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Proteínas – Parte 1 Professor: Valter Miranda 1 Viçosa-MG Novembro 2017 Proteínas – em grego “primordial importância)” São macromoléculas compostas por cadeias longas de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Apresentam elevado peso molecular, composto de hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N), juntamente com enxofre e alguns outros elementos como fósforo, ferro e cobalto. Vegetais: sintetizam as proteínas através do N, que obtêm a partir de nitrato e amônia do solo. Animais: obtêm o N que necessitam de alimentos protéicos de origem animal ou vegetal. Qual a diferença da estrutura bioquímica entre proteína (PTN) X carboidrato (CHO) e lipídeo (LIP)? As proteínas possuem Nitrogênio na sua estrutura. Proteínas Funções : Estrutural - principal Transporte Hormonal Enzimática Coagulação Defesa Também pode exercer função energética Proteínas (PTN) Constituem a formação dos tecidos do corpo, por isso que uma de suas funções mais características é a estrutural. As proteínas podem ser obtidas: 1. Por consumo de fontes de PTN na dieta 2. Por síntese endógena. Animais e plantas produzem as proteínas que contém os aminoácidos essenciais. Um aminoácido derivado de um animal não possui nenhuma vantagem fisiológica ou de saúde em relação aos aminoácidos de origem vegetal. A síntese de uma proteína específica depende da disponibilidade de aminoácidos apropriados.As proteínas podem ser: Proteínas completas provêm de alimentos que contém todos os aminoácidos essenciais. Proteína incompleta é aquela que carece de um ou mais tipos de aminoácidos essenciais. 4 Carnes; Ovos; Leite e derivados; Cereais; Leguminosas. Proteínas - Fontes 5 Fontes de Proteínas 6 Os ovos proporcionam a mistura ideal de aminoácidos essenciais entre as fontes alimentares; consequentemente, os ovos recebem a mais alta classificação em qualidade (100) para a comparação com outros alimentos. Os alimentos proteicos de alta qualidade provêm de fontes animais. Porém, uma ingestão ampla de cereais, frutas e vegetais faz com que sejam fornecidos todos os aminoácidos essenciais. 7 Fontes de Proteínas 8 9 10 Whey 100% Gold Standard 31g 24g Estrutura e classificação das proteínas A base estrutural das proteínas é o aminoácido (aa), dos quais, 20 foram reconhecidos como constituintes da maioria das proteínas. Todos aa são ácidos carboxílicos -amínicos. Um grupo amina (NH2) e um grupo carboxila (COOH) são ligados ao mesmo átomo de carbono. H І R – C – COOH І NH² Os aas se combinam para formar proteínas através de uma ligação peptídica que une os carbonos carboxílicos de um aa ao N do outro. 12 Estrutura e classificação das proteínas Desses 20, nove são ditos essenciais, pois o organismo humano não é capaz de produzi-los, e por isso é necessária a sua ingestão através dos alimentos para evitar sua deficiência no organismo. o Não essenciais: o organismo sintetiza a partir de substratos como glicose, cetoácidos e ácidos graxos: alanina, aspargina, glutamato e aspartato o Condicionalmente Essenciais: necessidades metabólicas especiais, devendo ser ingeridos na alimentação adequadamente. Ex. 1- Histidina é considerada essencial para a criança; 2- Arginina é necessária em períodos de intenso crescimento celular; 3- Glutamina é essencial na sepse e outras situações patológicas; 4- Tirosina e cisteína são essenciais para bebês prematuros Proteínas - Tipos Isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e histidina. 13 Uma cadeia de aminoácidos denomina-se de "peptídeo", estas podem possuir dois aminoácidos (dipeptídeos), três aminoácidos (tripeptídeos), quatro aminoácidos (tetrapeptídeos), ou muitos aminoácidos (polipeptídeos). O termo proteína é dado quando na composição do polipeptídeo entram centenas ou milhares de aminoácidos. A combinação de mais de 50 aminoácidos forma uma proteína, a partir da qual o ser humano consegue sintetizar uma grande variedade de tipos diferentes. Uma proteína pode ter 400 ou mais aminoácidos. Proteínas - Tipos 14 Característica A disposição dos aminoácidos se dá em sequências específicas, conferindo características individuais às proteínas; A forma estrutural que a proteína apresenta está relacionada com a sua função; Ex 1: Proteína globular é altamente hidrossolúvel e circula na corrente sanguínea devido sua forma esférica (hemoglobina, imunoglobulinas, hormônios, enzimas etc); Ex 2: As proteínas fibrosas são longas, com várias camadas de cadeia polipeptídicas sobrepostas, conferindo força e suporte para diversos tecidos conectivos, tendões, cartilagens, ossos e ligamentos (elastina e colágeno). As proteínas podem exercer funções importantes no organismo de todos os organismos vivos, das quais se destacam as seguintes: Hormonal (insulina); Defesa (anti-corpos); Energética; Enzimática; Condutores de gases (hemoglobina); Estrutural. Proteínas - Funções 16 (RDA) Recomendações para homens e mulheres seria de 0,8g de proteína de boa qualidade/kg de peso corporal/dia; O total de energia de proteína não pode ser superior a 35% para evitar doenças cardiovasculares. Proteínas - Recomendações 17 18 Proteínas - Recomendações Atletas: 1,2-1,7g/kg de peso corporal. Atletas de endurance (resistência) envolvidos em treinamento de moderada intensidade necessitam de uma ingestão protéica de 1,1g/kg/dia; Enquanto atletas de endurance de elite podem requerer até 1,6g/kg/dia. Por outro lado, atletas de força podem necessitar de 1,6- 1,7g de proteína por quilograma de peso corporal por dia Proteínas - Recomendações 19 20 IMPORTANTE: Os aminoácidos que não são utilizados para sintetizar a proteína ou outros compostos (por exemplo hormônios) ou que não se tornam disponíveis para o metabolismo energético proporcionam um substrato para a gliconeogênese ou são transformados em um triacilglecerol para armazenamento nos adipócitos. Proteínas - Recomendações Referências SACHS, A. O que mudou das recomendações de nutrientes. In: Usos e aplicações das “Dietary Reference Intakes’’ DRIs. SBAN- ILSI Brasil, São Paulo, 2001. INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids (macronutrients).Washington, DC: National Academy Press, 2005. Moura, Costa & Navarro. Índice glicêmico e carga glicêmica: aplicabilidade na prática clínica do profissional nutricionista. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. ISSN 1981-9919 versão eletrônica Panza et al. Consumo alimentar de atletas: reflexões sobre recomendações nutricionais, hábitos alimentares e métodos para avaliação do gasto e consumo energéticos. Rev. Nutr., Campinas, 20(6):681-692, nov./dez., 2007. 21 22 OBRIGADO vpnmiranda@yahoo.com.br
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