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CONTABILIDADE PARA ENTIDADES DE INTERESSE SOCIAL AULA 5 Profª Edicreia Andrade dos Santos 2 CONVERSA INICIAL Cumprir sua finalidade e captar recursos visando à sustentabilidade econômica são os principais objetivos de uma organização de interesse social. Para isso, a instituição precisa conduzir de maneira consciente sua gestão e estipular um sistema de controle interno eficiente (CAZUMBÁ, 2014). O controle desempenha papel fundamental para o acompanhamento de todas as ações que estão sendo desenvolvidas e o controle dos custos dos produtos e/ou serviços, visando ao melhor aproveitamento de seus recursos. Isso possibilita a comparação entre o que era esperado e o que efetivamente aconteceu (CAZUMBÁ, 2014). O objetivo da presente aula refere-se à explanação dos custos das entidades de interesse social e seus métodos de acumulação, o controle interno das atividades das organizações que compõem o Terceiro Setor, além da manutenção da sustentabilidade de suas ações. Assista ao vídeo Controle Social, Controle de Orçamento e Uso de Recursos como Papel Social da ONG. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=M2zEEP72of8>. CONTEXTUALIZANDO A globalização afetou tanto a economia como a sociedade, diminuindo as distâncias e promovendo a união de negócios e culturas. No entanto, o desenvolvimento trazido não é usufruído por todas as pessoas, cabendo ao Terceiro Setor a busca pela resolução dos problemas sociais resultantes dessa integração (MAZON; STORTI, 2011). Apesar da representatividade, grande parte das instituições de interesse social apresenta problemas de gestão. Tais problemas são resultado da escassez de recursos, alta demanda de serviços e falta de experiência de gestão da diretoria (MARTINS; PEDROSA NETO; ARAUJO, 2007). Mesmo não visando ao lucro e tendo particularidades que a diferenciam dos demais setores, as instituições do Terceiro Setor precisam utilizar ferramentas gerencias que contribuam para a manutenção de sua continuidade, proporcionem transparência a suas ações e monitorem o impacto de suas 3 atividades (MAZON; STORTI, 2011; SILVA; COSTA, GÓMEZ, 2011). Diante disso, a contabilidade tem papel de relevância, pois possibilita a criação de um sistema de informações útil (PORTAL CLASSE CONTÁBIL, 2008). A contabilidade é um grande sistema de informações que auxilia os gestores na tomada de decisão. Uma das ferramentas que contribuem para que os gestores tenham informações tempestivas e relevantes no momento em que efetuam essas escolhas é a gestão estratégica de custos (MARTINS; PEDROSA NETO; ARAUJO, 2007). As organizações do Terceiro Setor podem fazer uso da gestão estratégica de custos como forma gerir de maneira racional seus recursos – mensurando de modo mais preciso o custo de seus serviços e identificando a melhor maneira de realizar seus processos e tarefas (MARTINS; PEDROSA NETO; ARAUJO, 2007). As principais decisões estratégicas afetam a quantidade e o valor das mercadorias e serviços produzidos. Dessa forma, além do custo, é preciso estar atento aos sistemas de acumulação de custos. Com base em suas características, a organização pode definir e adotar o método que melhor se adeque às suas necessidades informacionais. No entanto, a escolha de determinado método de acumulação também deve levar em consideração fatores institucionais (SCARPIN; SANTOS, 2012). Além dos custos e dos métodos de acumulação, o controle interno das ações das instituições do Terceiro Setor é imprescindível para o cumprimento de metas e o aumento da eficácia dos processos (SCARPIN; SANTOS, 2012). Além disso, a sustentabilidade também deve ser incorporada às práticas de gestão, já que a finalidade dessas instituições está ligada à execução de ações em prol não apenas da sociedade, mas do meio ambiente em que a comunidade está inserida (SILVA; COSTA; GÓMEZ, 2011). Nas próximas rotas serão apresentadas a gestão, os métodos e a estrutura dos custos das entidades de Terceiro Setor, o controle interno das operações destas instituições e as ações para a manutenção de um funcionamento sustentável. TEMA 1 – CUSTOS NA ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR De acordo com Martins (2000), os custos podem ser conceituados como os sacrifícios financeiros que a entidade arca durante a utilização dos fatores de 4 produção, para fabricar um produto ou para prestar um serviço. Ou seja, a matéria-prima gasta na confecção das mercadorias, a mão de obra empregada, o transporte etc. (CARVALHO; PACHECO, 2014). A criação e o uso da terminologia de custos são procedentes das indústrias, no entanto, o conceito também se encaixa às organizações que prestam serviços, já que, apesar de não terem estoques, geram um serviço que pode ser mensurado (mesmo que com maior dificuldade) e consumido (CARVALHO; PACHECO, 2014). Existem muitos desafios a serem superados pelas organizações prestadoras de serviços. Mesmo após um grande progresso da contabilidade gerencial e de custos em relação a esse tipo de organização, ainda existem inúmeras dificuldades para alocar os custos às divisões internas dessas entidades. Em empresas do Terceiro Setor, o desafio é ainda maior (CARVALHO; PACHECO, 2014). De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2015), a principal norma contábil que se aplica às entidades do Terceiro Setor é a Interpretação Técnica Geral, Entidade sem Finalidade de Lucros (ITG-2002), aprovada pela Resolução CFC nº 1.409, de 21 de setembro de 2012 (A Norma Brasileira de Contabilidade TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas e as normas IFRS nos aspectos não contemplados pela ITG 2002 também fornecem informações no que tange as instituições do Terceiro Setor) (CARVALHO; PACHECO, 2014). Um dos principais aspectos destacados é: As receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio, parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio, editais, contratos, termos de parceira e outros instrumentos, para aplicação específica, mediante constituição, ou não, de fundos, e as respectivas despesas devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais contas da entidade. (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015) Um bom gerenciamento dessas receitas, independente da fonte, é essencial para a captação e gestão de novos recursos, além de contribuir para a manutenção e continuidade da instituição. Atualmente, uma das principais dificuldades das organizações de interesse social é a obtenção de informações de custos que sejam relevantes e cada vez mais detalhadas e aprimoradas (LIMONGI; IMETON; LAFFIN, 2007). A gestão de custos é uma ferramenta que pode colaborar para a tomada de decisão em entidades sem fins lucrativos. Ela pode auxiliar os gestores na 5 captação e melhor uso dos recursos aplicados nos projetos, na prestação de contas, gerenciamento dos custos e despesas despendidos na prestação de serviços, como também para atender da melhor maneira às exigências dos financiadores (LIMONGI; IMETON; LAFFIN, 2007; BURIN, 2008). As instituições do Terceiro Setor têm a necessidade de buscar a profissionalização e o aprendizado no que tange o gerenciamento de seus custos. Para isso, fazem uso da contabilidade de custos e das informações por ela geradas em todas as etapas de suas operações, no planejamento, na execução e no controle das atividades organizacionais (LIMONGI; IMETON; LAFFIN, 2007). As informações obtidas junto à contabilidade de custos, desde que sejam diferenciadas e que levem em consideração as particularidades dasorganizações voltadas para o interesse social, podem auxiliar os gestores a tomar as decisões necessárias na organização. Visando facilitar esse processo, faz-se necessário o uso de sistemas de custeamento (LIMONGI; IMETON; LAFFIN, 2007). De acordo com Luz e De Rocchi (1998), o conhecimento e a correta interpretação dos custos decorrentes das operações contribuem para o funcionamento racional de instituições, como as de interesse social. A seleção dos sistemas e os critérios de análise dos custos adequados são de grande importância para uma correta orientação dos processos de gestão (LIMONGI; IMETON; LAFFIN, 2007). A gestão de custos pode contribuir para o processo de gestão e tomada de decisão, possibilitando assim o melhor aproveitamento dos recursos que a entidade tem. No próximo tema serão abordados os métodos de acumulação de custos para entidades do Terceiro Setor. TEMA 2 – MÉTODOS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS A estrutura do sistema de custos de qualquer entidade apresenta três elementos: sistema de acumulação de custos, sistemas de custeio e modalidades de custeio. Dentre os três componentes, o primeiro passo que a organização deve tomar é a escolha do sistema de acumulação de custos, já que este, posteriormente, irá influenciar a decisão quanto ao sistema ou à modalidade de custeio (PORTAL DA CONTABILIDADE, 2015). 6 De acordo com Borinelli, Guerreiro e Beuren (2001), o sistema de acumulação de custos “possui a função de acumular os custos de uma maneira organizada, considerando-se o modo como a empresa opera, as decisões que precisa tomar e ainda seus objetos de custos”. Ele é um sistema contábil que indica o caminho para a coleta, o processamento e a saída das informações para o custeamento dos produtos (BORINELLI; GUERREIRO; BEUREN, 2001). No Quadro 1 são destacados exemplos de objetos de custos: Quadro 1: Objetos de custos Objeto de custo Exemplos de decisões Produto Análise de lucratividade, definição de mix de produção e venda, definição sobre corte de produto de determinada linha, etc. Departamento Eficiência departamental, análise de desempenho, reestruturação, etc. Cliente Análise de rentabilidade, priorização de atendimento, etc. Atividade Atividades que agregam valor, redução de custos por meio da eliminação de atividades, alterações na forma de realização de atividades, etc. Projeto Manutenção ou não de determinado projeto etc. Programa Viabilidade de implementação e manutenção de um programa, etc. Fonte: Borinelli, Guerreiro e Beuren (2001) Com base no Quadro 1, é possível auferir que a escolha de um sistema de acumulação de custos é baseada na definição do objeto de custo e na forma como as operações são executadas (BORINELLI; GUERREIRO; BEUREN, 2001) A determinação do modelo de acumulação de custos leva em consideração as características da organização. O sistema que for escolhido deve refletir a forma como a empresa trabalha para gerar riqueza. No caso das organizações de interesse social, como elas estão aplicando os recursos que têm. Ele é resultado das decisões referentes ao modo de organização (sistema organizacional e modelo de decisão) e às variáveis físicas do negócio (sistema operacional) (CATELLI, 2001). É importante destacar que o sistema de acumulação de custos preocupa- se em acumular os gastos decorrentes da produção. Em casos de mudanças significativas nas operações, serão necessárias mudanças no sistema de custos, já que os sistemas de acumulação derivam do modelo de operações escolhidos pela instituição (HORNGREN; FOSTER; DATAR, 2000). 7 A princípio existem dois métodos de acumulação de custos: o custeio por ordem de fabricação e o sistema de custeio por processo. Devido às demandas organizacionais, foi criado um terceiro sistema que incorpora aspectos dos dois primeiros modelos, o custeio híbrido. De acordo com Maher (2001) “o custeio por ordem de fabricação é um sistema contábil que acompanha os custos de unidades individuais do produto, ou de trabalhos, contratos ou lotes de produtos específicos”. Ele é utilizado por organizações que trabalham com a produção de diferentes produtos. Já o sistema de custeio por processo atribui os custos de forma igualitária a unidades homogêneas, em determinado período de tempo. Ele é usado em organizações que têm o processo de produção em fluxo contínuo (MAHER, 2001). A principal diferença entre os dois processos de acumulação é que, enquanto o sistema de custeio por processo consiste na elaboração de um mesmo produto de forma contínua por um longo período, o custeio por ordem trabalha com um horizonte de tempo menor e com uma maior diferenciação de produtos (MARTINS, 2001). Existe ainda um terceiro modelo de acumulação de custos que abrange características dos dois primeiros métodos: o sistema de custeio híbrido. Este sistema é utilizado na fabricação de produtos que têm características comuns e algumas características individuais, ou seja, é um método de padronização de operações (MAHER, 2001). Após a definição do sistema de acumulação de custo, o próximo passo consiste na escolha do sistema de custeio. Essas escolhas podem ser classificadas em: Custo para controle O controle por meio dos custos envolve normalmente a adoção de métodos e procedimentos básicos, tais como: a. Adoção do custo-padrão (representa a adoção de medidas físicas e monetárias, relativas a elementos de receita e ao custo dos eventos, e atividades adequadamente mensuradas, que deveriam ser atingidos com base em condições preestabelecidas. Permite o controle pela análise das variações de preços e quantidades entre o custo-padrão e o custo real). b. Adoção do conceito de custo-meta (para se atingir o custo-meta, parte- se do preço de venda, deduz-se a margem mínima que a empresa 8 quer obter, assim como os custos financeiros de financiamento da produção, obtendo-se o valor máximo que pode custar internamente o produto). c. Elaboração de relatórios gerenciais de acompanhamento dos diversos tipos de gastos, tanto em relação ao padrão como em relação aos gastos orçados em períodos anteriores, etc. Fonte: <http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/Contabilidade_geral_e_gerencial/aula_07- 6730/pdf/02.pdf>. Custo para decisão Envolve modelos decisórios gerais específicos para tomada de decisão, tanto de caráter genérico como para temas pontuais. Fonte: <http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/Contabilidade_geral_e_gerencial/aula_07- 6730/pdf/02.pdf>. Custos para avaliação de desempenho Utilizado como complemento da utilização de custos para a tomada de decisão, a apuração do custo dos produtos é usado para avaliar o desempenho dos gestores. Compreende: a. Análise de rentabilidade dos produtos; b. Análise do ciclo de vida dos produtos; c. Análise de retorno dos investimentos, etc. Fonte: <http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/Contabilidade_geral_e_gerencial/aula_07- 6730/pdf/02.pdf>. A definição do sistema de custeio dentre as opções apresentadas depende do tipo de informação e do controle que a organização deseja obter (VIRTUAL UFC, 2016). Após a apresentação dos custos e os métodos para a sua acumulação, no próximo tema abordaremos o controle interno das instituições que compõem o Terceiro Setor. TEMA 3 – CONTROLE INTERNO DAS ATIVIDADES DO TERCEIRO SETOR Todas as instituições precisam ter um bom nível de organização para funcionarem com eficiência e eficácia. Seja uma instituição do Primeiro ou 9 Segundo Setor ou até mesmo instituições de interesse social precisamter processos estruturados de maneira correta, a fim de evitar complicações em suas operações (MATOS, 2010). A utilização de sistemas de controle, além contribuir para a gestão da organização, também funciona como um instrumento de prevenção de fraudes. Não existem instituições sem o controle interno; existem organizações que não têm esses processos estruturados, dando margem à existência de sistemas pouco confiáveis (MATOS, 2010). De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2015), um bom sistema de controle interno proporciona aos gestores da organização as diretrizes necessárias para realizar e conduzir os trabalhos de auditoria, visando à avaliação do processo de gestão. Além disso, visa contribuir para a diminuição das limitações referentes à eficácia de qualquer meio de controle, levando em consideração a possibilidade de ocorrerem falhas humanas, no que tange as interpretações errôneas de instruções, negligência, conluio etc. Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (2015), ao falar da relevância dos sistemas de controle interno de uma organização, é importante destacar as vantagens e desvantagens de sua utilização. A seguir, são destacados os aspectos do controle interno (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015): a. Relação custo/benefício: a relação custo/benefício consiste na redução de riscos e falhas em relação ao cumprimento de metas e objetivos. Os custos do controle interno nunca devem ultrapassar os benefícios que ele possa trazer. É importante destacar que é difícil mensurar as vantagens que a implantação de um controle interno possa proporcionar, antes de sua efetiva implantação, sendo necessária nesses casos a utilização do julgamento dos gestores responsáveis (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015). b. Definição de responsabilidades e autoridade: o que deve ou não ser feito pelos colaboradores dentro de uma organização deve ser fixado e limitado de forma específica por meio da atribuição de suas funções. A delineação de funções ou atividades de forma informal, ou por meio de um organograma com definições claras de autoridades responsáveis, deve ser definida em manuais de procedimentos, já que estes possibilitam a eficiência do sistema e impedem falhas (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015). 10 c. Segregação de funções: a melhor forma de evitar que fraudes, erros e irregularidades ocorram é a criação de métodos que impeçam a criação de oportunidades. Visando impedir que pessoas estejam em posição de praticar ações de ocultação ou dissimulação, deve existir a segregação de funções. O controle interno deve segregar as funções de forma que, em nenhuma situação, uma única pessoa tenha total controle da aprovação das operações e sua execução e controle (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015). d. Acesso aos ativos: visando à segurança da organização, seus ativos devem ter seu acesso direto (físico) e indireto (preparação ou processamento de documentos que autorizem sua disposição) limitados a pessoas autorizadas, tendo em vista o controle de suas operações. A determinação de quem tem acesso e autorização aos ativos depende da sua natureza e de sua suscetibilidade a perdas por meio de erros e irregularidades. Já no caso da limitação ao acesso indireto, requer o uso do procedimento de segregação de funções (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015). e. Estabelecimento de comprovações e provas independentes: no decorrer da realização de uma atividade, devem estar previstos os processos de comprovações rotineiras e obtenção de maneira autônoma de informações de controle. Os registros preparados com essa finalidade constituem bons meios de controle quando produzidos por um sistema apropriado que permita assegurar a veracidade das informações por meio de registros produzidos por fontes independentes, que possam ser comparados e conciliados. As divergências encontradas na conciliação representam falhas nos registros de transação (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015). f. Métodos de processamento de dados: os métodos de processamento de dados, que podem ser manuais, mecânicos ou eletrônicos, asseguraram o cumprimento dos objetivos e melhoram a eficácia da organização. Embora ainda exista a possibilidade de ocorrerem erros, tais métodos incentivam a divisão de trabalho, reforçando o controle interno (CONTÁBEIS, 2015). g. Pessoal: no departamento pessoal, é comum o aparecimento de falhas ou erros na confecção das folhas de pagamento. Visando ao impedimento 11 de possíveis alterações, são necessárias a averiguação dos lançamentos e a conferência do número de funcionários, dos valores recolhidos com o pagamento de impostos etc. (SAVARIS, 2012). A utilização do controle interno pode contribuir para a captação de recursos, a gestão da organização de forma geral, além da elaboração da prestação de contas. O controle permite o acompanhamento permanente das atividades desenvolvidas e a verificação dos resultados obtidos diante dos objetivos previamente estabelecidos. Os controles internos envolvem todo plano de uma instituição, o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas, independente do setor de atuação. Os controles internos são adotados para a proteção do patrimônio, verificação dos registros contábeis, além da contribuição para encorajar os objetivos estabelecidos pela administração, impedindo fraudes e erros, promovendo a melhoria da eficácia operacional. Após tratar da conceituação e caracterização dos controles internos, no próximo item serão abordados os tipos de controle interno existentes. TEMA 4 – TIPOS DE CONTROLE INTERNO O controle interno tem funções que vão além da prevenção de fraudes, como o apoio ao processo de gestão e a contribuição informativa ao processo de decisão (RIBEIRO, TIMÓTEO, 2012). Não existe apenas um tipo de controle interno. A seguir são destacados os tipos mais comuns: Quadro 2: Tipos de controle Tipo Conceito Controle de estoques O controle de estoque representa o fluxo de entrada e saída de mercadorias, matéria-prima, matérias de consumo etc. Seu uso permite saber o período de permanência das mercadorias na organização para saber quando e quanto repor. Controle do imobilizado O ativo imobilizado é formado por bens que auxiliam a organização no cumprimento de suas atividades e são compostos por máquinas, equipamentos, imóveis em uso, ferramentas, móveis e utensílios, instalações, veículos etc. Seu controle é feito por meio do controle de bens patrimoniais, levando em consideração as informações de cada um desses bens, como: valor de aquisição ou de avaliação, sua 12 localização, além de outras especificações e descrições que sejam relevantes. Além disso, é importante destacar que o controle de imobilizado é obrigatório, independente da forma da tributação. Controle de contas a pagar O controle de contas a pagar é um dos controles mais simples. Ele consiste no dinheiro que a organização deve em obrigações. Estão incluídos dívidas com fornecedores, impostos, além de outras saídas provisionadas de dinheiro. Este controle representa os financiamentos de curto e médio prazo. Controle de contas a receber O controle de contas a receber representa o crédito que a instituição tem com seus doadores. Esses créditos estão relacionados aos recebimentos de recursos públicos ou doações realizadas por meio de convênios, subvenções sociais e termos em parcerias. Controle orçamentário O controle orçamentário é o instrumento utilizado para estipulação de estimativas, avaliações, cálculos, previsões, feitos de forma antecipada, visandomensurar a maneira mais adequada de atingir o objetivo que foi previamente determinado. A instituição que utiliza o orçamento aufere melhores resultados que as organizações que não o fazem. Prevendo os cenários futuros, as empresas têm melhores informações para a tomada de decisões gerenciais. Fluxo de caixa O fluxo de caixa serve para informar a origem do dinheiro que entrou e saiu do caixa em determinado período. Técnicas de análise de investimentos A análise de investimento é importante para a definição da melhor alternativa de investimento que reúna o menor custo e a maior rentabilidade. Não é muito comum organizações do Terceiro Setor utilizarem essa técnica, visto que normalmente não apresentam recursos a serem aplicados, mas em alguns casos as organizações investem recursos por determinado tempo para posteriormente investirem em sua missão. Análise das demonstrações contábeis Consiste no controle e na avaliação da organização por meio de seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. Controle tributário Controle do cálculo dos tributos da organização. As organizações do Terceiro Setor devem ficar atentas às isenções e imunidades tributárias, e efetuar o controle de impostos executados e a emissão de guias. Fonte: Ribeiro; Timóteo, 2012; Conselho Federal de Contabilidade, 2015. 13 Os controles citados no Quadro 2 se aplicam a organizações de Terceiro Setor, como também às organizações do setor privado. Além dos controles citados, há todos os registros, livros, fichas, mapas, boletins, papéis, formulários, pedidos, notas, faturas, documentos, regulamentos e demais instrumentos de que a organização possa dispor como método de verificação e exatidão das informações que sejam relevantes (PORTAL EDUCAÇÃO, 2016). Saiba mais A seguir é apresentado um exemplo real de controle. Segmentação dos bens e serviços comprados pelo Bradesco; Identificação de categorias distintas; Comparação dos custos em cada uma das categorias; Verificação da descentralização de compras e consequente excesso de gastos. A correção dos desvios Cadastro de fornecedores aptos a fornecer as demandas de bens e serviços da empresa; Desenvolvimento de um sistema de integração gerencial integrando as empresas do grupo Bradesco, agências do banco e fornecedores cadastrados ao setor de compras; O setor de compras passou a ser composto por uma equipe especializada de quatro a seis funcionários em tarefas distintas: um especialista técnico, um analista de mercado, um analista de processos e compradores. Esta medida contribui para redução das perdas decorrentes de atos ilícitos no banco; Redução do número de fornecedores, que ofereciam computadores e peças de reposição, de 12 para 2; Padronização das peças utilizadas nos computadores, gerando economia e aumento da eficiência relacionados à redução de compras e de 60% no intervalo de tempo entre a compra e a entrega das máquinas. O projeto foi trabalhoso e consumiu 3,5 milhões de reais, porém seus resultados foram impressionantes e permitiram ao Bradesco uma economia anual de 150 milhões de reais. Utilizando-se o controle posterior, em que se estudou uma forma de enxugar as despesas provenientes dos gastos com bens e serviços e 14 alcançando seu objetivo quanto à redução, foi mostrado como o controle de custos é importante para as corporações, visto que seu fim contribui para o aumento dos lucros e a eficiência do desenvolvimento da empresa. Os resultados obtidos foram de acordo com o planejado, constatando-se assim o sucesso do programa e sua interferência nos lucros obtidos, quando no final de 2005 a empresa obteve lucro de 5,5 bilhões de reais. Observamos que a organização, por meio do planejamento das ações do gestor, que favoreceu a medida de racionalização dos gastos, e da equipe que incrementou-a, foram fatores cruciais para o alcance do objetivo atingido. Fonte: <http://maisadministracaoemfoco.blogspot.com.br/2009/04/controle-caso- bradesco.html>. Acesso em: 10 out. 2017. Até agora as rotas trouxeram informações sobre custos, métodos de acumulação e os controles internos, itens relacionados aos aspectos econômicos das instituições. No entanto, tratando-se de organizações do Terceiro Setor, o desenvolvimento da sustentabilidade social também é importante. Esse é o assunto do próximo tema. Saiba mais O que é conciliação? O Conselho Federal de Contabilidade (2016) conceitua a conciliação como um trabalho comparativo entre as movimentações existentes em uma conta-corrente bancária e as contas existentes no controle financeiro. É importante que a conciliação seja elaborada tomando como base o mesmo período e elimine as transações que aparecem em ambos os registros. TEMA 5 – O TERCEIRO SETOR E A SUSTENTABILIDADE A sustentabilidade pode ser conceituada como as ações e atividades que visam prover as necessidades atuais, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Em relação ao ambiente empresarial Alves Junior e Fontenele (2009) afirmam: 15 Para uma organização ser considerada sustentável ela precisa ser economicamente lucrativa, ambientalmente correta e socialmente responsável. Sendo assim, as ações de sustentabilidade precisam atuar como suporte das estruturas de gestão das organizações, e não apenas como ações pontuais. O princípio da sustentabilidade, quando trazido à realidade do Terceiro Setor, é um instrumento para a realização de esforços para o processo de desenvolvimento que conduz a um crescimento estável com distribuição equitativa de renda. Tal processo gera melhoria das condições de vida, o desenvolvimento humano, além de contribuições ao combate à pobreza e desigualdades da população que resultam na diminuição das atuais diferenças nos níveis sociais (SIQUEIRA, 2007). Alves Junior (2008) destaca quatro atributos para o alcance da sustentabilidade: a. Tomar decisões sobre investimentos para a preservação ambiental; b. Envolver-se com o desenvolvimento da comunidade na qual atua; c. Realizar o planejamento estratégico de suas atividades, papel esse de seus gestores; d. Ampliar e diversificar as fontes de recursos na implantação de suas estratégias. Além dos atributos citados, outros aspectos contribuem para o alcance da sustentabilidade, como: “a qualificação do trabalho na organização, o aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão e a promoção de uma cultura estratégica no processo de monitoramento e avaliação das atividades” (SILVA; COSTA; GÓMEZ, 2011). A sustentabilidade funciona como um instrumento para o alcance de objetivos maiores e seu desenvolvimento direciona o estudo da gestão das instituições de interesse social para aspectos internos e particularidades do relacionamento das entidades com seu ambiente (CARVALHO, 2007; SILVA; COSTA; GÓMEZ, 2011). Em sua busca, é necessária a análise sobre dois pontos diferentes: o gerencial e o sistêmico. O enfoque gerencial é relacionado ao papel operacional, já o enfoque sistêmico dá importância às questões relacionadas aos processos contínuo de mudança social. A junção desses aspectos irá facilitar o alcance da sustentabilidade (ARMANI, 2003; SILVA; COSTA; GÓMEZ, 2011). 16 Quando se fala em sustentabilidade no Terceiro Setor, é enfatizado o âmbito social, principalmente a capacidade de manutenção da qualidade. No entanto, a sustentabilidade pode ser baseada em três aspectos: econômico, social e cultural, conforme o Quadro 3: Quadro 3: Aspectos de sustentabilidade Sustentabilidadeeconômica Alocação eficiente dos recursos; Fluxo constante de investimentos públicos e privados. Definição de metas e objetivos Existência de política para a qualidade Gerenciamento de riscos e crises Auditorias internas e externas Infraestrutura adequada Satisfação dos atendidos Gestão e monitoramento de processos, produtos e serviços Avaliações dos resultados da ONG Sustentabilidade Social Criação de um processo de desenvolvimento sustentado para uma sociedade justa pela geração de emprego e renda; Busca da Qualidade de Vida; Geração de emprego e renda Capacitação e desenvolvimento de pessoas Programa de saúde e segurança dos desenvolvidos Sistema de trabalho socialmente aceito Integração com a sociedade Sustentabilidade Cultural Processo de desenvolvimento com raízes endógenas; Capacidade de manter a diversidade de culturas e valores Aprendizagem organizacional Existência de código de conduta organizacional Adequação às comunicações interna e externa Imagem organizacional Análise crítica pela organização Fonte: Ribeiro; Timóteo, 2012, citado por Valadão Jr; Malaquias; Sousa, 2008. 17 Com base nas informações apresentadas no Quadro 3, é possível auferir que existem indicadores que mostram mais de um aspecto da sustentabilidade. Na sustentabilidade econômica, o foco são as avaliações dos resultados, a gestão dos processos, definição de metas e objetivos, o gerenciamento de riscos, as auditorias internas e externas, dentre outros, indicando em que ponto a instituição está no que tange os valores econômicos e financeiros. Na sustentabilidade social o foco é a criação de valor para a sociedade, a geração de emprego, integração, capacitação, dentre outros. Na sustentabilidade cultural o principal objetivo é a manutenção e valorização da diversidade cultural, a criação de uma imagem da instituição, formação de um código de conduta, dentre outros. É nítida a relação entre a gestão das instituições do Terceiro Setor e a sustentabilidade no estabelecimento de condutas que ajudarão estas organizações a atenderem seus objetivos. Podemos concluir que o princípio de sustentabilidade é um instrumento do alcance do bem comum (SIQUEIRA, 2006). NA PRÁTICA A empresa XYZ atua na prestação de serviços para o bem-estar da sociedade, com o oferecimento de cursos para crianças e adolescentes (com a disponibilização de materiais). Além dos cursos, também são oferecidas refeições. A empresa não possui um manual interno de responsabilidade nem um código de conduta (o que tem dificultado a coordenação e gestão da organização). Ela é separada em setores (que não interagem). Já sua contabilidade é terceirizada. A administração, que é o setor com o menor número de funcionários, centraliza o controle das operações dos demais setores. Outras informações: Existem apenas dois controles: contas a pagar e caixa; Não existe controle de estoques ou compras; Número insuficiente de funcionários. O que pode ser feito por esta organização? Criação de um controle de compras, estoques de materiais didáticos e demais materiais utilizados na instituição; 18 Criação de um código de conduta e segregação clara das funções de cada um dos funcionários; Maior autonomia para os setores, descentralização de funções; Identificação do custo dos cursos oferecidos; Controle das doações recebidas; Levantamento de todas as despesas a fim de determinar se não existe alguma despesa desnecessária; Publicação e análise das demonstrações contábeis. Fonte: Com base em Ribeiro e Timóteo (2012). TROCANDO IDEIAS Saiba mais Veja a apresentação “A Fiscalização das Organizações Sociais e das OSCIPS pelos Tribunais de Contas: Disponível em: <www.tce.mt.gov.br/conteudo/download/id/41733>. FINALIZANDO Apesar de as instituições do Terceiro Setor não terem finalidade lucrativa, as necessidades de controle dos custos e das operações também se aplicam a essas entidades. De acordo com o conteúdo apresentado nesta aula, foi possível compreender: a importância da gestão de custos das entidades de interesse social, as opções de métodos de acumulação de custos, a conceituação e os tipos de controle interno, bem como a utilização da gestão sustentável nessas instituições. 19 REFERÊNCIAS ALVES JUNIOR, M. D.; FONTENELE, R. E. S. Estratégias de gestão para a sustentabilidade de organizações do Terceiro Setor: um estudo dos empreendimentos sociais apoiados pela Ashoka. IV Encontro de Estudos em Estratégia, 2007 ARMANI, D. O desenvolvimento institucional como condição de sustentabilidade das ONG no Brasil. In: MINISTÉRIO da Saúde. Projetos, programas e relatórios, 2001. p. 17-34. BORINELLI, M. L.; GUERREIRO, R.; BEUREN, I. M. O impacto da identificação dos sistemas de acumulação de custos na qualidade da informação contábil: um estudo de caso em uma organização hospitalar, 2001. BURIN, V. 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