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1 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) DIFICULDADES DE CONCEITUAÇÃO: a) Diferenças de conceituação da força nos âmbitos físico e biológico; b) Falta de consenso nas abordagens e nomenclaturas empregadas. DEFINIÇÃO DE FORÇA: “Capacidade da fibra muscular em exercer tensão, decorrente de uma necessidade funcional.” DEFINIÇÃO DE TREINAMENTO: “Repetição sistemática de uma atividade, visando a melhora de rendimento” TIPOS / CLASSIFICAÇÕES DA FORÇA CLÁSSICA – em função do tipo de contração e/ou ação muscular exercida (DANTAS, 2003; GODOY, 1994; HATFIELD, 1984; HOLLMAN & HETTINGER, 1983; KRAEMER & FLECK,1999) Força Isométrica / Estática - Manifestação da força que não produz movimento articular, ocorrendo a contração muscular, que gera tensão, mas não promove alterações de comprimento do músculo. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 2 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 3 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) Força Dinâmica / Isotônica - Manifestação da força que produz movimento articular, ocorrendo a contração muscular, gerando tensão e promovendo alterações no comprimento do músculo. Subdividida em: F.D. Concêntrica / Positiva – Manifestada durante a fase concêntrica / positiva da contração muscular dinâmica concêntrica, ocorrendo a contração muscular, gerando tensão e promovendo o encurtamento das fibras musculares. F.D. Excêntrica / Negativa – Manifestada durante a fase excêntrica / negativa da contração muscular dinâmica excêntrica, ocorrendo a contração muscular, gerando tensão e promovendo o estiramento das fibras musculares. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 4 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 5 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 6 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) Na literatura também encontramos as seguintes classificações: Força isocinética – Manifestação específica da F.D.C. em que a tensão desenvolvida é constante em toda a amplitude do movimento, sendo determinada pela velocidade angular do movimento. A resistência se altera em função das variações de velocidade do movimento. Naturalmente só ocorre em movimentos no meio líquido, e essa situação é artificialmente reproduzida em aparelho específicos, denominados aparelhos isocinéticos. Força explosiva / rápida – Manifestação especifica da F.D.C. em que a tensão na fibra deve ser desenvolvido no menor tempo possível. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 7 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) FUNCIONAL: decorrente da manifestação e/ou da exigência motora (KRAEMER & FLECK,1999; RASCH & BURKE, 1977; WEINECK, 1986) TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 Supramáxima A magnitude da carga oposta (resistência) é maior do que a tensão desenvolvida pelo músculo. Ocorre em uma contração dinâmica excêntrica. Máxima A magnitude da carga oposta (resistência) é igual a tensão desenvolvida. Ocorre em uma contração estática. Submáxima A magnitude da carga oposta (resistência) é menor do que a tensão desenvolvida pelo músculo. Ocorre em uma contração dinâmica concêntrica. 8 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 Impulsora Através do encurtamento muscular permite a movimentação do peso do próprio corpo, ou de seus segmentos, de pesos exteriores ou ainda de superar resistências opostas. Obviamente se manifesta em contrações dinâmica concêntricas. Frenadora Através do aumento longitudinal do músculo produz um efeito ativo contrário, proporcionando o amortecimento, desaceleração e frenagem dos movimentos, decorrente de contrações dinâmicas excêntricas. Estática Utilizada na fixação de posicionamento corporais e/ou da sustentação de resistências externas, em função de contrações isométricas/estáticas. Combinada Caracterizada pela combinação de todos os elementos (impulsor, frenador e estático), que se manifestam em função da necessidade e/ou possibilidade momentânea. 9 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 Agonista Ação dos músculos responsáveis pela execução do movimento articular e que se manifesta em contrações dinâmica concêntricas. Antagonista Ação dos músculos que se contrapõem aos agonistas e que ocorre com contrações dinâmicas excêntricas. Sinergista Ação dos músculos que auxiliam os agonistas na execução de um movimento articular, também através de contrações dinâmicas Estabilizador Ação dos músculos que através de suas respectivas contrações isométricas/estáticas proporcionam apoio para que os agonistas realizem o movimento articular. 10 Atualmente, com a evolução do conhecimento, a classificação da força é altamente especializada, como a proposta por Weineck (1999). TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 11 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 DIFERENCIAÇÃO DE FORÇA, TRABALHO MUSCULAR E POTÊNCIA FORÇA – “capacidade de empregar o máximo de tensão...”, ligada ao conceito de intensidade TRABALHO MUSCULAR – “resultado do produto da força aplicada pelo espaço percorrido” (W = F x D) POTÊNCIA – “resultado da relação entre o trabalho realizado e o tempo consumido para tal (F x D/t) ou o produto entre a força e a velocidade (F x V).” “capacidade máxima de produzir força expressa em relação ao tempo.” RESISTÊNCIA – quantidade / volume. Também usada com o sentido de oposição FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 12 CONCEITO / DEFINIÇÃO: “... atividade física desenvolvida, predominantemente, através de exercícios analíticos (localizados), utilizando resistências graduáveis fornecidas por recursos materiais tais como: halteres, barras, anilhas, aglomerados, módulos, extensores, peças lastradas, o próprio corpo e/ou seus segmentos, etc.” (GODOY, 1994) TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) FINALIDADES: COMPETITIVA – rendimento em esportes específicos (levantamento de peso olímpico, levantamento básico ou de potência, fisiculturismo / fitness e “Homem mais forte” / Strong man. Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): Fisiculturismo; Fitness Levantamento olímpico – arremesso; Levantamento olímpico – arranco Levantamento básico - levantamento terra; Levantamento básico - agachamento Levantamento básico - supino Homem mais forte / Strongest man 13 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRARESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) FINALIDADES (continuação): FITNESS – aptidão física para atletas e não-atletas. Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): Preparação física para tenista WELNESS – estética, socialização, prevenção de hipocinesias, redução do stress, etc Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): Wellness 1 14 PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999): PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE Cada indivíduo apresenta características, necessidades e potencialidades próprias, resultantes da carga genética (GENÓTIPO) e da estimulação recebida (FENÓTIPO). PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO O organismo reage ao estímulos fortes recebidos de forma suportar estes estímulos obtendo uma homeostase em nível mais elevado. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA Quando o organismo atinge um novo nível de homeostase, ou seja, quando se adapta ao estímulo, este não é mais capaz de produzir adaptações, necessitando então ser aplicada uma carga maior (SOBRECARGA) deste estímulo, para que as adaptações continuem a se processar. Esta sobrecarga pode ser de VOLUME (quantidade), INTENSIDADE (qualidade)e DENSIDADE (relação de quantidade de trabalho pelo tempo necessário para completar). TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 15 PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999): PRINCÍPIO DA DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS Também denominado como PRINCÍPIO DE INTERDEPENDÊNCIA VOLUME X INTENSIDADE, determina que as sobrecargas devem ocorrer em apenas uma das variáveis, volume, intensidade ou densidade. Aplicar sobrecarga simultaneamente nas três variáveis pode provocar a aplicação de um estímulo muito forte que acarretará danos ao organismo. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA Determina que o treinamento aplicado não deve expor o indivíduo treinado a riscos relativos a sua integridade. A observação aos demais princípios científicos do treinamento promove esta segurança. PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE/ESPECIALIZAÇÃO Os estímulos aplicados devem ser específicos quanto ao grupo muscular, exigência motora e necessidades. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 16 PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999): PRINCÍPIO DA ESTRUTURAÇÃO Determina que na montagem de um programa de treinamento, os grandes grupos musculares (membros inferiores, antero-superiores de tronco, postero-superiores de tronco e lombares) sejam treinados antes dos pequenos grupos musculares. PRINCÍPIO DA PRIORIDADE Determina que na montagem de um programa de treinamento, os grupamentos musculares menos desenvolvidos estruturalmente e/ou funcionalmente, sejam treinados antes dos demais grupamentos. Por vezes este princípio de choca com o princípio da estruturação e na montagem do programa devem ser buscadas alternativas viáveis para solucionar esta situação. PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE / VARIAÇÃO Determina que periodicamente os estímulos sejam trocados, para impedir que haja uma acomodação dom organismo resultando em progressos insignificantes ou mesmo na ausência de melhora. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 17 PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999): PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO MULTILATERAL O treinamento deve visar o desenvolvimento harmônico de todo o corpo. PRINCÍPIO DA DESINIBIÇÃO As inibições psicológicas e fisiológicas devem ser retardadas e/ou anuladas com o treinamento., como, por exemplo a inibição reflexa à contração muscular provocada pela ação dos órgãos tendinosos de Golgi. PRINCÍPIO DA SIMULAÇÃO O treinamento deve simular ao máximo a exigência motora e funcional. Muito relacionado ao princípio da especificidade, mas não deve se restringir apenas ao grupo muscular e /ou movimento articular. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 18 PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO (BOMPA, 2002; DANTAS, 2003, GODOY, 1994, KRAEMER & FLECK, 1999, HATFIELD, 1984, WEINECK, 1999): PRINCÍPIO DA ACOMODAÇÃO O organismo tende a se acomodar ao estímulos. Por isso periodicamente estes devem ser variados, pois apenas a aplicação de sobrecargas já não produzirão respostas significativas, pois o nível de adaptação é muito elevado. Tem relação com a necessidade de periodizar o treinamento. PRINCÍPIO DA CONSCIENTIZAÇÃO Preconiza que quanto mais consciente o indivíduo treinado estiver sobre o processo de treinamento a que está submetido, mais rápido e adequadamente surgem as respostas de adaptação esperadas. É o princípio relacionado ao desenvolvimento da parte cognitiva. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 19 FATORES DETERMINANTES: 1. Fator Neural Índice de codificação – freqüência de descarga de potenciais de ação pelos motoneurônios. Recrutamento de unidades motoras – seleção e ordem de ativação das unidades motoras. Sincronização – sincronia das descargas dos potenciais de ação para as unidades motoras. Unidade Motora Motoneurônios Fibra Muscular Características A Fásico IIb contração rápida, força, anaeróbica B Fásico IIa contração rápida, força, anaeróbica C Tônico I contração lenta, endurance, aeróbica TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 20 As primeiras reações de adaptação são no fator neural. Resultam na melhora da coordenação intermuscular (entre os músculos que atuam em um movimento) e da coordenação intramuscular (dentro de um mesmo músculo). A melhora na coordenação intramuscular é responsável pelo aumento da força sem a ocorrência do aumento da área de secção transversa (hipertrofia). O fator neural controla a intensidade da contração muscular. O fator neural determina o treinamento e recebe influência do mesmo. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 21 2. Fator Muscular Envolve: a) Tipo de contração * isométrica, * dinâmica, * autotônica [combinação de contrações estáticas c/ dinâmicas (WEINECK, 1999)] b) Resistência à fadiga * em função do tempo de realização dos estímulos c) Reações de adaptação * Hipertrofia – aumento da área de secção transversa da fibra muscular, sendo uma reação biológica de adaptação decorrente do aumento de tensão sobre a fibra. Pode ser: aguda – aumento imediato após o exercício, mas de curta duração, decorrente do acúmulo de catabólitos e fluidos no músculos, por causa da constrição dos vasos sanguíneos pelas contrações musculares. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 22 2. FatorMuscular (continuação) crônica - conseqüência da continuidade do treinamento e do anabolismo. actomíosinica / estrutural – decorrente do anabolismo das proteínas, (miosina, actina e demais proteínas). sarcoplasmática – decorrente do aumento das substâncias existentes dentro do sarcoplasma. Relação da força com a hipertrofia - 3 a 4 kg de força/cm2 de secção transversa, independente de sexo e tipo de fibra. (HOLLMANN & HETTINGER, 1983) * Hiperplasia – divisão longitudinal da fibra, decorrente de esforços de alta inten- sidade (evidências em cobaias e suposição em humanos) O fator muscular também determina e recebe influência do treinamento. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 23 3. Fator Mecânico relacionado às vantagens/desvantagens mecânicas. Tipos de alavanca Interfixa Interresistente Interpotente TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 24 Ângulos de tração Linhas de tração TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 25 O fator mecânico determina aspectos como: * “pegadas” (neutra, pronada, supinada, aberta, fechada); * recursos materiais empregados (barra w, HBC, HBL) * amplitude de movimento (total, parcial); * posicionamento corporal (abduzido, aduzido, fletido, extendido, etc); * incidência do estímulo; * etc. Apesar de determinar o treinamento, o fator mecânico não se altera com o mesmo. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 26 4. Outros Fatores Idade; Estado psico-emocional; Sexo; Saúde; Ocorrência de lesões; Algias; Estado de treinamento; Estado nutricional; Conhecimento prévio do esforço a realizar; Medidas antropométricas; Fadiga. TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) 27 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) EFEITOS: 1. Generalizados (cárdio) 2. Analíticos/localizados NATUREZA: 1. Naturais 2. Construídos TIPOS DE EXERCÍCIOS 28 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) REGIMES DE TRABALHO / AÇÃO MUSCULAR: 1. Estáticos / Isométricos 2. Isotônicos / Dinâmicos 3. Excêntricos 4. Concêntricos 5. Isocinéticos CADEIA CINÉTICA: 1. Fechada 2. Aberta TIPOS DE EXERCÍCIOS 29 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) ATIVAÇÃO MIO-ARTICULAR 1. Compostos / Combinados Exercício composto - supino com halter 2. Isolados Exercício isolado - crucifixo com halter 30 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) PRÁTICA DOCENTE: Emprega, preponderantemente, os estilos de ensino de Programação Individualizada, Tarefas e Comandos, preconizados por Muska Mosston. Programação Individualizada • PROFESSOR: Muito exigido na preparação dos programas, liberado de tarefas organizacionais. • ALUNO: Trabalha no seu próprio ritmo, desenvolvendo responsabilidade e iniciativa. • CONTEÚDOS: Apresentados em forma de tarefas qualitativas e/ou quantitativas. • OBJETIVOS: Formulados em termos de mudanças comportamentais, quando operacionalizados, o padrão mínimo de rendimento fica a cargo do aluno. • METODOLOGIA: Baseada no princípio da individualidade. • ESTRATÉGIA: Envolve o ciclo: diagnose - elaboração do programa - execução - avaliação - reestruturação do programa. • INCENTIVO A PARTICIPAÇÃO: Envolvimento do aluno na determinação da tarefa e do padrão mínimo de rendimento. 31 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) PRÁTICA DOCENTE (continuação): Comandos • PROFESSOR: Elemento preponderante, escolhe atividades e objetivos, avaliando, corrigindo, etc. • ALUNO: Elemento passivo, obedecendo e executando o que é determinado. • CONTEÚDOS: Assumem valores absolutos e autônomos. • OBJETIVOS: Quantitativos, imediatos, disciplinadores. • METODOLOGIA: Situações didáticas que dão margem a uma só resposta. • ESTRATÉGIA: Baseada na demonstração e no emprego de vozes de comando. • INCENTIVO A PARTICIPAÇÃO: Temor e medo do fracasso. 32 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) PRÁTICA DOCENTE (continuação): Tarefas • PROFESSOR: Seleciona objetivos, conteúdos e a forma organizacional, que é menos rigorosa. • ALUNO: Tem a responsabilidade de escolher a tarefa a realizar. • CONTEÚDOS: Apresentados em forma de tarefas que podem ser: uma única tarefa para toda turma; diferentes tarefas para turma; diferentes tarefas ligadas a uma habilidade ou movimento. • OBJETIVOS: Ainda direcionados, mas com possibilidade de escolha dos meios de atingir os mesmos. • METODOLOGIA: Baseada no princípio da individualidade. • ESTRATÉGIA: O envolvimento na escolha das tarefas. • INCENTIVO A PARTICIPAÇÃO: Envolvimento do aluno na escolha da tarefa e determinação do padrão mínimo de rendimento. 33 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PESOS LIVRES • Um dos recursos materiais mais antigos. • Classificação quanto ao tipo de resistência: RESISTENCIA EXTERNA CONSTANTE – a resistência oferecida pelo recurso é sempre a mesma. As variações no esforço exercido decorrem de fatores internos (alterações de fatores que promovem vantagens/desvantagens biomecâncias) • Exemplos: a) BARRAS (longas, curtas,olímpicas, especiais) 34 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PESOS LIVRES b) ANILHAS (normais e olímpicas) c) HALTERES DE PESO FIXO halter de barra curta – HBC halter de barra longa – HBL 35 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PESOS LIVRES d) HALTERES DE PESO INTERCAMBIÁVEL halter de barra curta – HBC, halter de barra longa – HBL 36 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : MÁQUINAS • Também são recursos relativamente modernos, desenvolvidos com auxílio da engenharia e da biomecânica. • Classificação quanto ao tipo de resistencia: RESISTÊNCIA EXTERNA CONSTANTE– a resistência oferecida pelo recurso é sempre a mesma. As variações no esforço exercido decorrem de fatores internos (alterações de fatores que promovem vantagens/desvantagens biomecâncias) RESISTÊNCIA EXTERNA VARIÁVEL – a resistência oferecida pelo recurso é alterada através de mecanismos do próprio equipamento, visando acentuar ou reduzir o esforço exercido em porções distintas do arco do movimento articular, conforme as vantagens / desvantagens biomecânicas encontradas na realização do exercício. 37 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : MÁQUINAS • Exemplos: AGLOMERADOS (Residenciais, Apolos – UNIVERSAL GYM) 38 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : MÁQUINAS MÓDULOS Resistências: 1) placas pinadas (cabos, polias, correntes, correias) 2) anilhas 3) amortecedores (pneumáticos e hidráulicos) 4) mecansimos eletro-eletronicos-magnéticos (isocinéticas) 39 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PEÇAS LASTRADAS • Recursos relativamente antigos e simples, atualmente mais explorados • Classificação quanto ao tipo de resistencia: RESISTENCIA EXTERNA CONSTANTE – a resistência oferecida pelo recurso é sempre a mesma. As variações no esforço exercido decorrem de fatores internos (alterações de fatores que promovem vantagens/desvantagens biomecâncias) Exemplos: a) MEDICINE BALL b) CANELEIRA 40 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PEÇAS LASTRADAS c) COLETE d) SANDBAG e) BARRAS (ferro, metal) e BASTÕES (pvc com areia) f) ALTERNATIVOS: garrafas pet, galões, baldes, sacos com lastro (água, areia, terra, cimento, cascalho), pneus, toras de madeira, pedregulhos, ferro-velho. 41 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PEÇAS ELÁSTICAS • Também são recursos relativamente antigos, mas só recentemente tem sido mais utilizados e explorados. • Classificação quanto ao tipo de resistência: RESISTÊNCIA EXTERNA VARIÁVEL – a resistência oferecida pelo recurso é alterada em função do potencial de energia elástica do recurso empregado. Exemplos: a) Theraball b) Theratube 42 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PEÇAS ELÁSTICAS c) Theraband d) Extendores e) Tubo/elástico cirúrgico ou garrote f) Alternativos (camara de ar de pneu, molas) 43 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PEÇAS ELÁSTICAS 44 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : PEÇAS ELÁSTICAS 45 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : COMPLEMENTARES • Não são os recursos essenciais, mas contribuem na realização de um treinamento mais adequado, confortável e eficiente. Exemplos: a) Colchonetes b) Step, plinto 46 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : COMPLEMENTARES c) Espaldar d) Aparelhos “cárdio” (esteira, bike, remo) 47 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) RECURSOS MATERIAIS : COMPLEMENTARES e) Pranchas abdominais f) Cordas g) Racks, suportes h) Eletro-estimuladores 48 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS RECURSOS MATERIAIS Vantagens dos pesos livres: Melhor desenvolvimento de sinergistas e estabilizadores; Maior proximidade com padrões motores exigidos em atividades esportivas; Maior versatilidade; Menor custo; Ocupam menos espaço; Maior efetividade nos ganhos de força, potência, hipertrofia, etc; Relação custo X benefício mais vantajosa; Manutenção mais barata. Vantagens das máquinas: Promovem um maior isolamento: Maior segurança; Propiciam mais eficiência na utilização coletiva (circuitos); Ajuste de cargas mais rápido e fácil; Para determinados usuários promovem efeitos satisfatórios. 49 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS RECURSOS MATERIAIS Desvantagens dos pesos livres: Maior risco; Ajuste de cargas mais trabalhoso e demanda mais tempo; Menor possibilidade de promover o isolamento de músculos ou grupos musculares; Tendência a deixar a sala mais “bagunçada”. Desvantagens das máquinas: Isolamento excessivo; Ergonomia às vezes inadequada; Maior custo; Maior custo de manutenção; Necessitam de mais espaço; Menor relação custo X benefício 50 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS RECURSOS MATERIAIS Vantagens de peças lastradas: Custo; Portáteis (conforme o peso da peça); Ocupam pouco espaço; Manutenção barata Vantagens das peças elásticas: Custo; Portáteis; Ocupam pouco espaço; Manutenção barata Desvantagens de peças lastradas: Limitações de uso Desvantagens das peças elásticas: Limitações de uso OBS: Alguns autores citam os halteres como recursos portáteis, mas como a cargas e as dimensões dos mesmos variam, só os HBC com pouco peso poderiam ser considerados realmente portáteis. O mesmo acontece com as peças lastradas. Os únicos recursos que podem ser considerados realmente portáteis são os de resistência elástica (excetuando os theraball com maior diâmetro). ADAPTADO DE HATFIELD (1984) 51 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS RECURSOS MATERIAIS Grau de eficiência do tipo de recurso material conforme o objetivo (escala de 1-10) PL REC REV REV REA REA Ganho de massa muscular 10 8 7 7 5 5 Ganho de forçamuscular 10 5 6 6 8 7 Ganho de potência/explosão 9 5 5 5 10 10 Adaptação ao movimento esportivo 9 5 5 5 5 8 Adaptação à veloc / aceleração do mov. Esportivo 9 5 3 5 7 7 Qualidade da sobrecarga ao longo do movimento 6 6 7 7 9 8 Qualidade do isolamento muscular 10 8 8 8 8 9 Versatilidade 10 6 5 6 5 9 Total 73 48 46 49 57 63 Resistência Constante Resistência variável Resistência acomodativa fonte: EVERSON apud HATFIELD (1984) PL: pesos livres (halteres, barras, anilhas) REC: recursos de resistência externa constante (Paramount) REV: recursos de resistência externa variável (Nautilus - cam) REV: recursos de resistência externa variável (Universal - alavancas) REA: recursos de resistência externa acomodativa (Hydra-fitness - hidráulica) REA: recursos de resistência externa acomodativa (Mini-Gym - frenos, etc) 52 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) PRINCIPAIS EXERCÍCIOS PARA CADA GRUPAMENTO MUSCULAR : Grupos Musculares Exercício Composto Exercício Isolado Peitoral Supino (reto, inclinado, declinado, com HBL / HBC, máquinas), Paralela e mergulhos Voar (HBC, extensores, máquinas, pulleys) Pullover Ombro Desenvolvimentos ou “press” (halteres longo e curto) Elevações frontal, lateral e invertida (HBC, pulleys, extensores) Costas Puxadas, remadas (barra fixa pulleys, HBL / HBC, máquinas), Extensões da colunas, good morning (banco romano, HBC / HBL) Pullover (halteres longo e curto, pulleys), extensões da coluna (banco romano), shrugs (barra fixa, pulleys, HBC / HBL) 53 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) PRINCIPAIS EXERCÍCIOS PARA CADA GRUPAMENTO MUSCULAR : Grupos Musculares Exercício Composto Exercício Isolado Abdômen Abominais suspensos ou com pés fixos (barra fixa, espaldar, pranchas abdominais, banco romano) Abdominais curtos (colchonetes, ab- shapers) Membros inferiores Agachamento, avanços (HBC /HBL), hack, e press (hacks e leg press) Extensão e flexão de pernas (máquinas, sapato romano), flexões plantares (panturrilheiras, leg press) Membros superiores (exercícios de peitoral, costas e ombro) Roscas (HBC / HBL, extensores, pulleys, banco Scott, máquinas) 54 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) ESTILOS DE TREINAMENTO : MUSCULAÇÃO / BODYBUILDING / BODYSHAPING / FITNESS Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): Treinamento de musculação LEVANTAMENTO OLÍMPICO Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): Treinamento baseado em exercícios de levantamento olímpico Treinamento baseado em exercícios de levantamento olimpíco - kettlebell Treinamento baseado em exercícios de levantamento olímpico - educativos LEVANTAMENTO BÁSICO OU DE POTÊNCIA Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): Treinamento baseado em exercícios de levantamento básico 55 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) ESTILOS DE TREINAMENTO : RÚSTICO Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): Treinamento rústico 1 Treinamento rústico 2 Treinamento rústico 3 LOCALIZADA E VARIAÇÕES (BODYPUMP, STEP LOCAL, ETC) (aplicações coletivas) Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): BODYPUMP TREINAMENTO FUNCIONAL / PROPIOCEPTIVO Ilustrações disponíveis (clique sobre os links, se houver conexão com a internet): Treinamento funcional - circuito propioceptivo Treinamento funcional - deslocamento lateral em cama elástica Treinamento funcional - balancim e bastão 56 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: TERMOS ESPECÍFICOS Rep, Reps, Repetição: unidade da estrutura do programa, corresponde a uma única execução de determinado movimento. Set, Série, Grupo: constituí o conjunto de um determinado número de reps realizadas consecutivamente. Série, Rotina: representa o programa de uma sessão de treinamento, reunindo todos os sets dos exercícios a serem realizados. 57 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: EXEMPLO DE PROGRAMA (SÉRIE) SÉRIE EXERCÍCIOS SETS X REPS 1) AGACHAMENTO 2) SUPINO RETO 3) PUXADA PELA FRENTE NO “PULLEY” 4) PRESSÃO DE OMBROS 5) ABDOMINAL 4 X 12 3 X 10 3 X 10 3 X 10 5 X 25 58 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: FATORES INTERVENIENTES E DETERMINANTES • NECESSIDADES, OBJETIVOS E EXPECTATIVAS (AVALIAÇÃO / ANAMNESE) • ESTADO INICIAL (AVALIAÇÃO FUNCIONAL) • RECURSOS DISPONÍVEIS • TEMPO DISPONÍVEL • FILOSOFIA E REGRAS ADMINISTRATIVAS DO LOCAL • NÍVEL DE CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL • APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS • PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS Segurança, Estruturação (primeiro os grandes grupos, depois os pequenos), Prioridade (ênfase nos grupos menos desenvolvidos, mais fracos e/ou menos rápidos) 59 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: FATORES INTERVENIENTES E DETERMINANTES Na aplicação de programas de treinamento de força no âmbito da Educação Física Escolar, também deve ser considerado: • REGULAMENTAÇÃO DO HORÁRIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Dois tempos de 50 minutos por semana (30 minutos efetivos) • POSSIBILIDADE DE INTER E MUTIDISCIPLINARIEDADE Interação com outras disciplinas (Ciências, Física, etc) • PROPOSTAS PEDAGÓGICAS Unidade do conteúdo. Durante o aquecimento e na “espera” pelas atividades de outras unidades. Como atividade extra-classe. Como atividade alternativa no recreio. 60 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: PRESCRIÇÃO DAS CARGAS DE VOLUME Nível Exercícios/grupo muscular Sets / Exercícios Iniciantes 1 a 2 1 a 2 Intermediários 2 a 4 2 a 4 Avançados individual / instintivo individual / instintivo QUANTIDADE DE EXERCÍCIOS E SETS (Yessis – 1988) 61 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: PRESCRIÇÃO DAS CARGAS DE VOLUME QUANTIDADE DE REPS POR SET EM FUNÇÃO DO OBJETIVO (Yessis – 1988) OBJETIVO REPS Ganho de força, sem incremento de massa muscular 2 - 4 Ganho máximo de massa muscular, algum ganho de força 6 - 8 Ganhos de força, massa musculare resistência 10 - 15 Ganhos de resistência sem sobrecarga no sistema cardiorrespiratório 15 - 50 Ganhos de resistência muscular e cardiorrespiratória 75 - 100 62 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: PRESCRIÇÃO DAS CARGAS DE INTENSIDADE (DANTAS, 2003) PARÂMETRO INTENSIDADE PERCENTUAL DE 1 RM FORÇA DINÂMICA 90 A 100 % “HIPERTROFIA” 80 A 90 % FORÇA EXPLOSIVA 60 A 80 % RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA 40 A 60 % 63 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: CONTROLES DE TREINAMENTO Formas de estabelecer / controlar as cargas de trabalho, principalmente as cargas de intensidade na prescrição do treinamento. TESTE DE REPETIÇÃO MÁXIMA (1 RM, 2 RM, 6 RM) – intensidade máxima, ou seja, a quantidade máxima de peso que permite a execução por um determinado número de repetições. Procedimentos básicos: * determinar um padrão de execução do movimento; * explicar os procedimentos a serem realizados; * realizar um aquecimento. 64 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: CONTROLES DE TREINAMENTO Formas de aplicação: Crescente – aumento gradativo da carga, até não se conseguir executar a movimentação, conforme o padrão estabelecido. (forma mais comum e segura) Decrescente – inicia-se com uma carga, com a qual não se consiga realizar o movimento e, gradativamente, reduz-se a carga até que se possa realizar o movimento conforme o padrão estabelecido. (pouco utilizada e com maior risco) 65 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: CONTROLES DE TREINAMENTO TESTE DO MÁXIMO DE REPETIÇÕES – volume máximo de repetições, ou o período máximo, com o qual se consegue executar um movimento, conforme um padrão pré-estabelecido, com determinada carga de intensidade (quantidade de peso). (indicado para aplicações em que não haja disponibilidade de recursos e/ou em aplicações coletivas do treinamento). OBSERVAÇÕES: As cargas são calculadas em termos percentuais destes resultados. Para o trabalho com crianças, adolescentes e idosos, recomenda-se o teste de 6 RM 66 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: CONTROLES DE TREINAMENTO CÁLCULO DO TRABALHO MUSCULAR: ∂ = (“KILAGEM” X REPS) X SETS) X ∆) X SESSÕES) onde: ∆ = deslocamento do peso. É possível considerar apenas o deslocamento concêntrico, apenas o excêntrico e o total (considerar os valores absolutos de cada fase). Em função da dificuldade de mensurar este deslocamento, uma alternativa seria considerar esta variável como uma constante de valor 1, facilitando assim os cálculos. O trabalho total é somatório deste cálculo para todos os exercícios do programa de treinamento. 67 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: CONTROLES DE TREINAMENTO CÁLCULO DA DENSIDADE / POTÊNCIA: DENSIDADE / POTÊNCIA = ∂ / tempo necessário para realizar o trabalho 68 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: APLICAÇÃO DA SOBRECARGA VOLUME AUMENTO DO Nº DE EXERCÍCIOS AUMENTO DO Nº DE SETS AUMENTO DO Nº DE REPS AUMENTO DO Nº DE SESSÕES (FREQÜÊNCIA) 69 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: APLICAÇÃO DA SOBRECARGA INTENSIDADE AUMENTO DA “KILAGEM” VELOCIDADE DE EXECUÇÃO MÉTODOS EMPREGADOS ORDEM DOS EXERCÍCIOS NA SÉRIE ISOLAMENTO (EXERCÍCIOS, ÊNFASE EM DETERMINADO ARCO DO MOVIMENTO ARTICULAR) 70 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: APLICAÇÃO DA SOBRECARGA INTENSIDADE AUMENTO DA TENSÃO MUSCULAR (RECURSOS MATERIAIS, NÃO PERMITIR “ENCAIXE ARTICULAR”, NÃO “MARCAR” A TRANSIÇÃO ENTRE FASES POSITIVA E NEGATIVA) INÍCIO PRÉ-ESTIRAMENTO E USO DO PIQUE DE CONTRAÇÃO COMBINAÇÃO DE MÉTODOS E REGIMES DE TRABALHO MUSCULAR (ESTÁTICO- DINÂMICO) 71 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MONTAGEM DE PROGRAMAS: APLICAÇÃO DA SOBRECARGA DENSIDADE AUMENTO DA DENSIDADE (REDUÇÃO DOS INTERVALOS DE RECUPERAÇÃO) 72 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO CONVENCIONAL: • provavelmente é a forma mais antiga de sistematização do treinamento; • em geral estabelece: 2 a 4 exercícios (básicos) por grupamento muscular; 2 a 6 sets por exercício; 1 a 20 reps/set; intervalos de 2 a 7 minutos entre os sets; freqüência semanal de 3 sessões, em dias alternados; preponderância do princípio da estruturação sobre o princípio da prioridade • proporciona a base para métodos mais avançados; • promove considerável ganho de força, hipertrofia e resistência; • estimula todos os segmentos em uma única sessão; 73 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO CONVENCIONAL (continuação): • não permite maior especialização; • as sobrecargas tornam a sessão demorada e desgastante, perdendo eficiência e conduzindo ao overtraining; • aplicabilidade em iniciantes, no retorno ao treinamento, nas fases de transição ou na necessidade de reduzir o treinamento, quando se almeja uma aptidão geral sem grande especialização 74 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA ROTINA DIVIDIDA: • outras nomenclaturas - série dividida, split routine, split training • desenvolvido para ultrapassar as limitações do método convencional • divide o programa da sessão de treinamento do método convencional em duas ou mais sessões, com isso se torna possível: 1. especializar o treinamento; 2. mais adequadas; 3. período de recuperação para cada grupo muscular; 4. favorecer a ocorrência da assimilação compensatória; 5. um nível mais aprimorado de treinamento e conseqüentemente, a melhora da performance; 6. quebrar a monotonia do método convencional 75 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR)MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA ROTINA DIVIDIDA (continuação): Vantagens do método: • menor demanda energética global, favorecendo a obtenção de energia para os processos de restauração; • maior período de recuperação: recuperação de glicogênio - 5 a 46 horas recuperação completa - 72 horas (BECKLES, 1988 apud GODOY, 1994) a assimilação compensatória só ocorre quando cessam as reações catabólicas impostas pelo treinamento e as reações anabólicas de adaptação (EVERSON, 1987, apud GODOY, 1994) • desenvolvimento mais proporcional entre os grupos musculares; • maior capacidade de manipulação da sobrecarga (volume e intensidade) para cada grupo muscular; • pode ser combinado com outros métodos (só os métodos convencional e Nautilus descartam sua utilização). 76 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA ROTINA DIVIDIDA (continuação): Com base nos fundamentos dos princípios da individualidade e da adaptação podem ser aplicadas diversas formas de aplicação do método. As mais comuns são: Microciclo com 4 sessões semanais (2:1), com freqüência de 2 sessões não consecutivas por semana para cada grupo muscular Microciclo com 6 sessões semanais (6:1), com freqüência de 3 sessões não consecutivas por semana para cada grupo muscular 77 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA ROTINA DIVIDIDA (continuação): Microciclo com 3 sessões consecutivas, seguidas por um dia de descanso (3:1), com freqüência de 2 sessões por grupo muscular a cada 8 dias Microciclo com 4 sessões consecutivas, seguidas por um dia de descanso (4:1), com freqüência de 2 sessões por grupo muscular a cada 10 dias Treinar grandes grupos musculares em uma sessão e os pequenos em outra Treinar membros superiores em uma sessão e membros inferiores em outra Combinar com o método Pull-Push (Puxe-empurre) 78 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA ROTINA DIVIDIDA (continuação): Variações: • Rotina duplamente dividida; • Rotina triplamente dividida. 79 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA ROTINA DUPLAMENTE DIVIDIDA • também conhecido como Double-split, série em 2 turnos, dupla rotina, dupla sessão, dobra • variação da rotina dividida, em que se aplicam 2 sessões de treinamento por dia • propicia uma maior especialização e intensidade do treinamento de cada grupo muscular • indicado para atletas de alto nível, que treinam com intensidades elevadas e tem disponibilidade de tempo • necessário um período de recuperação entre as duas sessões diárias • o ideal é a aplicação de procedimentos que acelerem a recuperação entre os intervalos • as formas de aplicação são similares ao método da rotina dividida, lembrando a aplicação de 2 sessões diárias 80 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA ROTINA TRIPLAMENTE DIVIDIDA • também conhecido como Triple-split, série em 3 turnos, rotina tripla, sessão, dobra • variação da rotina dividida, em que se aplicam 3 sessões de treinamento por dia • exige disponibilidade de tempo e cuidados com a recuperação 81 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA PIRÂMIDE: • é um método muito antigo, bastante conhecido, empregado e divulgado • fundamentação: correlação volume x intensidade • formas: Pirâmide crescente: inicia com intensidade moderada e volume alto, a cada set aumenta-se a intensidade e diminui-se o no de repetições (forma mais usual). Pirâmide completa: inicia com intensidade moderada e volume alto, aumenta-se a intensidade diminuindo o volume até atingir a intensidade máxima prevista e depois diminui-se a intensidade e aumenta-se o volume de repetições até retornar ao nível inicial (forma mais completa e mais desgastante). 82 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA PIRÂMIDE (continuação): Representação esquemática INTENSIDADE (% 1RM) SET VOLUME (repetições por set) 100% 6 o set 1 90% 5 o set 3 80% 4 o set 5 70% 3 o set 7 65% 2 o set 10 60% 1 o set 15 83 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA PIRÂMIDE (continuação): Vantagens e aspectos fisiológicos: • aquecimento músculo-articular na própria execução do treinamento; • estímulo de unidades motoras de diferentes potenciais de excitação; • ocorrência de somação de ondas e de unidades motoras; • preparação psicológica para os sets intensos; • Incremento de força dinâmica; • Incremento de RML; • treinabilidade de distintos componentes neuro-musculares • superação dos estímulos inibitórios do fator neural (fuso muscular, órgão tendinoso de Golgi, receptores articulares, etc). 84 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA PIRÂMIDE (continuação): Desvantagens: • se a densidade for baixa a sessão é muito demorada • se a densidade for alta a intensidade (% de 1RM) tende a ficar menor Crítica: • alguns treinadores e teóricos afirmam que a espoliação de fosfagênios e a crescente ação inibitória do fator neural não permitem que se atinja uma maior intensidade. Emprego: • levantamento de peso (olímpico e básico), • atletas que necessitem ganho de força dinâmica. 85 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA PIRÂMIDE (continuação): Observações: • evitar a aplicação constante de sets com 1RM, pois há um grande potencial de risco de ocorrência de lesões e por não proporciona estimulação por tempo suficiente para promover adaptações no fator muscular; • as reações de adaptação a estímulos de 1RM são no fator neural (HATFIELD, 1984 apud GODOY, 1994); • o método é muito intenso e desgastante, se o emprego for prolongado, alternar sessões “mais leves” com sessões “mais pesadas”. 86 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO SUPER-SET: • outras denominações: super-série, série conjugada; • consiste na execução consecutiva de 2 sets de exercícios distintos; • é um método de alta densidade,utilizado desde 1950; • é mais complexo que a simples execução seqüenciada de sets de exercícios distintos (HATFIELD, 1988 apud GODOY, 1994) • formas de aplicação: Tradicional - agonista/antagonista c/ alta densidade (com esta forma o incremento de força é relativamente menor). 87 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO SUPER-SET (continuação): MOVIMENTO ARTICULAR RECURSO MATERIAL GRUPO MUSCULAR SET X REPS Flexão de cotovelo robot bíceps braquial, braquial 3 x 15 Extensão de cotovelo pulley alto tríceps braquial 3 x 15 Segundo HATFIELD (1988 apud GODOY, 1994): 1 a ) sessão de treinamento + curta 2 a ) desenvolvimento harmônico 3 a ) base fisiológica e psicológica para treinos + intensos 4 a) “pump” elevado hipertrofia muscular 5 a ) fluxo sangüíneo elevado = melhor recuperação 6 a ) maior estimulação cardiovascular e respiratória maior nível de aptidão 7 a ) redução de adiposidade elevação do metabolismo 8 a ) manutenção ou melhora da flexibilidade alongamento passivo 88 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO SUPER-SET (continuação): Alternativa 1 - agonista/antagonista com baixa densidade - para “corrigir” a deficiência no ganho de força da forma tradicional do super-set , porém os efeitos de “pump”, redução da adiposidade, aptidão cardiovascular e respiratória já não serão acentuados. Mantém-se os efeitos de desenvolvimento harmônico e os efeitos sobre a flexibilidade. Alternativa 2 - agonista/agonista c/ alta densidade 89 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO SUPER-SET (continuação): EXERCÍCIO GRUPO MUSCULAR SET X REPS Supino inclinado ou 45 o peitoral maior (clavicular) 3 x 10 Supino reto peitoral maior (esternal) 3 x 10 Segundo HATFIELD (1988 apud GODOY, 1994): 1 a ) sessão de treinamento + curta 2 a ) maior intensidade e especialização do grupo muscular treinado 3 a) “pump” elevado hipertrofia muscular 4 a ) fluxo sangüíneo elevado = melhor recuperação 5 a ) maior estimulação cardiovascular e respiratória maior nível de aptidão 7 a ) redução de adiposidade elevação do metabolismo 8 a ) resistência localizada 9 a ) os exercícios aplicados devem apresentar motores secundários e acessórios distintos (ex: press de ombro + remada em pé) 90 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO SUPER-SET (continuação): Alternativa 3 - super-set múltiplo- consiste na aplicação de 2 seqüências de exercícios agonistas/antagonistas Variantes: Tri-set, Set Gigante SEQÜÊNCIA I SEQÜÊNCIA II Supino reto Mesa extensora Rosca bíceps Crunch abdominal Remada Mesa flexora Rosca tríceps Hiperextensão da coluna Observam-se os mesmos princípios e efeitos do super set tradicional com um efeito cardiovascular e respiratório mais pronunciado 91 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO CIRCUITO: • simples aplicação do circuit-training; • criado em 1953 por MORGAN e ADAMSOM, na Universidade de Leeds, na Inglaterrra, visando o treinamento indoor de atletas de remo, durante o inverno; • influência do interval training e do bodybuilding; • a maioria dos autores estabelece de 6 a 15 estações, mas não há regra fixa. Princípios de aplicação: CARGA FIXA 1. a carga de trabalho na estação é fixa; 2. o indivíduo procura realizar o circuito no menor tempo possível; 3. mais indicado para aplicações individuais. 92 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO CIRCUITO (continuação): TEMPO FIXO a) tempo na estação é fixo; b) o indivíduo realiza o máximo trabalho neste período; c) mais indicado para aplicações coletivas. Objetivos: 1) circuito – cardiovascular; 2) estação – neuromuscular. Aquecimento: Pode ser aplicada uma volta no circuito com carga relativamente menor. 93 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO CIRCUITO (continuação): Classificações: podem ser anaeróbico / intermitente ou aeróbico / contínuo CIRCUITO AERÓBICO ou CONTÍNUO CIRCUITO ANAERÓBICO ou INTERMITENTE N o de estações: N o de passagens: Intensidade: Qualidades físicas: Execução: Absorção: FC(média): Intervalo entre estações: Intervalo entre passagens: 6 a 15 maior média RML / Flexibilidade / Habilidade ritmada “steady-state” 120-150 bpm pequeno a médio pequeno 6 a 8 menor alta Força / Velocidade / Potência / Agilidade veloz débito de O2 acima de 160 bpm não há até FC voltar a 120 bpm 94 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO CIRCUITO (continuação): Vantagens: 1. resultados a curto prazo; 2. efeitos na composição corporal; 3. efeito motivacional; 4. permite trabalho coletivo; 5. respeito à individualidade, mesmo em trabalhos coletivos; 6. economia de tempo; 7. facilidade de controle e organização; 8. trabalho de efeito geral; 9. permite auto-avaliação; 10. c/ pouca disponibilidade para trabalhos mais específicos, promove resultados satisfatórios. 95 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO CIRCUITO (continuação): Desvantagens: 1. pouca especificidade; 2. em aplicações por períodos mais prolongados, exerce influência negativa na força e na massa magra (YESSIS, 1991 apud GODOY, 1994). 96 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO ROUBADA • outros nomes: roubo, roubar, cheating • finalidade: ultrapassar limites impostos pela fadiga ou de desvantagem mecânica no movimento articular (YESSIS, 1989) e promover uma sobrecarga (intensidade/volume) • objetivo: intensificar o treinamento • erro: facilitar a execução do exercício. • fundamento: fator mecânico técnica da aplicação adequada conhecimento da anatomia, cinesiologia, biomecânica busca de vantagem mecânica e redução do risco de ocorrência de lesões) • formas de aplicação: desde a 1a repetição (intensidade) nas 3 últimas repetições do set (volume x intensidade) 97 TREINAMENTODE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO ROUBADA (continuação) • vantagens: 1. facilidade e simplicidade (tendência instintiva em “roubar”) 2. não requer recursos específicos ou alterações no programa / série 3. promove ganhos de força e massa muscular 4. segurança - alivia as tensões nos pontos críticos de desvantagem mecânica 5. indiretamente melhora a coordenação e domínio corporal • desvantagens: 1. maior risco de ocorrência de lesões 2. desvios e disfunções posturais 3. possibilidade de perda de flexibilidade (YESSIS, 1989) 4. desenvolvimento desproporcional e desarmônico 5. perda de eficiência do método se o roubo for exagerado 98 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO FORÇADA • controvérsia x incompreensão do método • consiste na utilização da ajuda prestada por um auxiliar, para completar a fase concêntrica das 2-3 últimas repetições de um set • repetição forçada = repetição realizada com auxílio • requisitos do auxiliar: 1. atenção e percepção no momento em que ocorre a perda de controle do peso pelo executante 2. sensibilidade para dosar o auxílio (nem demais, nem de menos) 3. conhecimento do treinamento e do indivíduo a quem vai auxiliar 4. certo nível de condicionamento para poder manter o controle do peso numa situação emergencial 99 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO FORÇADA (continuação) • cuidados: 1. empregar apenas no último set de cada exercício (HANEY, 1990) 2. só utiliza-lo após um período de adaptação: de 4 a 5 semanas segundo HATFIELD (1984); de 1 ano segundo HANEY(1990) • ações, efeitos do método: 1. superar as falhas de transmissão do impulso nervoso 2. superar a inibição do fator neural à contração muscular 3. superar as falhas no mecanismo contrátil (fator mecânico) 4. maior eficiência dos sistemas energéticos 5. maior tolerância aos efeitos inibitórios da fadiga 6. incremento de RML (anaeróbica) 7. hipertrofia muscular 8. em relação à repetição roubada , promove uma maior segurança 100 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO FORÇADA (continuação) • erros e desvantagens: 1. necessidade de um auxiliar (limitação) 2. auxílio exagerado 3. utilização desde a 1a repetição (descaracteriza o método) 4. acomodação do aluno(a)/atleta; confiando demasiadamente no auxílio prestado. 5. quando empregado como estímulo competitivo entre dois companheiros de treino, pode causar lesões e overtraining 101 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO PARCIAL • também conhecido como : mid-range; burn reps • consiste na execução do exercício limitado a uma porção do arco do movimento articular • formas de aplicação: ao final de um set fadiga muscular momentânea + 2 a 4 “burn reps” da intensidade hipertrofia muscular • desde a 1a repetição “isolamento muscular” ou “ação prioritária” incremento da força em porções específicas do movimento articular treinamento “ao redor da lesão” aplicação na reabilitação / fisioterapia • fundamentação: fator mecânico 102 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO PARCIAL (continuação) úmero rádio/ulna bíceps braquial braquial braquiorradial linha de tração ângulo de tração componente rotatório braço de alavanca do braquiorradial braço de alavanca do bíceps braquial e braquial 103 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO PARCIAL (continuação) • possibilidades / vantagens: 1. incremento de força (em porções específicas do arco do movimento articular) 2. hipertrofia muscular 3. aumento da intensidade (localizada) 4. proteção / segurança no emprego de sobrecargas evitando pontos de desvantagem mecânica menor probabilidade de ocorrência de lesões 5. dependendo do arco articular escolhido maior tensão sobre o músculo por não haver o encaixe articular maior intensidade 6. “tendência instintiva” de ocorrência facilidade de aprendizagem do método 7. não necessita de auxiliares e/ou recursos específicos (facilidade de aplicação) 104 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO PARCIAL (continuação) • limitações / desvantagens (conseqüências de aplicações inadequadas): 1. perda de flexibilidade 2. desequilíbrio de força no movimento articular 3. desenvolvimento desarmônico • periodização: 1. apenas no último set de um determinado exercício 2. em todos os sets de um único exercício por grupo muscular 3. em uma sessão semanal por grupo muscular 4. um microciclo a cada mesociclo (1 semana a cada mês) 5. por um mesociclo (3 a 4 microciclos / 2 - 4 semanas) 105 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO PARCIAL (continuação) • variação / alternativa: completar a amplitude do movimento articular encadeando sets ou reps parciais . ex: rosca 21 atenua o problema da perda de flexibilidade 106 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA TENSÃO LENTA E CONTÍNUA • objetivo: aquisição de elevado nível de definição e densidade muscular e/ou maior controle e domínio da musculatura na realização de movimentos • execução: realizar cada rep de maneira lenta, tanto na fase concêntrica como na fase excêntrica e sem marcar com pausas a passagem da fase concêntrica para excêntrica e vice-versa, pressupõe-se que isto promova uma tensão contínua na musculatura treinada. Obs: tensão contínua tensão constante • fundamentação: fator muscular + fator neural 1. fator muscular - maior volume (tempo) = maior desgaste = definição 2. fator neural - maior exposição ao estímulo com contrações submáximas = maior recrutamento de unidades motoras através da somação assincrônica = maior densidade e controle do movimento 107 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA TENSÃO LENTA E CONTÍNUA (continuação) • Adeptos mais radicais preconizam repetições c/ 30-40 seg. de duração (DARDEN, 1985; Wolf, 1984; PETERESON, 1982) alto grau de dificuldade.Comum são reps de 10 a 12 seg. difícil. • requisitos: 1. redução da “kilagem” 2. execução de exercícios com toda a amplitude do movimento articular 3. elevado nível de concentração e percepção temporal 108 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA TENSÃO LENTA E CONTÍNUA (continuação) • vantagens: 1. incremento de resistência muscular (específica) 2. maior resistência aos impulsos inibitórios do fator neural 3. manutenção e/ou incremento da flexibilidade 4. maior nível de densidade e definição muscular e domínio do movimento / contração muscular • desvantagens / limitações: 1. monotonia 2. não melhora a potência / velocidade 109 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA TENSÃO LENTA E CONTÍNUA (continuação) • aplicação: ginastas, bailarinos, culturistas, acrobatas, etc. • alguns recursos materiais facilitam a aplicação (aparelhos com cabo ou corrente - “pulleys, cross-over”, flexo-extensora, determinados módulos, aglomerados) • o método da tensão lenta e contínua não é compatível com a repetição roubada, repetição parcial, aceleração compensada • o método pode ser combinado com a repetição forçada e pique de contração 110 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DO PIQUE DE CONTRAÇÃO • objetivo: intensificar o treinamento • execução: empregar uma contração isométrica de 2 a 4 segundos no ponto em que o músculo está no ponto de máxima contração, ou seja, no menor comprimento. • requsitos: o músculo deve contrair-se totalmente, até o ponto de máximo encurtamento, a sobrecarga imposta deve ter uma magnitude que requisite o máximo de fibras, os recursos materiais empregados não podem promover o “encaixe articular”, os exercícios devem ser selecionados adequadamente. • obs: geralmente se aplica em combinação com o método da tensão lenta e contínua. 111 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO NEGATIVA • outras nomenclaturas: negativa, treinamento excêntrico • execução: o treinamento se concentra na contração excêntrica, não se realiza a contração concêntrica • o método recebeu muita ênfase na década de 70 (difusão do método Nautilus) • necessário diferenciar entre a contração excêntrica e a fase passiva da contração concêntrica a) contração excêntrica = reação ativa a uma resistência maior que a força máxima (excêntrica máxima) ou a maior força desenvolvida no momento (excêntrica relativa) 112 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO NEGATIVA (continuação) b) fase passiva da contração concêntrica = alongamento ou relaxamento da musculatura, sem oferecer reação à ação da gravidade ou à carga aplicada • inicialmente foi considerado o melhor método para desenvolvimento da força e hipertrofia pela possibilidade de manuseio de kilagens mais elevadas e pela ocorrência de dor muscular tardia • verificou-se um a grande incidência de lesões ósteo-mio-articulares decorrentes da utilização exclusiva deste método 113 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO NEGATIVA (continuação) • explicação para possibilidade de manuseio de kilagens mais elevadas menor recrutamento de unidades motoras para determinada carga, em relação a fase concêntrica; desintegração de pontes cruzadas promove uma maior fricção interna que favorece a utilização de maior quantidade de peso na fase excêntrica • forma de aplicação: 1. exclusiva - em todas as repetições (pouco utilizada em função do risco de ocorrência de lesão) 2. nas 2-4 últimas repetições de um set, após a execução de repetições roubadas, forçadas e/ou parciais. 114 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO DA REPETIÇÃO NEGATIVA (continuação) • desvantagens / limitações: 1. pouca especificidade (maioria das atividades = concêntrica) 2. necessidade de ajudantes ou recursos materiais específicos 3. alto potencial de risco (lesões) 4. nível de aptidão e experiência compatíveis (não é adequado para iniciantes) 115 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO NAUTILUS • criado, desenvolvido e difundido pela equipe científica da Nautilus Sports/Medical Inc. • início da década de 70 grande impacto • JONES, DARDEN, PETERSON, WOLF (1984) ousadia afirmar ser o melhor e mais eficiente método no futuro seria o único método de treinamento neuromuscular • fundamento deste entusiasmo: “PROJETO COLORADO - COLORADO STATE UNIVERSITY” = ganho de 22 kg de massa muscular (Casey Viator - Mr USA) • marco: conceito de intensidade e a cientificidade da fundamentação dos princípios do método (fisiologia, cinesiologia, biomecânica, bioquímica, etc) • se preocupou com as pessoas portadoras de deficiência 116 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO NAUTILUS (continuação) • princípios: 1. potencial do trabalho excêntrico (concêntrico = 2 seg;; excêntrico = 4 seg) 2. pré-estiramento muscular na posição inicial do movimento (força x flexibilidade; disposição dos filamentos de actina e miosina) 3. emprego de resistências diretas, balanceadas, automaticamente variadas e em forma rotativa (não proporcionar “encaixes”, inércia, a resistência varia para promover tensão muscular constante, etc.) recursos específicos dos equipamentos Nautilus 4. utilização de toda a amplitude do movimento articular (contração máxima) 5. “isolamento” da musculatura a ser treinada (atenuar ação de sinergias) 6. intensidade máxima (fadiga muscular momentânea) condição obrigatória do método paradoxalmente foi o ponto forte e o ponto fraco do método 117 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO / MUSCULAÇÃO / NEUROMUSCULAR) MÉTODOS DE TREINAMENTO MÉTODO NAUTILUS (continuação) • princípios: 7. emprego da Pré-exaustão através de exercícios isolados fatigar os músculos motores primários e promover a intensidade máxima nos exercícios compostos onde todos os grupos musculares alcançariam a fadiga simultaneamente (teoricamente) alta densidade passagem de um exercício para o outro em 3 segundos máquinas específicas: double chest, double shoulder, compound leg machine 118 TREINAMENTO DE FORÇA / MUSCULAÇÃO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 0279/01 FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE FORÇA (COM PESOS / CONTRA RESISTIDO
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