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1. (UCP-PR) Baseando-se no trecho abaixo, responda obedecendo ao código.
"Trem de ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?"
(Manuel Bandeira)
 	I-A significação do trecho provém da sugestão sonora.
O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira.
A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo.
a)se I, II e III forem corretas.
b)se I e II forem corretas e III incorreta.
c)se I, II e III forem incorretas.
d)se I for incorreta e II e III corretas.
e)se I e II forem incorretas e apenas III correta.
2-(FESP-PE)
"Quando as casas baixarem de preço,/ Laura Moura, prenda minha,/ Uma delas será sua sem favor./ Lá fora a bulha da cidade/ Disfarçará nosso prazer.../ E a gente, numa rede maranhense,/ Ao som dum jazz bem blue,/ Balancearemos no calor da noite,/ Sonhando com o sertão."
Assinale a afirmativa que não constitui característica do Modernismo e que, assim, não se aplica ao texto acima.
a)Valorização poética de aspectos da realidade tradicionalmente considerados prosaicos.
b)Utilização de versos simétricos, porém brancos.
c)Integração na nossa cultura de manifestações artísticas estrangeiras.
d)Síntese poética da nacionalidade pela integração de diversos aspectos culturais do país.
e)Aproximação dos padrões da linguagem coloquial.
3. (FIUbe-MG) A poesia modernista, sobretudo a da primeira fase (1922-1928):
a)utiliza-se de vocabulário sempre vago e ambíguo que apreenda estados de espírito subjetivos e indefiníveis.
b)faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista.
c)incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores.
d)enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica.
e)confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário.
4. (FCMSCSP)
Movimentos:
Pau-Brasil
Verde-Amarelo
Antropofagia
Objetivos:
1. Resposta ao conservadorismo manifestado pelo movimento da Anta.
2. Revalorização do primitivo, através de uma arte que redescobrisse o Brasil.
3. Proposição de uma estrutura nacionalista.
A associação correta é:
a)I-2; II-3; III-1.
b)I-3; II-2; III-1.
c)I-1; II-2; III-3.
d)I-3; II-1; III-2
5(PUCC-SP) As questões de 85 a 93 referem-se ao texto abaixo:
As questões a seguir referem-se ao texto abaixo: 
E AGORA, JOSÉ? 
A festa acabou, 
a luz apagou, 
o povo sumiu, 
a noite esfriou, 
e agora, José ? 
e agora, você ? 
você que é sem nome, 
que zomba dos outros, 
você que faz versos, 
que ama protesta, 
e agora, José ? 
Está sem mulher, 
está sem discurso, 
está sem carinho, 
já não pode beber, 
já não pode fumar, 
cuspir já não pode, 
a noite esfriou, 
o dia não veio, 
o bonde não veio, 
o riso não veio, 
não veio a utopia 
e tudo acabou 
e tudo fugiu 
e tudo mofou, 
e agora, José ? 
E agora, José ? 
Sua doce palavra, 
seu instante de febre, 
sua gula e jejum, 
sua biblioteca, 
sua lavra de ouro, 
seu terno de vidro, 
sua incoerência, 
seu ódio - e agora ? 
Com a chave na mão 
quer abrir a porta, 
não existe porta; 
quer morrer no mar, 
mas o mar secou; 
quer ir para Minas, 
Minas não há mais. 
José, e agora ? 
Se você gritasse, 
se você gemesse, 
se você tocasse 
a valsa vienense, 
se você dormisse, 
se você cansasse, 
se você morresse… 
Mas você não morre, 
você é duro, José ! 
Sozinho no escuro 
qual bicho-do-mato, 
sem teogonia, 
sem parede nua 
para se encostar, 
sem cavalo preto 
que fuja a galope, 
você marcha, José ! 
José, pra onde ? 
5. José teria, segundo o poeta, possibilidades de alterar seu destino. Essas possibilidades estão sugeridas: 
a) na 5ª e 6ª estrofes 
b) na 1ª, 2ª e 3ª estrofes 
c) na 3ª, 4ª e 6ª estrofes 
d) na 4ª e 5ª estrofes 
e) n.d.a. 
6. Só não é linguagem figurada: 
a) sua incoerência, seu ódio 
b) seu instante de febre 
c) seu terno de vidro 
d) sua lavra do ouro 
e) n.d.a. 
7. Das possibilidades sugeridas pelo poeta para que José mudasse seu destino, a mais extremada está contida no verso: 
a) "se você tocasse a valsa vienense" 
b) " se você morresse" 
c) José, para onde?" 
d) "quer ir pra Minas" 
e) n.d.a. 
8. Para o poeta, José só não é: 
a) alguém realizado e atuante 
b) um solitário 
c)um joão-ninguém frustrado 
d)alguém sem objetivo e desesperançado 
e) n.d.a. 
9. "A noite esfriou" é um verso repetido. Com isso o poeta deseja: 
a) deixar bem claro que José foi abandonado por que fazia frio 
b) traduzir a idéia de que José sentiu frio porque anoiteceu 
c) exprimir que, após o término da festa, a temperatura caíra 
d)intensificar o sentimento de abandono, tornando-o um sofrimento quase físico 
e) n.d.a. 
10. O verso que exprime concisamente que José é "ninguém" é: 
a) "você que faz versos" 
b) "a festa acabou" 
c) "você que é sem nome" 
d) "que zomba dos outros" 
e) n.d.a. 
11. O verso que expressa essencialmente a idéia de um José sem norte é: 
a) "José, para onde?" 
b) "sozinho no escuro" 
c) "mas você não morre" 
d) "e tudo fugiu" 
e) n.d.a. 
12. Assinale a alternartiva falsa a respeito do texto: 
a) José é alguém bem individualizado e a ele o poeta se dirige com afetividade 
b) O ritmo dos versos da quinta estrofe é dançante 
c) "sem alegoria" signific "sem deuses", "sem credo", "sem religião" 
d) os versos são em redondilha menor porque tal ritmo se ajusta perfeitamente à intimidade, singeleza e espontaneidade das idéias. 
e)n.d.a.
13- (Unicamp 2016) 
Pobre alimária
O cavalo e a carroça
Estavam atravancados no trilho
E como o motorneiro se impacientasse
Porque levava os advogados para os escritórios
Desatravancaram o veículo
E o animal disparou
Mas o lesto carroceiro
Trepou na boleia
E castigou o fugitivo atrelado
Com um grandioso chicote
 (Oswald de Andrade, Pau Brasil. São Paulo: Globo, 2003, p.159.)
A imagem e o poema revelam a dinâmica do espaço na cidade de São Paulo na primeira metade do século XX.
Qual alternativa abaixo formula corretamente essa dinâmica?
a) Trata-se da ascensão de um moderno mundo urbano, onde coexistiam harmonicamente diferentes temporalidades, funções urbanas, sistemas técnicos e formas de trabalho, viabilizando-se, desse modo, a coesão entre o espaço da cidade e o tecido social. 
b) Trata-se de um espaço agrário e acomodado, num período em que a urbanização não tinha se estabelecido, mas que abrigava em seu interstício alguns vetores da modernização industrial. 
c) Trata-se de um espaço onde coexistiam distintas temporalidades: uma atrelada ao ritmo lento de um passado agrário e, outra, atrelada ao ritmo acelerado que caracteriza a modernidade urbana. 
d) Trata-se de uma paisagem urbana e uma divisão do trabalho típicas do período colonial, pois a metropolização é um processo desencadeado a partir da segunda metade do século XX.
14. PUC-RJ O movimento artístico-literário que mobilizou parcela significativa da intelectualidade brasileira durante a década de 20 e procurou romper com os padrões europeus da criação tinha como proposta:
I. a tentativa de buscar um conteúdo mais popular para a problemática presente nas diferentes formas de manifestação artística.
II. a tentativa de recuperação das idealizações românticas ligadas à temática do índio brasileiro.
III. a valorização do passado colonial, ressaltada a influência portuguesa sobre a nossa sintaxe.
IV. a tentativa de constituição, no campo das artes, da problemática da nacionalidade, ressaltadas as peculiaridades do povo brasileiro.
V. a desvalorização da problemática regionalista, contida nas lendas e mitos brasileiros.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e V estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e V estiverem corretas
15. ITA-SP
Namacumba do Encantado
Nego véio de santo fez mandinga
No palacete do Botafogo
Sangue de branca virou água
Foram vê estava morta.
Qual das afirmações a seguir, referentes ao texto acima, está incorreta?
a) Ausência de preconceitos contra os chamados elementos “apoéticos.”
b) Enumeração caótica, ou seja, acúmulo de palavras sem ligação evidente entre elas.
c) Infração das normas de pontuação e eliminação de nexos sintáticos.
d) Busca de uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro.
e) Incorporação do cotidiano, do prosaico, do grosseiro, do vulgar.
16. PUC-RS Todas as afirmativas a seguir relacionam-se ao Modernismo na sua primeira fase, exceto:
a) Os movimentos de vanguarda europeus, a brutalidade da Primeira Guerra Mundial, dentre outros fatores, favoreceram a busca por uma estética desvinculada de quaisquer dogmatismos.
b) No Brasil, os movimentos primitivistas foram uma resposta à busca da expressão nacional.
c) A conjunção entre primitivismo do folclore e universo urbano foi uma possibilidade modernista.
d) As inovações de ordem temática e formal permitiram a delimitação clara entre prosa e poesia modernistas.
e) A paródia aos textos e estilos consagrados da literatura brasileira é uma das possibilidades modernistas.
17. Unifran-SP O Modernismo no Brasil revolucionou as normas literárias, perdurando por várias décadas. Assinale a alternativa que apresenta declarações concernentes a esse movimento.
a) Na primeira fase do movimento, surgiram grandes poetas, mas destacasse especialmente o chamado “romance revolucionário” ou “romance modernista”.
b) Oswald de Andrade, escritor e poeta paulista, foi um dos autores mais marcantes da segunda fase. Seu texto foi dos mais inovadores e corrosivos da estética regionalista.
c) A primeira fase do movimento foi marcada pela desintegração da linguagem tradicional devido à busca da expressão regional e à adoção das conquistas de vanguarda.
d) Apesar das inovações, esse movimento prendeu-se à concepção tradicional de literatura, esquecendo a história da atualidade e fixando-se em valores do passado.
e) Esse movimento foi iniciado com a Semana de Arte Moderna em 1922, englobando várias artes: literatura, música, pintura e escultura. O polo principal foi São Paulo, na época já um florescente parque industrial.
18 (UFF-RJ)
Quinze de Novembro
Deodoro todo nos trinques
Bate na porta de Dão Pedro Segundo.
"– Seu imperadô, dê o fora
que nós queremos tomar conta desta bugiganga."
Mande vir os músicos.
O imperador bocejando responde
“Pois não meus filhos não se vexem
me deixem calçar as chinelas
podem entrar à vontade:
só peço que não me bulam nas obras completas de Victor Hugo.”
Murilo Mendes. Poesia completa e prosa.
O poeta Murilo Mendes apresenta um fato histórico construído também por discursos diretos que refletem uma visão crítica e irônica da Proclamação da República. Justifique como os diferentes registros de língua, na caracterização da fala dos personagens, constroem a visão crítica e irônica da Proclamação da República.
Resposta:
O personagem Deodoro se utiliza de uma linguagem descontraída pela reprodução estilizada de uma fala
coloquial inadequada à situação. O Imperador é apresentado com uma linguagem mais contida, no entanto,
sua postura denota um descaso e uma intimidade incompatíveis com o cargo e a situação, provocando o riso
e a crítica pelo inusitado relato do fato histórico.
19-TEXTO I
AMOR! DELÍRIO - ENGANO
Amor! Delírio - Engano... Sobre a terra
Amor também fruí; a vida inteira
Concentrei num só ponto - amá-la, e sempre.
Amei! - dedicação, ternura, extremos
Cismou meu coração, cismou minha alma,
- Minha alma que na taça da ventura
Vida breve d'amor sorveu gostosa.
Eu e ela, ambos nós, na terra ingrata
Oásis, paraíso, éden ou templo
Habitamos uma hora; e logo o tempo
Com a foice roaz quebrou-lhe o encanto,
Doce encanto que o amor nos fabricara.
.................................................................
Gonçalves Dias. "Poesia e prosa completas".
Vocabulário:
Roaz - que consome, destrói; destruidora, devastadora
20- TEXTO II
RECEITA PARA NÃO ENGORDAR SEM
NECESSIDADE DE INGERIR ARROZ INTEGRAL E CHÁ DE JASMIN
Pratique o amor integral
uma vez por dia
desde a aurora matinal
até a hora em que o mocho espia.
Não perca um minuto só
neste regime sensacional.
Pois a vida é um sonho e, se tudo é pó,
que seja pó de amor integral.
Carlos Drummond de Andrade. "Poesia errante".
Vocabulário:
Mocho - abreviação de mocho-carijó (coruja-do-mato)
O poema de Gonçalves Dias é romântico e o de Drummond é modernista. No que se refere ao tratamento do tema amoroso, aponte UMA diferença entre os poemas, que também seja diferença entre os estilos romântico e modernista.
resposta:Romantismo - Gonçalves Dias: apresentação grandiloqüente do tema de amor, a solenidade melódica do verso decassílabo e a pompa verbal.
Modernismo - Carlos D. de Andrade: verso livre, apresentação simples e vocabulário pedestre.
21-TEXTO I 
Versos de amor 
A um poeta erótico Oposto ideal ao meu ideal conservas. Diverso é, pois, o ponto outro de vista Consoante o qual, observo o amor, do egoísta Modo de ver, consoante o qual, o observas. Porque o amor, tal como eu o estou amando, É Espírito, é éter, é substãncia fluida, É assim como o ar que a gente pega e cuida, Cuida, entretanto, não o estar pegando! É a transubstanciação de instintos rudes, Imponderabilíssima, e impalpável, Que anda acima da carne miserável Como anda a garça acima dos açudes! ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento). 
TEXTO II 
Arte de amar Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. 
A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus — ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não. 
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993
Os Textos I e II apresentam diferentes pontos de vista sobre o tema amor. Apesar disso, ambos definem esse sentimento a partir da oposição entre:
A) satisfação e insatisfação.
B) egoísmo e generosidade.
C) felicidade e sofrimento.
D) corpo e espírito.
E) ideal e real.
22-Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo.
Não é. 
A coisa mais fina do mundo é o sentimento. 
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo: 
"Coitado, até essa hora no serviço pesado". 
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor. 
Essa palavra de luxo. 
PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991 
Um dos procedimentos consagrados pelo Modernismo foi a percepção de um lirismo presente nas cenas e fatos do cotidiano. No poema de Adélia Prado, o eu lírico resgata a poesia desses elementos a partir do(a):
A) reflexão irônica sobre a importância atribuída aos estudos por sua mãe.
B) sentimentalismo, oposto à visão pragmática que reconhecia na mãe.
C) olhar comovido sobre seu pai, submetido ao trabalho pesado.
D) reconhecimento do amor num gesto de aparente banalidade.
E) enfoque nas relações afetivas abafadas pela vida conjugal.
Leia este trecho do romance Macunaíma para responder às questões de 1 a 3.
Macunaíma
A inteligência do herói [Macunaíma] estava muito perturbada. As cunhãs rindo tinham ensinado pra ele que o sagui-açu não era saguim não, chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas. Os tamanduás os boitatás as inajás de curuatás de fumo, em vez eram caminhões bondes autobondes anúncios-luminosos relógios faróis rádios motocicletas telefones gorjetas postes chaminés... Eram máquinase tudo na cidade era só máquina!
ANDRADE, Mário de. Macunaíma. 30. ed. Belo Horizonte/ Rio de Janeiro: Villa Rica, 1997.
sagui-açu: (açú = de grande porte) saguiguaçu = macaco da Mata Atlântica.
Mauari: Maguari = ave comum no rio Grande do sul, existente também na Amazônia e nordeste do Brasil.
Cunhãs: mulheres jovens, companheiras dos índios; no contexto são prostitutas.
Cuquiada: cucar, canto do cuco.
esturro: estrondo; vozes de certas feras, rugido, urro.
Cláxon: Kláxon = buzina de carro ou alarme elétrico.
inajá: grande palmeira nativa do Brasil.
Curuatá: gravatá = planta ornamental.
1. Há no trecho uma clara oposição entre dois ambientes distintos. Que ambientes são estes?
2. O trecho transcrito mostra o momento em que o personagem principal acabara de chegar a São Paulo. descreva brevemente as principais características desta cidade que Macunaíma encontra.
3. Quanto à forma, o texto de Mário de Andrade apresenta uma particularidade. Aponte-a e explique porque ela se encaixa no ideário modernista.
 O texto a seguir refere-se às questões de 4 a 6.
A elite
Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta: Um amor.
Grã-fino do despudor,
Esporte, ignorância e sexo,
Burro como uma porta: Um coió.
Mulher gordaça, filó
De ouro por todos os poros,
Burra como uma porta:
Paciência...
Plutocrata sem consciência,
Nada porta, terremoto
Que a porta do pobre arromba:
Uma bomba.
ANDRADE, Mário de. Lira paulistana. In: Poesias completas. Ed. crítica de Diléa Zanotto Manfio. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Editora da Universidade de São Paulo, 1987. p. 380.
Coió: indivíduo ridículo, tolo.
Filó: tule de seda, tecido esvoaçante e vazado, geralmente usado em véus.
Plutocrata: pessoa influente pelo dinheiro que possui.
4. Nesse poema, representantes da elite são caracterizados pelo eu lírico.
► Que pessoas são descritas?
► Transcreva as expressões que permitem identificar esse grupo social.
5. Além da classe a que pertencem, o eu lírico se refere a uma característica comum às pessoas apresentadas nas três primeiras estrofes.
► Qual é ela?
► De que maneira essa caracterização reflete a crítica do eu lírico com relação à elite?
► O eu lírico resume a imagem que faz dos indivíduos apresentados por meio de expressões. Transcreva-as.
► O que essas expressões revelam sobre a avaliação que o eu lírico faz da elite brasileira? Justifique.
6. Releia.
Plutocrata sem consciência
► Por que o eu lírico caracteriza o "plutocrata" com a expressão destacada?
► O eu lírico diferencia esse representante da elite dos demais, descritos nas estrofes anteriores. Transcreva a expressão que demonstra essa diferença.
► Explique em que consiste essa diferença.
► Explique de que maneira essa última estrofe é uma crítica do eu lírico à estrutura social brasileira.
 O texto a seguir refere-se às questões de 7 a 9.
Gare do infinito
Papai estava doente na cama e vinha um carro e um homem e o carro ficava esperando no jardim.
Levaram-me para uma casa velha que fazia doces e nos mudamos para a sala do quintal onde tinha uma figueira na janela.
No desabar do jantar noturno a voz toda preta de mamãe ia me buscar para a reza do Anjo que carregou meu pai.
ANDRADE, Oswald. Memórias sentimentais de João Miramar. São Paulo: Globo, 2004. p. 74. Gare: estação de trem.
7. O trecho transcrito faz parte de um romance em que a personagem João Miramar relata fatos importantes de sua vida.
► Que fato é apresentado no texto?
► "Gare do infinito" é uma expressão metafórica utilizada pelo narrador para se referir ao episódio relatado. Considerando o significado de "gare", de que maneira deve ser compreendido o título do poema?
8. A linguagem utilizada no texto é um dos elementos que constroem a caracterização do narrador-personagem.
► O que ela sugere a respeito do "momento" da vida do narrador em que ocorre o fato relatado? Justifique sua resposta.
► No último parágrafo, para se referir à morte do pai, o narrador utiliza diferentes imagens. Transcreva-as.
9. Os romances de Oswald de Andrade adotaram uma estrutura inovadora, que tem semelhanças com a linguagem cinematográfica. essas semelhanças podem ser observadas no texto acima? Explique essa afirmação.
Respostas dos exercícios sobre Modernismo
1. O da floresta ou o fundo do mato virgem e o ambiente urbano, mais especificamente a cidade de São Paulo.
2. Na descrição das características do novo ambiente, são recorrentes as menções às máquinas (sobretudo o automóvel, apresentado na enumeração de várias marcas e modelos famosos na época) e aos incessantes ruídos da modernidade, como buzinas, campainhas, alarmes. As máquinas são comparadas a grandes animais e os ruídos às "vozes" destes animais.
3. Há no texto uma liberdade formal que permite ao autor menor rigor na apresentação de sua escrita, sobretudo na pontuação. Em trechos como "ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros", Mário não faz uso de vírgulas, procedimento inadequado de acordo com a norma culta da língua, mas lícito de acordo com a proposição principal do Modernismo de liberdade e rompimento do formalismo na escrita.
4. ► As pessoas caracterizadas são: a moça pertencente à família tradicional, a senhora rica, o grã-fino e o plutocrata.
► Possibilidades: "bem tratada"; "três séculos de família"; "grã-fino"; "filó de ouro por todos os poros"; "plutocrata".
5. ► O eu lírico afirma que todos são "burros como uma porta".
► O eu lírico critica aquilo que considera a característica negativa da elite: a sua ignorância. Dessa forma, deixa evidente qual é a avaliação depreciativa que faz dessa classe social.
► "Um amor"; "um coió"; "paciência".
► Essas expressões revelam o olhar irônico do eu lírico em relação a esses representantes da elite. A avaliação pejorativa da "burrice" da moça é reforçada pela expressão utilizada pelo eu lírico; a do grã-fino, caracterizado também como fútil, transforma-o em um tolo; a da "mulher gordaça" é apresentada como algo que deve ser suportado. Dessa forma, o eu lírico satiriza essa classe social naquilo que lhe é característico e que poderia ser visto como positivo: a sua riqueza.
6. ► Porque ele atribui ao plutocrata a exploração das classes mais baixas (simbolizadas pela referência ao "pobre"). O eu lírico sugere que a posição social está associada à falta de consciência, que garante a manutenção do poder por meio da exploração da miséria.
► "nada porta".
► Ao contrário dos demais, apresentados como burros ou fúteis, o plutocrata é caracterizado pela sua esperteza, pela inteligência: ele não é "burro como uma porta". Sua inteligência está em manter seu poder e sua riqueza por meio da exploração dos pobres.
► Ao caracterizar o plutocrata como um "terremoto" e uma "bomba", o eu lírico critica a desigualdade social existente no Brasil. Para que a elite continue a acumular riquezas, é necessário garantir a miséria das classes baixas por meio de sua exploração. O efeito social é desastroso: o plutocrata atua sobre o pobre como uma "bomba".
7. ► A morte do pai de João Miramar, depois de uma doença.
► O título faz uma alusão metafórica à morte do pai do protagonista por meio da expressão utilizada, pois associa esse acontecimento a uma partida definitiva do pai doente para uma estação do infinito.
8. ► A linguagem utilizada no texto apresenta uma estrutura e uma organização das frases próprias da fala de uma criança, o que indica que o narrador relata um episódio ocorrido na sua infância a partir de uma ótica e de uma linguagem próprias dessa fase. Observando a linguagem, percebemos que há repetição da conjunção e no primeiro parágrafo; que as informações apresentadas no segundo parágrafo são "truncadas" e revelam uma percepção de mundo característica de uma criança. Além disso, o uso das expressões "papai" e "mamãe", pelo narrador, contribui para marcar essa visão de mundo infantil.
► As imagens são as seguintes: "voz toda preta de mamãe";"Anjo que carregou meu pai."
9 Sim. O texto constitui um capítulo curto do romance em que o narrador-protagonista narra suas memórias. A situação apresentada dessa forma sintética e metafórica dá à narrativa características da linguagem cinematográfica, como se representasse uma sequência de cenas encadeadas que compõem um mosaico em que a realidade é flagrada em rápidos flashes. Percebe-se, no texto, a característica mais marcante da escrita oswaldiana: a capacidade de construção de um máximo de imagens num mínimo espaço verbal.
Texto para as questões de 1 a 05.
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim,que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Femandes
que não tinha entrado na história.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973. p. 69.)
1) Aponte todas as orações subordinadas adjetivas existentes no texto.
2) Aponte o termo a que essas orações adjetivas se referem.
3) Aponte e classifique morfologicamente a palavra que introduz as orações adjetivas.
4) Dê a função sintática dos seguintes termos que aparecem no poema:
a) Teresa (primeiro verso)
b) para os Estados Unidos (quarto verso)
c) com J. Pinto Fernandes (sexto verso)
5) Qual é a circunstância expressa pelo adjunto adverbial de desastre na frase “Raimundo morreu
de desastre”?
7- “Que amava Raimundo”; “que amava
Maria”; “que amava Joaquim”; “que amava
Lili”; “que não amava ninguém”; “que não
tinha entrado na história”.
8- Teresa, Raimundo, Maria, Joaquim, Lili, J.
Pinto Fernandes.
9- Todas são introduzidas pelo pronome relativo
que.
10-
a) Objeto direto
b) Adjunto adverbial de lugar
c) Objeto indireto
11- Causa
Leia:
“O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. É a fonte de toda arte e ciência verdadeiras. Aquele que for alheio a esta emoção, aquele que não se detenha a admirar as coisas, sentindo-se cheio de surpresas, é como se estivesse morto: seu espírito e seus olhos são fechados.” (A. Einstein)
Considerando as orações adjetivas, na frase acima há 
A -três restritivas.
B -uma explicativa e uma restritiva.
C -duas restritivas e uma explicativa.
D= uma restritiva e duas explicativas.

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