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DIFERENÇA ENTRE DIREITO OBRIGACIONAL E DIREITO REAL

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DIFERENÇA ENTRE DIREITO OBRIGACIONAL E DIREITO REAL
No direito obrigacional (jus ad rem) há uma relação jurídica de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor, cujo objeto consiste numa prestação pessoal, econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, sendo seu adimplemento garantido pelo patrimônio do devedor. O objeto da prestação pode ser material ou imaterial, e, para ser válida, deve ser possível, determinável ou determinada, lícita e aferível. Os sujeitos da relação podem ser capazes ou incapazes, menores ou maiores, individuais ou coletivos, conhecidos ou não; vale salientar, entretanto, que o pólo passivo – devedor – não pode ser inexistente. 
Há, quanto às fontes do direito obrigacional, duas teorias: a clássica e a moderna. Enquanto a primeira pontua a existência de fontes imediatas (lei) e mediatas (atos jurídicos strictu sensu), a segunda entende como fonte a lei e a vontade, seja por ação ou omissão. Estuda-se, pois, no direito das obrigações, as relações dos homens entre si. 
São direitos reais (ius in re), à luz do art. 1.225 do Código Civil, a propriedade, a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese e a concessão de uso especial para fins de moradia. Aqui, estuda-se a relação dos homens com as coisas, sempre movido por interesse econômico. Carlos Alberto Gonçalves, a fim de expor melhor a matéria, cita, em seu livro Direito Civil Brasileiro, as palavras de Lafayette, segundo o qual:
O direito real é o que afeta a coisa direta e imediatamente, sob todos ou sob certos respeitos (sob todos os respeitos, se é o domínio; sob certos respeitos, se é um direito real desmembrado do domínio, como a servidão), e a segue em poder de quem quer que a detenha. (GONÇALVES, Carlos Alberto apud LAFAYETTE, 2012, p. 10)
O mesmo autor pontua a existência de uma teoria unitária realista, cujo objetivo é unificar os direitos reais e obrigacionais a partir do critério do patrimônio, considerando que ambos pertencem à realidade ampla do direito patrimonial. A unificação, conquanto, é dificultada pela heterogeneidade de princípios norteadores, sendo a doutrina dualista, para qual os direitos supracitados possuem qualidades próprias, mais adequada à realidade.
Os direitos obrigacionais diferem-se dos reais quanto ao objeto, ao sujeito, à duração, à formação, e ao exercício. São diferentes no objeto porque os direitos obrigacionais exigem o cumprimento de uma prestação, ao passo que os direitos reais incidem sobre uma coisa; no sujeito, porque ius in re permite a inexistência do pólo ativo. A duração dos direitos obrigacionais é transitória, extinguindo-se ora pelo adimplemento da obrigação, ora por ação judicial, e podem resultar da vontade das partes. Os direitos reais, por outro lado, têm sua formação positivada e são perpétuos, salvo os casos previstos em lei. Por fim, quanto ao exercício, o jus ad rem exige a figura intermediária do devedor, enquanto os direitos reais são exercidos diretamente sobre a coisa.
Segundo Fabio Ulhoa, é possível, ainda distinguir os direitos obrigacionais dos reais a partir da natureza relativa dos primeiros e absoluta dos últimos. Em suas palavras:
Como direito relativo, o obrigacional só é oponível ao outro sujeito da relação jurídica; já o direito real, por ser absoluto, como os direitos da personalidade, é oponível a qualquer um, mesmo que o titular não tenha com ele relação jurídica anterior. Os direitos reais são, em suma, oponíveis erga omnes. (COELHO, 2012, p. 32)
CONCLUSÃO CRÍTICA
	Se percebe que o direito obrigacional e o direito real, possuem uma diferença muito importante, o tempo de vida dos direitos obrigacionais é transitória, extinguindo-se ora pelo adimplemento da obrigação, ora por ação judicial, e podem resultar da vontade das partes, já no direito real, por outro lado, têm sua formação positivada e são perpétuos, salvo os casos previstos em lei. Então no caso do obrigacional, quando se cumpre, ela acaba se extinguindo, seria cumprir com o dever, já no caso do real, ele mesmo já fala, é algo real, o objeto, o fato de se ter a relação do homem com as coisas.
REFERÊNCIAS
COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 4ª Ed. Vol 4. São Paulo: Saraiva, 2012 
GONÇALVES, Carlos Alberto. Direito Civil Brasileiro. 9ª Ed. Vol. 2 São Paulo: Saraiva, 2012.

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