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CONTABILIDADE DE ENTIDADES DE INTERESSE SOCIAL - 5

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CONTABILIDADE PARA 
ENTIDADES DE INTERESSE 
SOCIAL 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Edicreia Andrade dos Santos 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Cumprir sua finalidade e captar recursos visando à sustentabilidade 
econômica são os principais objetivos de uma organização de interesse social. 
Para isso, a instituição precisa conduzir de maneira consciente sua gestão e 
estipular um sistema de controle interno eficiente (CAZUMBÁ, 2014). 
O controle desempenha papel fundamental para o acompanhamento de 
todas as ações que estão sendo desenvolvidas e o controle dos custos dos 
produtos e/ou serviços, visando ao melhor aproveitamento de seus recursos. 
Isso possibilita a comparação entre o que era esperado e o que efetivamente 
aconteceu (CAZUMBÁ, 2014). 
O objetivo da presente aula refere-se à explanação dos custos das 
entidades de interesse social e seus métodos de acumulação, o controle interno 
das atividades das organizações que compõem o Terceiro Setor, além da 
manutenção da sustentabilidade de suas ações. 
 
Assista ao vídeo 
Controle Social, Controle de Orçamento e Uso de Recursos como Papel 
Social da ONG. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=M2zEEP72of8>. 
CONTEXTUALIZANDO 
A globalização afetou tanto a economia como a sociedade, diminuindo as 
distâncias e promovendo a união de negócios e culturas. No entanto, o 
desenvolvimento trazido não é usufruído por todas as pessoas, cabendo ao 
Terceiro Setor a busca pela resolução dos problemas sociais resultantes dessa 
integração (MAZON; STORTI, 2011). 
Apesar da representatividade, grande parte das instituições de interesse 
social apresenta problemas de gestão. Tais problemas são resultado da 
escassez de recursos, alta demanda de serviços e falta de experiência de gestão 
da diretoria (MARTINS; PEDROSA NETO; ARAUJO, 2007). 
Mesmo não visando ao lucro e tendo particularidades que a diferenciam 
dos demais setores, as instituições do Terceiro Setor precisam utilizar 
ferramentas gerencias que contribuam para a manutenção de sua continuidade, 
proporcionem transparência a suas ações e monitorem o impacto de suas 
 
 
3 
atividades (MAZON; STORTI, 2011; SILVA; COSTA, GÓMEZ, 2011). Diante 
disso, a contabilidade tem papel de relevância, pois possibilita a criação de um 
sistema de informações útil (PORTAL CLASSE CONTÁBIL, 2008). 
A contabilidade é um grande sistema de informações que auxilia os 
gestores na tomada de decisão. Uma das ferramentas que contribuem para que 
os gestores tenham informações tempestivas e relevantes no momento em que 
efetuam essas escolhas é a gestão estratégica de custos (MARTINS; PEDROSA 
NETO; ARAUJO, 2007). 
As organizações do Terceiro Setor podem fazer uso da gestão estratégica 
de custos como forma gerir de maneira racional seus recursos – mensurando de 
modo mais preciso o custo de seus serviços e identificando a melhor maneira de 
realizar seus processos e tarefas (MARTINS; PEDROSA NETO; ARAUJO, 
2007). 
As principais decisões estratégicas afetam a quantidade e o valor das 
mercadorias e serviços produzidos. Dessa forma, além do custo, é preciso estar 
atento aos sistemas de acumulação de custos. Com base em suas 
características, a organização pode definir e adotar o método que melhor se 
adeque às suas necessidades informacionais. No entanto, a escolha de 
determinado método de acumulação também deve levar em consideração 
fatores institucionais (SCARPIN; SANTOS, 2012). 
Além dos custos e dos métodos de acumulação, o controle interno das 
ações das instituições do Terceiro Setor é imprescindível para o cumprimento de 
metas e o aumento da eficácia dos processos (SCARPIN; SANTOS, 2012). Além 
disso, a sustentabilidade também deve ser incorporada às práticas de gestão, já 
que a finalidade dessas instituições está ligada à execução de ações em prol 
não apenas da sociedade, mas do meio ambiente em que a comunidade está 
inserida (SILVA; COSTA; GÓMEZ, 2011). 
Nas próximas rotas serão apresentadas a gestão, os métodos e a 
estrutura dos custos das entidades de Terceiro Setor, o controle interno das 
operações destas instituições e as ações para a manutenção de um 
funcionamento sustentável. 
TEMA 1 – CUSTOS NA ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR 
De acordo com Martins (2000), os custos podem ser conceituados como 
os sacrifícios financeiros que a entidade arca durante a utilização dos fatores de 
 
 
4 
produção, para fabricar um produto ou para prestar um serviço. Ou seja, a 
matéria-prima gasta na confecção das mercadorias, a mão de obra empregada, 
o transporte etc. (CARVALHO; PACHECO, 2014). 
A criação e o uso da terminologia de custos são procedentes das 
indústrias, no entanto, o conceito também se encaixa às organizações que 
prestam serviços, já que, apesar de não terem estoques, geram um serviço que 
pode ser mensurado (mesmo que com maior dificuldade) e consumido 
(CARVALHO; PACHECO, 2014). 
Existem muitos desafios a serem superados pelas organizações 
prestadoras de serviços. Mesmo após um grande progresso da contabilidade 
gerencial e de custos em relação a esse tipo de organização, ainda existem 
inúmeras dificuldades para alocar os custos às divisões internas dessas 
entidades. Em empresas do Terceiro Setor, o desafio é ainda maior 
(CARVALHO; PACHECO, 2014). 
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2015), a principal 
norma contábil que se aplica às entidades do Terceiro Setor é a Interpretação 
Técnica Geral, Entidade sem Finalidade de Lucros (ITG-2002), aprovada pela 
Resolução CFC nº 1.409, de 21 de setembro de 2012 (A Norma Brasileira de 
Contabilidade TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas e as 
normas IFRS nos aspectos não contemplados pela ITG 2002 também fornecem 
informações no que tange as instituições do Terceiro Setor) (CARVALHO; 
PACHECO, 2014). Um dos principais aspectos destacados é: 
As receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio, parceria, 
auxílio e subvenção por meio de convênio, editais, contratos, termos 
de parceira e outros instrumentos, para aplicação específica, mediante 
constituição, ou não, de fundos, e as respectivas despesas devem ser 
registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas 
das demais contas da entidade. (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2015) 
Um bom gerenciamento dessas receitas, independente da fonte, é 
essencial para a captação e gestão de novos recursos, além de contribuir para 
a manutenção e continuidade da instituição. Atualmente, uma das principais 
dificuldades das organizações de interesse social é a obtenção de informações 
de custos que sejam relevantes e cada vez mais detalhadas e aprimoradas 
(LIMONGI; IMETON; LAFFIN, 2007). 
A gestão de custos é uma ferramenta que pode colaborar para a tomada 
de decisão em entidades sem fins lucrativos. Ela pode auxiliar os gestores na 
 
 
5 
captação e melhor uso dos recursos aplicados nos projetos, na prestação de 
contas, gerenciamento dos custos e despesas despendidos na prestação de 
serviços, como também para atender da melhor maneira às exigências dos 
financiadores (LIMONGI; IMETON; LAFFIN, 2007; BURIN, 2008). 
As instituições do Terceiro Setor têm a necessidade de buscar a 
profissionalização e o aprendizado no que tange o gerenciamento de seus 
custos. Para isso, fazem uso da contabilidade de custos e das informações por 
ela geradas em todas as etapas de suas operações, no planejamento, na 
execução e no controle das atividades organizacionais (LIMONGI; IMETON; 
LAFFIN, 2007). 
As informações obtidas junto à contabilidade de custos, desde que sejam 
diferenciadas e que levem em consideração as particularidades dasorganizações voltadas para o interesse social, podem auxiliar os gestores a 
tomar as decisões necessárias na organização. Visando facilitar esse processo, 
faz-se necessário o uso de sistemas de custeamento (LIMONGI; IMETON; 
LAFFIN, 2007). 
De acordo com Luz e De Rocchi (1998), o conhecimento e a correta 
interpretação dos custos decorrentes das operações contribuem para o 
funcionamento racional de instituições, como as de interesse social. A seleção 
dos sistemas e os critérios de análise dos custos adequados são de grande 
importância para uma correta orientação dos processos de gestão (LIMONGI; 
IMETON; LAFFIN, 2007). 
A gestão de custos pode contribuir para o processo de gestão e tomada 
de decisão, possibilitando assim o melhor aproveitamento dos recursos que a 
entidade tem. No próximo tema serão abordados os métodos de acumulação de 
custos para entidades do Terceiro Setor. 
TEMA 2 – MÉTODOS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS 
A estrutura do sistema de custos de qualquer entidade apresenta três 
elementos: sistema de acumulação de custos, sistemas de custeio e 
modalidades de custeio. Dentre os três componentes, o primeiro passo que a 
organização deve tomar é a escolha do sistema de acumulação de custos, já 
que este, posteriormente, irá influenciar a decisão quanto ao sistema ou à 
modalidade de custeio (PORTAL DA CONTABILIDADE, 2015). 
 
 
6 
De acordo com Borinelli, Guerreiro e Beuren (2001), o sistema de 
acumulação de custos “possui a função de acumular os custos de uma maneira 
organizada, considerando-se o modo como a empresa opera, as decisões que 
precisa tomar e ainda seus objetos de custos”. Ele é um sistema contábil que 
indica o caminho para a coleta, o processamento e a saída das informações para 
o custeamento dos produtos (BORINELLI; GUERREIRO; BEUREN, 2001). No 
Quadro 1 são destacados exemplos de objetos de custos: 
Quadro 1: Objetos de custos 
Objeto de custo Exemplos de decisões 
Produto Análise de lucratividade, definição de mix de produção e venda, 
definição sobre corte de produto de determinada linha, etc. 
Departamento Eficiência departamental, análise de desempenho, reestruturação, etc. 
Cliente Análise de rentabilidade, priorização de atendimento, etc. 
Atividade Atividades que agregam valor, redução de custos por meio da 
eliminação de atividades, alterações na forma de realização de 
atividades, etc. 
Projeto Manutenção ou não de determinado projeto etc. 
Programa Viabilidade de implementação e manutenção de um programa, etc. 
Fonte: Borinelli, Guerreiro e Beuren (2001) 
Com base no Quadro 1, é possível auferir que a escolha de um sistema 
de acumulação de custos é baseada na definição do objeto de custo e na forma 
como as operações são executadas (BORINELLI; GUERREIRO; BEUREN, 
2001) 
A determinação do modelo de acumulação de custos leva em 
consideração as características da organização. O sistema que for escolhido 
deve refletir a forma como a empresa trabalha para gerar riqueza. No caso das 
organizações de interesse social, como elas estão aplicando os recursos que 
têm. Ele é resultado das decisões referentes ao modo de organização (sistema 
organizacional e modelo de decisão) e às variáveis físicas do negócio (sistema 
operacional) (CATELLI, 2001). 
É importante destacar que o sistema de acumulação de custos preocupa-
se em acumular os gastos decorrentes da produção. Em casos de mudanças 
significativas nas operações, serão necessárias mudanças no sistema de custos, 
já que os sistemas de acumulação derivam do modelo de operações escolhidos 
pela instituição (HORNGREN; FOSTER; DATAR, 2000). 
 
 
7 
A princípio existem dois métodos de acumulação de custos: o custeio por 
ordem de fabricação e o sistema de custeio por processo. Devido às demandas 
organizacionais, foi criado um terceiro sistema que incorpora aspectos dos dois 
primeiros modelos, o custeio híbrido. 
De acordo com Maher (2001) “o custeio por ordem de fabricação é um 
sistema contábil que acompanha os custos de unidades individuais do produto, 
ou de trabalhos, contratos ou lotes de produtos específicos”. Ele é utilizado por 
organizações que trabalham com a produção de diferentes produtos. Já o 
sistema de custeio por processo atribui os custos de forma igualitária a unidades 
homogêneas, em determinado período de tempo. Ele é usado em organizações 
que têm o processo de produção em fluxo contínuo (MAHER, 2001). 
A principal diferença entre os dois processos de acumulação é que, 
enquanto o sistema de custeio por processo consiste na elaboração de um 
mesmo produto de forma contínua por um longo período, o custeio por ordem 
trabalha com um horizonte de tempo menor e com uma maior diferenciação de 
produtos (MARTINS, 2001). 
Existe ainda um terceiro modelo de acumulação de custos que abrange 
características dos dois primeiros métodos: o sistema de custeio híbrido. Este 
sistema é utilizado na fabricação de produtos que têm características comuns e 
algumas características individuais, ou seja, é um método de padronização de 
operações (MAHER, 2001). 
Após a definição do sistema de acumulação de custo, o próximo passo 
consiste na escolha do sistema de custeio. Essas escolhas podem ser 
classificadas em: 
 Custo para controle 
O controle por meio dos custos envolve normalmente a adoção de 
métodos e procedimentos básicos, tais como: 
a. Adoção do custo-padrão (representa a adoção de medidas físicas e 
monetárias, relativas a elementos de receita e ao custo dos eventos, 
e atividades adequadamente mensuradas, que deveriam ser atingidos 
com base em condições preestabelecidas. Permite o controle pela 
análise das variações de preços e quantidades entre o custo-padrão e 
o custo real). 
b. Adoção do conceito de custo-meta (para se atingir o custo-meta, parte-
se do preço de venda, deduz-se a margem mínima que a empresa 
 
 
8 
quer obter, assim como os custos financeiros de financiamento da 
produção, obtendo-se o valor máximo que pode custar internamente o 
produto). 
c. Elaboração de relatórios gerenciais de acompanhamento dos diversos 
tipos de gastos, tanto em relação ao padrão como em relação aos 
gastos orçados em períodos anteriores, etc. 
Fonte: 
<http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/Contabilidade_geral_e_gerencial/aula_07-
6730/pdf/02.pdf>. 
 Custo para decisão 
Envolve modelos decisórios gerais específicos para tomada de decisão, 
tanto de caráter genérico como para temas pontuais. 
Fonte: 
<http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/Contabilidade_geral_e_gerencial/aula_07-
6730/pdf/02.pdf>. 
 Custos para avaliação de desempenho 
Utilizado como complemento da utilização de custos para a tomada de 
decisão, a apuração do custo dos produtos é usado para avaliar o desempenho 
dos gestores. Compreende: 
a. Análise de rentabilidade dos produtos; 
b. Análise do ciclo de vida dos produtos; 
c. Análise de retorno dos investimentos, etc. 
Fonte: 
<http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/Contabilidade_geral_e_gerencial/aula_07-
6730/pdf/02.pdf>. 
A definição do sistema de custeio dentre as opções apresentadas 
depende do tipo de informação e do controle que a organização deseja obter 
(VIRTUAL UFC, 2016). Após a apresentação dos custos e os métodos para a 
sua acumulação, no próximo tema abordaremos o controle interno das 
instituições que compõem o Terceiro Setor. 
TEMA 3 – CONTROLE INTERNO DAS ATIVIDADES DO TERCEIRO SETOR 
Todas as instituições precisam ter um bom nível de organização para 
funcionarem com eficiência e eficácia. Seja uma instituição do Primeiro ou 
 
 
9 
Segundo Setor ou até mesmo instituições de interesse social precisamter 
processos estruturados de maneira correta, a fim de evitar complicações em 
suas operações (MATOS, 2010). 
A utilização de sistemas de controle, além contribuir para a gestão da 
organização, também funciona como um instrumento de prevenção de fraudes. 
Não existem instituições sem o controle interno; existem organizações que não 
têm esses processos estruturados, dando margem à existência de sistemas 
pouco confiáveis (MATOS, 2010). 
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2015), um bom 
sistema de controle interno proporciona aos gestores da organização as 
diretrizes necessárias para realizar e conduzir os trabalhos de auditoria, visando 
à avaliação do processo de gestão. Além disso, visa contribuir para a diminuição 
das limitações referentes à eficácia de qualquer meio de controle, levando em 
consideração a possibilidade de ocorrerem falhas humanas, no que tange as 
interpretações errôneas de instruções, negligência, conluio etc. Segundo o 
Conselho Federal de Contabilidade (2015), ao falar da relevância dos sistemas 
de controle interno de uma organização, é importante destacar as vantagens e 
desvantagens de sua utilização. A seguir, são destacados os aspectos do 
controle interno (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015): 
a. Relação custo/benefício: a relação custo/benefício consiste na redução 
de riscos e falhas em relação ao cumprimento de metas e objetivos. Os 
custos do controle interno nunca devem ultrapassar os benefícios que ele 
possa trazer. É importante destacar que é difícil mensurar as vantagens 
que a implantação de um controle interno possa proporcionar, antes de 
sua efetiva implantação, sendo necessária nesses casos a utilização do 
julgamento dos gestores responsáveis (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2015). 
b. Definição de responsabilidades e autoridade: o que deve ou não ser 
feito pelos colaboradores dentro de uma organização deve ser fixado e 
limitado de forma específica por meio da atribuição de suas funções. A 
delineação de funções ou atividades de forma informal, ou por meio de 
um organograma com definições claras de autoridades responsáveis, 
deve ser definida em manuais de procedimentos, já que estes possibilitam 
a eficiência do sistema e impedem falhas (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2015). 
 
 
10 
c. Segregação de funções: a melhor forma de evitar que fraudes, erros e 
irregularidades ocorram é a criação de métodos que impeçam a criação 
de oportunidades. Visando impedir que pessoas estejam em posição de 
praticar ações de ocultação ou dissimulação, deve existir a segregação 
de funções. O controle interno deve segregar as funções de forma que, 
em nenhuma situação, uma única pessoa tenha total controle da 
aprovação das operações e sua execução e controle (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015). 
d. Acesso aos ativos: visando à segurança da organização, seus ativos 
devem ter seu acesso direto (físico) e indireto (preparação ou 
processamento de documentos que autorizem sua disposição) limitados 
a pessoas autorizadas, tendo em vista o controle de suas operações. A 
determinação de quem tem acesso e autorização aos ativos depende da 
sua natureza e de sua suscetibilidade a perdas por meio de erros e 
irregularidades. Já no caso da limitação ao acesso indireto, requer o uso 
do procedimento de segregação de funções (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2015). 
e. Estabelecimento de comprovações e provas independentes: no 
decorrer da realização de uma atividade, devem estar previstos os 
processos de comprovações rotineiras e obtenção de maneira autônoma 
de informações de controle. Os registros preparados com essa finalidade 
constituem bons meios de controle quando produzidos por um sistema 
apropriado que permita assegurar a veracidade das informações por meio 
de registros produzidos por fontes independentes, que possam ser 
comparados e conciliados. As divergências encontradas na conciliação 
representam falhas nos registros de transação (CONSELHO FEDERAL 
DE CONTABILIDADE, 2015). 
f. Métodos de processamento de dados: os métodos de processamento 
de dados, que podem ser manuais, mecânicos ou eletrônicos, 
asseguraram o cumprimento dos objetivos e melhoram a eficácia da 
organização. Embora ainda exista a possibilidade de ocorrerem erros, tais 
métodos incentivam a divisão de trabalho, reforçando o controle interno 
(CONTÁBEIS, 2015). 
g. Pessoal: no departamento pessoal, é comum o aparecimento de falhas 
ou erros na confecção das folhas de pagamento. Visando ao impedimento 
 
 
11 
de possíveis alterações, são necessárias a averiguação dos lançamentos 
e a conferência do número de funcionários, dos valores recolhidos com o 
pagamento de impostos etc. (SAVARIS, 2012). 
A utilização do controle interno pode contribuir para a captação de 
recursos, a gestão da organização de forma geral, além da elaboração da 
prestação de contas. O controle permite o acompanhamento permanente das 
atividades desenvolvidas e a verificação dos resultados obtidos diante dos 
objetivos previamente estabelecidos. 
Os controles internos envolvem todo plano de uma instituição, o conjunto 
de procedimentos, métodos ou rotinas, independente do setor de atuação. Os 
controles internos são adotados para a proteção do patrimônio, verificação dos 
registros contábeis, além da contribuição para encorajar os objetivos 
estabelecidos pela administração, impedindo fraudes e erros, promovendo a 
melhoria da eficácia operacional. Após tratar da conceituação e caracterização 
dos controles internos, no próximo item serão abordados os tipos de controle 
interno existentes. 
TEMA 4 – TIPOS DE CONTROLE INTERNO 
O controle interno tem funções que vão além da prevenção de fraudes, 
como o apoio ao processo de gestão e a contribuição informativa ao processo 
de decisão (RIBEIRO, TIMÓTEO, 2012). Não existe apenas um tipo de controle 
interno. A seguir são destacados os tipos mais comuns: 
Quadro 2: Tipos de controle 
Tipo Conceito 
Controle de estoques O controle de estoque representa o fluxo de entrada e saída 
de mercadorias, matéria-prima, matérias de consumo etc. Seu 
uso permite saber o período de permanência das mercadorias 
na organização para saber quando e quanto repor. 
Controle do imobilizado O ativo imobilizado é formado por bens que auxiliam a 
organização no cumprimento de suas atividades e são 
compostos por máquinas, equipamentos, imóveis em uso, 
ferramentas, móveis e utensílios, instalações, veículos etc. 
Seu controle é feito por meio do controle de bens patrimoniais, 
levando em consideração as informações de cada um desses 
bens, como: valor de aquisição ou de avaliação, sua 
 
 
12 
localização, além de outras especificações e descrições que 
sejam relevantes. 
Além disso, é importante destacar que o controle de 
imobilizado é obrigatório, independente da forma da 
tributação. 
Controle de contas a pagar O controle de contas a pagar é um dos controles mais simples. 
Ele consiste no dinheiro que a organização deve em 
obrigações. 
Estão incluídos dívidas com fornecedores, impostos, além de 
outras saídas provisionadas de dinheiro. Este controle 
representa os financiamentos de curto e médio prazo. 
Controle de contas a receber O controle de contas a receber representa o crédito que a 
instituição tem com seus doadores. Esses créditos estão 
relacionados aos recebimentos de recursos públicos ou 
doações realizadas por meio de convênios, subvenções 
sociais e termos em parcerias. 
Controle orçamentário O controle orçamentário é o instrumento utilizado para 
estipulação de estimativas, avaliações, cálculos, previsões, 
feitos de forma antecipada, visandomensurar a maneira mais 
adequada de atingir o objetivo que foi previamente 
determinado. 
A instituição que utiliza o orçamento aufere melhores 
resultados que as organizações que não o fazem. Prevendo 
os cenários futuros, as empresas têm melhores informações 
para a tomada de decisões gerenciais. 
Fluxo de caixa O fluxo de caixa serve para informar a origem do dinheiro que 
entrou e saiu do caixa em determinado período. 
Técnicas de análise de 
investimentos 
A análise de investimento é importante para a definição da 
melhor alternativa de investimento que reúna o menor custo e 
a maior rentabilidade. Não é muito comum organizações do 
Terceiro Setor utilizarem essa técnica, visto que normalmente 
não apresentam recursos a serem aplicados, mas em alguns 
casos as organizações investem recursos por determinado 
tempo para posteriormente investirem em sua missão. 
Análise das demonstrações 
contábeis 
Consiste no controle e na avaliação da organização por meio 
de seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e 
financeiros. 
Controle tributário Controle do cálculo dos tributos da organização. As 
organizações do Terceiro Setor devem ficar atentas às 
isenções e imunidades tributárias, e efetuar o controle de 
impostos executados e a emissão de guias. 
Fonte: Ribeiro; Timóteo, 2012; Conselho Federal de Contabilidade, 2015. 
 
 
13 
 
Os controles citados no Quadro 2 se aplicam a organizações de Terceiro 
Setor, como também às organizações do setor privado. Além dos controles 
citados, há todos os registros, livros, fichas, mapas, boletins, papéis, formulários, 
pedidos, notas, faturas, documentos, regulamentos e demais instrumentos de 
que a organização possa dispor como método de verificação e exatidão das 
informações que sejam relevantes (PORTAL EDUCAÇÃO, 2016). 
 
Saiba mais 
A seguir é apresentado um exemplo real de controle. 
 Segmentação dos bens e serviços comprados pelo Bradesco; 
 Identificação de categorias distintas; 
 Comparação dos custos em cada uma das categorias; 
 Verificação da descentralização de compras e consequente excesso de 
gastos. 
A correção dos desvios 
 Cadastro de fornecedores aptos a fornecer as demandas de bens e serviços 
da empresa; 
 Desenvolvimento de um sistema de integração gerencial integrando as 
empresas do grupo Bradesco, agências do banco e fornecedores cadastrados 
ao setor de compras; 
 O setor de compras passou a ser composto por uma equipe especializada de 
quatro a seis funcionários em tarefas distintas: um especialista técnico, um 
analista de mercado, um analista de processos e compradores. Esta medida 
contribui para redução das perdas decorrentes de atos ilícitos no banco; 
 Redução do número de fornecedores, que ofereciam computadores e peças 
de reposição, de 12 para 2; 
 Padronização das peças utilizadas nos computadores, gerando economia e 
aumento da eficiência relacionados à redução de compras e de 60% no 
intervalo de tempo entre a compra e a entrega das máquinas. 
O projeto foi trabalhoso e consumiu 3,5 milhões de reais, porém seus 
resultados foram impressionantes e permitiram ao Bradesco uma economia 
anual de 150 milhões de reais. 
Utilizando-se o controle posterior, em que se estudou uma forma de 
enxugar as despesas provenientes dos gastos com bens e serviços e 
 
 
14 
alcançando seu objetivo quanto à redução, foi mostrado como o controle de 
custos é importante para as corporações, visto que seu fim contribui para o 
aumento dos lucros e a eficiência do desenvolvimento da empresa. 
Os resultados obtidos foram de acordo com o planejado, constatando-se 
assim o sucesso do programa e sua interferência nos lucros obtidos, quando no 
final de 2005 a empresa obteve lucro de 5,5 bilhões de reais. 
Observamos que a organização, por meio do planejamento das ações do 
gestor, que favoreceu a medida de racionalização dos gastos, e da equipe que 
incrementou-a, foram fatores cruciais para o alcance do objetivo atingido. 
 
Fonte: <http://maisadministracaoemfoco.blogspot.com.br/2009/04/controle-caso-
bradesco.html>. Acesso em: 10 out. 2017. 
 
Até agora as rotas trouxeram informações sobre custos, métodos de 
acumulação e os controles internos, itens relacionados aos aspectos 
econômicos das instituições. No entanto, tratando-se de organizações do 
Terceiro Setor, o desenvolvimento da sustentabilidade social também é 
importante. Esse é o assunto do próximo tema. 
 
Saiba mais 
O que é conciliação? 
O Conselho Federal de Contabilidade (2016) conceitua a conciliação 
como um trabalho comparativo entre as movimentações existentes em uma 
conta-corrente bancária e as contas existentes no controle financeiro. 
É importante que a conciliação seja elaborada tomando como base o 
mesmo período e elimine as transações que aparecem em ambos os registros. 
 
TEMA 5 – O TERCEIRO SETOR E A SUSTENTABILIDADE 
A sustentabilidade pode ser conceituada como as ações e atividades que 
visam prover as necessidades atuais, sem comprometer o futuro das próximas 
gerações. Em relação ao ambiente empresarial Alves Junior e Fontenele (2009) 
afirmam: 
 
 
 
15 
Para uma organização ser considerada sustentável ela precisa ser 
economicamente lucrativa, ambientalmente correta e socialmente 
responsável. Sendo assim, as ações de sustentabilidade precisam 
atuar como suporte das estruturas de gestão das organizações, e não 
apenas como ações pontuais. 
 
O princípio da sustentabilidade, quando trazido à realidade do Terceiro 
Setor, é um instrumento para a realização de esforços para o processo de 
desenvolvimento que conduz a um crescimento estável com distribuição 
equitativa de renda. Tal processo gera melhoria das condições de vida, o 
desenvolvimento humano, além de contribuições ao combate à pobreza e 
desigualdades da população que resultam na diminuição das atuais diferenças 
nos níveis sociais (SIQUEIRA, 2007). 
Alves Junior (2008) destaca quatro atributos para o alcance da 
sustentabilidade: 
a. Tomar decisões sobre investimentos para a preservação ambiental; 
b. Envolver-se com o desenvolvimento da comunidade na qual atua; 
c. Realizar o planejamento estratégico de suas atividades, papel esse de 
seus gestores; 
d. Ampliar e diversificar as fontes de recursos na implantação de suas 
estratégias. 
Além dos atributos citados, outros aspectos contribuem para o alcance da 
sustentabilidade, como: “a qualificação do trabalho na organização, o 
aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão e a promoção de uma cultura 
estratégica no processo de monitoramento e avaliação das atividades” (SILVA; 
COSTA; GÓMEZ, 2011). 
A sustentabilidade funciona como um instrumento para o alcance de 
objetivos maiores e seu desenvolvimento direciona o estudo da gestão das 
instituições de interesse social para aspectos internos e particularidades do 
relacionamento das entidades com seu ambiente (CARVALHO, 2007; SILVA; 
COSTA; GÓMEZ, 2011). 
Em sua busca, é necessária a análise sobre dois pontos diferentes: o 
gerencial e o sistêmico. O enfoque gerencial é relacionado ao papel operacional, 
já o enfoque sistêmico dá importância às questões relacionadas aos processos 
contínuo de mudança social. A junção desses aspectos irá facilitar o alcance da 
sustentabilidade (ARMANI, 2003; SILVA; COSTA; GÓMEZ, 2011). 
 
 
16 
Quando se fala em sustentabilidade no Terceiro Setor, é enfatizado o 
âmbito social, principalmente a capacidade de manutenção da qualidade. No 
entanto, a sustentabilidade pode ser baseada em três aspectos: econômico, 
social e cultural, conforme o Quadro 3: 
Quadro 3: Aspectos de sustentabilidade 
Sustentabilidadeeconômica  Alocação eficiente 
dos recursos; 
 Fluxo constante de 
investimentos 
públicos e privados. 
Definição de metas e 
objetivos 
Existência de política para a 
qualidade 
Gerenciamento de riscos e 
crises 
Auditorias internas e externas 
Infraestrutura adequada 
Satisfação dos atendidos 
Gestão e monitoramento de 
processos, produtos e 
serviços 
Avaliações dos resultados da 
ONG 
Sustentabilidade Social  Criação de um 
processo de 
desenvolvimento 
sustentado para uma 
sociedade justa pela 
geração de emprego 
e renda; 
 Busca da Qualidade 
de Vida; 
Geração de emprego e renda 
Capacitação e 
desenvolvimento de pessoas 
Programa de saúde e 
segurança dos desenvolvidos 
Sistema de trabalho 
socialmente aceito 
Integração com a sociedade 
Sustentabilidade Cultural  Processo de 
desenvolvimento com 
raízes endógenas; 
 Capacidade de 
manter a diversidade 
de culturas e valores 
Aprendizagem organizacional 
Existência de código de 
conduta organizacional 
Adequação às comunicações 
interna e externa 
Imagem organizacional 
Análise crítica pela 
organização 
Fonte: Ribeiro; Timóteo, 2012, citado por Valadão Jr; Malaquias; Sousa, 2008. 
 
 
 
17 
Com base nas informações apresentadas no Quadro 3, é possível auferir 
que existem indicadores que mostram mais de um aspecto da sustentabilidade. 
Na sustentabilidade econômica, o foco são as avaliações dos resultados, a 
gestão dos processos, definição de metas e objetivos, o gerenciamento de 
riscos, as auditorias internas e externas, dentre outros, indicando em que ponto 
a instituição está no que tange os valores econômicos e financeiros. Na 
sustentabilidade social o foco é a criação de valor para a sociedade, a geração 
de emprego, integração, capacitação, dentre outros. Na sustentabilidade cultural 
o principal objetivo é a manutenção e valorização da diversidade cultural, a 
criação de uma imagem da instituição, formação de um código de conduta, 
dentre outros. 
É nítida a relação entre a gestão das instituições do Terceiro Setor e a 
sustentabilidade no estabelecimento de condutas que ajudarão estas 
organizações a atenderem seus objetivos. Podemos concluir que o princípio de 
sustentabilidade é um instrumento do alcance do bem comum (SIQUEIRA, 
2006). 
NA PRÁTICA 
A empresa XYZ atua na prestação de serviços para o bem-estar da 
sociedade, com o oferecimento de cursos para crianças e adolescentes (com a 
disponibilização de materiais). Além dos cursos, também são oferecidas 
refeições. A empresa não possui um manual interno de responsabilidade nem 
um código de conduta (o que tem dificultado a coordenação e gestão da 
organização). Ela é separada em setores (que não interagem). Já sua 
contabilidade é terceirizada. A administração, que é o setor com o menor número 
de funcionários, centraliza o controle das operações dos demais setores. Outras 
informações: 
 Existem apenas dois controles: contas a pagar e caixa; 
 Não existe controle de estoques ou compras; 
 Número insuficiente de funcionários. 
 
O que pode ser feito por esta organização? 
 Criação de um controle de compras, estoques de materiais didáticos e 
demais materiais utilizados na instituição; 
 
 
18 
 Criação de um código de conduta e segregação clara das funções de cada 
um dos funcionários; 
 Maior autonomia para os setores, descentralização de funções; 
 Identificação do custo dos cursos oferecidos; 
 Controle das doações recebidas; 
 Levantamento de todas as despesas a fim de determinar se não existe 
alguma despesa desnecessária; 
 Publicação e análise das demonstrações contábeis. 
Fonte: Com base em Ribeiro e Timóteo (2012). 
TROCANDO IDEIAS 
Saiba mais 
Veja a apresentação “A Fiscalização das Organizações Sociais e das 
OSCIPS pelos Tribunais de Contas: Disponível em: 
<www.tce.mt.gov.br/conteudo/download/id/41733>. 
FINALIZANDO 
Apesar de as instituições do Terceiro Setor não terem finalidade lucrativa, 
as necessidades de controle dos custos e das operações também se aplicam a 
essas entidades. 
De acordo com o conteúdo apresentado nesta aula, foi possível 
compreender: a importância da gestão de custos das entidades de interesse 
social, as opções de métodos de acumulação de custos, a conceituação e os 
tipos de controle interno, bem como a utilização da gestão sustentável nessas 
instituições. 
 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
ALVES JUNIOR, M. D.; FONTENELE, R. E. S. Estratégias de gestão para a 
sustentabilidade de organizações do Terceiro Setor: um estudo dos 
empreendimentos sociais apoiados pela Ashoka. IV Encontro de Estudos em 
Estratégia, 2007 
ARMANI, D. O desenvolvimento institucional como condição de sustentabilidade 
das ONG no Brasil. In: MINISTÉRIO da Saúde. Projetos, programas e 
relatórios, 2001. p. 17-34. 
BORINELLI, M. L.; GUERREIRO, R.; BEUREN, I. M. O impacto da 
identificação dos sistemas de acumulação de custos na qualidade da 
informação contábil: um estudo de caso em uma organização hospitalar, 2001. 
BURIN, V. Delineamento conceitual de um sistema de custos para uma 
organização do terceiro setor. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade 
Federal de Santa Catarina, 2008. 
CARVALHO, D. N. de; CKAGNAZAROFF, I. B.; ASSIS, L. B.; TESCAROLO, F. 
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em Minas Gerais. Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 1, n. 2, p. 74-92, 
2007. 
CARVALHO, L. C. A.; PACHECO, V. Custos de gratuidades em organizações 
do terceiro setor: um estudo no Centro de Ação Voluntária de Curitiba. In: Anais 
do Congresso Brasileiro de Custos-ABC, 2014. 
CATELLI, A. (Coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica – 
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em: <http://nossacausa.com/a-importancia-do-controle-no-terceiro-setor/>. 
Acesso em: 10 out. 2017. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. Resolução CFC nº 
1.409/2012. Normas Brasileiras de Contabilidade – ITG 2002. Entidade sem 
Finalidade de Lucros. Disponível em: 
<http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2012/001409>. 
Acesso em: 10 out. 2017. 
 
 
20 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. Resolução CFC nº 
1.418/2012. Normas Brasileiras de Contabilidade – ITG 1000 – Modelo Contábil 
para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Disponível em: 
<http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2012/001418>. 
Acesso em: 10 out. 2017. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Manual de procedimentos 
contábeis para fundações e entidades de interesse social. 2015. 
CONTÁBEIS. 7 Aspectos de um bom sistema de controle interno. Disponível 
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MATTOS, J. A. R. de. Auditoria, controle interno e gestão de risco do 
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PORTAL CLASSE CONTÁBIL. Gestão de custos como instrumento 
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PORTAL DE CONTABILIDADE. Estrutura básica do sistema de um 
custeamento. Disponível em: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/sistemacustos.htm>. 
Acesso em: 10 out. 2017. 
PORTAL EDUCAÇÃO. Tipos de controle interno. Disponível em: 
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o desafio de harmonizar as dimensões da sustentabilidade em uma 
ONG. REUNA, v. 16, n. 3, 2012. 
SISTEMA DE CUSTOS. Disponível em: 
<http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/Contabilidade_geral_e_ger
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