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Assistência de Enfermagem no Trabalho de Parto e Parto Prof Enfermeira Obstetra :MSc ; Kelle Magalhães Introdução Mecanismo de Parto é o conjunto de fenômenos do feto durante sua passagem pelo canal de parto. Assim a progressão do trabalho de parto é mais ou menos facilitada de acordo com as características de forma e tamanho da pelve materna e do produto conceptual. As contrações uterinas são a força do trabalho de parto que impulsionam o feto através da pelve para alcançar a vulva desprender-se, finalizando o ato de nascer. Sinais e Sintomas da Gestação Amenorréia - ou falta de menstruação. Na maioria dos casos a fecundação se segue pela interrupção da menstruação, mas algumas mulheres podem ter discreto sangramento nos primeiros meses. Náuseas e vômitos - metade das mulheres apresentam enjôos nos três primeiros meses de gravidez. Aparecem freqüentemente pela manhã - náuseas matutinas, mas podem aparecer à noite também. Alteração das mamas - aumento do volume a consistência, bem como da sensibilidade. Os mamilos e aréola ficam mais escuros e proeminentes. Polaciúria - o aumento da freqüência urinária ocorre no 1º trimestre, tende a desaparecer no 2º e volta a aparecer no 3º trimestre. Fadiga - são freqüentes nas primeiras semanas. Constipação - causada no início pela mudança dos hábitos alimentares e mais tarde pela compressão do intestino, pelo útero. Pigmentação da pele - aumento da coloração das áreas pigmentadas (linha alba, pele da face - cloasma gravídico). Leucorréia - devido ao aumento do muco cervical e descamação da vagina. Aumento do volume abdominal e aparecimento de estrias Aumento de peso - deve ser no máximo de 9 a 10 Kg divididos pelos 9 meses. Ptialismo - hipersecreção salivar. SINAIS DE PRESUNÇÃO ► Modificação das mamas; ► Amenorréia; ► Náusea e vômito; ► Aumento da frequência urinária (polaciúria); ► Fadiga; ► Movimentos fetais (gazes, peristaltismo). ► Sinal de Goodell (colo uterino com consistência de lábio na gravidez); ► Sinal de Chadwick/ Jacquemier (cérvice adquire uma coloração azulada); ► Sinal de Hegar (útero se torna amolecido); ► Contrações de braxton Hicks. Sinais de Probabilidade ► Percepção das partes fetais; ► Palpação das partes fetais; ► Ausculta dos batimentos fetais (foco-fetal); ► Rx do abdômen - visualização do esqueleto do feto; ► Testes de gravidez - podem ser feitos através urina e sangue; ► Exame sonográfico. Sinais de Certeza ► Testes de sangue podem detectar o hormônio mais cedo na gravidez do que o teste de urina. ► Os testes de sangue podem dizer se a mulher está grávida em torno de 6 a 8 dias depois da ovulação. Já o teste de urina pode detectar a gravidez em torno de 2 semanas depois da ovulação. ► ► Em princípio a presença de HCG pode ser determinada a partir de 10 dias da ovulação, isto é, antes de instalada a amenorréia . BHCG e Planoteste Valores significativos em miliUI/ml: 4a semana – 1.000 miliUI/ML 5a semana – 3.000 miliUI/ML 6a semana – 6.000 miliUI/ML 7a semana – 20.000 miliUI/ML Depois de 90 dias de amenorréia estabelece-se uma amplitude entre 5.000 e 15.000 miliUI/ml. Exames Laboratoriais no pré- parto Tipagem ABO/ Rh: é importante verificar se durante o pré-natal foi verificada tipagem sanguínea para possível profilaxia anti-D no pós parto. Teste rápido de HIV: mulheres que não fizeram rastreamento para HIV durante a gestação, poderão realizar o teste rápido de HIV. Normalmente o teste rápido é realizado em mulheres com resultado há mais de 3 meses. Toque Várias informações podem ser obtidas com o toque: Dilatação; Apagamento; Descida de De Lee; Variedade de posição; Tipo de apresentação; Condição das membranas. A literatura não informa a quantidade necessária de toques, mas fala que seja realizado a quantidade mínima necessária devido ao risco de infecção. Episotomia A episiotomia tem sido indicada para facilitar a saída do bebê e prevenir a ruptura do períneo provocada na passagem do feto pelos genitais no parto normal. As indicações de episiotomia são: períneo pouco distensível, cicatriz muito fibrosa de uma episiotomia anterior, uso do fórcipe ou vácuo-extrator, períneo muito curto, sofrimento fetal grave. O fato de ser primeiro filho não é indicação de episiotomia. Bloqueio Nervo pudendo Episiotomia Episiorrafia Episiorrafia 1. Avaliação do bem-estar da mulher durante o trabalho de parto: condição materna, o bem- estar físico e emocional da mulher; 2. Identificação do Verdadeiro Trabalho de Parto: Cuidados Durante o Trabalho de Parto Perda do tampão mucoso DU = 2/10’/15-20’’ Amniorrexe Contrações Rítmicas Colo Dilatado 2-3 cm (Multípara) e 3-4 cm (Nulípara) Cuidados Durante o Trabalho de Parto 3. Procedimentos de rotinas na Admissão Sinais Vitais P, T, PA Enema? Tricotomia? Ausculta de BCF Preenchimento do Partograma 4. Alimentação Uma correta padronização para definir Parto Normal deveria incluir uma avaliação anterior do risco de uma mulher ser submetida a anestesia geral. Uma vez categorizado o baixo risco, o nascimento pode ser realizado com administração de líquidos. O Trabalho de Parto consome muita energia. Como a duração do trabalho de parto e parto não pode ser predito, e as fontes e a necessidade de energia devem ser atendidas para assegurar o bem-estar fetal e materno. 5. Local do nascimento O lugar de nascimento mudou do domicílio para o hospital. A dor é hoje aliviada farmacologicamente e as mulheres permanecem no leito durante longos períodos, sozinhas. A presença do Pai e de Familiares é hoje considerada muito importante, porém com a mesma segurança assegurada (Casas de Parto). 6. Apoio durante o trabalho de parto e parto: A presença da “Doula” é conhecida como a assistência oferecida por uma mulher que teve um treino básico de trabalho de parto e de parto, estando familiarizada com uma larga variedade de procedimentos e de cuidados. Ela provê apoio emocional que consiste em carinhos, para deixar a mãe mais a vontade, contato físico, massagem nas costas e aperto de mãos, explicando o que esta acontecendo durante o trabalho de parto e parto - uma presença amigável constante. 7. Sensação dolorosa durante as contrações uterinas 8. Métodos não farmacológicos de alívio à dor Banho de chuveiro ou banho de inmersion, carícias e massagem nas costas realizadas pelo companheiro, técnicas de respiração padronizada, condicionamento verbal e relaxamento. 9. Métodos farmacológicos de alívio da dor Agentes sistêmicos: ► Petidina (dolantina); ► Prometazina; ► Benzodiazepínicos; ► Analgesia Epidural: Com Analgesia Epidural há uma tendência para que o trabalho de parto seja um pouco mais longo, e por esta causa a ocitocina deve ser freqüentemente mais usada. São aplicáveis em hospitais de maior complexidade, com pessoal competente e com dilatação > 5-6 cm. a) Teoria Ocitocínica: A Ocitocina endógena é regulada pela Ocitocinase, enzima placentária que a inativa no plasma. O estímulo principal para a liberação da Ocitocina é a distensão vaginal (Reflexo de Ferguson), no momento da expulsão do feto (pico de Ocitocina); Determinismo do Início do Trabalho de Parto b) Teoria da Gangorra: O parto ocorre em virtude do desenvolvimento do feto e conseqüente distensão do Miométrio. Pela ação da P (Progesterona) endógena, a concentração de Prostaglandinas (PG) não é capaz de provocar contração sobre as fibras miometriais. Com a queda da P o útero passa a reagir eficazmente com a ação da PG (diminuiçãodo limiar de excitabilidade). Na teoria da Gangorra tanto o volume uterino quanto a queda de P predispõem ao parto prematuro. O equilíbrio deve ser encontrado através da administração artificial de P ou a supressão da síntese de PG (AAS, Indometacina). c) Teoria Prostaglandínica: As concentrações de PGF2α e PGE2 estão aumentadas no início do parto no LA. A PGE2 é precursora da síntese da PGF2α, que age diretamente no Miométrio para iniciar o Trabalho de Parto. d) Teoria Fetal: O Cortisol fetal aumentado próximo a termo estimula a produção de 17- α – hidrolixilase – placentária, que por sua vez vai estimular a produção de Estrogênios e por conseguinte a menor produção de progesterona. Esta alteração na relação estrogênio/progesterona estimula a síntese das PG. • OCITOCINA - A resposta à Ocitocina é muito individual e em geral provocam contrações de 50- 70 seg. e de 3-4 contrações em 10 minutos. O excesso de Ocitocina causa a hipertonia uterina e polissistolia, levando à asfixia fetal. • Antes de 20 sem. de IG o útero só responde satisfatoriamente com doses muito elevadas de Ocitocina. • INDUÇÃO PELA ROTURA DAS MEMBRANAS – A Amniotomia só é indicada quando o colo está maduro e apresentação insinuada, para avaliação da vitalidade fetal (presença de Mecônio) e Trabalho de Parto adiantados (7-8 cm de dilatação), o que favorece menos riscos de infecção. Deve-se observar o cuidado ao descolar as membranas (liberação de PG) e a saída intempestiva do LA. Indução do Início do TP ►Fenômenos Preliminares no Início do Trabalho de Parto ► OBSERVA-SE: ► A queda do ventre ocorre 2-3 semanas antes do Termo e é sinal de início dos pródromos de Trabalho de Parto; ► A Insinuação ocorre nas 2-3 últimas semanas antes do parto; ► As secreções vaginais aumentam em quantidade; ► O Tampão Mucoso é eliminado do colo; ► Observam-se raias de sangue junto com o Tampão; ► O colo torna-se amolecido e passa de posterior a centrado; ► Ocorre dor lombar persistente; ► Falsas dores de Trabalho de Parto ocorrem com freqüência. • PRESENÇA DE MECÔNIO: A passagem via vaginal de Mecônio pode ser indicativo de sofrimento fetal, devido ao relaxamento do esfíncter retal do feto e o aumento do peristaltismo conseqüentes à hipóxia fetal. Havendo mecônio, deve-se observar atentamente o BCF, podendo levar ao parto cirúrgico (Cesárea). Posições Para o Parto • Posição acocorada - Esta posição foi a primeira encontrada nos registros da antiguidade (pinturas rupestres), tendo como vantagens a possibilidade ampliação do canal do parto (retropulsão do Cóccix), além de favorecer contrações mais efetivas (gravidade). Como desvantagem nota-se maior dificuldade de visualização da genitália no momento do nascimento e a realização da anestesia local do Períneo e de se realizar a episiotomia. • Posição Lateral – Tem como vantagens a facilidade, conveniência e conforto para a mulher, o relaxamento dos músculos pélvicos, a drenagem natural das secreções, a ausência de compressão da Veia Cava Inferior. Porém, não é uma boa posição para a assistência ao parto e a realização das suturas de possíveis lacerações é dificultada. • Posição ginecológica – Tem como vantagens: Assepsia mais rigorosa, ausculta fetal mais facilitada, anestesia com mais eficiência, o períneo pode ser mais protegido, as lacerações podem ser mais facilmente identificadas e corrigidas. Apresenta como desvantagens o risco da Hipotensão supina, distensões Sacro-Ilíacas devido ao apoio das perneiras, menor esforço ativo durante as contrações. • Posição semi-sentada – A eficiência das contrações uterinas é evidenciada pelo direcionamento para a pelve devido à gravidade, sendo bastante utilizada como forma alternativa de assistência ao parto. Fisiologia das Contrações Uterinas A contração é decorrente do encurtamento das fibras miometriais, em especial o sistema Actina- Miosina, dispostas em filamentos paralelos. Essas fibras estão dispostas em feixes e envoltas por uma matriz de tecido conjuntivo composta por colágeno que facilita a transmissão das forças contráteis geradas pelos feixes musculares. Até 30 semanas a atividade uterina é muito pequena, com contrações de Braxton-Hicks esporádicas. Nas últimas 04 semanas de gesta as contrações de B-H se tornam mais frequentes e intensas. Fibras Uterinas (GOETHER) BACIA ÓSSEA – PELVE FEMININA Consiste Em 04 Ossos: 02 Ossos do Quadril, o Sacro e o Cóccix. Os ossos do quadril se constituem pelo: Ílio, Ísquio e Púbis. Ossos Sacrais: Os ossos Sacrais são 05 vértebras fundidas. O Promontório do Sacro é a extremidade ântero-posterior da primeira vértebra sacral, delimitando conjuntamente com a crista púbica o Estreito Superior da Pelve Verdadeira. Ossos Coccígeos Compõe-se de 04 vértebras rudimentares. Os músculos Coccígeos, os Levantadores do Ânus e o esfíncter anal estão ligados ao Cóccix de cima para baixo. Articulações e Ligamentos Articulação Sacrococcígea: é uma articulação sinovial entre a 5a. vértebra sacral e a 1a. vértebra coccígea. Permite a Flexão e a Extensão. A Extensão permite a ampliação do canal do parto, facilitando a saída do feto. Sínfise Púbica: é uma articulação cartilaginosa sem cápsula e membrana sinovial. Normalmente existe pequena movimentação. Mobilidade da Pelve Adolescência ► A bacia pélvica cresce mais lentamente do que a estatura da adolescente e continua crescendo na adolescência tardia. A menor capacidade pélvica nas meninas adolescentes podem contribuir para uma maior incidência de Desproporção Feto- Pélvica e outras distócias nas primíparas com menos de 15 anos. ► Durante a gravidez recebe influência da Progesterona e Relaxina, existindo maior flexibilidade das articulações sacro-ilíacas e da Sínfise Púbica. Também ocorrem hiperemia e amolecimento dos ligamentos ao redor das articulações. Estes podem se separar até 12 mm. Principais Tipos de Bacia Obstétrica Situação Longitudinal – o maior eixo do feto e o da mãe estão paralelos. Transverso ou Oblíquo Transverso ou Oblíquo – o maior eixo do feto está transverso ao da mãe (0,5%).. A Apresentação Pode Ser: Cefálica – o pólo fetal que se apresenta para o nascimento é a cabeça (96,5%); CEFÁLICA - Referência: Occípito (O); PÉLVICA - Referência: Sacro (S); TRANSVERSO - Referência: Escápula (Es). Pélvica – a pelve fetal se apresenta (3%); Córmica – a parte que se apresenta é o Ombro ou Escápula. Variedades de Apresentação VARIEDADES DE POSIÇÃO (APRESENTAÇÃO) Tempos do Mecanismo de Parto Insinuação: Quando o maior diâmetro da parte apresentada houver ultrapassado o Estreito Superior da pelve.GRAU DE DESCIDA (Planos de De Lee); Descida: é a descida do feto até o estreito inferior da bacia; Rotação Interna: ocorre simultaneamente à descida (mudança da variedade da apresentação). Desprendimento: Saída do polo fetal, havendo o desprendimento da cabeça para o meio externo (cefálica). Restituição ou Rotação Externa: Retorno da apresentação à posição original, havendo rotação do ombro para ântero-posterior. Período Expulsivo do Parto (mecanismo do parto) Plano de De Lee – Descida da apresentação ► Inicia-se nas 02-03 últimas semanas de gravidez, com as contrações de Braxton-Hicks (Pródromos de T. de parto). ► Durante o pré-parto: amolecimento, medianização e encurtamento do colo uterino. ► Uma alteração importante é a mudança de consistência do colo, com ação da Relaxina. Pré-Parto ► Esvaecimento e apagamento do Colo – O Esvaecimento constitui-se pela incorporação do canal cervical do útero. A Dilatação é o afastamento progressivo da borda externa do colo. ►O Colo Uterino é constituído essencialmente de Colágeno, havendo uma reorganização desta estrutura e mudança de consistência. ► Terminado o período de Dilatação, Útero e Vagina formam o Canal do Parto. Períodos Clínicos do Parto 1. Dilatação E Apagamento: 2. Período Expulsivo: 3. Período de Dequitação, Delivramento ou Secundamento: 4. Puerpério imediato, ou Greemberg: 1º Período Clínico do Parto – Dilatação e Apagamento Friedman – Fases Latente, Ativa e de Transição. LATENTE – Atividade uterina discreta, alterações progressivas de colo. A contratibilidade se torna mais eficaz sem, no entanto, provocar grande dilatação. ATIVA – Inicia-se com 3/4 cm de dilatação, com contratibilidade mais intensa (DU= 4/10’/45”- pressão de 30 mmHg). É a fase de maiores alterações da estrutura do colo uterino. TRANSIÇÃO – compreende uma fase dilatação completa do colo (9-10 cm) e geralmente já aconteceu o rompimento da Bolsa Amniótica. Durante as contrações uterinas, o Ânus se distende provocando sensação defecatória e a parturiente realiza os “Puxos” expulsivos espontâneos. Ações: ►Encaminhamento à sala de parto; ►Colocação da parturiente em posição confortável para o parto; ►Identificação e colocação da pulseira; ►Instalação de punção venosa, quando indicado; ►Analgesia (Peridural contínua ou do Nervo pudendo); ►Controle da vitalidade fetal (BCF e D.U.) – DIP I e DIP II. ►Puxos – acontecem naturalmente, sem necessidade de forçar. ►Proteção do Períneo (diminuem as Lacerações). ►Episiotomia – Se necessário (EMLD). 2º Período Clínico do parto - Expulsão ► A placenta atinge o canal do parto e se exterioriza de 05-30 minutos após a saída do feto, por ação de contrações mais intensas e duradouras, reduzindo a área de inserção placentária (Miotamponamento e Trombotamponamento). ► Leve tração do Cordão (Manejo Ativo); ► Ocitócitos, se necessário; ► Manobras de Jacobs (Torção da placenta); ► Avaliação da integridade da placenta (face materna e fetal) e integridade e formação dos vasos umbilicais; ► Peso e identificação da placenta para exame, conforme rotina do serviço. 3º Período Clínico do Parto - Dequitação Mecanismos de Dequitação Baudelocque Schultze – Hematoma retro- placentário – Central – 75% dos casos). Baudelocque Duncan – a partir das bordas da placenta. Baudelocque - Schultze Baudelocque - Duncan Manobra de Jacob-Dublin (Torção da Placenta) Sala de Parto Atentar para as anotações dos dados do parto no partograma (verso), na prescrição, na DNV (Declaração de Nascido Vivo) e no livro de registro de parto, constando da hora e tipo de parto, sexo do RN, condições de nascimento aparentes, tipo de apresentação, profissional que assistiu ao parto, neonatologista, dequitação da placenta, equipe de enfermagem que deu assistência, demais observações; Deve-se coibir o uso de manobras de grande risco de rotura uterina, como as Manobras de Kristeller (compressão no fundo uterino), altamente prejudiciais; O uso de ocitocina no trabalho de parto deve ser criterioso, principalmente em Cesariadas prévias; Sala de Parto A assistência ao RN deve ser dada pelo neonatologista, auxiliada pelo enfermeiro e equipe de enfermagem; São anotações importantíssimas: A presença do neonatologista na sala de parto e as manobras de reanimação, medicamentos usados na RCP, procedimentos e encaminhamentos, resultados, etc. Após a dequitação (Baudelocque-Schultze ou Baudelocque-Duncan) deve-se observar a loquiação (volume, aspecto, restos de membranas, coágulos, etc.); ► Período de maior risco para Mortalidade Materna. ► Revisão do Canal do Parto (lacerações); ► Obs. Sinais vitais e perdas transvaginais, formação e manutenção do Globo de Segurança de Pinard; ► Período de Involução Uterina – Formação do Globo de Segurança de Pinard. Geralmente o útero está ao nível da cicatriz umbilical. Apresenta redução de 01 cm/dia e tem contrações mais intensas, porém, menos frequentes, variando com a amamentação. Loquiação ► Vermelha, Rubra ou Cruenta: Presença de sangue, restos de Decídua, células epiteliais, muco. ► Rubro-rósea, Serossanguínea ou Fusca: Aspecto Rosáceo e diminuição gradual do volume. ► Rósea, Serosa ou Flava: Serosa e volume diminuído, persistindo até 40/45 dias. 4o. Período – Puerpério Imediato (Greenberg – 1-2 horas pós-parto) REVISÃO DA CAVIDADE UTERINA A revisão é obrigatória: ► Quando o exame da placenta for inconclusivo ou houver suspeita de restos placentários aderidos ao endométrio; ► Depois de um parto traumático, para afastar o risco de lacerações de útero e colo; ► Quando suspeitar de anomalias congênitas de útero. (CURAGEM OU CURETAGEM). Períneo – Avaliar aspecto e integridade dos pontos da Episiorrafia, formação de hematomas, higiene rigorosa após uso do Sanitário. Mamas – Avaliar e incentivar a amamentação precoce, favorecendo a interação precoce e a Involução Uterina. Atividade Sexual – Geralmente após 30 dias e com uso de preservativo. Fase de promoção do aleitamento e orientação para a alta hospitalar (mínimo de 24-36 horas no PN e 48-72 Hs na Cesárea). A tentativa de descolamento forçado da placenta favorece a presença de restos placentários aderidos à cavidade uterina, levando a hemorragias puerperais e infecção. Deve-se realizar a Curagem ou Curetagem quando os sinais indicarem tal situação. São drogas que estimulam a contração uterina. O derivado do Esporão de Centeio acelera tais contrações e leva ao desprendimento mais rápido do feto e da placenta, reduzindo as perdas sanguíneas no 3º. Período do parto (manejo ativo), porém com o inconveniente de favorecer as Roturas Uterinas. OCITÓCITOS Causa forte contração, levando à diminuição da hemorragia pós-parto, porém só deve ser usada após a saída da placenta e das membranas, pelo risco de encarceramento da mesma. METILERGOMETRINA (METHERGIN) ► No puerpério imediato devemos observar possíveis hematomas e sangramentos decorrentes de sutura muito justas ou frouxas, tomando cuidados para minimizar tais fatos (compressa fria, ressutura); ► A higiene é muito importante para evitar contaminação da sutura, como o uso de técnica asséptica na realização do procedimento, antissepsia rigorosa e cuidados pós-parto relativos à lavagem do períneo sempre que usar o sanitário; Cuidados com a Episiotomia Bossa serosanguínea, acavalgamento ósseo Bossa serosanguínea: consiste na transexsudação dos vasos presentes entre a derme e o crânio, com instalação de infiltração local decorrente da pressão negativa gerada no canal de parto. A bossa aumenta com o prolongamento do trabalho de parto com membranas rotas. Não apresentam significado clínico e desaparecem dentro de 24 a 48 horas. Acavalgamento ósseo: Reduz os diâmetros cefálicos facilitando a saída do feto devido a plasticidade do polo cefálico conferindo maleabilidade entre as partes ósseas do crânio, permitindo que uma porção se ajuste abaixo da outra, diminuindo assim o polo cefálico. Referência bibliográfica ZUGAIB, Marcelo. Obstetrícia. Editora Manole, 2008. “O nascimento não se restringe a um ato fisiológico, mas testemunha por uma sociedade, naquilo que ela tem de melhor e de pior”. Jacques Gélis
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