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Gestão de Cargos e Salários Curso de Gestão em RH Prof. José Geraldo Corrêa APRESENTAÇÃO PROFESSOR FORMAÇÃO: Mestrado em Administração - Unigranrio; Especialização Gestão Empresarial - FGV/RJ e em Pedagogia Empresarial - Faculdade de Filosofia/BH; Graduação em Direito - Faculdade de Direito Monsenhor Messias, Administração de Empresas e em Ciências Contábeis - PUC/MG. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 2 APRESENTAÇÃO PROFESSOR Professor de pós-graduação e de graduação em Gestão de RH, do Centro Universitário Carioca, Rio de Janeiro. Profissional especializado na gestão de todos os subsistemas de recursos humanos, tendo atuado durante 35 anos em grandes empresas multinacionais em atividades gerenciais (Mannesmann, Lafarge, Leroy Merlin e Michelin). out-17Prof. José Geraldo Corrêa 3 OBJETIVOS DA DISCIPLINA Objetivo(s): Demonstrar a importância da Gestão de Cargos e Salários para os processos de atração e retenção dos recursos humanos nas organizações. Compreender os principais conceitos, métodos e ferramentas da Gestão de Cargos e Salários. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 4 OBJETIVOS DA DISCIPLINA Discutir detalhadamente cada etapa da implementação do PCS (Plano de Cargos e Salários). out-17Prof. José Geraldo Corrêa 5 PLANO DE ENSINO Carga Horária: 60 horas Unidade 1: Introdução à Gestão de Cargos e Salários Gestão de Cargos e Salários: objetivos; premissas de equilíbrio interno e de equilíbrio externo; a relação de Cargos e Salários com os demais subsistemas de Recursos Humanos; conceitos básicos; aspectos legais. Principais etapas para a montagem da estrutura de cargos e salários. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 6 PLANO DE ENSINO Unidade 2: Análise, Descrição e Avaliação de Cargos Análise e Descrição de cargos de cargos: Análise de Cargos: conceito; levantamento de funções; desenho dos cargos. Descrição de cargos: conceito; métodos de coleta de dados; descrição e especificação dos cargos. Avaliação de cargos: conceito; importância; métodos de avaliação; o método de avaliação por pontos. Classificação de cargos: conceito; definição dos intervalos de pontos das classes; ordenamento dos cargos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 7 PLANO DE ENSINO Unidade 3: Pesquisa Salarial Pesquisa salarial: conceito; objetivos; metodologia; estatística aplicada à pesquisa; coleta e tratamento de dados; apresentação e análise dos resultados. Tendências para a gestão de cargos e salários. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 8 PLANO DE ENSINO Unidade 4: Estrutura Salarial Estrutura salarial: conceito; definição das faixas salariais para cada classe; curva de referência ou linha de tendência de mercado; Diretrizes salariais: manual de gestão de cargos e salários; salário de admissão; promoção; reclassificação de cargos; reajustes salariais. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 9 BIBLIOGRAFIA Bibliografia Básica: ASSIS, Marcelino Tadeu de. Gestão de programas de remuneração: conceitos, aplicações e reflexões: visão generalista dos programas de remuneração. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. PASCHOAL, Luiz. Administração de cargos e salários: manual prático e novas metodologias. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. PONTES, Benedito Rodrigues. Administração de cargos e salários: carreiras e remuneração. São Paulo: LTR, 2011. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 10 BIBLIOGRAFIA Bibliografia Complementar: CHIAVENATO, Idalberto. Remuneração, benefícios e relações de trabalho. São Paulo: Manole, 2009. LUZ, Ricardo. Gestão de benefícios: a experiência brasileira. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. PASCHOAL, Luiz. Administração de cargos e salários: manual prático e novas metodologias. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. WOOD JÚNIOR, Thomaz; PICARELLI FILHO, Vicente. Remuneração estratégica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. WOOD JR., Thomaz; PICARELLI FILHO, Vicente. Remuneração e carreira por habilidades e por competências: preparando a organização para era das empresas de conhecimento intensivo. São Paulo: Atlas, 2004. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 11 AVALIAÇÃO AV1 (PRIMEIRA AVALIAÇÃO) Prova presencial, individual e sem consulta. Compõe 100% na nota. Abrange conteúdo ministrado até data da AV1. Data: 18 de setembro AV2 (SEGUNDA AVALIAÇÃO) Prova Presencial, individual e sem consulta. Compõe 80% da nota da AV2 somada com a nota da Atividade Prática Supervisionada que compõe 20% da nota da AV2. Abrange todo o conteúdo da disciplina. Data: 13 de Novembro out-17Prof. José Geraldo Corrêa 12 AVALIAÇÃO Atividade Prática Supervisionada Data entrega: 07 de novembro AV3 (TERCEIRA AVALIAÇÃO) Prova presencial, individual e sem consulta. Compõe 100% na nota. Abrange todo o conteúdo da disciplina Data: 27 de novembro out-17Prof. José Geraldo Corrêa 13 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa Acionistas Meio Ambiente Pessoas Mercado Empresa Relações e Expectativas no Mundo do Trabalho Investimento/Remuneração Sustentabilidade/Preservação Produtividade/Vida Digna Demanda/ Preço e Qualidade Recursos/Faturamento 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 15 Gestão de Pessoas Recompensando Pessoas Mantendo Pessoas Desenvolvendo Pessoas Monitorando Pessoas Agregando Pessoas Aplicando Pessoas 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 16 Gestão de Pessoas Agregando Pessoas Quem deve trabalhar na organização: Recrutamento de pessoas Seleção de pessoas 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 17 Gestão de Pessoas Aplicando Pessoas O que as pessoas devem fazer na organização: Desenhos de cargos Avaliação de desempenho 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 18 Gestão de Pessoas Recompensando Pessoas Como recompensar as pessoas: Recompensas/Remuneração Benefícios e serviços 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 19 Gestão de Pessoas Desenvolvendo Pessoas Como desenvolver as pessoas: Treinamento e desenvolvimento Programas de mudanças e transformações Programas de comunicação 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 20 Gestão de Pessoas Mantendo Pessoas Como manter as pessoas: Políticas Higiene, segurança, medicina e qualidade de vida Relações com os sindicatos Programas de comunicação 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 21 Gestão de Pessoas Monitorando Pessoas Como saber o que fazem e quem são as pessoas: Sistema de informação gerencial Banco de dados 1- INTRODUÇÃO Objetivo da Administração de Cargos e Salários (ACS): Auxiliar a organização a remunerar o pessoal de forma adequada, com justiça interna e competitividade externa. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 22 1- INTRODUÇÃO As principais atividades desempenhadas pela ACS: - Identificação, levantamento, descrição, análise e titulação dos cargos; - Hierarquização dos cargos em classes ou em níveis, mediante algum processo de avaliação; - Levantamento dos salários, benefícios e políticas de remuneração praticadas pelo mercado; análise e comparação com a situação da organização; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 23 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 24 As principais atividades desempenhadas pela ACS: - Estabelecimento e atualização das faixas salariais e outros parâmetros de remuneração; - Desenvolvimento, implementação, operacionalização e controle da política salarial da organização; - Preparação e operacionalização de procedimentos de administraçãoe controle da movimentação salarial; 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 25 As principais atividades desempenhadas pela ACS: - Participação nas negociações com sindicatos, direta ou indiretamente subsidiando com informações; - Interpretação, estudos e aplicação da política nacional de salários e de acordos coletivos; - Análise e parecer para solicitações de aumentos salariais e promoções; 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 26 As principais atividades desempenhadas pela ACS: - Participação em estudos de problemas de contratação e evasão de mão-de-obra; - Controle do custo de pessoal e estatística de movimentações salariais. 1- INTRODUÇÃO Objetivos e resultados esperados da ACS: - Desenvolver, atualizar e operacionalizar uma política salarial consoante com a política e planos do RH da organização; - Assessorar eficazmente as chefias em geral, buscando em parceria solucionar os problemas com o pessoal; - Analisar e identificar a real natureza dos problemas com pessoal para não usar indevidamente a solução salarial; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 27 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 28 Objetivos e resultados esperados da ACS: - Desenvolver ou buscar no mercado metodologias que garantam a justiça interna na valorização dos cargos, e implementá-las de forma que as chefias as entendam e as assumam; - Buscar informações confiáveis sobre o mercado, analisá-las e interpretá-las de forma tecnicamente corretas; 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 29 Objetivos e resultados esperados da ACS: - Fazer com que as chefias conheçam, compreendam, assumam e pratiquem o sistema de remuneração e a política salarial; - Conhecer as técnicas e manter-se atualizado em relação às metodologias mais apropriadas à organização; - Manter vivo, atual e em perfeito funcionamento o sistema de remuneração da organização; - Interpretar corretamente as leis, políticas e normas salariais oficiais e convenções coletivas. 1- INTRODUÇÃO A legislação trabalhista em cargos e salários: Constituição Federal: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 30 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 31 Consolidação das leis do trabalho (CLT): Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952). § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952) § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952) 1- INTRODUÇÃO SÚMULA 202 – Na equiparação de salário, em caso de trabalho igual, toma-se em conta o tempo de serviço na função, e não no emprego. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 32 1- INTRODUÇÃO O que é cargo? “A forma tradicional e formal das organizações ordenarem e agruparem as tarefas atribuídas às pessoas... “ PASCHOAL, Luiz. Administração de cargos e salários: manual prático e novas metodologias. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 33 1- INTRODUÇÃO Considerações sobre o cargo: Identidade/condicionamento social- As pessoas se apresentam ou são apresentadas pelo cargo que ocupam; O sistema tradicional de remuneração centraliza tudo no cargo: parte da definição do cargo (razão de ser, o alcance do cargo, responsabilidade, autoridade...) a definição do perfil do ocupante. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 34 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 35 Um cargo é formalizado através de uma descrição. Nela devem estar contidos: A titulação apropriada do cargo, que reflita a natureza e dê a sua real importância (alcance), valorizando o seu ocupante; O objetivo, atribuições e responsabilidades dos seus ocupantes; Os requisitos, tais como escolaridade, experiência, conhecimentos especializados, idiomas... A tendência da polivalência e da remuneração por competências. 1- INTRODUÇÃO O que é salário? É uma troca entre empregado e empregador, onde o empregado dispõe de sua mão-de- obra para receber em troca uma recompensa. “Salarium argentum”: Pagamento em sal, forma primária de pagamento oferecida aos soldados romanos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 36 1- INTRODUÇÃO As múltiplas facetas sobre salários: Para o empregado significa retribuição, sustento, padrão de vida, reconhecimento; Para a organização representa custo sobre a operação e fator influenciador do clima organizacional e da produtividade; Em economias instáveis os salários estão sempre sob ameaça. Em economias estáveis, pelo fato de faltar a mão de obra qualificada e sobrar a qualificada, têm-se menor diferença entre os salários mais baixos e os mais altos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 37 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 38 Fatores Higiênicos vs Fatores Motivacionais de Herzberg O salário é entendido como fator higiênico, sendo que tratado corretamente não gera motivação, mas qualquer incoerência, mesmo aparente, causa desmotivação. 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 39 Hierarquia das necessidades de Maslow 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 40 Hierarquia das necessidades de Maslow 1- INTRODUÇÃO Salário Absoluto: O valor absoluto do salário é aquele que está ligado à capacidade de compra e de fazer reservas futuras pelo empregado; Salário relativo: O valor relativo do salário é aquele que está ligado à compatibilidade do trabalho que executamos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 41 1- INTRODUÇÃO O cargo, o colaborador e o salário: - O salário se origina do valor do cargo, considerando as eventuais variações das qualificações requeridas e da performance do ocupante. - O valor do cargo é definido basicamente pelos requisitos, que por sua vez são determinados pelas responsabilidades e complexidades; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 42 1- INTRODUÇÃO: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 43 O cargo, o colaborador e o salário: - O salário correto de um cargo deve corresponder aos requisitos exigidos e o ocupante do cargo deve fazer jus a ele: Cargo Colaborador Salário 1- INTRODUÇÃO Cada cargo deve corresponder um valor salarial equilibrado com as suas exigências ou requisitos. A partir desse valor deve ser estabelecida uma faixa de valores com uma tolerância para cima ou para baixo, ou seja uma estrutura salarial: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 44 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 45 1- INTRODUÇÃO Sistema de administração de Cargos e Salários: Administrar ou gerir um recurso é fazer com que seja eficaz, cumpra a sua finalidade, seja dispendido na dose certa, no momento certo e de forma a propiciar o resultado desejado.Gerir salários significa fazer com que este recurso seja justo internamente, competitivo externamente e compatível com as condições econômicas da organização. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 46 1- INTRODUÇÃO Situações de desequilíbrio na gestão de cargos e salários: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 47 H Homem Cargo Salário C S H C S H C S H C S H C S H C S H C S H C S H C S H C S H C S H C S 1- INTRODUÇÃO Elementos dos Sistema de Administração de Cargos e Salários: - Informação sobre os cargos: Sob a forma de descrição de cargo ou outra, para permitira hierarquização dos cargos, enquadrar os empregados, atribuir salários e outros fins; - Cargos hierarquizados: Os cargos ordenados em classes ou níveis, mediante avaliação ou outra forma, para possibilitar a fixação de seu valor salarial, benefícios e outros; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 48 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 49 Elementos dos Sistema de Administração de Cargos e Salários: - Informações do mercado: Coleta sistemática ou não, de informações sobre os salários e benefícios praticados pelo mercado para poder se situar e definir os salários; - Política salarial interna: Diretrizes, normas e critérios formais sobre a atribuição de cargos e salários aos empregados; 1- INTRODUÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 50 Elementos dos Sistema de Administração de Cargos e Salários: - Estrutura Salarial: - Conjunto de valores salariais correspondentes à estrutura de cargos, válidos para contratação, promoção e progressões. REVISÃO DA MATÉRIA 1- Defina cargo e defina salário. 2- Qual é o objetivo da Administração de Cargos e Salários (ACS)? 3- Cite pelo menos 5 das principais atividades desempenhadas pela ACS. 4- Quais são os elementos que compõem o sistema de administração de cargos e salários? 5- O que é uma estrutura salarial? out-17Prof. José Geraldo Corrêa 51 INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE CARGOS Nesta etapa da implantação de um Plano de Cargos e Salários é que: analisa as FUNÇÕES e os CARGOS. Estruturando-os com coerência interna e externa. FUNÇÃO: o agregado de tarefas atribuídas a cada indivíduo na organização. CARGO: é o agregado de funções, substancialmente idênticas quanto à natureza das tarefas executadas e especificações exigidas. Fonte da Tabela: Catho out-17Prof. José Geraldo Corrêa 52 INTRODUÇÃO À ANALISE DE CARGOS Duas etapas são NECESSÁRIAS na fase de ANALISE DE CARGOS: 1) Coleta de dados 2) Descrição e Especificação de Cargos Fonte da Tabela: Catho out-17Prof. José Geraldo Corrêa 53 INTRODUÇÃO À ANALISE DE CARGOS Cargos: - Junção das funções de mesma natureza e especificação para formação dos cargos; - Redação da descrição dos cargos; - Redação da especificação dos cargos; - Classificação dos Cargos conforme grupos ocupacionais da organização; - Catálogo de Cargos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 54 INTRODUÇÃO À ANÁLSE DE CARGO Análise de cargo É o estudo que se faz para coligir informações sobre as tarefas componentes do cargo e as especificações exigidas do seu ocupante. Da análise resulta a descrição e a especificação do cargo. Descrição de cargo É o relato das tarefas descritas de forma organizada, permitindo ao leitor a compreensão das atividades narradas. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 55 INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE CARGOS Especificação de cargo É o relato dos requisitos, responsabilidades e incômodos impostos aos ocupantes do cargo. Grupo ocupacional É o conjunto de cargos que se assemelham quanto à natureza do trabalho. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 56 ANÁLISE DE CARGOS out-17Prof. José Geraldo Corrêa 57 ANÁLISE DE CARGO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 58 DESCRIÇÃO DE CARGO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 59 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Denominação do Cargo: Deve refletir a essência do cargo, sua atividade ou missão principal. Os títulos devem ser os mais sucintos possíveis e ao mesmo tempo obedecera um padrão existente na organização. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 60 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Denominação do Cargo X Denominação da Função out-17Prof. José Geraldo Corrêa 61 Denominação oficial do cargo Denominação da Função (ocupações agrupadas) “Auxiliar administrativo” “Auxiliar Administrativo de Pessoal” “Auxiliar de Compras” “Auxiliar de Tesouraria” Quando se trata de englobarmos mais de uma denominação sob o mesmo título. A primeira denominação fica sendo a denominação padrão para efeito dos registros e a segunda a denominação específica para os enquadramentos salariais. CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Código do Cargo: Trata-se da identificação numérica ou alfa numérica do cargo. É muito útil para evitar confusão de descrições e, sobretudo, para o sistema de informações. A composição do código irá facilitar a localização de informações que são usadas com frequência. Assim podemos ter no código a categoria do cargo (operacional, administrativo, técnico ou de chefia), a classe de ordenamento dos cargos para fins salariais e um algarismo sequencial já que na mesma classe de um ordenamento pode haver mais de um cargo. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 62 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Localização Departamental: Trata-se da identificação da área, setor, unidade geográfica, etc; onde está locado o cargo. Exemplo: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 63 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Posição na estrutura: Indica a quem o cargo em questão se reporta na estrutura da organização, quais os cargos subordinados e quais os colaterais (que se reportam à mesma posição). Exemplo: Cargo: Supervisor de Contabilidade Superior imediato: Gerente Administrativo Financeiro Cargos colaterais: Supervisor de Custos, Supervisor Financeiro Subordinados: Analista Contábil (1), Auxiliar Contábil (2) e Auxiliar Administrativo (1). out-17Prof. José Geraldo Corrêa 64 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Objetivo, Sumário ou Conceituação do cargo: Consiste num breve enunciado sobre o âmbito de atuação do cargo ou sobre sua principal missão na organização. Deve ser a síntese da síntese. Geralmente começa com um verbo e sempre dispensa dizer “o como se faz”. Deve esclarecer sobre o âmbito da atuação do cargo, especificando os assuntos para se facilitar o entendimento da tarefa. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 65 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Escopo ou Áreas de Responsabilidade: É a aplicado a cargos de chefia e trata da especificação dos principais assuntos de que trata o cargo. É a explicitação da abrangência de atividades da área pela qual o cargo é responsável. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 66 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 67 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Funções principais: Deve conter o que é próprio, específico e essencial ao cargo; Deve-se dizer o máximo com o mínimo de palavras; Deve-se iniciar dizendo o que faz, começando com um verbo de ação; Se necessária clareza especificar o como se faz e o para que se faz. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 68 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Funções principais: Em geral as tarefas são descritas pela ordem de importância. Em caso de designar um processo devem ser descritas pela ordem das etapas; A descrição das funções nunca esgota todos os tipos de trabalho que competem o cargo, portanto pode- se encerrar essa parte com uma descrição padrão do tipo “executa outros trabalhoscorrelatos, conforme as necessidades da área ou função”. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 69 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Exemplo: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 70 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Funções do Titular: Esta parte equivale às funções vistas antes, mas aplica-se aos cargos de chefia. Trata-se da descrição dos trabalhos que o ocupante executa pessoalmente, além de comandar as atividades delegadas aos subordinados, as quais devem aparecer no escopo “áreas de atividades’. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 71 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Relacionamentos Interpessoais: É a explicitação dos contatos mantidos pelo ocupante do cargo, interna e externamente, e as eventuais necessidades de negociações e ações junto à comunidade e grupos de interesse da organização. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 72 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Dimensões: Aqui são especificados os números do cargo: número de subordinados diretos, indiretos e total, folha de pagamento subordinada, faturamento, orçamento etc, pelas quais o cargo responde. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 73 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Requisitos: Neste tópico devem ser especificadas as qualificações requeridas pelo cargo. Escolaridade básica: deve-se dizer o nível de instrução formal requerido (1º grau, 2º grau, universitário) Formação complementar: especificar os cursos extras exigidos quando a escolaridade básica não basta para fornecer os conhecimentos demandados pelo cargo. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 74 Exemplo: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 75 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Experiência: Especifica-se o tempo acumulado total de atuação na especialidade para que o ocupante do posto esteja minimamente apto para desempenhar o seu papel. Responsabilidades: A responsabilidade pela guarda, manuseio, danos etc, de origem material, prejuízos em geral, transtornos, possibilidade de causar danos à imagem da organização e outros, a que o ocupante do cargo está sujeito. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 76 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Complexidades: Descreve-se os maiores desafios e obstáculos a serem vencidos para chegar aos resultados. Liberdade de ação: As decisões que o ocupante pode tomar, o que ele deve submeter a outros e as normas, política e regulamentos e outros parâmetros que regem a sua função. Diz respeito ao grau de autonomia que o cargo tem. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 77 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Condições de trabalho: Neste tópico devem estar descritas as condições do ambiente, os riscos de acidentes e os desgastes físicos a que o cargo expõe o ocupante. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 78 CONTEÚDO DA DESCRIÇÃO DE CARGO Exemplo: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 79 DESCRITIVOS DE POSTOS ANALISTA DE RH III - R&S Assistente Administrativo Descritivo de Posto Horista out-17Prof. José Geraldo Corrêa 80 ELABORANDO BOAS DESCRIÇÕES: 1- Procurar descrever de maneira simples, sem formalismo exagerado e sobretudo sem enfeitar; 2- Usar terminologia apropriada ao nível do cargo. Palavras pomposas em cargos simples pode levar a uma visão distorcida do cargo; 3- Suprimir toda expressão vaga: só ocupa espaço e não contribui; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 81 ELABORANDO BOAS DESCRIÇÕES: 4- Dizer o necessário e não mais que o necessário. Tudo que puder ser eliminado sem prejudicar a clareza deve ser retirado sem hesitação; 5- A descrição deve dar a impressão de algo completo e concluído. Tudo que é importante para cargo deve constar; 6- A descrição deve ser simples e circunstanciada para ser entendida por pessoas não familiarizadas com o cargo; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 82 ELABORANDO BOAS DESCRIÇÕES: 7- Siglas, termos técnicos e termos estrangeiros devem ser evitados a menos que sejam de domínio público; 8- O cargo deve ser visto como um fato organizacional e independente do seu ocupante. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 83 LEVANTAMENTO DE CARGOS O levantamento de cargos é fundamental para se elaborar uma boa descrição. Métodos de levantamento de cargos: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 84 Métodos Cargos Operacionais Cargos Administrativos Cargos de Chefia Observação X Questionário X X Entrevista X X X LEVANTAMENTO DE CARGOS Método da observação: Consiste em acompanhar a execução dos trabalhos. Se aplica a trabalhos fixos, repetitivos e de fácil compreensão. Deve ser complementado com perguntas. Essa forma de observação combinada com perguntas é a mais usada para cargos operacionais out-17Prof. José Geraldo Corrêa 85 LEVANTAMENTO DE CARGOS Método do questionário: Solicitar aos participantes que respondam por escrito suas atividades, especificando os requisitos, características, condições de trabalho, etc. Depende da habilidade das pessoas em darem informações por escritos. Devem ser mais aplicados quando o Analista de CS não pode estar analisando o cargo presencialmente e deve ser complementado por uma entrevista às chefias imediatas. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 86 LEVANTAMENTO DE CARGOS Método da entrevista: Á a forma mais completa e mais usada, apesar de ser demorada e despertar mais especulação sobre os resultados e objetivos. A entrevista é feita usualmente com o próprio ocupante do cargo, mas pode ser feita também pelo responsável pelo serviço, obtendo respostas mais objetivas. A entrevista com o próprio ocupante permite corrigir alterações no posto que a chefia desconhece. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 87 LEVANTAMENTO DE CARGOS Algumas recomendações para uma boa entrevista: - Preparar um roteiro para seguir durante a entrevista; - Contatar com a chefia da área e explicar o motivo da entrevista e pedir a indicação do ocupante mais capacitado para explicar a função; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 88 LEVANTAMENTO DE CARGOS - Fazer a entrevista no local de trabalho do entrevistado para que ele fique mais à vontade; - Inicie a conversa mais informalmente fazendo com que o ocupante se sinta bem. Lembre-se que para o entrevistado este é um momento especial; - Deixe bem claro o motivo da entrevista sem despertar expectativas de melhorias salariais ou promoções; - Seja bom ouvinte. Fale pouco e ouça muito. Demonstre energia e entusiasmo. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 89 LEVANTAMENTO DE CARGOS - Faça perguntas compreensíveis ao entrevistado, reformule e repita a pergunta se necessário. É importante que fique claro que você está estudando o cargo e não o avaliando; - Cuidado para que a pergunta não direcione a resposta: “este trabalho é muito complexo, não é?” - Peça para dizer como faz e porquê faz cada trabalho; - Identifique até que ponto o entrevistado elabora o trabalho: “distinguir entre fazer estatística de compilar dados”. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 90 AVALIAÇÃO DE CARGOS Conceitos: - O processo de avaliação de cargos, está vinculado à necessidade de se estabelecerem critérios que permitam que estes sejam hierarquizados ou organizados segundo a sua importância, observando-se alguns fatores tais como: escolaridade, experiência exigida e complexidade das funções. - Marcelino Tadeu de Assis. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 91 AVALIAÇÃO DE CARGOS Conceitos: É a determinação da importância de cada cargo que gera um ordenamento ou hierarquização dos mesmos, associada à uma tabela de salários. Este ordenamento em classes é necessário para se determinar o nível de remuneração de cada cargo. A cada classe corresponderá umnível ou uma faixa salarial. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 92 AVALIAÇÃO DE CARGOS Data da aplicação: 01/06/2004 Aumento em relação à tabela anterior = 5,00% Coeficient es Salários X V U T S R Q P O N M L K J I H 500 501 502 503 504 505 506 507 508 509 510 511 512 513 514 515 Máximo 855,00 1.035,00 1.252,00 1.515,00 1.833,00 2.218,00 2.684,00 3.248,00 3.930,00 4.755,00 5.754,00 6.962,00 8.424,00 10.193,00 12.334,00 14.924,00 Médio 684,00 828,00 1.002,00 1.212,00 1.467,00 1.775,00 2.147,00 2.598,00 3.144,00 3.804,00 4.603,00 5.570,00 6.739,00 8.155,00 9.867,00 11.939,00 Mínimo 652,00 662,00 751,00 909,00 1.100,00 1.331,00 1.611,00 1.949,00 2.358,00 2.853,00 3.452,00 4.177,00 5.054,00 6.116,00 7.400,00 8.954,00 VALORES PARA O GRÁFICO MÍNIMO 652,00 662,00 751,00 909,00 1.100,00 1.331,00 1.611,00 1.949,00 2.358,00 2.853,00 3.452,00 4.177,00 5.054,00 6.116,00 7.400,00 8.954,00 MÉDIO-MÍNIMO 32,00 166,00 251,00 303,00 367,00 444,00 536,00 649,00 786,00 951,00 1.151,00 1.393,00 1.685,00 2.039,00 2.467,00 2.985,00 MÁXIMO-MÉDIO 171,00 207,00 250,00 303,00 366,00 443,00 537,00 650,00 786,00 951,00 1.151,00 1.392,00 1.685,00 2.038,00 2.467,00 2.985,00 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 93 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 500 501 502 503 504 505 506 507 508 509 510 511 512 513 514 515 X V U T S R Q P O N M L K J I H re a is M il h a re s COEFICIENTES CURVAS SALARIAIS Salários X V U T S R Q P O N M L K J I H 500 501 502 503 504 505 506 507 508 509 510 511 512 513 514 515 Máximo 855,00 1.035,00 1.252,00 1.515,00 1.833,00 2.218,00 2.684,00 3.248,00 3.930,00 4.755,00 5.754,00 6.962,00 8.424,00 10.193,00 12.334,00 14.924,00 Médio 684,00 828,00 1.002,00 1.212,00 1.467,00 1.775,00 2.147,00 2.598,00 3.144,00 3.804,00 4.603,00 5.570,00 6.739,00 8.155,00 9.867,00 11.939,00 Mínimo 652,00 662,00 751,00 909,00 1.100,00 1.331,00 1.611,00 1.949,00 2.358,00 2.853,00 3.452,00 4.177,00 5.054,00 6.116,00 7.400,00 8.954,00 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE CARGOS out-17Prof. José Geraldo Corrêa 94 Os métodos conhecidos de avaliação de cargos se dividem em GLOBAIS, ANALÍTICOS e SISTÊMICOS. Os métodos globais: são assim chamados por enfocarem os cargos de forma total e não em cada aspecto isoladamente; MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE CARGOS Os métodos analíticos: avaliam os cargos sob diferentes aspectos chamados fatores (escolaridade, experiência, responsabilidade, etc), para depois apurar o seu valor global. Faz portanto uma avaliação analítica. Os métodos sistêmicos: recebem esse nome por usarem fatores de entrada (requisitos), de aplicação (responsabilidade, complexidade, e de saída (resultados produzidos pelo cargo), dentro do conceito de sistema, ou seja, entrada processamento e saída. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 95 ESCALONAMENTO 1- Escalonamento: Consiste em colocar os cargos nas classes 1 a 10, 15 ou 20, etc., segundo a sua importância, tendo como base a descrição, levando em conta suas complexidades, responsabilidades, requisitos e outros aspectos, mas tendo em vista o global do cargo e não cada aspecto desse isoladamente. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 96 ESCALONAMENTO O escalonamento pode ser feito registrando-se os cargos numa tabela em ordem de importância, tendo os respectivos descritivos de cargos em mãos. Supondo-se que o escalonamento é feito por um comitê cada membro faz o seu escalonamento individual, mediante instruções claras sobre a metodologia, e em seguida discutem até consensarem um escalonamento único. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 97 ESCALONAMENTO Este é um método rápido, porém bastante impreciso, pois aumenta a subjetividade quando se passa da consideração dos aspectos que determinam os valores dos cargos para se tentar a definição desse valor de maneira direta. Não determina de forma precisa a distância correta entre os cargos. Exemplo: Comprador e Analistas de Sistemas. É recomendado para organizações menos complexas em termos de números de empregados e cargos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 98 ESCALONAMENTO A PARTIR DO MERCADO 2- Escalonamento a partir do mercado: Consiste em hierarquizar os cargos segundo os salários médios de mercado, ajustar a posição dos cargos a partir da realidade específica da organização e inserir os demais cargos não pesquisados no escalonamento por comparação. Este trabalho também deve ser feito através de um comitê e sempre com base nos descritivos dos cargos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 99 ESCALONAMENTO A PARTIR DO MERCADO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 100 Cargo Salário médio de mercado Copeira 200,00 Digitador 391,23 Almoxarife 426,32 Auxiliar de Pessoal 688,60 Auxiliar de Contabilidade 719,82 Caixa 901,75 Desenhista Projetista 1.045,61 Comprador 1.147,37 Analista de Cargos 1.484,21 Analista de Sistemas 1.852,63 ESCALONAMENTO A PARTIR DO MERCADO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 101 Classe Mínimo Médio Máximo Cargos Salário Classe 1 180,75 200,00 221,30 Copeira 200,00 1 2 221,31 244,86 270,93 2 3 270,94 299,78 331,70 3 4 331,71 367,02 406,10 Digitador 391,23 4 5 406,11 449,34 497,19 Almoxarife 426,32 5 6 497,20 550,13 608,71 6 7 608,72 673,52 745,24 Auxiliar de Pessoal 688,60 7 Auxiliar de Contabilidade 719,82 7 8 745,25 824,59 912,40 Caixa 901,75 8 9 912,41 1.009,55 1.117,04 Desenhista Projetista 1.045,61 9 10 1.117,05 1.235,99 1.367,60 Comprador 1.147,37 10 11 1.367,61 1.513,22 1.674,35 Analista de Cargos 1.484,21 11 12 1.674,36 1.852,63 2.049,90 Analista de Sistemas 1.852,63 12 ESCALONAMENTO A PARTIR DO MERCADO Construção dos intervalos de valores: A- Cálculo do ponto médio: Progressão geométrica com a1= 200,00 na= 1.852,63 e n=12: razão q= 1,224298 a1= 200 a2= 200 x 1,224298= 244,86 a3= 244,86 x 1,224298= 299,78 etc. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 102 ESCALONAMENTO A PARTIR DO MERCADO B- Cálculo dos Máximos: Classe 1: máximo = médio x raiz quadrada de q 200,00 x 1, 224298 = 221,30 Demais classes: máximo da classe anterior x razão q inteira classe 2 = 221,30 x q = 270,93 C- Cálculo dos Mínimos: Classe 1: mínimo = médio dividido pela raiz quadrada de q: = 200,00/1,10648 = 180,75 Demais classes: máximo da classe anterior + 0,01 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 103 ESCALONAMENTO A PARTIR DO MERCADO Se as condições específicas da empresa mostram que o Caixa deveria ficar junto com o Auxiliar de Contabilidade, o comitê pode mudá-lo da classe 8 para a classe 7. Os cargos considerados são aqueles que foram pesquisados no mercado. Os demais serão inclusos nas classes de 1 a 12 pelo comitê com base na descrição de cargos. Usamos neste exemplo arbitrariamente o número de 12 classes, porém veremos nos próximos capítulos como calcular o número correto de classes. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 104 GRAUS PRÉ-DETERMINADOS Consiste no enquadramento dos cargos em graus previamente caracterizados em termos de qualificação, complexidade, responsabilidade etc, e depois em classes. Exemplo para cargos operacionais: Grau 1: ocupações não-qualificadas, caracterizadas por trabalhos dos mais simples e totalmente orientados; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 105 GRAUS PRÉ-DETERMINADOS Grau 2: Ocupações semiqualificadas, que envolvem trabalhos simples, de pouca iniciativa e de responsabilidade bastante restrita; Grau 3: Ocupações qualificadas, que envolvem trabalhos de alguma complexidade, exigindo alguma iniciativa e autonomia; têm alguma responsabilidade sobre o patrimônio e produtos; Grau 4: Ocupações semi-especializadas, que envolvem trabalhosrelativamente complexos, exigem boa dose de iniciativa e autonomia; têm razoável responsabilidade por bens e produtos; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 106 GRAUS PRÉ-DETERMINADOS Grau 5: Ocupações especializadas, que envolvem trabalhos complexos da categoria operacional, muita iniciativa e autonomia e grande responsabilidade por bens e produtos; Cada grau recebe uma subgraduação, tipo (-) abaixo do grau, (=) plenamente no grau e (+) ligeiramente acima do grau. Com isso em 5 graus temos 13 classes: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 107 Classe 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Grau 1= 1+ 2- 2= 2+ 3- 3= 3+ 4- 4= 4+ 5- 5= Copeira Digitador Almoxarife Aux. Pessoal Aux. Cont. GRAUS PRÉ-DETERMINADOS out-17Prof. José Geraldo Corrêa 108 Nota-se no exemplo que não se usa 1- nem 5+; Também neste método, a avaliação deve ser feita por um comitê e com base nas descrições, onde cada membro faz o seu enquadramento individual dos cargos e depois todos discutem até obterem uma avaliação única. Atende bem às pequenas organizações. GRADE DE COMPARAÇÃO Consiste em comparar cada cargo com os demais, levando em conta os requisitos, complexidades, responsabilidades, etc. Exemplo out-17Prof. José Geraldo Corrêa 109 Copeira Digitador Aux. Pessoal Almoxarife Copeira (-) (-) (-) Digitador (+) (-) (=) Aux. Pessoal (+) (+) (+) Almoxarife (+) (=) (-) GRADE DE COMPARAÇÃO Em cada comparação o avaliador diz se considera o primeiro cargo menor (-), igual (=) ou maior (+) que o segundo, o terceiro o quarto, etc., sempre considerando fatores como as complexidades, responsabilidades; requisitos, etc. Os sinais valem pesos tipo 1, 3 e 5. Depois que todos os avaliadores fazem e consensam as suas comparações, apura-se os pontos que cada cargo obteve e determina-se a classe de cada um. Método recomendado para pequenas organizações. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 110 GRADE DE COMPARAÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 111 (-) (=) (+) Total Copeira 3 x 1 0 x 3 0 x 5 3 Digitador 1 x 1 1 x 3 1 x 5 9 Aux. Pessoal 0 x 1 0 x 3 3 x 5 15 Almoxarife 1 x 1 1 x 3 1 x 5 9 Sinais Cargos Classes Faixas Cargos Pontos Classes 1 3 a 6 Copeira 3 1 Digitador 9 2 Almoxarife 9 2 3 10 a 12 4 13 a 15 Aux. Pessoal 15 4 2 7 a 9 MÉTODOS ANALÍTICOS - PONTOS Neste método, os cargos são avaliados em cada um de uma série de fatores como escolaridade, experiência, complexidade, etc., previamente definidos e subdivididos em graus. Estes graus definem os diferentes níveis de intensidade de aplicação dos fatores e a eles corresponde um certo número de pontos. Após o enquadramento dos cargos nos fatores, apura-se a avaliação global através da somatória dos pontos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 112 PONTOS out-17Prof. José Geraldo Corrêa 113 Grau Definição Pontos A Cargos que exigem o 1º grau completo 20 B Cargos que exigem o 2º grau completo 40 C Cargos que exigem o 3º grau completo 60 D Cargos que exigem pós-graduação 80 Exemplo: Fator Escolaridade Na avaliação, os membros do comitê fazem suas avaliações e depois discutem as divergências em cada fator até chegar a um consenso. PONTOS Este é o método mais empregado nas organizações médias e grandes, devido à sua grande precisão. O fato de trabalhar com pontos permite tratamentos técnicos e matemáticos bastante refinados. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 114 COMPARAÇÃO DE FATORES out-17Prof. José Geraldo Corrêa 115 Exemplo: Fatores Complexidade Esforço Visual Escolaridade Experiência Iniciativa Pesos 20% 8% 30% 30% 12% Salário médio de mercado (R$639,00) x peso 128,00 51,00 192,00 192,00 77,00 GRAUS 1 105,00 42,00 158,00 158,00 63,00 2 116,00 46,00 174,00 174,00 70,00 Mercado x Pesso 128,00 51,00 192,00 192,00 77,00 3 141,00 56,00 211,00 211,00 84,00 4 155,00 62,00 233,00 233,00 93,00 Componentes salariais Este método é basicamente igual ao de pontos, com a diferença que os pontos são substituídos por valores monetários: COMPARAÇÃO DE FATORES out-17Prof. José Geraldo Corrêa 116 Graus Componentes salariais Graus Componentes salariais Graus Componentes salariais Graus Componentes salariais Graus Componentes salariais Lubrificador 1 105,00 3 56,00 1 158,00 1 158,00 3 84,00 522,00 561,00 Operador 2 116,00 4 62,00 2 174,00 2 174,00 2 70,00 582,00 591,00 Soldador 4 155,00 1 42,00 3 211,00 3 211,00 1 63,00 684,00 682,00 Mecânico 3 141,00 2 46,00 4 233,00 4 233,00 4 93,00 768,00 746,00 Guindasteiro 2 116,00 3 56,00 2 174,00 2 174,00 2 70,00 576,00 MercadoCARGOS Total Complexidade Esforço Visual Escolaridade Experiência Iniciativa Cada fator tem uma escala de valores monetários de forma que a soma dos valores determina a o salário do cargo. Bastante utilizado nos EUA, porém sem grande aplicabilidade no Brasil. MÉTODOS SISTÊMICOS Outra forma de métodos expressos por pontos, os chamados métodos sistêmicos são processos desenvolvidos em “laboratórios” e são fornecidos às organizações já prontos. Os mais conhecidos são os métodos Hay e Hoyler: O método Hay utiliza os fatores Know-how, solução de problemas e Acontabilidade (impacto), cada um subdividido em 2 ou 3 fatores. O Método Hoyler utiliza os fatores habilitação, aplicação, resultados e atuação, também subdivididos em 2 subfatores. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 117 NÍVEL DE RESPONSABILIDADE DO POSTO Resultados Solução de Problemas Know-How Peso do Cargo+ + = Técnico Gerencial Relações humanas Autonomia Complexidades Abrangência Resultados Impactos Metodologia HAY - Fatores de Avaliação Know How Processo Mental Responsabilidade por resultados Conhecimentos, experiências, habilidades para exercer o cargo Utiliza-se do Know-How para identificar e solucionar problemas Mensuração do efeito de um cargo nos resultados finais. 1. Técnico: Conhecimentos e experiências necessárias para excercer o posto através da educação formal ou prática. 1. Autonomia: Liberdade para pensar. Como exerce o trabalho - regras, métodos, procedimentos, políticas, estratégias, precedentes. 1. Abrangência de atuação: Extensão na qual um cargo decide as medidas e ações a serem tomadas para atingir os resultados esperados. 2. Gerencial: Capacidade para integrar e gerenciar atividades e funções. Está relacionado ao tamanho da função e ao perímetro de atuação. 2. Tipo de Raciocínio: desafio do pensamento. Complexidade das situações e problemas encontrados e do processo de raciocínio necessário para chegar as soluções . 2. Impacto: Define a natureza e o grau de influência do cargo nos resultados finais esperados, expressos numa Magnitude (área de impacto) direta ou indireta. 3. Relações Humanas: Habilidade necessária para comunicar e influenciar pessoas ou grupos, dentro e fora da organização. 3. Magnitude: É expressa em medidas quantitativas ($$$ anual) ou qualitativas (Serviços de suporte, analíticos, diagnósticos, consultivos. NÍVEL DE CONHECIMENTO KNOW HOW -TÉCNICO É a profundidade e o alcance dos conhecimentos requeridos para o exercício do cargo. Isto inclui conhecimentos e experiências adquiridas tanto através da prática quanto através da educação formal. D- Chefe de Equipe (máquinas simples) D Vendedor Técnico Chefe de Setor (< 30 emp.) D+ Algumas habilidades especializadas (em muitos casos adquiridas através da prática) dando amplitude ou alcance adicional a uma atividade funcional específica. Chefe de Atelier (100 emp. sem manutenção) Chefe de Armazém Chefe Setor Produção (30 a 40 emp.) E- E Responsável de Pessoal Mensalista Gerente Regional de VendasChefe de Atelier (100 a 400 emp. com manut.) E+ Auto-suficiência em uma disciplina especializada que requer a compreensão de teorias e princípios científicos, ou de práticas e precedentes complexos, ou ambos. Chefe de Fabricação (800 empregados) Gerente Nacional de Vendas Gerente de Pessoal Site F- F Diretor Industrial Diretor de Vendas Diretor Financeiro F+ Proficiência obtida através de um amplo amadurecimento profissional por um longo tempo de prática, ou uma forma intensiva em um campo científico, ou ambos. NÍVEL DE CONHECIMENTO KNOW HOW -GERENCIAL É a habilidade requerida para executar, coordenar, integrar e/ou harmonizar as diversas funções envolvidas em atividades de gestão. Esta habilidade pode ser exercida tanto de maneira operacional quanto funcional, onde planejar, controlar, organizar são essenciais. I- I Analista de Treinamento I+ Execução ou coordenação de atividades muito específicas quanto ao seu objetivo e conteúdo, com conhecimentos de atividades correlatas. Chefe de Setor (30 empregados) Chefe de Armazém (50 empregados) Responsável de Pessoal Mensalista II- Gerente Regional de Vendas Chefe Atelier de 100 a 400 emp. com manut.) II Gerente de Pessoal Site Chefe de Fabricação Gerente Nacional de Vendas Gerente de Contabilidade II+ Gerenciamento de maneira operacional ou funcional de atividades que são relativamente homogêneas na sua natureza e objetivos. Diretor de Vendas III- Diretor de Fábrica Diretor Financeiro III Diretor UOT III+ Gerenciamento e/ou Direção operacional ou funcional de atividades que são diferentes em sua natureza e objetivos. Diretor Geral NÍVEL DE CONHECIMENTO HABILIDADE EM RELAÇÕES HUMANAS É a habilidade requerida por um cargo quanto ao inter-relacionamento com pessoas. 1 Habilidades em requisitar e fornecer informações. Operador de Máquina Motorista 2 Habilidades em compreender e ser compreendido são importantes para o cargo. Analista de Custos Engenheiro de Projetos Formador Técnico 3 Habilidade para negociar com clientes e/ou fornecedores, ou de motivar pessoas e liderar pessoas são críticas para o exercício do cargo. Diretor Fábrica Diretor de Vendas Chefe de Fabricação ( 800 empregados) Responsável de Pessoal Mensalista Chefe de Setor (30 empregados) PROCESSO MENTAL CONTEXTO DE RACIOCÍNIO É o contexto que orienta ou circunscreve o raciocínio “É a liberdade para pensar”. D- D Chefe de Armazém (50 pessoas) Chefe de Setor (30 empregados) D+ Raciocínio dentro de padrões e procedimentos bastante diversificados (supervisão eventual). Chefe de Atelier (100 a 200 emp. com manut) Chefe de Atelier (100 a 200 emp. sem manut) E- E Chefe de Fabricação ( 800 empregados) Gerente de Pessoal Site Chefe de Atelier (200 a 400 emp. com manut) E+ Raciocinando dentro de políticas claramente definidas e metas específicas (orientação imediata de seu superior, caso seja necessário). F- F Diretor de RH Diretor de Vendas F+ Raciocínio dentro de políticas e princípios amplos e objetivos específicos (orientações gerais). PROCESSO MENTAL TIPO DE RACIOCÍNIO É a complexidade e intensidade do processo mental requerido para solucionar os problemas inerentes ao exercício do cargo. 3- Chefe de Setor (30 a 40 empregados) 3 Chefe de Atelier (200 a 400 emp. com manut.) Chefe de Atelier (100 a 200 emp. com manut.) 3+ Situações diferentes que requerem busca de soluções dentro de um campo maior de conhecimentos já existentes. Chefe de Fabricação (800 empregados) Gerente de Pessoal Site Responsável de Pessoal Mensalista 4- 4 Diretor Industrial Diretor de Vendas 4+ Situações variáveis que requerem um raciocínio analítico, interpretativo, avaliativo e/ou construtivo. RESPONSABILIDADE POR RESULTADOS ABRANGÊNCIA DE ATUAÇÃO Autonomia de ação delegada ao cargo quanto à tomada de decisões organizacionais de natureza técnica, profissional ou gerencial. D- Chefe de Setor (30 a 40 empregados) D Chefe de Armazém (50 pessoas) D+ Cargos sujeitos a práticas e procedimentos baseados em antecedentes ou políticas bem definidas, e/ou supervisão gerencial. Gerente Nacional de Vendas Chefe de Atelier (100 a 200 emp com manut.) Responsável Pessoal Mensalista E- Gerente de Contabilidade Chefe de Atelier (200 a 400 emp com manut.) E Chefe de Fabricação (800 empregados) Gerente de SP Site E+ Cargos sujeitos a práticas e procedimentos amplos baseados em antecedentes ou políticas funcionais e/ou pela realização de planos operacionais definidos, e/ou direção gerencial. Diretor de Vendas F- Diretor de Fábrica Diretor de Financeiro F Diretor UOT F+ Cargos sujeitos a políticas e objetivos funcionais, e/ou pelo alcance de metas estabelecidas para o negócio e empresa, e/ou direção geral Diretor Geral RESPONSABILIDADE POR RESULTADOS IMPACTO E MAGNITUDE Define o efeito produzido pelo cargo na dimensão financeira produzida (vide quadro ao lado). Dimensão financeira anual sobre a qual o cargo tenha alguma forma de participação. C- 0- < R$ 58.000,00 C 0 > R$ 58.000,00 e < R$ 87.000,00 C+ Serviços de aconselhamento, apoio, interpretação, ou assessoria destinados a contribuir para que outras pessoas atinjam objetivos finais. Gerente de Pessoal Site 0+ > R$ 87.000,00 e < R$ 350.000,00 S- Responsável Pessoal Mensalista 1- > R$ 350.000,00 e < R$ 612.000,00 S 1 > R$ 612.000,00 e < R$ 874.000,00 S+ Participação direta, de forma compartilhada com outras pessoas (exceto subordinados e superiores), dentro ou fora da unidade organizacional, na obtenção de resultados finais 1+ > R$ 874.000,00 e < R$ 3.496.000,00 P- Chefe de Fabricação (800 empregados) 2- > R$ 3.496.000,00 e < R$ 6.118.000,00 P 2+ > R$ 6.118.000,00 e < R$ 8.740.000,00 P+ Tem influência direta e determinante nos resultados finais do cargo e/ou da empresa 3- > R$ 8.740.000,00 e < R$ 34.960.000,00 3 > R$ 34.960.000,00 e < R$ 61.180.000,00 3+ > R$ 61.180.000,00 e < R$ 87.400.000,00 Classificação – Método Hay Resultados Solução de Problemas Know-How Peso do Cargo + + = 380 440 505 285 250 217 Banda 1 Banda 3 Banda 2 Banda 4 Banda 5 Banda 6 200 130 120 450 + + = NÍVEL DE RESPONSABILIDADE DO POSTO O QUE ESTUDAMOS ATÉ ESSA AULA: Unidade 1: Introdução à Gestão de Cargos e Salários Gestão de Cargos e Salários: objetivos; premissas de equilíbrio interno e de equilíbrio externo; a relação de Cargos e Salários com os demais subsistemas de Recursos Humanos; conceitos básicos; aspectos legais. Principais etapas para a montagem da estrutura de cargos e salários. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 132 O QUE ESTUDAMOS ATÉ ESSA AULA: Unidade 2: Análise, Descrição e Avaliação de Cargos Análise e Descrição de cargos de cargos: Análise de Cargos: conceito; levantamento de funções; desenho dos cargos. Descrição de cargos: conceito; métodos de coleta de dados; descrição e especificação dos cargos. Avaliação de cargos: conceito; importância; métodos de avaliação; o método de avaliação por pontos. Classificação de cargos: conceito; definição dos intervalos de pontos das classes; ordenamento dos cargos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 133 O QUE FALTA AINDA ESTUDARMOS Unidade 3: Pesquisa Salarial Pesquisa salarial: conceito; objetivos; metodologia; estatística aplicada à pesquisa; coleta e tratamento de dados; apresentação e análise dos resultados. Tendências para a gestão de cargos e salários. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 134 O QUE FALTA AINDA ESTUDARMOS Unidade 4: Estrutura Salarial Estrutura salarial: conceito; definição das faixas salariais para cada classe; curva de referênciaou linha de tendência de mercado; Diretrizes salariais: manual de gestão de cargos e salários; salário de admissão; promoção; reclassificação de cargos; reajustes salariais. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 135 CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE CARGOS O método de avaliação por pontos: Elaboração do manual de avaliação; 1- Determinação das categorias; 2- Escolha dos fatores; 3- Teste dos fatores; 4- Graduação dos fatores; 5- Pontuação do manual out-17Prof. José Geraldo Corrêa 136 1- DETERMINAÇÃO DAS CATEGORIAS - O primeiro passo é definirmos quais as categorias de cargos que queremos trabalhar, já que cada categoria tem características que requerem a construção de um manual próprio, devido à natureza dos trabalhos. - Em geral se trabalha com três categorias: Operacional, administrativo/técnico e chefia. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 137 2- ESCOLHA DOS FATORES DE AVALIAÇÃO Fatores de avaliação são os aspectos do cargo que interferem no seu valor relativo. É como se avaliássemos um imóvel onde se leva em conta aspectos como localização, tamanho, qualidade de edificação, proximidade de recursos, etc. A escolha dos fatores é uma etapa muito importante, pois muito da precisão das avaliações vai depender do conjunto de fatores utilizados out-17Prof. José Geraldo Corrêa 138 2- ESCOLHA DOS FATORES DE AVALIAÇÃO Os fatores de avaliação mais comuns são: - Escolaridade; - Experiência; - Complexidade; - Responsabilidade; - Relacionamento; - Confidencialidade; - Esforço mental; - Esforço visual e físico; - Condições ambientais. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 139 2- ESCOLHA DOS FATORES DE AVALIAÇÃO As etapas da escolha dos fatores: I - Amostra dos cargos: A primeira providência consiste em selecionar os cargos-chave e elaborarmos suas descrições com o máximo de informações possíveis. Cargos-chave são os mais conhecidos, tidos como os mais importantes numa organização, os mais populosos em termos de ocupantes e críticos em relação ao mercado. Essa amostragem deve conter cargos de todos os níveis, desde os de remuneração mais baixa até os de remuneração mais alta. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 140 2- ESCOLHA DOS FATORES DE AVALIAÇÃO I- Amostra dos cargos (cont.): - Esses cargos são empregados na montagem e nos testes do manual, na formação das avaliações-guia do comitê e para os teste estatísticos de pontuação. - Eles devem ser os mesmos a serem utilizados na pesquisa de mercado. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 141 2- ESCOLHA DOS FATORES DE AVALIAÇÃO II- Inventário dos fatores: Consiste em levantar primeiramente um certo número de fatores aplicáveis aos cargos-chave, consultando literatura especializada, outros manuais de cargos e salários, chefias, descrições dos cargos e o próprio conhecimento do analista que executa o trabalho. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 142 2- ESCOLHA DOS FATORES DE AVALIAÇÃO Em seguida faz-se a conceituação dos fatores, definindo o seu significado exato, de modo a não deixar dúvidas sobre o que se quer avaliar em cada um dos fatores. Exemplo: Fator Complexidade – Este fator avalia a demanda de raciocínio e técnica para desenvolver soluções para problemas e situações impostos pelo cargo e conduzir o trabalho a bom termo. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 143 2- ESCOLHA DOS FATORES DE AVALIAÇÃO III- Escolha dos fatores: Deve-se escolher no máximo dez e no mínimo seis fatores. - Quais os fatores que se aplicam à todos ou à grande maioria dos cargos? Os fatores devem ser capazes de diferenciar os cargos. - Quais os fatores que se aplicam em variados graus de intensidade? Os fatores que variam minimamente de intensidade entre os cargos não ajudam a diferenciá-los. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 144 2- ESCOLHA DOS FATORES DE AVALIAÇÃO out-17Prof. José Geraldo Corrêa 145 - Quais os fatores mais claros, que os avaliadores vão entender facilmente seu significado, sem gerar polêmicas? - Quais os fatores que não estejam avaliando aspectos já considerados em outros fatores. Por exemplo Complexidade e Esforço Mental. 3- TESTE DOS FATORES Para verificar se todos os fatores escolhidos devem fazer parte do plano, eles devem ser testados. Esse teste consiste em fazer uma primeira avaliação dos cargos nesses fatores. Elaborando um escalonamento de cargos-chave em cada fator, em ordem crescente e utilizando as suas descrições. Os fatores que permitirem realizar esse escalonamento com relativa facilidade, sem gerar muita dúvida, devem permanecer. Os fatores problemáticos devem ser eliminados. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 146 3- TESTES DOS FATORES out-17Prof. José Geraldo Corrêa 147 Fatores Copeira Digitador Almoxarife Aux. de Pessoal Auxiliar de Contabilidade Caixa Desenhista Projetista Comprador Analista Cargos Anl. de Sistemas Escolaridade 8 8 4 4 1 4 1 3 1 1 Experiência 4 3 1 1 2 3 4 1 4 6 Complexidade 9 7 8 6 5 5 2 5 6 2 Responsabilidade 5 4 2 3 3 1 5 2 2 5 Relacionamento 3 9 3 5 7 7 9 6 5 7 Confidencialidade 7 5 5 2 4 2 8 4 3 4 Esforço mental 6 6 9 7 6 6 3 7 7 3 Esforço visual e físico 2 1 6 8 8 8 6 8 8 8 Condições ambientais 1 2 7 9 9 9 7 9 9 9 TESTE DOS FATORES out-17Prof. José Geraldo Corrêa 148 Cargos Escolaridade Experiência Complexidade Responsabilidade Relacionamento Confidencialidade Esforço Mental Esforço Visual e Físico Condições Ambientais Copeira 8 4 9 5 3 7 6 2 1 Digitador 8 3 7 4 9 5 6 1 2 Almoxarife 4 1 8 2 3 5 9 6 7 Auxiliar de Pessoal 4 1 6 3 5 2 7 8 9 Auxiliar de Contabilidade 1 2 5 3 7 4 6 8 9 Caixa 4 3 5 1 7 2 6 8 9 Desenhista Projetista 1 4 2 5 9 8 3 6 7 Comprador 3 1 5 2 6 4 7 8 9 Analista de Cargos 1 4 6 2 5 3 7 8 9 Analista de Sistemas 1 6 2 5 7 4 3 8 9 35 29 55 32 61 44 60 63 71 4- GRADUAÇÃO DOS FATORES É a definição dos graus dentro de cada fator. Consiste em conceituar os diferentes níveis de intensidade de aplicação do fator. Exemplo: Complexidade out-17Prof. José Geraldo Corrêa 149 Grau Descrição do Grau A - Elementar Trabalhos simples, de assimilação imediata, exigindo mínima aplicação intelectual. B- Rotineiro Trabalhos de pequena complexidade, demandando aplicação intelectual absolutamente normal, apresentando razoável repetição no dia-a-dia. C- Semicomplexo Trabalhos que demandam aplicação intelectualpouco acima do normal, apresentando pouca repetição. D- Complexo Trabalhos que exigem uso do intelecto bastante acima do normal, demandando boa dose de raciocínio, apresentando mínima repetição. E- Muito Complexo Trabalhos altamente complexos, que exigem elevada dose de raciocínio, atuação independente e solução de problemas intrincados. 4- GRADUAÇÃO DOS FATORES Para os fatores Escolaridade e Experiência a graduação é mais simples de ser elaborada. Basta verificar nos cargos-chave o mínimo e o máximo exigido e fazer, por exemplo, uma escala que pode ir da alfabetização à pós-graduação. Para os fatores Complexidade, Responsabilidade e outros a conceituação dos graus é bem mais complexa. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 150 5- PONTUAÇÃO DO MANUAL Definidos os graus dos fatores é necessário determinar o número de pontos correspondentes a eles. Duas informações são fundamentais: a avaliação que o comitê de cargos fez para os cargos-chave e os salários de mercado para esses mesmos cargos. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 151 5- PONTUAÇÃO DO MANUAL O primeiro passo consiste em definir os pesos numéricos dos fatores. Esses pesos são expressos emforma de percentual tal que a soma seja igual a 100. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 152 Escolaridade Experiência Complexidade Responsabilidade 30% 35% 15% 20% 5- PONTUAÇÃO DO MANUAL Essa valorização nos pesos decorre de maior ou menor importância que o mercado dá a eles, na medida em que cada fator contribui para a definição do salário. Se os cargos que exigem maior escolaridade recebem os maiores salários é sinal de que o mercado valoriza mais este fator. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 153 5- PONTUAÇÃO DO MANUAL Como inicialmente não sabemos que pesos atribuir aos fatores, damos a eles pesos iguais: Em seguida definimos os pontos dos graus: - Os pesos dos fatores são usados como pontuação mínima de cada fator e multiplicando- se este mínimo por uma constante (o nº 10 por exemplo), determinamos a pontuação máxima. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 154 Escolaridade Experiência Complexidade Responsabilidade 25% 25% 25% 25% 5- PONTUAÇÃO DO MANUAL Conhecidos os pontos mínimo e máximo de cada fator, calcula-se os valores intermediários através de uma progressão geométrica: 𝑞 = 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑛 − 1 𝑑𝑒 𝑎𝑛 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎1 Onde: q= razão da progressão; n= nº de graus; an= pontuação máxima; a1= pontuação mínima. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 155 5- PONTUAÇÃO DO MANUAL Exemplo: Escolaridade: Peso= 25% Graus 𝑞 = 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑛 − 1 𝑑𝑒 𝑎𝑛 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎1 q= razão da progressão; n= nº de graus= 5 an= pontuação máxima= 250 a1= pontuação mínima= 25 q= 5−1 250/25 = 4 10 = 1,7783 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 156 A B C D E 25 250 5- PONTUAÇÃO DO MANUAL out-17Prof. José Geraldo Corrêa 157 Aplicando o valor de q= 1,7783 a1= 25 a2= 25 x 1,7783 = 44 a3= 44 x 1,7783 = 79 a4= 79 x 1,7783 = 141 a5= 141 x 1,7783 = 250 Graus A B C D E 25 44 79 141 250 5- PONTUAÇÃO DO MANUAL out-17Prof. José Geraldo Corrêa 158 Grau Pontos Grau Pontos Grau Pontos Grau Pontos Copeira A 25 A 25 A 25 A 25 100 Digitador C 79 A 25 B 44 A 25 173 Almoxarife B 44 B 44 B 44 B 44 176 Auxiliar de Pessoal D 141 B 44 C 79 B 44 308 Auxiliar de Contabilidade D 141 B 44 C 79 B 44 308 Caixa D 141 C 79 C 79 B 44 343 Desenhista Projetista D 141 C 79 C 79 C 79 378 Comprador D 141 C 79 C 79 D 250 549 Analista de Cargos D 141 C 141 C 79 D 250 611 Analista de Sistemas E 250 D 141 E 250 D 250 891 Cargos Escolaridade Experiência Complexidade Responsabilidade Total Pontos Apurando o total de pontos de cada cargo: AULAS RESTANTES: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 159 AV2 AV3 Feriado ORDENAMENTO DE CARGOS Conceito: O ordenamento dos cargos em níveis ou classes é uma das ferramentas que utilizamos para atribuir e administrar os salários de forma adequada. O seu objetivo é agrupar cargos de pontuação próxima em uma classe ou nível e estabelecer um salário ou uma faixa salarial para cada classe. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 160 - Todos os cargos agrupados em uma mesma classe têm o mesmo tratamento salarial, podendo ser um valor único ou uma faixa salarial. - As diferenças salariais dentro de uma mesma classe ocorrerão em razão das diferenças entre os ocupantes dos cargos: merecimento, domínio, resultados, tempo na organização, ou outros critérios. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 161 ORDENAMENTO DE CARGOS out-17Prof. José Geraldo Corrêa 162 ORDENAMENTO DE CARGOS Para ordenar os cargos em classes precisamos definir as faixas de pontos das classe: Classe 1 vai de 100 a120 pontos; classe 2 vai de 121 a 144... Devemos portanto, calcular os intervalos de pontos, como faremos com o exemplo a seguir: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 163 ORDENAMENTO DE CARGOS Cargos Pontos Copeira 150 Digitador 180 Almoxarife 210 Auxiliar de Pessoal 235 Auxiliar de Contabilidade 250 Caixa 320 Desenhista Projetista 380 Comprador 510 Analista de Sistemas 600 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 164 ORDENAMENTO DE CARGOS O cálculo dos intervalos de pontos é feito através de uma progressão geométrica para ficar coerente com a progressão usada para os pontos dentro de cada fator de avaliação, como vimos antes. O número de classes deve ser fixado tecnicamente, mas para o presente exemplo vamos fixá-lo em 8. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 165 ORDENAMENTO DE CARGOS q = raiz n-1 de an dividido por a1 Onde q = razão da progressão n = número de classes an = maior pontuação a1 = menor pontuação No exemplo temos: q = raiz 8-1 de 600 dividido por 150 ou out-17Prof. José Geraldo Corrêa 166 ORDENAMENTO DE CARGOS 𝑞 = 7 4 = 1,219 Note-se que a razão q = 1,219, significa que a amplitude de cada intervalo será 21,9%. Então: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 167 ORDENAMENTO DE CARGOS Classes Pontos Razão q Pontos Médios a1 150 150 a2 150 1,219 183 a3 183 1,219 223 a4 223 1,219 272 a5 272 1,219 332 a6 332 1,219 405 a7 405 1,219 494 a8 494 1,219 602 Os valores encontrados serão os pontos médios dos intervalos e devemos, a partir desses pontos médios, calcular o mínimo e máximo da classe 1, aplicando a raiz quadrada da razão q da PG no ponto médio inicial: 𝟏, 𝟐𝟏𝟗= 1,10409 Ponto médio inicial = 150 150/1,10409 = 136 = mínimo da classe 1 150x 1,10409 = 166 = máximo da classe 1 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 168 ORDENAMENTO DE CARGOS ORDENAMENTO DE CARGOS Classes Mínimo Pontos Médios Máximo a1 136 150 166 a2 183 a3 223 a4 272 a5 332 a6 405 a7 494 a8 602 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 169 ORDENAMENTO DE CARGOS Classes Mínimo Pontos Médios Máximo a1 136 150 166 a2 167 183 202 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 170 ORDENAMENTO DE CARGOS out-17Prof. José Geraldo Corrêa 171 Classes Mínimo Pontos Médios Máximo 1 136 150 166 2 167 183 202 3 203 223 246 4 247 272 300 5 301 332 367 6 368 405 447 7 448 494 545 8 546 602 665 Intervalos de pontos para ordenamento de Cargos ORDENAMENTO DE CARGOS Ordenando os cargos nas classes pelos pontos: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 172 Mínimo Pontos Médios Máximo Cargos Pontos Classes 136 150 166 Copeira 150 1 167 183 202 Digitador 180 2 203 223 246 Almoxarife 210 3 247 272 300 Auxiliar de Pessoal 235 4 Auxiliar de Contabilidade 250 4 301 332 367 Caixa 320 5 368 405 447 Desenhista Projetista 380 6 448 494 545 Comprador 510 7 546 602 665 Analista de Sistemas 600 8 DETERMINANDO O NÚMERO DE CLASSES Como dissemos antes o número de classes foi fixada arbitrariamente em 8, mas numa situação real há que se determinar o esse número de uma maneira mais técnica. A primeira coisa que devemos observar é que o número de classes é condicionado pela amplitude dos intervalos de pontos. Se no exemplo tivéssemos trabalhado com cinco classes, não teríamos a amplitude de 21,9% e sim de 41,4%. Se ao contrário tivéssemos usado 15 classes a amplitude seria de 10,4%. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 173 DETERMINANDO O NÚMERO DE CLASSES O princípio básico na determinação do número de classes é que o intervalo não seja muito grande a ponto de agrupar numa mesma classe cargos com avaliações significativamente diferentes. Contudo, o intervalo não deve ser tão pequeno que, num limite extremo, tenhamos tantas classes quanto pontuações. Uma amplitude que tem se revelado boa é de 15%. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 174 DETERMINANDO O NÚMERO DE CLASSES Se fixarmos previamente que o intervalo será de 15%, podemos determinar o número de classes com a fórmula de PG um pouco modificadapara achar o n (número de classes) ao invés do q. 𝒏 = 𝒍𝒐𝒈 𝒂𝒏 𝒂𝟏 𝒍𝒐𝒈𝒒 + 𝟏 𝒏 = 𝒍𝒐𝒈 𝟔𝟎𝟎 𝟏𝟓𝟎 𝒍𝒐𝒈 𝟏,𝟏𝟓 + 𝟏 𝒏 = 𝒍𝒐𝒈 𝟒 𝒍𝒐𝒈𝟏,𝟏𝟓 + 𝟏 𝒏 = 𝟎,𝟔𝟎𝟐𝟎𝟔 𝟎,𝟎𝟔𝟎𝟔𝟗𝟕𝟖𝟒 + 𝟏 = 10,9 11 classes Nesse caso algumas classes ficariam vazias pois estamos trabalhando com apenas 9 cargos. Como o nº de classes deu fracionado (10,9), devemos recalcular o valor de q para trabalharmos com 11 classes. Q= raiz de 11-1 de 600 dividido por 150 ou q= 10 4 = 1,1486984 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 175 ESTRUTURA SALARIAL Até aqui temos os cargos descritos, avaliados, e ordenados em classes. Vamos às matrizes que determinarão os valores a pagar. Tecnicamente numa situação normal deveríamos ter às mãos os resultados da pesquisa salarial, assim como, a política salarial definida, com o formato das faixas salariais e o posicionamento da empresa no mercado. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 176 ESTRUTURA SALARIAL A política salarial determina o formato da estrutura salarial e os seus parâmetros, básicos, sendo necessário calcular a estrutura, estabelecendo padrões salariais para as diversas classes dos cargos. Cada classe corresponderá uma faixa salarial com os degraus definidos pela política. As faixas deverão ter valores intermediários (níveis, steps, ou passos...) e cada um desses valores funcionarão como padrões salariais, isto é nenhum salário poderá ser pago fora desses padrões. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 177 ESTRUTURA SALARIAL Algumas políticas combinam os níveis da faixa com alguns marcos do mercado: mínimo, 1º quartil, 2º quartil, 3º Quartil, 4º quartil e máximo. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 178 Mediana do mercado 1º Quartil 2º Quartil 4º Quartil 3º Quartil Limite inferior Limite superior Salários baixos Salários médios inferiores Salários médios Superiores CÁLCULO DA ESTRUTURA SALARIAL O primeiro elemento que precisamos para construir a Estrutura é a curva ou a linha de tendência do mercado. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 179 Classes Níveis Salariais A B C = Valores da Curva do Mercado D E 1 244,87 2 288,45 3 339,80 4 400,28 5 471,53 6 555,47 7 654,34 8 770,82 9 908,02 10 1069,65 A curva do mercado corresponde a uma série de valores e corresponde à espinha dorsal da estrutura. Se a política da empresa prevê que vai pagar na média do mercado a curva do mercado coincidirá com o ponto médio das faixas (classe C) Política salarial mais agressiva Política salarial mais conservadora CÁLCULO DA ESTRUTURA SALARIAL Para complementarmos a tabela falta apenas definirmos o percentual entre os passos da faixas. Os percentuais mais praticados nas organizações variam entre 4 a 7%. Os critérios para estabelece-los estão ligados à cultura da organização e às práticas do mercado. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 180 CÁLCULO DA ESTRUTURA SALARIAL Ao utilizarmos a curva do mercado para a construção da tabela, assumimos como variação entre os valores das classes ( de 244,87 – classe 1 – para 288,55 - classe 2 -, por exemplo) o % determinado pelo cálculo da curva = 17,8%. Recomendações: A- Evite a sobreposição de faixas salariais para não encurtar o horizonte salarial. Para tal, o maior valor de uma classe terá que ser no máximo o menor valor da classe seguinte; B- Se quisermos um número menor de níveis devemos aumentar o percentual entre eles e se quisermos um número maior de níveis, precisaremos reduzir o percentual entre eles. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 181 Tomando o percentual da curva de mercado que vamos trabalhar (17,8%) temos as seguintes possibilidades: 1,178 3 1,178 4 1,178 5 1,178 6 1,178 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 182 CÁLCULO DA ESTRUTURA SALARIAL Nº de Níveis % entre Níveis 3 8,54% 4 5,61% 5 4,18% 6 3,33% 7 2,77% Essas limitações deixam claro que somente será possível trabalhar com 5 níveis, por exemplo, com variação de 4% entre níveis, se aceitarmos a convivência entre níveis. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 183 CÁLCULO DA ESTRUTURA SALARIAL No presente exemplo vamos trabalhar com sobreposição mínima, fazendo coincidir 1E com 2ª classe por exemplo. Como o % entre níveis será de 4,1805% (raiz 4 de 1,17800138). Vejamos o exemplo: Classe 1: Nível C = 244,87 nível B = 244,87 / 1,041805 = 235,04 nível A = 235,04 / 1,041805 = 225,61 nível D = 244,87 x 1,041805 = 255,10 nível E = 255,10 x 1,041805 = 265,77 out-17Prof. José Geraldo Corrêa 184 CÁLCULO DA ESTRUTURA SALARIAL Preenchendo o mesmo cálculo para as demais estruturas temos: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 185 CÁLCULO DA ESTRUTURA SALARIAL Classes Níveis Salariais A B C = Valores da Curva do Mercado D E 1 225,61 235,04 244,87 255,11 265,77 2 265,76 276,88 288,45 300,51 313,07 3 313,08 326,16 339,80 354,01 368,80 4 368,80 384,22 400,28 417,01 434,45 5 434,45 452,61 471,53 491,24 511,78 6 511,79 533,18 555,47 578,69 602,88 7 602,88 628,08 654,34 681,69 710,19 8 710,20 739,89 770,82 803,04 836,62 9 836,61 871,58 908,02 945,98 985,53 10 985,53 1.026,73 1.069,65 1.114,37 1.160,95 PESQUISA DE SALÁRIOS A dificuldade de contratação ou retenção de pessoas faz com que a organização levante informações especificamente sobre um cargo ou um grupo de cargos. A forma usada para se ter informações do mercado é a pesquisa salarial, que pode ser realizada pela própria organização, encomendada a consultorias ou obtida mediante a participação em pesquisas realizadas por outras organizações. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 186 PESQUISA DE SALÁRIOS A pesquisa salarial passo a passo: - Seleção dos cargos a pesquisar; - Seleção das organizações participantes; - Contatos com as organizações para se fazer o convite; - Preparação do caderno de coleta; - Visitas às organizações; - Análise dos dados coletados; - Tabulação dos dados; - Elaboração dos dados com resultados; - Fornecimento dos resultados aos participantes. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 187 PESQUISA DE SALÁRIOS 1- Seleção dos cargos a pesquisar: - Cargos de todos os níveis devem fazer parte da amostra, desde os do primeiro patamar salarial até os de maior remuneração; - Cargos tidos como importantes na organização, por serem típicos do ramo, serem críticos em termos de concorrência no mercado ou grande número de ocupantes; - Cargos comuns no mercado, que poderão ser encontrados nas organizações escolhidas, em condições bastante comparáveis com os da organização empreendedora da pesquisa. out-17Prof. José Geraldo Corrêa 188 PESQUISA DE SALÁRIOS 2- Seleção das organizações participantes: - Devem ser do mesmo ramo e de porte semelhante ao da organização pesquisadora; - Se a organização não tem similares na região, então os cargos escolhidos devem se restringir aqueles mais universais, das áreas mais comuns a todo tipo de organização; out-17Prof. José Geraldo Corrêa 189 PESQUISA DE SALÁRIOS Quanto a localização das organizações, raio de alcance varia de acordo com a categoria dos cargos: out-17Prof. José Geraldo Corrêa 190 Categorias Mercado Local Mercado Regional Grandes Centros Cargos operacionais e administrativos de primeiro e segundo escalão. X Cargos de nível universitário e primeiro nível de chefia. X X Chefias de segundo nível em diante e gerências. X X X PESQUISA DE SALÁRIOS 3- Contatos com as organizações para se fazer o convite: As pessoas contatadas habitualmente querem
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