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1
SEGURIDADE SOCIAL: CONCEITO, PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Capítulo 1
SEGURIDADE SOCIAL: 
CONCEITO, PRINCÍPIOS 
CONSTITUCIONAIS E 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1. (FCC – TCE/SE – Analista de Controle Externo – 2011) No tocante à evolução legislativa 
da Seguridade Social no Brasil, dentre as primeiras regras de proteção, a aposentadoria 
por invalidez aos servidores públicos:
a) foi prevista inicialmente na Constituição Federal brasileira de 1946;
b) somente teve previsão constitucional na Constituição Federal brasileira de 1988;
c) teve previsão inicial em lei especial de caráter nacional publicada em 1942;
d) foi prevista inicialmente na Constituição Federal brasileira de 1891;
e) teve previsão inicial de caráter nacional na conhecida Lei Eloy Chaves.
2. (FCC – Perito Médico do INSS – 2006) – Assinale a alternativa correta.
a) O primeiro diploma a instituir um sistema previdenciário no Brasil foi a Lei Orgânica 
da Previdência Social – LOPS, de 1923, que criou a Caixa de Aposentadoria e Pensão 
dos Ferroviários.
b) O segurado da Previdência Social adquire o direito à aposentadoria no momento 
em que reúne todos os requisitos legais para a sua obtenção, inclusive o 
requerimento, conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal.
2
DIREITO PREVIDENCIÁRIO FCC
c) O objetivo constitucional da universalidade de cobertura autoriza o legislador a 
criar benefícios previdenciários independentemente de fonte de custeio.
d) O direito previdenciário não pode ser considerado ramo autônomo do direito 
porque os princípios do direito do trabalho são inteiramente aplicáveis aos 
conflitos previdenciários.
e) O salário-maternidade é um benefício previdenciário que tem seu valor 
correspondente ao salário da atividade para a segurada empregada a fim de 
impedir a discriminação na contratação de mulheres, conforme o entendimento 
do Supremo Tribunal Federal.
3. (FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2011) A Seguridade Social compreende 
um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, 
destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.
Considere os itens abaixo relacionados:
I. universalidade da cobertura e do atendimento;
II. uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e 
rurais;
III. seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV. irredutibilidade do valor dos benefícios;
V. caráter democrático e centralizado da gestão administrativa, com a participação 
da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.
Quanto aos princípios e diretrizes da Seguridade Social, estão corretos os itens:
a) I, II, III e IV, apenas;
b) I, III, IV e V, apenas;
c) I, II, IV e V, apenas;
d) II, III, IV e V, apenas;
e) I, II, III, IV e V.
4. (Perito Médico Previdenciário – 2012) A previdência social será organizada sob a 
forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados 
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atender, nos termos da lei:
I. cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II. proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III. proteção ao trabalhador em situação de desemprego voluntário;
IV. salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de alta 
renda.
3
SEGURIDADE SOCIAL: CONCEITO, PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Completam corretamente o art. 201 da Constituição Federal, nos termos da lei 
APENAS os itens:
a) I e II; 
b) I e III;
c) I, II e III;
d) I, II e IV;
e) II e IV.
5. (FCC – TCM/BA – Procurador Especial de Contas – 2011) São princípios constitucionais 
da Seguridade Social:
a) universalidade do atendimento; seletividade e distributividade na prestação dos 
benefícios e serviços e irredutibilidade do valor dos benefícios;
b) diversidade da base de financiamento; contrapartida e centralização da 
administração;
c) universalidade da cobertura; formalismo procedimental e irredutibilidade do valor 
dos benefícios e serviços;
d) uniformidade e equivalência dos benefícios às populações urbanas e rurais; 
unicidade da base de financiamento e irredutibilidade do valor dos serviços;
e) equidade na forma de participação do custeio; incapacidade contributiva e 
diversidade de atendimento.
6. (FCC – Advogado – Nossa Caixa – 2011) O princípio da universalidade da cobertura 
prevê:
a) que os benefícios são concedidos a quem deles efetivamente necessite, razão 
pela qual a Seguridade Social deve apontar os requisitos para a concessão dos 
benefícios e serviços;
b) que a proteção social deve alcançar todos os eventos cuja reparação seja premente, 
a fim de manter a subsistência de quem dela necessite;
c) que o benefício legalmente concedido pela Previdência Social não pode ter o seu 
valor nominal reduzido;
d) a participação equitativa de trabalhadores, empregadores e Poder Público no 
custeio da seguridade social;
e) que não há um único benefício ou serviço, mas vários, que serão concedidos e 
mantidos de forma seletiva, conforme a necessidade da pessoa.
16
DIREITO PREVIDENCIÁRIO FCC
43. (FCC – 2013 – Assembleia Legislativa – PB) A Seguridade Social está inserida na 
Constituição da República Federativa do Brasil como objetivo da ordem social, cabendo 
ao Poder Público organizá-la com base em alguns objetivos ou princípios. Assim sendo, a 
escolha de um plano básico compatível com a força econômico- financeira do sistema e 
as reais necessidades dos protegidos, refere-se ao objetivo ou princípio da:
a) universalidade da cobertura e atendimento; 
b) uniformidade e equivalência dos benefícios às populações urbanas e rurais;
c) seletividade na prestação dos benefícios e serviços;
d) equidade na participação do custeio;
e) diversidade na base de financiamento.
GABARITO COMENTADO DAS QUESTÕES DO CAPÍTULO 1:
Questão 1 (Cap. 1):
Gabarito: Letra “D”
COMENTÁRIOS
Vamos aproveitar os comentários dessa questão para fazer um resumo acerca do 
tema “previdência social nas Constituições Federais brasileiras”.
A primeira Constituição a trazer a expressão “aposentadoria” foi a de 1891, que 
instituiu a aposentadoria para os funcionários públicos em caso de invalidez, custeada 
integralmente pelo Estado. O art. 75 da Constituição de 1891 determinava o seguinte:
“Art. 75. A aposentadoria só poderá ser dada aos funcionários 
públicos em caso de invalidez no serviço da Nação.”
A Constituição de 1934 foi a primeira a estabelecer, em texto constitucional, a forma 
tripartite de custeio, determinando a “instituição de previdência, mediante contribuição 
igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da 
maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte” (art. 121, § 1º, h). Essa 
foi também a primeira Constituição a utilizar a expressão “previdência”. Aqui, não se 
usou o termo “previdência social”, mas apenas “previdência”.
A Constituição de 1937 teve por particularidade a utilização da expressão “seguro 
social”. Essa Constituição previu a instituição de seguros de velhice, de invalidez, de vida 
e para os casos de acidentes do trabalho. Nesse sentido, confira-se o seguinte dispositivo 
da Constituição de 1937:
Art 137. A legislação do trabalho observará, além de outros, os 
seguintes preceitos:
17
SEGURIDADE SOCIAL: CONCEITO, PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
[...]
l) assistência médica e higiênica ao trabalhador e à gestante, 
assegurado a esta, sem prejuízo do salário, um período de repouso 
antes e depois do parto;
m) a instituição de seguros de velhice, de invalidez, de vida e para os 
casos de acidentes do trabalho;
n) as associações de trabalhadores têm o dever de prestar aos 
seus associadosauxílio ou assistência, no referente às práticas 
administrativas ou judiciais relativas aos seguros de acidentes do 
trabalho e aos seguros sociais.
A Constituição de 1946 foi a primeira a utilizar a expressão “previdência social” em seu 
texto. Essa Constituição estabeleceu uma previdência, mediante contribuição da União, 
do empregador e do empregado, em favor da maternidade e contra as consequências 
da doença, da velhice, da invalidez e da morte. Nesse sentido, confira-se o seguinte 
dispositivo da Constituição de 1946: 
Art. 157. A legislação do trabalho e a da previdência social 
obedecerão nos seguintes preceitos, além de outros que visem a 
melhoria da condição dos trabalhadores:
[...] 
XIV – assistência sanitária, inclusive hospitalar e médica preventiva, 
ao trabalhador e à gestante; 
XV – assistência aos desempregados; 
XVI – previdência, mediante contribuição da União, do empregador e 
do empregado, em favor da maternidade e contra as consequências 
da doença, da velhice, da invalidez e da morte;
XVII – obrigatoriedade da instituição do seguro pelo empregador 
contra os acidentes do trabalho. 
Em 1965, a Emenda Constitucional nº 11 acrescentou à Constituição de 1946 o 
princípio da preexistência do custeio em relação ao benefício ou serviço, segundo o qual 
“nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de benefício compreendido 
na previdência social poderá ser criada, majorada ou estendida sem a correspondente 
fonte de custeio total”. Esse importante princípio da seguridade social foi repetido pelas 
Constituições posteriores.
A Constituição de 1967 acrescentou como riscos sociais a doença e o desemprego. 
Previu a criação do seguro-desemprego. Confira alguns dispositivos da Constituição de 
1967 relacionados à previdência social:
Art 158. A Constituição assegura aos trabalhadores os seguintes 
direitos, além de outros que, nos termos da lei, visem à melhoria, de 
sua condição social:
18
DIREITO PREVIDENCIÁRIO FCC
[...]
II – salário-família aos dependentes do trabalhador;
[...]
XI – descanso remunerado da gestante, antes e depois do parto, sem 
prejuízo do emprego e do salário;
[...]
XVI – previdência social, mediante contribuição da União, do 
empregador e do empregado, para seguro-desemprego, proteção 
da maternidade e, nos casos de doença, velhice, invalidez e morte;
XVII – seguro obrigatório pelo empregador contra acidentes do 
trabalho;
[...]
XX – aposentadoria para a mulher, aos trinta anos de trabalho, com 
salário integral;
[...]
§ 1º Nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de 
benefício compreendido na previdência social será criada, majorada 
ou estendida, sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 2º A parte da União no custeio dos encargos a que se refere o 
nº XVI deste artigo será atendida mediante dotação orçamentária, 
ou com o produto de contribuições de previdência arrecadadas, com 
caráter geral, na forma da lei.
Em	 1981,	 a	 Emenda	 Constitucional	 nº	 18,	 que	 alterou	 a	 CF/1967,	 concedeu	
aposentadoria privilegiada para o professor e para a professora após 30 e 25 anos de 
serviço, respectivamente.
Em	 5/10/1988,	 foi	 promulgada	 a	 atual	 Constituição	 Federal.	 Como	 novidade,	
a Constituição de 1988 destina um capítulo inteiro (arts. 194 a 204) para tratar da 
Seguridade Social, entendida como o gênero do qual são espécies a previdência social, 
a assistência social e a saúde. As contribuições sociais passaram a custear as ações do 
Estado nestas três áreas, e não mais somente no campo da Previdência Social. A primeira 
Constituição brasileira a adotar a expressão “seguridade social” foi a de 1988.
A Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1988, estabeleceu profundas 
mudanças na previdência social, dentre as quais podemos citar as seguintes:
• salário-família e auxílio-reclusão passaram a ser devidos somente aos beneficiários 
de baixa renda;
• estabeleceu novas regras para as aposentadorias dos servidores públicos;
• determinou que a lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de 
tempo de contribuição fictício;
19
SEGURIDADE SOCIAL: CONCEITO, PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• a aposentadoria por tempo de contribuição dos professores de ensino superior 
perdeu o privilégio de cinco anos a menos no tempo de contribuição, passando a 
obedecer à regra geral (35 para homem, 30 para mulher);
• permitiu que a cobertura do risco de acidente do trabalho seja atendida 
concorrentemente pelo RGPS e pelo setor privado, o que depende de 
regulamentação mediante lei ordinária;
• a aposentadoria proporcional foi extinta para quem começou a trabalhar a partir 
da data da publicação da emenda.
A Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, publicada no Diário 
Oficial	 da	 União	 no	 dia	 31/12/2003,	 promoveu	 profundas	 mudanças	 nas	 regras	 dos	
Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS (previdência dos servidores públicos 
ocupante de cargo efetivo). Destaco as seguintes mudanças:
• determinou a incidência de contribuição sobre os proventos de aposentadorias e 
pensões concedidas pelo RPPS que superem o limite máximo estabelecido para 
os benefícios do RGPS, com percentual igual ao estabelecido para os servidores 
titulares de cargos efetivos;
• alterou a forma de cálculo da pensão por morte, que passou a ser igual: (I) ao valor 
da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido 
para os benefícios do RGPS, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite, 
caso aposentado à data do óbito; ou (II) ao valor da totalidade da remuneração 
do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do RPS, acrescido de 70% da parcela excedente a 
este limite, caso em atividade na data do óbito;
• excluiu do texto constitucional a paridade entre ativos e inativos. A paridade 
assegurava que os proventos de aposentadoria e pensão por morte fossem 
reajustados na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificasse a 
remuneração dos servidores em atividade;
• fim da integralidade dos proventos de aposentadoria para servidores que 
ingressarem	no	serviço	público	a	partir	vigência	da	EC	nº	41/2003.	No	cálculo	da	
aposentadoria desses servidores titulares de cargo efetivo, amparados por RPPS, 
será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas 
como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que 
esteve vinculado, correspondentes a 80% de todo o período contributivo desde 
a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior 
àquela competência.
A Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, modificou algumas regras 
de	 transição	 que	 tinham	 sido	 estabelecidas	 pela	 Emenda	 Constitucional	 nº	 41/2003.	
Essa emenda, entre outras coisas, também modificou a contribuição dos aposentados 
e pensionistas dos regimes próprios de previdência, nos casos em que o beneficiário, na 
20
DIREITO PREVIDENCIÁRIO FCC
forma da lei, for portador de doença incapacitante. Para estes, a contribuição incidirá 
apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o 
dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.
Em relação ao RGPS, uma das principais alterações da Emenda Constitucional 
nº 47/2005	foi	permitir	que	a	lei	crie	um	sistema	especial	de	inclusão	previdenciária	para	
atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem 
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que 
pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual 
a um salário-mínimo (CF, art. 201, § 12). Esse sistema especial de inclusão previdenciária 
terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demaissegurados do Regime 
Geral de Previdência Social.
Questão 2 (Cap. 1):
Gabarito: Letra “E”
COMENTÁRIOS
Alternativa A – A doutrina majoritária considera como marco inicial da Previdência Social 
brasileira	a	Lei	Eloy	Chaves	(Decreto	Legislativo	nº	4.682,	de	24/1/1923).	Esta	Lei	instituiu	
as Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs) para os ferroviários. Assegurava, para esses 
trabalhadores, os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária 
(equivalente à atual aposentadoria por tempo de contribuição), pensão por morte e 
assistência médica. Os beneficiários eram os empregados e diaristas que executavam 
serviços de caráter permanente nas empresas de estrada de ferro existentes no País. 
Os regimes das CAPs eram organizados por empresa. Na década de 1920, do século 
passado, as CAPs ganharam popularidade e proliferaram-se, chegando ao número de 
183 (cento e oitenta e três). A primeira empresa a criar uma caixa de aposentadoria e 
pensões foi a Great Western do Brasil. 
Atualmente, comemora-se o aniversário da Previdência Social brasileira no dia 24 de 
janeiro, em alusão à Lei Eloy Chaves (que é de 24 de janeiro de 1923).
Antes	 da	 Lei	 Eloy	 Chaves,	 já	 havia	 o	 Decreto	 Legislativo	 nº	 3.724/19,	 sobre	 o	
seguro obrigatório de acidente do trabalho. Já havia também algumas leis concedendo 
aposentadoria para algumas categorias de trabalhadores (professores, empregados dos 
Correios, servidores públicos etc.). Embora a doutrina considere a Lei Eloy Chaves como 
marco inicial da previdência brasileira, não é correto afirmar que ela seja o primeiro 
diploma legal sobre Previdência Social. A Lei Eloy Chaves ficou conhecida como marco 
inicial da Previdência Social brasileira devido ao desenvolvimento e à estrutura que a 
previdência passou a ter depois do seu advento. 
É comum em provas de concursos aparecer alguma questão acerca da Lei Eloy Chaves. 
Mas tenham cuidado: se a questão afirmar que antes dessa lei não existia nenhuma legislação 
em matéria previdenciária no Brasil, você deve considerar a questão como ERRADA.
21
SEGURIDADE SOCIAL: CONCEITO, PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O enunciado da alternativa A, ora comentada, afirma que a Lei Orgânica da 
Previdência Social (LOPS) criou a Caixa de Aposentadoria e Pensão dos Ferroviários. Isso 
não é verdade. A Caixa de Aposentadoria e Pensão dos Ferroviários foi criada pela Lei 
Eloy	Chaves	(Decreto	Legislativo	nº	4.682,	de	24/1/1923).	
Em 1960, a Lei nº 3.807, Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), padronizou o sistema 
assistencial, estabelecendo regras uniformes para o amparo a segurados e dependentes 
dos vários institutos então existentes. A LOPS também criou novos benefícios como o 
auxílio-natalidade, auxílio-funeral e auxílio-reclusão.
Alternativa B – De acordo com o art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, “a lei não 
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
Assim, se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria, nas condições 
legalmente previstas na data do cumprimento de todos os requisitos necessários 
à obtenção do benefício, ao segurado que, tendo completado 35 anos de serviço, se 
homem,	ou	trinta	anos,	se	mulher,	optou	por	permanecer	em	atividade	(Lei	nº	8.213/91,	
art. 122).
No mesmo sentido, a perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à 
aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo 
a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos (Lei nº 8.213/91,	
art. 102, § 1º). 
Para começar a receber os proventos da aposentadoria, é necessário que o segurado 
faça o seu requerimento. Mas para adquirir o direito à aposentadoria, basta que o 
segurado reúna todos os requisitos legais para a sua concessão. Uma lei posterior, que 
modifique os requisitos para a concessão do benefício, não prejudicará o seu direito 
adquirido. 
Alternativa C – De acordo com o § 5º do art. 195 da Constituição Federal, “nenhum 
benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem 
a correspondente fonte de custeio total”.
Alternativa D – Do ponto de vista científico, não se deve falar em autonomia de nenhum 
ramo do Direito, que é uno. Didaticamente, porém, é conveniente dividir-se o Direito em 
ramos, com o objetivo de facilitar o estudo.1
A questão da autonomia deste ou daquele ramo do Direito costuma ser colocada 
em torno de reais ou supostas especificidades ou propriedades de um dado conjunto de 
normas jurídicas, que possam distingui-lo dos demais setores do Direito.2
1 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 21ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002. p. 54.
2 AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 6.
22
DIREITO PREVIDENCIÁRIO FCC
Em relação à autonomia do Direito Previdenciário, há duas teorias: a primeira afirma 
que a previdência social encontra-se no âmbito do Direito do Trabalho; a segunda 
sustenta a autonomia didática deste ramo do Direito.
Todavia, o entendimento dominante é que há autonomia do Direito Previdenciário, 
mostrando que esse ramo do Direito não se confunde com o Direito do Trabalho.
A Constituição de 1988 acaba com tal celeuma, ao estatuir um capítulo próprio 
para a seguridade social, no qual constam várias disposições sobre seguridade social, 
abrangendo a previdência social, a assistência social e a saúde, tornando-o totalmente 
desvinculado do Direito do Trabalho, que teve suas disposições incluídas no Capítulo II 
(“Dos Direitos Sociais”) do Título II (“Dos Direitos e Garantias Fundamentais”), no art. 7º.
Conclui-se, portanto, que o Direito Previdenciário é reconhecido como ramo 
autônomo do Direito, relativamente às outras áreas da ciência jurídica, em razão de 
possuir um objeto próprio de estudo e princípios e conceitos particulares, diversos dos 
que informam outros ramos do Direito. Possui ainda normas específicas sobre seu objeto, 
destacando-se as Leis nos	8.212/91	e	8.213/91.
Alternativa E – O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa 
consistirá	numa	renda	mensal	igual	à	sua	remuneração	integral	(Lei	nº	8.213/91,	art.	72,	
caput).
O inciso XX do art. 7º da Constituição assegura a “proteção do mercado de trabalho 
da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei”. O objetivo deste 
dispositivo constitucional é que homens e mulheres tenham as mesmas possibilidades 
de trabalho, sem que haja nenhuma discriminação em relação à mulher. Para tanto a 
lei ordinária deve conceder incentivos específicos visando à proteção do mercado de 
trabalho da mulher.
Um dos incentivos já existentes é o de que o salário-maternidade é assumido pela 
Previdência Social, e não pelo empregador. O salário-maternidade é um benefício 
previdenciário, sendo, por isso, um encargo financeiro da Previdência Social. Assim, 
quando se trata de segurada empregada, o salário-maternidade é pago pela empresa, 
mas esta tem o direito de reembolsar-se do valor despendido, efetuando a compensação 
quando do recolhimento de suas contribuições previdenciárias (Lei nº 8.213/91,	
art. 72, § 1º).
Inicialmente, era o empregador quem assumia o pagamento do salário referente ao 
período em que a gestante ficava afastada para dar à luz. Em consequência, a contratação 
era mais escassa, pois o empregador não se interessava em ter esse encargo. Somente 
com	a	edição	da	Lei	nº	6.136,	de	7/11/74,	é	que	o	salário-maternidade	passou	a	ser	uma	
prestação previdenciária, desonerando-se o empregador desta obrigação financeira.
O salário-maternidade tem, portanto, evidente fim social, uma vez que desonera os 
custos que o afastamento remunerado da empregada acarretaria para o empregador. 
Visa, portanto, à proteção da mulher e à redução das desigualdades.
23
SEGURIDADE SOCIAL: CONCEITO, PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAISE EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Questão 3 (Cap. 1):
Gabarito: Letra “A”
COMENTÁRIOS
Item I – “Universalidade da cobertura e do atendimento” é um dos princípios da seguridade 
social (CF, art. 194, parágrafo único, I). Por universalidade da cobertura entende-se 
que a proteção social deve alcançar todos os riscos sociais que possam gerar o estado 
de necessidade. Riscos sociais são os infortúnios da vida (doenças, acidentes, velhice, 
invalidez etc.), aos quais qualquer pessoa está sujeita. A universalidade do atendimento 
tem por objetivo tornar a seguridade social acessível a todas as pessoas residentes no 
país, inclusive estrangeiras.
Item II – “Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas 
e rurais” também é um princípio constitucional da seguridade social (CF, art. 194, 
parágrafo único, II). A uniformidade diz respeito às contingências que irão ser cobertas. 
A equivalência refere-se ao aspecto pecuniário dos benefícios ou à qualidade dos 
serviços, que não serão necessariamente iguais, mas equivalentes. Quando se fala em 
uniformidade, equivale dizer, portanto, que as mesmas contingências (morte, velhice, 
maternidade etc.) serão cobertas tanto para os trabalhadores urbanos como para os 
rurais. Como exemplo de equivalência, o valor mensal dos benefícios previdenciários que 
substituam o rendimento do trabalho do segurado (urbano ou rural) nunca será inferior 
a um salário-mínimo (CF, art. 201, § 2º).
Item III – Outro princípio da seguridade social é a “seletividade e distributividade na 
prestação dos benefícios e serviços” (CF, art. 194, parágrafo único, III). A seletividade atua 
na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios e serviços a serem 
mantidos pela seguridade social, enquanto a distributividade direciona a atuação do 
sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteção.3
Item IV – “Irredutibilidade do valor dos benefícios” também é um princípio da seguridade 
social (CF, art. 194, parágrafo único, IV). Esse princípio assegura que o benefício 
legalmente concedido – pela Previdência Social ou pela Assistência Social – não tenha 
seu valor nominal reduzido.4 Assim, uma vez definido o valor do benefício, este não pode 
ser reduzido nominalmente, salvo se houve erro na sua concessão.
3 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 87.
4 CASTRO, Carlos Alberto Pereira de e LAZZARI, João Batista. Manual de Direito Previdenciário. 9ª ed. São 
Paulo: LTr, 2008, p. 101.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO FCC
Item V – Dentre os princípios constitucionais da seguridade social também se encontra o 
“caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo 
nos órgãos colegiados” (CF, art. 194, parágrafo único, VII). De acordo com este princípio, a 
gestão dos recursos, programas, planos, serviços e ações, nas três áreas da seguridade social, 
em todas as esferas de poder, deve ser realizada mediante discussão com a sociedade. 
Podemos citar como exemplo da materialização desse princípio a criação do Conselho 
Nacional	de	Previdência	Social	(Lei	nº	8.213/91,	art.	3º);	do	Conselho	Nacional	de	Assistência	
Social (Lei nº	8.742/93,	art.	17);	e	do	Conselho	Nacional	de	Saúde	(Lei nº 8.080/90).
O item V, ora comentado, está errado, pois o caráter da administração da seguridade 
social não é “centralizado”, mas descentralizado.
Questão 4 (Cap. 1):
Gabarito: Letra “A”
COMENTÁRIOS
De acordo com art. 201 da Constituição Federal, a Previdência Social atenderá, nos 
termos da lei, a:
I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade 
avançada;
II – proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego 
involuntário;
IV – salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos 
segurados de baixa renda;
V – pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge 
ou companheiro e dependentes.
Itens I e II – Estão corretos, pois correspondem, literalmente, aos incisos I e II do art. 201 
da Constituição Federal.
Item III – Está errado, pois a proteção de que trata o art. 201, III, da Constituição Federal 
é para o trabalhador em situação de desemprego involuntário, e não para o que está em 
situação de desemprego voluntário.
Item IV – Está errado, pois o salário-família e o auxílio-reclusão são para os beneficiários 
de baixa renda. Os de alta renda não têm direito a tais benefícios.
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SEGURIDADE SOCIAL: CONCEITO, PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Questão 5 (Cap. 1):
Gabarito: Letra “A”
COMENTÁRIOS
Alternativa A – Como visto nos comentários da questão anterior, universalidade do 
atendimento; seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços e 
irredutibilidade do valor dos benefícios são princípios constitucionais da seguridade social.
Alternativa B – “Diversidade da base de financiamento” é um dos princípios constitucionais 
da seguridade social (CF, art. 194, parágrafo único, VI). A seguridade social tem diversas 
fontes de custeio; assim, há maior segurança para o sistema; em caso de dificuldade na 
arrecadação de determinadas contribuições, haverá outras para lhes suprir a falta.
A alternativa B, ora comentada, está errada, pois “contrapartida e centralização da 
administração” não são princípios da seguridade social. 
Alternativa C – “Formalismo procedimental” não é princípio da seguridade social.
Alternativa D – “Unicidade da base de financiamento” não é princípio da seguridade 
social. Como visto no comentário da alternativa B, um dos princípios da seguridade social 
é a “diversidade da base de financiamento” (CF, art. 194, parágrafo único, VI).
Alternativa E – “Equidade na forma de participação do custeio” é um dos princípios 
constitucionais da seguridade social (CF, art. 194, parágrafo único, V). Esse princípio é 
um	desdobramento	 do	 princípio	 da	 igualdade	 (CF/88,	 art.	 5º)	 que	 consiste	 em	 tratar	
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades. 
Tratar com igualdade os desiguais seria aprofundar as desigualdades; não é esse o objetivo 
da seguridade social. Em relação ao custeio da seguridade social, podemos resumi-lo com 
a seguinte frase: “quem pode mais paga mais; que pode menos paga menos”.
A alternativa E, ora comentada, está errada, pois “incapacidade contributiva e diversidade 
de atendimento” não são princípios da seguridade social. 
Questão 6 (Cap. 1):
Gabarito: Letra “B”
COMENTÁRIOS
Alternativa A – Esse enunciado refere-se ao princípio da “seletividade e distributividade 
na prestação dos benefícios e serviços” (CF, art. 194, parágrafo único, III).

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