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Apostila Frango Caipira Afrânio

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Prévia do material em texto

AGÊNCIA GOIANA DE DESENVOLVIMENTO RURAL E FUNDIÁRIO
Jurisdicionada à Secretaria da Agricultura e Abastecimento
CRIAÇÃO DE GALINHA CAIPIRA 
MELHORADA
 Supervisão de Profissionalização
Goiânia, Goiás
2007
EDITOR
Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário
AUTORES: 
	Esmeralda Arcanjo de A. Araújo 
		Médica Veterinária – CRMV-GO 1747 – Mossâmedes – GO
	
	Márcio Mesquita Lobo -	
		 Médico Veterinário - Buriti de Goiás
DIGITAÇÃO: 
	Esmeralda Arcanjo de A .Araújo
		Médica Veterinária – CRMV –GO 1747 - Mossâmedes – GO
	Márcio Mesquita Lobo
		Médico Veterinário - Buriti de Goiás
COLABORAÇÃO:
 AFRANIO MARTINS DA SILVA
 Médico Veterinário – CRMV-GO 1125 – Trindade-GO
 Email : afrânio@agenciarural.go.gov.br 
Diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural
Reprodução e acabamento: Gráfica da AGENCIARURAL
Distribuição: Gerência de Profissionalização
Rua Jornalista Geraldo Vale, 331- Setor Leste Universitário - Caixa Postal 331
CEP 74610-060 - Goiânia – GO.
Telefone: 62-232-1147/1148
Home Page: www.agenciarural.go.gov.br
Email: seprof@agenciarural.go.gov.br
CRIAÇÃO DE GALINHA CAIPIRA MELHORADA
I – Introdução
	Os consumidores vêm dando preferência a produtos naturais e saudáveis e mostram preocupação com os possíveis efeitos da criação industrial. Por esse motivo, o frango de fundo de quintal tradicional está novamente no mercado, com carne de sabor silvestre, com menor teor de gordura, menos colesterol e mais proteína, atendendo um mercado diferenciado, que paga mais por essas características.
A criação de galinhas caipira é bastante representativa no Estado de Goiás, visto que quase a totalidade dos produtores possui pequenas criações em suas propriedades. Porém, apesar de sua alta rusticidade, o rendimento é baixo, devido à precariedade do manejo e baixa qualidade genética das aves.
Para que a criação seja viável, é necessário que se atenda a alguns cuidados. Devemos dar alimentação de boa qualidade, instalações e equipamentos adequados, controle sanitário rigoroso e melhoramento genético das aves. 
Alguns fatores são importantes para iniciar uma criação, como por exemplo, a escolha do local: .Deve ser de fácil acesso
 . Evitar baixadas (umidade)
 . Rede elétrica próxima
 . Água potável com disponibilidade
 . Local arejado e arborizado.
Apresentaremos nesta apostila, sugestões para melhorar o desempenho da criação de fundo de quintal, viabilizando economicamente sua atividade. 
II – Estratégias de melhoramento genético 
Para a formação do plantel temos vários caminhos a seguir. Respeitando a intenção do produtor, tempo que ele quer gastar, vocação, experiência na atividade e o plantel já existente, poderemos escolher entre:
introdução de galos geneticamente superiores;
introdução de galinhas ou frangas melhoradas;
aquisição de pintinhos de granjas idôneas;
aquisição de ovos galados;
aproveitamento dos mestiços selecionados.
Cabe ao produtor escolher entre uma das alternativas ou combiná-las de acordo com seu interesse e disponibilidade econômica. Independente da opção escolhida, na hora de selecionar as aves é bom lembrar que não comemos crista, barbela ou penas. Não adianta ser apenas bonita. Algumas características desejáveis deverão estar presentes como: rusticidade, boa conversão alimentar, empenamento precoce, pele amarela, bom aprumo, sem defeitos físicos, ter dorso reto, coxas grossas e peito aberto, precocidade, baixa disposição para briga e bom índice de cobertura e boa postura. Além disso, se a opção do produtor for utilizar chocadeira, deverá escolher matrizes com baixa incidência de choco. 
É muito importante que o produtor entenda, que não basta cruzar animais com as características desejáveis. Os animais resultantes dos cruzamentos deverão ser selecionados, eliminando os que se encontram abaixo da média. Isso deverá ser feito por várias gerações sucessivas.
Em criações industriais, selecionamos características para corte ou postura. Nos caipiras, o ideal é que tenha uma combinação das duas finalidades, pois em criações caipira aproveitaremos os frangos e venderemos o excedente de ovos que não foram para incubação ou consumo. Além das características já citadas acima, outras deverão ser observadas como: bom ganho de peso, carcaça com boa cobertura de carne, mas não redonda, pele amarela e penas coloridas, boa postura, com ovos de bom tamanho com casca de cor da característica e gema bem amarela.
É bom lembrar, que o consumidor vai dizer o que é caipira ou não. Nosso produto tem que ter cara de caipira ou não conseguiremos coloca-lo no mercado. Este foi um erro comum e que prejudicou muito o desenvolvimento da criação de caipiras melhorados. Foram colocadas, no mercado, aves muito pesadas, com aparência de frango de granja, o que fez com que a aceitação fosse ruim, dificultando o escoamento da produção.
Caso a opção desejada seja a introdução de matrizes ou reprodutores para fazer cruzamento com as aves caipiras já existentes, o ideal é que se introduza o galo caipira e galinhas raças melhoradas. O inverso não é recomendável, visto que a galinha caipira tem choco. Na impossibilidade de se usar chocadeiras, usar machos de raças especializadas em galinhas caipiras. Exemplos de cruzamentos:
 
 X 
RHODE ISLAND RED CAIPIRA GIGANTE
 
 X
 PLYMOUTH ROCK BARRADA GALINHA CAIPIRA
Por serem híbridos, o label rouge e o paraíso pedrês não são indicados para cruzamento com aves caipiras. No entanto, não poderíamos deixar de citar, tendo em vista que têm sido muito utilizados na prática e com resultados satisfatórios.
Diferenças produtivas entre aves caipiras, melhoradas e de granja:
	PARÂMETRO
	CAIPIRA
	CAIPIRA MELHORADO
	GRANJA
	GANHO DE PESO
	1,8 kg
	2,0 kg
	2,3 kg
	IDADE ABATE
	200 dias
	90 – 100 dias
	42 dias
	MORTALIDADE
	1%
	4%
	3%
	CONVERSÃO ALIMENTAR
	-
	2,40
	1,90
	Nº DE OVOS
	80/ano
	260/ano
	310/ano
	PESO DOS OVOS
	50 g
	55 g
	60 g
Pesos comparativos entre frangos caipiras, cruzados e de granja.
	TIPO DE AVE
	IDADE (dias)
	PESOS (gramas)
	PERDAS DO PESO VIVO
	
	
	
Vivo 
	Abatido e depenado
	
Eviscerado
	Abatido e depenado
	
Eviscerado
	CAIPIRA
	100
	1.400
	1.200
	1.150
	10,7%
	17,8%
	CRUZADO
	100
	2.400
	2.100
	1.940
	12,5%
	19,1%
	GRANJA
	42
	1.970
	1.740
	1.600
	11,7%
	18,8%
FONTE: Christian Grandsire
III – Instalações dos Parques e Galpões
As instalações devem ser em local de fácil acesso, plano, seco, protegido de ventos, com área sombreada e próxima a fonte de água limpa, preferencialmente de poço.
III.1 – Parques Recreativos:
Os parques permitirão as aves se exercitarem e pastejarem. Vários capins poderão ser utilizados, como: Quiquio, Cost Cross, Estrela Africana, Tifton, etc. Algumas árvores, de preferência frutíferas, poderão ser utilizadas para sombrearem os piquetes, desde que em pequena quantidade para não atrapalharem as gramíneas.
Deveram ter uma área de 5 a 10 metros quadrados por ave, dependendo da qualidade da pastagem. 
As cercas terão altura de 1,80 m e preferencialmente devem ser feitas com tela de 2 polegadas. Assim como nos galpões, outros materiais existentes na propriedade poderão ser utilizados.
Podem ser colocadas lâmpadas a 1,60 m de altura para que se atraia insetos durante a noite.
III.2 - Galpões:
O galpão deve ser construído nosentido leste –oeste para que não haja incidência direta dos raios solares dentro deste. Os materiais a serem utilizados na construção vão variar de acordo com sua disponibilidade. O ideal é que se aproveite ao máximo, materiais existentes na propriedade, visando diminuir os custos. As instalações devem ser funcionais e confortáveis para as aves. Devem permitir bom manejo e perfeita higienização. Preferencialmente deverão ser de alvenaria, com piso de cimento e telhas de barro. No entanto, outras alternativas poderão ser utilizadas.
Sua área deverá ser definida em função do número de aves a serem criadas. A densidade a ser utilizada é de 8-10 aves/m². A largura mínima é de 3 metros. A largura máxima recomendada é de 12 metros, levando-se em consideração o tamanho das telhas e o comprimento do galpão. A altura do pé direito deve ser de 2,7 a 3,0 metros. O galpão mais alto favorece a circulação de ar diminuindo o calor e a concentração de gases de amônia liberados pelos excrementos (fezes) das aves.
 Alem disso, deverá ter uma mureta lateral de 40 a 60 cm de altura com borda superior inclinada para evitar empuleiramento, cuja função é proteger as aves, bem como sustentar as cortinas e telas.
Deve ser provido de calçadas laterais de 50 cm de largura e com declividade de 3% para fora, um beiral de 1 a 2 m de largura para proteger as aves do sol e principalmente das chuvas. Sua frente e laterais devem ser teladas e recobertas com cortinas.
A distância entre galpões deverá ser de 2 vezes a largura dos mesmos.
	
III.3 - Fábrica de Ração:
Galpão utilizado para armazenar rações prontas ou nutrientes necessários à fabricação de rações. Caso o produtor opte por fabricar sua ração deverá contar com alguns equipamentos indispensáveis para este fim:
triturador com ventoinha e ciclone;
balança;
misturador.
A capacidade de cada um vai variar com a quantidade que se pretende produzir. Mas aqui também vale nossa lei básica: a instalação e os equipamentos devem ser funcionais, mas não luxuosos. Não podemos perder o foco e devemos sempre estabelecer uma relação custo/benefício.
III.4 – Instalação para chocadeiras e criadeiras de pintos:
Instalar em local arejado, fresco, sem corrente excessiva de ar, ao abrigo do sol e seguro para evitar furtos.
 III.5 - Reservatório de água:
Sua capacidade deve ser de 0,5l/ ave/dia.
IV – Equipamentos: 
Os equipamentos a serem utilizados vão variar de acordo com a disponibilidade, tipo e fase da criação. Assim como já citado nos outros itens, o avicultor poderá buscar alternativas mais baratas para sua criação desde que estas sejam funcionais. 
IV.1 – Comedouros: 
 – Tipo bandeja: 
Usado para pintinhos na proporção de 1 comedouro /80 -100 pintos. Serão totalmente substituídos até 12 a 15 dias. A substituição deve ser gradual, aos poucos, para que os pintinhos vão se acostumando.
 – Tipo tubular:
Utilizado para aves acima de 28 dias de idade, na proporção de 1 comedouro /40 - 50 aves. Ir introduzindo gradativamente a partir da 2ª semana de vida. Sua altura deve ser regulada periodicamente em função da altura do dorso da ave.
– Calha:
	 A metragem recomendada é de 10 cm / ave.
IV.2 – Bebedouros:
Copos de pressão:
Usados para pintinhos até 12-15 dias, na proporção de 1 bebedouro /80 - 100 pintos. Possuem geralmente 4 l de capacidade.
Pendular:
Utilizados na proporção de 1 bebedouro / 80 - 100 aves, a partir da 2ª semana de vida até o abate. Regula-se a altura 2 cm acima do dorso das aves a cada 5 dias.
Estimativa de consumo de água de bebida (litros/1000 aves/ dia) por frangos de corte a diferentes idades e temperaturas ambientais (21 a 30 º C) e em acordo com o consmo de ração recomendado para cada idade (AgRoss, 2000).
	 Tipo de Equipamentos (bebedouros)
	
	“Nippie” sem copo
	“Nippie” com copo
	Pendular
	Consumo água vs ração
	1,6 litros/kg de ração
	1,7 litros/kg de ração
	1,8 litros/kg de ração
	Idade das aves (dias)
	a 21 º C
	a 30 º C
	a 21º C
	 a 30 º C
	 a 21º C
	 a 30º C
	7
	53
	93
	56
	98
	59
	103
	14
	98
	173
	104
	183
	110
	193
	21
	152
	267
	162
	285
	171
	300
	28
	211
	371
	224
	394
	238
	418
	35
	253
	445
	269
	473
	284
	499
	42
	290
	510
	308
	542
	326
	573
	49
	312
	549
	332
	584
	351
	617
	56
	318
	559
	338
	594
	358
	630
Fonte: ave world/Dez/05.
Obs.: A ingestão de água bebida aumenta em 6-7% para cada grau centígrado de temperatura ambiental acima de 21º C.
Água – adicionar hidratante ou polivitamínicos na fase incial da criação.
IV.3 – Campânula a gás:
Utilizada nos primeiros dias de vida para controle da temperatura. Sua capacidade vai depender da recomendação do fabricante. Geralmente se usa a para 500 pintinhos. Deve ser colocada inicialmente a 80 cm do solo, regulando-se posteriormente de acordo com o comportamento das aves. É importante lembrar que o botijão de gás deverá ficar do lado de fora do círculo de proteção.
Também encontra-se no mercado campânulas elétricas e a lenha.
IV.4 – Chocadeiras:
Existem no mercado diversos modelos disponíveis. Na hora de adquirir, verificar se tem ventilação forçada, controle de abastecimento de água, a capacidade ideal para o que se pretende e principalmente se a firma é idônea. 
IV.5 – Cortinas:
É utilizada para proteção contra ventos, chuvas e controle de temperatura do galpão. Deve ser instalada do lado de fora do galpão, afixada na mureta e roldana, de forma que para fechar a cortina deve-se levantá-la. Geralmente se usa as de lona encerada. Pode-se improvisar com sacos de farelo, costurados. O problema é a durabilidade que é baixa, mas em compensação o custo é mínimo.
IV.6 – Poleiros:
 Roliços em forma de escada a 30-40 cm do chão e a 40 cm um dos outros. Cada galinha ocupa cerca de 30 cm de poleiro.
IV.7 – Ninhos:
A dimensão recomendada é de 30 x 30 x 30 cm ou 40x40x40 cm para aves muito pesadas, com uma ripa de 10-12 cm na entrada, para segurar a cama. Devem ser colocados a 45 cm do chão, localizados na parte mais escura do galpão, para evitar que a ave permaneça no seu interior quando não esteja botando;
Condições básicas para iniciar a criação:
 .Limpar o galpão antes de introduzir as aves
 .Círculos já estejam montados (pintos)
 .Comedouros e bebedouros já distribuidos
 .Campânulas já pré-aquecidas
 
V – Manejo das aves
Todos os cuidados adotados na criação das galinhas estão dentro do que chamamos manejo. Existem três tipos básicos de manejo: intensivo (utilizado para as chamadas aves de granja), extensivo (aves de fundo de quintal, ou seja, as aves são criadas soltas) e o semi –intensivo (sistema caipira melhorado, em que as aves dormem fechadas em galpões e são soltas em piquetes no final da manhã). A recomendação é que se use para aves caipiras o sistema semi-intensivo, ou pelo menos um que se aproxime deste. As grandes vantagens estão na diminuição das perdas tanto de ovos quanto de aves e na diminuição da idade de abate.
O sistema consiste em soltar as aves com idade acima de 28 dias para o piquete às 10 horas da manhã e prendê-las aproximadamente às 18 horas.	Colocar a ração nos galpões para estimular as aves a dormirem fechadas.
As aves devem ser criadas separadas por idade. Preferencialmente um box por lote. Se não for possível, juntar duas idades com diferença de no máximo uma semana. As matrizes e os galos devem ser criados separados dos pintos e frangos.
V.1-Cria: 
O manejo na fase de cria, que vai do nascimento até os 28 dias de idade, vai variar de acordo com o sistema escolhido. Pode ser feito no piso ou em gaiolas chamadas baterias.
a. Piso 
O manejo no pisoinicia-se antes da chegada dos pintinhos, seja de outra granja ou da eclosão de ovos de postura própria. O galpão deve ser preparado para o recebimento dos pintinhos. A densidade a ser utilizada será de acordo com a capacidade da campânula. As providencias a serem tomadas são:
- Limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos (ver item VIII.1). O galpão será limpo e desinfetado antes de se começar a criação e após cada saída de lote. Deverá permanecer vazio no mínimo 10 dias.
- Preparar cama, geralmente uma camada de maravalha com 5-6 cm de espessura e o círculo de proteção. Este pode ser de maderit, duratex, papelão ou folha de zinco, com altura de mais ou menos 60-70 cm, e 3,5 m de diâmetro. Para isso, pode-se usar 4 folhas de eucatex com 2,75m de comprimento. 
Manejo do círculo de proteção: amplia-se no 4º e no 8º dia aproveitando as paredes do galpão. 
- Colocar comedouros tipo bandeja e bebedouros copo de pressão alternados na zona livre de calor. Lembrar de montar os comedouros tipo tubular e bebedouros pendulares, que ficarão suspensos até a sua utilização.
- Montar e testar campânula a gás, a 80 cm do chão. Ligar 2 h antes da chegada dos pintos. 
- Cobrir a cama com jornal amassado durante os 3 primeiros dias. Fechar as cortinas.
- Se for adquirir os pintinhos de fora, transportar nas horas mais frescas do dia. Ao chegar abrir a caixa e deixar em repouso por 5 minutos. Só depois, retirar da caixa, contar e refugar os indesejáveis de acordo com os seguintes critérios: peso, cicatrização do umbigo, vivacidade, hidratação, plumagem sem cascas aderidas, má formação. Fornecer água com açúcar na proporção de 1 colher das de sopa para cada litro de água. Trocar 2 vezes por dia. 
Depois de 2 horas da chegada a granja, fornecer a ração inicial. Para os pintos nascidos na propriedade não precisa dar água com açúcar e a ração pode ser dada 6-10 horas após o nascimento.
- Observar comportamento dos pintos para regular a campânula. A regulagem será feita de acordo com o movimento e comportamento dos pintos:
Se estiverem amontoados debaixo da campânula, estão com frio. Deve-se abaixar a campânula e/ou fechar um pouco as cortinas.
Se estiverem amontoados junto ao cercado, estão com calor. Deve-se levantar a campânula e/ou abrir as cortinas.
Se estiverem amontoados junto ao cercado de um lado só, estão fugindo de uma corrente de ar.
As cortinas deverão estar fechadas no momento da chegada dos pintinhos e a partir daí o manejo será conforme a temperatura ambiente, umidade, ventos, chuvas, presença de gases, idade e comportamento das aves.b- Bateria
Quando a opção for pela utilização de baterias, a densidade será estabelecida pela capacidade recomendada pelo fabricante. Geralmente usamos uma com capacidade de 60 pintos/andar. A grande vantagem da criação em baterias é a economia de espaço físico. A grande desvantagem é o risco de aparecimento de doenças quando a higiene é mal feita ou na ocasião de soltar para o piso na fase de crescimento. Recomenda -se que quando for soltar para o chão, fazer premunição contra coccidiose, dentro do seguinte esquema: Dar coccidiostático durante 3 dias em doses preventivas antes de soltar o pinto. Depois de 3 dias de solto, dar coccidiostático mais 2 dias só que em doses curativas.
Alguns cuidados com os pintinhos devem ser tomados independente do sistema adotado:
- Higiene:
É importante manter o local de criação dos pintos bastante limpo e seco. A falta de higiene causa doenças, mortalidade e atraso no crescimento.
Lavar os bebedouros todos os dias, fornecendo água limpa e fresca. Desinfetar as instalações a cada entrada de lote. Os equipamentos podem ser desinfetados semanalmente com creolina, lisoformio ou água sanitária.
A renovação da cama só será feita com a saída do lote, ou se estiver muito emplastada. Caso esteja molhada de forma localizada, basta retirar a área umedecida e completar a cama.
- Calor:
Não pode faltar ou exceder. O desequilíbrio no aquecimento provoca estresse, diarréia, doenças respiratórias, atraso no crescimento, etc.
- Alimentação:
Nunca deixar faltar água limpa e fresca. 
Não pode deixar faltar ração. Evitar mudanças bruscas na formulação da mesma. De 6 a 10 horas após o nascimento, já pode entrar com ração inicial. 
CÍRCULO DE PROTEÇÃO 
Tem com função básica proteger os pintinhos de correntes de ar, frio, predadores e ainda delimitar a área mais próxima possível da fonte de aquecimento, comedouros e bebedouros. Pode ser de eucatex, duratex, chapas galvanizadas ou folhas de papelão. A altura é variavel, indo de 30 até 70 cm. Deve ter uma circunferência de 5 a 7 m2, para alojar 500 pintinhos. No inverno recomenda juntar 2 círculos (1000 pintinhos). 
V.2- Recria e engorda
A fase de recria e engorda vai dos 28 dias aos 100 dias de idade. Nessa fase usaremos o sistema semiconfinado, em que as aves passarão parte do dia presas no galpão e parte soltas no piquete. Dormirão no galpão, onde tem comedouros, bebedouros e poleiros e serão soltas pela manhã.
Permanecerão num mesmo galpão até a pega para o abate. A pega e carregamento são serviços que devem ser feitos com muito cuidado para evitar batidas, machucados e amontoamento. 
A cama só é retirada, quando sair o lote, se não emplastar.
V.3 – Manejo da Reprodução
O lote de reprodutores deve ser criado separando-se os machos das fêmeas para controle da reprodução. Serão acasalados antes da maturidade sexual, aproximadamente por volta dos cinco meses de idade, na proporção de 1 galo para 8 a 12 galinhas. Nesta fase, a densidade recomendada é de 8 galinhas por metro quadrado. Não conta o galo. A idade reprodutiva geralmente vai dos 6 aos 24 meses de idade tanto para os galos quanto para as galinhas. Após este período, deve-se descartar as aves, devido a muda das penas e queda na produção. Não é recomendável esperar as galinhas mudarem as penas porque encarece o custo de produção e os ovos do segundo ciclo de produção não servem para serem colocados para chocar.
A ração será fornecida somente à tarde e numa quantidade média de 130g./ave. Não conta o macho. Deve-se fazer o controle do consumo evitando perdas de ração e engorda das aves. Galinhas e galos gordos são piores reprodutores.
Construir um ninho para cada 4 galinhas, com a dimensão recomendada, a 50 cm do chão, com uma ripa de 10-12 cm para proteção da cama. 
 
A cama deverá ser de material seco, limpo e confortável. Preferencialmente, cepilho de madeira (maravalha) ou caroço de algodão. Manter a cama do ninho limpa com uma espessura de 7 a 10 cm, trocando-a periodicamente (15 dias). Se for necessário utilize um inseticida (Kothrine, bolfo, butox pó) para controle dos ectoparasitas (parasitas externos) e um desinfetante (creolina).
Os Ninhos devem possuir algum dispositivo para permitir seu fechamento durante a noite, evitando que aves durmam no mesmo. Deve-se abri-los pela manhã.
Os ovos serão apanhados 4-5 vezes ao dia, fazendo-se a desinfecção a cada colheita e armazenando em local fresco e arejado com a câmara de ar para cima. Os ovos botados no chão devem ser colhidos em separado.
Uma forma simples de se fazer a desinfecção dos ovos é a seguinte:
Colocar em uma bandeja meio litro de formol e meio litro de água. Coloca-la na frente de um ventilador soprando sobre os ovos dentro de uma caixa por meia hora. Feita diariamente a cada coleta. 
O período de incubação é sempre de 21 dias, independente do método de incubação escolhido, natural ou artificial. Na natural, as próprias aves chocam seus ovos e na artificial, utiliza-se chocadeiras. Preferencialmente trabalharemos com a artificial, devido a melhor utilização das galinhas e a dificuldade de sincronização do choco das mesmas, que dificulta a obtenção de lotes homogêneos.
Na incubação natural deveremos colocar em média 12 ovos/galinha. Esse número varia de acordo com o tamanho das aves entre10-14 ovos. É importante selecionar as aves que chocam melhor. Observar sempre o estado dos ninhos e dos ovos. Deixar água e alimentos disponíveis em local próximo.
Na incubação artificial, o importante é seguir o que determina o manual de sua chocadeira. No entanto, vale lembrar alguns cuidados essenciais como: manter a chocadeira sempre limpa e desinfetada, certificar do abastecimento de água no reservatório, fazer a viragem dos ovos, transferir os ovos para a bandeja de nascimento ou eclosão no 19º dia.
 - Desinfecção da chocadeira:
Deve ser feita com uma solução contendo uma parte de formol para nove partes de água. Colocar em uma bandeja plástica no fundo da chocadeira, fechar a porta e deixar por 20 minutos, com as aberturas de ventilação fechadas. Abrir a ventilação e deixar por mais 4 horas.
As condições ideais para incubação são as mesmas, independente de ser natural ou artificial, são elas: temperatura, umidade, ventilação e viragem dos ovos. Na natural, a galinha se responsabiliza pelo trabalho, bastando deixar água por perto. 
	PARÂMETRO
	INCUBAÇÃO
(1º AO 18º DIA)
	ECLOSÃO
19º AO 21º DIA)
	TEMPERATURA
	37 a 38º C
	37ºC
	UMIDADE
	65 a 68%
	68 a 74%
	VENTILAÇÃO
	Contínua
	Contínua
	VIRAGEM DOS OVOS
	No mínimo 5 vezes ao dia
	Não virar
TABELA – TEMPERATURA DE CONFORTO:
idade..........................................................................Temperatura
1 a 7 dias....................................................................32 ºC
8 a 14 dias..................................................................29 ºC
15 a 21 dias................................................................26 ºC
22 a 30 dias................................................................23 ºC.
Selecionar ovos antes de colocar para chocar, escolhendo os limpos, de casca íntegra, lisa e sem deformações, de tamanho médio e uniforme. Só começar a juntar ovos para incubação, após 10 dias de iniciada a criação ou de introduzido galo. Os ovos para incubação deverão ser armazenados em local fresco e ventilado, de preferência embandejados, realizar a viragem dos ovos três vezes ao dia. Não devem ser incubados ovos com mais de 7 dias de armazenamento. 
Nos ovos selecionados deve-se fazer ovoscopia para verificar trincas não vistas a olho nu, ovo com câmara de ar fora do seu lugar ou cheia de bolhas e para verificar se a gema está rodando.
Fatores que interferem no percentual de eclodibilidade e de pintos refugos:
- manejo da chocadeira: ao comprar uma chocadeira deve-se estudar seu manual para entender bem seu funcionamento antes de colocar os ovos para incubar. Essa atitude evita grandes perdas de ovos e que se estrague a chocadeira. O controle da ventilação, viragem, temperatura e umidade não pode falhar.
 
- idade das aves: as aves velhas ou novas demais não são boas reprodutoras.
- higiene: a falta de higiene propicia contaminação por agentes infecciosos que podem matar o embrião.
- armazenamento dos ovos: o armazenamento inadequado em local quente, abafado, com a câmara de ar para baixo e sem viragem diminui as chances de eclosão dos pintinhos e aumenta o aparecimento de defeitos. 
- ambiência: a relação do animal com o ambiente em que vive pode afetar a reprodução positiva ou negativamente dependendo se é ou não adequado à criação.
- proporção entre machos e fêmeas: a proporção entre machos e fêmeas deve ser mantida em torno de um galo para oito galinhas. Muitos machos aumentam a competição entre eles e isso atrapalha a cobertura das galinhas. Pelo contrário, poucos machos acabam fazendo com que algumas galinhas não sejam cobertas. Em ambos os casos, o número de ovos não galados aumenta. 
Uma avaliação rotineira das galinhas será feita visando saber se a ave está ou não em postura, através de um teste chamado Culling. Lembrem-se! Este informa se a ave está em postura ou não. Não determina a freqüência, nem a quantidade.
Os critérios avaliados são:
	AVE EM POSTURA
	AVE FORA DE POSTURA
	
	
	
Crista e barbela bem desenvolvida, vermelha, lisa
	
Crista e barbela pequena, esbranquiçada e rugosa
	Bico e canela despigmentados, esbranquiçados. 
	Bico e canela pigmentados.
	Cloaca larga, úmida e esbranquiçada.
	Cloaca estreita, seca e rosada.
	
	
	
Distância da ponta da quilha a cloaca de 4 dedos.
	
Distancia entre a quilha e a cloaca pequena, por volta de dois dedos. 
	
	
	Ílio e ísquio com espaçamento de 4 dedos.
	Ílio e ísquio com espaçamento de aproximadamente 2 dedos.
VI - Alimentação
Para obtenção de uma melhor produtividade daremos a nossa ave caipira uma ração balanceada associada ao pastejo.
A ração representa em torno de 60-70% do custo de produção, dependendo do preço dos nutrientes. Por isso, sua correta utilização evita perdas e desperdícios. Devemos dar a ave somente o que ela necessita, sem excessos, mantendo os comedouros sempre regulados para evitar o desperdício de ração e estocá-la em local apropriado.
 Em aves caipiras, usaremos 3 tipos de rações:
 Inicial;
crescimento e engorda; 
postura.
A partir do 28º dia, podemos dar uma alimentação alternativa: rami, hortaliças, frutas, capim.
A ração é composta dos seguintes nutrientes:
Proteínas: as fontes são geralmente farelo de soja e algodão;
Energia: principais fontes são milho, sorgo, farelo de arroz, farelo de trigo;
Vitaminas e aminoácidos: DL metionina, premix;
Minerais: calcário de calcítico, fosfato bicálcico, sal;
Aditivos: antibióticos, palatabilizantes, estabilizantes, etc.
Hoje temos três opções no mercado a disposição do produtor:
formulação pronta para uso;
milho mais núcleo;
ração balanceada na propriedade com uso de premix.
O importante é que a ração esteja bem balanceada e atenda as necessidades das aves. Os ingredientes poderão variar de acordo com a disponibilidade e preço dos mesmos. Na escolha da ração o fator determinante será o custo/benefício.
Estima-se que o consumo total de ração por frango caipira melhorado até o abate seja de 6,5 Kg. O consumo de ração por matriz é 130 g/gal/dia no máximo. Dependendo das condições de mercado e desenvolvimento da ave, pode ser necessário fazer restrição de ração para os frangos.
A água é outro fator de extrema importância a ser considerado. Constitui 60-70% do peso corporal de 1 frango. Uma ave bebe de 2 a 3 l de água/Kg de ração consumida ou 4%do seu peso vivo por dia. Deve ser de boa qualidade e estar sempre a disposição das aves.De preferência, deve ser tratada utilizando produtos a base de cloro. Usualmente podemos utilizar 25 ml de água sanitária a 2% em 500 litros de água. 
VI – Proposta de formulação de ração:
 CUSTOS DOS INGREDIENTES POR kg DO PRODUTO
	INGREDIENTES
	SACO
	R$/SACO
	R$/Kg
	FARELO DE SOJA
	50,00
	48,15
	0,96
	FARELO DE TRIGO
	40,00
	14,00
	0,35
	DL-MET
	1,00
	12,41
	12,41
	CALCÁRIO
	1000
	44,50
	0,04
	F. BICÁLCICO
	50,00
	56,50
	1,13
	MILHO
	50,00
	24,12
	0,48
	SAL
	25,00
	6,53
	0,26
	PREMIX
	1,00
	14,00
	14,00
	
	
	PROPOSTA PARA FORMULAÇÃO DE RAÇÃO INICIAL
	
	
	Composição Alimentar/ Custo
	
	
	
	
	ALIMENTO
	R$/Kg
	QUANTIDADE
	CUSTO TOTAL
	
	
	CALCÁRIO
	0,04
	1,156
	0,05
	
	
	DL-MET
	12,41
	0,090
	1,12
	
	
	F. SOJA
	0,96
	25,801
	24,85
	
	
	F. BICÁLCICO
	1,13
	1,776
	2,01
	
	
	F. TRIGO
	0,35
	5,852
	2,05
	
	
	MILHO
	0,48
	64,536
	31,13
	
	
	SAL
	0,26
	0,288
	0,08
	
	
	PREMIX
	14,00
	0,500
	7,00
	
	
	TOTAL
	
	100,0
	68,28
	
	R$ / Kg de ração 
	R$ 0,68
	x 40 Kg (= 1 saco)
	R$ 27,20
	PROPOSTA PARA FORMULAÇÃO DE RAÇÃO CRESCIMENTO E ENGORDA
	
	
	
	Composição Alimentar/Custo
	
	
	
	
	
	
	
	ALIMENTO
	R$/Kg
	QTDE.
	CUSTO TOTAL
	CALCÁRIO
	0,04
	1,1120,05
	DL-MET
	12,41
	0,066
	0,82
	F. SOJA
	0,96
	7,440
	7,16
	F. BICÁLCICO
	1,13
	1,493
	1,69
	F. TRIGO
	0,35
	25,061
	8,77
	MILHO
	0,48
	64,123
	30,93
	SAL
	0,26
	0,301
	0,08
	PREMIX
	14,00
	0,400
	5,60
	TOTAL
	
	100,0
	55,11
	R$ / Kg de ração 
	R$ 0,55
	x 40 Kg (= 1 saco)
	R$ 22,00
	PROPOSTA PARA FORMULAÇÃO DE RAÇÃO POSTURA
	�
	ALIMENTO
	R$/Kg
	QTDE.
	CUSTO TOTAL
	CALCÁRIO
	0,04
	5,771
	0,26
	DL-MET
	12,41
	0,019
	0,24
	F. SOJA
	0,96
	15,738
	15,16
	F. BICÁLCICO
	1,13
	0,949
	1,07
	F. TRIGO
	0,35
	13,964
	4,89
	MILHO
	0,48
	62,841
	30,31
	SAL
	0,26
	0,219
	0,06
	PREMIX
	14,00
	0,500
	7,00
	TOTAL
	
	100,0
	58,98
	R$ / Kg de ração 
	R$ 0,59
	x 40 Kg (= 1 saco)
	R$ 23,60
VII - Pega e carregamento dos frangos para abate
Deixar as aves em jejum 12 horas antes do abate, diminuindo as chances de contaminação das carcaças na hora da evisceração. Colocar água à vontade. 
Cuidados:
- Conduzir as aves com calma;
- fazer cercado pequeno;
- colocar uma ave por vez dentro das caixas, sem jogar;
- não encher demais as caixas;
- cuidado no carregamento. 
VIII –Sanidade
Dentro de sanidade, abordaremos higiene, prevenção e principais doenças.
VIII.1- Higiene:
Devemos limpar os bebedouros todo dia, colocar água fresca e limpa. Evitar umidade ao seu redor.
Os comedouros também devem estar limpos. Não deixar alimento velho e mofado no seu interior.
VAZIO SANITÁRIO:
. Retirar toda a cama antiga
. Varrer o galpão
. Passar lança chama em todo o chão e ao redor do galpão
. Lavar o galpão com água e sabão
. Pulverizar desinfetante (glutaraldeido e amonia quaternária)
. Fazer caiação (8 sacos cal/200 litros d'agua)
. Espalhar a cama nova
. Desinfetar todo o equipamento
. Recolher entulhos ao redor do galpão
. Lavar caixa dágua e encanamentos
. Manter equipamentos em perfeito estado.
Em cada entrada de lote para galpões de cria/engorda ou um ou dois meses para os galpões das matrizes, podemos pulverizar as instalações com um desinfetante (creolina, água sanitária, outros). Cal também pode ser usada (em pó para o chão ou água de cal para paredes). Os desinfetantes mais usados são:
Calda de cal extinta:
- água : 25 litros
- cal: 20 Kg
- creolina: 200 ml
Modo de usar:
caiação das instalações
Cal virgem:
Modo de usar:
usado nos pedilúvios.
Solução de creolina a 10%:
- creolina: 1 litro
- água: 9 litros
Modo de usar:
pulverização das instalações e/ou lavagem de piso, paredes muretas e cortinas.
Solução de formalina a 2%:
- água: 19 litros
- solução de formalina(40%): 1 litro
Modo de usar:
pulverização das instalações. Não utilizar nas cortinas, porque o formol as resseca diminuindo sua vida útil.
No mercado existe uma diversidade de produtos indicados para este fim. Citamos estes por serem encontrados com maior facilidade e por terem baixo custo. 
As aves que morrerem deverão ser enterradas fundo, queimadas ou jogadas em fossa séptica, longe do galinheiro, independente da causa da morte..
 VIII.2- Prevenção de doenças:
Na prevenção de doenças alguns cuidados deverão ser tomados para evitar o aparecimento de enfermidades. Vale aqui aquele velho ditado popular: ”antes prevenir do que remediar”. 
Os primeiros cuidados a serem estabelecidos são dar boa alimentação e manejo adequado as aves, manter higiene, desinfetar instalações e os equipamentos, controlar o aparecimento de ratos, moscas e ectoparasitas.
É de extrema importância estabelecer um calendário de vacinação do plantel e estar sempre atento ao comportamento das aves e ao aparecimento de doenças em sua região. O avicultor tem que estar sempre atento ao aparecimento de sinais indicativos de doença. Citaremos alguns exemplos, mas existem muitos outros:
presença de corrimento nasal e ronqueira;
diarréia(fezes de cor e aspecto diferente do normal);
crescimento desuniforme e baixo desenvolvimento do lote;
aumento do consumo de água e diminuição do consumo de ração;
pele e as mucosas de cor pálida ou esbranquiçada;
febre;
aumento da mortalidade.
Não podemos esquecer de tomar cuidado para não introduzir aves doentes ou ovos contaminados na propriedade e sempre que acontecer deve-se isolar os animais e chamar um médico veterinário. Outra medida preventiva é manter isolamento de outros animais e evitar contato com outras criações.
Se em uma eventualidade ocorrer alguma doença em sua propriedade, algumas medidas de controle deverão ser tomadas principalmente visando que esta se espalhe por todo o plantel. São elas:
- isolamento dos animais doentes dos outros animais do plantel;
- desinfecção das instalações e queima das carcaças dos animais que morreram;
- manejo adequado visando alterações bruscas de temperatura ou qualquer outra mudança que possa estressar as aves, diminuindo sua resistência a doenças;
- vacinação de todo o plantel, caso não estejam vacinados.
A vacinação é o método mais seguro e barato de se evitar doenças. Porém para que se obtenha bons resultados, alguns cuidados devem ser tomados na vacinação:
- a dose deve ser aplicada de acordo com a via de aplicação escolhida e conforme a recomendação da bula;
- geralmente as vacinas devem ser mantidas à temperatura de 2 ºC a 8ºC e não podem receber incidência direta de raios solares;
- o transporte das vacinas deve ser feito em caixas de isopor com gelo. Retirá-las apenas na hora do uso.
- evitar vacinar aves doentes, pois estas não apresentaram boa resposta à vacina;
- não usar água clorada em vacinas orais.
Esquema completo de vacinação sob sistema caipira:
	Doenças
	Idade (Dias)
	Via de aplicação
	Marek
	1 ( no incubatório)
	Subcutânea
	Bouba
	1 ( no incubatório)
	Subcutânea
	Bronquite Infecciosa
	4
	Oral
	Newcastle
	10
	Ocular/Nasal/Oral
	Bouba
	20
	Punctura Da Asa
	Gumboro
	21
	Oral
	Newcastle
	28
	Ocular/Nasal/Oral
	Bronquite Infecciosa
	28
	Oral
	Coriza
	40
	Intramuscular
	Cólera e Tifo
	60
	Intramuscular
	Bouba
	80
	Punctura Da Asa
	Newcastle
	100
	Ocular/Nasal/Oral
	Bronquite Infecciosa
	100
	Oral
	Cólera e Tifo
	100
	Intramuscular
	Newcastle
	160
	Ocular/Nasal/Oral
	Bronquite Infecciosa
	160
	Oral
Esquema simplificado de vacinação sob sistema caipira:
	Doença
	Idade (Dias)
	Via de aplicação
	Local de aplicação
	Dosagem
	Bouba
	Alta incidência: 1, 10,
 28
	
Amostra suave: subcutânea
Amostra forte: tópica
	
Pescoço
asa ou coxa
	
0,2 ml
	
	Baixa incidência: 20
	
Amostra forte: tópica
	asa ou coxa
	
	Newcastle
	10,28
120
	Ocular ou nasal 
Intramuscular (oleosa)
	Olho ou nariz 
Músculo do peito
	1 gota
0,5 ml
	Cólera e Tifo
	80,100
	Intramuscular
	Músculo do peito
	0,5 a 2,0 ml
�
VACINAÇÃO
1º dia...............................................Marek/Bouba
7/10º dia..........................................Newcastle/Gumboro
21/25º dia........................................Newcastle/Gumboro
32/38º dia........................................Bouba forte
Galinha de Postura..........................Bronquite/Coriza Infecciosa.
VIII.3- Principais doenças infecciosas:
 Bouba aviária
É uma doença infecciosa causada por um vírus e que ataca mais as aves jovens. Isso não significa que não possa atacar também as adultas. É caracterizada por produzir nódulos(caroços) nas áreas sem penas da pele como crista, barbela, canela, pés e ao redor do bico e dos olhos, podendo também produzir placas amarelas na garganta, canto do bico, embaixo da língua, esôfago e traquéia.
O vírus geralmente é transmitido pelo contato de uma ave contaminada com outra. A transmissão é acelerada pela presença de mosquitos e moscas.
Algumas aves podem se tornarportadoras e a doença pode ser reativada pelo estresse, como por exemplo, a muda de pena.
O controle é feito pela manutenção da higiene das instalações e controle da presença de insetos, isolamento da criação e das aves doentes. Mas o principal é a vacinação das aves conforme calendário já apresentado. Sempre lembrar de examinar as aves vacinadas mais ou menos uma semana depois da vacinação, para verificar se a vacina “pegou”. Se não tiver inchado e formado uma “feridinha” no local da vacinação, deve-se revacinar a ave, de preferência com outro lote da vacina.
O tratamento é feito com base na desinfecção das feridas e aplicação de antibióticos visando evitar complicações secundárias e no fornecimento de polivitamínicos para melhorar a resistência e resposta das aves à infecção.
Bronquite infecciosa
A bronquite infecciosa é uma doença de origem viral, altamente contagiosa que acomete aves de diferentes idades. A disseminação da doença se dá por contato direto e indireto entre as aves. 
Dificilmente ocorrerá sozinha, estando na maioria dos casos, associada a outras doenças de origem bacteriana que vão agravar o quadro. 
As aves doentes apresentarão corrimento nasal e dificuldade respiratória. Podem apresentar diarréia, desidratação, e lesões renais.
O controle da bronquite infecciosa está relacionado à prevenção através de vacinações, controle do fluxo de pessoas e acesso de veículo na criação. Evitar a introdução de aves doentes no plantel.
Não tem tratamento específico. Em alguns casos há a necessidade de se utilizar antibióticos para controlar as infecções secundárias.
Influenza aviária
É uma doença infecciosa das aves, causada por um vírus. Tem severidade variável podendo ir de uma infecção leve ou assintomática do trato respiratório e intestinal a infecções sistêmicas fatais e com altas taxas de mortalidade. As aves acometidas apresentavam rinite, conjuntivite e nos casos mais graves pneumonia mortal, considerada altamente patogênica para o homem.
O surto em galinhas e perus podem causar grandes perdas de produção e limitar seriamente o acesso industrial aos mercados internacionais.
As possíveis fontes de infecção primária são: aves selvagens, aves domésticas e mamíferos. Os únicos mamíferos reconhecidos como possíveis fontes de infecção para as aves são os suínos e os humanos.
É uma doença de comunicação obrigatória. Todo produtor ou técnico que souber da ocorrência da doença é obrigado a comunicar ao órgão de defesa. Entre as medidas de controle estabelecidas pela Defesa Sanitária Animal estão as seguintes:
- notificação da suspeita do foco;
- assistência ao foco;
- medidas de desinfecção;
- sacrifício sanitário;
- vazio sanitário de 21 dias.
Doença de Newcastle
É uma doença causada por um vírus, que acomete aves de todas as idades. Apresenta grande importância econômica pelos prejuízos que podem causar à avicultura nacional. Um surto de Newcastle fecha as portas para o comercio internacional. Por outro lado, tem grande importância para o criador de aves caipiras devido à queda na produção e mortalidade das aves.
A Newcastle pode se apresentar de três formas que podem aparecer isoladas ou associadas: respiratória, digestiva e nervosa.
A forma respiratória é mais comum nas aves jovens e se manifesta com dificuldade respiratória, espirros e tosse. 
Na forma digestiva ocorre perda de apetite, papo distendido por um conteúdo verde escuro, diarréia verde azulada.
A forma nervosa apresenta tremores, paralisia das asas, patas ou pescoço, levando a um quadro de torcicolo.
A mortalidade em animais jovens pode chegar a 80%. A morte se estabelece em aproximadamente uma semana.
Não há tratamento para a doença. Por se tratar de uma enfermidade de notificação obrigatória, a qualquer suspeita deve-se comunicar a Agencia Goiana de Defesa Agropecuária-AGRODEFESA, para que sejam tomadas as medidas cabíveis, entre elas:
- notificação da suspeita do foco;
- assistência ao foco;
- medidas de desinfecção;
- sacrifício sanitário;
- vazio sanitário de 21 dias;
- vacinação dos plantéis;
- introdução de aves sentinelas, etc.
Em nível de propriedade, o que o avicultor pode fazer para evitar o aparecimento da doença é manter a higiene dos equipamentos e instalações, isolamento da criação e vacinação.
Micoplasmose ou doença crônica respiratória
É uma doença respiratória causada por uma bactéria que ataca principalmente aves jovens ou em pico de postura. Depois que afeta o plantel é de difícil eliminação. Tem tratamento longo e caro, o que o torna inviável. Geralmente ocorre associada a outras doenças.
As aves acometidas apresentam espirros, dificuldade respiratória, ronqueira, baixa eficiência produtiva do lote, aumento de volume das articulações, manqueira, caquexia e morte.
As formas de controle são a higiene, isolamento, comprar pintos de granjas livres e evitar corrente de ar e estresse. A vacinação não é recomendada em galinhas caipiras.
Pulorose
 É uma doença causada por uma bactéria, que acomete qualquer espécie de aves, e que apresenta forma distinta nas aves jovens e adultas. Os pintos desenvolvem uma diarréia branca cujas fezes ficam aderidas as penas da cloaca. Estes casos têm mortalidade elevada. Nas aves adultas ocorre uma queda na postura. 
A transmissão se dá através do ovo, pelo contato entre as aves e com objetos contaminados.
A vacinação não é indicada. O controle deve ser feito através da higiene das instalações e equipamentos, isolamento da criação, eliminação das aves doentes.
As aves quando se curam tornam-se portadoras e continuam eliminando a bactéria contaminando todo o plantel. Por este motivo, quando acontecer a doença o ideal é eliminar todo o plantel, desinfetar todas as instalações e equipamentos, dar um vazio sanitário e depois reiniciar a criação com aves livres da doença. 
Os ovos contaminados, quando consumidos podem provocar um quadro de intoxicação no homem.
Tifo aviário
É uma doença que ataca principalmente aves adultas. Seu agente etiológico é uma bactéria, adquirida pela ingestão de alimento ou água contaminados. 
As aves doentes apresentam cristas e barbelas pálidas, febre e diarréia esverdeada. À necropsia podemos observar que o músculo do peito fica com aparecia de cozido. A morte ocorre em 1 a 2 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas.
O controle se faz através da higiene, isolamento e vacinação.
O tratamento pode ser feito utilizando antibióticos e polivitamínicos.
Cólera aviária
Doença altamente contagiosa, com grande mortalidade, conhecida como a peste das aves. Seu agente causador é uma bactéria. 
A infecção se dá por via respiratória ou digestiva.Uma vez penetrando no organismo, a bactéria lesa principalmente o fígado, os pulmões, o coração, os vasos e serosas, levando à morte por pneumonia, por hemorragias ou por enterite grave. Após os primeiros sinais da doença, a morte pode vir em poucos minutos, algumas horas e às vezes, até 1 a 2 dias. As aves apresentam diarréia verde-amarelada, pus nas articulações, barbela, cavidade peritonial e cianose da crista devido à septicemia. O fígado se apresenta à necropsia com pontos necróticos e aparência de cozido.
Quando a doença se instala o melhor é não tratar, sacrificar todas as aves e iniciar nova criação, após desinfecção e vazio sanitário.
 
 Coccidiose
É uma doença grave e comum, provocada por um protozoário do gênero Eimeria, com alta mortalidade devido às lesões intestinais. Pode afetar aves de qualquer idade, mas as jovens são as mais afetadas.
Os animais doentes apresentam diarréia preta ou com sangue, fraqueza progressiva, anemia e desidratação.
O controle da doença é feito através, principalmente, da higiene e isolamento. Temporariamente pode-se usar na ração, produtos conhecidos por coccidiostáticos, quando não for possível manter o controle da doença de outras formas ou em condições de estresseintenso e higiene deficitária. 
Coriza
Também conhecida como pevide, é uma doença bacteriana, altamente contagiosa, afeta principalmente galinhas. O agente da doença pode ser transmitido por aerosóis, moscas, contato direto entre as aves, água contaminada, etc.
A ave doente apresenta corrimento nasal e ocular, conjuntivite, inchaço da cabeça e barbela.
Botulismo
Caracterizada por um quadro de intoxicação provocada por uma neurotoxina, em que o animal apresenta debilidade, prostração, paralisia e morte.
O principal meio de produção de toxinas botulínicas são os alimentos deteriorados, como forragem, carcaças, camas úmidas, larvas, etc. A toxina é produzida nos tecidos de animais mortos, como conseqüência do crescimento do Clostridium botulinum. As aves que consumirem estas carcaças contaminadas pela toxina adoecerão.
Não existe tratamento. A prevenção é feita através da higiene das instalações e equipamentos, evitar contato das aves com carcaças e principalmente, alimentação de boa qualidade.
 Gumboro
É uma doença viral de galinhas jovens, altamente contagiosa, que ataca o sistema imunológico das aves fazendo com que elas fiquem mais sensíveis às doenças e não respondam bem as vacinações.
As galinhas doentes apresentam prostração intensa, incoordenação, diarréia aquosa com penas cloacais sujas, canibalismo e inflamação da cloaca.
Não tem tratamento. O controle é feito com higiene, isolamento, vacinação.
Marek 
Doença viral que atinge as aves antes que elas alcancem a maturidade sexual. Transmite facilmente de uma ave para a outra.Uma vez infectadas, as galinhas tornam-se portadoras do vírus por longos períodos e atuam como fonte de infecção.
As aves doentes podem apresentar paralisia, andar inseguro, posição de apoio do peito contra o solo com uma perna estirada para frente e outra para trás, tumores na pele, músculos, fígado, baço, rins, coração, pulmão, proventrículo, ovários e testículos. Não tem tratamento. O controle se baseia na higiene, isolamento, vacinação no primeiro dia de vida e criação de aves geneticamente resistentes à doença.�
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOENÇAS INFECCIOSAS
	DOENÇA
	AGENTE
	PRINCIPAIS SINTOMAS
	CONTROLE
	TRATAMENTO
	bouba aviária
	vírus
	Verrugas, placas amarelas na garganta
	controle de moscas, vacinação
	sulfas, antibióticos, polivitamínicos
	bronquite infecciosa
	vírus
	dificuldade respiratória
	vacinação
	não existe
	cólera
	bactéria
	diarréia verde-amarela, fígado com aparência de cozido c/ pontos escuros, pus nas articulações, barbela, cavidade abdominal
	vacinação
	sulfas, antibióticos, polivitamínicos
	coccidiose
	protozoário
	diarréia de sangue ou escura, fraqueza, desidratação
	coccidiostático
	sulfas e polivitamínicos
	coriza
	bactéria
	corrimento nasal e ocular, inflamação de olhos e barbela
	proteger aves do frio
	antibiótico e polivitamínico
	gumboro
	vírus
	aparecimento repentino, hemorragias nos músculos e tecidos subcutâneos
	vacinação
	não existe
	marek
	vírus
	paralisia dos membros, lesões tumorais, peito apoiado no chão, perna p/ frente e outra p/ trás
	vacinação no incubatório
	não existe
	micoplasmose (DCR)
	bactéria
	dificuldade. respiratória, aumento das articulações, baixa eficiência produtiva, caquexia, morte
	comprar pintos de granjas livres, vacinação em granjas de reprodutores positivos
	antibiótico e polivitamínico,
 difícil e prolongado
	new castle
	vírus
	dificuldade respiratória, paralisia, torcicolo, diarréia verde escura
	vacinação
	não existe
	tifo
	bactéria
	diarréia verde amarela, músculo do peito c/ aparência de cozido, alta mortalidade
	vacinação
	sulfas, antibióticos, polivitamínicos
	pulorose
	bactéria
	diarréia branca
	eliminar portadores, vacinação planteis postura e reprodução
	sulfas, antibióticos, polivitamínicos
	outras salmoneloses
	bactéria
	diarréia amarela esverdeada
crista caída e azulada
	eliminar portadores
	sulfas, antibióticos, polivitamínicos
 �
VIII.4- Principais doenças parasitárias
 - Parasitas externos (ectoparasitas):
Ácaros
Carrapatos
Percevejos
Piolhos
- Parasitas internos (endoparasitas):
Ascaris
Capilária
Heterakis
Tênias
Parasitos externos:
Os prejuízos provocados pelos ectoparasitas são:
Propagação de doenças;
Contaminação dos alimentos;
Ataque direto aos animais.
1- Ácaros:
Estes parasitas causam a sarna, que se caracteriza por lesões na pele e nas penas. As aves ficam irritadas, comem mal, ficam debilitadas e podem até morrer, dependendo do grau de infestação.
O combate é feito o uso de acaricidas nas aves e instalações. A higiene das instalações e equipamentos é de suma importância para evitar seu aparecimento.
2- Carrapatos: 
São parasitas que sugam o sangue das aves, levando a um quadro de anemia. Pintos e frangos atacados apresentam asas caídas, cristas e barbelas pálidas.
A prevenção é a mesma da sarna e o combate é feito através de pulverizações com carrapaticida nas aves e nas instalações.
3- Percevejos:
Causam danos semelhantes aos carrapatos e são combatidos da mesma forma. São de difícil percepção porque atacam a ave à noite e se escondem nas instalações durante o dia.
4- Piolhos:
Os piolhos provocam irritação intensa podendo causar a morte de pintos. Parasitam as penas e a pele das aves.
A prevenção se baseia na higiene e o combate é feito com pulverização ou polvilhamento de produtos inseticidas nas aves e instalações. Pode-se adotar o sistema de colocar o inseticida em uma caixinha com areia dentro do galpão, deixando que as próprias aves façam a pulverização. 
5- Moscas:
Sua importância deve-se ao fato de contaminarem a ração com vermes e outros agentes causadores de doenças, devido ao fato de pousarem nas fezes e depois no alimento. Devemos controlar sua infestação utilizando inseticidas aplicados na cama e instalações. É importante tomar cuidado em sua utilização para não aplicar na ração, na água e nem nas aves, devido ao risco de intoxicação.
Parasitas internos
Os parasitas internos concorrem pelos nutrientes com as aves, lesam a parede dos órgãos afetados, dificultam a absorção dos nutrientes devido às lesões provocadas na parede do intestino. Provocam debilidade, anemia, diminuem a resistência das aves às doenças e dependendo da severidade, podem levar a morte.
Apresentam formas semelhantes de controle.Um bom manejo, evitando principalmente superpopulações, aliado a higiene das instalações e equipamentos, garante um controle da infestação. A utilização periódica de vermífugos também se apresenta como boa alternativa. Recomenda-se a utilização de vermífugos a base de mebendazol ou oxibendazol, na dosagem recomendada pelo fabricante. Geralmente, vamos utilizar 60 g mebendazol/100 Kg de ração, durante 5 dias, a partir dos 45 dias de idade. Em criações novas pode-se fazer a vermifugação anualmente, em criações já estabelecidas o ideal é fazer uma a cada 4 meses. 
Vermífugos naturais como sementes de abóbora e de mamão também podem ser utilizados.
Os vermes mais importantes para a avicultura caipira são:
 
Ascaris:
 A espécie Ascaridia galli é a mais comum. É um verme redondo de até 10 cm e que ataca o intestino delgado da ave, podendo levar a obstrução intestinal. 
 
Syngamus traquealis(singamose ou gogo): 
 Ataca a traquéia de aves geralmente entre 6 a 8 semanas de vida. Provoca inquietação, tosse e dificuldade respiratória.
Capilaria:
Este gênero engloba várias espécies de vermes redondos e finos. Podem infestar o esôfago, papo, proventrículo, duodeno, ceco.
Heterakis:
Verme redondo, branco, pequeno(1 cm) que ataca o ceco das aves.
Controla-se com higiene das instalações. O tratamento é feito com vermífugos à base de fenotiazina ( 2 a 3g/Kg de ração).
Tenia:
Conhecidas como solitária, são vermes achatados, em forma de fitas segmentadas e que se hospedam no intestino delgado.Os animais infestados apresentam cansaço, comem pouco e perdem peso.
 
IX – Avaliação econômica da criação
Temos que considerar nossa criação de galinhas caipira como uma atividade econômica. Como tal, ela tem que ser viável, ou seja, tem que nos dar lucro. Para sabermos se estamos tendo lucro ou prejuízo, precisamos saber quanto nos custa cada frango ou cada dúzia de ovos. Para isso apresentaremos exemplos de custos de produção que deverão servir de modelo. Mas lembrem-se, cada um deverá adaptar os custos à sua realidade.
Para estabelecermos os custos teremos que entender primeiro o que são índices zootécnicos. A grosso modo, poderemos defini-los como índices produtivos. Em seguida apresentaremos alguns índices que interferirão em nossos custos de produção: 
	ÍNDICE
	UNIDADE
	VALOR
	POSTURA
	%
	70-80 (75)
	APROVEITAMENTO PARA INCUBAÇÃO
	%
	85-95 (90)
	ECLODIBILIDADE
	%
	70-90 (80)
	PINTOS REFUGOS
	%
	2-8
	SOBREVIVÊNCIA ATÉ 28 DIAS
	%
	95
	SOBREVIVÊNCIA ATÉ ABATE
	%
	92
	CONSUMO MÉDIO RAÇÃO POR FRANGO ABATIDO
	Kg
	6,50
	CONSUMO RAÇÃO POR MATRIZ/DIA 
	Kg
	0,13
	PESO AO ABATE
	Kg
	2,20
Geralmente quanto melhor a eficiência produtiva, melhor a lucratividade. Mas nem sempre os melhores índices representaram melhores resultados econômicos. Nesta hora, entra outra expressão muito usada, que é a relação custo/benefício, ou seja, quanto se gastou comparado com o quanto isso aumentou em termos de produção. Algumas vezes o incremento em termos de produção não paga o investimento feito. Nesta hora é necessário que se avalie o manejo utilizado, buscando “furos” por onde nosso dinheiro está vazando. Por isso, sempre deveremos estar buscando um equilíbrio e tentado reduzir o custo de produção. Como é o mercado que vai ditar o preço do frango ou do ovo, se quisermos aumentar nossos lucros, deveremos diminuir nossos custos, mas sem afetar a saúde das aves, é claro.
	ÍNDICES ZOOTÉCNICOS
	EFICIÊNCIA( % )
	
	BAIXA
	ÓTIMA
	MÉDIA
	ECLODIBILIDADE
APROVEITAMENTO PINTOS
SOBREVIVÊNCIA ATÉ 28 DIAS
CUSTO DO OVO
CUSTO DO PINTO
CUSTO DO FRANGO 
PREÇO DE VENDA DO FRANGO
PRODUÇÃO DE FRANGOS MÊS
LUCRATIVIDADE /MÓDULO / MÊS
	70
92
95
R$ 0,17
R$ 0,43
R$ 4,64
R$ 7,00
220
519,20
	90
98
98
R$ 0,15
R$ 0,31
R$ 4,60
R$ 7,00
311
746,40
	80
95
97
R$ 0,15
R$ 0,35
R$ 4,65
R$ 7,00
265
R$ 622,75
Além dos índices produtivos e do manejo adotado na criação, a comercialização é outro fator que vai interferir nos custos, e talvez seja o que o produtor tenha maior dificuldade de resolver. Saber comprar e vender é uma ciência que o produtor deverá aprender. Não adianta fazer tudo direito e depois vender mal seu produto ou comprar mal os insumos e materiais necessários ao desenvolvimento de qualquer atividade. Temos que valorizar nosso produto e buscar formas de comprarmos mais barato, seja pela venda e compra conjunta com outros produtores, seja por uma pesquisa de mercado minuciosa de preços, aliados a época certa, como acontece com os grãos que tem preço bem mais acessível durante o período de safra.
Para exemplificarmos os cálculos tomaremos como base um módulo mínimo de 30 galinhas e 3 galos, com utilização de uma chocadeira para 360 ovos. Os custos vão variar de acordo com a eficiência do sistema de criação. 
Numa hipótese de eficiência média teremos:
CUSTO DO OVO 
	Valor da ave (galinha)
	R$ 12,00
	/ 12 meses de produção
	R$ 1,00
	Custo com ração p/ 30 dias
	130 g/cabeça /dia
	X 30 dias = 3,9 Kg x R$ 0,59/Kg
	R$ 2,30 
	Mão-de-obra e outros
	Salário R$ 240,00
	/ 1053 cabeças 
	R$ 0,23
	TOTAL DO CUSTO MENSAL POR AVE
	R$ 3,53
	Produção
	75% em 30 dias = 23 ovos/mês = R$ 3,53 / 23 ovos
	R$ 0,15
Custo da dúzia de ovos (R$): 1,80
CUSTO DO PINTO
	Valor da máquina
	/60 meses
	R$ 17,26
	Energia 
	Valor estimado
	R$ 30,00
	Ovos incubados/mês
	Capacidade chocadeira x valor ovo
	R$ 54,00
	TOTAL DO CUSTO MENSAL
	R$ 101,26
	Produção
	101,26/ 288 pintos (80% de nascimento)
	R$ 0,35
CUSTO DO FRANGO
	Pinto
	R$ 0,35 
	Ração
	6,5 Kg x R$ 0,55
	R$ 3,58
	Vacinas e outros
	
	R$ 0,30
	SUBTOTAL
	R$ 4,23
	Perdas e consumo
	10%
	R$ 0,42
	CUSTO TOTAL DO FRANGO
	R$ 4,65
No caso de uma eficiência alta os custos ficarão assim:
CUSTO DO OVO 
	Valor da ave (galinha)
	R$ 12,00
	/ 12 meses de produção
	R$ 1,00
	Custo com ração p/ 30 dias
	130 g/cabeça /dia
	X 30 dias = 3,9 Kg x R$ 0,59/Kg
	R$ 2,30 
	Mão-de-obra e outros
	Salário R$ 240,00
	/ 1053 cabeças 
	R$ 0,23
	TOTAL DO CUSTO MENSAL POR AVE
	R$ 3,53
	Produção
	80% em 30 dias = 24 ovos/mês = R$ 3,53 / 24 ovos
	R$ 0,15
Custo da dúzia de ovos (R$): 1,80
CUSTO DO PINTO
	Valor da máquina
	/60 meses
	R$ 17,26
	Energia 
	Valor estimado
	R$ 30,00
	Ovos incubados/mês
	Capacidade chocadeira x valor ovo
	R$ 54,00
	TOTAL DO CUSTO MENSAL
	R$ 101,26
	Produção
	101,26/ 324 pintos (90% de nascimento)
	R$ 0,31
CUSTO DO FRANGO
	Pinto
	R$ 0,31 
	Ração
	6,5 Kg x R$ 0,55
	R$ 3,58
	Vacinas e outros
	
	R$ 0,30
	SUBTOTAL
	R$ 4,19
	Perdas e consumo
	10%
	R$ 0,41
	CUSTO TOTAL DO FRANGO
	R$ 4,60
Se um manejo adequado não for adotado, teremos uma eficiência baixa e na melhor das hipóteses os custos ficarão assim:
CUSTO DO OVO 
	Valor da ave (galinha)
	R$ 12,00
	/ 12 meses de produção
	R$ 1,00
	Custo com ração p/ 30 dias
	130 g/cabeça /dia
	X 30 dias = 3,9 Kg x R$ 0,59/Kg
	R$ 2,30 
	Mão-de-obra e outros
	Salário R$ 240,00
	/ 1053 cabeças 
	R$ 0,23
	TOTAL DO CUSTO MENSAL POR AVE
	R$ 3,53
	Produção
	70% em 30 dias = 21 ovos/mês = R$ 3,53 / 21 ovos
	R$ 0,17
Custo da dúzia de ovos (R$): 2,04
CUSTO DO PINTO
	Valor da máquina
	/60 meses
	R$ 17,26
	Energia 
	Valor estimado
	R$ 30,00
	Ovos incubados/mês
	Capacidade chocadeira x valor ovo
	R$ 61,20
	TOTAL DO CUSTO MENSAL
	R$ 108,46
	Produção
	108,46/252pintos ( 70% de nascimento)
	R$ 0,43
CUSTO DO FRANGO
	Pinto
	R$ 0,43 
	Ração
	6,5 Kg x R$ 0,55
	R$ 3,58
	Vacinas e outros
	
	R$ 0,30
	SUBTOTAL
	R$ 4,31
	Perdas e consumo
	10%
	R$ 0,43
	CUSTO TOTAL DO FRANGO
	R$ 4,74
X – Noções de abate:
Abordaremos neste item, noções de abate, para que o produtor possa entender melhor como a ave é processada após abatida e também para que possa adotar alguns cuidados necessários em seu abate para consumo próprio, visando a obtenção de um produto melhor. 
O abate comercial, com o objetivo de vender os frangos já processados, só é permitido em abatedouros registrados no serviço de defesa oficial. O abate clandestino é crime.
Para que se possa compreender melhor o abate pode ser dividido em 12 fases, que se iniciam antes mesmo da morte do animal. As etapas são:
01 – Dieta Hídrica
Consiste em 12 horas antes do abate deixar as aves sem ração, dando-lhes apenas água., visando esvaziar o trato digestivo e diminuir o risco de contaminação das carcaças. 
02 – Recepção e sangria
A recepção deve ser feita em área ventilada e sombreada, deixando as aves em repouso por algum tempo.
A sangria aumenta a durabilidade do produto. Deve-se deixar sangrar de cabeça para baixo por 3 minutos, de preferência em funis de sangria.
No meio rural, muitas pessoas gostam de matar torcendo o pescoço. Porém esta forma só pode ser utilizada para consumo próprio e imediato.
03 – Escaldagem
A escalda tem a função de facilitar a remoção das penas, impurezas e sangue. Deve ser feita com temperatura em torno de 70º C. Não deixar a água ferver. Na prática, quando começar a subir as primeiras bolinhas. A água muito quente cozinha a carne e danifica a pele.
04 – Depenagem
Consiste na remoção das penas. Pode ser feita manual ou com utilização de depenadeiras.
05 – Evisceração
Remoção das vísceras.06 – Pré-resfriamento
Tem o objetivo de lavar e resfriar as carcaças. 
07 – Gotejamento
Deixar as carcaças escorrer a água por 3 a 5 minutos. 
 
08 – Embalagem
Em abatedouros comerciais o frango abatido deve ser embalado respeitando estas exigências:
- embalagem de polietileno de baixa densidade, pigmentada, com fundo arredondado.
- Miúdos e sangue devem ser embalados separados em sacos de polietileno liso e colocados dentro do frango.
09 – Resfriamento, armazenamento e expedição.
XI - FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO DE AVES:
Para comercializarmos a produção devemos tomar conhecimento de algumas exigências sanitárias que o Estado adota visando o controle do trânsito de animais. Esse controle é necessário para que se consiga evitar a disseminação de doenças.
Para o transporte de ovos férteis, pintos de um dia, aves de corte e postura, deveremos procurar a Agência Goiana de Defesa Agropecuária – AGRODEFESA – onde será emitida uma guia de trânsito animal, também conhecida por GTA. 
É importante sabermos, que para se emitir uma GTA para trânsito de animais destinados a reprodução, será exigida comprovação de vacinação contra doença de Newcastle.
Frango abatido só pode ser transportado se o abate ocorreu em abatedouros credenciados junto ao órgão oficial de fiscalização.
Perguntas mais frequentes sobre incubação de aves:
1- Quanto tempo os ovos podem ser armazenados até serem colocados na chocadeira? 
Depende da temperatura ambiente. Os ovos podem ficar 1 a 2 dias (em 34ºC), 4 dias (em 30ºC) e até 7 dias ou mais (em 28ºC) antes de serem chocados na chocadeira. 
2- Como guardar os ovos? 
Retire-os todos os dias dos ninhos (os ovos não devem Ter contato com o chão), de preferência guarde-os em cartelas próprias sempre com o bico para baixo. Evite colocá-los em geladeira, pois podem perder umidade, ou lugares muito quente (acima de 34ºC). 
3- A temperatura do ambiente prejudica os ovos? 
Sim, em lugares muito frio (abaixo de 4ºC) os embriões podem morrer e em lugares muito quente acima de 34ºC o embrião começará a desenvolver-se. 
4- Devo botar na chocadeira ovos trincados ou rachados? 
Não. Pois a temperatura dentro da chocadeira fará com que os ovos estoure, sujando e infectando os outros ovos. 
5- Depois de ligada a chocadeira e ajustada a temperatura como colocar os ovos? 
Depois de estabilizada a temperatura da chocadeira vá colocando os ovos deitados em fileira na grelha deixando espaço para que os mesmos possam ser movidos. 
6- Com quantos dias depois posso começar a mexer os ovos? 
Depois de postos na chocadeira mexer cuidadosamente após 3 dias (ou 72 horas), sempre devagar e no mínimo 3 vezes ao dia. 
7- Tem horário rígido para o meximento? 
Não, porém lembre-se que são pelo menos 3 vezes ao dia, preferencialmente uma vez pela manhã, uma vez a tarde e outra à noite. 
8- Como deve ser o meximento ? 
Nunca puxe a ponta da grelha que fica na gaveta em movimentos vai e vem. Você deve apenas puxá-la na primeira mexida, empurrá-la na Segunda e puxá-la novamente na próxima e assim por diante até faltar um dia para a data prevista do nascimento. 
9- Posso abrir a(s) gaveta(s) para verificar os ovos? 
Não recomendamos fazê-lo, pois dependendo das condições ambientais externas (que varia de cidade para cidade) podem haver perdas durante o nascimento. Entretanto aqueles que desejarem arriscar devem fazê-lo à noite, com a chocadeira desligada, após 1/3 do tempo de eclosão da ave (p.ex. galinha » 21x1/3 » 7dias) e com a maior brevidade possível. Os que não estiverem fecundados poderão ainda ser aproveitados em bolos, tortas etc. 
10- Como saber se estão fecundados? 
Os ovos devem ser examinados com o bico para baixo e sob um feixe lateral de luz. Os ovoscópios de luz monocromática (p. ex. a raios laser) são os melhores para visualizar detalhes do embrião, entretanto qualquer bom ovoscópio pode revelar o contraste que caracteriza a fecundação.
11- Retirados os ovos não fecundados posso colocar outros ovos no espaço daqueles retirados? 
Não recomendamos pois geralmente altera as condições de temperatura, umidade e oxigenação naquele momento. 
12- Perto do dia do nascimento o que devo fazer? 
Na véspera do dia da eclosão evite mexer os ovos, pois os pintos já buscam a posição adequada para eles nascerem. Após o nascimento, deixe-os no mínimo duas horas dentro da chocadeira e no máximo 6 horas (eles podem atrapalhar o nascimento dos demais pintos, apesar de terem reserva nutritiva para até 48 horas sem comida). Aqueles que possuirem uma nascedeira, devem utilizá-la para evitar a infecção da chocadeira com as fezes dos pintinhos. 
13- Quanto tempo devo tirar os ovos da chocadeira? 
Espere até dois dias após o período de eclosão estabelecido para a ave para então realizar a limpeza na chocadeira. 
14- Após a retirada dos ovos que não nasceram, posso colocar imediatamente novos ovos na chocadeira? 
Não recomendamos. A chocadeira deve ser limpa com solução anti-séptica e em seguida permanecer de 8 a 12 horas sob ventilação (com as gavetas retiradas e a porta inferior aberta). 
15- Depois de tirados da chocadeira quais os cuidados que devemos ter com os recém nascidos? 
Se você não tem o pinteiro (ou criadeira) poderá improvisar um utilizando uma caixa de papelão ou madeira com piso abrasivo (para evitar o aleijamento das aves). Uma fonte de calor (lâmpada de 40W) e um ou mais bebedouro de passarinho são essenciais para evitar altos índices de mortalidade, bem como ração de crescimento de boa qualidade (rica em proteínas). A água do bebedouro tem que ser trocada diariamente pois a higiene nos primeiros dias é muito importante. 
16- A alimentação das aves-mães influi na taxa de nascimento em chocadeiras? 
Sim. Aves-mães devem ter tratamento diferenciado em termos de ração (rica em proteínas e sais minerais) e suplementos alimentares (vitaminas e aminoácidos) 
17- Como a cosanguinidade pode afetar as aves recém-nascidas? 
Depende da ave. Em codornas o incesto causa nascimento precoce (14 dias) e os pintos não se desenvolvem como seus pais (raquitismo). Em gansos os ovos podem nem sequer nascer. Em galinhas caipiras a cosanguinidade é bem tolerada e seus efeitos podem levar anos para serem percebidos. 
18- Quanto tempo pode faltar energia elétrica sem prejudicar a chocada? 
Durante as primeiras 48 horas no máximo 15 minutos, após esse tempo, é tolerada até quatro horas a partir de então começam as perdas (que depende da ave). 
19- Podemos anotar nos ovos a data que eles estão indo para a chocadeira? 
Sim, mas somente com carvão vegetal ou lápis grafite. Nunca com tinta ou esmaltes, pois o ovo respira pela casca. 
20- Existe uma proporção macho-fêmea ideal para otimizar a fecundação? 
Depende da ave. Em codornas é de um macho para quatro fêmeas (1»4), em galinhas de raça aprox. 1» 5, em gansos é de aprox. 1»3 etc. 
21- Posso chocar aves de diferentes espécies ao mesmo tempo na mesma chocadeira? 
Sim. Desde que haja faixas de temperatura em comum. Por exemplo, em 37,5ºC (99,5ºF) pode-se chocar galinha, angola, codorna e pata. A taxa de nascimento não será máxima para todas as aves porque a temperatura não é a ótima para todas elas e também o período de eclosão por ser diferente altera as condições dentro da chocadeira. 
Dicas 
A estocagem dos ovos não deve ser superior a sete (7) dias. 
A temperatura para estocagem é de 12,7o C, e a umidade de 75%. 
Os ovos estocados devem ser girados no minimo duas vezes por dia. 
Os ovos devem ser estocados com a ponta para baixo. 
O transporte dos ovos deve ser feito com bastante cuidado, evitando que não haja impactos, abafamento ou exposição sol. 
A coleta dos ovos deve ser feita pelo menos duas vezes por dia para evitar que as aves antecipem a incubação. 
O controle sanitário, a idade e a alimentação das matrizes, devem ser rigorosos. Vermifugar o plantel anualmente,usar água limpa e fresca e ração balanceada, são tambémimprescindíveis. 
As regulagens de temperatura e umidade são muito importantes. 
Para chocadeiras que trabalham com cargas múltiplas, recomendamos o uso do nascedouro (eclodidor), para que não haja contaminação dos ovos durante o nascimento. 
Em chocadeiras que não dispõe do giro automático, os ovos deverão ser virados, no mínimo, três vezes ao dia. 
Recomendamos lavar os ovos de ganso, pato e marreco com bombril e água, antes de colocar para chocar 
Evite ficar abrindo a chocadeira. Só abra quando necessário e no máximo três vezes ao dia. 
Havendo dúvida quanto a procedencia dos ovos, recomendamos que se faça uma ovoscopia antes de colocá-los na chocadeira. 
	EQUIPE LOCAL DE TRINDADE
 Afranio Martins da Silva Médico Veterinário
 Helena Maria Silva Porto Auxiliar Administrativa
 João Machado Neto Técnico em Agropecuária
 Maria Luiza Silva Pereira Supervisora Local
 Welinton º Alencar Eng. Agrônomo
 
 
 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Apostila do Curso de Produção de Frangos e Ovos Caipiras –
Christian Grandsire – 1998
Sistema Caipira de Criação de Frango de Corte 
Daniela Beatriz de C. Gomes (et. Al) Brasília: MA/SDR/PNFG, EMATER-
DF, 1998
Manual sobre Criação de Galinha Caipira na Agricultura Familiar: Noções 
Básicas – Natália Inagaki e Albuquerque, Cristóvão Morelli K.A Freitas, 
Henrique Sawaki, Darcísio Quanz – EMBRAPA – Documentos n° 114, 
1998
Manual para Criação de Galinhas – Ícaro Fiechter – EMATER-PR, 1983
Sistema de Produção para Avicultura de Corte – Boletim n° 335 –
EMBRATER/EMBRAPA – 1981
Apostila Principais Enfermidades de Aves – AGENCIARURAL – 2003
Legislação de Defesa Sanitária animal/Programa Estadual de Sanidade 
Avícola.
Contato : Unidade Local de Trindade
 062-35051483
VENDA PROIBIDA
Composição Alimentar/Custo�
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