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SLIDE DIREITO CIVIL IV IVANESIO

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“Alguém que, numa necessidade, não consegue 
jogar fora um tesouro, está acorrentado”jogar fora um tesouro, está acorrentado”
J. R. R. TOLKIEN
Recapitulando
• Características da posse usucapível:• Características da posse usucapível:
▫ Posse com intenção de dono (animus domini)
▫ Posse mansa e pacífica
▫ Posse contínua e duradoura (em regra)
▫ Posse justa
▫ Posse de boa-fé e com justo título (em regra)
Recapitulando
• Usucapião ordinária
▫ Usucapião ordinária regular
▫ Usucapião ordinária por posse-trabalho
• Usucapião extraordinária• Usucapião extraordinária
▫ Usucapião extraordinária regular
▫ Usucapião extraordinária por posse-trabalho
• Usucapião especial rural
• Usucapião especial urbana
▫ Usucapião especial urbana regular
▫ Usucapião especial urbana por abandono do lar
• Usucapião especial urbana coletiva
• Usucapião especial indígena
• Usucapião imobiliária administrativa
• Usucapião de bens públicos
Direito Civil IV – Direito das CoisasDireito Civil IV – Direito das Coisas
Formas derivadas de aquisição da 
propriedade imóvel
Formas derivadas de aquisição da 
propriedade imóvel
203
• Há intermediação entre pessoas e não contato 
direto entre a pessoa e a coisa:
▫ Registro do título
▫ Sucessão hereditária
Registro do título
“Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a 
escritura pública é essencial à validade dos 
negócios jurídicos que visem à constituição, 
204
negócios jurídicos que visem à constituição, 
transferência, modificação ou renúncia de 
direitos reais sobre imóveis de valor superior a 
trinta vezes o maior salário mínimo vigente no 
País”
• Escritura é lavrada em tabelionato de notas
Registro do título
“Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a 
205
“Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a 
propriedade mediante o registro do título 
translativo no Registro de Imóveis”
• Escritura é registrada no cartório de registro de 
imóveis
Registro do título
“Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento 
em que se apresentar o título ao oficial do 
206
em que se apresentar o título ao oficial do 
registro, e este o prenotar no protocolo”
• Princípio da prioridade: aquele que primeiro 
registrar o título aquisitivo terá a titularidade de 
domínio do imóvel
Registro do título
“Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a 
207
“Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a 
verdade, poderá o interessado reclamar que se 
retifique ou anule”
• Ação de retificação ou anulação perante a Vara 
de Registros Públicos
Registro do título
“Art. 1.247. (...) Parágrafo único. Cancelado o 
registro, poderá o proprietário reivindicar o 
208
registro, poderá o proprietário reivindicar o 
imóvel, independentemente da boa-fé ou do título 
do terceiro adquirente”
• “Independente da boa-fé ou do título do 
terceiro”: registro traz presunção de domínio
Registro do título
• Efeitos ou características decorrentes do 
registro:
209
registro:
▫ Publicidade do ato
▫ Legalidade
▫ Força probante
▫ Continuidade
▫ Obrigatoriedade
▫ Mutabilidade ou retificação
Sucessão hereditária
“Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança 
transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e 
210
transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e 
testamentários”
• “Droit de saisine”: com a morte, a herança se 
transmite imediatamente aos sucessores
• Partilha deve ser registrada, mas propriedade se 
transmite com a morte do de cujus
Direito Civil IV – Direito das CoisasDireito Civil IV – Direito das Coisas
Formas de aquisição da 
propriedade móvel
Aquisição da propriedade móvel
Originárias Ocupação
Achado do Tesouro
212
Formas
Usucapião
Derivadas
Especificação
Confusão
Comistão
Adjunção
Tradição
Sucessão
Ocupação
“Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem 
213
“Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem 
dono para logo lhe adquire a propriedade, não 
sendo essa ocupação defesa por lei”
• Aquisição de res nullius ou res derelicta
Achado do tesouro
“Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, 
oculto e de cujo dono não haja memória, será 
214
oculto e de cujo dono não haja memória, será 
dividido por igual entre o proprietário do prédio e 
o que achar o tesouro casualmente”
• Regras mantêm relação com a vedação do 
enriquecimento sem causa
Achado do tesouro
“Art. 1.264. (...) será dividido por igual entre o 
proprietário do prédio e o que achar o tesouro 
215
proprietário do prédio e o que achar o tesouro 
casualmente”
• 1ª Regra: 
▫ Quem encontra um tesouro, de boa-fé, na 
propriedade alheia, divide por igual com o 
proprietário
Achado do tesouro
“Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao 
proprietário do prédio, se for achado por ele, ou 
em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não 
216
em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não 
autorizado”
• 2ª Regra: 
▫ Proprietário fica com todo o tesouro se encontrado 
(i) por ele sozinho, (ii) por outros sob suas ordens 
(iii) por terceiro não autorizado
Achado do tesouro
“Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o 
tesouro será dividido por igual entre o 
descobridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro 
217
descobridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro 
quando ele mesmo seja o descobridor”
• “terreno aforado” = enfiteuse
• 3ª Regra: 
▫ Quem encontra um tesouro, de boa-fé, em terreno 
aforado, divide por igual com o enfiteuta
Achado do tesouro
218
• Regras são aplicáveis para os casos em que o 
tesouro é encontrado em propriedade privada
▫ Se for encontrado em terreno público, é do Estado
Achado do tesouro
Lei nº 3.924/61, “Art. 17. A posse e a salvaguarda dos bens de natureza arqueológica ou 
pré-histórica constituem, em princípio, direito imanente ao Estado.
Art. 18. A descoberta fortuita de quaisquer elementos de interêsse arqueológico ou pré-
histórico, histórico, artístico ou numismático, deverá ser imediatamente comunicada à 
219
histórico, histórico, artístico ou numismático, deverá ser imediatamente comunicada à 
Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou aos órgãos oficiais 
autorizados, pelo autor do achado ou pelo proprietário do local onde tiver ocorrido.
Parágrafo único. O proprietário ou ocupante do imóvel onde se tiver verificado o 
achado, é responsável pela conservação provisória da coisa descoberta, até 
pronunciamento e deliberação da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional.
Art. 19. A infringência da obrigação imposta no artigo anterior implicará na apreensão 
sumária do achado, sem prejuízo da responsabilidade do inventor pelos danos que vier 
a causar ao Patrimônio Nacional, em decorrência da omissão”
Descoberta
“Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia 
perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo 
220
perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo 
possuidor”
• Instituto não gera aquisição originária de 
propriedade móvel
• Relação com instituto do enriquecimento sem 
causa
Descoberta
“Art. 1.233. (...) Parágrafo único. Não o 
221
“Art. 1.233. (...) Parágrafo único. Não o 
conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, 
se não o encontrar, entregará a coisa achada à 
autoridade competente”
• Autoridade competente: policial ou judicial
Descoberta
CPC/15, “Art. 746. Recebendo do descobridor coisa alheia perdida, o 
juiz mandará lavrar o respectivo auto, do qual constará a descrição 
do bem e as declarações do descobridor.
§ 1º Recebida a coisa por autoridade policial, esta a remeterá em 
222
§ 1º Recebida a coisa por autoridade policial, esta a remeterá em 
seguida ao juízo competente.
§ 2ºDepositada a coisa, o juiz mandará publicar edital na rede 
mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado 
e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça ou, não 
havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, para que o 
dono ou o legítimo possuidor a reclame, salvo se se tratar de coisa de 
pequeno valor e não for possível a publicação no sítio do tribunal, 
caso em que o edital será apenas afixado no átrio do edifício do fórum.
§ 3º Observar-se-á, quanto ao mais, o disposto em lei”
Descoberta
“Art. 1.236. A autoridade competente dará 
223
“Art. 1.236. A autoridade competente dará 
conhecimento da descoberta através da imprensa 
e outros meios de informação, somente expedindo 
editais se o seu valor os comportar”
• CPC/15 de acordo com o dispositivo
Descoberta
“Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da 
notícia pela imprensa, ou do edital, não se apresentando 
quem comprove a propriedade sobre a coisa, será esta 
224
quem comprove a propriedade sobre a coisa, será esta 
vendida em hasta pública e, deduzidas do preço as 
despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencerá o 
remanescente ao Município em cuja circunscrição se 
deparou o objeto perdido.
Parágrafo único. Sendo de diminuto valor, poderá o 
Município abandonar a coisa em favor de quem a achou”
• “Pequeno valor”: análise caso a caso
Descoberta
“Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do 
artigo antecedente, terá direito a uma recompensa não inferior 
a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas 
que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o 
225
que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o 
dono não preferir abandoná-la.
Parágrafo único. Na determinação do montante da 
recompensa, considerar-se-á o esforço desenvolvido pelo 
descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as 
possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situação 
econômica de ambos”
• Recompensa = “achádego”: ato de achar coisa alheia
Descoberta
“Art. 1.235. O descobridor responde pelos 
226
“Art. 1.235. O descobridor responde pelos 
prejuízos causados ao proprietário ou possuidor 
legítimo, quando tiver procedido com dolo”
• Descobridor não responde por culpa stricto
sensu, pois há presunção relativa de boa-fé
Usucapião de bens móveis
227
• Formas:
▫ Ordinária
▫ Extraordinária
Usucapião ordinária
“Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como 
sua, contínua e incontestadamente durante três 
anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a 
228
anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a 
propriedade”
• Requisitos:
▫ Posse mansa e pacífica com animus domini por 
três anos
▫ Justo título e boa-fé
Usucapião extraordinária
“Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar 
por cinco anos, produzirá usucapião, 
229
por cinco anos, produzirá usucapião, 
independentemente de título ou boa-fé”
• Requisitos:
▫ Posse mansa e pacífica com animus domini por 
cinco anos
Usucapião de bens móveis
“Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas 
móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244”
230
móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244”
• Artigo 1.243: possibilidade de acrescentar o 
tempo de posse dos antecessores
• Artigo 1.244: causas que obstam, suspendem ou 
interrompem prescrição se aplicam à usucapião 
Formas derivadas de aquisição da 
propriedade móvel
• Especificação
231
• Especificação
• Confusão
• Comistão
• Adjunção
• Tradição
• Sucessão
Especificação
“Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-
prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta 
será proprietário, se não se puder restituir à 
232
será proprietário, se não se puder restituir à 
forma anterior”
• Forma derivada pois há relação entre o dono da 
coisa anterior e o especificador
▫ Parte da doutrina entende que a especificação é 
forma originária de aquisição (espécie de acessão)
Especificação
“Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se 
puder reduzir à forma precedente, será do 
233
puder reduzir à forma precedente, será do 
especificador de boa-fé a espécie nova”
• Como no artigo anterior, entende-se que o 
trabalho de especificação é considerado 
principal, do qual a matéria-prima é acessória
Especificação
“Art. 1.270. (...) § 1o Sendo praticável a redução, 
ou quando impraticável, se a espécie nova se 
234
ou quando impraticável, se a espécie nova se 
obteve de má-fé, pertencerá ao dono da matéria-
prima”
• Punição à má-fé implica ou o desfazimento da 
especificação, ou sua apropriação pelo 
proprietário da matéria-prima 
Especificação
“Art. 1.270. (...) § 2o Em qualquer caso, inclusive o 
da pintura em relação à tela, da escultura, 
235
da pintura em relação à tela, da escultura, 
escritura e outro qualquer trabalho gráfico em 
relação à matéria-prima, a espécie nova será do 
especificador, se o seu valor exceder 
consideravelmente o da matéria-prima”
• Análise de valor deve ser feita caso a caso 
Especificação
“Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos 
arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que 
236
arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que 
sofrerem, menos ao especificador de má-fé, no 
caso do § 1º do artigo antecedente, quando 
irredutível a especificação”
• Apenas o especificador de má-fé que não será 
indenizado
Confusão, comistão e adjunção
• Casos em que coisas pertencentes a pessoas 
237
• Casos em que coisas pertencentes a pessoas 
diversas se misturam de tal forma que não se 
consegue separar
• Parte da doutrina entende tratar-se de formas de 
aquisição originária
Confusão, comistão e adjunção
• Confusão
▫ Mistura entre coisas líquidas ou gasosas
▫ “Confusão real” ≠ confusão obrigacional
238
▫ “Confusão real” ≠ confusão obrigacional
• Comistão
▫ Mistura entre coisas sólidas ou secas
• Adjunção
▫ Justaposição ou sobreposição de uma coisa sobre outra
Confusão, comistão e adjunção
“Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos 
donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas
239
donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas
sem o consentimento deles, continuam a 
pertencer-lhes, sendo possível separá-las sem 
deterioração”
• Se possível, retorna-se ao status quo ante
Confusão, comistão e adjunção
“Art. 1.272. (...) § 1º Não sendo possível a 
separação das coisas, ou exigindo dispêndio 
excessivo, subsiste indiviso o todo, cabendo a cada 
240
excessivo, subsiste indiviso o todo, cabendo a cada 
um dos donos quinhão proporcional ao valor da 
coisa com que entrou para a mistura ou 
agregado”
• Proprietários das coisas misturadas se tornam 
coproprietários da coisa resultante
Confusão, comistão e adjunção
“Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção 
se operou de má-fé, à outra parte caberá escolher 
241
se operou de má-fé, à outra parte caberá escolher 
entre adquirir a propriedade do todo, pagando o 
que não for seu, abatida a indenização que lhe for 
devida, ou renunciar ao que lhe pertencer, caso 
em que será indenizado”
• Punição ao proprietário que misturou de má-fé
Confusão, comistão e adjunção
“Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza 
diversa se formar espécie nova, à confusão, 
242
diversa se formar espécie nova, à confusão, 
comissão ou adjunção aplicam-se as normas dos 
arts. 1.272 e 1.273”
• Erro do legislador: trata-se, na verdade, de 
especificação, prevista nos artigos 1.269 a 1.271
Tradição
“Art. 1.267. A propriedade das coisas não se 
transfere pelos negócios jurídicos antes da 
243
transfere pelos negócios jurídicos antes da 
tradição”
• Classificação:▫ Real
▫ Simbólica
▫ Ficta
Tradição
“Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, 
a tradição não aliena a propriedade, exceto se a 
coisa, oferecida ao público, em leilão ou 
244
coisa, oferecida ao público, em leilão ou 
estabelecimento comercial, for transferida em 
circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, 
como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar 
dono”
• Caso de alienação feita por quem não é dono
Tradição
“Art. 1.268. (...) § 1o Se o adquirente estiver de 
boa-fé e o alienante adquirir depois a 
245
boa-fé e o alienante adquirir depois a 
propriedade, considera-se realizada a 
transferência desde o momento em que ocorreu a 
tradição”
• Venda a non domino inicialmente ineficaz ganha 
eficácia ex tunc
Tradição
“Art. 1.268. (...) § 2º Não transfere a propriedade 
246
“Art. 1.268. (...) § 2º Não transfere a propriedade 
a tradição, quando tiver por título um negócio 
jurídico nulo”
• Nulidade absoluta não pode gerar transmissão 
da propriedade (plano da eficácia)
Sucessão
“Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança 
247
“Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança 
transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e 
testamentários”
• Direito sucessório também pode gerar a 
aquisição derivada da propriedade móvel
Direito Civil IV – Direito das CoisasDireito Civil IV – Direito das Coisas
Perda da propriedade imóvel e 
móvel
Introdução
• Formas derivadas de aquisição de propriedade 
249
• Formas derivadas de aquisição de propriedade 
implicam a perda da propriedade
• Existem outras hipóteses de perda previstas no 
Código Civil
Introdução
• Regra geral: propriedade se perde sob a vontade 
do titular ou de seus sucessores em caso de 
250
do titular ou de seus sucessores em caso de 
morte
• Hipóteses de extinção de direito real 
independentemente da vontade do titular são 
exceções no sistema
Perda da propriedade móvel
• PONTES DEMIRANDA:
▫ Destruição ou perecimento da coisa
▫ Derrelição
251
▫ Derrelição
▫ Colocação da coisa fora de comércio, fuga ou 
extravio de animais
▫ Arrojamento pelo mar ou rio
▫ Tradição
▫ Desapropriação
▫ Outro adquirir a propriedade
Perda da propriedade
“Art. 1.275. Além das causas consideradas neste 
Código, perde-se a propriedade:
252
Código, perde-se a propriedade:
I - por alienação;
II - pela renúncia;
III - por abandono;
IV - por perecimento da coisa;
V - por desapropriação”
Alienação
“Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-
se a propriedade:
I - por alienação (...)
253
I - por alienação (...)
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda 
da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título 
transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis”
• Transmissão do direito de propriedade de um patrimônio a 
outro
▫ Imóveis: registro no CRI
▫ Móveis: tradição
Renúncia
“Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, 
perde-se a propriedade: (...)
II - pela renúncia (...)
254
II - pela renúncia (...)
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da 
perda da propriedade imóvel serão subordinados ao 
registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no 
Registro de Imóveis”
• Ato unilateral pelo qual o proprietário declara 
expressamente vontade de abrir mão do direito sobre a 
coisa
Abandono
“Art. 1.275. Além das causas consideradas neste 
255
“Art. 1.275. Além das causas consideradas neste 
Código, perde-se a propriedade: (...)
III - por abandono”
• Res derelicta = proprietário deixa a coisa com a 
intenção de não mais tê-la consigo
Abandono de imóvel
“Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, 
com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e 
que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser 
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à 
256
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à 
propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar 
nas respectivas circunscrições.
§ 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas 
circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e 
passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer 
que ele se localize”
• Prazo no CC/16 era de 10 anos para o imóvel urbano
Abandono de imóvel
“Art. 1.276. (...) § 2o Presumir-se-á de modo 
absoluto a intenção a que se refere este artigo, 
257
absoluto a intenção a que se refere este artigo, 
quando, cessados os atos de posse, deixar o 
proprietário de satisfazer os ônus fiscais”
• Presunção iuris et de iure
• Polêmica na doutrina
Abandono de imóvel
III Jornada de Direito Civil - Enunciado 242: “A 
aplicação do art. 1.276 depende do devido 
258
aplicação do art. 1.276 depende do devido 
processo legal, em que seja assegurado ao 
interessado demonstrar a não-cessação da posse”
• Abandono de imóvel não pode ser 
automaticamente caracterizado
Abandono de imóvel
III Jornada de Direito Civil - Enunciado 243: “A 
presunção de que trata o § 2º do art. 1.276 não 
pode ser interpretada de modo a contrariar a 
259
pode ser interpretada de modo a contrariar a 
norma-princípio do art. 150, inc. IV, da 
Constituição da República”
• Vedação ao confisco
• Abandono deve ser voluntário
Abandono de imóvel
IV Jornada de Direito Civil - Enunciado 316: 
“Eventual ação judicial de abandono de imóvel, 
260
“Eventual ação judicial de abandono de imóvel, 
caso procedente, impede o sucesso de demanda 
petitória”
• Impossível ao proprietário que abandonou o 
bem reaver a coisa por ação reivindicatória
Abandono de móvel
VI Jornada de Direito Civil - Enunciado 565: “Não 
ocorre a perda da propriedade por abandono de 
261
ocorre a perda da propriedade por abandono de 
resíduos sólidos, que são considerados bens 
socioambientais, nos termos da Lei n. 12.305/2012”
• Proprietário não pode abandonar resíduos sólidos, 
devido à responsabilidade socioambiental
Perecimento da coisa
“Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a 
propriedade:
IV - por perecimento da coisa”
262
IV - por perecimento da coisa”
• Perda do objeto
• Código Civil de 1916, “Art. 78. Entende-se que pereceu o objeto do 
direito:
I. Quando perde as qualidades essenciais, ou o valor econômico.
II. Quando se confunde com outro, de modo que se não possa 
distinguir.
III. Quando fica em lugar de onde não pode ser retirado”
Desapropriação
“Art. 1.275. Além das causas consideradas neste 
Código, perde-se a propriedade:
V - por desapropriação”
263
V - por desapropriação”
• Código Civil:
▫ Para fins de necessidade e interesse público
▫ No interesse privado, por posse-trabalho
• Estatuto da Cidade:
▫ Pelo não atendimento da função social da propriedade
▫ Pelo não pagamento do IPTU

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