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1 Alterações Fisiológicas do Envelhecimento ENVELHECIMENTO DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS PRINCIPAIS •Composição corporal / Nutrição / Antropometria •Metabolismo hidroeletrolítico •Imunossenescência •Termorregulação •Pele e anexos •Órgãos dos sentidos (visão e audição) •Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral e cavidade oral •Sistema endócrino •Sistema cardiosvascular •Sistema respiratório •Sistema gênito-urinário •Sistema gastrointestinal •Sistema nervoso Envelhecimento Fisiológico Idade Infância e adolescência Adultez Velhice Limiar de Incapacidade Envelhecimento Patológico Fu n çã o vulnerabilidade variabilidade Fatores Externos Co-morbidades •COMPOSIÇÃO CORPORAL / NUTRIÇÃO / ANTROPOMETRIA ÁGUA GORDURA MÚSCULO OSSOS ANTROPOMETRIA Estatura: ↓ 1 a 1,5 cm/década Peso: ↑ até 70 anos IMC (kg/m2): 22 a 27 2 NUTRIÇÃO As alterações fisiológicas do envelhecimento que comprometem as necessidades nutricionais ou ingestão alimentar são: •Redução do olfato e paladar: •Redução do metabolismo basal: redução de 100 Kcal por década (↓ massa magra e da atividade física); •Aumento da necessidade protêica: ↓ síntese e ingestão •Redução da biodisponibilidade da vitamina D: ↓ absorção intestinal de cálcio; •Deficiência da utilização da vitamina B6; •Redução da acidez gástrica: ↓ B12, Fe, cálcio, ácido fólico e zinco •Insuficiência do mecanismos reguladores da sede, fome e saciedade; •Aumento da toxicidade de vitamina lipossolúveis: vitamina A, D, E, K •Maior dificuldade na obtenção, preparo e ingestão de alimentos; •Xerostomia 1. Hormônio Antidiurético (ADH) • Níveis séricos basais ↑ • Liberação do ADH após estimulação dos osmorreceptores ↑ • Liberação do ADH após estimulação dos barorreceptores ↓ • Responsividade renal ao ADH ↓ 2. Aldosterona (hipoaldosteronismo hiporreninêmico) • Níveis basais ↓ • Liberação de aldosterona após depleção do sódio ↓ • Liberação de aldosterona após mudanças posturais ↓ 3. Hormônio Natriurético Atrial • Níveis basais ↑ • Liberação após estimulação ↑ 4. Sensação de Sede ↓ 5. Outros: diuréticos, sudorese excessiva, restrição física, confusão mental, demência, diarréia, etc... DESIDRATAÇÃO (Redução de 20% da água corporal total e 8 - 10% do volume plasmático) HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA HIPONATREMIA HIPERPOTASSEMIA (IRC, diabetes, AINE) Metabolismo Hidroeletrolítico ÓRGÃOS DOS SENTIDOS: VISÃO AUDIÇÃO Alterações anatômicas Alterações funcionais Enoftalmia Edema de pálpebra inferior (com ou sem hiperpigmentação) Ptose Entrópio (inversão da pálpebra e cílios) Ectrópio (eversão da pálpebra) Epífora (lacrimejamento excessivo) Halo senil Esclera mais amarelada Pterígio Conjuntiva mais fina e friável (“sensação de areia nos olhos”). Presbiopia Catarata Glaucoma Rigidez Pupilar (miose senil) ↓ visão periférica e central, ↓ visão espacial, modificação da percepção de cores; Degeneração macular: dificuldade de individualizar e distinguir detalhes e cores ? perda da visão central; Maior risco de descolamento de retina VISÃO 3 AUDIÇÃO OUVIDO EXTERNO OUVIDO MÉDIO OUVIDO INTERNO Pêlos do trago (característica sexual secundária) se tornam mais grossos, maiores e proeminentes. Glândulas da cera se atrofiam � cera mais seca Atrofia e ressecamento da pele � prurido Estreitamento do espaço articular dos ossículos + calcificação cartilagem articular � degeneração articular Degeneração das células do órgão de Corti (equilíbrio) e da cóclea (audição): • Redução da sensibilidade vestibular • Hipoacusia A DISFUNÇÃO AUDITIVA é o mais comum déficit sensorial associado ao processo de envelhecimento. A diminuição da audição é a terceira causa mais prevalente de incapacidade crônica na população com mais de 65 anos. A prevalência é de cerca de 24% na faixa etária de 65 a 74 anos e aumenta para 39% na população com idade superior a 74 anos. Pacientes institucionalizados apresentam a mais alta prevalência. Caracteriza-se por uma PERDA BILATERAL LENTA E PROGRESSIVA da audição para TONS DE ALTA FREQÜÊNCIA. Ocorre também uma redução no discernimento das palavras. Torna-se mais difícil escutar quando tem mais de uma pessoa falando ou quando existe barulho no fundo. O declínio da acuidade auditiva implica na mudança gradativa de hábitos de vida do idoso levando a uma incapacidade de comunicar-se com o entorno e conseqüentemente ao isolamento social. ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO COM IDOSOS • Ambiente tranquilo com redução do nível de ruídos indesejáveis e bem iluminado; • Interlocutor bem posicionado ( 1 a 1,5 m de distância); • Chamar a atenção do idoso, pondo-lhe a mão ou até tossindo; • Falar distinta e pausadamente, sem exageros quanto a articulação; • Não gritar; • Evitar mudar de assunto sem avisar o interlocutor; • Evitar frases intermináveis ou prolixas. Utilizar sempre palavras simples, claras e afirmativas; • Conhecer o vocabulário utilizado pelo idoso; • Ouvir o idoso com paciência, respeitando seu ritmo de resposta; • Ser amável, paciente e atencioso; • Permitir que o idoso participe do diálogo e das decisões tomadas em casa; • Usar gestos convenientes; • Quando houver necessidade de repetição, reformular a frase com palavras mais simples; • Evitar expressões como “vô”, “vó”, “vozinha”, etc., que despersonalizam e inferiorizam o idoso, procurando chamá-lo pelo nome; • Não infantilizar o idoso; • Evitar expressões do tipo “deve”, “não deve”, porque reflete um relacionamento autoritário; IMUNOSSENESCÊNCIA 4 IMUNIDADE CELULAR • Involução anatômica e funcional do timo; • Redução de 20 a 30% dos linfócitos T circulantes (maestro da • resposta imune); • Declínio na reação de hipersensibilidade tipo tardia • Declínio na citotoxicidade e na resposta proliferativa; • Redução na produção de citotoxinas IL-2 (essencial na proliferação e diferenciação dos linfócitos T) e IL-10; Não há redução quantitativa ou qualitativa na função dos leucócitos polimorfonucleares IMUNIDADE HUMORAL • Não há mudança no número de linfócitos B circulantes;Aumento na produção de auto-anticorpos;Menor produção de anticorpos contra antígenos específico (↑IgA e IgG, ↓IgM � ↓ resposta vacinal contra tétano, influenza e hepatite). Possivelmente quando a imunização primária é feito na infância, a resposta secundária é mantida por toda vida. Entretanto, quando a imunização primária ocorre tardiamente (>65 anos), parece haver declínio na resposta secundária; • Menor capacidade de neutralização dos anticorpos; • Maior latência na resposta anticórpica; CO-MORBIDADES QUE PREJUDICAM A RESPOSTA IMUNE Desnutrição, pobreza, poluição, depressão, tabagismo, drogas (corticóides,...), doença mental, diabetes mellitus, álcool, fatores genéticos, doenças consumptivas, ... ↑↑↑↑ INFECÇÃO ↑↑↑↑ AUTOIMUNIDADE ↑↑↑↑ NEOPLASIA TERMORREGULAÇÃO T E R M O R R E G U L A Ç Ã O A h o m e o s ta s e d a re g u la ç ã o te m p e ra tu ra c o rp o ra l e a h a b i lid a d e p a ra a d a p ta ç ã o té rm ic a s ã o c o m p ro m e tid a s c o m o e n v e lh e c im e n to , p ro v a v e lm e n te p e la D IS F U N Ç Ã O H IP O T A L  M IC A , L E N T IF IC A Ç Ã O D A R E S P O S T A A O S P IR O G Ê N IO S , D IF IC U L D A D E D A P R O D U Ç Ã O E C O N S E R V A Ç Ã O D O C A L O R ( re d u ç ã o d a g o rd u ra s u b c u tâ n e a , le n tif ic a ç ã o d a v a s o c o n s tr ic ç ã o p e ri fé r ic a s ,e tc ) . O s id o s o s a p re s e n ta m te m p e ra tu ra s b a s a is m e n o re s q u e o s jo v e n s a lé m d a fe b re p o d e r e s ta r a u s e n te n o s p ro c e s s o s in fe c c io so s . T E M P E R A T U R A A X IL A R M A IO R O U IG U A L A 3 7 ,2 ºC (9 9 º F ) O U E L E V A Ç Õ E S D E 1 ,1 ºC (2 º F ) N A T E M P E R A T U R A B A S A L , IN D E P E N D E N T E D O L O C A L D A M E D IÇ Ã O , M E R E C E M IN V E S T IG A Ç Ã O . P o r o u tro la d o , n ã o é ra ro o d e s e n v o lv im e n to d e h ip o te rm ia ( te m p e ra tu ra a x ila r < 3 5 o C ) e m re s p o s ta à in fe c ç ã o . A h ip o te rm ia p o d e c a u s a r s o n o lê n c ia ,c o n fu s ã o m e n ta l , d is a r tr ia , b ra d ic in e s ia , h ip e r to n ia , b ra d ip n é ia , h ip o x e m ia , d ila ta ç ã o g á s tr ic a , L A M G D , c o m a , a rr itm ia v e n tr ic u la re s e m o rte . A m e n s u ra ç ã o d a te m p e ra tu ra a x ila r d e v e s e r m a is p ro lo n g a d a (5 m in u to s ) . A le n tif ic a ç ã o d a v a s o d ila ta ç ã o p e ri fé r ic a e d o a u m e n to d o f lu x o s a n g u ín e o c u tâ n e o d i f ic u l ta m a a d a p ta ç ã o a a m b ie n te s m a is q u e n te s . A s u d o re s e ta m b é m é p re ju d ic a d a . LOCALIZAÇÃO ALTERAÇÕES ANATÔMICAS / FUNCIONAIS REPERCUSSÃO CLÍNICA (ANAMNESE E EXAME FÍSICO) EPIDERME • Redução do potencial proliferativo • Redução do número de melanócitos e células de Langerhans • Redução da adesão dermato- epidérmica DERME • Redução da espessura • Redução da celularidade e vascularidade • Degeneração das fibras de elastina • Degeneração das fibras de colágeno SUBCUTÂNEO • Redução da gordura e redistribuição ANEXOS • Redução das glândulas sudoríparas • Redução do tamanho e função das glândulas sebáceas • Redução do folículos piloso • Redução do rescimento das unhas • Redução da lúnula FLACIDEZ REDUÇÃO DO TURGOR REDUÇÃO DA ELASTICIDADE MAIOR MOBILIDADE RUGAS PALIDEZ XEROSE (Pele seca) PÚRPURA SENIL LEUCODERMIA PUNTIFORME DISFUNÇÃO DA TERMORREGULAÇÃO HIPERPLASIA SEBÁCEA UNHAS ESPESSAS (“ranhuras”, onicogrifose, onicomicose) 5 CAVIDADE ORAL As funções da cavidade oral no idoso, DEGLUTIÇÃO, DIGESTÃO, FONAÇÃO, podem estar alteradas como conseqüência das alterações fisiológicas que acontecem no envelhecimento das estruturas anatômicas: • DENTE • TECIDO PERIODONTAL ( gengiva, osso alveolar, ligamento periodontal) • ARTICULAÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR • LÍNGUA • GLÂNDULAS • MUCOSA � Temperatura - Tato - Textura - PALADAR O envelhecimento, por si só, não causa perda dentária significativa, mas causa alterações com conseqüências importantes e algumas vezes incapacitantes que comprometem a higiene bucal que estão listadas abaixo: • DENTES: Gengivite + Osteoporose • ARTICULAÇÃO � Osteoartrose � DOR • ↓PALATABILIDADE DOS ALIMENTOS � Desnutrição • DIFICULDADE DE DEGLUTIÇÃO � Disfagia � Aspiração • XEROSTOMIA • DIFICULDADE DE FALA: PRESBIFONIA • NEOPLASIA SISTEMA CARDIOVASCULAR DOENÇA CARDIOVASCULAR CARDIO = CORAÇÃO VASCULAR = VASOS VeiasArtérias Varizes ATEROSCLEROSE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Dispnéia (“Falta de ar” ) Isquemia: DOR 6 Degeneração Mitral Degeneração AórticaValvulopatia Degenerativa ENDOCÁRDIO Disfunção Diastólica (Alteração do Relaxamento ventricular) Hipertrofia ventricular MIOCÁRDIO Insuficiência venosa profundaInsuficiência Venosa (Varizes) Hipotensão Ortostática Hipertensão ArterialPressão Arterial Aneurisma de Aorta Abdominal Estenose de Artéria Renal Insuficiência Vascular Mesentérica Insuficiência Vascular Periférica Estenose Carotídea Insuficiência Vascular Cerebral Insuficiência CoronarianaInsuficiência Arterial (Aterosclerose) VASOS ALTERAÇÕES FUNCIONAISALTERAÇÕES ANATÔMICAS SISTEMA RESPIRATÓRIO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Fluxo expiratório forçado 25-75% Reflete basicamente a função das pequenas vias aéreas. • Está intensamente diminuído em paciente com DPOC FEF25-75% É uma estitiva grosseira da função pulmonar onde se mede o fluxo máximo epiratório. • Útil no acompanhamento do paciente com asma Pico de fluxo expiratório (PFE) Índice de Tiffeneau A obstrução das vias aéreas é representada por uma relação baixa. O valor normal é de 80% FEV1/CF Volume total de ar expirado. A capacidade vital forçada diminui em aproximadamente 14 a 30 mL/anos nos homens e 15 a 24 mL/ano nas mulheres. Capacidade Vital Forçada (CVF) Volume de ar expirado no primeiro segundo em uma expiração forçada a partir da capacidade vital. Ocorre uma redução do FEV1 de 30 mL/ano nos homens e 23 mL/ano nas mulheres a partir dos 20 anos. FEV1 7 Complacência Pulmonar: • Enrijecimento da caixa torácica • Redução das forças musculares que promovem expansão. • Maior colabamento das vias aéreas • Com envelhecimento o diafragma enfraquece até 25%. Pressão parcial de oxigênio no plasma • Declínio linear da pressão PaO2 numa taxa de aproximadamente 0,3%/ano. – PaO2 = 109 - (0.43 × idade) • PaO2 permanece estável em 83 mmHg a partir dos 75 anos. (ocorre em paralelo com a redução da força elástica e o aumento fisiológico do espaço morto). Controle da Respiração • Diminuição da FC e FR em resposta a hipoxemia e hipercapnia – hiporesponsividade dos quimioreceptores periféricos e centrais. Mecanismos de Defesa • Redução do transporte mucociliar, • Redução do reflexo da tosse, • Redução da resposta aguda aos antígenos extrínsecos e da imunidade celular (aumento da taxa de reativação de tuberculose). 8 SISTEMA GÊNITO-URINÁRIO Função Renal • Fluxo sangüíneo renal: – redução de 10% por década a partir dos 30 anos. • Taxa de filtração glomerular: – declínio progressivo desta, caído 8 mL/minuto/1.73 m2/década após os 40 anos. – Aproximadamente 30% dos idosos não apresentam redução da taxa de filtração glomerular. – há uma redução paralela da produção de creatinina devido à sarcopenia, a creatinina plasmática pode permancer estável. – Para evitar erros recomenda-se a utilização da fórmula de Cockcroft- Gault: Clerance estimado = (140 – idade x peso)/ (72 * creatinina) Mulheres multiplicar por 0,85 Glomeruloesclerose Substituição da arquitetura normal por matriz e aderência a cápsula de Bowman BEXIGA ↑↑↑↑ Trabeculação ↑↑↑↑ Fibrose ↓↓↓↓ Inervação autonômica Formação de divertículos ↓↓↓↓ Capacidade ↓↓↓↓ Habilidade de adiar a miccção ↓↓↓↓ Contratilidade ↑↑↑↑ Resíduo pós-miccional ↑↑↑↑ Contrações involuntárias ↑↑↑↑ Risco de infecção do trato urinário ↑↑↑↑ Risco de incontinência urinária URETRA ↓ Celularidade ↑ Deposição de colágeno ↓ Resistência ao fluxo micional ↓ Pressão de fechamento ↑ Risco de infecção do trato urinário ↑ Risco de incontinência urinária PRÓSTATA Hiperplasia Irritação de receptores adrenérgicos ↑ Risco de infecção do trato urinário ↑ Risco de incontinência urinária Retenção urinária NOCTÚRIA Mecanismos: Ingestão noturna de líquidos, redução da complacência vesical, redução da produção noturna de ADH ( ↑ na produção noturna de urina – 35%) , ICC, insuficiência venosa, diabetes mellitus e hiperplasia prostática. Despertar noturno: INSÔNIA – QUEDAS VAGINA ↓ Celularidade . Atrofia do epitélio Dispareunia Uretrite atrófica: polaciúria, urgência miccional ASSOALHO PÉLVICO ↑ Deposição de colágeno ↑ Tecido conjuntivo Fraqueza muscular Incontinência urinária de esforço A disfunção erétil não é uma conseqüência inevitável do envelhecimento normal. Ocorre em 15 a 25% dos idosos maiores de 65 anos e em 50% dos homens maiores de 80 anos. Causas emocionais, endócrinas, vasculares, neurológicas e drogas devem ser investigadas.O sildenafil oral (Viagra) é droga eficaz e deve ser recomendada, exceto na presença de insuficiência coronariana grave em uso de nitrato(efeito sinérgico���� venodilatação���� redução da pré-carga���� hipotensão arterial). 9 SISTEMA GASTRO-INTESTINAL Maior susceptibilidade a gastrotoxicidade pelos AINE Redução na mucosa gástrica dos fatores citoprotetores Deficiência da absorção de vitamina B12 e ferro ↓ Acidez gástricaMaior prevalência de astrite atrófica auto-imune e secundária ao H. pylori Engasgos ocasionais Maior prevalência de dor esofageana, simulando angina pectoris ↓ Motilidade esofageana Espasmo esofageano Presbiesôfago: 20-60% dos neurônios do plexo mioentérico; REPERCUSSÃO CLÍNICA (ANAMNESE - EXAME FÍSICO) ALTERAÇÕES FUNCIONAIS ALTERAÇÕES ANATÔMICAS ↑ Hérnias abdominais↓ Musculatura abdominal Maior risco de diverticuliteDiverticuloseMaior hipotrofia da parede colônica Constipação intestinal↓Trânsito Intestinal: idosos saudáveis (até 5 dias) ↓ Neurônios do plexo mioentérico Maior prevalência de colelitíase e suas complicações Intolerância maior a gordurosos ↑ Litíase biliar Maior meia-vida das drogas � Iatrofarmacogenia ↓ Metabolismo das drogas, principalmente do metabolismo oxidativo (Ex.: Fenitoína) Redução do tamanho do fígado (35%) Redução do conteúdo, afinidade e atividade das enzimas hepáticas ↓ Fluxo Sangüíneo Hepático (35%) REPERCUSSÃO CLÍNICA (ANAMNESE - EXAME FÍSICO) ALTERAÇÕES FUNCIONAISALTERAÇÕES ANATÔMICAS 10 SISTEMA NERVOSO Sistema Nervoso • Redução do peso (10%), fluxo sanguíneo cerebral (15- 20%), dilatação dos ventrículos; • Redução progressiva e irreversível do número de neurônios cerebrais (particularmente no hipocampo) , cerebelares e medulares; • Deposição neuronal de liposfuscina; • Degeneração vascular amilóide; • Aparecimento de placas senis e degeneração neurofibrilar; • Comprometimento da neurotransmissão dopaminérgica e colinérgica. • Lentificação da velocidade da condução nervosa Exame Neurológico • Lentificação do reflexo pupilar • Lentificação do olhar conjugado vertical superior > inferior • Força muscular (simétrica) • Discreto aumento do tônus muscular sem produzir “roda denteada” • Preservação dos reflexos tendinosos, exceto o reflexo Aquileu, que pode estava ausente. • Sensibilidade vibratória abaixo dos joelhos ausentes. • Ataxia: lentificação da marcha, com passos curtos e arrastados, flexão do corpo, olhar para o chão. Domínios da Cognição – Inteligência – Atenção – Função Executiva – Memória – Linguagem – Habilidades Visioespaciais – Funções Psicomotoras 11 Atenção dividida, ou habilidade de concentrar-se em mais de um tipo de informação no mesmo tempo (possivelmente). Atenção sustentada, atenção em uma tipo de informação por um período Atenção Inteligência fluida que envolve resolução de problemas, inteligência não verbal e velocidade de processamento das informações Testes medindo habilidades cristalisadas, e habilidades verbais estão inalteradas Inteligência geral Funções que DeclinamFunções Preservadas Diminuição das performance nos testes neuropsicológicos. Pode ser devido em parte a redução da velocidade de execução dos testes (evitar testes cronometrados). O envelhecimento bem sucedido parece não afetar as funções executivas necessárias para realização das tarefas do dia-a-dia. Funções executivas necessárias para realização das tarefas do dia-a- dia Função Executiva Funções que DeclinamFunções Preservadas Recuperação de palavras espontâneas, fluência verbal. Compreensão, vocabulário, habilidades sintáticas. Linguagem Aumento da dificuldade de aprender novas informações. Menor curva de aprendizado e menor quantidade de informações aprendidas. Entretanto, a memória do paciente é suficiente para as demandas e garantir a independência funcional. Memória remota, procedural e memória semântica. Memória Funções que DeclinamFunções Preservadas Rotação mental de objetos, cópias complexas, unir objetos e habilidades espaciais abstratas. Redução clara da velocidade de performance nestes testes Construção ou cópia simples Habilidades viso-espaciais 12 Funções Psicomotoras • Redução significativa do tempo de resposta relacionado tanto no processamento cognitivo quanto nas habilidades motoras. • Testes que necessitam de velocidade e respostas rápidas aos estímulos estarão provavelmente reduzidas • Avaliar o risco e a segurança do paciente continuar dirigindo. APRESENTAÇÃO ATÍPICA DAS DOENÇAS VARIÁVEIS QUE AFETAM A APRESENTAÇÃO DAS DOENÇAS: • Co-morbidades: o raciocínio clínico tradicional de explicar todos os sinais e sintomas por um única doença não se aplica ao idoso, sendo mais rara a unidade diagnóstica; • Insuficiência de múltiplos órgãos: a desordem em um órgão pode se manifestar por sintomas em outros órgãos; • Senescência: alterações fisiológicas do envelhecimento como a disfunção da termoregulação, menor resposta leucocitária, disfunção diastólica , 4a bulha, sopro sistólica dificultam o diagnóstico no idoso; • A polifarmácia está associada a maior risco de iatrogenia; • A apresentação de um problema social pode obscurecer uma enfermidade subjacente ou complicar o seu manejo; • A subvalorização dos sintomas pelo médico, família e paciente atrasam o diagnóstico de condições potencialmente reversíveis, parcial ou totalmente; COGNIÇAO / HUMOR MOBILIDADE COMUNICAÇÃO MOTORA • AVC • Parkinsonismo COGNITIVA • Demências • Delirium INSUFICIÊNCIA CEREBRAL AFETIVA • Depressão / Distimia Disfunção de bomba cardíaca • ICC Disfunção perfusional • Insuficiência coronariana • Insuficiência vascular periférica • Estenose carotídea • Aneurisma abdominal INSUFICIÊNCIA CARDIOVASCULAR Disfunção elétrica • Bloqueio de condução • Fibrilação atrial e arritmias ventriculares 13 Osso • Fratura (osteoporose) Articulação • OsteoartroseINSUFICIÊNCIA OSTEOMUSCULAR Músculo • Polimialgia reumática (arterite temporal) INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA • DPOC • Pneumonia INSUFICIÊNCIA GÊNITO-URINÁRIA • Incontinência urinária • Insuficiência renal • Infecção urinária INSUFICIÊNCIA ENDÓCRINA • Diabetes mellitus • Hipotireoidismo INSUFICIÊNCIA VISUAL • Catarata • Glaucoma • Degeneração senil INSUFICIÊNCIA AUDITIVA • Surdez de condução (rolha de cerumen) • Perda neurosensorial COGNIÇAO / HUMOR MOBILIDADE COMUNICAÇÃO