, os princípios gerais do Direito, a analogia e o contrato.
A Lei é a Principal Fonte Formal Estatal (Acepções do Vocábulo Lei):
Lei em Sentido Amplíssimo - No caso, o termo lei é empregado como sinônimo de norma jurídica, incluindo quaisquer normas escritas ou não escritas (costumeiras).
Lei em Sentido Amplo-Trata-se de expressão menos ampla do que a anterior, englobando apenas as normas jurídicas escritas (Constituição, Lei Complementar, Lei Ordinária, Medida Provisória ,Lei Delegada, Decreto Legislativo, Resolução ,Decreto, etc ).
Lei em Sentido Estrito – Neste Sentido, o vocábulo lei compreende apenas o preceito emanado do Poder Legislativo, elaborado e aprovado no âmbito de sua competência, produzindo por meio do processo legislativo constitucional e regimentalmente previsto. Assim, quando o art.1º do CP prescreve que não há crimes em lei anterior que o defina, está empregando a palavra lei em sentido estrito.
Precedente: É o procedimento ou deliberação anterior que serve de critério ou pretexto para práticas posteriores semelhantes.
Doutrina: É a aplicação científica dos entendimentos formados por operadores do direito, reconhecidos por grande conhecimento e experiência nas áreas do direito.
Jurisprudência: É a coletânea de decisões proferidas pelos juízes ou tribunais sobre determinada matéria jurídica.
Jurisprudência Secundum legem - Limita-se a interpretar o texto legal.
Jurisprudência Praeter legem – desenvolve-se na falta de regras específicas, preenchendo as lacunas existentes na lei.
Jurisprudência contra legem – Forma-se contra as disposições legais. Esta última espécie não é aceita por alguns juristas, sob o argumento de que o juiz não pode criar o Direito, mas somente interpretá-lo. Outros, no entanto, admitem como fonte do Direito, argumentando que o juiz não é um autômato, não estando preso às amarras da lei. No entanto, entendo ser incorreta esta ultima posição.
Súmula: São enunciados que resumem as teses consagradas em reiteradas decisões judiciais.
Súmulas Vinculantes - Art. 103-A, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela EC 45/2004)
Costume jurídico: É a norma não escrita, criada espontaneamente pela sociedade, sendo oriunda da prática constante, reiterada e uniforme de determinado comportamento, tudo aliado a convicção social acerca de sua necessidade.
Costume Secundum Legem: É o costume conforme a lei, servindo como instrumento de interpretação. Exemplo: O Art. 569, II do CC, estabelece que o locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar.
Costume Praeter Legem: É o costume preater legem funciona como mecanismo de suprimento de eventual lacuna, tendo nítido caráter supletivo.Exemplo: O Art. 4º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
Costume Contra Legem: É o costume Contra a Legem, não é admitido no ordenamento jurídico brasileiro, devendo ser observado o disposto no art. 2º, caput , da LINDB “Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.”
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