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1 Rádio web – Mapeamento de Processos Mesmo que muitas pessoas não consigam enxergar, uma empresa é um grande emaranhado de processos. Enxergar estes processos e a interação entre eles é um desafio para o administrador. O mapeamento de processos pode ser definido como uma ferramenta ou método que tem como finalidade identificar as informações, as partes interessadas, as especializações, a sequência e os recursos necessários para entender os processos de uma organização. Segundo Harrington (1993): processo é uma ação que recebe uma entrada (input), transforma agregando valor e gera uma saída (output). No que diz respeito a gestão praticada nas organizações, existem dois conceitos que são abordados nos estudos sobre mapeamento de processos. Estes conceitos ficam mais visíveis através do gráfico abaixo. Os conceitos de gestão abordados nos estudos sobre mapeamento de processos são a gestão funcional (ou por departamentos) e a gestão por processos. Entre as principais diferenças entre os dois conceitos segue o seguinte: Gestão funcional, tradicional (ou por departamentos): fluxos dos processos são forçados a trabalhar no sentido vertical para satisfazer os níveis hierárquicos, passando de um departamento para outro causando falta de agilidade, erros de comunicação, altos custos e dispersão do foco no cliente. as empresas se organizam em grupos funcionais verticais, com setores agrupados por semelhança de atividades, fazendo com que o fluxo de trabalho com freqüência passe de um departamento para outro causando falta de agilidade, erros de comunicação, altos custos e dispersão do foco no cliente. (RADOS et al, 1998). Gestão por processos: os fluxos se organizam por processos, o que 2 requer uma visão horizontal com as pessoas trabalhando não mais em uma função, mas em um processo voltado para o cliente. Este tipo de gestão faz com que a empresa seja gerenciada ao longo da cadeia de processos, com estes permeando cada departamento, seguindo o fluxo de agregação de valor. Se requer uma visão horizontal com as pessoas trabalhando não mais em uma função, mas em um processo voltado para o cliente. Existem responsáveis pelos processos e não pelos departamentos ou funções (Hammer, 1998). O mapeamento de processos tem como um de seus objetivos, apresentarem de forma clara os diversos processos de uma empresa e suas respectivas atividades, para que se possa analisá-los e propor as possíveis melhorias. Os nove passos para se mapear um processo são: 1. Identificar as saídas do processo; 2. Identificar os clientes do processo; 3. Identificar as entradas e componentes do processo; 4. Identificar os fornecedores do processo; 5. Delimitar os limites do processo; 6. Documentar o processo atual; 7. Identificar as melhorias necessárias ao processo; 8. Conciliar melhorias a serem aplicadas ao processo; 9. Documentar o processo revisado Classificação dos Processos: Processos de Negócios: Caracterizam-se na fabricação de produtos ou na geração de serviços. Também conhecidos por processos primários, incluem grande parte das atividades que geram valor ao cliente e atravessam os níveis hierárquicos e funcionais. Processos Organizacionais: Responsáveis pelo funcionamento dos vários subsistemas da organização em busca de um desempenho geral, garantindo o suporte adequado aos processos de negócio (Gonçalves, 2000a). Dão suporte aos processos produtivos. Processos Gerenciais: Incluem as ações de medição e ajuste do desempenho da organização e tem foco nos gerentes e nas suas relações (Garvin apud Gonçalves, 2000a). Também dão suporte aos processos produtivos. 3 Classificação dos Processos. Fonte: Adaptação de Gonçalves, 2000a Harrington (1997) identifica uma hierarquia de processos organizacionais, iniciando de um enfoque global para um específico (pontual). A ideia de hierarquia contribui para a análise sistêmica da organização e o seu desdobramento de macroprocessos para atividades. Quanto à hierarquia, os processos são classificados em: Macroprocesso: Representa mais de uma função na estrutura organizacional e sua operação tem um impacto significativo no modo como a organização funciona. Exemplos: Compras, Fabricação, Logística. Processo: É um conjunto de atividades sequenciais e relacionadas com entradas e saídas definidas: Exemplos (de um processo de fabricação): fundição, usinagem, montagem e embalagem. Subprocesso: É a parte do processo inter-relacionada de forma lógica com outros subprocessos. Realiza um objetivo específico do macroprocesso. Exemplos: Preparação (setup) de máquinas, troca de ferramentas, etc. Atividades: São ações que ocorrem dentro do processo ou subprocesso. São geralmente desempenhadas por uma unidade (pessoa ou máquina) para produzir um resultado particular. Elas constituem a maior parte dos fluxogramas. Exemplo (em uma operação de usinagem): usinagem do eixo. Tarefa: É o menor enfoque do processo, podendo ser um único elemento e/ou um subconjunto de uma atividade. Exemplo: qualquer passo descrito na usinagem do eixo. 4 Fonte: Fonte: Harrington (1997) O “BPM (Gerenciamento de Processos de Negócio) é uma abordagem disciplinada para identificar, desenhar, executar, documentar, medir, monitorar, controlar e melhorar processos de negócios (sejam eles automatizados ou não) para alcançar resultados pretendidos, consistentes e alinhados com as metas estratégicas de uma organização (BPM CBOK v2, 2009, ABPMP). Entretanto, não é algo novo e teve influência de outros conceitos já aplicados na mesma época. Estes conceitos são: TQM (Gestão da Qualidade Total), a Reengenharia e outros programas de melhoria de processos. O quadro abaixo mostra um comparativo entre as três “ondas”: 5 Fonte: adaptado de Smith e Fingar (2007) O CBOK 2.0 (ABPMP, 2009) define modelagem como “um mecanismo utilizado para retratar a situação atual e descrever a situação futura dos processos de negócios”. Tem como objetivo otimizar os processos executados dentro de uma organização. Pode ser “dividida” em dois grandes momentos de análise do ambiente de negócio: situação atual (As-Is) e situação proposta (To-Be), portanto entende “modelagem” como sinônimo de “mapeamento”. BPMN – Business Process Modeling Notation é um padrão de notação relativamente novo. É seguramente a maior e mais amplamente aceita notação para modelagem de processo por profissionais de “BPM”, porém como possui uma simbologia especial, carece do conhecimento do grande público (profissional, acadêmico, etc). 6 BPMN – Processo Simples (Fonte: CBOK-V 2.0) BPMN – Fragment o de processo com mais detalhes (Fonte: CBOK-V 2.0) 7 BPMN –Fragmento de processo com raias (Fonte: CBOK-V 2.0) Fluxograma: Provavelmente o padrão de notação mais utilizado, é baseado em um conjunto simples de simbologia para tarefas, decisões e outros elementos primários do processo. Este tipo de notação está associado ao surgimento do movimento de “Gestão Total da Qualidade” (TQM), que surgiu da década de 1950 e foi amplamente utilizado na década de 1970 para representação de fluxos de processos. Existe um padrão de simbologia baseado na norma AISI para fluxogramas, entretanto algumas derivações são utilizadas por profissionais de diversas áreas que adaptam os fluxogramas de acordo com as necessidades pertinentes. No entanto, um típico fluxogramadeve ter uma tipologia específica que será vista mais adiante. Fluxograma tradicional Fluxograma Básico (Fonte: o Autor) Fluxograma com Raias: Notação que representa como o fluxo de trabalho cruza unidades organizacionais (departamentos, setores, áreas ou cargos da organização). Possui este nome porque as unidades organizacionais são semelhantes ás raias de uma piscina. A vantagem na utilização de raias, como foi evidenciado na problematização, é que a notação permite uma fácil visualização dos departamentos envolvidos no fluxo. Neste aspecto, é importante salientar a expressão “handoff”, que significa transferência de 8 controle, tal qual identificado nas raias. A priori, é de senso comum entender que, quanto menor o número de “handoffs” mais bem sucedido é o processo. Fluxograma com raias Fluxograma com Raias (Fonte: o Autor) Para se mapear um processo, conforme verificamos nos nossos estudos (o exemplo do processo de fazer pipoca na panela é uma referência), utilizamos uma técnica (ou linguagem) denominada SIPOC é um tipo de documentação utilizada em “Six Sigma”, do inglês: S supplier fornecedores, I input entradas, P process processos, O output saídas e C costumer clientes; para mapeamento de processos. As etapas (definições) são as seguintes: Identificar os fornecedores do processo; Identificar as entradas do processo; Identificar os processos; 9 Identificar as saídas do processo; Identificar os clientes do processo; A notação (linguagem) denominada Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM) é bastante utilizada pelo pessoal da “Produção Enxuta”. Trata-se de uma ferramenta que possui uma abordagem mais macro, se comparada ao fluxograma. Nesta abordagem existem quatro importantes itens que estão alicerçados e quatro visões: Visão do cliente: onde se encontram as informações de entrada do cliente, tais como: volume, “mix” de produção, freqüência de entrega, etc.. Visão do processo: onde se encontram as informações necessárias ao processo como: quantidade de turnos, quantidade de operadores por turno, tempo de ciclo do processo, lead time, etc. Visão do fluxo de materiais: tamanho da embalagem, freqüência de entrega, tanto do fornecedor quanto do cliente, dias de estoque, etc. Visão do fluxo de informações: previsão de volumes, freqüência de entregas, programação para produção e fornecedores, etc. Diagrama Tartaruga Linguagem utilizada em algumas empresas que buscam certificação da gestão da qualidade baseada na norma automotiva ISO/TS 16949. O nome deste diagrama é uma referência ao formato de sua representação que se assemelha a uma tartaruga vista de cima. Esta ferramenta é composta de quatro perguntas sobre o processo (pernas da tartaruga) e duas perguntas referentes ás entradas e saídas do processo (cabeça e rabo da tartaruga). O diagrama apresenta os seguintes elementos: 1- Descreve o processo e as suas atividades principais, podendo ser descrito em forma de fluxograma; 2- Indica como o processo será realizado, incluindo métodos, processos e técnicas necessárias para a sua realização; 3- Lista os materiais, equipamentos, ferramentas necessárias para o processo; 4- Neste campo são informadas as competências (treinamento, habilidade e conhecimento) que os executantes do processo devem dominar; 5- Indica como o processo será medido e avaliado; 10 6- Neste elemento são relacionadas as entradas necessárias para a realização do processo; 7- I ndica as saídas, ou seja, o que deve ser entregue. A priori, mapear processos através de fluxogramas ou outro tipo de notação, parece ser algo relativamente fácil, mas não é bem assim. Portanto, alguns critérios devem ser levados em consideração, conforme segue: 1. Foco no cliente do próximo processo 2. Terminologia padronizada 3. Uso pleno da tecnologia da informação (informatização) 4. Integração entre os processos 5. Generalidade nos processos 6. Controle de documentos 7. Desvinculação com a estrutura organizacional (hierárquica) 8. Identificação de áreas/processos atuais e futuros 9. Focos: o que/como fazer 10. Os processos precisam ser medidos para serem gerenciados 11. Processos são "construídos pelas equipes” Processos mal mapeados não irão traduzir a realidade da empresa estudada. Para evitar falhas no mapeamento de processos, alguns passos (ou regras) devem ser seguidos (utilizados) como referência. Entre esses passos podemos destacar: 1. Identificar os objetivos do processo 11 2. Identificar as saídas do processo 3. Identificar os clientes do processo 4. Identificar as entradas e componentes do processo 5. Identificar os fornecedores do processo 6. Delimitar os limites do processo 7. Documentar o processo atual 8. Identificar as melhorias necessárias ao processo 9. Conciliar melhorias a serem aplicadas ao processo 10. Documentar o processo revisado Uma das possíveis soluções para a implantação de melhoria de processos está é o “pensamento lean”. Denominada “pensamento enxuto”. Alguns princípios, definidos por Womack e Jones dão sustentação a esta filosofia. É o ponto de partida do pensamento enxuto e só pode ser definido pelo cliente, caso contrário corre-se o risco de fornecer eficientemente para o cliente algo que ele efetivamente não deseja. Refere-se ao foco a cadeia de valor. A sequência principal de atividades que agregam valor a matéria prima em processo não deve ter nenhuma atividade que a interrompa. Como o cliente paga pela geração de valor, este deve ser o mais desobstruído possível, reduzindo-se ao máximo o tempo de processamento (lead time). Segue abaixo os princípios que dão sustentação ao pensamento enxuto, definidos por Womack e Jones: a) Valor: a produção enxuta busca eliminar as fontes de desperdícios e criar valor, portanto o ponto de partida do pensamento enxuto é o valor. O valor só pode ser definido pelo cliente, caso contrário corre- se o risco de fornecer eficientemente para o cliente algo que ele efetivamente não deseja. b) Cadeia de Valor: a cadeia de valor implica em enxergar o todo. Em geral, o mapeamento da cadeia de valor mostra que ocorrem três tipos de atividades ao longo de sua extensão, ou seja, as atividades que certamente criam valor, as atividades que não criam valor mas que são necessárias e as atividades que não criam valor e que não são necessárias, devendo, portanto ser imediatamente eliminadas. c) Produção Puxada: na produção puxada um processo será acionado somente quando o processo seguinte solicitar. O objetivo é construir um processo para fazer somente o que o próximo processo necessita e quando necessita, ou seja, o cliente é quem deve puxar o produto, 12 puxar a produção e puxar o valor; caso contrário os processos fornecedores tenderão a fazer o que os clientes não precisam naquele momento, levando com essa prática ao excesso de produção, á formação de estoques desnecessários, á produção empurrada e consequentemente ao desperdício. d) Fluxo de Valor Enxuto: especificado o valor com exatidão, mapeada a cadeia de valor e estabelecida a produção puxada, é necessário fazer com que as atividades que criam valor fluam em um fluxo de valor contínuo e estável, o chamado fluxo de valor enxuto. Nesta concepção, os produtos deveriam sempre fluir em fluxo enxuto da matéria prima ao cliente final, sem movimentos inúteis, sem interrupções e sem lotes intermediários. e) Perfeição: á medida que os princípiosanteriores sejam alcançados, ocorrerá a todos os envolvidos que as oportunidades de redução de esforço, de tempo e de custo são infinitas, proporcionando a empresa fornecer produtos do mais alto nível e mais próximo daquilo que o cliente almeja. Os oito tipos de desperdícios da “Produção Enxuta” (originariamente catalogado pela Toyota são sete) são os seguintes: 1. Superprodução: produção de itens para os quais não há demanda, o que gera perda com excesso de pessoal e de estoque e com custos de transporte e armazenagem devido ao estoque excessivo. 2. Espera (Tempo sem Trabalho): funcionários que servem apenas para vigiar uma máquina automática ou que ficam esperando pelo próximo passo no processamento, suprimento, peça, etc., ou que simplesmente não tem trabalho para fazer devido a uma falta de estoque, atrasos no processamento, interrupção de funcionamento de equipamento e gargalos de capacidade (desbalanceamento). 3. Transporte ou movimentação desnecessários: movimento de estoque em processo em longas distancias, criação de transporte ineficiente ou movimentação de materiais, peças ou produtos acabados para dentro ou fora do estoque ou entre processos sem necessidade. 4. Excesso de Processo ou Processo incorreto: é relativo a passos desnecessários para processar peças ou serviços. Um exemplo simples deste tipo de desperdício que o aluno pode utilizar é o excesso de assinaturas para aprovação de documentos em algumas organizações (excesso de processo sem agregação de valor). 5. Excesso de Estoque: excesso de matéria prima, de estoque em processo ou de produtos acabados, causando longos lead times, obsolescência, produtos danificados, custos com transporte, armazenagem e atrasos. Além disso, o estoque em excesso oculta 13 problemas, como desbalanceamento de produção, entregas atrasadas dos fornecedores, equipamentos em conserto e longo tempo de setup (preparação). 6. Movimento Desnecessário: qualquer movimento inútil que os funcionários têm que fazer durante o trabalho, tais como procurar, pegar ou empilhar peças, ferramentas, etc. Caminhar também é perda. 7. Defeitos (Retrabalho): Produção de peças defeituosas ou correção. Consertar ou retrabalhar, descartar ou substituir a produção por inspeção significam desperdícios com manuseio, tempo e esforço. 8. Má utilização do pessoal (desperdício de criatividade): Perda de idéias, habilidades, melhorias e oportunidades de aprendizagem devido ao não ouvir os funcionários. Os gestores que trabalham na Toyota ou baseiam-se na filosofia STP, utilizam com freqüência o termo “muda”, que como foi mencionado é um termo japonês que significa desperdício. No entanto, dentro do foco de eliminação de perdas (os “oito” desperdícios), poder-se-ia eventualmente estar prejudicando outros fatores tais quais a produtividade das pessoas e o sistema de produção. Segue abaixo a definição mais detalhada de “muda” e a inclusão e definição de mais dois termos, o “muri” e o “mura”, que devem dar sustentação ao processo de eliminação de perdas: Muda: nenhuma agregação de valor. O M mais conhecido inclui os oito desperdícios mencionados anteriormente. Tratam-se de atividades desnecessárias que aumentam os tempos lead time (tempo de entrada da matéria prima até a entrega ao cliente), causam movimentos e transportes extras, criam excesso de estoques ou resultam em alguma forma de espera. Muri: sobrecarga de pessoas ou de equipamentos. Não seria inteligente concentrar-se totalmente na eliminação das perdas e colocar uma máquina ou uma pessoa além dos seus limites naturais. A sobrecarga de pessoas resulta em problemas de segurança e de qualidade. A sobrecarga em equipamentos causa interrupções e defeitos. Mura: desnivelamento. Pode ser visto como a resposta aos outros dois “Ms”. Em sistemas de produção normais, ás vezes há mais trabalho do que as pessoas ou máquinas podem realizar e outras vezes há falta de trabalho. O desnivelamento pode ser proveniente de um programa de produção irregular, de volumes de produção flutuantes devido a problemas internos tais quais paralizações, falta de peças ou defeitos. O nivelamento da produção, talvez seja o ponto mais difícil a ser alcançado pelas empresas. 14 Valor agregado, ou seja, tempo dos elementos que efetivamente transformem o produto ou serviço de uma maneira que o cliente esteja disposto a pagar. Lead Time. Refere-se ao tempo que um produto ou um serviço leva para mover-se ao longo de todo um processo ou um fluxo de valor, desde o começo até o fim. Tempo de processamento, é o tempo que um produto ou um serviço é realmente completado em um processo. Para entendermos melhor este conjunto de elementos, vejam o exemplo abaixo: Fagundes foi ao banco pagar uma conta. Do momento em que ele entrou no banco até a sua saída, percorreram-se 45 minutos. O tempo de atendimento foi de 5 minutos. Associando este acontecimento aos elementos acima, temos o seguinte: Tempo de fila + atendimento = Lead Time (45 min.); Tempo de atendimento = tempo de processamento (5 min.) Valor agregado para o cliente = 5 min.) % do valor agregado = Tempo de Processamento / Lead Time *100 Para este caso específico = 5 min. / 45 min. * 100 = 11,1%, ou seja, de todo tempo gasto neste processo, apenas 11,1% agregaram valor ao que o cliente realmente queria, que era pagar a sua conta. Ilustração sobre conceito de lead time. Fonte: o autor ______________________________________________ O diagrama abaixo é relativo a um mapeamento de um processo simples. De acordo com conhecimentos obtidos sobre notações (ou linguagens) referentes a mapeamento de processos, pode-se afirmar que: Tempo de espera na fila Tempo de atendimento 40 min. 5 min. 45 min. = Lead Time: tempo de fila + atendimento 15 I- O ponto nº 1 refere-se a um caminho natural do processo, enquanto o ponto 2 significa o fim desta etapa. II- O ponto 3 significa a necessidade de um relatório para que o processo avance e o Ponto 1 refere-se a uma condição de decisão. III- O ponto 2 refere-se a um conector de rotina, enquanto o ponto 3 significa que algum documento deve ser gerado para seqüência do processo. IV- O ponto 2 significa um conector de rotina enquanto o ponto 1 refere- se a uma condição de desvio inerente ao processo. O exemplo acima é relativo a um fluxograma simples, no qual se observa alguns itens que são essenciais a compreensão de um mapa de processos. No caso específico deste exercício, a alternativa “b” é a correta: O ponto 1 significa uma condição de decisão (normalmente com duas possíveis respostas: sim ou não). O ponto 2 expressa uma circunstância em que se tem uma referência para “quebra do fluxograma”, ou seja, o processo deve iniciar em outra posição conforme indicado no círculo “A”. Este recurso é utilizado para evitar cruzamentos (intersecções) de linhas. Quanto ao ponto 3, é um símbolo que significa que existe algum documento (relatório por exemplo) que deve ser utilizado como um “input” (entrada) para seqüência do processo. 16 A seguir será apresentada de forma resumida uma classificação referente a fluxogramas: a) Diagrama de Blocos: Apresenta uma sequência de atividades contínua e sem envolvimento de decisão. Pode ser utilizado em Instruções de Trabalho Simples ou Macro Fluxo de Processos. No Macro Fluxo só funciona para demonstrar relações contínuas entre os processos. NOTA: os diagramas de blocos, são comumente citados quando utilizados em uma linguagem de programação de softwares, que não é o temaobjeto desta disciplina. b) Fluxograma de Processo Simples: Como já citado anteriormente, mostra as relações entre as fases e necessidades básicas de qualquer processo. Fluxograma simples. (Fonte: o autor) Diagrama de blocos 17 c) Fluxograma Funcional (ou de raias): Mostra a sequência das atividades de um processo entre as áreas ou seções por onde ele flui. É útil para processos que não se completam em uma única área pois indica também os responsáveis por cada fase. Uma variante desse fluxograma apresenta também uma linha do tempo cronológica que permite a identificação de gargalos do processo. d) Fluxograma Físico ou Geográfico: Mostra o caminho percorrido por um processo no ambiente. É geralmente confeccionado sobre uma planta do setor ou da fábrica (similar a um mapa). Fluxograma de raias (Fonte: o autor) Fluxograma físico (Fonte: o autor) 18 e) Fluxograma ANSI: É o mais complexo deles, mas também o mais completo, apresentando uma relação fiel (se for bem feito) da interação das etapas do processo. Para executá-lo, normalmente começamos com um Diagrama de Blocos onde vamos detalhando e incluindo alternativas de tomada de decisão até que tenhamos um “retrato” do processo o mais próximo possível da realidade. Ele possui uma simbologia internacionalmente compreendida, criada pelo “American National Standards Institute” (ANSI) que será apresentado posteriormente. f) Diagrama Vertical: Mostra uma sequência de eventos (processos) pela qual o produto/serviço passa. O diagrama ilustra os passos do(s) processo(s), seu relacionamento e informações referentes a distância percorrida e tempo das atividades. Normalmente utilizado para pequenos processos de manufatura. Fluxograma padrão ANSI (Fonte: http://pagotto.wordpress.com) 19 Embora tenhamos uma série de tipos de fluxograma, a simbologia não tem uma alta rigidez, o que faz que invariavelmente alguns profissionais utilizem-se de pequenas alterações para poder apresentar um mapeamento de processo. Segue abaixo uma simbologia básica para construção de fluxogramas (a mais usual e aceita pela maioria dos modeladores de processos). SÍMBOLO NOME SIGNIFICADO Terminação Utilizado quando queremos indicar o início ou o fim de uma rotina ou de um fluxograma. Operação ou atividade Dentro do símbolo deve ser descrita, de forma sucinta, a operação ou atividade que é realizada. Decisão Símbolo utilizado quando no fluxo de informações existe mais de um caminho a seguir. Neste caso, uma pergunta deve ser feita dentro do Diagrama Vertical 20 símbolo, de forma resumida. As respostas a esta pergunta devem ser preferencialmente sim ou não (saída binária), que nascem em dois ângulos diferenciados e seguem caminhos alternativos. Documento Utilizado quando determinada etapa do processo deve incluir a emissão de um documento impresso (relatório, por exemplo). Dados (computador) Utilizado quando determinada etapa do processo é realizada através de uma tela de programa de computador. Sub-Processo (interfaces) Indica que toda uma rotina é realizada neste ponto e que, para simplificar o fluxo, esta rotina foi desenhada em outra página ou está em outro arquivo. Área de arquivo físico Representa arquivo definitivo de documentos físicos. Dentro dele deve ser colocado o local de arquivamento. Conector de Rotina ou de Fluxo O conector de rotina permite simplificar a vinculação de sub-rotinas e/ou fluxogramas sem que haja intersecções de linhas. Portanto, dentro do símbolo deve ser colocada uma letra ou outro sinal que permita a identificação de onde se encontra a continuação da rotina. Conector de Página Caso um fluxograma não caiba em uma página, coloca- se um símbolo para indicar que existe continuação. Dentro do símbolo coloca-se o número da página que dá continuidade ou uma 21 referência para localização. Na outra página, em sentido contrário, coloca-se a referência ou o número da página anterior. Dados Dados digitados e armazenados automaticamente no sistema Banco de dados Banco de dados: Mídia eletrônica. Quando utilizado, deve ser precedido pelo símbolo de digitação de dados do sistema. Não pode ser utilizado no começo e no fim do fluxo. Linha de ponta cheia Mostra a direção do fluxo das atividades, indicando o caminho obrigatório. Não se deve escrever sobre este símbolo. Linha tracejada ponta cheia Mostra a direção obrigatória do fluxo de informação. Não se deve escrever sobre este símbolo. Executante Símbolo utilizado para representar a troca de executante das operações/atividades. Em todos os momentos que o executante é alterado, o novo executante é identificado com este símbolo. 22 Outra simbologia importante, é a ANSI (American National Standards Institute) que criou um padrão em que alguns símbolos são similares aos mostrados acima. Jeffrey K. Liker, descreve quatro etapas (seções) que resumem como está estruturado o STP (Sistema Toyota de Produção). a) Filosofia de longo prazo. O foco da Toyota, desde o mais alto nível da empresa, consiste em fornecer valor aos clientes e a sociedade. Pensar a longo prazo proporciona a construção de uma organização de aprendizagem capaz de adaptar-se ás mudanças do ambiente e sobreviver como organização produtiva. Neste item, pode estar a grande dificuldade de algumas empresas que não conseguem implantar o STP. b) O Processo certo produzirá os resultados certos. Orientar-se pelo processo é o que a Toyota aprendeu e adotou no seu sistema produtivo. Trabalha-se muito forte nos processos, para que o produto ou serviço provenientes dos mesmos obtenham altos níveis de qualidade e atendam aos resultados esperados. c) Acrescentar valor à organização, desenvolvendo seu pessoal e parceiros. O modelo Toyota inclui um conjunto de ferramentas criadas para apoiar a melhoria e o desenvolvimento contínuos das 23 pessoas. Um dos exemplos, que veremos mais adiante, refere-se ao fluxo unitário de peças, que propicia as pessoas envolvidas um senso de urgência e precisão na resolução de problemas. d) A solução contínua de problemas básicos impulsiona a aprendizagem organizacional. O mais alto nível do Modelo Toyota é a aprendizagem organizacional. Identificar as causas dos problemas e evitar que eles ocorram é o foco do sistema de aprendizagem contínua da Toyota, através de uma análise séria, reflexão, comunicação das lições aprendidas e disciplina. O fluxo unitário de peças (ou fluxo contínuo) proposto pelo “STP” proporciona a integração entre os processos e os operadores. O objetivo principal é a utilização do lote unitário (também conhecido como “one piece flow”), minimizando o trabalho em processo (WIP), reduzindo ou eliminando esperas e melhorando a qualidade, pois com a diminuição do estoque em trabalho os problemas são expostos com maisfacilidade e soluções rápidas devem ser tomadas para solucioná-los. 24 Fica claro conforme os experimentos acima que o fluxo contínuo apresenta vantagens sobre a produção por lotes, no entanto como proceder em casos em que haja grandes diferenças de tempos de ciclo ou processos que não podem ficar próximos uns dos outros? Para estes casos, a saída encontrada foi a formação de pequenos “armazéns”, os chamados kanbans, que veremos adiante. Kanban, que cria pequenos supermercados no sistema produtivo. De uma forma geral, fica claro que o fluxo contínuo apresenta vantagens sobre a produção por lotes, no entanto como proceder em casos em que haja grandes diferenças de tempos de ciclo ou processos que não podem ficar próximos uns dos outros? Para resolver este problema existe esta técnica relativamente simples, mas que apresenta ótimos resultados. Voltando ao fluxo unitário de peças, para que se tenha um processo eficaz é necessário determinar a velocidade em que se deve operar. Esta velocidade é determinada pelo Takt Time. Takt é uma palavra de origem alemã que significa ritmo ou compasso. Um exemplo que pode ser utilizado de como este conceito funciona refere-se as competições de remo, onde o timoneiro dita o ritmo dos remadores para que todos tenham a mesma velocidade. Se houver um remador fora do ritmo o barco se desgoverna e desacelera, o que mostra que potência e velocidade extras podem interferir no desempenho do conjunto. O Takt Time é calculado através da divisão entre o tempo disponível para se produzir algo pela demanda do cliente. Se produzir mais rápido que o takt time haverá excesso de produção, se mais lento não haverá atendimento da demanda. Vale ressaltar que o tempo disponível e a demanda do cliente devem estar no mesmo patamar de grandeza de tempo (por exemplo, turno, dia, semana, etc). Veja exemplo abaixo: 25 Sendo: a) Tempo disponível = tempo total de trabalho (turno, por exemplo) menos as paradas programadas que ocorrem durante o turno (exemplo: refeição, ginástica laboral, limpeza, pequenas reuniões, paradas por manutenção programada, etc.). b) Demanda do cliente por turno: demanda do cliente fracionada em um turno. Problema: Solução É importante que se entenda que o Takt Time é a relação entre tempo disponível e demanda do cliente, diferenciando do termo tempo de ciclo, que é o tempo de processamento de uma determinada operação, seja ela automática e/ou manual. Heijunka é o nivelamento da produção em volume e em combinação (mix) de produtos. Não se fabrica produtos de acordo com o fluxo real de pedido dos clientes, o que pode subir e descer drasticamente, mas toma o volume total de pedidos em um período e nivela-os para que a mesma quantidade e combinação sejam produzidos a cada dia (Jeffrey k.Liker, 2005, p.125). Para implantação do “Heijunka”, além da redução do tempo de setup, existem alguns pré-requisitos que também devem ser atendidos, conforme mostrado abaixo. Tempo disponível por turno Demanda do Cliente por turnoTempo Takt = 1-Tempo total: 8,5 h x 3600 s = 30.600 seg. 2-Tempo disponível: 30.600 – (3600+300 + 900) = 25.800 seg. 3-Takt Time = 25.800 seg. / 400 peças 4-Takt Time = 64,5 seg , ou seja, uma peça deve ser produzida a cada 64,5 seg. para atender o cliente Qual é o tempo takt (takt time) para se produzir uma determinda peça conforme abaixo: 1-Tempo do turno: 8,5 horas 2-Intervalo para refeição: 1 hora (= 3.600 seg.) 3-Parada para limpeza: 5 min. (= 300 seg.) 4-Ginástica laboral: 15 min. (= 900 seg.) 5-Necessidade do cliente: 400 peças por turno 26 Preferencialmente devem ser nivelados os itens mais frequentes e de maior volume; O ritmo de produção (takt time) e o tamanho dos intervalos de produção. (pich) devem ser estabelecidos e mantidos atualizados; A frequência de produção dos itens e o tamanho do estoque final de itens devem ser estabelecidos; Deve-se trabalhar com operações padronizadas; Deve-se utilizar dados de controle da produção para sustentabilidade da produção nivelada. A filosofia da Produção Enxuta (ou Lean Manufacturing), tem como ponto de partida a geração de valor. Conforme o pensamento enxuto verificado em nossos estudos, defina o termo valor e a relação com o cliente. De acordo com o pensamento enxuto, valor é algo que o cliente está disposto a pagar e só pode ser definido pelo mesmo, caso contrário corre-se o risco de fornecer eficientemente para o cliente algo que ele efetivamente não deseja. Conforme citado anteriormente, a filosofia da “Produção Enxuta” categoriza oito grandes tipos de desperdícios sem agregação de valor nos processos administrativos ou de produção. O reconhecimento por parte do administrador destas categorias é de suma importância para o mapeamento de processos. Em resumo, valor é tudo aquilo que o cliente está disposto a pagar, o resto é desperdício (Silva, 2008). Para se enxergar e distinguir valor em um processo qualquer se faz uso de uma técnica denominada mapeamento do fluxo de valor. No que diz respeito ao mapeamento do fluxo de valor, pode-se afirmar que: I- É uma ferramenta para mapear fluxos produtivos e identificar desperdícios. II- É uma ferramenta da produção enxuta. A frase de Deming (1900-1993): “não se gerencia o que não se mede; não se mede o que não se define; não se define o que não se entende; não há sucesso no que não se gerencia” tem relação direta com os princípios de análise de melhoria contínua, ou seja, diz respeito a ter os dados (ou indicadores) como forma de conhecer o processo atual e a partir daí propor as melhorias. Deve-se entender que medir as condições do processo é primordial para o sucesso de qualquer organização. Os indicadores têm 27 relação direta com os objetivos que se pretende alcançar. Eventualmente, ocorrem alguns equívocos entre projetos de melhoria contínua e inovação, no entanto há características distintas entre ambos. A melhoria contínua (kaizen) significa pequenos melhoramentos realizados no estado atual (As-Is) provenientes de esforços contínuos. Por outro lado, inovação envolve um melhoramento drástico no estado atual (As-Is), como resultado de um grande investimento em nova tecnologia e/ou investimento. Exemplo: Aprendemos que para proposição de melhorias é necessária uma análise nos processos, que passa obrigatoriamente pela análise dos indicadores. Além das análises básicas apresentadas (custo, tempo, valor agregado e qualidade), existe um outro método de análise fundamentado em gatilhos que geram possíveis soluções. Baseado neste argumento, se em uma posterior análise chega-se a conclusão de que o gatilho seja variabilidade nos indicadores. 28 Para este gatilho, duas possíveis soluções podem ser aplicadas: Padronização dos processos, pois se há variações excessivas nos processos, as variações podem ter sua causa atribuída a procedimentos não padronizados. Automatização dos processos, para eliminar qualquer interferência humana que possa causar variação. A análise dos processos de negócio é o ponto de partida para a introdução de melhorias. Como já foi mencionado em rotas anteriores, o processo correto (ou o mais próximo disto) proporcionará um produto ou um serviço correto. Verificamos em nossos estudos 4 indicadores básicos para análise de processos. 1. Análise de Tempo: Análise realizada nos tempos de ciclo das atividades e tempo de processamento na cadeia de valor (lead time). Bastante útil na identificaçãodas restrições nos processos. 2. Análise de custos: resultado do mapeamento que pode direcionar para um trabalho de redução de custos na elaboração do estado futuro (To- Be) em função da evidência de custos além das expectativas nas atividades de um processo. 3. Análise do Valor agregado: Análise para identificar as atividades que realmente agregam valor sob a perspectiva do cliente. Nesta análise é possível classificar em atividades que agregam valor, atividade que não agregam valor mas são necessárias e atividades que não agregam valor e precisam ser eliminadas. 4. Análise da Qualidade: Análise centrada no atendimento dos requisitos do cliente e na prevenção de reincidências. Parte do pressuposto que “o processo certo produzirá os resultados certos”. Para esta análise, sugere-se a utilização das ferramentas de gestão da qualidade. Com relação a possível solução para modelo do estado futuro (To-Be) baseado no “Pensamento Lean”, pode-se afirmar que: I. Parte do pressuposto que nada deve interromper ou retardar a cadeia de valor de um processo produtivo II. Foco nas atividades que agregam valor e eliminação das atividades que não agregam valor. Se o gatilho é o resultado alvo de indicadores, para obtenção de um bom resultado as atividades que não agregam valor, na medida do possível devem ser eliminadas 29 Tal qual se pode definir um objeto em várias línguas, o mapeamento de processos pode ser representado através de várias notações, ou linguagens. Em um comparativo mais técnico, o desenho técnico mecânico está para engenharia mecânica como as linguagens (ou notações) de mapeamento estão para o mapeamento de processos, ou seja, são ferramentas essenciais. Dentre as notações estudadas para mapear processos, analise as afirmativas a seguir: III. O VSM (mapeamento do fluxo de valor) é uma ferramenta que ajuda a enxergar e entender os fluxos de materiais, informações e de processos/pessoas para eliminação dos desperdícios e agregação de valor ao cliente IV. O fluxograma funcional é uma notação que representa como o fluxo de trabalho cruza unidades organizacionais (departamentos, setores, áreas ou cargos da organização). V. Business Process Modeling Notation (BPMN) é um padrão de notação relativamente novo para modelagem de processos bastante utilizado por profissionais de “BPM”. Conforme Dias et. al., 2005, p. 81, a cadeia generalista de Porter é composta pelos conjuntos de atividades primárias e de atividades de apoio desempenhadas por uma organização, pela margem de valor acrescentado em cada uma das atividades e pelas relações estabelecidas entre si. As empresas de consultoria normalmente optam por: I- As atividades de operação, logística de entrada, logística de saída e desenvolvimento tecnológico são atividades primárias Nas técnicas e conceitos referentes a mapeamento de processos e numa análise adequada de OSM (Organização, Sistema e Métodos) da fábrica, devem ser prioritariamente contemplados os seguintes aspectos: 1. Fluxograma; 2. Estrutura organizacional; 3. Formulários; 4. Layout do local de trabalho; 5. Organograma da fábrica. Para se ter um ponto de partida na análise dos processos de negócio, é necessário que se analise os mesmos. Uma empresa, para controlar a qualidade, utiliza três ferramentas básicas iniciais: I. Folha de Verificação, contém um conjunto de itens que podem aparecer em determinado processo e cuja ocorrência ou não 30 ocorrência devem ser assinaladas, geralmente, em forma de tabelas. Cujo uso facilita as ações de coletar, organizar e classificar dados, localizar defeitos e identificar a relação de causa e efeito; II. Diagrama de Pareto, é um gráfico de barras que ordena as frequências de ocorrência. Que mostra a informação e torna evidente priorização dos problemas, além de separar as causas críticas das triviais; III. Diagrama de Ishikawa, é um diagrama com o formato de espinha de peixe, que facilita a visualização das causas de determinado problema. Que apresenta a relação entre os resultados de um processo (efeito) e seus fatores (causas). Análise nos pontos de gargalo Um dos erros que se comentem em análises quando se quer aumentar a produtividade é automatizar pontos de um sistema produtivo que não geram impactos diretos na produtividade final de uma organização. Como automatização muitas vezes se mostra como um incremento em tecnologia, a mesma é aplicada sem um critério minimamente inteligente. Tomando-se como base a Teoria das Restrições, introduzida por Eliyahu M. Goldratt em seu livro A Meta de 1984, todo processo produtivo terá uma restrição a qual todos os outros processos estarão subordinados, portanto antes de qualquer ação referente a automatização, uma análise minuciosa deve ser feita para encontrar o(s) ponto(s) gargalo(s) das organizações. No caso da empresa acima, que tinha como foco (ou gatilho) o aumento de produtividade, antes mesmo de decidir por automatização de um processo qualquer ou aumento de área destinada a estoque, deveria ser feito uma análise das restrições dos processos. Como complemento ao que foi mencionado acima, a Teoria das Restrições é baseada na premissa de que a taxa de atingimento de metas num sistema é determinada pela vazão do mesmo e é limitado por pelo menos uma restrição. PDCA, que significa: planejar, executar, verificar e agir; criada nos anos 50 por Willian Edwards Deming e muito utilizada na administração geral, possui como característica o controle e a melhoria de processos de uma forma contínua e está vinculado a filosofia Kaizen (cultura japonesa referente à melhoria contínua e um dos pilares da administração da qualidade). Boa Prova Prof. Emerson Seixas
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