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Aspectos psicológicos na infância e adolescência

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Aspectos Psiquiátricos na 
Infância e adolescência
Discentes: Daniely Lima, Emilly Vendramini, 
Luiz Carlos e Maiana Ferraz.
Introdução
● Nos séculos XVII e XVIII os filósofos passaram a entender a infância como um período único na 
vida do indivíduo.
● Ainda hoje são comuns teorias e textos com pouco rigor científico, que propagam uma série de 
“verdades” a respeito do comportamento e do desenvolvimento normal das crianças.
● A sistematização do conhecimento e das práticas relacionadas à saúde mental dos jovens é um 
fenômeno recente, que surgiu à luz do pensamento científico do século XIX. Neste sentido, a 
psiquiatria da infância e da adolescência representa uma especialidade moderna.
Semiologia Psiquiatrica 
● Objetiva fornecer elementos para a formulação diagnóstica, incluindo a 
descrição detalhada dos sintomas e a identificação dos fatores 
predisponentes, precipitantes e perpetuantes. Consiste, ainda, em uma 
caracterização da personalidade, incluindo aspectos relativos ao 
desenvolvimento, aos potenciais e fraquezas.
● Na criança esses processos são mais complexos uma vez que envolve um 
organismo em desenvolvimento, sobre o qual se instala o quadro 
mórbido que vai ter uma palatoplastia bastante diversa, dependendo da 
idade que ocorre.
Variáveis 
Características do entrevistador:crenças, valores, sensibilidade, estado 
emocional, tom de voz, gestos,olhar.
Características do Paciente:Motivação em relação ao exame.
Características do Local da entrevista: o local, a duração, a disposição 
espacial dos participantes e as condições de privacidade.
Avaliação do Informante
● Fisionomia de inquietação, expressiva e agitação;
● Pessimismo em relação à criança ou adolescente;
● Ameaçá-la para obter sossego; 
● Permitir o excesso de mimos;
● Perguntar a outrem sobre o próprio filho;
● Ignorar o exame ou orientações realizadas pelo profissional;
● Fazer promessas para obter determinados comportamentos.
Sistematização da anamnese
1. Identificação
2. Queixa principal e duração: Observação dos sintomas que podem ser 
reconhecidos ou não.
Observar quem encaminhou, de quem foi a iniciativa de buscar ajuda e 
com que objetivo.
3. História da doença atual: Avaliar como a doença começou, se existiram 
fatores precipitantes, como evoluiu, qual a gravidade e o impacto da 
doença sobre a vida da pessoa.
5. Antecedentes pessoais/familiares
● Extremamente importante construção de heredograma; 
● Condições socioeconômicas e culturais;
● Métodos educacionais e de punição;
6. Antecedentes Mórbidos:
● Gestação e Parto;
● Desenvolvimento Neuropsicomotor;
● Doenças Infectocontagiosas com acometimento Cerebral.
Sistematização da anamnese
Quais são as características de crianças e adolescentes que necessitam de 
avaliação psiquiátrica? 
- Alterações do desenvolvimento; 
- Sinais de autismo (dificuldades na interação, reciprocidade social e 
emocional; comprometimento na linguagem e comunicação social; padrão de 
comportamentos, interesses e atividades restritos e estereotipados); 
- Dificuldades escolares e problemas de aprendizagem;
 - Problemas de comportamento e conduta; 
- Hiperatividade; 
- Isolamento social; 
- Transtornos do humor; 
- Medos, fobias e ansiedades; 
- Distúrbios alimentares; 
- Desordens do sono; 
- Perturbações do controle esfincteriano;
- Sintomas somáticos e queixas físicas inexplicáveis;
- Envolvimento com substâncias psicoativas; 
- Outros comportamentos disfuncionais ou patológicos.
Quais são as características de crianças que necessitam de avaliação 
psiquiátrica? 
Exame Físico 
Não se pode negligenciar o exame físico uma vez que a psiquiatria do 
desenvolvimento engloba um sem número de patologias orgânicas.
“Deve ser feito de rotina, visando verificar se os sinais e sintomas estão 
associados a condições orgânicas ou psiquiátricas.”
Atenção aos seguintes itens:
● Crescimento e desenvolvimento ( curvas de peso e altura e 
desenvolvimento puberal) 
● Perimetro Céfálico 
● Distância Intercantal
● Estigmas degenerativos 
Exame neurológico
1. Exame do crânio
2. Exame da coluna vertebral
3. Exame neurológico propriamente dito.
➔ Reflexos no recém-nascido:
1. Magnus-De Klejn
2. Retificação corporal
3. Moro
4. Preensão
5. Sucção
6. Retificação de marcha
7. Cutâneo-plantar Reflexo de Moro
➔ Reflexos profundos
a. de face
b. de membros superiores
c. de tronco
d. de membros inferiores
Exame Psíquico
a - Atitude do paciente:
1. Fisionomia: Triste / alegre Móvel/ Rígida ;
2. Cuidados e vestimentas;
3. Reação ao exame: compreensão, oposição ativa, oposição com mutismo 
ou reticência, indiferença. 
b. Consciência
c. Memória
e. Sensopercepção
f. Pensamento
g. Inteligência
h. Linguagem
i. Orientação no tempo e espaço;
j. Afetividade e humor;
k. Vontade;
l. Pragmatismo
Principais transtornos identificados na infância
TOD - Transtorno opositivo desafiador: 1% a 30%
(sociedade disciplinar e docilização dos corpos) 
TDAH - 5% a 20%
(campo 11% x cidade 2,7%) Brasil: 17% (6 a 15 anos) [normal x anormal; 
Dennis o pestinha]
DEPRESSÃO: Média 8,9%
Thiengo et al, 2014
Transtornos para uso de substâncias psicoativas
Prevalência: 8,3% a 31% das amostragens em metade dos estudos.
BRASIL: 14%
Presença de co-morbidades
Questões de gênero:
Masculinidade, coragem, e rituais de passagem.
Thiengo et al, 2014
Principais fatores associados
BIOLÓGICOS: Desenvolvimento, lesões, infecções, desnutrição.
GENÉTICOS: Históricos familiares
PSICOSSOCIAIS: Estresse, constituição familiar, convívio social.
AMBIENTAIS: Violências
Thiengo et al, 2014
Fatores Ambientais
Violências (violência urbana, Machismo, LGBTfobia, racismo, abusos físicos, 
psicológicos)
Lares desajustados
Thiengo et al, 2014
Questões de gênero/raça na determinação social 
de doenças
Depressão (maior em meninas ?)
Uso de substâncias psicoativas (maior em meninos ?)
Racismo
Thiengo et al, 2014
Referências 
● ASSUMPÇÃO JUNIOR, Francisco Baptista. Semiologia Em Psiquiatria Da Infância - São Paulo: Editora Casa do Psicólogo, 
2002 
● FONTANA, Antonio Matos. Manual de Clínica em Psiquiatria – São Paulo: Editora Atheneu, 2005.
● ZUARDI AW & LOUREIRO SR. Semiologia psiquiátrica. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 44-53, jan./mar. 1996.
● THIENGO, L. D., CAVALCANTE, M. T., LOVIS, G. M. Prevelência de trantornos mentais entre crianças e adolescentes e 
fatores associados: uma revisão sistemática. J. Bras. psiquiatr. Rio de janeiro. 2014

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