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CABEÇALHO COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999-p. 24-31 CITAÇÃO INDIRETA A CORAGEM De todas as virtudes, a coragem é a mais admirada, e pode servir tanto para o bem como para o mal. Ela é uma qualidade comum aos perversos e aos heróis. A coragem interessada é egoísmo, e a desinteressada é heroísmo, isso não muda o valor do ato, mais indica algo quanto o valor do indivíduo. Mesmo estimada de um ponto de vista psicológico ou sociológico, ela só é verdadeiramente estimável do ponto de vista moral quando se põe a serviço de outrem, quando há o distanciamento do eu. Mesmo quando é um ato de puro egoísmo ainda assim é uma virtude. Mas esta infelizmente, moralmente, não prova nada. A ausência da prudência cega outras virtu- des, porém sem a coragem elas ficam tímidas. O justo sem prudência não conseguiria sequer saber a forma de combater a injustiça, mas sem a coragem, o mesmo não entraria neste combate. O medo do desconhecido nos impede de ter coragem, perdemos a razão, e acabamos agindo de forma imprudente. Ter tido coragem não prova que se terá, nem mesmo que se tem. Nem sempre a coragem é contra um risco futuro, às vezes é contra um infortúnio presente. Se o sofrimento é pior que o medo, é preciso maior coragem para suportá-lo. O covarde é submisso ao medo, o temerário despreocupado com a vida, a virtude existe tanto em evitar o perigo quanto em superá- lo, ela está em escolher com a mesma firmeza da alma a fuga ou o combate. CITAÇÃO DIRETA P. 30 “Só esperamos o que não depende de nós; só queremos o que depende de nós.” P. 31 “Quando não há mais nada a esperar, não há mais nada a temer: eis toda coragem disponível (...)” INDICAÇÃO DA OBRA Professora Márcia Asedias LOCAL: Internet NOME: Grace Kelly da Silva, Claudio Monteiro, Aline Guedes. CURSO: Ciência da Computação – 1° Período