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Curso de Interações Medicamentosas MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. 82 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores MÓDULO IV Neste módulo iniciaremos os estudos das interações medicamentosas com os medicamentos/grupos selecionados por serem considerados importantes para nosso estudo. Cada medicamento/grupo traz um a pequena introdução seguido de uma tabela correlacionando suas interações até então estudadas. MEDICAMENTOS ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS: Ácido Acetil Salicílico Os salicilatos deslocam de sua ligação protéica a sulfolinuréia, penicilina, tiroxina, triiodotironina, fenitoína e naproxeno, potencializando seus efeitos. Os salicilatos potenciam o efeito dos anticoagulantes orais e de probenecid. Não é recomendado o uso prolongado e simultâneo de paracetamol, pois aumenta o risco de nefropatia. Os acidificantes urinários (ácido ascórbico, fosfato sódico ou potássico, cloreto de amônio) dão lugar a maiores concentrações plasmáticas de salicilato, por diminuir sua excreção. Os glicocorticóides aumentam a excreção de salicilato e, portanto, a dose deverá ser adequada. O uso simultâneo com outros analgésicos antiinflamatórios Não-Esteróides pode aumentar o risco de hemorragias devido à inibição adicional da agregação plaquetária. Os principais Inibidores da Anidrase Carbônica são a Acetazolamida, a Diclorfenamida e a Metazolamida. As interações medicamentosas de relevância são as mesmas para as três drogas. O uso concomitante de Acetazolamida e Salicilatos pode causar acidose metabólica e depressão do sistema nervoso central; a acidose também facilita a penetração dos salicilatos no sistema nervoso central. Os Inibidores da Anidrase Carbônica alcalinizam a urina e, por isso, aumentam a excreção do AAS.Por outro lado o uso concomitante de ambos pode causar toxicidade do sistema nervoso central. Dados conflitantes na literatura. Ácido Acetil Salicílico Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Acidificantes Urinários Os Acidificantes Urinários reduzem a eliminação renal do Ácido Acetil Salicílico. Mecanismo: redução do pH urinário, com consequente diminuição da fração ionizada do Ácido Acetil Salicílico. Ácido Etacrínico O Ácido Acetil Salicílico pode reduzir o efeito dos Diuréticos de Alça (inibição de prostaglandinas). Ácido Valpróico O Ácido Acetil Salicílico aumenta os níveis plasmáticos o Ácido Valpróico por interferir na ligação protéica. Ácidos Omega 3 O uso concomitante pode aumentar o tempo de sangramento. Alcalinizantes Urinários Os Alcalinizantes Urinários aumentam a excreção urinária do Ácido Acetil Salicílico. Anti-Inflamatórios Não- Esteróides O Ácido Acetil Salicílico pode diminuir os níveis plasmáticos dos Anti Inflamatórios Não-Esteróides. 83 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Betabloqueadores Adrenérgicos A eficácia antihipertensiva dos Betabloqueadores Adrenérgicos pode ser diminuída pela administração concomitante de Ácido Acetil Salicílico, provavelmente devido à inibição de prostaglandinas. Corticosteróides Os Corticosteróides aumentam o clearance e reduzem os níveis plasmáticos do Ácido Acetil Salicílico. Cumarínicos O Ácido Acetil Salicílico aumenta o efeito anticoagulante dos Cumarínicos. Diuréticos de Alça O Ácido Acetil Salicílico pode reduzir a eficácia dos Diuréticos de Alça por inibição de prostaglandinas. Diuréticos de Alça O Ácido Acetil Salicílico pode reduzir a eficácia dos Diuréticos de Alça por inibição de prostaglandinas. Espironolactona O Ácido Acetil Salicílico pode inibir o efeito diurético da Espironolactona; a ação antihipertensiva não parece ser alterada. Os efeitos dependem da dose da Espironolactona. Etanol O risco de ulceração gastrointestinal aumenta com o uso concomitante de Ácido Acetil Salicílico e Etanol; o tempo de sangramento pode também aumentar. Heparina O Ácido Acetil Salicílico pode aumentar o risco de sangramento em pacientes em uso de Heparina. Inibidores da Anidrase Carbônica Os principais Inibidores da Anidrase Carbônica são a Acetazolamida, a Diclorfenamida e a Metazolamida. As interações medicamentosas de relevância são as mesmas para as três drogas. O uso concomitante de Acetazolamida e Salicilatos pode causar acidose metabólica e depressão do sistema nervoso central; a acidose também facilita a penetração dos salicilatos no sistema nervoso central. Os Inibidores da Anidrase Carbônica alcalinizam a urina e, por isso, aumentam a excreção do AAS.Por outro lado o uso concomitante de ambos pode causar toxicidade do sistema nervoso central. Dados conflitantes na literatura. Inibidores da ECA A eficácia antihipertensiva dos Inibidores da ECA pode ser diminuída pela administração concomitante de Ácido Acetil Salicílico, provavelmente devido à inibição de prostaglandinas. Insulina O AAS aumenta o efeito da Insulina. Metotrexate O Ácido Acetil Salicílico pode aumentar os níveis plasmáticos do Metotrexate por interferência na ligação protéica e na eliminação renal. Nitratos O Ácido Acetil Salicílico aumenta os níveis plasmáticos dos Nitratos. Nizatadina Aumento dos níveis plasmáticos de Nizatadina pode ocorrer em pacientes recebendo doses do Ácido Acetil Salicílico superiores a 3,5 gramas por dia. Probenecid O Ácido Acetil Salicílico em doses inferiores a 3 gramas/dia reduz o efeito uricosúrico do Probenecid. Sulfinpirazona O Ácido Acetil Salicílico em doses inferiores a 3 gramas/dia reduz o efeito uricosúrico da Sulfinpirazona. Sulfoniluréias O Ácido Acetil Salicílico em doses superiores a 2 gramas/dia apresenta ação hipoglicemiante por alterar a função das células beta do pâncreas. Por isso, pode potencializar as Sulfoniluréias. Ticlopidina A Ticlopidina reduz os níveis plasmáticos do AAS. Como ambos são usados como antiagregantes plaquetários, o uso concomitante não é recomendado. Zafirlucast A Aspirina aumenta em até 45% os níveis plasmáticos do Zafirlucast. Ácido Mefenâmico 84 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Antiinflamatório, analgésico, antipirético. É um antiinflamatório não-esteroidal derivado do ácido antranílico (flufenâmico, tolfenâmico, miflúmico). O mecanismo de ação é desconhecido, ainda que estudos em animais indiquem que é capaz de inibir a síntese de prostaglandinas e de competir com elas pela união a seus receptores. Sua absorção é ampla (> 90%) no trato gastrintestinal; sua ligação às proteínas é elevada (> 95%). Sua meia-vida: 3-4 horas. Não sofre metabolismo pré-sistêmico e é eliminado pelo rim. Ácido Mefenâmico Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Anticoagulantes Orais Risco de hemorragias. Potenciação do efeito anticoagulante. Cetoprofeno Aumento do risco de sangramento. Flurbiprofeno Aumento do risco de sangramento. Antiinflamatórios Não-Esteroidais O mecanismo de ação dos antiinflamatórios não-esteroidais (AINES), ou não hormonais (AINH) ocorre pela inibição de um sistema enzimático denominado cicloxigenase(COX), ou prostaglandina-H-síntase, responsável pela síntese dos diferentes tipos de prostaglandinas. Existem duas isoformas da COX, denominadas COX- 1 e COX-2. A inibição da COX-1 seria responsável pelos efeitos colaterais dos AINES (irritação e hemorragia gástrica), o que fez os pesquisadores procurarem a síntese de medicamentos seletivos para COX-2, que seria a isoforma responsável pela síntese de prostaglandinas que combateria especificamente a inflamação. Dessa forma, os inibidores seletivos para COX-2 evitam a irritação gástrica induzida por inibidores não-seletivos ou os seletivos para COX-1. Vários estudos demonstraram que a COX-2 possui outras funções fisiológicas; nos rins a COX-2 regula a excreção de sal através da renina, o volume circulante e a homeostasia da pressão arterial, mas inibem significativamente a produção de prostaciclina de outros locais como no sangue a produção plaquetária de tromboxana que podem predispor um indivíduo suscetível, e mais idoso a um evento trombótico (acidente vascular cerebral) ou a um quadro hipertensivo. Um antiinflamatório não-esteroidal muito conhecido é o diclofenaco. O Diclofenaco é um Analgésico e antiinflamatório. Atua inibindo a síntese de prostaglandinas; estas desempenham importante ação no que se refere à aparição de inflamação, dor e febre, a hialuronidase produzida por microrganismos e à agregação plaquetária. É absorvido rapidamente e, após a ingestão de 50mg, as concentrações plasmáticas alcançam o valor máximo de 3,9mmol/l dentro de 20 a 60 minutos. A metade da dose administrada é metabolizada no fígado; liga-se em cerca de 99% às proteínas séricas (albumina). Se administrado simultaneamente com preparações contendo lítio ou digoxina, o diclofenaco pode aumentar o nível plasmático daqueles fármacos. Pode também inibir o efeito dos diuréticos. Há relatos de que o risco de hemorragias aumenta durante o uso combinado de diclofenaco com anticoagulantes. Pode causar aumento da concentração sanguínea do metotrexato e aumentar sua toxicidade. A nefrotoxicidade da ciclosporina pode estar 85 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores exacerbada em função dos efeitos antiinflamatórios não-esteroidais do diclofenaco sobre as prostaglandinas renais. Antiinflamatórios Não-esteroidais Principais Medicamentos deste Grupo: Aceclofenaco; Ácido Mefenâmico; Ácido Tolfenâmico; Beta-Ciclodextrina Piroxicam; Cetoprofeno; Diclofenaco; Fenprofeno; Flurbiprofeno; Glucametacina; Ibuprofeno; Indometacina; Ketorolac; Meloxicam; Naproxeno; Nimesulide; Piroxicam; Sulindaco; Tenoxicam. Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Abciximab Aumento do risco de sangramento. Ácido Acetil Salicílico O Ácido Acetil Salicílico pode diminuir os níveis plasmáticos dos Anti Inflamatórios Não-Esteróides. Ácido Etacrínico Os Anti Inflamatórios Não-Esteróides podem reduzir o efeito dos Diuréticos de Alça. ACTH O uso concomitante de ACTH traz maior risco de ulceração gastrointestinal. Alimentos A ingestão dessas drogas com alimentos ou imediatamente após as refeições diminui a possibilidade de irritação gástrica. Antiagregantes plaquetários O uso concomitante aumenta o risco de sangramento gastro-intestinal. Antiagregantes plaquetários O uso concomitante aumenta o risco de sangramento gastro-intestinal. Betabloqueadores Adrenérgicos A biodisponibilidade e os níveis plasmáticos de Betabloqueadores Adrenérgicos podem diminuir pelo uso de Antiinflamatórios Não-Esteróides, resultando em diminuição do efeito farmacológico dos Betabloqueadores. Além disso, a eficácia antihipertensiva dos betabloqueadores pode ser comprometida pela ação inibidora de prostaglandinas dos Anti Inflamatórios Não-Esteróides. Principais Betabloqueadores Adrenérgicos: Acebutolol, Atenolol, Betaxolol, Bisoprolol, Carteolol, Esmolol, Labetalol (que também possui efeito alfa bloqueador), Metoprolol, Nadolol, Penbutolol, Pindolol, Propranolol, Sotalol (que possui atividade antiarrítmica semelhante aos antiarrítmicos do grupo III) e Timolol. Corticosteróides O uso concomitante de Corticosteróides e Anti Inflamatórios Não-Esteróides trazem maior risco de ulceração gastrointestinal. Corticotropina O uso concomitante de Corticotropina traz maior risco de ulceração gastrointestinal. Diuréticos de Alça Amilorida: redução do efeito diurético. Cumarínicos: aumento do efeito anticoagulante. Inibidores da ECA: Redução do efeito anti-hipertensivo (por inibição de prostaglandinas). Lítio: Aumento dos níveis plasmáticos do Lítio.(por redução do clearance renal). Diuréticos: Redução do efeito diurético (inibição de prostaglandinas). Metotrexate: Aumento dos níveis do Metotrexate, por redução do clearance renal. Interferon beta Redução do efeito terapêutico do Interferon. Penicilinas Os Anti Inflamatórios Não-Esteróides podem prolongar a meia vida da Penicilina G por redução de sua secreção tubular. Probenecid Aumento dos níveis plasmáticos dos Anti Inflamatórios Não-Esteróides. Repaglinida Os níveis plasmáticos da Repaglinida podem se elevar. Rofecoxib A associação potencializa os efeitos adversos dos Anti Inflamatórios não seletivos. Rosiglitazona Pouca influência nos níveis de ambas as drogas. Tiazídicos Pode reduzir os efeitos diuréticos e antihipertensivos dos Tiazídicos, por inibição de prostaglandinas. Cetoprofeno 86 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores O uso simultâneo de paracetamol pode aumentar o risco de efeitos renais adversos. Os corticóides, ACTH, ácido acetilsalicílico ou outros AINE podem aumentar o risco de efeitos colaterais gastrintestinais, incluindo úlcera ou hemorragia. Reduz ou reverte o efeito de muitos anti-hipertensivos. O cetoprofeno reduz o grau de aumento das concentrações de potássio e cloro induzido pela hidroclorotiazida. O uso simultâneo de dipiridamol, piperacilina, ticarcilina ou ácido valpróico aumenta o risco de hemorragia. Diminui a excreção renal do metotrexato. É recomendável precaução com o uso de nifedipino ou verapamil, porque o cetoprofeno pode aumentar as concentrações plasmáticas de uma ou outra droga. Cetoprofeno Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Álcool Aumento do risco de efeitos gastrintestinais (ulceração, hemorragia). Anti-hipertensivos Provavelmente devido à inibição da síntese renal de prostaglandinas. O Cetoprofeno pode reduzir a ação diurética, natriurética e anti-hipertensiva dos diuréticos anti-hipertensivos. Antiagregantes Plaquetários Efeito Aditivo. Anticoagulantes Efeito Aditivo. Antiinflamatórios Não- esteroidais Efeito Aditivo Clorpropamida Administrar com precaução. Monitoramento da glicemia. As prostaglandinas participam na regulação da glicemia. O cetoprofeno inibe sua síntese. Possível potenciação do efeito hipoglicemiante. Diuréticos O efeito é provavelmente devido à inibição da síntese renal de prostaglandinas. Administrar com precaução. Monitorar a pressão arterial. O cetoprofeno pode reduzir a ação diurética, natriurética e anti-hipertensiva dos diuréticos. Glibenclamida Administrar com precaução. Monitoramento da glicemia. As prostaglandinas participam na regulação da glicemia. O cetoprofeno inibe sua síntese. Possível potenciação do efeito hipoglicemiante. Corticosteróides Administrar com precaução. Ajustar (reduzir) a dose de ambas as drogas. Efeito sinérgico sobre a inflamação. Aumento do risco de efeitos gastrintestinais (ulceração, hemorragia), potenciação do efeito antiinflamatório de ambas as drogas no tratamento da artrite. Hipoglicemiantes Orais Administrar com precaução.Monitoramento da glicemia. As prostaglandinas participam na regulação da glicemia. O cetoprofeno inibe sua síntese. Possível potenciação do efeito hipoglicemiante. Ácido Valpróico Administrar com precaução. Adição de efeitos. O ácido valpróico causa hipoprotrombinemia e inibe a agregação plaquetária. Aumento do risco de sangramento e de complicações gastrintestinais devidas ao cetoprofeno. Varfarina Administrar com precaução. Efeito aditivo. Aumento do risco de sangramento. Dipirona Analgésico. Antipirético. Espasmolítico. Derivado pirazolônico; trata-se do sulfonato sódico da amidopirina. Sua meia-vida no organismo é de 7 horas, sendo eliminada pela 87 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores via urinária na forma dos metabólitos 4-metilaminoantipirina, 4-aminoantipirina e 4- acetilaminoantipirina. Atua também como inibidor seletivo das prostaglandinas F 2α. Dipirona Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Ciclosporina Redução do efeito terapêutico da ciclosporina. Clorpromazina Aumento do efeito antipirético. Risco de hipotermia grave. Cumarina Redução do efeito anticoagulante. Difenil-hidantoína Potenciação da toxicidade. Etanol Potenciação da toxicidade. Hipoglicemiantes Derivados das Sulfoniluréia Redução do efeito hipoglicemiante. Idandiona Redução do efeito anticoagulante. Tabaco O tabagismo acelera o metabolismo hepático da Dipirona, reduzindo seus efeitos terapêuticos.Mecanismo: Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos inalados pelo ato de fumar aceleram o metabolismo das drogas que utilizam o Citocromo P-448. É assim que o Tabaco aumenta o metabolismo de várias drogas, reduzindo seus níveis plasmáticos. Observação: Citocromo P-448 é o nome dado a uma das famílias do Citocromo P-450. Fenilbutazona Fenilbutazona Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Barbitúricos Os níveis plasmáticos dos Barbitúricos e da Fenilbutazona diminuem por indução enzimática recíproca. Colestiramina A Colestiramina pode reduzir a absorção da Fenilbutazona.Além disso, pode haver redução da absorção das Vitaminas A, D, E e K. Cumarínicos Os Cumarínicos são drogas que apresentam muitas interações medicamentosas. Seu efeito anticoagulante é aumentado com o uso da Fenilbutazona, devido ao deslocamento do Cumarínico de sua ligação protéica. Etanol A Fenilbutazona Aumenta os níveis plasmáticos do Etanol. Fenitoína A Fenilbutazona aumenta os níveis plasmáticos da Fenitoína por alteração da ligação protéica desta última. Insulina A Fenilbutazona aumenta o efeito da Insulina. Lítio A Fenilbutazona aumenta os níveis plasmáticos do Lítio. Metotrexate A Indometacina e a Fenilbutazona aumentam os níveis plasmáticos do Metotrexate. Penicilamina O uso concomitante de Penicilamina com Sais de Ouro, Cloroquina ou Fenilbutazona causa sérios efeitos tóxicos hematológicos e renais. Sulfoniluréias A Fenilbutazona altera a ligação protéica e aumenta os níveis plasmáticos das Sulfoniluréias, acentuando o efeito hipoglicemiante. 88 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Morfina É um hipnoanalgésico. A morfina é o mais importante alcalóide do ópio. Os sais disponíveis são o sulfato de morfina (comprimidos) e o cloridrato de morfina (ampolas). A morfina geralmente exerce seus efeitos principais sobre o sistema nervoso central, o trato gastrintestinal e a musculatura lisa. Os efeitos depressores centrais da morfina são potenciados quando associados com outros depressores do SNC, como hipnóticos, neurolépticos, ansiolíticos, anestésicos gerais e álcool. Os hipnoanalgésicos podem aumentar o efeito bloqueador neuromuscular dos relaxantes musculares e agravar a depressão respiratória. A morfina associada com antidepressivos IMAO pode provocar quadros de excitação ou depressão com hipotensão ou hipertensão. Morfina Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Álcool pantotenílico Reações Alérgicas Analgésicos Opióides Administrar com grande precaução, especialmente em idosos. Mecanismo de Sinergismo. Pode causar depressão respiratória. Antagonista de Opióides Antagonismo de efeito de ambos os fármacos. Anticoagulantes Orais Administrar com precaução. Potencializa os efeitos dos anticoagulantes orais. Antidepressivos Tricíclicos Administrar com grande precaução. Reajustar a dose da morfina. Potencializa a depressão do SNC e da analgesia. Potenciação dos efeitos do antidepressivo. Atropina Potenciação dos efeitos atropínicos. Bloqueadoras Neuromusculares Administrar com precaução. Sinergismo. Potencializa a depressão respiratória. Cimetidina Evitar a administração conjunta. Potenciação da toxicidade da morfina. Risco de crises de apnéia e bradicardia. Clonidina Potenciação da depressão do SNC. Sinergismo. Depressores do SNC Administrar com precaução. Potenciação da depressão do SNC. Diuréticos Inibição do efeito diurético em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Etanol Evitar a administração conjunta. Potenciação da sedação. Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO) Administrar com grande precaução. Reajustar a dose da morfina. Realizar teste de sensibilização usando pequenas quantidades de morfina. Potenciação do efeito da morfina. Lítio Inibição do efeito analgésico e euforizante dos opióides. Metoclopramida Reajustar a dose da morfina para evitar sedação excessiva. Potenciação da depressão do SNC. Antagonismo da ação da metoclopramida sobre a motilidade gastrintestinal. Miorrelaxantes Potenciação do bloqueio neuromuscular. Neostigmina Deve evitar-se usar morfina em pacientes com exposição tóxica a anticolinesterásicos. Risco de depressão respiratória. Risperidona Administrar com precaução. Efeito aditivo. Aumento do efeito depressor sobre o SNC. Rivastigmina O uso da morfina deve ser evitado em pacientes com exposição tóxica a anticolinesterásicos. Risco de depressão respiratória com doses tóxicas de rivastigmina. Sibutramina Evitar a administração conjunta. Ambos os fármacos deprimem o sistema nervoso central. Possível aumento da depressão do sistema nervoso 89 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores central. Trazodona Administrar com precaução. Efeito aditivo. Aumento do efeito depressor sobre o SNC. Valeriana Evitar administração conjunta. Efeito aditivo. Possível potencialização do efeito sedativo. Paracetamol A eficácia clínica do paracetamol como analgésico e antipirético é similar à dos antiinflamatórios Não-Esteróides ácidos. O fármaco é ineficaz como antiinflamatório e, geralmente, tem efeitos periféricos escassos relacionados com a inibição da ciclooxigenase, salvo, talvez, a toxicidade ao nível da medula supra-renal. Quanto ao mecanismo de ação, postula-se que o1) paracetamol teria maior afinidade pelas enzimas centrais em comparação com as periféricas; e 2) dado que na inflamação há exsudação de plasma, os antiinflamatórios Não-Esteróides ácidos (elevada união às proteínas) exsudariam junto com a albumina e alcançariam, assim, altas concentrações no foco inflamatório, que não seriam obtidas com o paracetamol por sua escassa união à albumina. O paracetamol é absorvido com rapidez e quase completamente no trato gastrintestinal. A concentração plasmática é alcançada no máximo em 30 a 60 minutos e a meia-vida é de aproximadamente duas horas após doses terapêuticas.A união às proteínas plasmáticas é variável. A eliminação é produzida por biotransformaçãohepática através da conjugação com ácido glicurônico (60%), com ácido sulfúrico (35%) ou cisteína (3%). As crianças têm menor capacidade que os adultos para glicuronizar a droga. Paracetamol (Acetaminofeno) Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Acetilcisteína Aumento da eliminação dos metabólitos tóxicos do Paracetamol Barbitúricos O risco de hepatotoxicidade aumenta. Carbamazepina A Carbamazepina pode reduzir os níveis plasmáticos do Paracetamol por indução microssômica. Colestiramina A Colestiramina pode reduzir a absorção do Paracetamol Contraceptivos Orais O início da ação do Paracetamol pode ser retardado. Cumarínicos O paracetamol aumenta o efeito anticoagulante dos Cumarínicos Etanol O uso crônico do Etanol pode aumentar a hepatoxicidade do Paracetamol. Fenitoína A Fenitoína pode reduzir os níveis plasmáticos do Paracetamol por indução microssômica. Lamotrigina O Paracetamol reduz os níveis plasmáticos da Lamotrigina Propranolol O Propranolol pode diminuir o clearance do Paracetamol, elevando seus níveis plasmáticos. Rifampicina A Rifampicina pode reduzir os níveis plasmáticos do Paracetamol por indução microssômica. Sulfinpirazona A Sulfinpirazona pode reduzir os níveis plasmáticos do Paracetamol por indução microssômica. Além disso, o risco de hepatoxicidade aumenta. Tabaco O Tabaco acelera o metabolismo do Paracetamol.Mecanismo: Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos inalados pelo ato de fumar aceleram o metabolismo das drogas que utilizam o Citocromo P-448. É assim que o Tabaco aumenta o metabolismo de várias drogas, reduzindo 90 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores seus níveis plasmáticos. Observação: Citocromo P-448 é o nome dado a uma das famílias do Citocromo P-450. Piroxicam É um Antiinflamatório, anti-reumático. É um antiinflamatório não esteróide (AINE). Embora seu mecanismo de ação ainda não esteja completamente esclarecido, foi demonstrado que bloqueia a síntese de prostaglandinas por inibição da enzima cicloxigenase; inibe a migração de polimorfonucleares e monócitos às zonas inflamadas, diminui a produção do fator reumatóide, tanto sistêmico como no líquido sinoval, em pacientes com artrite reumatóide seropositiva. Não associar com ácido acetilsalicílico ou administração simultânea com outro AINE, porque não existe sinergisa entre eles e aumenta a possibilidade de reações adversas. Como sua união às proteínas é alta, pode deslocar outros fármacos ligados a elas; portanto, a dose em pacientes tratados com fármacos unidos às proteínas deverá ser controlada. Piroxicam aumenta os níveis plasmáticos estáveis do lítio e incrementa ligeiramente sua absorção quando administrado junto a cimetidina, mas as constantes de eliminação destas drogas não são modificadas. A associação com ácido acetilsalicílico produz uma diminuição nos níveis plasmáticos de piroxicam de até 80% dos valores normais. Não foram observados efeitos quando administrado com digitoxina, digoxina ou antiácido. Piroxicam Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Ácido Acetil Salicílico Evitar a administração conjunta. Provavelmente aumento da metabolização ou da eliminação. Diminuição das concentrações plasmáticas do piroxicam. Bloqueadores Beta- Adrenérgicos Administrar com precaução. Redução da ação antiinflamatória do piroxicam. Cetoprofeno Evitar a administração conjunta. Efeito aditivo. Aumento do risco de sangramento. Ritonavir Evitar a associação. Tramadol É Analgésico de ação central. Nos seres humanos e em animais, o tramadol é metabolizado principalmente por desmetilação O - e -N - e e conjugação subseqüente. De forma contrastante como no caso dos animais, nos seres humanos elimina-se muito mais droga intacta na urina. Quando combinado com barbitúricos, prolonga-se a duração da anestesia. Porém, na combinação simultânea do tramadol com um tranqüilizante, é provável que se obtenha um efeito favorável sobre a sensação de dor. Não deve ser combinado com inibidores da MAO. 91 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Tramadol Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Depressores do SNC Efeito aditivo. Potenciação da depressão do SNC. Inibidores da IMAO Não administrar simultaneamente. Graves complicações. Oxicodonas Evitar a administração conjunta. Efeito aditivo. Potencilazação da depressão do SNC. Risco de depressão respiratória, hipotensão e sedação profunda. 92 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores MEDICAMENTOS ANTIBIÓTICOS, ANTIINFECCIOSOS E ANTIPARASITÁRIOS Nesta sessão separamos os mecanismos de interações dos seguintes grupos/medicamentos, dispostos em ordem alfabética: ? Aciclovir ? Anfotericina B ? Antibióticos Aminoglicosídeos ? Antibióticos Macrolídeos ? Cefalosporinas ? Cetoconazol ? Cloranfenicol ? Fluconazol ? Griseofulvina ? Metronidazol ? Penicilinas ? Polimixina ? Quinolonas ? Sulfonamidas ? Tetraciclinas ? Vancomicina Aciclovir Atua contra os tipos I e II de herpes simples e vírus de varicela zoster, com baixa toxicidade para as células infectadas do homem. Quando penetra na célula infectada pelo vírus herpes, o aciclovir se fosforiza, convertendo-se no composto ativo aciclovirtrifosfato. Para este primeiro passo é necessária à presença da timidinacinase específica do vírus herpes simples. O aciclovir-trifosfato atua como inibir específico da DNA-polimerase do vírus herpes, evitando a posterior síntese de DNA viral sem afetar os processos celulares normais. Deverá ser utilizada com precaução em pacientes com alterações renais e, a fim de evitar acúmulo da droga, a dose será regulada em função da tabela de posologia. Observar a função renal em pacientes submetidos a transplantes renais, pelo aumento que produz da creatinina ou uréia sérica. Deverá ser indicado para mulheres grávidas somente quando a relação risco-benefício de sua aplicação aconselhar o seu uso. As mulheres com herpes genital são mais propensas a desenvolver câncer cervical, pelo que é necessário realizar um exame de Papanicolau anualmente ou com maior freqüência. A probenecida aumenta a meia-vida e as concentrações plasmáticas de aciclovir. O interferon ou o metatrexato administrados simultaneamente com aciclovir IV pode produzir anormalidades neurológicas. Aciclovir Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Probenecid O Probenecid aumenta a biodisponibilidade do Aciclovir. Zidovudina (Azidotimidina; Em ensaios controlados, o uso concomitante de Zidovudina com Trimetoprim-Sulfametoxazol ou com Pirimetamina não revelou aumento da 93 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores AZT) toxicidade. Porém, há relatos de dois casos de neurotoxicidade, com letargia e convulsões, quando se associou Zidovudina com Aciclovir. Anfotericina B Antibiótico antifúngico derivado de uma cepa de Streptomyces nodosus. Em geral, atua como fungistático; embora, em concentrações próximas aos limites superiores de tolerância possa ser fungicida. Atua por união aos esteróis da membrana celular do fungo, o que altera sua permeabilidade e a célula perde potássio e moléculas pequenas. Distribui-se em pulmões, fígado,baço, rins, glândula supra-renal, músculos e outros tecidos; sua união às proteínas é muito alta. Não se conhece seu metabolismo. Sua meia- vida inicial é de 24 a 48 horas e a meia-vida terminal é de 15 dias; elimina-se de forma lenta por via renal. Os corticóides, os inibidores de anidrose carbônica, ou a ACTH junto com anfotericina-B podem produzir hipopotassemia grave. Os glicosídeos digitais ou bloqueadores neuromusculares não despolarizantes podem aumentar o potencial de toxicidade por digital. Os diuréticos que produzem depleção de potássio ou os medicamentos nefrotóxicos podem aumentar o potencial de nefrotoxicidade. Anfotericina B Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Ácido Fosfonofórmico Aumento do risco de nefrotoxicidade. ACTH O uso concomitante de ACTH e Anfotericina B resulta em aumento da perda urinária de potássio. Ciclosporina A Anfotericina B pode aumentar a nefrotoxicidade da Ciclosporina. Corticosteróides A utilização de Corticosteróides pode agravar a hipopotassemia causada pela Anfotericina B. Corticotropina O uso concomitante de Corticotropina e Anfotericina B resulta em aumento da perda urinária de potássio. Diuréticos de Alça Risco aumentado de hipopotassemia. Relaxantes Musculares Despolarizantes A Anfotericina B pode aumentar os efeitos da Succinicolina. Pacientes com hipopotassemia ou hipocalcemia requerem doses menores de Succinilcolina. Tiazídicos Efeitos aditivos concernentemente a hipopotassemia. Antibióticos Aminoglicosídeos Os aminoglicosídeos formam um importante grupo de antibióticos, dos quais se destacam a estreptomicina, gentamicina, amicacina, tobramicina, sisomicina, canamicina e neomicina. São bactericidas, agem interferindo na síntese protéica bacteriana, promovendo a formação de proteínas defeituosas. São ativos contra bastonetes Gram- negativos, principalmente enterobacteriáceas, Pseudomonas e Serratia. A absorção dos aminoglicosídios no trato digestivo é desprezível; porém, são ativos na luz intestinal, quando administrados por via oral. Por essa razão, são administrados por vias parenterais para o tratamento de infecções sistêmicas. Distribuem-se bem pelos 94 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores tecidos, a partir do local da injeção. Cátions como Ca+2 e o Mg+2, e o meio anaeróbio, impedem a penetração do aminoglicosídio na célula bacteriana, impedindo sua ação. A excreção renal é feita por filtração glomerular, eliminando o agente na sua forma ativa. A ocorrência de nefropatia pode provocar níveis altos de aminoglicosídios na circulação, favorecendo a toxicidade. Os efeitos tóxicos mais comuns desses antibióticos são a nefrotoxicidade e a ototoxicidade. Antibióticos Aminoglicosídeos Principais Medicamentos deste Grupo: Amicacina; Canamicina; Estreptomicina; Gentamicina; Neomicina; Netilmicina; Ribostamicina; Sisomicina; Tobramicina. Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Ácido Etacrínico O Ácido Etacrínico aumenta a ototoxicidade dos Aminoglicosídeos. Ácido Fosfonofórmico Aumento do risco de nefrotoxicidade. Anticolinesterásicos Os Aminoglicosídeos, o Sulfato de Magnésio e a Procainamida podem antagonizar os efeitos dos Anticolinesterásicos. Interação importante em pacientes com miastenia gravis. Capreomicina A Capreomicina e os Aminoglicosídeos não devem ser usados concomitantemente, pelo risco de disfunção renal. Como a Capreomicina se inclui entre os agentes usados no tratamento da tuberculose, atenção para sua associação com Estreptomicina. Cefalosporinas Aumento da nefrotoxicidade, principalmente com a Cefalotina. Monitorar a função renal. Cisplatina O uso concomitante aumenta seriamente o risco de nefrotoxicidade. Difenidramina A Difenidramina pode mascarar sinais de ototoxicidade de alguns Antibióticos, como os Aminoglicosídeos. Digitálicos Quando Aminoglicosídeos são administrados por via oral, pode haver aumento dos níveis plasmáticos da Digoxina, possivelmente aumentando seus efeitos terapêuticos e tóxicos. Mecanismo: Alteração da flora intestinal. Dimenidrato O Dimenidrato pode mascarar sinais de ototoxicidade de alguns Antibióticos, como os Aminoglicosídeos. Diuréticos de Alça Os Aminoglicosídeos têm sua ototoxicidade aumentada por ação dos Diuréticos de Alça. Diuréticos de Alça Os Aminoglicosídeos têm sua ototoxicidade aumentada por ação dos Diuréticos de Alça. Indometacina Em prematuros, a Indometacina por via intravenosa, usada para fechamento do ducto arterioso, causou elevação dos níveis plasmáticos de Aminoglicosídeos, com sérias complicações renais. Penicilinas O sinergismo desses agentes terapêuticos está bem documentado. Porém, em pacientes urêmicos, as Penicilinas podem inativar os Aminoglicosídeos, por desaminação. Polimixina B O uso concomitante aumenta o risco de nefrotoxicidade. Relaxantes Musculares Despolarizantes Os efeitos relaxantes musculares são aumentados pelos Aminoglicosídeos. Depressão respiratória prolongada pode ocorrer. Relaxantes Musculares Não Despolariz. Os efeitos relaxantes musculares são aumentados pelos Aminoglicosídeos. Depressão respiratória prolongada pode ocorrer. Vancomicina Aumento da nefrotoxicidade. Monitorar função renal quando se usar esta associação. Antibióticos Macrolídeos 95 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Os antibióticos macrolídeos são caracterizados pela presença de um anel lactona macrocíclico em sua estrutura química e apresentam um espectro de ação limitado. Os principais macrolídeos de aplicação terapêutica são a azitromicina, claritromicina, eritromicina e roxitromicina São ativos contra bactérias Gram-positivas e micoplasma, e possuem boa atividade contra bactérias anaeróbias. Agem impedindo a síntese protéica, sendo bacteriostáticos. Os macrolídeos são bastante lipossolúveis, atravessando as barreiras celulares com facilidade. São bem absorvidos, quando administrados por via oral, biotransformados no fígado e parte pode ser eliminada de forma íntegra pela urina. Mesmo administrados por vias parenterais, esses antibióticos podem ser eliminados na forma ativa pela bile e novamente absorvidos. Um de seus efeitos adversos mais importante é, provavelmente, a irritação no local da aplicação intramuscular. Antibióticos Macrolídeos Principais Medicamentos deste Grupo: Azitromicina; Claritromicina; Eritromicina; Roxitromicina e Triacetiloleandomicina. Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Alprazolam Os Macrolídeos aumentam a biodisponibilidade do Alprazolam e do Triazolam. Benzodiazepínicos Os Macrolídeos aumentam a biodisponibilidade do Triazolam e do Alprazolam. Não há dados conclusivos sobre outros Benzodiazepínicos. Antiácidos Os Antiácidos reduzem a absorção dos Macrolídeos. Antihistamínicos Os Antihistamínicos Astemizol e Terfenadina podem ter seus níveis plasmáticos aumentados pelos Macrolídeos, tornando possível a ocorrência de sérios efeitos colaterais; entre esses efeitos, destaca-se o aumento do QT, com risco de arritmias cardíacas. Embora a Fexofenadina seja um Anti- Histaminíco bloqueador de receptores H1, e seja derivado da Terfenadina, diferentemente dela, não interage com o Cetoconazol, Itraconazol, Fluconazol e Miconazol, nem com os Macrolídeos. Sais de Alumínio Os Sais de Alumínio usados como antiácidos podem reduzir a absorção Azitromicina. Triazolam Os Macrolídeos aumentam a biodisponibilidade do Triazolam e do Alprazolam. Cefalosporina As cefalosporinas são antibióticos enquadrados dentro do conceito de drogas betalactâmicas, pois possuemsimilaridade estrutural com as penicilinas. A cefalosporina C é extraída de um fungo do gênero Cephalosporium e foi a partir dela, que se deu origem aos vários outros antibióticos que pertencem a esse grupo. Elas foram introduzidas na década de 1950, pelo fato de as penicilinas não serem mais efetivas contra estafilococos. São classificadas em celalosporinas de 1ª, 2ª e 3ª geração. Cefalosporina de 1ª Geração - Apresentam estreito espectro de ação antimicrobiana, atuam sobre bactérias Gram-positivas e são ativas contra estafilococcus produtores de penicilinase. São exemplos de cefalosporinas de primeira geração: cefadroxil, cefazolina, cefapirina, cefradina, cefalexina e cefalotina. Cefalosporina de 2ª Geração - São um pouco menos ativas do que as de primeira geração contra bactérias Gram-positivas; porém, tem maior atividade contra bactérias entéricas Gram-negativas. Exemplos: cefamandol, cefoxitina e cefaclor. 96 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Cefalosporinas de 3ª Geração - Possuem o maior espectro de ação contra bactérias Gram-negativas, inclusive apresentando certa estabilidade na presença de penicilinase, porém são menos ativas contra bactérias Gram-positivas. Exemplos: cefotaxima, moxalactama, cefoperazona, ceftriaxona e ceftazidima. Entre suas vantagens está sua atividade bactericida contra cocos Gram-positivos e bacilos Gram-negativos, que são clinicamente importantes. As cefalosporinas são primariamente excretadas pelo rim e, como a maioria das drogas, no caso de insuficiência renal, a dose deve ser reduzida. Uma exceção é a cefoperazona, a qual é primariamente eliminada na bile. Cefalosporina Principais Medicamentos deste Grupo: cefaclor, cefadroxil, cefalexina, cefalotina, cefamandol, cefapirina, cefazolina, cefoperazona, cefotaxima, cefoxitina, cefradina, ceftazidima, ceftriaxona e moxalactama. Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Alimentos Os alimentos retardam um pouco sua absorção mas não interferem de modo significativo em sua atividade. Alprostadil (PGE1) O uso concomitante aumenta o risco de hemorragias. Aminoglicosídeos Aumento da nefrotoxicidade, principalmente com a Cefalotina. Monitorar a função renal. Cumarínicos As Cefalosporinas com cadeia lateral metiltetrazoletiol (Cefamandol, Cefoperazona, Moxalactam e Cefotetam) aumentam o efeito hipoprotrombinêmico dos Cumarínicos. Etanol A ingestão de bebidas alcoólicas concomitantemente ou até 72 horas após o uso de Cefamandol, Cefoperazona, Moxalactam, ou Cefotetam pode causar reações do tipo Disulfiram (intolerância alcoólica aguda). Esses antibióticos apresentam cadeia lateral metiltetrazoletiol, que inibe a aldeído dehidrogenase, semelhantemente ao Disulfiram. Probenecid O Probenecid aumenta os níveis plasmáticos das Cefalosporinas e das Penicilinas. Inibição competitiva da secreção tubular renal desses antibióticos. Cetoconazol É uma droga fungistática, que pode ser fungicida conforme sua concentração. Inibe a biossíntese de ergosterol ou outros esteróis, lesando a membrana de parede celular do fungo e alterando sua permeabilidade; inibe a biossíntese de triglicérides e fosfolipídeos dos fungos e a atividade enzimática oxidativa e peroxidativa. A administração simultânea com medicação que diminui a secreção gástrica ou sua acidez (anticolinérgicos, antiácidos, bloqueadores H 2) diminui sua absorção. Existe possibilidade de risco de potenciação dos efeitos dos anticoagulantes orais do tipo da antivitamina K. Pode potencializar fármacos hepatotóxicos (ex: griseofulvina). Aumenta as concentrações plasmáticas da ciclosporina e o risco de nefrotoxicidade. O uso concomitante de antagonistas do receptor H 2 da histamina (cimetidina, famotidina, ranitidina) produz uma redução da absorção de cetoconazol. O uso concomitante da rifampicina ou a isoniazida produz um decréscimo significativo das concentrações séricas de cetoconazol ou de rifampicina. Junto com fenitoína, pode ocasionar alteração do metabolismo de um ou ambos os medicamentos. 97 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Cetoconazol Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Alimentos Os alimentos aumentam a absorção do cetoconazol. Antiácidos O aumento do pH gástrico pode inibir a absorção do Cetoconazol. Antihistamínicos Os Antihistamínicos Astemizol e Terfenadina podem ter seus níveis plasmáticos aumentados pelo Cetoconazol, Fluconazol, Itraconazol e Miconazol, tornando possível a ocorrência de sérios efeitos colaterais. Interação importante, já que muitos pacientes que estão a usar antifúngico necessitam eventualmente de Antihistamínicos. A interação não foi relatada com os Antihistamínicos: Azatadina, Brofeniramina, Carbinoxamina, Cetirizina, Ciproheptadina, Clorfeniramina, Difenidramina, Epinastina, Loratadina, Mequitazina, Prometazina, Ciclosporina O aumento dos níveis plasmáticos de Ciclosporina causado pelo Cetoconazol tem sido utilizado como recurso para se reduzir às doses de Ciclosporina. Atenção: risco de nefrotoxicidade. Cimetidina O cetoconazol tem sua absorção prejudicada pela Cimetidina. Corticosteróides O Cetoconazol pode aumentar a biodisponibilidade e reduzir o clearance dos Corticosteróides, havendo risco de toxicidade. Cumarínicos Pode haver aumento do efeito anticoagulante. Delavirdina O cetoconazol aumenta os níveis plasmáticos da Delavirdina. Fexofenadina Embora a Fexofenadina seja um Anti-Histaminíco bloqueador de Receptores H1, e seja derivado da Terfenadina, diferentemente dela, não interage com o Cetoconazol, Itraconazol, Fluconazol e Miconazol. Indinavir O cetoconazol eleva os níveis plasmáticos do Indinavir. Isoniazida A Isoniazida diminui a biodisponibilidade do Cetoconazol. Rifampicina Ritovanir eleva os níveis do cetoconazol. Sildenafil O cetoconazol eleva os níveis plasmáticos do Sildenafil. Sucralfate O Sucralfate reduz a biodisponibilidade do Cetoconazol. Cloranfenicol É um antibiótico bacteriostático de amplo espectro. Também pode ser bactericida em concentrações elevadas ou quando usado contra microrganismos altamente sensíveis. É lipossolúvel; difunde-se através da membrana celular bacteriana e se une de forma reversível à subunidade 50 S dos ribossomos bacterianos, onde evita a transferência de aminoácidos às cadeias peptídicas em formação. Não foi estabelecido o mecanismo pelo qual se produz anemia aplástica irreversível. Calcula-se que o mecanismo responsável da mielodepressão reversível (dependente da dose), durante sua administração e após esta, se relaciona com a inibição da síntese protéica mitocondrial nas células da medula óssea. É absorvido com facilidade e por completo no trato gastrintestinal. Distribui-se por todo o organismo de forma ampla, porém não uniforme. Atinge as concentrações mais altas no fígado e no rim. Atravessa a placenta e as concentrações séricas fetais podem ser de 30 a 80% dos níveis séricos maternos.Alcança concentrações terapêuticas nos humores aquoso e vítreo do olho. No líquido cefalorraquidiano, as concentrações podem ser de 21 a 50% das séricas, através de meninges não inflamadas, e de 45 a 89% através 98 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores de meninges inflamadas. Sua união às proteínas é de baixa a moderada. O metabolismo é hepático, 90% conjugados a glicurônido inativo. O uso simultâneo com mielodepressores e radioterapia podem aumentar os efeitos depressores sobre a medulaóssea. O uso conjunto com anticonvulsivos do grupo das hidantoínas pode aumentar os efeitos tóxicos destes por inibição da atividade enzimática microssômica. Não se recomenda a associação com eritromicina ou lincomicinas, porque o cloranfenicol pode deslocar ou evitar sua união às subunidades 50 S dos ribossomos bacterianos e antagonizar deste modo os efeitos destes antibióticos. A administração com hipoglicemiantes orais pode potencializar o efeito destes, devido a um deslocamento das proteínas séricas. O cloranfenicol pode aumentar a meia-vida do dicumarol e da fenitoína por inibir as enzimas que degradam estes fármacos. Cloranfenicol Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Barbitúricos O Cloranfenicol pode inibir o metabolismo do Fenobarbital (Bloqueio metabólico), os Barbitúricos podem acelerar o metabolismo do Cloranfenicol (Indução enzimática). O melhor a fazer é, tanto quanto possível, evitar a associação. Ciclofosfamida Pode haver redução da eficácia da Ciclofosfamida. Cumarínicos O efeito anticoagulante pode aumentar. Etanol Aumento dos efeitos do etanol; possível reação do tipo dissulfiram de grau leve. Inibição da aldeídodesidrogenase. Fenitoína Interação complexa. Os níveis de Fenitoína podem aumentar; além disso, os níveis de Cloranfenicol podem aumentar ou diminuir. Penicilinas Efeitos sinergísticos ou antagônicos podem ocorrer, na dependência do microorganismo. Rifampicina O uso concomitante pode reduzir os níveis plasmáticos do Cloranfenicol, presumivelmente pelo efeito indutor enzimático da Rifampicina. Sais de Ferro Pode haver aumento dos níveis plasmáticos do ferro. Sulfoniluréias O Cloranfenicol aumenta o efeito hipoglicemiante das Sulfoniluréias. Vitamina B12 Em pacientes com anemia perniciosa, o uso concomitante pode reduzir a eficácia da Vitamina B12. Zalcitabina A neuropatia periférica que surge em 17 a 31% dos pacientes que usam a Zalcitabina pode tornar-se mais frequente quando se associam com algumas drogas, entre elas o cloranfenicol. Fluconazol O fluconazol é membro da família de agentes antifúngicos triazólicos; é um inibidor potente e específico da síntese de esteróides nos fungos. O fluconazol, administrado tanto por via oral como intravenosa, é ativo em uma variedade de infecções fúngicas em animais. Sua atividade foi demonstrada contra micoses oportunistas, como as infecções por Candida spp. Incluindo candidíase sistêmica e em animais imunocomprometidos; por Criptococcus neoformans, incluindo infecções intracranianas; por Microsporum spp. E por Trichophyton spp. O fluconazol também demonstrou ser ativo em animais com micose endêmica, incluindo infecções por Blastomyces dermatidis, Coccidioides immitis, incluindo infecções 99 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores intracranianas, e por Histoplasma capsulatum em animais normais e imunocomprometidos.As propriedades farmacodinâmicas do fluconazol são similares após a administração por via oral ou intravenosa. É bem absorvido após administração oral e os níveis plasmáticos (e a biodisponibilidade sistêmica) estão acima de 90% dos obtidos após administração intravenosa. A absorção oral não é afetada pela ingestão simultânea de alimentos. Em relação às suas interações, o fluconazol incrementa o tempo de protrombina após a administração de anticoagulantes varfarínicos; recomenda-se um cuidadoso monitoramento do tempo de protrombina em pacientes que recebem anticoagulantes cumarínicos. O fluconazol prolonga a meia-vida plasmática das sulfoniluréias orais administradas concomitantemente (clorpropamida, glibenclamida, glipizida e tolbutamida) em voluntários sadios. O fluconazol e as sulfoniluréias orais podem ser co-administrados em pacientes diabéticos, mas se deve levar em consideração a possibilidade de um episódio de hipoglicemia. Em um estudo de interação farmacocinética, a co-administração de hidroclorotiazida em doses múltiplas, em voluntários sadios que receberam fluconazol, incrementou as concentrações plasmáticas do mesmo em 40%.A administração conjunta de fluconazol e fenitoína pode incrementar os níveis dessa a um grau clinicamente significativo; caso necessário administrar ambos os fármacos em conjunto; os níveis de fenitoína devem ser monitorados e sua dose ajustada para manter os níveis terapêuticos. A administração concomitante de fluconazol e rifampicina resulta na diminuição de 25% da área sob a curva e uma meia-vida mais curta do fluconazol (reduzida em aproximadamente 20%). Nos pacientes que recebem rifampicina simultaneamente deve considerar-se um aumento na dose de fluconazol. Recomenda-se monitorar a concentração plasmática de ciclosporina em pacientes que recebem fluconazol.Os pacientes que recebem doses elevadas de teofilina ou aqueles que se encontram em risco de toxicidade por essa razão devem ser observados quanto à manifestação de sinais de toxicidade com teofilina, enquanto estiverem recebendo fluconazol, e modificar apropriadamente a terapia caso ocorram sinais de toxicidade. Fluconazol Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Antihistamínicos Os Antihistamínicos Astemizol e Terfenadina podem ter seus níveis plasmáticos aumentados pelo Cetoconazol, Fluconazol, Itraconazol e Miconazol, tornando possível a ocorrência de sérios efeitos colaterais; Interação importante, já que muitos pacientes que estão a usar antifúngicos necessitam eventualmente de Antihistamínicos.A interação não foi relatada com os Antihistamínicos: Azatadina, Brofeniramina, Carbinoxamina, Ciproheptadina, Clorfeniramina, Difenidramina, Loratadina, Prometazina, Trimeprazina, Triprolidina, Cetirizina, Epinastina e Mequitazina. Celecoxib O Celecoxib é metabolizado pelo Citocromo P-450 2C9 e, portanto, interage com outras drogas que são metabolizadas pela mesma enzima, entre elas o fluconazol, que eleva os níveis plasmáticos do Celecoxib. Indinavir O Fluconazol reduz os níveis plasmáticos do Indinavir. Ritonavir O Fluconazol tem seus níveis elevados pelo Ritonavir. Sulfoniluréias Possível aumento dos níveis plasmáticos das Sulfoniluréias, com risco de hipoglicemia. 100 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Griseofulvina A griseofulvina inibe a mitose de células fúngicas produzindo ruptura da estrutura do fuso acromático mitótico: detém, assim, a metáfase da divisão celular. Deposita-se em graus variáveis nas células precursoras de queratina da pele, cabelo e unhas em graus variáveis, o que aumenta a resistência da queratina ante a invasão fúngica. Como a queratina infectada muda, repõe-se com o tecido são. A forma micronizada tem uma absorção que varia de 25 a 70% de uma dose oral, e a forma ultramicronizada é absorvida quase por completo. A absorção é potencializada significativamente durante a ingestão de alimentação gordurosa ou após esta. Com o álcool, podem potencializar-se os efeitos da griseofulvina e originar taquicardia, diaforese e sufocos. Os anticoagulantes derivados da cumarina podem diminuir sua ação devido ao metabolismo acelerado dos anticoagulantes, secundário à estimulação da atividade de enzimas microssômicas hepáticas. Os efeitos antifúngicos da griseofulvina podem diminuir quando usada simultaneamente com barbitúricos ou primidona e, principalmente, com fenobarbital. Diminui a eficácia dos anticoncepcionais orais que contêm estrogênios, devido à estimulação das enzimas microssômicas hepáticas, que origina uma diminuição das concentrações séricas de estrogênios, o que pode provocar hemorragia intermenstrual ou amenorréia. Diminui as concentrações séricasde mexiletina, porque acelera seu metabolismo. Griseofulvina Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Ácido Retinóico Administrar com precaução. Indução do citocromo P-450, o que acarreta aumento da depuração hepática do ácido retinóico. Possível redução dos níveis séricos do ácido retinóico. Alimentos Os alimentos ricos em gordura favorecem a absorção intestinal da griseofulvina. Aumento dos níveis séricos da griseofulvina. Barbitúricos Há evidências de que o Fenobarbital possa interferir na absorção da Griseofulvina, reduzindo seus níveis plasmáticos; porém, a relevância dessa interação ainda foi estabelecida. Bromocriptina Evitar a administração conjunta, se possível. Indução das enzimas microssômicas, o que acarreta aumento da eliminação da bromocriptina. Perda da ação terapêutica da ação da bromocriptina. Contraceptivos Orais As Penicilinas, Tetraciclinas e Griseofulvina podem reduzir os efeitos farmacológicos dos Contraceptivos Orais, possivelmente por alteração do metabolismo desses hormônios na alça intestinal, em decorrência de alterações na flora. Irregularidades menstruais e gravidez podem ocorrer. Cumarínicos A griseofulvina reduz o efeito anticoagulante dos cumarínicos por indução enzimática. Progestogênios Administrar com precaução. Seria conveniente utilizar método contraceptivo alternativo. Indução de enzimas microssômicas. Redução da eficácia dos progestogênios e risco de gravidez quando estes fármacos são usados como anovulatórios. Varfarina Administrar com precaução. Indução de enzimas microssômicas. Redução do efeito anticoagulante. 101 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Metronidazol Pertence ao grupo dos nitroimidazóis, ativo contra a maioria das bactérias anaeróbias obrigadas e protozoários, mediante a redução química intracelular que é efetuada por mecanismos únicos do metabolismo anaeróbico. O metronidazol reduzido, que é citotóxico, porém de vida curta, interage com o DNA e produz uma perda da estrutura helicoidal, ruptura da cadeia e inibição resultante da síntese de ácidos nucléicos e morte celular. Absorve-se bem por via oral, atravessa a placenta e a barreira hematoencefálica. Sua união às proteínas é baixa, metaboliza-se no fígado por oxidação da cadeia lateral e conjugação com o glicurônio do 2-hidroximetil (também ativo) e outros metabólitos. Não é recomendável o uso simultâneo com álcool, porque pode produzir acúmulo de acetaldeído por interferência com a oxidação do álcool e originar cãibras abdominais, náuseas, vômitos e cefaléias. Os anticoagulantes potencializam seu efeito, igual ao do metronidazol, devido à inibição do metabolismo enzimático dos anticoagulantes. O uso simultâneo com dissulfiram deve ser evitado porque pode produzir confusão e reações psicóticas. Metronidazol Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Alimentos A absorção do Metronidazol não é afetada pelos alimentos. A ingesão de Etanol pode causar reação do tipo dissulfiram. Barbitúricos Há evidências de que os Barbitúricos podem reduzir a eficácia antimicrobiana do Metronidazol. Cimetidina A Cimetidina aumenta os níveis plasmáticos do metronidazol, metabolizado no fígado via Citocromo P-450. Cumarínicos O metronidazol aumenta os efeitos anticoagulantes dos cumarínicos, por inibição metabólica. Disulfiram Casos de psicose tóxica aguda já foram descritos em pacientes que usaram essa associação. Etanol Reação Disulfiram-simile é possível. Fenitoína A meia vida de eliminação da Fenitoína pode ser prolongada. Lítio O Metronidazol pode elevar os níveis plasmáticos de Lítio. Ritonavir O metronidazol tem seus níveis elevados pelo Ritonavi. Zalcitabina A neuropatia periférica que surge em 17 a 31% dos pacientes que usam a Zalcitabina pode tornar-se mais frequente quando se associam com certas drogas, como por exemplo, o metronidazol. Penicilinas Descoberta por Fleming em 1929 foi o primeiro antibiótico a ser usado. A penicilina natural é obtida por fermentação do fungo Penicilium e até hoje permanece como um 102 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores excelente antimicrobiano frente a inúmeras infecções. A partir do momento em que se descobriu o seu núcleo central, uma série de derivados foi obtida em laboratório, constituindo o grupo das penicilinas semi-sintéticas. As penicilinas interferem na síntese da parede celular. A não formação da parede celular implica na perda da integridade celular e a sua conseqüente ruptura leva a bactéria à morte. Efeito tipicamente bactericida. Os microrganismos Gram-positivos são mais sensíveis a esse grupo de antibióticos. Os sais de penicilina, como a Penicilina G procaínica, possuem absorção e excreção lenta, assegurando 12 ou 24h, pelo menos, de níveis plasmáticos desejáveis. Raramente o antibiótico atinge o cérebro. A excreção é essencialmente renal, mas pode- se encontrar pequena quantidade na bile e fezes. As penicilinas podem ser classificadas em: a) Penicilina G cristalina b) Penicilina G procaínica c) Penicilina G benzatinica d) Penicilina semi-sintética e) Penicilina V Penicilina G Cristalina O seu uso se restringe a doenças graves, que exigem doses altas de penicilina e uso contínuo. A via intramuscular para a penicilina G cristalina não é muito aconselhável por ser fortemente dolorosa. Penicilina G Procaína É indicada no tratamento de infecções de moderada ou de pequena gravidade, causadas por germes sensíveis à penicilina como, actinomicose, listeriose, pneumonias, faringites, difteria, otites, abcessos e na profilaxia do tétano. Penicilina G Benzatínica É de uso exclusivamente intramuscular, sendo lentamente absorvida e só atinge níveis séricos eficientes oito horas após a aplicação e mantendo-se até por cerca de 7 a 10 dias em baixos níveis. Indicada nas faringites, broncopneumonias, pneumonias e como complementação terapêutica do tratamento de certas doenças, em que se empregam penicilinas de absorção mais rápida. Penicilinas Semi-Sintéticas Produzidas em laboratório pela adição de diferentes radicais à estrutura original das penicilinas naturais. São divididas em três grupos: penicilinas semi-sintéticas antiestafilocócicas, as de amplo espectro e as de curto espectro. 103 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Penicilinas Antiestafilocócicas São resistentes as betalactamases (penicilinases), sendo utilizadas no tratamento de infecções por estafilococos produtores de penicilinase; portanto, são resistentes à penicilina. Exemplos: Oxacilina, Cloxacilina e Dicloxacilina. Penicilinas de amplo espectro Distribuem-se bem por todo organismo, inclusive no líquor, placenta e feto. Sua eliminação se dá por via urinária em níveis elevados. É inativa para estafilococos produtores de betalactamase. Exemplos: Ampicilina, Amoxicilina e Hetacilina. Penicilina V Quimicamente, a penicilina V é a fenoximetil-penicilina, e a principal diferença em relação à penicilina G é de natureza farmacocinética, pois é resistente ao pH estomacal, podendo ser administrada por via oral. É ativa sobre microrganismos Gram positivos, cocos Gram negativos e espiroquetas. Diferentemente da penicilina G, não tem ação sobre bacilos Gram negativos, com exceção de cepas do Haemophilus. É inativada pela enzima betalactamase. Penicilinas Principais destaques desta Classe: Amoxicilina; Ampicilina;Oxacilina; Penicilina G e Penicilina V. Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Alopurinol A incidência de “rashes" cutâneos provocados pela Ampicilina aumenta significativamente quando se usa concomitantemente o Alopurinol. Mas, o mesmo estudo permite concluir, alternativamente, que os pacientes hiperuricêmicos apresentam uma maior incidência de " rashes" provocados pela Ampicilina. Aminoglicosídeos O sinergismo desses agentes terapêuticos está bem documentado. Porém, em pacientes urêmicos, as Penicilinas podem inativar os Aminoglicosídeos, por desaminação. Antiinflamatórios Não Esteróides Os Antiinflamatórios Não esteróides podem prolongar a meia vida da Penicilina G por redução de sua secreção tubular. Betabloqueadores Adrenérgicos Relatos de casos parecem indicar que os Betabloqueadores potencializam as reações anafiláticas causadas pelas Penicilinas. Cloranfenicol Efeitos sinergísticos ou antagônicos podem ocorrer, na dependência do microorganismo. Contraceptivos Orais As Penicilinas, Tetraciclinas e Griseofulvina podem reduzir os efeitos farmacológicos dos Contraceptivos Orais, possivelmente por alteração do metabolismo desses hormônios na alça intestinal, em decorrência de alterações na flora. Irregularidades menstruais e gravidez podem ocorrer. Cumarínicos Aumento da tendência de hemorragia, quando se penicilina por via parenteral com os cumarínicos. Eritromicina Pode ocorrer sinergismo ou antagonismo, na dependência do microorganismo. Etanol A ingestão de bebidas alcoólicas pode, teoricamente, aumentar a degradação das Penicilinas. O significado clínico dessa interação é desconhecido. 104 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Metotrexate A Carbenicilina pode elevar significativamente os níveis plasmáticos do Metotrexate, requerendo atenção para sinais de toxicidade. Outras Penicilinas, em altas doses, podem apresentar a mesma interação. Probenecid O Probenecid aumenta os níveis plasmáticos das Cefalosporinas e das Penicilinas. Mecanismo: Inibição competitiva da secreção tubular renal desses antibióticos. Sulfonamidas As Sulfonamidas podem inibir significativamente a absorção da Oxacilina. Tetraciclinas A ação bacteriostática das Tetraciclinas pode inibir a ação bactericida das Penicilinas. Dependendo dos microorganismos, há exceções. Polimixina B A polimixina pertence juntamente com a colestina (polimixina E), a bacitracina e a tirotricina ao grupo dos antibióticos denominados polipeptídicos, por serem extraídos da bactéria Bacillus polimyxa. Caracteriza-se por possuir um espectro reduzido que cobre fundamentalmente microrganismos Gram-negativos. Age basicamente ao nível da membrana celular bacteriana, alterando a permeabilidade e o metabolismo, o que conduz à morte por lise celular. É pouco absorvida por via oral, mas desenvolve uma ação local ou in situ, que é aproveitada para o tratamento de infecções gastrintestinais (gastroenterite, enterocolite), associada com substâncias adstringentes ou antidiarréicas. Tem amplo uso como antibiótico tópico em diversas formas farmacêuticas (cremes, gotas óticas, colírios). É um fármaco de limitada disponibilidade e pouca penetração tissular, em LCR, pleura e articulações. Bloqueadores neuromusculares: somação e sinergismo que podem provocar quadros miasteniformes, parada respiratória. Polimixina B Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Gluconato de Potássio Realizar monitoração dos níveis de potássio no sangue. Aumento da eliminação de potássio. Aumento das necessidades de potássio. Vancomicina Evitar a administração conjunta. Efeito aditivo. Potenciação da nefrotoxicidade de ambos os fármacos. Aminoglicosídeos O uso concomitante aumenta o risco de nefrotoxicidade. Relaxantes Musculares Não Despolarizantes Aumento do bloqueio neuromuscular. Quinolonas As quinolonas são um grupo de substâncias químicas antibacterianas, com aplicação tanto em medicina veterinária, como em medicina humana. Existem quinolonas de primeira geração e segunda geração (fluorquinolonas). Primeira geração: ácido nalidíxico, flumequina e o ácido oxonílico. 105 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Segunda geração (fluorquinolonas): enrofloxacin, norfloxacin, ciprofloxacine pefloxacin. As quinolonas são antimicrobianos bactericidas e sua atividade se relaciona à inibição da enzima DNA girase, impedindo o enrolamento da fita de DNA. Essas drogas não inibem a atividade dessa enzima nos mamíferos. A via oral é a principal via de administração. O grau de biotransformação das quinolonas é bastante variável. O ácido nalidíxico, em sua maior parte, é excretado na urina como um conjugado inativo; por outro lado, as fluorquinolonas são parcialmente biotransformadas, sendo excretadas na urina e na bile em altas concentrações como substância ativa. Quinolonas Principais Medicamentos deste Grupo: Ciprofloxacina, Enoxacina, Levofloxacina, Lomefloxacina, Norfloxacina, Ofloxacina e Pefloxacina: Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Antiácidos Os Antiácidos reduzem signifificativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. Betabloqueadores Adrenérgicos A biodisponibilidade dos Betabloqueadores Adrenérgicos que são metabolizados pelo Citocromo P-450, como o Propranolol e o Metoprolol, pode aumentar pelo uso da Ciprofloxacina, que é um bloqueador metabólico. Não há referências particulares sobre outros betabloqueadores. Cafeína As Quinolonas, por inibição metabólica, aumentam os níveis plasmáticos da Cafeína. A Ofloxacina parece não apresentar esse efeito. Ciclosporina As Quinolonas podem aumentar a nefrotoxicidade da Ciclosporina. Cumarínicos Aumento do efeito anticoagulante. Didanosina A Didanosina reduz significativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. Como essas drogas podem ser conjuntamente necessárias no tratamento de aidéticos, há que separar sua administração por um intervalo mínimo de 2 horas. Metoprolol A biodisponibilidade dos Betabloqueadores Adrenérgicos que são metabolizados pelo Citocromo P-450, como o Propranolol e o Metoprolol, pode aumentar pelo uso da Ciprofloxacina. Nitrofurantoína A Nitrofurantoína pode antagonizar o efeito antimicrobiano da Ciprofloxacina no trato urinário. Probenecid O Probenecid reduz o clearance renal das Quinolonas. Propranolol A biodisponibilidade dos Betabloqueadores Adrenérgicos que são metabolizados pelo Citocromo P-450, como o Propranolol e o Metoprolol, pode aumentar pelo uso da Ciprofloxacina. Sais de Ferro Os Sais de Ferro reduzem significativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. Sais de Zinco Os Sais de Zinco reduzem significativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. Sucralfate O Sucralfate reduz significativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. Teofilina A interação é complexa. Os dados de literatura são conflitantes, mas os relatos, em sua maioria, indicam que a Norfloxacina, Ciprofloxacina e Enoxacina aumentam os níveis plasmáticos de Teofilina. Com relação à Ofloxacina e à Pefloxacina, os dados não são conclusivos. A Lomefloxacina parece não interagir com a Teofilina. 106 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Sulfonamidas São agentes antimicrobianos, bacteriostáticos e em altas concentrações possuem efeito bactericida, mas nessas condições, podem causar graves reações adversas. Inibemos crescimentos bacterianos, interferindo na utilização do ácido paraminobenzóico (PABA) por parte dos microrganismos. De uma maneira geral, apresentam grande espectro de ação, atingindo bactérias Gram-positivas e negativas, mas existem microrganismos que não requerem ácido fólico para o crescimento ou podem usar o ácido fólico pré-formado, e esses são, portanto, resistentes as sulfonamidas. As sulfonamidas são classificadas de acordo com suas características farmacocinéticas: Sulfonamidas Sistêmicas São sulfas que quando administradas irão agir no organismo animal de uma maneira generalizada e não local. São divididas em: A) Sulfas de ação curta: sulfisoxazol, sulfametizol, sulfaclorpiridazina, sulfadiazina, sulfacetamida, sulfamerazina, sulfametazina. B) Sulfas de ação intermediária: sulfametoxazol, sulfafenazol. C) Sulfas de ação Longa: sulfametoxipiridazina, sulfadimetoxina, sulfadoxina, sulfametildiazina, sulfametoxipirazina. Sulfonamidas para uso oral e ação intestinal As que drogas citadas a seguir atuam n aluz do intestino quando administradas por via oral, sendo elas: sulfaguanidina, ftalilsulfatiazol, succinilsulfatiazol, ftalilsulfacetamida, salicilazosulfapiridina, nitrosulfadiazol. Sulfonamidas de Uso Tópico O Sulfisoxazol e a sulfacetamida são destinadas ao uso tópico. Com exceção daquelas sulfonamidas preparadas para atuarem localmente, como as sulfas de ação entérica, que não são absorvidas, a administração oral das sulfas resulta em absorção, podendo a taxa de absorção variar enormemente entre elas, dependendo do tipo de sulfa utilizada. As sulfas distribuem-se por todos os tecidos, atravessando inclusive a barreira hematoencefálica e placentária. Após a absorção, distribuição e, em alguns casos, transformação metabólica, as sulfonamidas são eliminadas na urina, fezes, bile, suor e lágrimas. Entretanto, o rim está primariamente envolvido na excreção dessas drogas. A cristalização das sulfonamidas nos túbulos renais pode ocorrer quando há concentração da droga dentro dos líquidos tubulares e o pH da urina diminuir. 107 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Sulfonamidas Principais Medicamentos deste Grupo: ftalilsulfacetamida, ftalilsulfatiazol, nitrosulfadiazol, salicilazosulfapiridina, succinilsulfatiazol, sulfacetamida, sulfacetamida,sulfaclorpiridazina, sulfadiazina, sulfadimetoxina, sulfadoxina, sulfafenazol, sulfaguanidina, sulfamerazina, sulfametazina, sulfametildiazina, sulfametizol,sulfametoxazol, sulfametoxipirazina, sulfametoxipiridazina, sulfisoxazol e sulfisoxazol. Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Ácido Fólico As Sulfonamidas podem produzir deficiência de folatos. Alimentos O Etanol tem seus efeitos potencializados pelas Sulfonamidas. Aminobenzoato de Potássio O Aminobenzoato de Potássio antagoniza a ação das Sulfonamidas. Barbitúricos Os efeitos anestésicos do Tiopental podem aumentar. Ciclosporina Aumento do risco de nefrotoxicidade. Cumarínicos As sulfonamidas aumenta o efeito anticoagulante dos cumarínicos por deslocamento do Cumarínico de sua ligação protéica. Digitálicos A Sulfasalazina diminui a biodisponibilidade da Digoxina. Fenitoína As Sulfonamidas podem elevar os níveis plasmáticos da Fenitoína por inibição metabólica. Folatos As Sulfonamidas podem produzir deficiência de folatos. Metotrexate Os níveis plasmáticos do Metotrexate podem se elevar por alteração da ligação protéica. Risco de toxicidade. Penicilinas As Sulfonamidas podem inibir significativamente a absorção da Oxacilina. Sulfoniluréias Os níveis plasmáticos das Sulfoniluréias podem aumentar, com risco de hipoglicemia. Tetraciclinas São classificadas como antibiótico de largo espectro de ação antimicrobiana. Atuam sobre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, Clamídias, Riquétsias e até sobre alguns protozoários. As tetraciclinas inibem a síntese protéica dos microrganismos sensíveis, ligando-se aos ribossomas e impedindo a fixação do RNA transportador. A grande maioria das tetraciclinas é absorvida por via oral; porém, muitos fatores interferem nessa via de administração, comprometendo a biodisponibilidade do antibiótico. O local onde ocorre a absorção é o intestino delgado, e uma pequena quantidade pode ser captada pela mucosa estomacal de monogástricos. A administração oral com alimentos derivados do leite, preparações vitamínicas, antiácidos e catárticos diminui a absorção da maioria das tetraciclinas, em virtude da formação de sais insolúveis. Após a absorção, as tetraciclinas distribuem-se amplamente pelo organismo, atingindo concentrações significativas na pele, pulmão, rins, músculos, fígado, globo ocular e líquidos orgânicos, podendo difundir-se pela placenta. A barreira hematoencefálica não é atravessada de maneira significativa. A administração intramuscular é irritante, não sendo adequada, embora o cloridrato de oxitetraciclina seja indicado para a aplicação parenteral. 108 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Tetraciclinas Principais Medicamentos deste Grupo: Demeticlortetraciclina, Doxiciclina, Fosfato de Tetraciclina, Minociclina e Oxitetraciclina. Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações Alimentos Os alimentos interferem de modo importante na absorção das Tetraciclinas: os cálcios presentes no leite e derivados causam formação de quelatos e precipitados, diminuindo a absorção das Tetraciclinas. Antiácidos Os Antiácidos contendo Alumínio, Cálcio, Magnésio ou Zinco, os Sais de Bismuto e outros cátions divalentes e trivalentes impedem a absorção das Tetraciclinas por causa da formação de quelatos pouco solúveis. Barbitúricos Os Barbitúricos, a Carbamazepina e a Fenitoína podem acelerar o metabolismo das Tetraciclinas, por indução enzimática, comprometendo sua eficácia antibiótica. Cimetidina As seguintes drogas têm sua absorção prejudicada pela Cimetidina: Sais de Ferro, Indometacina, Cetoconazol e Tetraciclinas. Contraceptivos Orais As Penicilinas, Tetraciclinas e Griseofulvina podem reduzir os efeitos farmacológicos dos Contraceptivos Orais, possivelmente por alteração do metabolismo desses hormônios na alça intestinal, em decorrência de alterações na flora. Irregularidades menstruais e gravidez podem ocorrer. Digitálicos A Eritromicina e as Tetraciclinas podem elevar os níveis plasmáticos da Digoxina por alteração da flora intestinal. Inibidores da ECA O Quinapril reduz a absorção das Tetraciciclinas em 20 a 40%, possivelmente pelo alto conteúdo de magnésio presente nos comprimidos. Insulina As tetraciclinas aumentam o efeito da Insulina. Penicilinas A ação bacteriostática das Tetraciclinas pode inibir a ação bactericida das Penicilinas. Dependendo dos microorganismos, há exceções. Lítio As Tetraciclinas podem aumentar ou diminuir os níveis de Lítio. Sais de Alumínio Os Antiácidos contendo Alumínio, Cálcio, Magnésio ou Zinco, os Sais de Bismuto e outros cátions divalentes e trivalentes impedem a absorção das Tetraciclinas por causa da formação de quelatos pouco solúveis. Sais de Bismuto Os Antiácidos contendo Alumínio, Cálcio, Magnésio ou Zinco, os Sais de Bismuto e outros cátions divalentes e trivalentes impedem a absorção das Tetraciclinas por causa da formação de quelatos pouco solúveis. Sais de Cálcio Os Antiácidos contendo Alumínio, Cálcio, Magnésio ou Zinco, os Sais de Bismuto e outros cátions divalentes e trivalentes impedem a absorção das Tetraciclinas por causa da formação de quelatos pouco solúveis. Sais de Ferro Os Sais de Ferro impedem a absorção
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