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Renata Petrelli UTILIZACAO DE ENZIMAS NA ALiMENTACAO DE SUiNOS EAVES Monografia apresentada ao Curso de Medicins Velerinana da Faculdade de Cj~ncias Biol6gicas e da SaUde da Universidade Tuiuti do Parana, como requisite parcial pam obtenryAo do titulo de Medico Veterinario. Professor Orientador: Dr. Sebastia:o Aparecido Borges Orlentador Proflsslonal: Dr. Roque Olmir Granda Curitiba Dezembro 2004 SUMARIO LISTA DE TABELAS ......•........••..............................••........•.................•...... iii LlSTA DE FIGURAS ....•..••........•.•..........••........•.........••....••.••.....•..••.••.•...•.•• iv RESUMO v INTRODUCAO 1 2 CONCEITO 2 3 PRODUCAO E MODO DE ACAO DE ENZIMAS DIGESTIVAS 3 4 ACOES E EFEITOS DAS ENZIMAS EXOGENAS 8 5 UTILIZACAO DE ENZIMAS EXOGENAS EM MONOGASTRICOS 13 5.1 usa DE ENZIMAS NA ALiMENTA<;:AO DE AVES .. .. 14 5.2 usa DE ENZIMAS NA ALiMENTA<;:AO DE SUINOS 21 6 CONCLUSAO 25 REFERENCIAS 26 LlSTA DE TABELAS TABELA 1 - ESPECIFICIDADE DAS ENZIMAS END6GENAS E EX6GENAS... . 6 TABELA 2 - ATIVIDADE DE AMILASE, liPASE E TRIPSINA DE LEITOES ALiMENTADOS COM SUPLEMENTAC;Ao DE ENZIMAS EX6GENAS... 11 TABELA 3 - DESEMPENHO DE LEITOES SUBMETIDOS A DIFERENTES TRATAMENTOS DURANTE A LACTAC;AO 11 TABELA 4 - EFEITO DA FITASE NO APROVEITAMENTO DO F6sFORO DA DIETA.. 12 TABELA 5 - PRODUC;Ao DE EXCRETA EM FRANGOS DE CORTE (19 A 21 DIAS) ALiMENTADOS COM DIETA A BASE DE TRIGO OU TRIGO + CEVADA COM E SEM A ADIC;Ao DE ENZIMAS 12 TABELA 6 - ~~~~~f3~~g;g~~~R~~i~~I~L~~~~~~~~~~~~I~~~~~~i~~~S. 15 TABELA 7 - ENZIMAS USADAS EM RAC;OES DE FRANGO E SEU MODO DE AC;AO... . 16 TABELA 8 - CARACTERisTICAS IMPORTANTES DOS POLISSACARiDEOS NAo AMILACEOS... 17 TABELA 9 - EFEITO DA SUPLEMENTAC;Ao DE FITASE PARA FRANGOS DE CORTE... 18 TABELA 10 - EFEITO DA AVIZYME' SOBRE 0 DESEMPENHO E PARAMETROS INTESTINAIS EM FRANGOS ALiMENTADOS COM DIETA CONTENDO CEVADA COM ALTO OU BAIXO p-GLUCANO (0-21 DIAS) 18 TABELA 11 - EFEITOS DA AVIZYME SOBRE DIGESTIBILIDADE ILEAL EM DIETAS ABASE DE TRIGO ATE 21 DIAS 19 TABELA 12 - EFEITO DA SUPLEMENTAC;Ao DE FITASE PARA FRANGOS DE CORTE... . 20 TABELA 13 - EFEITO DA SUPLEMENTAC;AO ENZIMATICA SOBRE A DIGESTIBILIDADE ILEAL DA ENERGIA EM LEITOES ......... 24 TABELA 14 - EFEITO DA SUPLEMENTAC;AO ENZIMATICA SOBRE 0 DESEMPENHO EM LEITOES... . 24 iii LlSTA DE FIGURAS FIGURA 1 - ESTRUTURA ANATOMICA GASTRINTESTINAL DO TRAO DIGESTIVO DOS SUiNOS... 3 FIGURA 2 - ESTRUTURA ANATOMICA GASTRINTESTINAL DO TRAO DIGESTIVO DASAVES... . 4 FIGURA 3 - MODO DE A9AO DA CELULASE E XILANASE... 9 FIGURA 4 - PAREDE CELULAR 10 iv RESUMO A presente monografia descreve urn assunto de extrema importancia para a nutrit;ao animal, ou seja, a utilizac;ao de enzimas ex6genas empregadas na alimentac;ao de monogastricos. Esta tern como fun<;6es primordia is, aumentar a digestibilidade dos ingredientes, melhorar a converseo alimentar, reduzir fatores antinutricionais, e par tim tamar a animal com ctimo desempenho pela otimizac;c3o da produyao, viabilizando 0 mercado avicala e suinicola. Palavras-chave: enzimas, monogastricos, nutriy8.o, substrata. v INTRODUCAO A utilizac;ao de enzimas ex6genas tern ganhado cada vez mais tan;:a no ceniuio da nutric;ao animal, uma vez que as produtores precisam otimizar a produryao, buscando eficiencia econ6mica na atividade avicola OU suinicola. o emprego de enzimas ex6genas possibilila iI adi9ao de ingredientes que possuem nutrientes pauco disponiveis aos animais, como par exemple as ingredientes ricas em f6sforo fitico au em polissacarideos nao-amidicos; uma vez que as monogastricos dependem das mesmas para digerir estes compostos. Outro motivD importante para a utiliza~o de enzimas, e no que diz respeito a diminui9ao da polui9ilo ambienlal pela redu9ao na produ9ilo de dejetos, pois reduz a elimina9<3o de substancias poluentes como 0 f6sforo e 0 nitrogenio, que podem ser excretados em maior au menor quantidade, dependendo da manipularyao das formulas das dietas e das enzimas adicionadas a elas. Sob 0 ponto de vista da nutriyao a viabilizayao tecnica e econornica das enzimas ex6genas e urn marco importante, pois pennite 0 emprego de alguns ingredientes disponiveis e de utilizaC;3o limitada devido a sua composiyao quimica ou a presenya de fatores antinutricionais. 2 CONCEITO Enzimas sao proteinas globulares de estrutura terciaria ou quatemaria que agem como catalisadores biol6gicos e estao envolvidas em todos as processos do metabolismo animal, au seja, catalisam rea,:;oes quimicas nos sistemas biol6gicos, participandode rea,oes de sintese e degrada,ao do metabolismodo animal. A atividade catalisadora de urna enzima e especifica para determinada reayao e substrata. As enzimas sao, portanto, classificadas peres substratos com que vao feagir e por sua especificidade de rea.yao. As enzimas do trate digestorio, chamadas de enzimas end6genas, promovem a quebra das moleculas complexas dos nutrientes em moh'>culassimples, de forma que possam ser absorvidas pelo organi.mo. A dige.tibilidade de um alimento e medida pela capacidade do organismo em digerir 0 mesma e e ohtlda comparando-se a alimento ingerido e 0 que e excretado nas fezes. PRODUCAO E MODO DE ACAO DE ENZIMAS DIGESTIVAS Nos animais domesticos, a digestao de alimentos e feita par meio de enzimas no estomago e intestine delgado. As enzimas digestivas que hidrolisam proteinas sao chamadas proteases e sintetizadas como zimogenios inativDs no est6mago e no pancreas. A enzima pepsina digere proteinas no arnbiente acido do est6mago e a quimotripsina e a tripsina, no intestino delgado, enquanto a amilase pancreatica e a principal responsavel pela quebra dos carboidratos na pon;ao inicial do intestino delgado (Figuras 1 e 2). FIGURA 1 - ESTRUTURA ANATOMICA DO TRATO GASTRINTESTINAL DOS SUINOS. Oigcstao Quimica e Mecanica FIGURA 2 - ESTRUTURA ANATOMICA DO TRATO GASTRINTESTINAL DASAVES. Enzimas digestivas sao substratos estimulados. Sua secrec;ao e ativada pela presenc;a do substrato, em que ela sera responsavel pel a digestao. Os niveis de enzimas digestivas no organismo animal sao influenciados pela idade e pelo tipo de alimento. Suinos eaves tem deficiencia elevada de certas enzimas nas primeiras semanas de idade. A func;ao digestiva em leitces recem-desmamados e comprometida, uma vez que a produc;ao de enzimas pancreaticas pelo animal pode ser drasticamente reduzida (PARTRIDGE, 1993). Os suinos quando alimentados basicamente com leite, tem como enzima fundamental para a digestao de ac;ucar a lactase. Ja na fase p6s-desmama, dependendo do tipo de alimentac;ao s61ida que recebeu durante a lactac;ao, ele pod era necessitar de alguns dias para ter as enzimas amilase, maltase e sacarase disponiveis em quantidades adequadas (Grafico 1). Tais enzimas sao responsaveis pel a digestilo do amido e dos dissacarideos maltose e sacarose. GRAFICO 1 - ATIVIDADE ENZIMAS DIGESTIVAS X DESMAMA Ativldade enzirnas pancre.Hicas 12 dins de:srllomo I ~ ,~;ps;na I _lipase am'lIase Atlvldade anzlmas mUCO$OI ~Ol----------------------------------'I &::~ I: ma',,"I _sacarase~:: ~~~---------;J";,,",p''''''' dins desmnma .2 FONTE. Adaplado de CASTILLO SOTO (1999). o mesrno ocorre com a secreC;80 da lipase e proteases que tambem dependem dos substratos para sua ativac;ao. No case das aves, as pintos aD eclodir naD disp5e de quantidade (atividade) 5uficiente de enzimas para digerir as glicidios e lipidios. Eles ja disp5em de proteases, pois estas sao ativadas par proteinas que entram no trato digestivo durante a lase embrionaria (HUDSON e LEVIN, 1968, DAUTLICK e STRITTMATTER, 1970, MORAN, 1985, KROGDAHAL, 1985). Porem existem enzimas que nao sao secretadas mesmo na presenCfa de substrata. Entre elasa celulase, hemicelulase, pentosanase, beta-glucanase, xilanase, galactosidase, fitase (Tabela 1). Elas nao sao secretadas porque 0 c6digo genetico dos monogastricos nao disp6e da indica((ao para sua sintese. TABELA 1 - ESPECIFICIDADE DAS ENZIMAS END6GENAS E EX6GENAS SUBSTRATOS ENZIMAS Proteinas Amido Lipideos Celulose Hemiceluloses ~-Glucanos Pectinas u-Galactosideos Pentosanas Fitato Proteases e Dipeptidases Amilases Lipases Celulases Hemicelulase ~-Glucanases Pectinase Galactase Penlosanases Fitase FONTE: Adaptado de WWW.NUTRITIME.COM.BR As enzimas digestivas tern urn sitio ativa que permite que elas atuern na ruptura de urna determinada ligayao quimica. Esta acAo catalitica e especifica e e determinada par estruturas prima ria, secunda ria e terciaria. Qualquer perda de estabilidade ern decorrlmcia de alterayOes nas estruturas perde sua funyao catalitica. Varios fatores podem comprometer a a.ao catalitica, tais como: temperatura, pressao, pH, inibidares proteicos, urnidade, etc. Enzimas que requerem pH proximo do neutro, como por exemplo as atuantes no intestin~, devem ser protegidas ao passar pelo est6mago, que tem pH baixo e permite a desnaturayao das mesmas. Alguns graos utilizados em dietas para rnonogastncos, como 0 triticale. 0 trigo, 0 centeio e a cevada, nao sao bern aproveitados, por apresentarem significativa frac;:a.ofibrosa, os polissacarideos nao-amilckeos estruturais, que nao sao hidrolisados pelas enzimas digestivas desses animais (FURLAN et al.,1997). Nos suinos, a enzima a-amilase salivar, ou ptialina, atua sobre as ligayoes do tipo u 1,4 do amido - atividade neutralizada pelo baixo pH do estOmago. A a-amilase pancreatica tambem digere 0 amide no intestino para produzir glicose, maltose e maltotnose. As gorduras sao hidrolisadas a acidos graxos, glicerol, monoacilglicerois e diacilglicerois, por uma lipase pancreatica especifica a ligagees esteres (HARPER et aI., 1994). Considerando a desenvolvimento fisiol6gico dos animais, a atividade da amilase no intestino delgado aumenta durante as 10 primeiros dias de idade (CANTOR, 1995). LeitOes recem-<lesmamados alimentados com dietas ricas em amido naD mostram capacidade de sintetizar amilase 5uficiente para a digestao dos substrates. A maltase, sacarase e protease sAo inicialmente pouco atlvas, enquanto a lactase apresenta grande atividade nos leitOes recem-nascidos, decrescendo com a idade. Os aumentos de carboidratos, proteinas e gordura na dieta sao acompanhados de incrementos ern amilase, protease e lipase, respectivamente (CORRING,1978). Nos leitOe5, a funcao pancreatica aumenta na terceira seman a de idade, enquanto a ami lase e a protease, presentes em baixas quantidades no nascimento, aumentam nos period os subseqOentes. A desmama repentina na quarta semana de vida dos ieitOes causa queda na produc;a.o de ami lase e reduyao significativa na produ~o de protease (LINDEMANN et aI., 1986; OWSLEY et aI., 1986). Em suinos desmamados entre 3 e 7 semanas de idade, cujas ra¢es tinham suplementat;ao de amilase e protease, obselVaram-se aumentos si,gnificativos no ganho de peso e melhora na conversao alimentar (COLLIER e HARDY, 1986; INBORR e OGLE, 1988). A adi980 de enzimas em ra90es para leitees recem- desmamados eom amilase, protease e polissacaridase reduziu a ineid~ncia de diarreia em leitOes (INBORR e OGLE, 1988; CHESSON, 1993). Produtos enzimaticos como protease e amilase usados na alimenta~o de suinos tem propiciado aumentos na digestihilidade de materia seea e de nitrogimio de ra90es a base de milho e farelo de soja para leitees, durante as tres primeiras semanas ap6s a desmama (EASTER, 1988). A suplementayao de amilase em rat;oes para as leit6es ap6s a desmama melhorou a digestibilidade de amido contido nos cereais (OFFICER, 1993; ACAMOVIC e McCLEARY, 1996; e CLASSEN, 1996), enquanto a suplementa~o de lipase melhorou 0 aproveitamento de gordura pelos .uinos em recria (CERA et aI., 1988), e que a adi9ao de protease melhorou a digestibilidade de proteina (CORRING et aI., 1978). A produ~o de proteases pancreaticas depende da fonte proteica e da quantidade de alimento ingerido. 0 consum~ de alimento diminui apas a desmama, visto que 0 sistema digestivo dos leitOes tem de se adaptar ao alimento solido, adequando 0 pH as secre90es enzimaticas e a motilidade intestinal, alem dos transtornos digestivos ocasionados pel a proteina da soja, a qual contem fatores antinutricionais e de antigen os, capazes de provocar nos leitOes urna serie de disfun<;iles intestinais (MAKKINK, 1994) (Grafic02). GRAFICO 2 - DIGESTIBILIDADE ILEAL APARENTE (%) COM RACAO CONTENDO ENZIMAS. 4 AeDES E EFEITOS DAS ENZIMAS EXOGENAS o usa de enzimas no alimento pode categorizar-se amplamente em cinco areas que nao sao mutuamente exclusivas (CLASSEN, 1996). Estas areas sao: a) Remo~ao de (atores antinutricionais: as componentes da parede celular dos graos (p-glucanos e arabinoxilanos) possuem urn efeito antinutricional nos monogastricos. Quando estes componentes se encontram na tonna soluvel, aumentam a viscosidade da ingesta, interferindo na motilidade e na abSDry80 de outros nutrientes e favorecendo 0 aparecimento de fezes umidas e pegajosas, sendo a causa de baixos rendimentos. As enzimas j3-glucanases, xilanases e celulases s~o especificas para estas fra<;oes de polissacaridios (Figura 3) e podem ser adicionadas nas dietas para melhorar a qualidade nutricional dos graos de cereais, como a cevada, centeio, aveia, trigo e triticale. FIGURA 3 - MODO DE ACAO DA CELULASE E XILANASE exoglucanase Oll glucohidrolase Ouebrs. glicose nile reduzida J3glicosidade ou celubio.se Libera glicose da celubio$e ou hidr6tise celooligossacarfdeos celulose nos terminais de glicose roduzidos a nao reduzidoc Endoc~lulo~e au Qndogluco.nas.e Ouebra ligo95.o p, 1.4 G~G~G~G~G~G~G~G~G~G~G~G tcelUbihidrOl8S9 au exocelulase t Ouebra ligoc;:t\o J3 1,4 xilanase ou endoxilase que bra ligac;:Oes r3 1,4 nos xiJanos FONTE. Adaptado de BHAT e HAZLEWOOD (2001). Cltado por W'NW.NUTRtT1ME.COM.BR IO b) Aumento da disponibi/idade de nutrientes: a baixa digestibilidade das materias prim as e, a principia, a resultado da quantidade insuficiente de enzimas end6genas para extrair as nutrientes dos alimentos. A suplementa-rao de enzimas nas dietas pade melhorar a a9~o massal das enzimas end6genas sabre as ingredientes tradicionais, melhorando 0 seu valor nutritivo e 0 desempenho das aves. c) Aumento na digestibilidade de polissacaridios nao amidicos: 0 amide dos cereais esta nonnalmente localizado dentro do endosperm a e das celulas que 0 com poe. As paredes dessas celulas sao compostas de urna complexa forrnayao de carboidratos soluveis e insoluveis (Figura 4) . A maior parte desses carboidratos sao representados par fra9ao de hemi-celulose, integrada basicamente de pentosanas soluveis e tambem de urna parcela de p-glucanos. 0 tear de pentosanas e f3- glucanos dos graos cereais e muito variavel. Na cevada par exemplo, existe 0 predominio dos p-glucanos, enquanto que no trigo, arroz e triticale, as arabinoxilanos sao predominantes. Os monogastricos nao tem capacidade end6gena para digerir as fibras. Enzimas exogenas pod em ser utilizadas para hidrolisar as polissacaridios nao amidicos contidos em ingredientes e potencialmente serem utilizados par suinos e aves. A hidrolise completa dos polissacarideos nao amidicos em componentes monossacarideos pode resultar em sua absDr9ao e utiliza9ao. (SALIH et al. 1991, SCHUTTE et aI., 1992). Ptu-ede eelulor HelorQxllnnos C('lulosc Teeido protcc;oo,,.. FIGURA 4 - PAREDE CELULAR II d) Suplementa~aona produ~ao de enzimas end6genas: em aves e sui nos jovens, a produy8o de enzimasend6genas e menor que em adultos, de modo que, a digestibilidade dos alimentos, em geral, e menor nos animais jovens, podendo ser melhorada pela adi9<'io de enzimas ex6genas (Tabela 2 e 3). TABELA 2 - ATIVIDADE DE AMlLASE, LIpASE E TRIPSINA DE LEITDES ALiMENTADOS COM SUPLEMENTAc;:Ao DE ENZIMAS EX6GENAS'. TRATAMENTOS Enzima Testemunha + C.V. Amilase Lipase Protease Complexo Amilase 259.9 265.4 250.8 339.2 332.3 18.5 Lipase 68.9 75.6 85.0 79.6 74.9 34.6 Tripsina 62.9 69.5 58.6 56.4 60.8 22.6 Atividade enzimatica expressa em IJmoles de lub~trato hidrolisadolminuto. FONTE: Adaptado de NERY et aI., 1997. TABELA 3 - DESEMPENHO DE LEITOES SUBMETIDOS A DIFERENTES TRATAMENTOS DURANTE A LACTAc;:Ao. Variaveis Controle ComplexoEnzimatico· CV% Peso Final CMD GMD CA Peso Inicial 244' 239' 5'75' S'90b 0:231' 0:189b 0,181' 0,183' 0,600' O,SSOb 2,43 2,18 4,25 2,99 5,04 * Xilanale. f3,-Glucanase, a·Amilase. FONTE Adaptado de ANDRADE, 2002. e) Vantagens ambientais: As sementes de dicotiled6neas, em especial 0 grao de soja, apresentam grande parte das frayOes proteicas ligadas ao fitato. Esta caracteristica nao e tao acentuada nas monocotiled6neas como por exemplo 0 milho. Considerando este fato, surge a possibilidade de avaliar 0 nivel adequado de fitase a ser adicionado em dietas contendo este ingrediente para a mais efetiva disponibilidade de nitrogenio e energia (JONGBLOED, 1992). Melhora a digestibilidade e disponibilidade de certos nutrientes para os animais, principalmente 0 f6sforo, nitrogenio, calcio, cobre e zineo, diminuindo a presenc;a desses nas fezes e, conseqOentemente, a sua deposi980 no meio ambienle. 12 Em rela':(ao ao f6storo, a maior preocupay:io ocorre com as alimentos vegetais, onde 0 fesforo esta ligado ao acido fitica na forma de titata, sendo pouco disponivel aos animais monogastricos, pois estes nao dispOem da enzima fitase para aproveita-Io. Somente cerca de urn ten;o do f6sforo total destes alimentos e disponivel para aves e suinos. A lixiviayao do fesforo a partir de excretas de aves e Qutros animais domesticos para a agua de superficie e leny6is freaticos e urn grave problema de potuityao ambiental, que pade ser minimizado com 0 usa de fitase ex6gena (Tabela 4). TABELA 4 - EFEITO DA FITASE NO APROVEITAMENTO DO F6sFORO DA DIETA Parlmetros Experimento 1 Experimento 2 34 kg de peso corporal 115 kg de peso corporal 0,6%PT 0,4% PT+Fit 0,5% PT 0,3% PT+ Fit Consume P gJd 9,5 6,7 15,3 9,1 P Fezes g/d 4,5 2,7 8,3 4,2 PUrina g/d 1,6 0,4 2,7 D,S P Excretado g/d 6,1 3,1 11,0 4,7 Reten~o P g/d 3,4 3,6 4,3 4,4 RetenvAoP% 35,8 53,7 28,1 48,4 FONTE: Adaptado de CROMWELL et aI., HjQ6. Embara nem sempre se abselVe beneficia do usc de enzimas, a maioria das pesquisas de alimentayao de poedeiras e frangos de corte indicam uma melhora na digestibilidade dos alimentos e no desernpenho das aves e urna reducllo na quantidade de residuos nas excretas (Tabela 5). TABELA 5 - PRODUC;:AO DE EXCRETA EM FRANGOS DE CORTE (19 A 21 DIAS) AlIMENTADOS COM DIETA A BASE DE TRIGO OU TRIGO + CEVADA COM E SEM A ADlyAO DE ENZIMAS. Trigo Trigo! Avizymc Trigo! Cevada Trigo!Ccvada/ controle Avizyme Kurcta (~ca (g) 221 :t 184 b 258 c 135 b Materia .... d• 42,4 b 45,2 b 39,8 c 47,3 b excret!l(%) Excreta seca (g) 94. 83 b 102.3 87 b a -c: mtdi:\S seguid:ts com mesm.3 Ielm nl'lo diferem estlliisticamenle FONTE: PARTR1DGEe WYATT, 1995. 13 5 UTILIZACAO DE ENZIMAS EXOGENAS EM MONOGASTRICOS A utiliza':(Bo de enzimas ex6genas na alimentayao de 5uinos e aves tern sido estudada com a objetivo naD somente de aumentar a aproveitamento dos alimentos, promovendo a hidr61ise de fatores antinutricionais, de polissacarideos nao-amilaceos (CHESSON, 1987; FURLAN et al.,1997), mas tambem de reduzir a viscosidade da digesta (GRAHAM 1996). Respostas positivas foram constatadas com 0 usa da enzima fitase como forma de melhorar 0 aproveitamento do f6sforo ern leitOes recem-desmamados e em crescimento (POINTILLAR, 1991; MROZ et aI., 1994; e LEI et aI., 1994). Tem-se utilizado enzimas tambem com a objetivo de incorporar materias-primas de baixa qualidade as rac;:Oese melhorar a aproveTtamento dos ingredientes, propiciando, assim, redu~o do impacto ecol6gico dos dejetos dos sui nos. Golovov e Alexeiv, citados por COSTA et al. (1979), obtiveram resultados favoraveis, utilizando ° pepsinogl!mio como suplemento de racOes para leitOes em crescimento. Oa mesma forma, esses autores, usando um complexo enzimatico comercial com amilase, protease e celulase, em ra90es para suinos em crescimento e terminaryao, com base em milho, farelo de soja, farelo de trigo e farinha de carne, verificaram que a adi~ao de niveis de 0,01 e 0,02% do complexo enzimatico nao proporcionou diferenc;a significativa no ganho de peso e na convers~o alimentar dos sulnos. Na alimentac;ao de suinos jovens, a adic~o de complexos enzimaticos tern por objetivo complernentar enzimas digestivas, fornecer enzimas distintas e reduzir efeitos negativos dos alimentos. Ja na alimenta930 das aves, a adic;ao destes complexos melhora a efici~ncia de prodw;ao, atraves de melhor digestibilidade dos componentes da fibra, de redu930 nos efeitos dos fatores antinutricionais e na variabilidade dos nutrientes presentes nos alimentos (FERKET, 1993). Alguns fatores podem levar a grandes variacOes nos resultados obtidos com a utilizacao das enzimas, entre eles a forma e 0 momenta de aplicac;ao das enzimas, a exposil;ao a altas temperaturas e outros fatores que possam desnatura-Ias, a estocagem e 0 prazo de validade. Completam a lista: a aplica~iio de quantidades precisas e a distribuiya,o uniforme no alimento, 0 veiculo utilizado e a composh;30 do complexo enzimatico. Para urna boa utiliza9~o de enzimas, sua atividade biol6gica deve sobreviver aos rigores da fabricacao e estocagem da racrao, resistir ao baixo 14 pH e as enzimas proteoliticas do trato digestorio. Quando 0 alimento e submetido a temperaturas elevadas, como por exemplo nos processos de peletiza9Ao e extrusao, pade ocorrer urna desnatura<;ao das enzimas, eliminando a beneficia de sua inclusao na dieta des animais quando a alimento for aquecido aeima de 75°C, a que e comum durante estes processos, recomenda..,se entao, que as enzimas sejam aspergidas posteriormente a obten~o dos peletes. Fatores intrinsecos ao animal, tais como a idade, estado fisiol6gico, estresse e patologias tambem pod em aletar grandemente os resultados da adi~o de enzimas na dieta. Maior numero de pesquisas devem ser realizadas com ingredientes produzidos e utilizados no Brasil, urna vez que a maloria dos resultados disponiveis sAo provenientes da literatura intemacional, com alimentos produzidos em condiyOes de clima e solo diferentes das nossas, 0 que pode influenciar a sua composi~ao de nutrientes e de fatores antinutricionais. 5.1 usa DE ENZIMAS NA ALiMENTA<;Aa DE AVES As aves nao sintetizam certas enzimas endogenas para a digestao de varios componentes encontrados em alimentos de origem vegetal. As sementes oleaginosas, como a soja, a canola, e os grnos dos cereais com seus respectivos subprodutos, como par exemplo, a trigo, a eel/ada, 0 centeio, a triticale, a arroz, apresentam em sua composi~ao bromatologica constituintes que as al/es nao digerem au a sua digestao e incompleta, como as polissacarldeos nao amilaceos (Tabela 6). Em outros animais como nos ruminantes, estes polissacarideos sao degradados pel a fermentalfAo microbian a no rumen. A fermenta~o dos polissacarideos nos monogastricos esta limitada ao intestino grosso e representa urn volume desprezil/el. 15 TABELA 6 - COMPOSI<;AO DE DIFERENTES ALiMENTOS EM POLISSACARiDEOS NAo AMILACEOS (% DA MATERIA SECA). Alimento Arabinonose Xilose Manose Galactose Glicose Ac. Urico TotalCevada 2,8 5,1 0,2 0,2 8,2 0,2 16,7 Milho 1,9 2,4 0,2 0,4 2,6 0,6 8,1 Centeio 3,5 5,4 0,3 0,3 3,5 0,2 13,2 Sorgo 1,0 0,9 0,1 0,2 2,1 1,3 5,6 Trigo 3,3 4,8 0,3 2,8 0,2 11,4 Canola* 4,3 1,7 0,2 1,6 5,8 4,6 18,8 Soja' 2,0 1,8 0,6 2,9 6,7 2,5 17,2 Girassol* 2,3 3,8 1,0 1,0 8,9 3,4 21,0 ••Farelo FONTE: Adaplado de CLASSEN, 1996. Apesar do interesse recente no usa de enzimas suplementadas na alimentac;ao animal, 0 potencial de seu usa tern sido reconhecido hci muitos anos. Durante as ultimos anos da dlkada de 50, as investigadores da Universidade do Estado de Washington demonstraram que quando urna fonte de urna enzima foi suplementada aumentou 0 valor alimenticio das dietas de frangos de corte baseadas em cevada (WILLINGHAM etal.,1959). A resposta benefica foi no come<;o erroneamente atribuida a capacidade amilolitica da fonte enzimatica, mais tarde foi demonstrado que a atividade da p glucanase, urna enzima contaminante, foi a resposta prima ria (Rickes et aI., 1962 citado por CLASSEN, 1993). Nas decadas seguintes, a investiga~aosobre 0 usa de enzimas microbianas foi esporadica mas se conseguiu importantes avam;.os no entendimento dos mecanismos de ac;ao das enzimas e seus usos potenciais. 0 interesse no uso de enzimas tem aumentado por causa do alto custo das materias prim as durante os ultimos anos, e conseqOentemente a busca de outros ingredientes alternativos. As enzimas somente passaram a ser utilizadas amplamente na alimenta~o animal ha pouco tempo, inclusive para aves. Administrada.s com 0 alimento, as enzimas catalisam, no trato gastrintestinal, as reayaes quimicas que conduzem a degradac;.ao de nutrientes contidos no alimento. Dentre as enzimas utilizadas na alimentac;.ao de aves e sulnos destacam-se as xilanases, as p glucanases, fitases e as pectinases utilizadas respectivamente com sucesso em ray6es contendo centeio, cevada, aveia, e soja. As principais enzimas usadas em rayaes e seu modo de a~o estao apresentadas na Tabela 7. 16 Enzima Substrato TABELA 7 - ENZIMAS USADAS EM RA<;OESDE FRANGO E SEU MODO DE A Ao. Efeito Glucanases Beta glucanos Xilanases Arabinoxilanos redu..,aoda viscosidade da digesta intestinal Pectinases Pectin as Celulases Celulose Proteases Proteinas Amilases Amido Fitases Acidofitico redUf;ao da viscosidade da digesta intestinal, melhora caracterlsticas da cama, redu..,aode avos sujos reduyao da viscosidade da digesta intestinal degradal'ao da celulose liberando mais nutrientes suplementac;ao sabre enzimas end6genas, degradayao mais eficiente suplementa..,ao sobre enzimas end6genas, degradayso mais eficiente melhora a utiliza<;ao do lasloro da planta, remove 0 acido fitica Galactosidases Alia galactosldios remoyao dos alia galactoslddios FONTE: Adaptado de CLEOPHAS et a!., 1995. Entre as exemplos de enzimas utilizadas na alimentayao de monogastricos estao as carboidrases que se tornam ativas em cantata com a agua no trate digestive. Pela ac;ao destas enzimas, as polissacarideos nao amilaceos perdem a sua capacidade de absoryao de agua e a viscosidade da digesta e reduzida. A viscosidade depende do tamanho destes polissacarideos naD amilaceos, da forma, da presenya ou nao de carga e da sua concentra~o. 0 aumento na viscosidade pode causar problemas no intestino delgado devido ao fato dos nutrientes tornarem menDs disponlveis para a digestllo, resultando em uma deple<;lio da digestllo de gorduras, proteinas e carboidratos. Em dietas para frangos jovens, nos quais a sistema digestiv~ nao e totalmente desenvolvido, enzimas como ami lases e proteases sao usadas para melhorar a digestlio do amido e da protelna (CLEOPHAS et aI., 1995). E possivel que 0 oligossacarideo rafinose, encontrado na soja, seja a causa do men or tempo de transito do bolo alimentar, contribuindo assim, para reduzir a digestao da fibra bruta, resultando no menor valor da energia metabolizavel do farelo de soja (Me ginnis, 1983, citado por COON et aI., 1990). 17 Segundo CANTOR (1995), 0 conte0do e digestibilidade dos polissacarideos nae amilaceos, respectivamente, do farelo de soja sao de 20 e 0%; farela de arroz 25 e 30%; trigo 10 e 12%; e da cevada 15 e 14%, quando avaliados com pintos jovens. As caracteristicas estruturais dos polissacarideos nao amih3:ceos nao sao uniformes porque 0 nivel, 0 tipo e a sua composiyao diferem grandemente entre as sementes vegetais, mesma dentro de urna mesma especie. Embora a conhecimento dos monossacarideos que comp6em as polissacarideos nao ami/aceas seja util, ele e falho para detinir a natureza dos polissacarideos e suas caracteristicas importantes (TabeJa 8). A composiyao dos polissacarideos afeta as suas propriedades e tambem 0 requerimento de enzimas para hidroliza-Ios (CLASSEN, 1996). TABELA 8 - CARACTERlsTICAS IMPORTANTES DOS POLISSACARIDEOS NAo AMILACEOS. • Compostos de polissacarideos especificos • Natureza das IigacrOes entre os monossacarldeos • Solubilidade • Caracteristicas fisicas dos polissacarideos nao amilaceos soluveis • Peso molecular dos polissacarideos nao amilaceos soluveis • Carga e outras caracteristicas quimicas • Interacao dos polissacarideos nao amilaceos com outros constituintes da rayao FONTE: Adaptado de CLASSEN. 1996. Os p-glucanos fazem com que as aves eliminem fezes mais liquidas, tendo efeito adverso sabre a umidade da cama do aviario e aumento de amoniaco (BRENES, 1992). A energia metaboliz3vel do alimento e influenciada negativamente pelos niveis de polissacarideos nao amilaceos nos cereais. Assim, cereais que apresentam uma maior quantidade de polissacarideos nao amilaceos possuem uma quantidade de energia metabolizc3vel inferior (cevada), quando comparado com aqueles que possuem menor quantidade destes polissacarideos (sorgo) (CLEOPHAS et aI., 1995). As pectinas exibem propriedades antinutricionais quando fomecidas para a alimentayao de aves. Estudos efetuados com frangos de corte de 0 a 24 dias de idade (Tabela 9) mostram que a medida em que se aumenta a suplementay80 da enzima fitase na racrao, ha urna maior disponibilidade de f6sforo, aumentando 0 ganho de peso, 18 melhorando a conversao alimentar e diminuindo 0 fosfaTO nas fezes (AVICULTURA PROFESSIONAL, 1991), 0 que diminui 0 impacto ambiental causado pelos dejetos dos animais. TABELA 9 - EFEITO DA SUPLEMENTACAO DE FITASE PARA FRANGOS DE CORTE'. Fitase adicionada (unidJkg) Disponibilidade de F6sforo nas Ganho de Conversao fosfero (%) fezes .• Peso (g) alimentar 0 49,8 A 2,7 A 338 A 1,85A 250 55,6B 2,3B 566B 1,59 B 500 59,6 BC 2,1 BC 623C 1,56 BC 750 59,5 BC 2,1 BC 675 D 1,55BC 1000 62,5 CD 2,OC 690 D 1,52 C 1500 64,5D 1,9C 733E 1,50C nivel de f6sforo total da rayao 0,45% * f6sfero nas fezes glkg de alimento consumido Fonte: Adaptado de AVrCULTURA PROFESSIONAL, 1991. A adi~o de preparados enzimaticos contendo xilanases e p glucanases ativas, tern urn importante impacto sabre a viscosidade da digesta no intestine da ave, resultando em uma melhora na utilizac;ao dos nutrientes e consequentemente no desempenho das aves. A natureza precisa desta relac;ao e importante porque permite preyer uma passivel respasta da adi~aade enzima em varias circunstfmcias (PARTRIDGE e WYAn, 1995). Reduzindo a viscosidade do intestino com a adi~o de enzimas ex6genas, melhora a utilizayaa do nutriente e 0 desempenho do animal, aumentanda a eficacia da enzima hospedeira; quebrando 0 gel caracteristicas de fibras soluveis, pennitindo com que as enzimas digestivas das aves funcionem mais eficientemente (Tabela 10). TABELA 10 - EFEITO DA AVIZYME· SOBRE 0 DESEMPENHO E PARAMETROS INTESTINAIS EM FRANGOS ALIMENTADOS COM DIETA CONTENDO CEVADA COM ALTO OU BAIXO p-GLUCANO (0-21 DIAS. Milho Cevada com Jl~lucano Controle Baixo Baixo + AZ. Alto Alto+AZ Ganho diario (g) 30,0 a 27,3 b 29,7a 24,2 c 27,4 b Conversao Alimentar 1,47 b 1,49 b 1,40 c 1,60 a 1,53 ab Consumo (g/dia) 43,6 a 40,4 b 41,7 ab 38,4 c 40,7 b 19 Peso pancreas· 0,411bc 0,487ab 0,402 c 0,515 a 0,453abc Materia Seca digesta (%) 21,0 a 16,9 cd 19,3 b 16,5d 18,0 c Viscosidade digesta (cpst* 1 c 13 b 2c 29 a 3c Digestibilidade ileal (%) Amido 95,7 ab 89,7 c 95,9 ab 94,6b 96,5 a Protein a bruta 87,Oa 74,1c 83,4b 69,4 d 80,9 b Gordura 83,8a 76,7c 80,8 ab 75,4 c 78,8 bc •% peso corporal. •.•cps- cetipois FONTE: Adaptado de PARTRIDGE e \lIlYAn, 1995 HOTTEN (1991) concluiu que a suplementa"ao de enzimas digestivas aos animais, principalmente aos animais jovens que apresentam um sistema enzimatico subdesenvolvido, provoca 0 aumento da digestibilidade dos nutrientes presentes no alimento. HAMADA (1974) e MENDES et. aJ. (1981) concluiram que a adi"ao da amilase, protease e celulase em conjunto, proporcionaram um maior ganho de peso, menor consumo de rayao e melhor conversao alimentar de frangos de corte (TabeJa 11). TABELA 11 - EFEITOS DA AVIZYME SOBRE DIGESTIBILIDADE ILEAL EM DIETAS A BASE DE TRIGO ATE 21 DIAS. Controle Controle Enzima + Signifidincia Digestibilidade do intestino delgado Viscosidlldc (cps) Encrgia Protein3 Lisina Mctionina Cistina Treonina 4,7 67,4 72,1 80,8 76,8 48,2 65,8 3,8 73,1 77,3 87,1 84,3 65,6 74,4 • p<O,05;·· p<O,OI; ·"p<O,OOI FONTE: Adaptado de GRAHAM, 1996. Uma das principais justificativas para se utilizar enzimas na nutrir;:ao de suinos eaves e tomar passivel a substitui'raa de cereais com elevados teores de energia metabolizavel por aqueles com baixo teer de energia metabolizavel, sem prejuizo para 0 desempenho. 20 o usa da enzima fitase foi muito influenciada pela necessidade de buscar alternativas para reduzir a excreyao de f6sforo poluente do meio ambiente, pelo custo relativo do fOOforo na dieta e pelo risco que, a longo prazo, as fontes de f6sforo (fosfato) disponiveis estarl!o esgotadas. Esta situa<;Ao fica agravada pela aus',"cia au existemcia irrelevante de frtase end6gena em monogastricos. 0 Beida fitica, resistente a hidr61ise, alem de nao permitir 0 usa do f6sfero pelos animais, compromete a abso~o de calcio e de Qutros microminerais (zinco e cobre) e diminui a digestibilidade de aminmicidos (JONGBLOED, KEMME e MROZ, 1992). o modo de 89BO da fitase e pela catfllise do acido fitica, liberando 0 f6sforo. A ac;ao desta enzima pode variar com a idade dos animais, especialmente em suinos, pelo pH do meio, pela temperatura da dieta, pelo tempo de conserva<;Ao do produto e da dieta que contem a enzima (JONGBLOED, KEMME e MROZ, 1992). SIMONS e VERSTEEGH (1992) verificaram que a fitase favorece a utiliza<;Ao de f6sforo fitico em frangos e poedeiras (Tabela 12). Em poedeiras, segundo comentam as autores, a atividade da enzima fica parcialmente prejudicada pela presen", de nivel elevado de calcio. Entretanto, 0 prejuizo nao e suficiente para comprometer a recomendac;a,o de usc de frtase em dietas com maior nivel de calcio. A estrutura 6ssea dos frangos e das poedeiras, assim como a qualidade da casca dos ovos das poedeiras, n30 ficam alteradas com a adi~o da enzima. TABELA 12 - EFEITO DA SUPLEMENTA<;AO DE FITASE PARA FRANGOS DE CORTE'. FilUt adicion::tda (unid.lkg) Disponibilid3de d. F65fora G2nho d. Connnxo ((lsfora ('{') f"",' Peso (x) alimenGu- 0 49,8 A 2,7 A 338A 1,85 A 250 55,6 B 2,3 B 566 B 1,59 B 500 59,6 BC 2,1 BC 623 C 1,56BC 750 59,5 BC 2,1 BC 6750 1,55 BC 1000 62.5 CD 2,OC 6900 1,52 C 1500 64.5 0 1.9C 733 E 1.50C nivel de fOsforo 101141da 1lI~ O,45'~ " (6sroro nas reus g/Iq; de :!Iimcnto consumido FONTE: Adaptado de AVICULTURA PROFESSIONAL, 1991 21 5.2 USO DE ENZIMAS NAALlMENTAt;:AO DE SUINOS Case alguma parte importante da rac;aQ seja composta de elementos ricas ern celulose, esta raC;ao resulta tao volumosa que as animais nao poderao comer bastante dela, como para obter a quantidade suficiente de elementos nutritivDs para conseguir rapidos aumentos de peso. Os sui nos ern crescimento e engorda realizam as aumentos de peso mais rapidos e economicos, quando suas ra'!(Oes nao contem mais de 5% de celulose. Apesar de poucas informatyOes de pesquisa sabre a viscosidade intestinal em leitOe5, sabe-se que fatores nutricionais afetam seu rendimento, assim como Qutros problemas digestivos, que sao tambem complexos. A ingestao de certos alimentos do mesma modifica consideravelmente a solubilidade e digestibilidade pelo animal. Verifica-se, par exemplo, a dificuldade de ftquebrar" as carboidratos de origem nao amilacea, alem do que existem diferenc;as na composic;a.o de carboidratos dos principais graos usados na alimentac;ao de leitoes que afetam a desempenho do animal, aumentando a viscosidade da digesta. o amide e 0 principal carboidrato soluvel altamente digestivel pelos suinos. A principal enzima que desdobra a amido e a a-amilase pancreatica. Esta enzima tern especificidade de a9aOsobre as liga¢es glicosidicas do tipo u 1,4. Os carboidratos nao ami/aceos possuem ligac;Oes do tipo p 1,3 e 1,4, nao sendo digeridos pela enzima end6gena desses anima is. As pentosanas e as Jl-glucanos no intestino, aumentam a viscosidade da digesta, afetando a valor nutricional dos cereais, seja por falta de enzimas end6genas para sua digestao ou mesmo, criando barreiras de ac;Ao das enzimas digestivas. A utilizac;ao de enzimas ex6genas, parece ser a saida para reduyao da viscosidade intestinal provocada pela ayao desses carboidratos soluveis n~o amfdicos. Apesar desses polissacarideos nao amilaceos constituirem pequena frayao dos carboidratos totais, eles possuem efeito bastante significativo na viscosidade da digesta. Assim, conforme ° pesquisador, a utilizayao de enzimas ex6genas teria duas finalidades basicas. A primeira, reduzindo as barreiras de ac;ao enzimatica sobre a digesta e a segunda, aumentando a produyao de glicose intestinal, que em ultima analise, resultaria em aumento do aproveitamento energetico da dieta. Os niveis de enzimas digestivas no organismo animal sao 22 infiuenciados pela idade e pelo tipo de alimento. A fun9ll0 digestiva em leitOes recem-desmamados a comprometida, uma vez que a prodUl;:a.o de enzimas pancreaticas pelo animal pade ser drasticamente reduzida (PARTRIDGE, 1993). Estudos realizados com frangos de corte evidenciam grande efeito inibidor da a~o da lipase pancreatica, devido ao aumenta de viscosidade provocada pela a9ll0 dos PNAs. No crescimento dos leitoes, durante a lacta~o, estao envolvidas fatores inerentes ao leitao: sexo. tipo genetico, peso ao nascimento e fatores materna is: ra~, ordem de parta, tamanha de leitegada, produ9aa de leite, assim como um conjunto de variaveis nutricionais, ambientais e sanitarias. Durante a lacta~o, a lactose do leite e a principal carboidrato das dietas dos suinos neonates e jovens, passuinde, portanto urna elevada atividade de lactase intestinal. Por outro lado, a medida que os animals progridem para 0 desmame, a atividade da lactase desaparece e a atividade da maltase aumenta, pennitindo que os animais mud em da lactose para a amido como fonte de carboidratos. Para leit5es desrnamados com tres semanas de idade ou mais, uma alimentar;:clo pre-desmame alta mente digestivel e consumida em quantidade adequadas aumentara 0 peso ao desmame e isto se refletira em reduc;:ao da idade ao abate. Dai 0 interesse de maximizar 0 consuma, a que ocupa papel fundamental no desenvolvimento da capacidade digestiva do animal, preparando-o para a utiliz8C;clOdos carboidratos e proteinas oferecidas posteriormente. Recomenda-se 0 fomecimento de dietas pre-desmame altamente digestive is, a partir dos 7 a 10 dias de idade, porem tais rar;:oes possuem um custo elevado, devido ao seu alto teor de proteina.~ atraves do con sumo de urna rac;ao pra-initial durante a fase de aleijamenta, que os leitoes podem obter uma suplementa9ao de 240 a 360 kcal de energia digestivel par dia, alem do fornecimenta pelo leite da porca. Isto e impartante, no caso de leitegadas grandes, com dez au rna is leitoes, onde a porea dificilmente consegue produzir leite suficiente para proporcionar 0 maximo de desernpenho it sua leitegada. Em suinos desmamados entre 3 e 7 semanas de idade, cujas rac;oes tinham suplementa~o de amilase e protease, observaram-se aumentos significativos no ganho de peso e na conversao alimentar (COLLIER e HARDY, 1986; INBORR e OGLE, 1988). A adi9aO de enzimas em ra90es para leitOes recem-desmamados com 23 ami lase, protease e polissacaridase reduziu a incidencia de diarreia em leit6es (INBORR e OGLE, 1988; CHESSON, 1993). Produtos enzimaticos com protease e ami lase usados na alimentayao de suinos tern propiciado aumentos na digestibilidade de materia seca e de nitrog€miD de ra,Oes a base de milho e farelo de soja para leitOes, durante as tr~s primeiras seman as ap6s a desmama (EASTER, 1988). A suplementac;ao de amilase em rac;;oes para as leitoes ap6s a desmama melhorou a digestibilidade de amide contido nos cereais (OFFICER, 1993; ACAMOVIC e McCLEARY, 1966; CLASSEN, 1996), enquanto a suplementa<;:lio de lipase melhorou 0 aproveitamento de gordura pelos suinos em reena (CERA et aI., 1988), e a adi<;:lio de protease melhorou a digestibilidade de proteina (CORRING et al.,1978). Considerando 0 desenvolvimento fisiol6gico dos animais, a atividade da amilase no intestino delgado aumenta durante as 10 primeiros dias de idade (CANTOR, 1995). LeitOes recem-desmamados alimentados com dietas rieBs ern amide nao mostram capacidade de sintetizar ami/ase suficiente para a digestae des substrates. A mattase, sacarase e protease sao inicialmente peuco ativas, enquanto a lactase apresenta grande atividade nos leitOes recem-nascidos, decrescendo com a idade. as aumentos de carboidratos, proteinas e gordura na dieta sao acompanhados de incrementos em amilase, protease e lipase, respectivamente (CORRING,1978). Trabalhos conduzidos por LlU (2004), utilizando leitoes p6s desmama, revelaram que a utilizac;ao de urn pool de enzirnas (xylanases, beta-glucanases, pectinases, proteases e mannanases) resultou em melhora na digestibilidade da energia e da proteina em dietas formuladas com diferentes ingredientes (Tabela 13). a mesrne autor verificou que esta melhora na digestibiJidade resulta em melhor desempenho zootecnico nestes animais (TabeJa 14). 24 TABELA 13 - EFEITO DA SUPLEMENTA<;AO ENZIMATICA SOBRE A DIGESTIBILIDADE ILEAL DA ENERGIA EM LEITOES. Encrgia dig kcallkg Dig ::tparentc do N Dicta controle cnzima conlrole enzima MilholFS 3.262 ± 3.353 ± 90b 78,5 ± 7,0. 82,0 ± 4,8b 145. TrigolFS 3.246 ± 45. 3.318±35b 78,8 ± 2.1a 82,8 ± 2,7b CcvadaIFS 3.224 ± 3.300 ± 60b 104. Medias seguidas de letras dilerentes niH linha, diferem pelo teste de Tukey (p<O,05).Complexo enzimatico (Xylanases, B-glucanases, Celulases, Pectinases, Proteases). FONTE: Adaptodo de LlU (2004). TABELA 14 - EFEITO DA SUPLEMENTA<;AO ENZIMATICA SOBRE 0 DESEMPENHO EM LEITOES. MilhoIFS(I-41 dias) TrigolFS(I-42 dins) CcvadalFS(I-35 dias) Controie Enzim:1S Controle Enzimas Controlc Enzimas Cons mr;50, g 890 923 803 839 658 691 G.mho diario. g 516 542 458. 486b 427a 458b conversao 1,72 1,70 1,75 1,73 1,54 1,51 Medias seguidas de tetras diferentes na linha, diferem petc teste de Tukey (p<O,05).ComplexQ enzimatico (Xylanases, B-glucanil5es, Celulases, Pectinases, Proteases). FONTE: Adaptodo de LlU (2004). 25 6 CONCLUSAO A utilizaC;ao de enzimas ganha importancia cada vez maior porque permite urn melhor aproveitamento dos ingredientes diminuindo assim, a quantidade de excretas. A combinay8o apropriada de enzima e ingredientes da rayao pode resultar em uma mether conversao alimentar, maior estimulo ao crescimento, melhor aproveitamento do alimento e reduyao de umidade de cama, a que levaria a uma melhor relac;ao custo beneficia da racta.e e produc;a.o de aves e suinos. A adi'.(ao de enzimas as raC;Oes tern se tornado urn aspecto chave tanto para possibilitar a utilizac;ao de alimentos alternativDs como para melhorar 0 aproveitamento de fontes tradicionais. o principal modo de ac;ao de uma enzima efetiva e artefar as caracterfsticas da digesta, removendo as efeitos de forma~o de gel pelos polissacarideos nao amilaceos, reduzindo a viscosidade e portanto melhorando a utilizayao dos nutrientes. Os efeitos das enzimas sobre a digestibilidade dos nutrientes podem ser quantificados experimentalmente, permitindo a formular;ao de dietas de baixo custo sem prejudicar 0 desempenho dos animais monogastricos. 26 REFERENCIAS ACAMOVIC, T., McCLEARY, B.V. 1996. Optimizing the response. Feed Mix, 4(4):14-17. BERG, L., R. Enzyme supplementation of barley diets for laying hens. Poult. Sci., Washington, v.38, p.1132-1139, 1959. CANTOR, A. Enzimas: usadas na Europa, Estados Unidos e Asia, possibilidades para uso no Brasil. 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Pesquisa e Extensao Prof' Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini Secreta rio Geral Prof" Jo~o Henrique Ribas de Lima Diretor da Faculdade de Ciencias Biologicas e da Salide Prof" Joao Henrique Faryniuk Coordenador do Curso de Medicina Veterinaria Prof" Italo Minardi Coordenador de Estagio Curricular do Curso de Medicina Veterinaria Prof" Sergio Jose Meireles Bronze Metodologia Cientifica Prot- Lucimes Ruaro Schuta CAMPUS TORRES Av. Comendador Franco, 1860 - Jardim Botanico CEP 80.215-090 - Curitiba - PR Fone: (41) 331-7600 APRESENTA~AO Este Trabalho de Conclusao de Curso (T.C.C.) apresentado ao Curso de Medicina Veterinaria da Faculdade de Ci!ncias Biol6gicas e da Saude da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para a obten-;:ao do titulo de Medico Veterinario e composto de urn Relat6rio de Estagio, no qual sao descrilas as alividades realizadas durante 0 periodo de 02108 a 13/1012004, periodo este em que estive na Empresa SAN LAC- TECNOLOGIA, NUTRIC;;AO E SAUDE ANIMAL, localizada no municipio de QUATRO BARRAS cumprindo estagio curricular e tambem de uma Monografia que versa sobre 0 tema: "UTILlZAC;;AO DE ENZIMAS NA ALiMENTAC;;AO DE SUiNOS EAVES". iii A meu ProF Dr. Sebastiao Borges, aos meus pais, Joao e Wanda Petrelli, e ao meu namorado, Paulo Cesar, que estiveram sempre presente ao meu lado, me orientando e incentivando, DEDICO iv AGRADECIMENTOS Agradec;o a todos as professores, pel a dedicac;ao e pelo dam do ensinamento, pais atraves deles pude realizar urn dos meus maiores sonhos e conquistar mais uma fase da minha vida! A,gradec;o a todos da empresa San Lac, pela disponibilidade, aten~o e orienta~o dirigidas it: mim. Par tim, agradeyo it Deus. "Deus que nos deu ° dom da vida, Nos presenteou com a liberdade, Nos aben9Qou com a inteligimcia, Nos deu a gra9a de /utarmos. Para a conqllista de nossas rea/izayOes, cabe a louvor e a gloria. A nos s6 cabe agradecer .•. (Rui Barbosa) vi Renata Petrelli RELATORIO DE ESTAGIO CURRICULAR Relat6rio de Estagio Curricular apresentado ao Curse de Medicina Veterinaria da Faculdade de Ci@ncias Bio[6gica5 e diil. Saude da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para obtenca,o do titulo de Medico Veterin~rio. Professor Orienlador: Prof" Dr. SEBASnAo BORGES Orienlador Profissional: Dr. ROQUE OLMIR GRANDO Curitiba Dezembro 2004 SUMARIO LlSTA DE TABELAS ••.•.•..•.................•...........•.....................•..•.•.•.....•..................... iii LlSTA DE FIGURAS ...••.••.............................•.....•........••...•...•..........•.•.............••.•..•. iv LlSTA DE ANEXOS v RESUMO ......................••..•.•.•............................•.....•............•.••..••..•......................... viINTRODU<;:Ao .........................................................................................•....••.......................................... I MATERIAS PRIMAS UTILIZADAS NA EMPRESA . ..............• 2 PRINCIPAlS MATERIAS PRIMAS UTIL1ZADAS EM NUCLEOS E PREMIX .......................••..•..•... J 3.1 3.2 3.3 3.4 3.' 3.6 3.7 3.1 3.9 ZTNCO .... . 7 3.11 VITAMINA D) (CALCIFEROL)... . 8 3.12 VITAMINA E(ACETATODETOCOFEROL) 8 3.13 VITAMINAK(QUINONA) 9 3.14 ACIDO NICOTiNICO/NICOTINAMIDA INIACINA (VIT. BJ)..... ..10 3.15 ACIDOPANTOT~ICO 11 3.16 ACIDOFOLICO 11 3.17 BIOTIN A .. . 12 3.11 COLINA.... . [2 3.19 VITAMINA BI (TiAMINA)..... . 13 3.20 VITAMINA B: (RIBOFLA VINA) 14 3.21 VITAMINA B.(PIRIDOXINA)... . . 14 3.22 VITAMINA BI~(CIANOCOBALAMINA) 15 3.23 AMINOACIOOS.. ..16 3.23.1 Aminoacidos csscnciais 16 3.23.2 Aminoi.icidos n30 csscncia.is.. . 16 3.24 LISINA... . 16 3.25 METIONrNA 17 3.26 TRIPTOFANO 17 3.27 lXEONINA . I B PRINCIPAlS MATERIAS PRIMAS UTILIZADAS NAS FORMULA<;:DES DE RA<;:DES •.........•. 19 COBALTO ... COBRE .. FERRO ... ... 4 .. 4 .......... , -1.1 MILHO(Z£,jIJA)'S) 19 4.2 SOJA (CLle!",,.; MA,\,,).. . 20 4.3 TRIGO (TRITTCUM,.,£lTIVUAI)... . 21 4,4 TRJTlCALE (TNI71t:.'OSCCALE H"11T.)... . 22 4.5 SORGO (SOW/IUM .'ULGAItIf)... . 23 4.6 ARROZ(OItYlA S:"71I',.,) . 23 4.7 ALGODAO (GOSSrPJUMfIIRsvnm)... . 24 4.8 FARINHA DE CA.RNE E OSSOS 26 4.9 CALCARIO CALCiTICO . 27 4.10 FOSFATOBICALCICO... . 27 4.11 CLORETO DE S6010 . 27 -1.12 6LEOS VEGETAIS E GORDURAS ANIMAIS.................... . . 27 4.13 ADiTIVOS UTILIZADOS NA NUTRICAO ANIMAL . . 28 AGENTES ANTIMICROBIANOS . . ..... 2S ANTIHELMiNTICOS .... . 30 PROBIOTICOS 30 PREBIOTICOS (OLIGOSSACARiDEOS) 31 ENZIMAS .. . ............................................................•..•.....•..•..•........... 31 10 ACIDIFICANTES 31 11 FLAVORIZANTES . ............................••.........•..............•......................•.• 32 12 ANTIOXIDANTES ....................................•.......... . ._ _ _ 31 13 COMPOSTOS ARSENICAIS 32 14 FUNGOSTASTICOS .....................................•..........•.......................•..••.••.....................•.•..••..•.......•..••.•... 33 15 COCCIDIOST ATICOS. . 33 16 PIGMENTANTES ..........................................................................................................•..•.••..•..••....•.....•..• 33 17 NivEIS DE GARANTIA POR KG DE PRODUTO ...•................•.••••••.••...........•.......................•.........•..35 18 DEPARTAMENTO DE NUTRICAo ••..••..•.................••..•..••..•..••......................•......•............................ 37 11.1 PORMULA~Ao DE RAc,:OES ESPECiFlCAS.. . 37 18.2 DESENVQLVIMENTO DE PRODUTOS .. . 40 19 FABRICA DE PRE-MISTURAS E DE NUCLEOS ...................•............................•............•..........•.. 42 20 NORMAS DE RECEBIMENTO DE MATERIAS·PRIMAS .....•...•...........•••.•.••..•..•..............................43 21 ASPECTOS DE QUALIDADE DAS MATERIAS-PRIMAS 43 22 ETAPAS PARA PRODU<;:Ao DE UMA PRE-MISTURA OU UM NUCLEO ................•.................. 44 22.1 PESAGENS .. 22.2 MISTURADORES ..... 22.3 EXPEDH:;:AO... . 22A CONlltOlE DE ESTOQUE . 22.5 FECHAMENTO DA PRODU<;AO .. 23 CONCLusAo ................•..•........................•..•...•..•......••..••..•................•............................................... 52 . 44 . 46 ............................................................................. 49 . 50 . 51 ANEXOS . .•......•..•.....................•...•..•..•............................................................53 REFERENCIAS . . 68 LlSTA DE TABELAS TABELA 1 - COMPOSI<;AO NUTRICIONAL DO MILHO SEGUNDO ALGUNS AUTO PARA 100% DE MATERIA SECA... 19 TABELA 2 - COMPOSI<;AO NUTRICIONAL DO FARELO DE SOJA (45%) SEGUNDO ALGUNS AUTORES, PARA 100% DE MATERIA SECA 20 TABELA 3 - COMPOSI<;Ao NUTRICIONAL DA SOJA INTEGRAL SEGUNDO ALGUNS AUTORES, PARA 100% DE MATERIA SECA... .... 21 TABELA 4 - COMPOSI<;AO NUTRICIONAL DO FARELO DE TRIGO SEGUNDO VARIOS AUTORES, PARA 100% DE MATERIA SECA. 22 TABELA 5 - COMPOSI<;Ao NUTRICIONAL DO TRITICALE SEGUNDO ALGUNS AUTORES, PARA 100% DE MATERIA SECA 22 TABELA 6 - COMPOSI<;Ao NUTRICIONAL DO SORGO SEGUNDO ALGUNS AUTORES, PARA 100% DE MATERIA SECA... . .... 23 TABELA 7 - COMPOSI<;AO NUTRICIONAL DO FARELO DE ARROZ SEGUNDO ALGUNS AUTORES, PARA 100% DE MATERIA SECA... . 24 TABELA 8 - COMPOSI<;AO NUTRICIONAL DE FARELO DE ALGODAo (40%) SEGUNDO ALGUNS AUTORES, PARA 100% DE MATERIA SECA 25 TABELA 9 - COMPOSI<;Ao NUTRICIONAL DE FARINHA DE CARNE E OSSOS SEGUNDO ALGUNS AUTORES, PARA 100% DE MATERIA SECA 26 TABELA 10 - QUANTIDADE DE ENERGIA METABOLIzAvEL PRESENTE EM 6LEO VEGETAL E GORDURAS ANIMAlS . 28 TABELA 11 - CALCULO DA CONCENTRA<;AO DO PRINClplO ATIVO SEGUNDO o REQUERIMENTO DO ANIMAL E A INCLusAo DO NOCLEO 35 TABELA 12 - CALCULO DA QUANTIDADE DO INGREDIENTE A SER ADICIONADO NA MISTURA SEGUNDO 0 REQUERIMENTO DO ANIMAL E A INCLusAo DO NOCLEO... . 36 iii LlSTA DE FIGURAS FIGURA 1 - QUADRO DE COMANDO .. 42 ..... 45 .... 45 ... 46 47 47 . 48 . 48 FIGURA 2 - BALANt;A MANUAL .. FIGURA 3 - BALANt;A MANUAL .. FIGURA 4 - MISTURADOR VERTICAL .. FIGURA 5 - MISTURADOR Y . FIGURA 6 - ENSAQUE .. FIGURA 7 - EMBALAGEM DO PRODUTO . FIGURA 8 - EMBALAGEM DO PRODUTO (MODELO BALD E) .. FIGURA 9 - EXPEDIt;!\O DOS PRODUTOS .. FIGURA 10 - ESTOQUE .. FIGURA 11 - PRODUTOS ACABADOS .. . 49 ............................................ 50 51 iv LlSTA DE ANEXOS ANEXO 1 - LAUDO DE MATERIA-PRIMA .. ANEXO 2 - MODELO DE R6TULO PARA SUiNOS INICIAL .. ANEXO 3 - MODELO DE R6TULO PARA sui NOS CRESCIMENTO .... ANEXO 4 - MODELO DE R6TULO PARA sui NOS GESTA!;AO ... ANEXO 5 - MODELO DE R6TULO PARA sui NOS LACTA!;AO .. ANEXO 6 - MODELO DE R6TULO PARA sui NOS TERMINA!;AO .. ANEXO 7 - MODELO DE R6TULO PARA SUINOS REPRODU!;AO ANEXO 8 - MODELO DE FUNGOSTATICO .. ANEXO 9 - MODELO DE R6TULO PARA AVES INICIAL .. ANEXO 10 - MODELO DE R6TULO PARA AVES CRESCIMENTO .. ANEXO 11 - MODELO DE R6TULO PARA AVES FINAL .... ANEXO 12 - MODELO DE R6TULO PARA BOVINOS DE CORTE .. v . 54 58 . 58 . 59 59 . 60 .... 60 . 61 62 63 . 63 64 RESUMO Neste trabalho de conclusao de curso estilo descritas as atividades realizadas durante 0 estagio, e assuntos relacionados a nutri~o animal, bem como as ingredientes utilizados para a fabrica9ao de um nucleo/premix, suas func;6es e importancia. Per tim, estao descritos as processos do funcionamento de uma fabrica de nuc1eos. Palavras-chave: concentrados, macrominerais, microminerais, monogastricos. nutri9i\o, promotores. vi INTRODUCAO o presente relat6rio apresenta as atividades realizadas no estagio de conclusao do Curso de Medicina Veterinaria, realizado na Empresa SAN LAC - Tecnologia, Nutri-;3o e Saude Animal Ltda., situada na Rua Aristeu Luciano Adamoski, 934, Bairro Jardim Menino Deus, no municipio de Qualro Barras-PR, realizado no periodo de 02/0812004 a 13/1012004, tolalizando 320 horas de atividades. Este estagio teve como objetivo avaliar e analisar produtos e materias primas, auxiliar na forrnula~o e balanceamento de ra9~o, indicar produtos para alimenta~o animal, registrar produtos junto ao Ministerio da Agricultura, acompanhar entrada de materias-primas para elaborayao do proctuto, produc;ao de nucleos e "premix" e expediyao dos mesmos, controle de qualidade. A coordena9ao do eshlgio foi realizada pelo ProF Sergio Jose Meirelles Bronze, a orienta9ao do estagio junto a Universidade foi realizada pelo ProF. Dr. Sebastiao Aparecido Borges, e na empresa SAN LAC a supervisao foi conduzida pelo gerente da empresa 0 Medico Veterinario Roque Olmir Granda. A SAN LAC atua na area de alimenta930 animal, possuindo2 filiais, sendo uma localizada na regi30 de DOIS VIZINHOS (PR) e oulra em TANGARA (SC), am bas atuando no mesmo seguimento. Ela produz suplementos alimentares, pre-misturas, nuc!eos, complexos minerais e vitaminicos, concentrados, produtos medicados, aditivos, e ainda raC;Oes para animais. Oferece produtos no mercado de suinos, aves, bovin~s, ovinos, caprin os, mas 90% sao dirigidos a suinocultura. Realiza a analise de materias-primas tanto as de entrada quanto as de saida, junto a Universidade Federal do Parana. A Empresa adota urn rigoroso contrale de quaJidade, para garantir a qualidade do produto acabado. Durante a realiza~o deste estagio acornpanharnos atividades nas areas de: => Nutri9ao, ~ FabricaC;ao de pre-misturas e de nucleos. 2 MATERIAS PRIMAS UTILIZADAS NA EMPRESA Sao utilizadas em torna de 100 materias primas na produc;ao dos diferentes produtos da empresa. Este numero varia em fun'Yao da adi9ao au retirada de materias prim as do processo de prodw;ao. devido a sua na.o disponibilidade no mercado, pre,:(o, desenvolvimento de materias prim as alternativas ou substitutas, entre Qutros. As materias primas utilizadas na Fabrica podem ser divididas em fontes de vitaminas (A. 0, E. K, 81• 82• St. 812 e C, pantotenato de calcio, acido Nicotinico, acido FolieD, biotina e cloreto de colina), macrominerais (calcio, f6sforo, potassio, s6dic, enxofre, magnesia e cloro) , microminerais (ferro, cobre, cabalto, zincD, manganes, iooo, niquel e sel~nio), aminockidos (metionina, taurina, treonina, triptofano e lis ina), coccidiostaticos (produtos utilizados em premixes para aves e suinos e bovinos principalmente nas primeiras lases de cria..ao, impedindo 0 aparecimento de coccidiose nos animais). promotores de crescimento (produtos utilizados para implementar a taxa de crescimento e a produyao dos animais), antioxidantes (produtos colocados nos nucleos e premixes para evitar a oxiday3o de compostos lipossoluveis), acidificanles (produtos utilizados para reduzir 0 pH do trato gastrointestinal de sui nos, aves e bezerros) aromatizantes (produtos com funy8.o de aumentar a palatibilidade do produto final), Produtos lacteos (usados principalmente em pre-misturas e nucleos pre iniciais para suinos) e veiculos (usados para aumentar 0 volume e melhorar a homogeniza93o dos produtos finais). A fabrica tambem utiliza as pre-misturas como materias-primas. Estes sao produtos produzidos pela Fabrica e que retornam iii Hnha de produyao, podendo canter um au mais ingredientes que par entrarem em uma inclusao muito baixa no produto final sao diluidos nestas pre-misturas, facilitando a pesagem e manuseio dos mesmas. PRINCIPAlS MATERIAS PRIMAS UTILIZADAS EM NUCLEOS E PREMIX Abaixo serao descritas algumas informac;Oes tecnicas das materias-primas, tais como minerals (macro e micro), vitaminas, aditivos e aminoacidos respectivamente. mais comumente utilizadas para a realizac;ao das fonnulac;:6es, tendo como exemplo as suinos. 3.1 CALCIO E FOSFORO o calcio e 0 f6sforo sao elementos essenciais, send a que cerea de 99% do calcio e BODA,do f6sforo estao concentrados nos 0550S. 0 dildo tambem participa de func;:6es muito importantes nos tecidos moles do organismo, na coagula~o do sangue e na transmiSs80 nervosa. 0 f6sforo e um elemento essen cia I ao metabolismo, ele participa de transformac;Oes bioqulmicas da energia em todas as celulas do organismo animal. Indica~oes: FormaC;ao do tecido osseo e tern a~o sobre os teeidos museu lares, nervosos, org::Jiosgenitais, eoagulacao sanguinea. Deficiencia: raquitismo, esterilidade funcional, abortos. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Ca Pre I: 0.90% Pre II: 0.80% Pre III: 0.70% Inicial: 0.60''- Crescimento: 0.50% Termina.,ao: 0.45% Gesta.,ao: 0.75% Lacta.,ao: 0.75% P Pre I : 0.08 mg Pre II: 0.05 mg Pre III: 0.05 mg Inicial: 0.05 mg Crescimento: 0.05 mg Termina.,ao: 0.05 mg Gesta,ao: 0.20 mg Lacta.,ao: 0.20 mg 4 3.2 SODIO Esta representado em todos as tecidos e liquid as orgfmicos. Deficiencia: falta de apetite, emagrecimento, atraso no desenvolvimento. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pr" I: 0.25% Pre II: 0.20% Pre III: 0.15% Inicial: 0.10% Crescimento: 0.10% Terminacllo: 0.10% Gestacllo: 0.15% lactagao: 0.20% 3.3 COBAlTO ~ indispensclvel para a utilizac;ao do ferro na sintese da hemoglobina (fungao catalitica). E urn componente da cianocobalamina, au vitamina B12 e as microorganismos do rumen e do ceca sintetizam a vitamina B12 a partir do cabalto. Deficiencia: anorexia, degenera9~o da gardura do figado, anemia, emagrecimento, fraqueza geral. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), nao se recomenda cobalto para suinos. 3.4 COBRE o cobre tem fun gao importante na pigmentacllo do pelo, na formagao dos OSS05, na sintese da mioglobina. etc. AtLJa diretamente no desempenho reprodutivo das va cas de leiie; e essencial para diversas enzimas dependentes de cobre. Indica~6es:Atua na microflora intestinal. Melhora 0 ganho de peso e eficiemcia alimentar. Deficiimcia: anemia nutricional, diarreia, anorexia. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pre I : 6.00 mg Pre II: 6.00 mg Pre III: 5.0 mg Inicial: 4.0 mg Crescimento: 3.50 mg Terminacllo: 3.0 mg Gestacllo: 5.0 mg lactagao: 5.0 mg 3.5 FERRO E encontrado em minimas quantidades no organismo. Entra como composi,ao da molecula de hemoglobina do sangue. Deficiimcia: anemia, reduyao de apatite, diarreia, cresci menta retardado, problemas de reprodu,ao. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pre I: 100 mg Pre II: 100 mg Pre III: 80 mg Inicial: 60 mg Crescimento: 50 9 Termina,ao: 40 9 Gesta930: 80 9 Lacta930: 80 9 3.6 1000 E encontrado na gl~ndula tire6ide e aparelho genital. E importante para reproduc;a.o e desenvolvimento. 0 lodo e urn componente da tiroxina, hormOnia da tire6ide que regula a metabolism a basal em todas as celulas do organismo. Deficiencia: fen6menos nervosos, depauperamento, morte, Kpapeira", b6cia, fraqueza ao nascer, sem pelos ao nascer, problemas de reproduc;ao, incapacidade de resistir ao o;stress". Recomenda90es: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pre I: 0.14 mg Pr" II: 0.14 mg Pr" III: 0.14 mg Inicial: 0.14 mg Crescimento: 0.14 mg Termina,ao: 0.14 mg Gesta~o: 0.14 mg Lacta9ao: 0.14 mg 3.7 MANGAN~S A falta de manganes na alimentac;ao dificulta a atividade sexual e desenvolvimento dos animais. 0 manganes e essencial para 0 metabolismo de carboidratos e lipidios e esta envolvido na fonna~o de cartilagens. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pr" I : 4.00 mg Pr" II: 4.00 mg Pr" III: 3.00 mg Inicial: 2.00 mg Crescimento: 2.00 mg Termina9l!o: 2.00 mg Gesta9l!o: 20 mg Lacta9l!o: 20 mg 3.8 SEL~NIO A funyao do selenio esla ligada a enzima glutationa-peroxidase, urna oxirredutase que evita a forma~o de lipoperoxidos t6xicos. A glutationa-peroxidase protege contra as rea96es indesejaveis como: radicais livres e hidroper6xidos de lipideos (colesterol). 0 sel';nio melhora a performance reprodutiva, diminui a atrofia muscular e estimula 0 sistema irnunol6gico. Deficiencia: A falta causa dislrofia muscular e necrose do figado. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pr" I: 0.30 mg Pre II: 0.30 mg Pr" III: 0.25 mg Inicial: 0.15 mg Crescimento: 0.15 mg Termina9l!o: 0.15 mg Gesta9l!o: 0.15 mg Lacta9l!o: 0.15 mg 3.9 ZINCO o zinea e componente de varias metaloenzimas, anidrase carb6nica, fosfalase alcalina e carboxipeptidase. DeficiEmcia: a falta causa Paraqueatose, inapet~ncia, diminui~o na taxa de crescimento e lenta cicatrizay:io dos ferimentos. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Prel: 100mg Pre II: 100 mg Pre III: 80 mg Inicial: 60 mg Crescimento: 50 mg Terminayao:50 mg Gestayao: 50 mg Lactayao: 50 mg 3.10 VITAMINAA E importante para a formayao, regenerayao e prote~ao de pele e mucosas. Intervem na visa.o, na s[ntese de ester6ldes, na formayao e manuten~o das celulas epiteliais. Ocorre transformayao de caroteno em retinol (vit. A) no intestino. 0 retinol participa no processo da visao sabre a retina do olho. Tern como func;a:o atuar no metabolismo de lipideos e proteinas. Indicat;ao: e importante para a vis~o, desenvolvimento do esqueleto, reproduyao e crescimento. Reposil):ao de tecidos relacionada com a resistencia aos ataques de agentes infecciosos. Deficiimcia: transtomos do crescimento e ossificayao, alterayOes patol6gicas da mucosa e pele, cegueira noturna, transtornos na reproduyao, infecyao nos tecidos. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda..ge: Pre I: 2.200 mg Pre II: 2.200 mg Pre III: 1.750 mg Inicial: 1.300 mg Crescimento: 1.300 mg Terminayao: 1.300 mg Gestayao: 4.000 mg Lactayao: 2.000 mg Toxidade: doses elevadas provocam v6mitos, descamay~o cutAnea e aumento de alguns 6rg;;os (figado, cora~ao, rins). 3.11 VITAMINA D, (CALCIFEROL) Vitamina antirraquitiea. Regula 0 metabolismo do eideio e fosfato, favorecendo a absoryao de calcio e festoro do intestina, regula a eliminay80 renal do calcio e fosfato no esqueleto. E importante durante a gestac;a.o pois com 0 calcio e f6sforo auxilia a formac;ao do esqueleto do feto. A vitamina D pade ser produzida no organismo pela exposi~o da pele aos raias ultravioleta do sol. Esta exposic;a.o converte urn componente esterol, 7-desidrocolesterol em calciferol, que pade entAo ser utilizado pelo organismo. Indica~oes: formayao normal e mineraliza~o dos ossos e dentes, fixaC;8oa nivel intestinal de caleio e fosforo sob a forma de fosfato. Deficiencia: raquitismo, degradac;ao da substancia mineral nos adultos (osteodistrofia), deformac,;:Oes 6sseas e articulares, fraturas, deficiencia na estabilidade da casca do ovo, hipocalcemia. Recomenda~ijes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pre I : 220 U.1. Pre II: 220 U.1. Pre III: 200 U.1. Inicial: 150 U.1. Creseimento: 150 U.1. Terminacao: 150 U.1. Gestaglio: 200 U.1. Lacta,ao: 200 U.1. Toxidade: Niveis elevados podem causar excessiva calcificayao 6ssea (desestabiliza,ao do equilibrio e teor de ealcemia), ealeificaglio de teeidos moles (fig ado, rins, pulm6es, artieulayOes). 3.12 VITAMINA E (ACETATO DE TOCOFEROL) Anti-oxidante no metabolismo, evitando a oxida,ao das gorduras e a forma~o da radicais livres que provocam lesOes nas paredes celulares. Funciona normalmente associada a urn mineral, selenio, elemento constituinte da glutationa peroxidase, uma enzima envolvida nos processos metab6licos de anti-oxida~o.Tem ayao sobre a produyao. Sobre 0 metabolismo da celula (respirayao celular, metabolismo do acid a nucleico), diminui a auto-oxidayao dos acid os graxos insaturados e vitamina A. Indicacoes: Regula a metabolismo de carboidratos e creatina, metabolismo muscular, quantidade de glicogimio, funyao das glandulas germinativas, prepara9aO e proteyao da gestayao, estimula a forma9Ao de anticorpos, atividade antit6xica, regula 0 metabolismo dos hormonios. Deficiencia: distrofia muscular, perda da mioglobina, altera(}oes degenerativas da musculatura cardiaca, aumento da permeabilidade dos vasos sanguineos, encefalomalacia, esterilidade. Recomenda~iies: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pre I: 16 U.L Pre II: 16 U.L Pre III: 11 U.1. Inicial: 11 U.L Crescimento: 11 U.L Tenninacao: 11 U.L Gesta9ao: 44 U.L Lacta,ao: 44 U.L Toxidade: em niveis t6xicos interfere na atividade da vitamina D. 3.13 VITAMINA K (QUINONA) Indispensavel na coagula(}flo do sangue. Participa no metabolismo celular e catalisa no figado a formayao de algumas proteinas importantes para coagulayao, como a protrombina que se converte em trombina. Sintetizada normalmente no intestino. No figado a vitamina K e necessaria como urn tat~r para a conversao da transla(}ao enzimatica de acido glutamico a acido fJ-carboxiglutamico. Esse aminoacido e uma parte importante da estrutura de varias proleinas da coagulayao. As proteinas dependentes de vitamina K tambem pod em desernpenhar urn papel no metabolismo osseo. Indica~oes: coagula(}8.o sanguinea Deficiencia: hemorragia nos tecidos e organismo, aurnento da mortalidade embrionaria. 10 Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pre I : 0.50 mg Pre II: 0.50 mg Pre III: 0.50 mg Inicial: 0.50 mg Crescimento: 0.50 mg Termina9ao: 0.50 mg Gesta,ao: 0.50 mg Lacta,ao: 0.50 mg 3.14 ACIDO NICOTiNICO I NICOTINAMIDA I NIACINA (VIT. B.) Sao componentes de enzimas transportadoras do hidr6geno NAD e NADP. A niacina em sua forma de coenzima desempenha urn papel essen cia I na glic6lise, oxidat;a.o de acidos graxos e biossintese. Participam de rear;:Oes metab61icas na forma,ao e degrada,ao de carboidratos. Indicac;oes: Atua como vitamina no metabolismo dos animais. Deficiencia: transtomo no transcurso da glic6lise, acido citrico, cadeia respiratoria e diferentes processos de sintese. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998) recomenda-se: Toxidade: doses elevadas causam dilatar;:ao vascular. Pre I: 20.00 mg Pre II: 15.00 mg Pre III: 12,50 mg Inicial: 10.00 mg Crescimento: 7.00 mg Termina9ao: 7.00 mg Gestayao: 10 mg Lacta,ao: 10 mg II 3.15 ACIDO PANTOTENICO Participa nas rea(fOes do metabolismo dos carboidratos, lipidios e aminoacidos. Produyao e degradaCao das graxas. Esta envolvida com a biossintese de harmonics ester6ides e formar;ao de acetilcolina. A fun~o do acido pantot~nico nos tecidos e predominantemente como parte da estrutura da coenzima A. Indica~6es: importante para 0 metabolismo energetico, relacionado com 0 debito do trabalho e a utiliz8C;aO de energia. Deficiencia: influencia na saude e rendimento do animal. Problemas de pele e mucosas, transtomo no trato gastrintestinal, transtornos hormonais, transtomos no sistema nervoso. Recomenda~oes: Segundo 0 NRC (1998), recomenda-se: Pr" I: 12.00 mg Pr., II: 10.00 mg Pre III: 9.00 mg Inicial: 8.00 mg Crescimento: 7.00 mg Termina<;llo: 7.00 mg Gesta9Ao: 12 mg Lacta9Ao: 12 mg 3.16 ACIDO F6uco o acid a folieD atua em todos as tecidos sob a forma de varias coenzimas. A funyao metabolica da vitamina e atuar como um doador ou receptor de unidades de carbona em varias reac;:oes envolvidas no metabolismo de nucleotidios e aminoacidos. Atraves dessas reac;oes as coenzirnas do acido f61ico desernpenham um forte papel na divisao celular. Celulas com renovac;ao rapid a como leucocitos, hemacias, tecidos do trato gastrintestinal e utero sa.o os rna is suscetiveis as deficiencias de acido folico. A ativaya.o e realizada na presenc;a de Vrt.C, e apresenta um papel importante na atividade da Vit.B". Indicacoes: e indispensavel para a fonnacao de gl6bulos vennelhos e brancos. Deficiencia: anemia, retardo no crescimento, diarreia, plumagem deficiente nas aves, rna produc;ao de ovos, alopecia nos suinos. 12 Recomenda~oes: Segundo a NRG (1998), reeomenda-se: Pre 1: 12.00 mg Pre 11: 10.00 mg Pre 111: 9.00 mg Inicial: 8.00 mg Greseimenla: 7.00 mg Termina<;aa: 7.00 mg Gesla<;aa: 12 mg Lacta<;ao: 12 mg 3.17 BIOTINA Participa de rea90es melab6licas. Eo parte inlegranle de diferentes enzimas. Atua nas func;oes do metabolismo dos carboidratos, sintese de acid os graxos e transferlmcia de CO2. Influi sabre 0 metabolismo do colesterol e acid os nucleicos, e tambem sabre as glandulas sebaceas na pele. Transporta radicais de G02. Indica~6es: utilizada essencialmente para 0 crescimento. Deficiimcia: diminuic;a.o da capacidade do metabolismo para realizar reac;6es de carboxilaC;Bo, les6es cutAneas, inflamaC;Bo dos pes, fissura dos coxins plantares, diminui~o da fertilidade, queda no
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