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Aula 07 Análise dos Questionários TCC PEDAGOGIA

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Aula 07 Análise dos Questionários
Disciplina: TCC PEDAGOGIA
(p.2)
OBJETIVO DESTA AULA
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Conversar um pouco sobre a análise de dados quantitativos;
2. aprender a como analisar os dados provenientes de questionários;
3. entender como se faz a tabulação de respostas abertas e fechadas;
4. aprender como apresentar estes dados, em quadros, tabelas e gráficos;
5. refletir sobre o significado de todos estes números para construir sua análise.
(p.3)
Análise de Dados Quantitativos
Regina Bortolini
Em aulas passadas vimos que, embora um relativo consenso no meio acadêmico possa considerar que certos tipos de pesquisa se delineiam a partir do uso de certos instrumentos de coleta e análise de dados, cada objeto e condições de pesquisa é que serão determinantes das escolhas que o pesquisador deverá fazer. Nesse sentido, temos discutido as diferenças entre modelos de pesquisa e sobre os limites de cada um deles.
Tendo em vista a compreensão mais plural, profunda e profícua da realidade, muitas vezes, em nossas discussões, destacamos a importância de integrarmos diferentes abordagens e contribuições.
As pesquisas quantitativas são aquelas voltadas para a descrição ou mapeamento de fenômenos e geralmente fazem uso de questionários, para obtenção de dados que podem ser facilmente mensuráveis, ou seja, transformados em valores numéricos.
(p.4)
Análise de Dados Quantitativos
Já comentamos que, muitas vezes um/a pesquisador/a iniciante tem a visão ingênua de que o uso de questionários é “mais fácil” porque ele não precisa demorar-se no campo e pode atingir um número maior de respondentes. Ele acha que a análise de dados quantitativos é uma tarefa simples - basta transformar tudo em tabelas e dali tirar a percentagem de cada resposta e pronto!
Mas a coisa não funciona bem assim. Uma análise de dados quantitativos, como acontece em pesquisas profissionais, não é nada simples. Para que o resultado de fato expresse as características ou o comportamento de uma população ou fenômeno é necessário o uso de instrumentos de análise bem complexos, que demandam um conhecimento de estatística e de matemática que dificilmente está ao alcance de estudantes de graduação (ou mesmo de pós-graduação) das ciências humanas.
Se alguém já encontrava dificuldades com matemática no colégio, palavras como análise uni, bi ou multivariada, de correspondência, médias, medianas, desvio-padrão podem parecer assustadoras!
(p.5)
Mas tenha calma! Dificilmente, em um trabalho de conclusão de curso, você vai usar métodos de produção e de análise de dados quantitativos complexos. Em nosso caso, não estaremos lidando com um volume de dados ou problemática de estudo que justifique o uso desses instrumentos estatísticos.
ATENÇÃO
Mas é importante saber que estas metodologias existem para ser capaz de perceber o nível de análise de dados em que você estará trabalhando. Ou seja: tenha clareza de que o que você estará fazendo é uma análise bem simples, que apenas aponta/ indica alguns resultados.
(p.6)
Se você optou pelo uso de questionários como instrumento principal de coleta de dados, você vai precisar tabular e interpretar os resultados encontrados.
Mas, mesmo que você esteja fazendo um estudo qualitativo, a análise de dados quantitativos é sempre útil.  Neste caso, a análise de relatórios de pesquisas desenvolvidas por grandes institutos e instâncias de governo como Secretarias de Educação Municipais ou Estaduais, MEC, IBGE, entre outros pode ajudar a situar melhor o resultado encontrado em entrevistas e observações. 
De um modo ou de outro, você vai precisar aprender a ler e/ou produzir tabelas e gráficos que sistematizam as informações encontradas.
(p.7)
Tabulação e Sistematização das Informações
Todo dado coletado numa pesquisa através de questionários precisa ser sistematizado, ou seja, os resultados numéricos precisam ser dispostos e ordenados de modo que sua leitura e a análise sejam facilitadas. Esse não é um trabalho simples. E pode ser bastante trabalhoso.
O Processo de Tabulação
O primeiro passo é tabular as respostas, ou seja, organizar os dados para transformá-los em informação. Ou seja, aquele monte de papel dos questionários/formulários preenchidos, precisa ser transformado em tabelas, quadros, listas etc.
Todo processo de tabulação envolve trabalhar com variáveis, ou seja, com valores que vão variar segundo a resposta dada pelos sujeitos da pesquisa. A tabulação das respostas vai permitir verificar a distribuição de uma variável, ou seja, a frequência de sua aparição no conjunto dos dados.
Por isso, não é preciso dizer que a primeira coisa que precisa ser verificada é o número de respondentes (o número total de questionários respondidos = N).  A variação de respostas só pode ser avaliada a partir da consideração a essa população total. (Afinal, 20% é sempre 20% de alguma coisa, não é?)
(p.8)
Outra questão importante é considerar o número de pessoas que, embora tenham preenchido o questionário, não responderam aquela pergunta especificamente. Se uma pergunta tem um alto grau de abstinência (falta de respostas) ou de erro (era para assinalar apenas uma alternativa mas a maioria dos respondentes assinalou mais de uma) ela não deve ser considerada na pesquisa, porque não podemos ter segurança sobre o seu resultado, a confiabilidade da informação está comprometida.
Mas como essa tabulação vai ser feita?
Bem, feitas essas considerações, vamos à tabulação.
Perguntas fechadas geralmente vão poder ser convertidas em tabelas, desde casos bem simples aos mais complexos. Para ver alguns  exemplos, clique no ícone PDF.
Ler em: Aula 07 (anexo) Exemplo 1
Ou logo abaixo:
(p.9)
Um questionário também pode ter perguntas abertas que, lembrando o que estudamos em aulas anteriores, devem ser o mais objetivas possível. São perguntas para as quais você ainda não sabe ou não tem como indicar todas as alternativas de respostas. Por exemplo: Qual a sua profissão? A tabulação de uma pergunta como essa exige algum tipo de interpretação. Simplesmente listar mais de 50 respostas pode não ser muito útil.
Um caminho interessante pode ser organizar as respostas em grupos, sempre de acordo com o que pode ser significativo para a sua pesquisa. Você pode aglutinar as profissões por áreas e tabular os resultados.
Para ver alguns  exemplos, clique no ícone PDF.
Ler em: Aula 07 (anexo) Exemplo
Ou logo abaixo:
Aqui, respostas como: professor de matemática, de biologia, de educação física, diretor, coordenador pedagógico e agente educador foram agrupadas como profissionais de educação. Mas se para o estudo que você está fazendo for importante, por exemplo, saber a exata função que cada pessoa desempenha na escola, o grupo profissionais de educação teria de ser discriminado em outros subgrupos mais específicos. Portanto, de que forma você vai sistematizar estas respostas depende muito da sua própria interpretação e do que pode ser relevante ou não para a sua pesquisa. 
Perguntas abertas que gerem respostas mais amplas, como: “O que você pensa sobre o ensino da teoria criacionista nas escolas?” não deveriam constituir um questionário, pois são por demais subjetivas. No entanto, se por alguma necessidade da investigação você precisou incluí-las em seu questionário, precisará fazer um tipo de análise diferente da que tratamos nesta aula. Para elas não cabe a tabulação e sua abordagem se aproxima do que vamos discutir na próxima aula, quando falarmos da análise das entrevistas. 
(p.10)
Apresentação dos Resultados
Agora é preciso pensar também em como vai apresentar esses resultados de modo a expressar de forma mais fiel a sua análise. Tabelas, gráficos, quadros, todas estas formas de apresentação podem ser usadas. Mas atenção: sua preocupação aqui não deve ser com a beleza, mas com qualidade da informação e sua comunicabilidade! Então vamos ver algumas formas e para que cada uma serve.
(p.11)
Quadros e Tabelas
Qual a diferença entre um quadro e umatabela? Afinal, na forma os dois parecem exatamente a mesma coisa. Mas não são. 
Um quadro é simplesmente informação organizada, enquanto em uma tabela, os dados têm relações matemáticas entre si.
Para ver alguns exemplos, clique no ícone PDF.
Ler em: Aula 07 (anexo) Exemplo 2
Ou logo abaixo:
Em uma tabela, itens em determinadas colunas ou linhas têm uma relação matemática entre si. Neste exemplo, as últimas células da segunda e da terceira colunas são o somatório das células anteriores. É claro que existem elementos textuais em uma tabela também (não dá para somar os anos, não
Pagina2
é?), mas ela “produz” algum resultado matemático na relação entre seus itens. 
(p.12)
Gráficos
Em alguns casos, pode ser interessante converter uma tabela em um gráfico. Essa não é uma decisão estética! Um gráfico, além de “bonitinho”, pode ajudar quem lê o seu trabalho a visualizar melhor uma informação. Uma informação que já estava na tabela, mas que pode ser compreendida melhor através de sua apresentação em um gráfico. Por exemplo, se convertemos a tabela anterior em um *gráfico.
*gráfico:
A tabela anterior já traz todas as informações que estão no gráfico, mas olhando para ele é possível perceber de forma muito mais clara o crescimento do número de turmas e concluintes ao longo dos anos e o expressivo retrocesso que acontece em 2012.
(p.13)
É importante saber que tipo de gráfico deve ser usado para espelhar uma determinada informação. Barras, linhas, pizza, são muitos os formatos. Existe uma série de programas de computador que produzem gráficos - alguns que você mesmo/a já deve conhecer. Mas, mais do que saber onde clicar para criar um gráfico, é importante saber que tipo de gráfico você deve usar.
Veja alguns exemplos: 
Ler em: Aula 07 (anexo) Gráfico em Pizza
Ou logo abaixo:
(p.14)
Um gráfico em linha serve para representar uma função: um valor x que varia em relação a um y. Calma, não é tão complicado como parece. Você já está mais do que acostumado/a a lidar com funções. Por exemplo: o número de alunos frequentando uma turma ao longo do ano.
Um gráfico que mostre a evolução da taxa de evasão de um curso nada mais é do que uma função entre um x (o número de alunos) que varia em relação a um y (os meses do ano).
Para ver um exemplo, clique no ícone PDF.
Ler em: Aula 07 (anexo) Exemplo gráfico em linha
Ou logo abaixo:
(p.15)
Em um gráfico em linha, é possível visualizar claramente uma sequência de eventos/dados e/ou uma tendência, como no caso do nosso exemplo onde é possível visualizar como a frequência vem caindo ao longo do ano e identificar os dois meses em que ela sofre quedas mais acentuadas.
(p.16)
Interpretando os Números
Para tentar conhecer e explicar um único fenômeno, nós muitas vezes construímos questionários com várias perguntas. Isso evidencia que um único dado não é capaz de explicar sozinho um fenômeno. Por isso, quando você for fazer a sua análise, não basta apresentar isoladamente os resultados de cada questão.
ATENÇÃO
Uma análise quantitativa não é feita só de gráficos, tabelas e quadros. Eles são parte imprescindível do seu relatório, mas é preciso ir além. Por isso, depois de tabular e pensar a melhor forma de apresentar os dados, você precisa interpretá-los.
(p.17)
O primeiro passo para uma análise mais profícua do fenômeno estudado é fazer um cruzamento de dados, para tentar descobrir relações entre eles.  Nesse momento, a parte do questionário que descreve o perfil dos seus entrevistados pode ser muito útil. Mas não só isso. É importante cruzar algumas respostas, para tentar perceber se existem padrões, coincidências ou relações entre elas.
(p.18)
Vamos ver alguns exemplos de cruzamentos que seriam possíveis e que perguntas eles ajudam a pensar:
Escolha profissional e sexo – será que homens e mulheres fazem escolhas profissionais diferentes?
Idade e dificuldade em lidar com alunos homossexuais – será que há algo de geracional nas concepções sobre sexualidade e na forma como os professores lidam com seus alunos homossexuais?
Faixa de renda familiar e desempenho escolar – será que o resultado nas avaliações e provas de um aluno têm relação com o nível de renda da sua família?
(p.19)
O dado estatístico
Identificar a variação, frequência de uma resposta, ou mesmo a relação entre variáveis não explica um fenômeno. O dado estatístico simplesmente não “diz” o que acontece na realidade. Mais uma vez vamos esbarrar nos limites da pesquisa quantitativa. Ela não tem um caráter explicativo, mas apenas descritivo do comportamento dos fenômenos.
Os dados numéricos
Assim, os números são a base para a sua interpretação, mas não o fim. Os dados numéricos apenas revelam uma parte da realidade. Por isso, no capítulo de “Apresentação e discussão dos resultados” de sua monografia, não basta apresentar os resultados dos seus questionários – através dos diferentes formatos.
Interpretar os resultados
Você precisa interpretar estes resultados, no diálogo com a literatura acadêmica, elaborando um texto consistente que expresse a sua leitura e compreensão desses dados.  Considerando o último exemplo que vimos, não basta visualizar a queda da frequência do curso ao longo do ano. É preciso que você procure explicar o porquê dessa queda, mais especificamente nos meses em que ela aconteceu.
(p.20)
Resgatando o que vimos no início da aula, em um trabalho de conclusão de curso o nível de análise quantitativa a que podemos chegar não nos permite afirmar ou comprovar qualquer resultado. Portanto, qualquer inferência dessa natureza deve ser considerada como hipótese, porque afinal, não pode ser validada pelos dados em si mesmos.
ATENÇÃO
Assim, no seu texto final, cuidado com palavras como ‘demonstram’, ‘comprovam’ ou afins. Prefira termos como ‘apontam’, 'indicam', ‘nos fazem pensar’. São palavras mais leves e que mostram que você tem clareza da dimensão do seu trabalho de pesquisa. Também é aconselhável expressar os dados em valores absolutos, já que uma análise como a que é feita em um TCC tem uma dimensão reduzida e, portanto, os valores percentuais não têm precisão estatística.
(p.21)
Como vimos na aula passada, uma boa revisão de resultados de outras pesquisas ou fundamentação teórica pode ajudá-lo a “dar vida” aos dados coletados. 
Bem, mais uma vez agora é com você. Não deixe para depois. Consulte seu/sua professor/a on-line, compartilhe seus resultados e dúvidas nos fóruns. Trabalhe firme em seu estudo e não hesite em pedir ajuda se precisar!
(p.22)
Antes de finalizar esta aula, vamos realizar uma atividade!
(p.23)
ATIVIDADE PROPOSTA
1 - A respeito da tabulação e sistematização das informações, assinale a alternativa correta:
O primeiro passo para organizar dados coletados é tabular as perguntas, ou seja, organizar os dados para transformá-los em informação.
Nem todos os dados coletados numa pesquisa através de questionários precisam ser sistematizados, principalmente se não forem estatísticos.
Todo processo de tabulação envolve trabalhar com variáveis, ou seja, com valores que vão variar segundo a resposta dada pelos sujeitos da pesquisa. 
Mesmo se uma pergunta tem um alto grau de abstinência (falta de respostas) ou de erro ela deve ser considerada na pesquisa.
GABARITO: 
Todo processo de tabulação envolve trabalhar com variáveis, ou seja, com valores que vão variar segundo a resposta dada pelos sujeitos da pesquisa.
SÍNTESE DA AULA
Nesta aula, você:
Aprendeu como fazer uma análise de dados a partir de questionários;
entendeu a diferença entre quadros e tabelas;
conheceu diferentes tipos de gráficos e seus usos;
aprendeu também alguns passos para interpretar as informações e construir a sua própria análise.
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA
Na próxima aula, você vai estudar:
Os procedimentos necessários para organizar, preparar e categorizar dados de observações;
análise e interpretação de dados coletados a partir de observações;elaboração de texto descritivo para apresentação de resultados de observações.

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