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CURSO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 04

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Curso de 
Interações Medicamentosas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos 
na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
82 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
MÓDULO IV 
 
 Neste módulo iniciaremos os estudos das interações medicamentosas com os 
medicamentos/grupos selecionados por serem considerados importantes para nosso 
estudo. Cada medicamento/grupo traz um a pequena introdução seguido de uma tabela 
correlacionando suas interações até então estudadas. 
 
 
MEDICAMENTOS ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS: 
 
 
Ácido Acetil Salicílico 
 
Os salicilatos deslocam de sua ligação protéica a sulfolinuréia, penicilina, tiroxina, 
triiodotironina, fenitoína e naproxeno, potencializando seus efeitos. Os salicilatos 
potenciam o efeito dos anticoagulantes orais e de probenecid. Não é recomendado o uso 
prolongado e simultâneo de paracetamol, pois aumenta o risco de nefropatia. Os 
acidificantes urinários (ácido ascórbico, fosfato sódico ou potássico, cloreto de amônio) 
dão lugar a maiores concentrações plasmáticas de salicilato, por diminuir sua excreção. 
Os glicocorticóides aumentam a excreção de salicilato e, portanto, a dose deverá ser 
adequada. O uso simultâneo com outros analgésicos antiinflamatórios Não-Esteróides 
pode aumentar o risco de hemorragias devido à inibição adicional da agregação 
plaquetária. 
Os principais Inibidores da Anidrase Carbônica são a Acetazolamida, a 
Diclorfenamida e a Metazolamida. As interações medicamentosas de relevância são as 
mesmas para as três drogas. O uso concomitante de Acetazolamida e Salicilatos pode 
causar acidose metabólica e depressão do sistema nervoso central; a acidose também 
facilita a penetração dos salicilatos no sistema nervoso central. Os Inibidores da Anidrase 
Carbônica alcalinizam a urina e, por isso, aumentam a excreção do AAS.Por outro lado o 
uso concomitante de ambos pode causar toxicidade do sistema nervoso central. Dados 
conflitantes na literatura. 
 
Ácido Acetil Salicílico 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Acidificantes Urinários 
 Os Acidificantes Urinários reduzem a eliminação renal do Ácido Acetil 
Salicílico. Mecanismo: redução do pH urinário, com consequente diminuição 
da fração ionizada do Ácido Acetil Salicílico. 
Ácido Etacrínico O Ácido Acetil Salicílico pode reduzir o efeito dos Diuréticos de Alça (inibição de prostaglandinas). 
Ácido Valpróico O Ácido Acetil Salicílico aumenta os níveis plasmáticos o Ácido Valpróico por interferir na ligação protéica. 
Ácidos Omega 3 O uso concomitante pode aumentar o tempo de sangramento. 
Alcalinizantes Urinários Os Alcalinizantes Urinários aumentam a excreção urinária do Ácido Acetil Salicílico. 
Anti-Inflamatórios Não-
Esteróides 
O Ácido Acetil Salicílico pode diminuir os níveis plasmáticos dos Anti 
Inflamatórios Não-Esteróides. 
 
 
 
 
 
83 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Betabloqueadores 
Adrenérgicos 
A eficácia antihipertensiva dos Betabloqueadores Adrenérgicos pode ser 
diminuída pela administração concomitante de Ácido Acetil Salicílico, 
provavelmente devido à inibição de prostaglandinas. 
Corticosteróides Os Corticosteróides aumentam o clearance e reduzem os níveis plasmáticos do Ácido Acetil Salicílico. 
Cumarínicos O Ácido Acetil Salicílico aumenta o efeito anticoagulante dos Cumarínicos. 
Diuréticos de Alça O Ácido Acetil Salicílico pode reduzir a eficácia dos Diuréticos de Alça por inibição de prostaglandinas. 
Diuréticos de Alça O Ácido Acetil Salicílico pode reduzir a eficácia dos Diuréticos de Alça por inibição de prostaglandinas. 
Espironolactona 
O Ácido Acetil Salicílico pode inibir o efeito diurético da Espironolactona; a 
ação antihipertensiva não parece ser alterada. Os efeitos dependem da 
dose da Espironolactona. 
Etanol 
O risco de ulceração gastrointestinal aumenta com o uso concomitante de 
Ácido Acetil Salicílico e Etanol; o tempo de sangramento pode também 
aumentar. 
Heparina O Ácido Acetil Salicílico pode aumentar o risco de sangramento em pacientes em uso de Heparina. 
Inibidores da Anidrase 
Carbônica 
Os principais Inibidores da Anidrase Carbônica são a Acetazolamida, a 
Diclorfenamida e a Metazolamida. As interações medicamentosas de 
relevância são as mesmas para as três drogas.
O uso concomitante de Acetazolamida e Salicilatos pode causar acidose 
metabólica e depressão do sistema nervoso central; a acidose também 
facilita a penetração dos salicilatos no sistema nervoso central. Os 
Inibidores da Anidrase Carbônica alcalinizam a urina e, por isso, aumentam 
a excreção do AAS.Por outro lado o uso concomitante de ambos pode 
causar toxicidade do sistema nervoso central. Dados conflitantes na 
literatura. 
Inibidores da ECA 
A eficácia antihipertensiva dos Inibidores da ECA pode ser diminuída pela 
administração concomitante de Ácido Acetil Salicílico, provavelmente 
devido à inibição de prostaglandinas. 
Insulina O AAS aumenta o efeito da Insulina. 
Metotrexate O Ácido Acetil Salicílico pode aumentar os níveis plasmáticos do Metotrexate por interferência na ligação protéica e na eliminação renal. 
Nitratos O Ácido Acetil Salicílico aumenta os níveis plasmáticos dos Nitratos. 
Nizatadina 
Aumento dos níveis plasmáticos de Nizatadina pode ocorrer em pacientes 
recebendo doses do Ácido Acetil Salicílico superiores a 3,5 gramas por dia.
 
Probenecid O Ácido Acetil Salicílico em doses inferiores a 3 gramas/dia reduz o efeito uricosúrico do Probenecid. 
Sulfinpirazona O Ácido Acetil Salicílico em doses inferiores a 3 gramas/dia reduz o efeito uricosúrico da Sulfinpirazona. 
Sulfoniluréias 
O Ácido Acetil Salicílico em doses superiores a 2 gramas/dia apresenta 
ação hipoglicemiante por alterar a função das células beta do pâncreas. Por 
isso, pode potencializar as Sulfoniluréias. 
Ticlopidina 
A Ticlopidina reduz os níveis plasmáticos do AAS. Como ambos são usados 
como antiagregantes plaquetários, o uso concomitante não é recomendado.
 
Zafirlucast A Aspirina aumenta em até 45% os níveis plasmáticos do Zafirlucast. 
 
 
Ácido Mefenâmico 
 
 
 
 
 
84 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
Antiinflamatório, analgésico, antipirético. É um antiinflamatório não-esteroidal 
derivado do ácido antranílico (flufenâmico, tolfenâmico, miflúmico). O mecanismo de ação 
é desconhecido, ainda que estudos em animais indiquem que é capaz de inibir a síntese 
de prostaglandinas e de competir com elas pela união a seus receptores. Sua absorção é 
ampla (> 90%) no trato gastrintestinal; sua ligação às proteínas é elevada (> 95%). Sua 
meia-vida: 3-4 horas. Não sofre metabolismo pré-sistêmico e é eliminado pelo rim. 
 
Ácido Mefenâmico 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Anticoagulantes Orais Risco de hemorragias. Potenciação do efeito anticoagulante. 
Cetoprofeno Aumento do risco de sangramento. 
Flurbiprofeno Aumento do risco de sangramento. 
 
 
 
Antiinflamatórios Não-Esteroidais 
 
O mecanismo de ação dos antiinflamatórios não-esteroidais (AINES), ou não 
hormonais (AINH) ocorre pela inibição de um sistema enzimático denominado 
cicloxigenase(COX), ou prostaglandina-H-síntase, responsável pela síntese dos 
diferentes tipos de prostaglandinas. Existem duas isoformas da COX, denominadas COX-
1 e COX-2. A inibição da COX-1 seria responsável pelos efeitos colaterais dos AINES 
(irritação e hemorragia gástrica), o que fez os pesquisadores procurarem a síntese de 
medicamentos seletivos para COX-2, que seria a isoforma responsável pela síntese de 
prostaglandinas que combateria especificamente a inflamação. Dessa forma, os inibidores 
seletivos para COX-2 evitam a irritação gástrica induzida por inibidores não-seletivos ou 
os seletivos para COX-1. 
Vários estudos demonstraram que a COX-2 possui outras funções fisiológicas; nos 
rins a COX-2 regula a excreção de sal através da renina, o volume circulante e a 
homeostasia da pressão arterial, mas inibem significativamente a produção de 
prostaciclina de outros locais como no sangue a produção plaquetária de tromboxana que 
podem predispor um indivíduo suscetível, e mais idoso a um evento trombótico (acidente 
vascular cerebral) ou a um quadro hipertensivo. 
Um antiinflamatório não-esteroidal muito conhecido é o diclofenaco. O Diclofenaco 
é um Analgésico e antiinflamatório. Atua inibindo a síntese de prostaglandinas; estas 
desempenham importante ação no que se refere à aparição de inflamação, dor e febre, a 
hialuronidase produzida por microrganismos e à agregação plaquetária. É absorvido 
rapidamente e, após a ingestão de 50mg, as concentrações plasmáticas alcançam o valor 
máximo de 3,9mmol/l dentro de 20 a 60 minutos. A metade da dose administrada é 
metabolizada no fígado; liga-se em cerca de 99% às proteínas séricas (albumina). Se 
administrado simultaneamente com preparações contendo lítio ou digoxina, o diclofenaco 
pode aumentar o nível plasmático daqueles fármacos. Pode também inibir o efeito dos 
diuréticos. Há relatos de que o risco de hemorragias aumenta durante o uso combinado 
de diclofenaco com anticoagulantes. Pode causar aumento da concentração sanguínea 
do metotrexato e aumentar sua toxicidade. A nefrotoxicidade da ciclosporina pode estar 
 
 
 
 
 
85 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
exacerbada em função dos efeitos antiinflamatórios não-esteroidais do diclofenaco sobre 
as prostaglandinas renais. 
 
Antiinflamatórios Não-esteroidais 
Principais Medicamentos deste Grupo: Aceclofenaco; Ácido Mefenâmico; Ácido 
Tolfenâmico; Beta-Ciclodextrina Piroxicam; Cetoprofeno; Diclofenaco; Fenprofeno; 
Flurbiprofeno; Glucametacina; Ibuprofeno; Indometacina; Ketorolac; Meloxicam; Naproxeno; 
Nimesulide; Piroxicam; Sulindaco; Tenoxicam. 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Abciximab Aumento do risco de sangramento. 
Ácido Acetil 
Salicílico 
O Ácido Acetil Salicílico pode diminuir os níveis plasmáticos dos Anti Inflamatórios 
Não-Esteróides. 
Ácido Etacrínico Os Anti Inflamatórios Não-Esteróides podem reduzir o efeito dos Diuréticos de Alça. 
ACTH O uso concomitante de ACTH traz maior risco de ulceração gastrointestinal. 
Alimentos A ingestão dessas drogas com alimentos ou imediatamente após as refeições diminui a possibilidade de irritação gástrica. 
Antiagregantes 
plaquetários O uso concomitante aumenta o risco de sangramento gastro-intestinal. 
Antiagregantes 
plaquetários O uso concomitante aumenta o risco de sangramento gastro-intestinal. 
Betabloqueadores 
Adrenérgicos 
A biodisponibilidade e os níveis plasmáticos de Betabloqueadores Adrenérgicos 
podem diminuir pelo uso de Antiinflamatórios Não-Esteróides, resultando em 
diminuição do efeito farmacológico dos Betabloqueadores. Além disso, a eficácia 
antihipertensiva dos betabloqueadores pode ser comprometida pela ação inibidora 
de prostaglandinas dos Anti Inflamatórios Não-Esteróides. Principais 
Betabloqueadores Adrenérgicos: Acebutolol, Atenolol, Betaxolol, Bisoprolol, 
Carteolol, Esmolol, Labetalol (que também possui efeito alfa bloqueador), 
Metoprolol, Nadolol, Penbutolol, Pindolol, Propranolol, Sotalol (que possui atividade 
antiarrítmica semelhante aos antiarrítmicos do grupo III) e Timolol. 
Corticosteróides O uso concomitante de Corticosteróides e Anti Inflamatórios Não-Esteróides trazem maior risco de ulceração gastrointestinal. 
Corticotropina O uso concomitante de Corticotropina traz maior risco de ulceração gastrointestinal. 
Diuréticos de Alça 
Amilorida: redução do efeito diurético. Cumarínicos: aumento do efeito 
anticoagulante. Inibidores da ECA: Redução do efeito anti-hipertensivo (por inibição 
de prostaglandinas). Lítio: Aumento dos níveis plasmáticos do Lítio.(por redução do 
clearance renal). Diuréticos: Redução do efeito diurético (inibição de 
prostaglandinas). Metotrexate: Aumento dos níveis do Metotrexate, por redução do 
clearance renal. 
Interferon beta Redução do efeito terapêutico do Interferon. 
Penicilinas Os Anti Inflamatórios Não-Esteróides podem prolongar a meia vida da Penicilina G por redução de sua secreção tubular. 
Probenecid Aumento dos níveis plasmáticos dos Anti Inflamatórios Não-Esteróides. 
Repaglinida Os níveis plasmáticos da Repaglinida podem se elevar. 
Rofecoxib A associação potencializa os efeitos adversos dos Anti Inflamatórios não seletivos. 
Rosiglitazona Pouca influência nos níveis de ambas as drogas. 
Tiazídicos Pode reduzir os efeitos diuréticos e antihipertensivos dos Tiazídicos, por inibição de prostaglandinas. 
 
Cetoprofeno 
 
 
 
 
 
 
86 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
O uso simultâneo de paracetamol pode aumentar o risco de efeitos renais 
adversos. Os corticóides, ACTH, ácido acetilsalicílico ou outros AINE podem aumentar o 
risco de efeitos colaterais gastrintestinais, incluindo úlcera ou hemorragia. Reduz ou 
reverte o efeito de muitos anti-hipertensivos. O cetoprofeno reduz o grau de aumento das 
concentrações de potássio e cloro induzido pela hidroclorotiazida. O uso simultâneo de 
dipiridamol, piperacilina, ticarcilina ou ácido valpróico aumenta o risco de hemorragia. 
Diminui a excreção renal do metotrexato. É recomendável precaução com o uso de 
nifedipino ou verapamil, porque o cetoprofeno pode aumentar as concentrações 
plasmáticas de uma ou outra droga. 
 
Cetoprofeno 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Álcool Aumento do risco de efeitos gastrintestinais (ulceração, hemorragia). 
Anti-hipertensivos 
Provavelmente devido à inibição da síntese renal de prostaglandinas. O 
Cetoprofeno pode reduzir a ação diurética, natriurética e anti-hipertensiva 
dos diuréticos anti-hipertensivos. 
Antiagregantes 
Plaquetários Efeito Aditivo. 
Anticoagulantes Efeito Aditivo. 
Antiinflamatórios Não-
esteroidais Efeito Aditivo 
Clorpropamida 
Administrar com precaução. Monitoramento da glicemia. As prostaglandinas 
participam na regulação da glicemia. O cetoprofeno inibe sua síntese. 
Possível potenciação do efeito hipoglicemiante. 
Diuréticos 
O efeito é provavelmente devido à inibição da síntese renal de 
prostaglandinas. Administrar com precaução. Monitorar a pressão arterial. 
O cetoprofeno pode reduzir a ação diurética, natriurética e anti-hipertensiva 
dos diuréticos. 
Glibenclamida 
Administrar com precaução. Monitoramento da glicemia. As prostaglandinas 
participam na regulação da glicemia. O cetoprofeno inibe sua síntese. 
Possível potenciação do efeito hipoglicemiante. 
Corticosteróides 
Administrar com precaução. Ajustar (reduzir) a dose de ambas as drogas. 
Efeito sinérgico sobre a inflamação. Aumento do risco de efeitos 
gastrintestinais (ulceração, hemorragia), potenciação do efeito 
antiinflamatório de ambas as drogas no tratamento da artrite. 
Hipoglicemiantes Orais 
Administrar com precaução.Monitoramento da glicemia. As prostaglandinas 
participam na regulação da glicemia. O cetoprofeno inibe sua síntese. 
Possível potenciação do efeito hipoglicemiante. 
Ácido Valpróico 
Administrar com precaução. Adição de efeitos. O ácido valpróico causa 
hipoprotrombinemia e inibe a agregação plaquetária. Aumento do risco de 
sangramento e de complicações gastrintestinais devidas ao cetoprofeno. 
Varfarina Administrar com precaução. Efeito aditivo. Aumento do risco de sangramento. 
 
 
Dipirona 
 
Analgésico. Antipirético. Espasmolítico. Derivado pirazolônico; trata-se do sulfonato 
sódico da amidopirina. Sua meia-vida no organismo é de 7 horas, sendo eliminada pela 
 
 
 
 
 
87 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
via urinária na forma dos metabólitos 4-metilaminoantipirina, 4-aminoantipirina e 4-
acetilaminoantipirina. Atua também como inibidor seletivo das prostaglandinas F 2α. 
 
Dipirona 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Ciclosporina Redução do efeito terapêutico da ciclosporina. 
Clorpromazina Aumento do efeito antipirético. Risco de hipotermia grave. 
Cumarina Redução do efeito anticoagulante. 
Difenil-hidantoína Potenciação da toxicidade. 
Etanol Potenciação da toxicidade. 
Hipoglicemiantes 
Derivados das 
Sulfoniluréia 
Redução do efeito hipoglicemiante. 
 
Idandiona Redução do efeito anticoagulante. 
Tabaco 
O tabagismo acelera o metabolismo hepático da Dipirona, reduzindo seus 
efeitos terapêuticos.Mecanismo: Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos 
inalados pelo ato de fumar aceleram o metabolismo das drogas que utilizam 
o Citocromo P-448. É assim que o Tabaco aumenta o metabolismo de 
várias drogas, reduzindo seus níveis plasmáticos. Observação: Citocromo 
P-448 é o nome dado a uma das famílias do Citocromo P-450. 
 
 
 
Fenilbutazona 
 
Fenilbutazona 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Barbitúricos Os níveis plasmáticos dos Barbitúricos e da Fenilbutazona diminuem por indução enzimática recíproca. 
Colestiramina A Colestiramina pode reduzir a absorção da Fenilbutazona.Além disso, pode haver redução da absorção das Vitaminas A, D, E e K. 
Cumarínicos 
Os Cumarínicos são drogas que apresentam muitas interações 
medicamentosas. Seu efeito anticoagulante é aumentado com o uso da 
Fenilbutazona, devido ao deslocamento do Cumarínico de sua ligação 
protéica. 
 Etanol 
A Fenilbutazona Aumenta os níveis plasmáticos do Etanol. 
Fenitoína A Fenilbutazona aumenta os níveis plasmáticos da Fenitoína por alteração da ligação protéica desta última. 
Insulina A Fenilbutazona aumenta o efeito da Insulina. 
Lítio A Fenilbutazona aumenta os níveis plasmáticos do Lítio. 
Metotrexate 
 
A Indometacina e a Fenilbutazona aumentam os níveis plasmáticos do 
Metotrexate. 
Penicilamina O uso concomitante de Penicilamina com Sais de Ouro, Cloroquina ou Fenilbutazona causa sérios efeitos tóxicos hematológicos e renais. 
Sulfoniluréias A Fenilbutazona altera a ligação protéica e aumenta os níveis plasmáticos das Sulfoniluréias, acentuando o efeito hipoglicemiante. 
 
 
 
 
 
 
 
88 
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Morfina 
 
É um hipnoanalgésico. A morfina é o mais importante alcalóide do ópio. Os sais 
disponíveis são o sulfato de morfina (comprimidos) e o cloridrato de morfina (ampolas). A 
morfina geralmente exerce seus efeitos principais sobre o sistema nervoso central, o trato 
gastrintestinal e a musculatura lisa. Os efeitos depressores centrais da morfina são 
potenciados quando associados com outros depressores do SNC, como hipnóticos, 
neurolépticos, ansiolíticos, anestésicos gerais e álcool. Os hipnoanalgésicos podem 
aumentar o efeito bloqueador neuromuscular dos relaxantes musculares e agravar a 
depressão respiratória. A morfina associada com antidepressivos IMAO pode provocar 
quadros de excitação ou depressão com hipotensão ou hipertensão. 
 
Morfina 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Álcool pantotenílico Reações Alérgicas 
Analgésicos Opióides Administrar com grande precaução, especialmente em idosos. Mecanismo de Sinergismo. Pode causar depressão respiratória. 
Antagonista de Opióides Antagonismo de efeito de ambos os fármacos. 
Anticoagulantes Orais Administrar com precaução. Potencializa os efeitos dos anticoagulantes orais. 
Antidepressivos Tricíclicos 
Administrar com grande precaução. Reajustar a dose da morfina. 
Potencializa a depressão do SNC e da analgesia. Potenciação dos efeitos 
do antidepressivo. 
Atropina Potenciação dos efeitos atropínicos. 
Bloqueadoras 
Neuromusculares 
Administrar com precaução. Sinergismo. Potencializa a depressão 
respiratória. 
Cimetidina Evitar a administração conjunta. Potenciação da toxicidade da morfina. Risco de crises de apnéia e bradicardia. 
Clonidina Potenciação da depressão do SNC. Sinergismo. 
Depressores do SNC Administrar com precaução. Potenciação da depressão do SNC. 
Diuréticos Inibição do efeito diurético em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. 
Etanol Evitar a administração conjunta. Potenciação da sedação. 
Inibidores da 
Monoaminoxidase (IMAO) 
Administrar com grande precaução. Reajustar a dose da morfina. Realizar 
teste de sensibilização usando pequenas quantidades de morfina. 
Potenciação do efeito da morfina. 
Lítio Inibição do efeito analgésico e euforizante dos opióides. 
Metoclopramida 
Reajustar a dose da morfina para evitar sedação excessiva. Potenciação da 
depressão do SNC. Antagonismo da ação da metoclopramida sobre a 
motilidade gastrintestinal. 
Miorrelaxantes Potenciação do bloqueio neuromuscular. 
Neostigmina Deve evitar-se usar morfina em pacientes com exposição tóxica a anticolinesterásicos. Risco de depressão respiratória. 
Risperidona Administrar com precaução. Efeito aditivo. Aumento do efeito depressor sobre o SNC. 
Rivastigmina 
O uso da morfina deve ser evitado em pacientes com exposição tóxica a 
anticolinesterásicos. Risco de depressão respiratória com doses tóxicas de 
rivastigmina. 
Sibutramina Evitar a administração conjunta. Ambos os fármacos deprimem o sistema nervoso central. Possível aumento da depressão do sistema nervoso 
 
 
 
 
 
89 
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central. 
Trazodona Administrar com precaução. Efeito aditivo. Aumento do efeito depressor sobre o SNC. 
Valeriana Evitar administração conjunta. Efeito aditivo. Possível potencialização do efeito sedativo. 
 
 
Paracetamol 
 
A eficácia clínica do paracetamol como analgésico e antipirético é similar à dos 
antiinflamatórios Não-Esteróides ácidos. O fármaco é ineficaz como antiinflamatório e, 
geralmente, tem efeitos periféricos escassos relacionados com a inibição da 
ciclooxigenase, salvo, talvez, a toxicidade ao nível da medula supra-renal. Quanto ao 
mecanismo de ação, postula-se que o1) paracetamol teria maior afinidade pelas enzimas 
centrais em comparação com as periféricas; e 2) dado que na inflamação há exsudação 
de plasma, os antiinflamatórios Não-Esteróides ácidos (elevada união às proteínas) 
exsudariam junto com a albumina e alcançariam, assim, altas concentrações no foco 
inflamatório, que não seriam obtidas com o paracetamol por sua escassa união à 
albumina. O paracetamol é absorvido com rapidez e quase completamente no trato 
gastrintestinal. A concentração plasmática é alcançada no máximo em 30 a 60 minutos e 
a meia-vida é de aproximadamente duas horas após doses terapêuticas.A união às 
proteínas plasmáticas é variável. A eliminação é produzida por biotransformaçãohepática 
através da conjugação com ácido glicurônico (60%), com ácido sulfúrico (35%) ou cisteína 
(3%). As crianças têm menor capacidade que os adultos para glicuronizar a droga. 
 
Paracetamol (Acetaminofeno) 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Acetilcisteína Aumento da eliminação dos metabólitos tóxicos do Paracetamol 
Barbitúricos O risco de hepatotoxicidade aumenta. 
Carbamazepina A Carbamazepina pode reduzir os níveis plasmáticos do Paracetamol por indução microssômica. 
Colestiramina A Colestiramina pode reduzir a absorção do Paracetamol 
Contraceptivos Orais O início da ação do Paracetamol pode ser retardado. 
Cumarínicos O paracetamol aumenta o efeito anticoagulante dos Cumarínicos 
Etanol O uso crônico do Etanol pode aumentar a hepatoxicidade do Paracetamol. 
 
Fenitoína 
A Fenitoína pode reduzir os níveis plasmáticos do Paracetamol por indução 
microssômica. 
Lamotrigina O Paracetamol reduz os níveis plasmáticos da Lamotrigina 
Propranolol O Propranolol pode diminuir o clearance do Paracetamol, elevando seus níveis plasmáticos. 
Rifampicina A Rifampicina pode reduzir os níveis plasmáticos do Paracetamol por indução microssômica. 
Sulfinpirazona 
 
A Sulfinpirazona pode reduzir os níveis plasmáticos do Paracetamol por 
indução microssômica. Além disso, o risco de hepatoxicidade aumenta. 
Tabaco 
O Tabaco acelera o metabolismo do Paracetamol.Mecanismo: Os 
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos inalados pelo ato de fumar 
aceleram o metabolismo das drogas que utilizam o Citocromo P-448. É 
assim que o Tabaco aumenta o metabolismo de várias drogas, reduzindo 
 
 
 
 
 
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seus níveis plasmáticos. Observação: Citocromo P-448 é o nome dado a 
uma das famílias do Citocromo P-450. 
 
 
Piroxicam 
 
É um Antiinflamatório, anti-reumático. É um antiinflamatório não esteróide (AINE). 
Embora seu mecanismo de ação ainda não esteja completamente esclarecido, foi 
demonstrado que bloqueia a síntese de prostaglandinas por inibição da enzima 
cicloxigenase; inibe a migração de polimorfonucleares e monócitos às zonas inflamadas, 
diminui a produção do fator reumatóide, tanto sistêmico como no líquido sinoval, em 
pacientes com artrite reumatóide seropositiva. 
Não associar com ácido acetilsalicílico ou administração simultânea com outro 
AINE, porque não existe sinergisa entre eles e aumenta a possibilidade de reações 
adversas. Como sua união às proteínas é alta, pode deslocar outros fármacos ligados a 
elas; portanto, a dose em pacientes tratados com fármacos unidos às proteínas deverá 
ser controlada. Piroxicam aumenta os níveis plasmáticos estáveis do lítio e incrementa 
ligeiramente sua absorção quando administrado junto a cimetidina, mas as constantes de 
eliminação destas drogas não são modificadas. A associação com ácido acetilsalicílico 
produz uma diminuição nos níveis plasmáticos de piroxicam de até 80% dos valores 
normais. Não foram observados efeitos quando administrado com digitoxina, digoxina ou 
antiácido. 
 
Piroxicam 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Ácido Acetil Salicílico Evitar a administração conjunta. Provavelmente aumento da metabolização ou da eliminação. Diminuição das concentrações plasmáticas do piroxicam. 
Bloqueadores Beta-
Adrenérgicos Administrar com precaução. Redução da ação antiinflamatória do piroxicam.
Cetoprofeno Evitar a administração conjunta. Efeito aditivo. Aumento do risco de sangramento. 
Ritonavir Evitar a associação. 
 
 
Tramadol 
 
É Analgésico de ação central. Nos seres humanos e em animais, o tramadol é 
metabolizado principalmente por desmetilação O - e -N - e e conjugação subseqüente. De 
forma contrastante como no caso dos animais, nos seres humanos elimina-se muito mais 
droga intacta na urina. Quando combinado com barbitúricos, prolonga-se a duração da 
anestesia. Porém, na combinação simultânea do tramadol com um tranqüilizante, é 
provável que se obtenha um efeito favorável sobre a sensação de dor. Não deve ser 
combinado com inibidores da MAO. 
 
 
 
 
 
 
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Tramadol 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Depressores do SNC Efeito aditivo. Potenciação da depressão do SNC. 
Inibidores da IMAO Não administrar simultaneamente. Graves complicações. 
Oxicodonas 
Evitar a administração conjunta. Efeito aditivo. Potencilazação da 
depressão do SNC. Risco de depressão respiratória, hipotensão e sedação 
profunda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MEDICAMENTOS ANTIBIÓTICOS, ANTIINFECCIOSOS E ANTIPARASITÁRIOS 
 
Nesta sessão separamos os mecanismos de interações dos seguintes 
grupos/medicamentos, dispostos em ordem alfabética: 
 
? Aciclovir 
? Anfotericina B 
? Antibióticos Aminoglicosídeos 
? Antibióticos Macrolídeos 
? Cefalosporinas 
? Cetoconazol 
? Cloranfenicol 
? Fluconazol 
? Griseofulvina 
? Metronidazol 
? Penicilinas 
? Polimixina 
? Quinolonas 
? Sulfonamidas 
? Tetraciclinas 
? Vancomicina 
 
Aciclovir 
 
Atua contra os tipos I e II de herpes simples e vírus de varicela zoster, com baixa 
toxicidade para as células infectadas do homem. Quando penetra na célula infectada pelo 
vírus herpes, o aciclovir se fosforiza, convertendo-se no composto ativo aciclovirtrifosfato. 
Para este primeiro passo é necessária à presença da timidinacinase específica do vírus 
herpes simples. O aciclovir-trifosfato atua como inibir específico da DNA-polimerase do 
vírus herpes, evitando a posterior síntese de DNA viral sem afetar os processos celulares 
normais. 
Deverá ser utilizada com precaução em pacientes com alterações renais e, a fim de 
evitar acúmulo da droga, a dose será regulada em função da tabela de posologia. 
Observar a função renal em pacientes submetidos a transplantes renais, pelo aumento 
que produz da creatinina ou uréia sérica. Deverá ser indicado para mulheres grávidas 
somente quando a relação risco-benefício de sua aplicação aconselhar o seu uso. As 
mulheres com herpes genital são mais propensas a desenvolver câncer cervical, pelo que 
é necessário realizar um exame de Papanicolau anualmente ou com maior freqüência. 
A probenecida aumenta a meia-vida e as concentrações plasmáticas de aciclovir. O 
interferon ou o metatrexato administrados simultaneamente com aciclovir IV pode produzir 
anormalidades neurológicas. 
 
Aciclovir 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Probenecid O Probenecid aumenta a biodisponibilidade do Aciclovir. 
Zidovudina (Azidotimidina; Em ensaios controlados, o uso concomitante de Zidovudina com Trimetoprim-Sulfametoxazol ou com Pirimetamina não revelou aumento da 
 
 
 
 
 
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AZT) toxicidade. Porém, há relatos de dois casos de neurotoxicidade, com 
letargia e convulsões, quando se associou Zidovudina com Aciclovir. 
 
 
 
Anfotericina B 
 
Antibiótico antifúngico derivado de uma cepa de Streptomyces nodosus. Em geral, 
atua como fungistático; embora, em concentrações próximas aos limites superiores de 
tolerância possa ser fungicida. Atua por união aos esteróis da membrana celular do fungo, 
o que altera sua permeabilidade e a célula perde potássio e moléculas pequenas. 
Distribui-se em pulmões, fígado,baço, rins, glândula supra-renal, músculos e outros 
tecidos; sua união às proteínas é muito alta. Não se conhece seu metabolismo. Sua meia-
vida inicial é de 24 a 48 horas e a meia-vida terminal é de 15 dias; elimina-se de forma 
lenta por via renal. 
Os corticóides, os inibidores de anidrose carbônica, ou a ACTH junto com 
anfotericina-B podem produzir hipopotassemia grave. Os glicosídeos digitais ou 
bloqueadores neuromusculares não despolarizantes podem aumentar o potencial de 
toxicidade por digital. Os diuréticos que produzem depleção de potássio ou os 
medicamentos nefrotóxicos podem aumentar o potencial de nefrotoxicidade. 
 
Anfotericina B 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Ácido Fosfonofórmico Aumento do risco de nefrotoxicidade. 
ACTH O uso concomitante de ACTH e Anfotericina B resulta em aumento da perda urinária de potássio. 
Ciclosporina A Anfotericina B pode aumentar a nefrotoxicidade da Ciclosporina. 
Corticosteróides A utilização de Corticosteróides pode agravar a hipopotassemia causada pela Anfotericina B. 
Corticotropina O uso concomitante de Corticotropina e Anfotericina B resulta em aumento da perda urinária de potássio. 
Diuréticos de Alça Risco aumentado de hipopotassemia. 
Relaxantes Musculares 
Despolarizantes 
A Anfotericina B pode aumentar os efeitos da Succinicolina. Pacientes com 
hipopotassemia ou hipocalcemia requerem doses menores de 
Succinilcolina. 
Tiazídicos Efeitos aditivos concernentemente a hipopotassemia. 
 
 
Antibióticos Aminoglicosídeos 
 
Os aminoglicosídeos formam um importante grupo de antibióticos, dos quais se 
destacam a estreptomicina, gentamicina, amicacina, tobramicina, sisomicina, canamicina 
e neomicina. São bactericidas, agem interferindo na síntese protéica bacteriana, 
promovendo a formação de proteínas defeituosas. São ativos contra bastonetes Gram-
negativos, principalmente enterobacteriáceas, Pseudomonas e Serratia. 
A absorção dos aminoglicosídios no trato digestivo é desprezível; porém, são ativos 
na luz intestinal, quando administrados por via oral. Por essa razão, são administrados 
por vias parenterais para o tratamento de infecções sistêmicas. Distribuem-se bem pelos 
 
 
 
 
 
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tecidos, a partir do local da injeção. Cátions como Ca+2 e o Mg+2, e o meio anaeróbio, 
impedem a penetração do aminoglicosídio na célula bacteriana, impedindo sua ação. 
 A excreção renal é feita por filtração glomerular, eliminando o agente na sua forma 
ativa. A ocorrência de nefropatia pode provocar níveis altos de aminoglicosídios na 
circulação, favorecendo a toxicidade. Os efeitos tóxicos mais comuns desses antibióticos 
são a nefrotoxicidade e a ototoxicidade. 
 
Antibióticos Aminoglicosídeos 
Principais Medicamentos deste Grupo: Amicacina; Canamicina; Estreptomicina; 
Gentamicina; Neomicina; Netilmicina; Ribostamicina; Sisomicina; Tobramicina. 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Ácido Etacrínico O Ácido Etacrínico aumenta a ototoxicidade dos Aminoglicosídeos. 
Ácido Fosfonofórmico Aumento do risco de nefrotoxicidade. 
Anticolinesterásicos 
 Os Aminoglicosídeos, o Sulfato de Magnésio e a Procainamida podem 
antagonizar os efeitos dos Anticolinesterásicos. Interação importante em 
pacientes com miastenia gravis. 
Capreomicina 
A Capreomicina e os Aminoglicosídeos não devem ser usados 
concomitantemente, pelo risco de disfunção renal. Como a Capreomicina se 
inclui entre os agentes usados no tratamento da tuberculose, atenção para 
sua associação com Estreptomicina. 
Cefalosporinas Aumento da nefrotoxicidade, principalmente com a Cefalotina. Monitorar a função renal. 
Cisplatina O uso concomitante aumenta seriamente o risco de nefrotoxicidade. 
Difenidramina A Difenidramina pode mascarar sinais de ototoxicidade de alguns Antibióticos, como os Aminoglicosídeos. 
Digitálicos 
Quando Aminoglicosídeos são administrados por via oral, pode haver 
aumento dos níveis plasmáticos da Digoxina, possivelmente aumentando 
seus efeitos terapêuticos e tóxicos. Mecanismo: Alteração da flora intestinal.
Dimenidrato O Dimenidrato pode mascarar sinais de ototoxicidade de alguns Antibióticos, como os Aminoglicosídeos. 
Diuréticos de Alça Os Aminoglicosídeos têm sua ototoxicidade aumentada por ação dos Diuréticos de Alça. 
Diuréticos de Alça Os Aminoglicosídeos têm sua ototoxicidade aumentada por ação dos Diuréticos de Alça. 
Indometacina 
Em prematuros, a Indometacina por via intravenosa, usada para 
fechamento do ducto arterioso, causou elevação dos níveis plasmáticos de 
Aminoglicosídeos, com sérias complicações renais. 
Penicilinas 
O sinergismo desses agentes terapêuticos está bem documentado. Porém, 
em pacientes urêmicos, as Penicilinas podem inativar os Aminoglicosídeos, 
por desaminação. 
Polimixina B O uso concomitante aumenta o risco de nefrotoxicidade. 
Relaxantes Musculares 
Despolarizantes 
Os efeitos relaxantes musculares são aumentados pelos Aminoglicosídeos. 
Depressão respiratória prolongada pode ocorrer. 
Relaxantes Musculares 
Não Despolariz. 
Os efeitos relaxantes musculares são aumentados pelos Aminoglicosídeos. 
Depressão respiratória prolongada pode ocorrer. 
Vancomicina Aumento da nefrotoxicidade. Monitorar função renal quando se usar esta associação. 
 
Antibióticos Macrolídeos 
 
 
 
 
 
 
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Os antibióticos macrolídeos são caracterizados pela presença de um anel lactona 
macrocíclico em sua estrutura química e apresentam um espectro de ação limitado. Os 
principais macrolídeos de aplicação terapêutica são a azitromicina, claritromicina, 
eritromicina e roxitromicina São ativos contra bactérias Gram-positivas e micoplasma, e 
possuem boa atividade contra bactérias anaeróbias. 
Agem impedindo a síntese protéica, sendo bacteriostáticos. Os macrolídeos são 
bastante lipossolúveis, atravessando as barreiras celulares com facilidade. São bem 
absorvidos, quando administrados por via oral, biotransformados no fígado e parte pode 
ser eliminada de forma íntegra pela urina. Mesmo administrados por vias parenterais, 
esses antibióticos podem ser eliminados na forma ativa pela bile e novamente absorvidos. 
Um de seus efeitos adversos mais importante é, provavelmente, a irritação no local 
da aplicação intramuscular. 
 
Antibióticos Macrolídeos 
Principais Medicamentos deste Grupo: Azitromicina; Claritromicina; Eritromicina; 
Roxitromicina e Triacetiloleandomicina. 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Alprazolam Os Macrolídeos aumentam a biodisponibilidade do Alprazolam e do Triazolam. 
Benzodiazepínicos Os Macrolídeos aumentam a biodisponibilidade do Triazolam e do Alprazolam. Não há dados conclusivos sobre outros Benzodiazepínicos. 
Antiácidos Os Antiácidos reduzem a absorção dos Macrolídeos. 
Antihistamínicos 
Os Antihistamínicos Astemizol e Terfenadina podem ter seus níveis 
plasmáticos aumentados pelos Macrolídeos, tornando possível a ocorrência 
de sérios efeitos colaterais; entre esses efeitos, destaca-se o aumento do 
QT, com risco de arritmias cardíacas. Embora a Fexofenadina seja um Anti-
Histaminíco bloqueador de receptores H1, e seja derivado da Terfenadina, 
diferentemente dela, não interage com o Cetoconazol, Itraconazol, 
Fluconazol e Miconazol, nem com os Macrolídeos. 
Sais de Alumínio Os Sais de Alumínio usados como antiácidos podem reduzir a absorção Azitromicina. 
Triazolam Os Macrolídeos aumentam a biodisponibilidade do Triazolam e do Alprazolam. 
 
Cefalosporina 
 
As cefalosporinas são antibióticos enquadrados dentro do conceito de drogas 
betalactâmicas, pois possuemsimilaridade estrutural com as penicilinas. A cefalosporina 
C é extraída de um fungo do gênero Cephalosporium e foi a partir dela, que se deu 
origem aos vários outros antibióticos que pertencem a esse grupo. Elas foram 
introduzidas na década de 1950, pelo fato de as penicilinas não serem mais efetivas 
contra estafilococos. São classificadas em celalosporinas de 1ª, 2ª e 3ª geração. 
Cefalosporina de 1ª Geração - Apresentam estreito espectro de ação 
antimicrobiana, atuam sobre bactérias Gram-positivas e são ativas contra estafilococcus 
produtores de penicilinase. São exemplos de cefalosporinas de primeira geração: 
cefadroxil, cefazolina, cefapirina, cefradina, cefalexina e cefalotina. 
Cefalosporina de 2ª Geração - São um pouco menos ativas do que as de primeira 
geração contra bactérias Gram-positivas; porém, tem maior atividade contra bactérias 
entéricas Gram-negativas. Exemplos: cefamandol, cefoxitina e cefaclor. 
 
 
 
 
 
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Cefalosporinas de 3ª Geração - Possuem o maior espectro de ação contra 
bactérias Gram-negativas, inclusive apresentando certa estabilidade na presença de 
penicilinase, porém são menos ativas contra bactérias Gram-positivas. Exemplos: 
cefotaxima, moxalactama, cefoperazona, ceftriaxona e ceftazidima. 
Entre suas vantagens está sua atividade bactericida contra cocos Gram-positivos e 
bacilos Gram-negativos, que são clinicamente importantes. As cefalosporinas são 
primariamente excretadas pelo rim e, como a maioria das drogas, no caso de insuficiência 
renal, a dose deve ser reduzida. Uma exceção é a cefoperazona, a qual é primariamente 
eliminada na bile. 
 
Cefalosporina 
Principais Medicamentos deste Grupo: cefaclor, cefadroxil, cefalexina, cefalotina, 
cefamandol, cefapirina, cefazolina, cefoperazona, cefotaxima, cefoxitina, cefradina, 
ceftazidima, ceftriaxona e moxalactama. 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Alimentos Os alimentos retardam um pouco sua absorção mas não interferem de modo significativo em sua atividade. 
Alprostadil (PGE1) O uso concomitante aumenta o risco de hemorragias. 
Aminoglicosídeos Aumento da nefrotoxicidade, principalmente com a Cefalotina. Monitorar a função renal. 
 
Cumarínicos 
As Cefalosporinas com cadeia lateral metiltetrazoletiol (Cefamandol, 
Cefoperazona, Moxalactam e Cefotetam) aumentam o efeito 
hipoprotrombinêmico dos Cumarínicos. 
 
Etanol 
A ingestão de bebidas alcoólicas concomitantemente ou até 72 horas após 
o uso de Cefamandol, Cefoperazona, Moxalactam, ou Cefotetam pode 
causar reações do tipo Disulfiram (intolerância alcoólica aguda). Esses 
antibióticos apresentam cadeia lateral metiltetrazoletiol, que inibe a aldeído 
dehidrogenase, semelhantemente ao Disulfiram. 
Probenecid 
O Probenecid aumenta os níveis plasmáticos das Cefalosporinas e das 
Penicilinas. Inibição competitiva da secreção tubular renal desses 
antibióticos. 
 
Cetoconazol 
 
É uma droga fungistática, que pode ser fungicida conforme sua concentração. Inibe 
a biossíntese de ergosterol ou outros esteróis, lesando a membrana de parede celular do 
fungo e alterando sua permeabilidade; inibe a biossíntese de triglicérides e fosfolipídeos 
dos fungos e a atividade enzimática oxidativa e peroxidativa. 
A administração simultânea com medicação que diminui a secreção gástrica ou sua 
acidez (anticolinérgicos, antiácidos, bloqueadores H 2) diminui sua absorção. Existe 
possibilidade de risco de potenciação dos efeitos dos anticoagulantes orais do tipo da 
antivitamina K. Pode potencializar fármacos hepatotóxicos (ex: griseofulvina). Aumenta as 
concentrações plasmáticas da ciclosporina e o risco de nefrotoxicidade. O uso 
concomitante de antagonistas do receptor H 2 da histamina (cimetidina, famotidina, 
ranitidina) produz uma redução da absorção de cetoconazol. O uso concomitante da 
rifampicina ou a isoniazida produz um decréscimo significativo das concentrações séricas 
de cetoconazol ou de rifampicina. Junto com fenitoína, pode ocasionar alteração do 
metabolismo de um ou ambos os medicamentos. 
 
 
 
 
 
 
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Cetoconazol 
 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Alimentos Os alimentos aumentam a absorção do cetoconazol. 
Antiácidos O aumento do pH gástrico pode inibir a absorção do Cetoconazol. 
Antihistamínicos 
Os Antihistamínicos Astemizol e Terfenadina podem ter seus níveis 
plasmáticos aumentados pelo Cetoconazol, Fluconazol, Itraconazol e 
Miconazol, tornando possível a ocorrência de sérios efeitos colaterais. 
Interação importante, já que muitos pacientes que estão a usar antifúngico 
necessitam eventualmente de Antihistamínicos. A interação não foi relatada 
com os Antihistamínicos: Azatadina, Brofeniramina, Carbinoxamina, 
Cetirizina, Ciproheptadina, Clorfeniramina, Difenidramina, Epinastina, 
Loratadina, Mequitazina, Prometazina, 
Ciclosporina 
O aumento dos níveis plasmáticos de Ciclosporina causado pelo 
Cetoconazol tem sido utilizado como recurso para se reduzir às doses de 
Ciclosporina. Atenção: risco de nefrotoxicidade. 
Cimetidina O cetoconazol tem sua absorção prejudicada pela Cimetidina. 
Corticosteróides O Cetoconazol pode aumentar a biodisponibilidade e reduzir o clearance dos Corticosteróides, havendo risco de toxicidade. 
Cumarínicos Pode haver aumento do efeito anticoagulante. 
Delavirdina O cetoconazol aumenta os níveis plasmáticos da Delavirdina. 
Fexofenadina Embora a Fexofenadina seja um Anti-Histaminíco bloqueador de 
 Receptores H1, e seja derivado da Terfenadina, diferentemente dela, não interage com o Cetoconazol, Itraconazol, Fluconazol e Miconazol. 
Indinavir O cetoconazol eleva os níveis plasmáticos do Indinavir. 
Isoniazida A Isoniazida diminui a biodisponibilidade do Cetoconazol. 
Rifampicina Ritovanir eleva os níveis do cetoconazol. 
Sildenafil O cetoconazol eleva os níveis plasmáticos do Sildenafil. 
Sucralfate O Sucralfate reduz a biodisponibilidade do Cetoconazol. 
 
 
Cloranfenicol 
 
 É um antibiótico bacteriostático de amplo espectro. Também pode ser bactericida 
em concentrações elevadas ou quando usado contra microrganismos altamente 
sensíveis. É lipossolúvel; difunde-se através da membrana celular bacteriana e se une de 
forma reversível à subunidade 50 S dos ribossomos bacterianos, onde evita a 
transferência de aminoácidos às cadeias peptídicas em formação. Não foi estabelecido o 
mecanismo pelo qual se produz anemia aplástica irreversível. Calcula-se que o 
mecanismo responsável da mielodepressão reversível (dependente da dose), durante sua 
administração e após esta, se relaciona com a inibição da síntese protéica mitocondrial 
nas células da medula óssea. 
É absorvido com facilidade e por completo no trato gastrintestinal. Distribui-se por 
todo o organismo de forma ampla, porém não uniforme. Atinge as concentrações mais 
altas no fígado e no rim. Atravessa a placenta e as concentrações séricas fetais podem 
ser de 30 a 80% dos níveis séricos maternos.Alcança concentrações terapêuticas nos 
humores aquoso e vítreo do olho. No líquido cefalorraquidiano, as concentrações podem 
ser de 21 a 50% das séricas, através de meninges não inflamadas, e de 45 a 89% através 
 
 
 
 
 
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de meninges inflamadas. Sua união às proteínas é de baixa a moderada. O metabolismo 
é hepático, 90% conjugados a glicurônido inativo. 
 O uso simultâneo com mielodepressores e radioterapia podem aumentar os efeitos 
depressores sobre a medulaóssea. O uso conjunto com anticonvulsivos do grupo das 
hidantoínas pode aumentar os efeitos tóxicos destes por inibição da atividade enzimática 
microssômica. Não se recomenda a associação com eritromicina ou lincomicinas, porque 
o cloranfenicol pode deslocar ou evitar sua união às subunidades 50 S dos ribossomos 
bacterianos e antagonizar deste modo os efeitos destes antibióticos. A administração com 
hipoglicemiantes orais pode potencializar o efeito destes, devido a um deslocamento das 
proteínas séricas. O cloranfenicol pode aumentar a meia-vida do dicumarol e da fenitoína 
por inibir as enzimas que degradam estes fármacos. 
 
Cloranfenicol 
 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Barbitúricos 
O Cloranfenicol pode inibir o metabolismo do Fenobarbital (Bloqueio 
metabólico), os Barbitúricos podem acelerar o metabolismo do Cloranfenicol 
(Indução enzimática). O melhor a fazer é, tanto quanto possível, evitar a 
associação. 
Ciclofosfamida Pode haver redução da eficácia da Ciclofosfamida. 
Cumarínicos O efeito anticoagulante pode aumentar. 
Etanol Aumento dos efeitos do etanol; possível reação do tipo dissulfiram de grau leve. Inibição da aldeídodesidrogenase. 
Fenitoína Interação complexa. Os níveis de Fenitoína podem aumentar; além disso, os níveis de Cloranfenicol podem aumentar ou diminuir. 
Penicilinas Efeitos sinergísticos ou antagônicos podem ocorrer, na dependência do microorganismo. 
Rifampicina O uso concomitante pode reduzir os níveis plasmáticos do Cloranfenicol, presumivelmente pelo efeito indutor enzimático da Rifampicina. 
Sais de Ferro Pode haver aumento dos níveis plasmáticos do ferro. 
Sulfoniluréias O Cloranfenicol aumenta o efeito hipoglicemiante das Sulfoniluréias. 
Vitamina B12 Em pacientes com anemia perniciosa, o uso concomitante pode reduzir a eficácia da Vitamina B12. 
Zalcitabina 
A neuropatia periférica que surge em 17 a 31% dos pacientes que usam a 
Zalcitabina pode tornar-se mais frequente quando se associam com 
algumas drogas, entre elas o cloranfenicol. 
 
 
Fluconazol 
 
O fluconazol é membro da família de agentes antifúngicos triazólicos; é um inibidor 
potente e específico da síntese de esteróides nos fungos. O fluconazol, administrado 
tanto por via oral como intravenosa, é ativo em uma variedade de infecções fúngicas em 
animais. Sua atividade foi demonstrada contra micoses oportunistas, como as infecções 
por Candida spp. Incluindo candidíase sistêmica e em animais imunocomprometidos; por 
Criptococcus neoformans, incluindo infecções intracranianas; por Microsporum spp. E por 
Trichophyton spp. 
O fluconazol também demonstrou ser ativo em animais com micose endêmica, 
incluindo infecções por Blastomyces dermatidis, Coccidioides immitis, incluindo infecções 
 
 
 
 
 
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intracranianas, e por Histoplasma capsulatum em animais normais e 
imunocomprometidos.As propriedades farmacodinâmicas do fluconazol são similares 
após a administração por via oral ou intravenosa. É bem absorvido após administração 
oral e os níveis plasmáticos (e a biodisponibilidade sistêmica) estão acima de 90% dos 
obtidos após administração intravenosa. A absorção oral não é afetada pela ingestão 
simultânea de alimentos. 
Em relação às suas interações, o fluconazol incrementa o tempo de protrombina 
após a administração de anticoagulantes varfarínicos; recomenda-se um cuidadoso 
monitoramento do tempo de protrombina em pacientes que recebem anticoagulantes 
cumarínicos. O fluconazol prolonga a meia-vida plasmática das sulfoniluréias orais 
administradas concomitantemente (clorpropamida, glibenclamida, glipizida e tolbutamida) 
em voluntários sadios. O fluconazol e as sulfoniluréias orais podem ser co-administrados 
em pacientes diabéticos, mas se deve levar em consideração a possibilidade de um 
episódio de hipoglicemia. Em um estudo de interação farmacocinética, a co-administração 
de hidroclorotiazida em doses múltiplas, em voluntários sadios que receberam fluconazol, 
incrementou as concentrações plasmáticas do mesmo em 40%.A administração conjunta 
de fluconazol e fenitoína pode incrementar os níveis dessa a um grau clinicamente 
significativo; caso necessário administrar ambos os fármacos em conjunto; os níveis de 
fenitoína devem ser monitorados e sua dose ajustada para manter os níveis terapêuticos. 
A administração concomitante de fluconazol e rifampicina resulta na diminuição de 
25% da área sob a curva e uma meia-vida mais curta do fluconazol (reduzida em 
aproximadamente 20%). Nos pacientes que recebem rifampicina simultaneamente deve 
considerar-se um aumento na dose de fluconazol. Recomenda-se monitorar a 
concentração plasmática de ciclosporina em pacientes que recebem fluconazol.Os 
pacientes que recebem doses elevadas de teofilina ou aqueles que se encontram em 
risco de toxicidade por essa razão devem ser observados quanto à manifestação de 
sinais de toxicidade com teofilina, enquanto estiverem recebendo fluconazol, e modificar 
apropriadamente a terapia caso ocorram sinais de toxicidade. 
 
Fluconazol 
 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Antihistamínicos 
Os Antihistamínicos Astemizol e Terfenadina podem ter seus níveis 
plasmáticos aumentados pelo Cetoconazol, Fluconazol, Itraconazol e 
Miconazol, tornando possível a ocorrência de sérios efeitos colaterais; 
Interação importante, já que muitos pacientes que estão a usar antifúngicos 
necessitam eventualmente de Antihistamínicos.A interação não foi relatada 
com os Antihistamínicos: Azatadina, Brofeniramina, Carbinoxamina, 
Ciproheptadina, Clorfeniramina, Difenidramina, Loratadina, Prometazina, 
Trimeprazina, Triprolidina, Cetirizina, Epinastina e Mequitazina. 
Celecoxib 
O Celecoxib é metabolizado pelo Citocromo P-450 2C9 e, portanto, interage 
com outras drogas que são metabolizadas pela mesma enzima, entre elas o 
fluconazol, que eleva os níveis plasmáticos do Celecoxib. 
Indinavir O Fluconazol reduz os níveis plasmáticos do Indinavir. 
Ritonavir O Fluconazol tem seus níveis elevados pelo Ritonavir. 
Sulfoniluréias Possível aumento dos níveis plasmáticos das Sulfoniluréias, com risco de hipoglicemia. 
 
 
 
 
 
 
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Griseofulvina 
 
 A griseofulvina inibe a mitose de células fúngicas produzindo ruptura da estrutura 
do fuso acromático mitótico: detém, assim, a metáfase da divisão celular. Deposita-se em 
graus variáveis nas células precursoras de queratina da pele, cabelo e unhas em graus 
variáveis, o que aumenta a resistência da queratina ante a invasão fúngica. Como a 
queratina infectada muda, repõe-se com o tecido são. A forma micronizada tem uma 
absorção que varia de 25 a 70% de uma dose oral, e a forma ultramicronizada é 
absorvida quase por completo. A absorção é potencializada significativamente durante a 
ingestão de alimentação gordurosa ou após esta. 
Com o álcool, podem potencializar-se os efeitos da griseofulvina e originar 
taquicardia, diaforese e sufocos. Os anticoagulantes derivados da cumarina podem 
diminuir sua ação devido ao metabolismo acelerado dos anticoagulantes, secundário à 
estimulação da atividade de enzimas microssômicas hepáticas. Os efeitos antifúngicos da 
griseofulvina podem diminuir quando usada simultaneamente com barbitúricos ou 
primidona e, principalmente, com fenobarbital. Diminui a eficácia dos anticoncepcionais 
orais que contêm estrogênios, devido à estimulação das enzimas microssômicas 
hepáticas, que origina uma diminuição das concentrações séricas de estrogênios, o que 
pode provocar hemorragia intermenstrual ou amenorréia. Diminui as concentrações 
séricasde mexiletina, porque acelera seu metabolismo. 
 
Griseofulvina 
 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Ácido Retinóico 
Administrar com precaução. Indução do citocromo P-450, o que acarreta 
aumento da depuração hepática do ácido retinóico. Possível redução dos 
níveis séricos do ácido retinóico. 
Alimentos Os alimentos ricos em gordura favorecem a absorção intestinal da griseofulvina. Aumento dos níveis séricos da griseofulvina. 
Barbitúricos 
Há evidências de que o Fenobarbital possa interferir na absorção da 
Griseofulvina, reduzindo seus níveis plasmáticos; porém, a relevância 
dessa interação ainda foi estabelecida. 
Bromocriptina 
Evitar a administração conjunta, se possível. Indução das enzimas 
microssômicas, o que acarreta aumento da eliminação da bromocriptina. 
Perda da ação terapêutica da ação da bromocriptina. 
Contraceptivos Orais 
As Penicilinas, Tetraciclinas e Griseofulvina podem reduzir os efeitos 
farmacológicos dos Contraceptivos Orais, possivelmente por alteração do 
metabolismo desses hormônios na alça intestinal, em decorrência de 
alterações na flora. Irregularidades menstruais e gravidez podem ocorrer. 
Cumarínicos A griseofulvina reduz o efeito anticoagulante dos cumarínicos por indução enzimática. 
Progestogênios 
Administrar com precaução. Seria conveniente utilizar método contraceptivo 
alternativo. Indução de enzimas microssômicas. Redução da eficácia dos 
progestogênios e risco de gravidez quando estes fármacos são usados 
como anovulatórios. 
Varfarina Administrar com precaução. Indução de enzimas microssômicas. Redução do efeito anticoagulante. 
 
 
 
 
 
 
 
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Metronidazol 
 
 Pertence ao grupo dos nitroimidazóis, ativo contra a maioria das bactérias 
anaeróbias obrigadas e protozoários, mediante a redução química intracelular que é 
efetuada por mecanismos únicos do metabolismo anaeróbico. O metronidazol reduzido, 
que é citotóxico, porém de vida curta, interage com o DNA e produz uma perda da 
estrutura helicoidal, ruptura da cadeia e inibição resultante da síntese de ácidos nucléicos 
e morte celular. Absorve-se bem por via oral, atravessa a placenta e a barreira 
hematoencefálica. Sua união às proteínas é baixa, metaboliza-se no fígado por oxidação 
da cadeia lateral e conjugação com o glicurônio do 2-hidroximetil (também ativo) e outros 
metabólitos. 
 Não é recomendável o uso simultâneo com álcool, porque pode produzir acúmulo 
de acetaldeído por interferência com a oxidação do álcool e originar cãibras abdominais, 
náuseas, vômitos e cefaléias. Os anticoagulantes potencializam seu efeito, igual ao do 
metronidazol, devido à inibição do metabolismo enzimático dos anticoagulantes. O uso 
simultâneo com dissulfiram deve ser evitado porque pode produzir confusão e reações 
psicóticas. 
 
Metronidazol 
 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Alimentos A absorção do Metronidazol não é afetada pelos alimentos. A ingesão de Etanol pode causar reação do tipo dissulfiram. 
Barbitúricos Há evidências de que os Barbitúricos podem reduzir a eficácia antimicrobiana do Metronidazol. 
Cimetidina A Cimetidina aumenta os níveis plasmáticos do metronidazol, metabolizado no fígado via Citocromo P-450. 
Cumarínicos O metronidazol aumenta os efeitos anticoagulantes dos cumarínicos, por inibição metabólica. 
Disulfiram Casos de psicose tóxica aguda já foram descritos em pacientes que usaram essa associação. 
Etanol Reação Disulfiram-simile é possível. 
Fenitoína A meia vida de eliminação da Fenitoína pode ser prolongada. 
Lítio O Metronidazol pode elevar os níveis plasmáticos de Lítio. 
Ritonavir O metronidazol tem seus níveis elevados pelo Ritonavi. 
Zalcitabina 
A neuropatia periférica que surge em 17 a 31% dos pacientes que usam a 
Zalcitabina pode tornar-se mais frequente quando se associam com certas 
drogas, como por exemplo, o metronidazol. 
 
 
 
 
 
 
Penicilinas 
 
Descoberta por Fleming em 1929 foi o primeiro antibiótico a ser usado. A penicilina 
natural é obtida por fermentação do fungo Penicilium e até hoje permanece como um 
 
 
 
 
 
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excelente antimicrobiano frente a inúmeras infecções. A partir do momento em que se 
descobriu o seu núcleo central, uma série de derivados foi obtida em laboratório, 
constituindo o grupo das penicilinas semi-sintéticas. 
As penicilinas interferem na síntese da parede celular. A não formação da parede 
celular implica na perda da integridade celular e a sua conseqüente ruptura leva a 
bactéria à morte. Efeito tipicamente bactericida. 
Os microrganismos Gram-positivos são mais sensíveis a esse grupo de 
antibióticos. Os sais de penicilina, como a Penicilina G procaínica, possuem absorção e 
excreção lenta, assegurando 12 ou 24h, pelo menos, de níveis plasmáticos desejáveis. 
Raramente o antibiótico atinge o cérebro. A excreção é essencialmente renal, mas pode-
se encontrar pequena quantidade na bile e fezes. 
 
As penicilinas podem ser classificadas em: 
 
a) Penicilina G cristalina 
b) Penicilina G procaínica 
c) Penicilina G benzatinica 
d) Penicilina semi-sintética 
e) Penicilina V 
 
Penicilina G Cristalina 
 
O seu uso se restringe a doenças graves, que exigem doses altas de penicilina e 
uso contínuo. A via intramuscular para a penicilina G cristalina não é muito aconselhável 
por ser fortemente dolorosa. 
 
Penicilina G Procaína 
 
É indicada no tratamento de infecções de moderada ou de pequena gravidade, 
causadas por germes sensíveis à penicilina como, actinomicose, listeriose, pneumonias, 
faringites, difteria, otites, abcessos e na profilaxia do tétano. 
 
Penicilina G Benzatínica 
 
É de uso exclusivamente intramuscular, sendo lentamente absorvida e só atinge 
níveis séricos eficientes oito horas após a aplicação e mantendo-se até por cerca de 7 a 
10 dias em baixos níveis. Indicada nas faringites, broncopneumonias, pneumonias e como 
complementação terapêutica do tratamento de certas doenças, em que se empregam 
penicilinas de absorção mais rápida. 
 
Penicilinas Semi-Sintéticas 
 
Produzidas em laboratório pela adição de diferentes radicais à estrutura original 
das penicilinas naturais. São divididas em três grupos: penicilinas semi-sintéticas 
antiestafilocócicas, as de amplo espectro e as de curto espectro. 
 
 
 
 
 
 
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Penicilinas Antiestafilocócicas 
 
São resistentes as betalactamases (penicilinases), sendo utilizadas no tratamento 
de infecções por estafilococos produtores de penicilinase; portanto, são resistentes à 
penicilina. Exemplos: Oxacilina, Cloxacilina e Dicloxacilina. 
 
Penicilinas de amplo espectro 
 
Distribuem-se bem por todo organismo, inclusive no líquor, placenta e feto. Sua 
eliminação se dá por via urinária em níveis elevados. É inativa para estafilococos 
produtores de betalactamase. Exemplos: Ampicilina, Amoxicilina e Hetacilina. 
 
Penicilina V 
 
Quimicamente, a penicilina V é a fenoximetil-penicilina, e a principal diferença em 
relação à penicilina G é de natureza farmacocinética, pois é resistente ao pH estomacal, 
podendo ser administrada por via oral. É ativa sobre microrganismos Gram positivos, 
cocos Gram negativos e espiroquetas. Diferentemente da penicilina G, não tem ação 
sobre bacilos Gram negativos, com exceção de cepas do Haemophilus. É inativada pela 
enzima betalactamase. 
 
Penicilinas 
Principais destaques desta Classe: Amoxicilina; Ampicilina;Oxacilina; Penicilina G e 
Penicilina V. 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Alopurinol 
A incidência de “rashes" cutâneos provocados pela Ampicilina aumenta 
significativamente quando se usa concomitantemente o Alopurinol. Mas, o 
mesmo estudo permite concluir, alternativamente, que os pacientes 
hiperuricêmicos apresentam uma maior incidência de " rashes" provocados 
pela Ampicilina. 
Aminoglicosídeos 
O sinergismo desses agentes terapêuticos está bem documentado. Porém, 
em pacientes urêmicos, as Penicilinas podem inativar os Aminoglicosídeos, 
por desaminação. 
Antiinflamatórios Não 
Esteróides 
Os Antiinflamatórios Não esteróides podem prolongar a meia vida da 
Penicilina G por redução de sua secreção tubular. 
Betabloqueadores 
Adrenérgicos 
Relatos de casos parecem indicar que os Betabloqueadores potencializam 
as reações anafiláticas causadas pelas Penicilinas. 
Cloranfenicol Efeitos sinergísticos ou antagônicos podem ocorrer, na dependência do microorganismo. 
Contraceptivos Orais 
As Penicilinas, Tetraciclinas e Griseofulvina podem reduzir os efeitos 
farmacológicos dos Contraceptivos Orais, possivelmente por alteração do 
metabolismo desses hormônios na alça intestinal, em decorrência de 
alterações na flora. Irregularidades menstruais e gravidez podem ocorrer. 
Cumarínicos Aumento da tendência de hemorragia, quando se penicilina por via parenteral com os cumarínicos. 
Eritromicina Pode ocorrer sinergismo ou antagonismo, na dependência do microorganismo. 
Etanol 
A ingestão de bebidas alcoólicas pode, teoricamente, aumentar a 
degradação das Penicilinas. O significado clínico dessa interação é 
desconhecido. 
 
 
 
 
 
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Metotrexate 
A Carbenicilina pode elevar significativamente os níveis plasmáticos do 
Metotrexate, requerendo atenção para sinais de toxicidade. Outras 
Penicilinas, em altas doses, podem apresentar a mesma interação. 
Probenecid 
O Probenecid aumenta os níveis plasmáticos das Cefalosporinas e das 
Penicilinas. Mecanismo: Inibição competitiva da secreção tubular renal 
desses antibióticos. 
Sulfonamidas As Sulfonamidas podem inibir significativamente a absorção da Oxacilina. 
Tetraciclinas A ação bacteriostática das Tetraciclinas pode inibir a ação bactericida das Penicilinas. Dependendo dos microorganismos, há exceções. 
 
 
 
Polimixina B 
 
 A polimixina pertence juntamente com a colestina (polimixina E), a bacitracina e a 
tirotricina ao grupo dos antibióticos denominados polipeptídicos, por serem extraídos da 
bactéria Bacillus polimyxa. Caracteriza-se por possuir um espectro reduzido que cobre 
fundamentalmente microrganismos Gram-negativos. 
Age basicamente ao nível da membrana celular bacteriana, alterando a 
permeabilidade e o metabolismo, o que conduz à morte por lise celular. É pouco 
absorvida por via oral, mas desenvolve uma ação local ou in situ, que é aproveitada para 
o tratamento de infecções gastrintestinais (gastroenterite, enterocolite), associada com 
substâncias adstringentes ou antidiarréicas. Tem amplo uso como antibiótico tópico em 
diversas formas farmacêuticas (cremes, gotas óticas, colírios). É um fármaco de limitada 
disponibilidade e pouca penetração tissular, em LCR, pleura e articulações. 
Bloqueadores neuromusculares: somação e sinergismo que podem provocar 
quadros miasteniformes, parada respiratória. 
 
Polimixina B 
 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Gluconato de Potássio Realizar monitoração dos níveis de potássio no sangue. Aumento da eliminação de potássio. Aumento das necessidades de potássio. 
Vancomicina Evitar a administração conjunta. Efeito aditivo. Potenciação da nefrotoxicidade de ambos os fármacos. 
Aminoglicosídeos 
 O uso concomitante aumenta o risco de nefrotoxicidade. 
Relaxantes Musculares 
Não Despolarizantes Aumento do bloqueio neuromuscular. 
 
 
 
Quinolonas 
 
As quinolonas são um grupo de substâncias químicas antibacterianas, com 
aplicação tanto em medicina veterinária, como em medicina humana. Existem quinolonas 
de primeira geração e segunda geração (fluorquinolonas). 
Primeira geração: ácido nalidíxico, flumequina e o ácido oxonílico. 
 
 
 
 
 
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Segunda geração (fluorquinolonas): enrofloxacin, norfloxacin, ciprofloxacine 
pefloxacin. 
As quinolonas são antimicrobianos bactericidas e sua atividade se relaciona à 
inibição da enzima DNA girase, impedindo o enrolamento da fita de DNA. Essas drogas 
não inibem a atividade dessa enzima nos mamíferos. A via oral é a principal via de 
administração. 
O grau de biotransformação das quinolonas é bastante variável. O ácido nalidíxico, 
em sua maior parte, é excretado na urina como um conjugado inativo; por outro lado, as 
fluorquinolonas são parcialmente biotransformadas, sendo excretadas na urina e na bile 
em altas concentrações como substância ativa. 
 
Quinolonas 
Principais Medicamentos deste Grupo: Ciprofloxacina, Enoxacina, Levofloxacina, 
Lomefloxacina, Norfloxacina, Ofloxacina e Pefloxacina: 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Antiácidos Os Antiácidos reduzem signifificativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. 
Betabloqueadores 
Adrenérgicos 
A biodisponibilidade dos Betabloqueadores Adrenérgicos que são 
metabolizados pelo Citocromo P-450, como o Propranolol e o Metoprolol, 
pode aumentar pelo uso da Ciprofloxacina, que é um bloqueador 
metabólico. Não há referências particulares sobre outros betabloqueadores.
Cafeína As Quinolonas, por inibição metabólica, aumentam os níveis plasmáticos da Cafeína. A Ofloxacina parece não apresentar esse efeito. 
Ciclosporina As Quinolonas podem aumentar a nefrotoxicidade da Ciclosporina. 
Cumarínicos Aumento do efeito anticoagulante. 
Didanosina 
A Didanosina reduz significativamente a absorção gastrointestinal das 
Quinolonas. Como essas drogas podem ser conjuntamente necessárias no 
tratamento de aidéticos, há que separar sua administração por um intervalo 
mínimo de 2 horas. 
Metoprolol 
A biodisponibilidade dos Betabloqueadores Adrenérgicos que são 
metabolizados pelo Citocromo P-450, como o Propranolol e o Metoprolol, 
pode aumentar pelo uso da Ciprofloxacina. 
Nitrofurantoína A Nitrofurantoína pode antagonizar o efeito antimicrobiano da Ciprofloxacina no trato urinário. 
Probenecid O Probenecid reduz o clearance renal das Quinolonas. 
Propranolol 
A biodisponibilidade dos Betabloqueadores Adrenérgicos que são 
metabolizados pelo Citocromo P-450, como o Propranolol e o Metoprolol, 
pode aumentar pelo uso da Ciprofloxacina. 
Sais de Ferro Os Sais de Ferro reduzem significativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. 
Sais de Zinco Os Sais de Zinco reduzem significativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. 
Sucralfate O Sucralfate reduz significativamente a absorção gastrointestinal das Quinolonas. 
Teofilina 
A interação é complexa. Os dados de literatura são conflitantes, mas os 
relatos, em sua maioria, indicam que a Norfloxacina, Ciprofloxacina e 
Enoxacina aumentam os níveis plasmáticos de Teofilina. Com relação à 
Ofloxacina e à Pefloxacina, os dados não são conclusivos. A Lomefloxacina 
parece não interagir com a Teofilina. 
 
 
 
 
 
 
 
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Sulfonamidas 
 
São agentes antimicrobianos, bacteriostáticos e em altas concentrações possuem 
efeito bactericida, mas nessas condições, podem causar graves reações adversas. Inibemos crescimentos bacterianos, interferindo na utilização do ácido paraminobenzóico 
(PABA) por parte dos microrganismos. 
De uma maneira geral, apresentam grande espectro de ação, atingindo bactérias 
Gram-positivas e negativas, mas existem microrganismos que não requerem ácido fólico 
para o crescimento ou podem usar o ácido fólico pré-formado, e esses são, portanto, 
resistentes as sulfonamidas. 
As sulfonamidas são classificadas de acordo com suas características 
farmacocinéticas: 
 
Sulfonamidas Sistêmicas 
 
São sulfas que quando administradas irão agir no organismo animal de uma 
maneira generalizada e não local. São divididas em: 
 
A) Sulfas de ação curta: sulfisoxazol, sulfametizol, sulfaclorpiridazina, sulfadiazina, 
sulfacetamida, sulfamerazina, sulfametazina. 
B) Sulfas de ação intermediária: sulfametoxazol, sulfafenazol. 
C) Sulfas de ação Longa: sulfametoxipiridazina, sulfadimetoxina, sulfadoxina, 
sulfametildiazina, sulfametoxipirazina. 
 
Sulfonamidas para uso oral e ação intestinal 
 
As que drogas citadas a seguir atuam n aluz do intestino quando administradas por 
via oral, sendo elas: sulfaguanidina, ftalilsulfatiazol, succinilsulfatiazol, ftalilsulfacetamida, 
salicilazosulfapiridina, nitrosulfadiazol. 
 
Sulfonamidas de Uso Tópico 
 
O Sulfisoxazol e a sulfacetamida são destinadas ao uso tópico. 
 
Com exceção daquelas sulfonamidas preparadas para atuarem localmente, como 
as sulfas de ação entérica, que não são absorvidas, a administração oral das sulfas 
resulta em absorção, podendo a taxa de absorção variar enormemente entre elas, 
dependendo do tipo de sulfa utilizada. 
As sulfas distribuem-se por todos os tecidos, atravessando inclusive a barreira 
hematoencefálica e placentária. Após a absorção, distribuição e, em alguns casos, 
transformação metabólica, as sulfonamidas são eliminadas na urina, fezes, bile, suor e 
lágrimas. 
Entretanto, o rim está primariamente envolvido na excreção dessas drogas. A 
cristalização das sulfonamidas nos túbulos renais pode ocorrer quando há concentração 
da droga dentro dos líquidos tubulares e o pH da urina diminuir. 
 
 
 
 
 
 
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Sulfonamidas 
Principais Medicamentos deste Grupo: ftalilsulfacetamida, ftalilsulfatiazol, nitrosulfadiazol, 
salicilazosulfapiridina, succinilsulfatiazol, sulfacetamida, sulfacetamida,sulfaclorpiridazina, 
sulfadiazina, sulfadimetoxina, sulfadoxina, sulfafenazol, sulfaguanidina, sulfamerazina, 
sulfametazina, sulfametildiazina, sulfametizol,sulfametoxazol, sulfametoxipirazina, 
sulfametoxipiridazina, sulfisoxazol e sulfisoxazol. 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Ácido Fólico As Sulfonamidas podem produzir deficiência de folatos. 
Alimentos O Etanol tem seus efeitos potencializados pelas Sulfonamidas. 
Aminobenzoato de 
Potássio O Aminobenzoato de Potássio antagoniza a ação das Sulfonamidas. 
Barbitúricos Os efeitos anestésicos do Tiopental podem aumentar. 
Ciclosporina Aumento do risco de nefrotoxicidade. 
Cumarínicos As sulfonamidas aumenta o efeito anticoagulante dos cumarínicos por deslocamento do Cumarínico de sua ligação protéica. 
Digitálicos A Sulfasalazina diminui a biodisponibilidade da Digoxina. 
Fenitoína As Sulfonamidas podem elevar os níveis plasmáticos da Fenitoína por inibição metabólica. 
Folatos As Sulfonamidas podem produzir deficiência de folatos. 
Metotrexate Os níveis plasmáticos do Metotrexate podem se elevar por alteração da ligação protéica. Risco de toxicidade. 
Penicilinas As Sulfonamidas podem inibir significativamente a absorção da Oxacilina. 
Sulfoniluréias Os níveis plasmáticos das Sulfoniluréias podem aumentar, com risco de hipoglicemia. 
 
 
Tetraciclinas 
 
São classificadas como antibiótico de largo espectro de ação antimicrobiana. Atuam 
sobre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, Clamídias, Riquétsias e até sobre 
alguns protozoários. As tetraciclinas inibem a síntese protéica dos microrganismos 
sensíveis, ligando-se aos ribossomas e impedindo a fixação do RNA transportador. 
A grande maioria das tetraciclinas é absorvida por via oral; porém, muitos fatores 
interferem nessa via de administração, comprometendo a biodisponibilidade do 
antibiótico. O local onde ocorre a absorção é o intestino delgado, e uma pequena 
quantidade pode ser captada pela mucosa estomacal de monogástricos. 
A administração oral com alimentos derivados do leite, preparações vitamínicas, 
antiácidos e catárticos diminui a absorção da maioria das tetraciclinas, em virtude da 
formação de sais insolúveis. Após a absorção, as tetraciclinas distribuem-se amplamente 
pelo organismo, atingindo concentrações significativas na pele, pulmão, rins, músculos, 
fígado, globo ocular e líquidos orgânicos, podendo difundir-se pela placenta. A barreira 
hematoencefálica não é atravessada de maneira significativa. A administração 
intramuscular é irritante, não sendo adequada, embora o cloridrato de oxitetraciclina seja 
indicado para a aplicação parenteral. 
 
 
 
 
 
 
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Tetraciclinas 
Principais Medicamentos deste Grupo: Demeticlortetraciclina, Doxiciclina, Fosfato de 
Tetraciclina, Minociclina e Oxitetraciclina. 
Interagindo com Efeito/Mecanismo/Recomendações 
Alimentos 
Os alimentos interferem de modo importante na absorção das Tetraciclinas: 
os cálcios presentes no leite e derivados causam formação de quelatos e 
precipitados, diminuindo a absorção das Tetraciclinas. 
Antiácidos 
Os Antiácidos contendo Alumínio, Cálcio, Magnésio ou Zinco, os Sais de 
Bismuto e outros cátions divalentes e trivalentes impedem a absorção das 
Tetraciclinas por causa da formação de quelatos pouco solúveis. 
Barbitúricos 
Os Barbitúricos, a Carbamazepina e a Fenitoína podem acelerar o 
metabolismo das Tetraciclinas, por indução enzimática, comprometendo 
sua eficácia antibiótica. 
Cimetidina As seguintes drogas têm sua absorção prejudicada pela Cimetidina: Sais de Ferro, Indometacina, Cetoconazol e Tetraciclinas. 
Contraceptivos Orais 
As Penicilinas, Tetraciclinas e Griseofulvina podem reduzir os efeitos 
farmacológicos dos Contraceptivos Orais, possivelmente por alteração do 
metabolismo desses hormônios na alça intestinal, em decorrência de 
alterações na flora. Irregularidades menstruais e gravidez podem ocorrer. 
Digitálicos A Eritromicina e as Tetraciclinas podem elevar os níveis plasmáticos da Digoxina por alteração da flora intestinal. 
Inibidores da ECA O Quinapril reduz a absorção das Tetraciciclinas em 20 a 40%, possivelmente pelo alto conteúdo de magnésio presente nos comprimidos. 
Insulina As tetraciclinas aumentam o efeito da Insulina. 
Penicilinas A ação bacteriostática das Tetraciclinas pode inibir a ação bactericida das Penicilinas. Dependendo dos microorganismos, há exceções. 
Lítio As Tetraciclinas podem aumentar ou diminuir os níveis de Lítio. 
Sais de Alumínio 
Os Antiácidos contendo Alumínio, Cálcio, Magnésio ou Zinco, os Sais de 
Bismuto e outros cátions divalentes e trivalentes impedem a absorção das 
Tetraciclinas por causa da formação de quelatos pouco solúveis. 
Sais de Bismuto 
Os Antiácidos contendo Alumínio, Cálcio, Magnésio ou Zinco, os Sais de 
Bismuto e outros cátions divalentes e trivalentes impedem a absorção das 
Tetraciclinas por causa da formação de quelatos pouco solúveis. 
Sais de Cálcio 
Os Antiácidos contendo Alumínio, Cálcio, Magnésio ou Zinco, os Sais de 
Bismuto e outros cátions divalentes e trivalentes impedem a absorção das 
Tetraciclinas por causa da formação de quelatos pouco solúveis. 
Sais de Ferro 
Os Sais de Ferro impedem a absorção

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