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O QUE SÃO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS? Com o progresso da medicina, a cada dia observa-se o surgimento de novas drogas, estas cada vez mais potentes, tanto em relação a sua eficácia quanto ao seu potencial de efeitos tóxicos. O conhecimento das propriedades básicas dos fármacos e de sua ação farmacológica é de fundamental importância para a realização de uma terapêutica adequada, considerando que o corpo humano é um sistema complexo formado por uma infinidade de substâncias que fatalmente entrarão em reação com os fármacos ingeridos. Além disso, no caso da introdução de mais de uma substância, para fins terapêuticos ou não, estas poderão interagir entre si. Se o médico não estiver ciente sobre a farmacodinâmica, as interações e possíveis efeitos colaterais das drogas poderão incorrer na possibilidade de estar aumentando os riscos de seu paciente a níveis, possivelmente, maiores do que aqueles inerentes à própria doença tratada. Interação medicamentosa pode ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre o outro. Ou seja, quando um medicamento é administrado isoladamente, produz um determinado efeito. Porém, quando este é associado a outro medicamento, ou a alimentos, ou mesmo a outras substâncias (como o tabaco , drogas de abuso, ou mesmo outras substâncias que o paciente possa entrar em contato, como inseticidas, produtos de limpeza, cosméticos, etc.) ocorre um efeito diferente do esperado, caracterizando uma interação. Estimativas quanto a incidência de interações medicamentosas oscilam de 3 a 5% para pacientes que usam vários medicamentos e chegam até 20% ou mais para pacientes que usam de 10 a 20 medicamentos. Quando ocorre uma interação entre duas ou mais drogas, pode acontecer um indiferentismo farmacológico (quando cada fármaco age independente da outro, levando a uma resposta farmacológica diversa dos efeitos habituais daqueles fármacos ) ou uma interação farmacológica ( quando uma das drogas interfere sobre as outras, alterando o efeito esperado, qualitativa ou quantitativamente, podendo ocorrer sinergismo, antagonismo parcial ou total, e antidotismo destes efeitos. Interações medicamentosas podem então apresentar efeitos benéficos para o organismo podendo ser utilizadas para aumentar os efeitos terapêuticos ou reduzir a toxicidade de um determinado fármaco ( por exemplo, o ácido acetilsalicílico e a dipirona, quando administrados juntos, tem sua ações analgésicas potencializadas), ou podem apresentar efeitos nocivos, diminuindo ou eliminando a ação dos medicamentos, ou provocando novas doenças( por exemplo, os IMAO causam hipertensão, podendo ser potencializada pela tiramina, que está presente nos chocolates e em vários outros alimentos, pois também causa hipertensão). Além disso, os efeitos de uma interação adversa podem não ser visíveis, e cada paciente reage à sua maneira, sendo que alguns estão mais propensos a evidenciar interações adversas, como os idosos (devido a grande quantidade de medicamentos que muitos ingerem ), os insuficientes renais, hepáticos, cardíacos e respiratórios, aqueles com hipotireoidismo, diabete descompensado e várias outras doenças. Também deve-se considerar vários fatores que possam interferir ( a farmacocinética dos medicamentos, o estado patológico em que encontra o paciente, como os acima, as características genéticas deste, e muitos outros), tornando difícil avaliar seu significado clínico. Uma das principais causas de interações medicamentosas atualmente é a prescrição simultânea de vários medicamentos a um mesmo paciente, principalmente quando este se encontra internado. A auto-medicação, também é um fator importante. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS As interações medicamentosas são classificadas em dois tipos: interações físico-químicas e interações terapêuticas. 1) Interações físico-químicas: As interações físico-químicas ocorrem fora do paciente, pois, entre drogas diferentes podem ocorrer numerosas incompatibilidades, que podem levar a reações quando estas são misturadas em infusão intravenosa, frascos ou seringas , podendo assim causar a inativação dos fármacos em questão. As interações físicas são aquelas que ocorrem com mudança de estado físico (sólido, líquido ou gasoso). Isso pode ser visualizado, por exemplo, quando um fármaco, ao interagir com outro, precipite dentro de um recipiente qualquer (como um frasco de soro, por exemplo), como ocorre com a anfotericina B (um antibiótico utilizado contra muitas espécies de fungos, como Blastomyces dermatitides e Candida sp ) quando colocada em solução fisiológica. Já as interações químicas são aquelas em que há uma reação química entre dois medicamentos, formando uma substância diferente das originais. Um agravante no caso da ocorrência de uma interação físico-química é que, embora algumas formem precipitados, sofram alteração na coloração original, formem gás ou gerem calor, a maioria não produz nenhuma alteração visível que permita a identificação da ocorrência de alguma alteração, sendo por isso importante a determinação da incompatibilidade entre dois fármacos antes que estes sejam misturados, e que pode levar a sérias conseqüências para o estado de saúde do paciente. As interações, neste caso, podem ocorrer de várias formas: A. DEVIDO A UM SOLVENTE INATIVANTE: um determinado solvente pode solubilizar uma determinada substância ou inativar uma outra, como no caso das catecolaminas, em que estas são oxidadas quando introduzidas em determinadas soluções para uso intravenoso; B. DEVIDO A ALTERAÇÃO DO PH DOS MEDICAMENTOS: um composto ácido pode ser anulado ou inibido por uma outra droga básica, e vice-versa; além disso, há também medicamentos que, com a mudança do pH, podem deixar de ser solúveis, como no caso da diminuição da solubilidade do fosfato de cálcio devido ao aumento do pH da solução, precipitando assim como um sal insolúvel. C. INATIVAÇÃO PELO AGENTE CONSERVANTE: pode ocorrer de um agente conservante utilizado em uma solução inativar outro medicamento presente, como no caso do bissulfito de sódio, utilizado em nutrições parenterais, que inativa a penicilina e a tiamina. D. FOTO-OXIDAÇÃO: algumas substâncias se oxidam ou se reduzem com mais facilidade na presença de outras substâncias, quando sofrem ação da luz, como no caso da vitamina C, que, por ser redutora, mantém o ferro no estado ferroso, sendo muito útil no tratamento da anemia ferropriva. Além de tudo isto, interações físico-químicas importantes podem ocorrer pela adsorção das drogas às superfícies plásticas ou de vidro dos equipamentos utilizados na farmácia e das embalagens. 2) Interações terapêuticas: As interações terapêuticas ocorrem dentro do paciente, após a administração do medicamento. Podem ser importantes para antagonizar efeitos de altas doses, prevenir efeitos tóxicos ou atuar como antídotos. Porém, na maioria das vezes, produzem efeitos negativos. Podem ser divididas em dois tipos: interações terapêuticas farmacocinéticas ou farmacodinâmicas. 2.1) Interações terapêuticas farmacocinéticas: Este tipo de interação pode ocorrer no trajeto da droga dentro do organismo, ou seja, durante os processos de absorção, distribuição biotransformação e excreção. A interação em qualquer uma dessas fases pode modificar os parâmetros das drogas, devendo considerar que a cinética de uma droga pode variar de indivíduo para indivíduo, em relação ao tempo para seu caminho. A velocidade de absorção de uma droga está relacionada com a latência da droga: o tempo necessário para que o medicamento atinja seu nível plasmático. Essa velocidade pode ser alterada, podendo então a absorção ser aumentada, diminuída, acelerada ou retardada, devido a mecanismos que incluem: alterações do pH do meio, pois as substâncias irão depender do pH para sua absorção gástrica ou intestinal ; dissolução do fármaco no meio em questão; espessurae vascularização da membrana absortiva; velocidade de esvaziamento gástrico, pois o medicamento necessita de tempo para ser absorvido, o que é dificultado se o paciente apresenta vômitos, diarréia, constipação ou outros quadros que podem ser causados pelo estado patológico em que se encontra ou devido a outro medicamento administrado concomitantemente; da atividade metabólica da flora microbiana intestinal, cujas substâncias por ela produzida podem interferir no grau de absorção de um fármaco; alterações no tônus da musculatura lisa intestinal também podem interferir na absorção; Também pode haver a formação de complexos insolúveis e não absorvíveis (íons cálcio, alumínio e magnésio, por exemplo, reagem com diversos medicamentos) e competição pelos mecanismos de transporte intestinal. Um bom exemplo de absorção retardada de alguns fármacos é causado pelo efeito inespecífico do alimento no estômago. Entre algumas interações que podem interferir na absorção de medicamentos (por via oral) tem-se: o hidróxido de magnésio reduz a absorção estomacal do pentobarbital e aumenta a absorção da sulfadiazina e a morfina, que diminui a absorção dos medicamentos pelo intestino. A distribuição de um fármaco pode ser afetada por outro que altere o fluxo sangüíneo (exemplo: propanolol) , a capacidade de ligação a proteínas plasmáticas ,principalmente a albumina (p. ex., o warfarin é deslocado pelo ácido tricloroacético, um metabólito do hidrato de cloral, podendo ocorrer aumento da anticoagulação), ou a ligação a proteínas teciduais, pois drogas que venham a se ligar em locais não relacionados com sua ação terapêutica (p. ex., digoxina ligada ao músculo esquelético), podem resultar em reserva potencialmente significativa a partir do qual podem ser deslocadas outras drogas. Quando uma droga é deslocada por outra (estando esta ligada a proteínas séricas ou a teciduais), aumentam os riscos de toxicidade, pois aumenta a concentração plasmática da primeira. Também pode ocorrer o transporte ativo para o local de ação, envolvendo alterações complexas na regulação dos neurotransmissores. A biotransformação das drogas pode ser estimulada ou inibida através da terapia paralela. Pelo processo de indução enzimática, ocorre uma estimulação das enzimas microssomais hepáticas envolvidas no metabolismo dos fármacos, podendo ser desencadeada por certas drogas, como barbitúricos, primidona e rifampicina. Deste modo, a indução enzimática aumenta a velocidade de biotransformação da droga, da produção de metabólitos e da depuração hepática da droga, e diminui a meia-vida sérica da droga, as concentrações séricas da droga livre e total e os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos . Já pelo processo de inibição enzimática, ocorre a inibição das enzimas microssomais hepáticas, potencializando os efeitos dos medicamentos, como no caso da cimetidina (anti-histamínico H2), que inibe a biotransformação de acetaminofeno, dos beta-bloqueadores, do warfarin, e de muitos outros. Assim, a inibição enzimática diminui a velocidade de biotransformação da droga, da produção de metabólitos e da depuração total, e aumenta a meia-vida da droga no soro, das concentrações séricas da droga livre e total, e dos efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos . Em geral, a inibição da biotransformação de drogas constitui o mecanismo clinicamente mais importante das interações farmacocinéticas. Quanto a excreção, as interações entre drogas podem alterar a velocidade de eliminação das drogas por qualquer uma das vias excretoras (fezes, bile, suor, lágrimas, pulmões, etc.), isso teoricamente. Porém, o que se melhor conhece é a alteração, devido a interações, da excreção renal . A excreção renal de certos fármacos que são ácidos ou bases fracas pode ser influenciada por outros fármacos que afetam o pH urinário, decorrendo este processo de alterações na ionização da droga, modificando consequentemente a sua lipossolubilidade e a sua capacidade de ser reabsorvida no sangue a partir dos túbulos renais. Pode ainda ocorrer que a filtração glomerular de drogas aumente em conseqüência de seu deslocamento da albumina, que a reabsorção tubular de drogas filtradas seja diminuída (podendo ser por diuréticos, por acidificantes ou alcalinizantes), e que a secreção tubular de drogas seja diminuída por competição pelos sistemas de transporte ativo (por exemplo, a probenicida bloqueia a secreção de penicilinas), com conseqüente prolongamento de sua meia vida no organismo. A droga digoxina, por exemplo, tem sua concentração aumentada em quase duas vezes quando a droga antiarrítimica quinidina é administrada simultaneamente. Estudos posteriores demonstraram efeitos semelhantes com o verapramil e amiodarona. 2.2) Interações terapêuticas farmacodinâmicas: As interações farmacodinâmicas ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos desejados se processam, sendo que elas podem ou não atuar sobre o mesmo receptor para produzir estes efeitos. Este processo pode ser de dois tipos: interações farmacodinâmicas sinérgicas ou antagônicas. O sinergismo ocorre quando a ação das duas drogas que estão interagindo são iguais. Ele pode ocorrer por adição (quando duas drogas agem por mecanismos semelhantes, obtendo, como efeito final, a soma dos efeitos de ambas; por exemplo: ácido acetilsalicílico e dipirona: o efeito analgésico será adicionado), somação (acontece quando duas drogas agem por mecanismos diferentes, obtendo resultados finais semelhantes à soma dos efeitos individuais; por exemplo, AAS e codeína) e potencialização (o efeito final é maior que a soma dos efeitos individuais, geralmente por mecanismos diferentes, como ocorre com os inibidores da monoaminooxidase [IMAO] e a tiramina, ambos causando hipertensão). O antagonismo acontece quando as ações das duas drogas que estão interagindo são opostas. Pode ser, então, classificado por antagonismo farmacológico (quando duas drogas agem no mesmo local com ação diferente, como no caso da associação de um antitussígeno com um xarope expectorante), antagonismo fisiológico (quando dois agentes exibem efeitos opostos por mecanismos independentes, como os vasodilatadores e vasoconstritores), antagonismo químico (quando as substâncias reagem entre si, como no caso da reação varsenato de sódio e chumbo, utilizada no tratamento de intoxicação por este metal) e antagonismo físico (quando as substâncias interagem sem reagir, como no caso da absorção da estricnina pelo carvão ativado no trato intestinal, para o tratamento de intoxicação por aquele alcalóide). 2.3) Interações terapêuticas por mecanismos desconhecidos: Algumas interações não podem ser encaixadas em nenhum dos mecanismos já descritos, permanecendo um mistério o seu funcionamento no organismo, seja benéfica ou maléfica. Por exemplo, como a influência do pH urinário pode alterar, para melhor ou pior, a ação de um antimicrobiano? INTERAÇÕES POR FATORES LIGADOS AO PACIENTE Os mecanismos pelos quais se dão as interações medicamentosas são muito complexos, muitos deles ainda desconhecidos ou mal estudados. No caso das interações farmacocinéticas, farmacodinâmicas ou por fatores desconhecidos, são fatores ligados ao medicamento. Existem ainda, porém, fatores ligados ao paciente, e fatores devido ao modo como aquele fármaco é administrado. O estado clínico de um paciente é de extrema importância na antecipação de uma interação adversa séria. Aqueles com maior risco são os idosos, que são extremamente suscetíveis aos efeitos colaterais de drogas, particularmente aquelas que afetam os sistemas cardiovascular e nervoso. A compreensão de pacientes idosos é freqüentemente pobre, e muitos tomam diversas drogas, o que agrava ainda mais o risco de uma interação medicamentosa adversa. Quando a condição clínica de um paciente muda, particularmente se ele está gravemente enfermo ou velho, todo tratamento medicamentoso deve ser revisto via de regra.Isto pode ser um problema em casos de mais de um médico estar receitando para aquele paciente, caso não haja uma comunicação entre os profissionais. Certos atos do paciente também podem influir na ocorrência ou não de uma interação, assim como o meio ambiente onde este vive. Deste modo, dependendo do tipo de alimentação que este esteja ingerindo durante o tratamento, ou se o lugar onde ele vive for poluído, ou sem saneamento básico adequado, podem estes fatores constituírem agravantes para a ocorrência de interações adversas. Assim, vários fatores ligados ao paciente em si podem levar a ocorrência de uma interação adversa: 1. ESTADO PATOLÓGICO DO PACIENTE: pacientes que sofram de algum tipo de desordem orgânica -- como diabetes, hiper ou hipotireoidismo, alcoólatras e desordens gastrintestinais – podem responder a determinados medicamentos de maneira diversa dos pacientes que não se encontrem em um quadro patológico. 2. ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO RENAL: na ocorrência de um quadro patológico (ou mesmo com o avanço da idade) que leve a uma diminuição da velocidade da filtração glomerular, pode ocorrer um aumento da concentração sérica de um medicamento, aumentando as chances da ocorrência de uma interação indesejável. Em pacientes com albuminúria (eliminação de albumina pela urina), por exemplo, pode ocorrer a diminuição da albumina sérica a um nível que leve então a um aumento da concentração de medicamentos na circulação. 3. ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO HEPÁTICA: algumas patologias podem levar a uma diminuição da atividade normal do fígado, resultando assim numa metabolização insuficiente de um determinado fármaco ou fármacos, ocorrendo assim um aumento de suas concentrações séricas, levando a um aumento das chances de ocorrência de uma interação indesejada. 4. ALTERAÇÕES DO NÍVEL SÉRICO DE PROTEÍNAS: a diminuição da concentração de albumina plasmática (hipoalbuminemia) aumenta a gravidade de interação de drogas cuja eliminação envolve a conjugação protéica, pois a albumina é a principal proteína que irá carrear os fármacos até seus respectivos locais de ação, estando eles inativos quando ligados a ela. 5. ALTERAÇÕES DO PH URINÁRIO: pode afetar, pela ionização, a excreção de drogas que se constituem ácidos ou bases fracas. Essas alterações inclusive podem ocorrer graças a ingestão de fármacos que tornem esse pH mais ácido ou alcalino, favorecendo assim a eliminação de fármacos, respectivamente, alcalinos ou ácidos. 6. ALTERAÇÕES DEVIDO A INGESTÃO DE ALIMENTOS: a quantidade ou os tipos de alimentos ingeridos pode afetar a absorção gastrintestinal de muitos medicamentos, entre outros modos de interagir com estes, pois, como os próprios medicamentos, os alimentos também são substâncias químicas, interagindo com o medicamento da mesma forma que em uma interação medicamento/medicamento. 7. ALTERAÇÕES DEVIDO A POLUIÇÃO AMBIENTAL: as substâncias químicas que fazem da poluição, como o monóxido de carbono (CO), quando aspiradas pelo indivíduo, podem interagir com os fármacos. Assim, quanto pior a qualidade do ar e quanto maior a quantidade de ar inspirado, maior a chance de ocorrer uma interação por este motivo. 8. ALTERAÇÕES DEVIDO A CONSTITUIÇÃO GENÉTICA: as características genéticas são individuais de cada pessoa, podendo então ocorrer alterações dos mecanismos de absorção, transporte, biotransformação, excreção e nos mecanismos de ligação nos locais de ação, variando de gravidade de indivíduo para indivíduo, aumentando ou não a incidência de efeitos colaterais e a possibilidade de interações. 9. ALTERAÇÕES DEVIDO A IDADE: os pacientes mais idosos possuem um sistema já desgastado pelo passar do tempo, enquanto os recém-nascidos ainda não tem a seu amadurecido e pronto para resistir a certas situações. Desta forma, eles estão mais sujeitos a reações de interação por alguns dos mecanismos já expostos, como alteração da função renal, da hepática, etc. Assim, como pôde ser observado, a quantidade de fatores ligados ao paciente é tão variada que chega a ser tão importante quanto as próprias características do medicamento em si, pois, por mais seguro que os fármacos que estão ingeridos possam ser, e por mais precauções que sejam tomadas para evitar as reações adversas ou interações adversas, as condições próprias em que o paciente encontrar-se-á naquele momento poderão então promover a ocorrência, podendo levar o indivíduo a um quadro clínico mais grave do que aquele em que ele se encontrava anteriormente. É de importância crucial que o médico e o farmacêutico levem esses pontos em consideração antes de prescrever e dispensar qualquer medicamento a um paciente internado. INTERAÇÕES DEVIDO A FATORES LIGADOS A ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS: Um dos fatores que podem levar a ocorrência de interações medicamentosas é como o medicamento é administrado. São vários fatores, entre os quais pode-se citar : 1. SEQÜÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO: a ordem em que os medicamentos são dados pode influir na interação; estas então devem ser administradas de tal modo que não se encontrem (como, por exemplo, em horários distantes), diminuindo a possibilidade de interação; 2. VIA DE ADMINISTRAÇÃO: algumas interações só são possíveis quando os dois medicamentos são administrados pela mesma via, como a oral, pois os dois ou mais fármacos ficarão em contato por mais tempo, aumentando a chance de ocorrência de interações. Assim, se essas drogas forem administradas por vias diferentes, ocorre uma diminuição da possibilidade da interação (por exemplo, um medicamento administrado por via parenteral apresenta ação rápida e um comprimido leva mais tempo para agir); 3. TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO: o intervalo curto entre a administração de uma droga ou outra pode aumentar a possibilidade de interação, por isso o conhecimento antecipado de interações entre os fármacos permite a escolha de horários para administração, de modo a diminuir o máximo possível a ocorrência de interações adversas; 4. TEMPO TOTAL DE TRATAMENTO: muitas das reações de interação só aparecem após algum tempo de tratamento, podendo variar de algumas horas a várias semanas para que ocorram; 5. POSOLOGIA: muitas das interações são dose-dependentes, isto é, quanto maior a dose dos fármacos envolvidos, maior a possibilidade de interação. Porém, isso pode ser diferente para drogas potentes, como fármacos utilizados no tratamento do câncer, onde mesmo pequenas doses podem levar a ocorrência de interações; 6. APRESENTAÇÃO: a forma de apresentação do medicamento (líquido, comprimidos, drágeas, liberação gradual, etc.) pode influir na possibilidade de interação. Por exemplo, medicamentos de liberação gradual ficam mais tempo presentes no organismo, podendo então interagir com outras drogas que o paciente vier a ingerir. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM ALIMENTOS E DROGAS DE USO SOCIAL: Deve-se sempre lembrar que qualquer substância que venha a ser ingerida pelo indivíduo sem a intenção de promover um efeito terapêutico (como no caso dos alimentos, do tabaco, etc.) poderá levar a ocorrência de interações medicamentosas com qualquer medicamento que aquela pessoa estiver utilizando, causando alterações na eficácia terapêutica e na toxicidade destas substâncias . Assim, quando um médico vai prescrever um determinado fármaco, ou quando o farmacêutico vai dispensá-lo, eles devem sempre considerar os hábitos individuais de cada indivíduo, aconselhando-os (no caso do médico) a alterar seus hábitos para evitar possíveis complicações durante o tratamento devido a interações adversas deste tipo (por exemplo, os inibidores da monoaminooxidase causam hipertensão e a tiramina [uma substância presente no queijo, vinho chocolate, abacaxi, presunto, etc.] também causa hipertensão] ). Entre as substâncias que possam ser ingeridas pelo paciente normalmente, além dos alimentos, estão o álcool, o tabacoe mesmo as chamadas “drogas de uso social” (aqui exemplificada pela maconha), além de várias outras substâncias dos mais variados tipos, que possam a vir a ser ingeridas intencional ou acidentalmente. 1) Interações com alimentos: As interações alimento-medicamento ocorrem da mesma forma que as de medicamento-medicamento, podendo ser classificadas de várias formas: 1.1) Efeito dos medicamentos sobre o estado nutricional: Os medicamentos podem alterar a ingestão (ex.: medicamentos excretados pela saliva [metronidazol] trazem gosto desagradável), a absorção (os antiácidos alteram o pH intestinal; os antibióticos podem inibir dissacaridases intestinais, causando diarréia) e o metabolismo (a isoniazida e penicilamida comprometem a ação da vitamina B) dos alimentos, bem como modificar a excreção de nutrientes. 1.2) Efeitos dos alimentos sobre a absorção e a ação dos medicamentos: A absorção e a ação dos medicamentos são modificadas pelos seguintes mecanismos: ABSORÇÃO: 1. Retardo no esvaziamento gástrico: com o estômago muito cheio, ocorre diminuição da absorção de um medicamento que seja mais absorvido nesta região (a nitrofurantoína [antiinfeccioso] beneficia-se desse efeito, aumentando sua biodisponibilidade); 2. Alteração da biotransformação: os alimentos alteram a biotransformação de várias drogas (ex.: propanolol); 3. Dissolução: os alimentos podem interferir na dissolução das drogas, favorecendo ou prejudicando sua absorção (ex.: alimentos gordurosos favorecem a dissolução da griseofulvina [antifúngico], aumentando sua absorção); 4. Quelação: ocorre a formação de um sal insolúvel, que precipita e não pode ser absorvido (ex.: interação entre a tetraciclina e o leite); 5. Inibição digestiva: ocorre competição por sítios de ação entre as substâncias alimentares com o medicamentos, prejudicando sua absorção (ex.: aminoácidos competindo com a Levodopa). AÇÃO: 1. Antagonismo dos medicamentos: substâncias presentes nos alimentos podem interferir na resposta dos medicamentos (ex.: vitamina K inibe a resposta dos anticoagulantes orais); 2. Alteração da excreção urinária: o alimento ingerido pode interferir na função renal (ex.: dietas hipossódicas podem causar reabsorção de lítio e atingir níveis tóxicos). 2) Interações com o álcool : O álcool etílico (etanol) é um agente sedativo e hipnótico consumido como droga social, sendo de uso legal (assim como o tabaco). O alcoolismo é um distúrbio complexo, sendo um problema importante do ponto de vista clínico e de saúde pública. As interações entre o etanol e outras drogas podem apresentar efeitos clínicos importantes que resultam de alterações na farmacocinética ou na farmacodinâmica da segunda droga. As mais freqüentes interações farmacocinéticas entre droga e álcool ocorrem como resultado da proliferação induzida pelo álcool no retículo endoplasmático liso das células hepáticas. Assim, a ingestão prolongada de álcool, sem lesão para o fígado, pode aumentar a biotransformação metabólica de outras drogas. Já o uso agudo de álcool é capaz de inibir o metabolismo de outras drogas, devido à alteração do metabolismo ou à alteração do fluxo sangüíneo hepático. Este efeito agudo do álcool pode contribuir para o perigo comum de misturá-lo com outras drogas. As fenotiazinas, os antidepressivos tricíclicos e as drogas sedativas são as mais importantes capazes de interagirem com o álcool através deste mecanismo. As interações farmacodinâmicas do álcool também têm grande importância clínica. A interação aditiva com outros agentes sedativos e hipnóticos é mais significativa. O álcool também potencializa os efeitos farmacológicos de muitas drogas não sedativas, incluindo os vasodilatadores e os fármacos hipoglicêmicos orais. O álcool também aumenta a ação antiplaquetária da aspirina. Uma tabela com diversas interações relacionadas com o álcool pode ser encontrada na listagem de quadros, no início do trabalho. 3) Interações com o tabaco : O número de substâncias liberadas pelo tabaco quando utilizado na forma cigarro (monóxido de carbono, cianureto de hidrógeno, aldeídos, benzopirenos, nicotina, pesticidas, alquitrienos e nitrosaminas (proporciona um grande potencial para interações medicamentosas, tanto farmacodinâmicas, quanto farmacocinéticas. Vários fármacos têm seus efeitos diminuídos à custa de indução do metabolismo hepático (como a teofilina, a imipramina, a amitriptilina, a desipramina, a nortriptilina, a cafeína e a heparina). Os benzopirenos, por exemplo, estimulam a atividade do citocromo P448 (similar ao citocromo P450) e, portanto, aumenta a biotransformação de medicamentos que utilizam essa via oxidativa (10). Se um paciente em tratamento com teofilina pára de fumar, como em uma internação hospitalar, é necessário reduzir sua dosagem em aproximadamente 50%. É útil dosar os níveis plasmáticos de teofilina nesses casos. O cigarro talvez ainda possa diminuir a absorção de insulina a partir dos sítios subcutâneos devido a vasoconstrição. Também pode ocorrer um aumento do risco de acidente vascular encefálico e de cardiopatia isquêmica em mulheres que estejam ingerindo contraceptivos orais (principalmente se esta for maior de 35 anos). Além disso, várias outras interações entre o tabaco e diversos medicamentos podem ocorrer , tornando o hábito de fumar, extremamente difundido em todas as sociedades, ainda mais prejudicial a saúde da população. Uma tabela com diversas interações relacionadas com o tabaco pode ser encontrada na listagem de quadros, no início do trabalho. 4) Interações com a maconha : A maconha (Cannabis sativa), ou Marijuana, é a droga ilegal mais comumente usada nos Estados Unidos, sendo que, no final da década de 70, 11% dos alunos secundários ultimoanistas admitia seu uso diário. Os efeitos farmacológicos característicos da maconha fumada são produzidos, em sua maioria, pelo agente denominado Delta-9-tetraidrocanabinol (Delta-9-THC), sendo que estes variam com a dose utilizada. Vários efeitos medicinais da maconha já foram descritos, incluindo efeitos antinauseantes (podendo ser utilizados para combater esses efeitos causados pelo tratamento por quimioterapia), efeitos relaxantes musculares, anticonvulsivantes e redução da pressão intra-ocular (tratamento do glaucoma). Os efeitos nocivos mais comumente conhecidos são as alterações do humor, da percepção e da motivação, comprometimento das funções cognitivas, da aprendizagem e da memória. Interações medicamentosas da maconha com outras drogas são pouco conhecidas: pode interagir com anestésicos gerais (como o halotano e o ciclopropano), potencializando os efeitos destas drogas, criando assim uma condição potencialmente perigosa. Também já foi descrito a interação com o alcalóide fisostigmina (um inibidor das colinesterases), podendo levar a uma séria depressão do SNC, condição que foi associada a suicídios. O mecanismo desta interação pode ser devido a um efeito anticolinesterásico da maconha. Outra interação já descrita foi com bloqueadores ganglionares, causando hipotensão. LISTA DE INTERAÇÕES GERAIS DROGA ASSOCIADA COM EFEITO Antibióticos em geral Alcalinizantes Alimentos Acidificantes Anticolinérgicos, ganglioplégicos, analgésicos morfínicos, antidepressivos tricíclicos, antiparkinsonianos e anti-histamínicos de atividade colinérgica Colestiramina Aceleração da absorção digestiva dos antibióticos de caráter básico; pode aumentar os efeitos antibacterianos dos antibióticos básicos no trato urinário e diminuir os efeitos dos ácidos. Os principais antibióticos (penicilinas orais, estearato de eritromicina, novobiociona, tetraciclina, e outras) tem sua absorção afetada. Absorção retardada ou reduzida dos antibióticos de caráter ácido; podem aumentar os efeitos antibacterianos dos antibióticos ácidos no trato urinário de diminuiriam os efeitosdos básicos. Diminuem o peristaltismo intestinal e, dessa forma, impedem uma mistura eficiente, o que reduz o ritmo de absorção dos antibióticos e aumentam a possibilidade de uma hidrólise enzimática dos antibióticos. Fixa os antibióticos aniônicos e reduz sua absorção digestiva INTERAÇÕES RELACIONADAS AS CLASSES DE ANTIBIÓTICOS DROGA ASSOCIADA COM EFEITO Aminociclitóis ? QUANDO SE ADMINISTRA JUNTO COM VANCOMICINA Outros aminociclitóis ASS e outros salicilatos Ácido etacrínico Anfotericina B parenteral Bacitracina parenteral Bumetamina parenteral Capreomicina Cefalotina Ciclosserina Cisplatina Furosemida parenteral Manitol Vancomicina Anestésicos gerais da classe dos hidrocarbonetos halogenados, citrato, bloqueadores neuromusculares ou suxametônio Antibióticos beta-lactâmicos Anti-histamínicos, buciclizina, fenotiazínicos, meclozina ou tioxantênicos Hipnoanalgésicos Indometacina I.V. Polimixinas parenterais Aumento do potencial para ototoxicidade e nefrotoxicidade e bloqueio neuromuscular (este último apenas com outros aminociclitóis e capreomicina) Podem intensificar o bloqueio neuromuscular Podem inativá-los em pacientes com insuficiência renal Podem mascarar os sintomas de ototoxicidade Podem causar efeitos depressores respiratórios centrais aditivos No recém-nascido prematuro pode diminuir sua depuração renal Aumentam o potencial para nefrotoxicidade e/ou bloqueio neuromuscular Cefalosporinas Agentes nefrotóxicos (ex.: colistina, polimixina B e vancomicina) Alimentos Aminociclitóis Ampicilina Carbenicilina Cloranfenicol Furosemida (e outros diuréticos de alça) Imipenem Macrolídeos Mecilinama Penicilinas Probenicida Rifampicina Sulfaniluréias Tetraciclinas Aumentam a probabilidade de nefrotoxicidade Retardam a absorção das cefalosporinas via oral Pode ocorrer adição ou sinergismo; aumento do risco de nefrotoxicidade (não descrito para axetil cefuroxima). Antagonismo. Antagonismo. Pode ocorrer adição ou sinergismo. Podem aumentar a possibilidade de toxicidade renal. Pode ocorrer antagonismo para muitas cepas de bactérias. Podem interferir com sua ação bactericida. Pode ocorrer sinergismo contra algumas bactérias. Pode ocorrer adição ou sinergismo (menos ampicilina e carbenicilina). Geralmente aumenta e prolonga seus níveis plasmáticos (não afeta a ceftriaxona). Antagonismo com estafilococos. Aumento do efeito hipoglicemiante. Antagonismos freqüentes. Fluorquinolonas Alcalinizantes urinários (bicarbonato de sódio, citratos, inibidores de anidrase carbônica) Aminoglicosídeos Antiácidos contendo Al+3, Ca+2, mMg+2 Antifúngicos Cafeína Ciclosporina Cloranfenicol Imipenem Nitrofurantoína Probenicida Rifampicina Teofilina Tetraciclinas Podem reduzir a solubilidade das fluorquinolonas nas urina e causar cristalúria e nefrotoxicidade. Pode ocorrer adição ou sinergismo parcial contra algumas bactérias. Reduzem a absorção do norfloxacino. Pode auementar a atividade dos antifúngicos. Reduz a biotransformação hepática da cafeína. Auemnto do efeito nefrotóxico da ciclosporina. Aumento do efeito nefrotóxico desta. Pode ocorrer sinergismo, sinergismo parcial ou indiferença. Antagonismo. Diminuição da excreção urinária do norfloxacino, sem afetar as concentrações séricas e meia-vida da mesma. Pode inibir sua atividade bactericida. Reduz a biotransformação hepa'tica desta. Podem inibir sua atividade bactericida. Lincosaminas Ácido fusídico Alimentos Aminoglicosídeos Antidiarréicos adsorventes Antidiarréicos antiperistálticos (como opiáceos, difenoxilato, loperamida) Bloqueadores neuromusculares Cloranfenicol Eritromicina Éter Hipnoanalgésicos Gentamicina Metronidazol Sinergismo para estafilococos. Interferem na absorção das lincosamidas; os ciclamatos interferem na absorção da lincosamida. Pode ocorrer antagonismo. Diminuem absorção das lincosamidas quando estas são administradas concomitantemente por via oral. Prolongam ou pioram a colite pseudomembranosa por retardar a eliminação da toxina. Aumento do bloqueio neuromuscular. Antagonismo. Antagonismo. Aumento do bloqueio neuromuscular. Pode levar a depressão ou paralisia respiratória aumentada ou prolongada. Para tratamento de infecções por estafilococos multirresistentes. Sinergismo para algumas bactérias. Macrolídeos Anticoncepcionais orais e combinações de estrogênio/progestogênio Bromocriptina Cefalosporinas Corticosteróides Co-trimoxazol Diidriergotamina Ergotamina Fosfomicina Lincosaminas Penicilinas Utilização conjunta pode causar o aparecimento de prurido e icterícia. Aumento das taxas plasmáticas de bromocriptina com aumento da atividade antiparkinsoniana e sinais de superdosagem dopaminérgica. Inibição da ação bactericida das cefalosporinas. Aumento dos efeitos dos corticosteróides com risco de acumulação. Antagonismo freqüente. Ergotismo com possibilidade de necrose das extremidades. O mesmo acima. Sinergismo freqüente. Antagonismo. Inibição da ação bactericida das penicilinas. Peniclinas (em geral) Álcool Aminoglicosídeos Aminoipurato sódico (PAH) Antiinfecciosos bacteriostáticos Antiinflamatórios não-esteroidais Beta-bloqueadores Cefalosporinas Cloranfenicol Eritromicina Fenolsulfonftaleína (PSP) Heparina Macrolídeos Mecilinama (andinocilina) Metotrexato Outros antibióticos beta-lactamicos Probenicida Aumento da excreção das penicilinas. Incompatíveis (mesma seringa, I.V. e in vivo). Diminuição mútua da excreção de PAH e de outra droga. Antagonizam a atividade das penicilinas (contudo, em pacientes pediátricos as vezes se administra ampicilina ou benzilpenicilina associadas ao cloranfenicol). Podem deslocar as penicilinas de seus sítios de ligação e vice-versa. Aumento do risco e gravidade de reações anafiláticas. Antagonismo. Diminui o efeito das penicilinas e diminui sua própria meia-vida. Antagonismo no tratamento da escarlatina. Diminuição da excreção de PSP. Doses concomitantes I.V. podem causar defeitos hemostáticos e alterar a coagulação. Inibição da ação bacteriana das penicilinas. Pode ocorrer sinergismo contra algumas bactérias. Possível aumento da toxicidade do metotrexato. Pode ocorrer atividades aditivas, sinérgicas ou antagonismo. Aumento e prolongamento dos níveis séricos de penicilina. Sulfonamidas Ácido para-aminobenzóico e anestésicos gerais derivados do PABA (benzocaína, butocaína, clorprocaína, piperocaína, procaína, propoxicaína e tetraclina) Álcool Aminoipurato sódico (PAH) Ampicilina Antiácidos orais Anticoagulantes orais Anticoncepcionais orais Amtiinflamatórios não-esteroidais Bentiromida Ciclosporina Eritromicina Fármacos hepatotóxicos Fenitoína Fenilbutazona Fenolsulfonftaleína (PSP) Metenamina e seus sais Metotrexato Óleo mineral Oxacilina Praldeído Penicilina G Pirimetamina e trimetoprima Polimixinas Probenicida Sulfaniluréias Sulfimpirazona Antagonismo da atividade das sulfas. Aumento dos efeitos indesejáveis do álcool. Ficam prejudicadas as dosagens de PAH. Associação pode ser usada no tratamento de infecções por Brucella. Possível diminuição da absorção gastrintestinal das sulfas. Aumento do efeito anticoagulante. Diminuição da eficácia dos anticoncepcionais orais. Podem ser deslocados pelas sulfonamidas deseus sítios de ligação ou vice-versa. Antagonismo da atividade das sulfas; resultados falso-positivos. Certas sulfas podem reduzir os níveis sangüíneos de ciclosporina, até o ponto de fracassar a terapia anti-rejeição. Pode ocorrer sinergismo ou adição. Aumentam a incidência de hepatoxicidade. Aumento das concentrações séricas de fenitoína com possibilidade de toxicidade. Podem potencializar os efeitos da fenilbutazona. Algumas sulfas provocam diminuição da excreção de PSP. Aumento do risco de cristalúria. Aumento dos efeitos e da toxicidade do metotrexato. Diminuição da excreção das sulfas não-solúveis. Diminuição da absorção gastrintestinal da oxacilina. Aumento do risco de cristalúria. Aumento dos níveis séricos de peniclina G. Sinergismo contra alguns microorganismos; reações de hipersensibilidade, podendo ser fatal, com pirimetamina e sulfadoxina. Pode ocorrer sinergismo. Aumento das concentrações totais das sulfas, sem alterar as concentrações de sulfonamidas livres. Potencializam os efeitos hipoglicêmicos da clorpromamida. Aumento das concentrações séricas das sulfonamidas. Tetraciclinas Alimentos Aminoglicosídeos Anfotericina B Cátions bivalentes ou trivalentes (Fe+2, Mg+2, Zn+2, Ca+2, Al+3) Anticoagulantes orais Anticoncepcionais orais Antidiabéticos Bicarbonato de sódio e outros alcalinizantes Bismuto Caolim, pectina Ciclamato sódico, citrato sódico, glucosamina, hexametafosfato sódico, paraminobenzoato de sódio Cimetidina Clopropamida Corticosteróides Co-trimaxazol Dimenidrato Diuiréticos Drogas antituberculose Estreptomicina Fenilbuitazona e oxifenilbutazona Fenitoína Fosfomicina Heparina Isotretionina Metotrexato Metoxifluorano Norfloxacino Oxifenilbutazona Penicilina G + clortetraciclina Penicilinas Preparações com ferro Quimiotripsina Sucralfato Sulfonamidas Superativos (dioctilsulfossuccinato, dodecilsulfamato e laurilsulfato sódico) Prejudicam a absorção das teraciclinas. Antagonismo in vitro. Sinergismo in vitro contra leveduras; aumento da absorção gastrintestinal das tetraciclinas. Formação de quelatos não absorvíveis. Potencializam seus efeitos. Diminuição do efeito anticoncepcional; hemorragias. Potencialização dos efeitos dos antidiabéticos; aumenta o risco de acidose lática característico dos antidiabéticos biguanídicos. Diminuição da absorção do antibiótico. Diminuição do efeito das tetraciclinas Diminuição do efeito das tetracilcinas. Aumento da absorção digestiva das tetraciclinas. Diminuição da absorção do antibiótico. Aumento da hepatoxicidade. Aumento da possibilidade de aparecimento de superinfecção em pacientes recebendo corticosteróides e também em tratamentos prolongados com tetraciclinas. Antagonismos freqüentes Aumento da velocidade de absorção das tetraciclinas. Elevação do nitrogênio uréico do sangue (BUN). Podem ser utilizadas como adjuvantes no tratamento da tuberculose. Pode ocorrer antagonismo. Aumento da hapatotoxicidade. Aumento da hepatoxicidade. Sinergismo freqüente. Diminuição do efeito anticoagulante. Aumento da possibilidade de desenvolvimento de pseudo-tumor cerebral. Aumento da toxicidade do metotrexato. Administração pré e pós operatórias de tetraciclinas em pacientes anestesiados com metoxifuorano pode produzir nefrotoxicidade fatal. Pode ocorrer antagonismo. Aumento da hepatoxicidade. Antagonismo em pacientes com meningite pneumocócica tratados deste modo. Pode ocorrer antagonismo. Diminuição dos efeitos das tetraciclinas. Aumento da absorção digestiva das tetraciclinas. Diminuição da absorção gastrintestinal das tetraciclinas. Associação no tratamento por Listeria. Aumento da absorção das tetraciclinas. LISTA DE INTERAÇÕES ESPECÍFICAS DE ANTIBIÓTICOS DROGA ASSOCIADA COM EFEITO Aciclovir Anfotericina B Cetoconazol Interferon Metotrexato Probenicida Zivodudina Outros fármacos nefrotóxicos Potencializa o efeito do aciclovir contra vírus pseudorábico. Sinergismo antiviral dose-dependente in vitro contra vírus do herpes simples tipos 1 e 2. Efeito aditivo ou sinérgico in vitro contra o vírus do herpes simples 1; por via intratecal, o aciclovir deve ser usado com cautela em pacientes que exibiram anteriormente reações ao interferon. Aciclovir intratecal deve ser usado com cautela em pacientes que exibiram anteriormente reações ao interferon. Aumento dos níveis séricos do aciclovir. Pode levar a aumento da neurotoxicidade; pode potencializar a ação antiviral da zivodudina (mínima); pode produzir letargia extrema. Podem aumentar o potencial para a toxicidade, sobretudo na presença de insuficiência renal. Amicacina Ver interações dos aminoglicosídeos Amoxacilina Ácido cluvânico ou seus derivados Alopurinol Antiácidos Sinergia contra algumas bactérias produtoras de beta-lactamases. Aumento do risco de acidentes cutâneos. Diminuição da absorção da amoxicilina Ampicilina Alimentos Ácido acetoidroxâmico Ácido clauvânico Ácido olivânico Alopurinol Ampicilina benzatina Antiácidos Anticoncepcionais orais contendo estrogênios Atenolol Cloranfenicol Fosfomicina Outros antibióticos beta-lactâmicos Rifampicina Sulfassalazina Sulfonamidas Ver interações das penicilinas. Prejudicam a absorção da ampicilina e seus derivados. Indiferença, antagonismo e, ocasionalmente, sinergia contra algumas bactérias. Efeito sinérgico contra bactérias produtoras de beta-lactamases. Sinergia contra muitas cepas de bactérias produtoras de beta-lactamases. Aumenta a incidência de exantemas. Níveis séricos de ampicilina atingidos mais rápidos. Diminuição da absorção da ampicilina. Diminuição da eficácia destes; auemnto da incidência de hemorragias. Redução da absorção oral de atenolol. Pode ocorrer indiferença, adição, sinergismo ou antagonismo da atividade bactericida da ampicilina. Sinergismo para Salmonella multirresistente. Pode ocorrer sinergismo, antagonismo ou adição. Inibiçãp da atividade bactericida da ampicilina. Administração oral da ampicilina antes da administração da sulfassalazina pode alterar o metabolismo da sulfa. Associação pode ser usada no tratamento de infecções por Brucella. Anfotericina B Aciclovir Adrenocorticóides Agentes antineoplásicos Bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes Ciclosporina Cisplatina Corticosteróides Corticotrofina Diuréticos depletores de potássio ou outros medicamentos nefrotóxicos Flucitosina Glicosídeos digitálicos Inibidores da anidrase carbônica Laxativos estimulantes Medicamentos depressores da medula óssea Medicamentos que causam discrasia sangüínea Miconazol Norfloxacino Radioterapia Rifampicina Tetraciclina Zivodudina Pode potencializar o efeito antiviral do aciclovir. Hipopotassemia grave induzida pela anfotericina B. Aumento da nefrotoxicidade da anfotericna B. Quando utilizados concomitantemente, hipopotassemia. Aumento da creatinemia. Aumento da nefrotoxicidade. Aumento da depleção de potássio; também pode diminuir a capacidade da resposta adrenocortical aos corticosteróides. Hipopotassemia. Aumento da toxicidade renal. Adição ou sinergia. Quando tomados concomitantemente, hipopotassemia Hipopotassemia e hipocalemia graves. Risco aumentado de hipocalemia. Aumento dos efeitos depressores da medula óssea. Igual acima. Diminuição do efeito contra Candida. Pode aumentar a atividade antifúngica da anfotericina B. Aumento dos efeitos depressores da medula óssea. Adição ou sinergia. Adiçãoou sinergia; aumento da absorção gastrintestinal das tetraciclinas com o uso de anfotericina B oral. Aumento da nefrotoxicidade. Axetil cefuroxima Aminoglicosídeos Ver interações das cefalosporinas Pode ocorrer adição ou sinergia contra algumas bactérias. Cefalexima Ver interações das cefalosporinas Cefalotina Ver interações das cefalosporinas Cefotaxima Aminoglicosídeos Azlocilina Piperacilina Ver interações das cefalosporinas. Pode ocorrer adição ou sinergismo contra alguns microorganismos, ou antagonismo; pode ocorrer aumento do risco de nefrotoxicidade. Diminuição do clerance da cefotaxina em 50 a 60%, não importando o grau de insuficiência renal; pode ocorrer sinergismo, adição ou antagonismo. Pode ocorrer sinergismo, adição ou antagonismo. Cefoxitina Ceftazidina Drogas nefrotóxicas (aminoglicosídeos, anfotericina B, polimixinas, vancomicina, etc) Probenicida Ver interações das cefalosporinas. Pode ocorrer antagonismo. Aumenta o risco de nefrotoxicidade. Concentrações mais altas e prolongadas de cefoxitina. Cefepime Ver interações das cefalosporinas Ceftadizima Ácido clavulânico Aminoglicosídeos Ampicilina Cefalosporinas Imipenem Metronidazol Penicilinas (exceto a ampicilina) Ver interações das cefalosporinas. Pode ocorrer sinergismo contra algumas bactérias resistentes a ceftadizima isoladamente; também pode ocorrer ligeira adição. Adição ou sinergismo;.pode causar aumento de nefrotoxicidade Pode ocorrer antagonismo. Pode ocorrer sinergismo parcial ou ligeira adição*. Pode ocorrer sinergismo ou ligeira adição*. Pode ocorrer sinergismo. Pode ocorrer sinergismo parcial ou ligeira adição*. *este efeito pode ser considerado para toda a classe dos beta-lactâmicos Ceftriaxona Aminoglicosídeos Ver interações das cefalosporinas Pode ocorrer adição ou sinergismo contra algumas bactérias, ou mesmo antagonismo Cetoconazol Aciclovir Álcool Alimentos Antiácidos Antiácidos Anticoagulantes cumarínicos ou indadiônicos Anticolinérgicos Ciclosporina Cimetidina Drogas hepatotóxicas Fenitoína Hipoglicemiantes Isoniazida Metilprednisolona Ranitidina Rifampicina Pode ocorrer sinergismo antiviral dose-dependente contra vírus do herpes simples tipos 1 e 2. Aumento da hepatoxicidade. Aumentam a absorção do cetoconazol. Diminuição da absorção gastrintestinal do cetoconazol. Diminuição da absorção gastrintestinal do cetoconazol. Aumento do efeito anticoagulante. Diminuição da absorção gastrintestinal do cetoconalzol. Aumento das concentrações plasmáticas de ciclosporina e das concentrações de crestinina sérica. Diminuição da absorção gastrintestinal do cetoconazol. Aumento da hepatoxicidade. Alteração do metabolismo de uma ou ambas as drogas. Pode causar hipoglicemia grave. Diminuição dos níveis séricos do cetoconazol. Inibe a disposição e prolonga os efeitos da supressão renal da metilprednisolona. Diminuição da absorção gastrintestinal do cetoconazol. Diminuição das concentrações séricas do cetoconazol. Ciprofloxacino Didanosina Fenitoína Glibenclamida Warfarina Ver interações das fluorquinolonas. Reduz a absorção do ciprofloxacino. Pode elevar a fenitoína à níveis tóxicos ou reduz o controle de convulsões. Intesifica a ação da glibenclamida. Intensifica a ação da warfarina Claritromicina Ver interações dos macrolídeos Clindamicina ver interações das lincosamidas Cloranfenicol Ácido fólico Álcool Alimentos Aminoglicosídeos Ampicilina Anticoagulantes orais Bentiromida Anticoncepcionais orais Cimetidina Ciclofosfamida Clorpropamida Co-trimoxazol Depsipeptídeos Dicumarol Drogas mielossupressoras Eritromicina Estreptomicina Etomidato Fenitoína Fenobarbital Ferro Fosfomicina Gentamicina Imipenem Metotrexato Norfloxacino Quinolonas Paracetamol Rifampicina Sulfaniluréias Tolbutamida Vitamina B12 Diminuição da eficácia da terapêutica com ácido fólico. Aumento dos efeitos do álcool; reação tipo dissulfiram menor. Não alteram a absorção do cloranfenicol e seus derivados. Pode ocorrer antagonismo. Pode ocorrer antagonismo, adição, sinergismo ou indiferença. Aumento do tempo de protombina. Resultados falso-positivos. Diminuição da eficácia anticoncepcional. Anemia aplásica. Potencialização dos efeitos desta. Potencialização dos efeitos desta. Antagonismo freqüente. Antagonismo para estafilococos. Potencialização dos efeitos deste. Aumento da depressão da medula óssea. Sinergismo ou adição. Pode ocorrer antagonismo. Anestesia prolongada. Potencialização dos efeitos desta. Potencilaização dos efeitos deste. Retardo na resposta terapêutica ao tratamento ao ferro. Sinergismo freqüente. Pode ocorrer antagonismo. Pode ocorrer antagonismo. Aumento da toxicidade do metotrexato. Pode inibir a atividade bactericida do norfloxacino; pode ocorrer antagonismo. Pode ocorrer antagonismo. Possível aumento da toxicidade do cloranfenicol. Diminuição dos níveis séricos de cloranfenicol. Intensificam o efeito hipoglicemiante destas. Potencialização dos efeitos desta. Retardo na resposta terap6eutica ao tratamento com esta. Doxiciclina Barbitúricos Carbamazepina Fenitoína Ver intrerações das tetraciclinas. Os três diminuem a concentração sérica da doxiciclina. Eritromicina Alimentos Azatioprina Carbamazepina Cloranfenicol Ciclosporina Digoxina Disopiramida Gentamicina Lincomicina Lincosamidas Penicilinas Penicilina G Sulfonamidas Teofilina Terfenadina Triazolam Warfarina Outros medicamentos hepatotóxicos Outros medicamentos ototóxicos Ver interações dos macrolídeos. Pode interferir na absorçào do estearato ou aumentar a absorção do estolato de eritromicina. Altera a depuração da azatioprina. Potencializa os efeitos desta. Antagoniza os efeitos deste. Aumenta o risco de nefrotoxicidade. Intensifica os efeitos da digoxina, podendo causar o aparecimento de nefrotoxicidade. Aumenta a concentração plasmática da disopiramida. Associação pode ser usada no tratamento de infecções por estafilococos multirresistentes. Antagonismo. Antagoniza os efeitos das lincosamidas. Pode interferir com o efeito bactericida das penicilinas ou pode causar antagonismo em alguns casos. Pode ocorrer adição ou sinergismo. Pode ocorrer adição ou sinergismo. Diminui a depuração hepática da teofilina, com aumento da concentração sérica e/ou toxicidade; também pode levar a diminuiçào dos níveis séricos de eritromicina. Inibição do metabolismo desta. Inibe a biotransformação hepática deste, aumentando sua concentraçào plamática. Concomitantemente , aumenta o risco de hemorragias, especialmente em idosos. Aumento do potencial de hepatotoxicidade. Doses altas de eritromicina, em pacientes com insuficiência renal, aumenta o potencial de ototoxicidade. Espiramicina Alimentos Metronidazol Ver interações dos macrolídeos Prejudicam a absorção da espiramicina Pode ocorrer sinergismo Fluconazol Ciclosporina Fenitoína Rifampicina Sulfaniluréias Warfarina Aumento da concentração plasmática da ciclosporina. Diminue a biotransformação da fenitoína, aumentando suas concentrações plamáticas. Aumenta a bitoransformação, diminuindo suas concentrações plamáticas. Aumenta a concentração plamática destas. Diminue a biotransformação da warfarina, aumentando o tempo de protombina. Gentamicina Cloranfenicol Clindamicina Digoxina Eritromicina Depsipeptídeos Ver interações dos aminociclitóis. Pode ocorrer antagonismo.Pode ser utilizada no tratamento de infecções por estafilococos multirresistentes. Diminuição da absorção gastrintestinal. Diminuição da absorção gastrintestinal. Pode ocorrer sinergismo. Imipenem Aminociclitóis Ciclastatina Cloranfenicol Co-trimoxazol Norfloxacino Outros antibióticos beta-lactâmicos Probenicida Incompatíveis no mesmo frasco. Impede a metabolização do imipenem, porém protege contra a nefrotoxicidade desta. Pode ocorrer antagonismo. Pode ocorrer sinergismo. Pode ocorrer sinergismo ou indiferença. In vitro, antagonismo para cepas de várias bactérias. Níveis altos e prolongados de imipenem. Isoniazida Ácido p-aminossalicílico (PAS) Ácido nicotínico Álcool Alimentos Anestésicos inalatórios halogenados Antiácidos (principalmente Al+3) Antidiabéticos orais Carbamazepina Cetoconazol Coticosteróides Cicloserina Diazepam Dissulfiram Etionamida Fármacos hepatotóxicos Fármacos neurotóxicos Fenitoína Meperidina Pirazinamida Rifampicina Simpaticomiméticos Teofilina Diminuiçào da velocidade de acetilação da isoniazida. Pode causar deficiência deste. Mais rapidamente metabolizada por alcoólatras; pode ocorrer intolerância ao álcool; aumento da incidência de hepatite em alcólatras crônicos. Tiramina e histamina podem provocar efeitos alérgicos. Potencialização do efeito hepatotóxico da isoniazida. Retardo e diminuição da absorção e de suas concentrações séricas. Redução ou potencialização da eficácia destes. Aumento da toxicidade das duas drogas. Diminuição dos níveis séricos deste. Podem aumentar a biotransformação e a excreção da isoniazida. Aumento da toxicidade para o SNC. Possível aumento do efeito do diazepam I.V. Mudanças no comportamento psicológico dos pacientes, problemas de coordenação e estados de confusão. Aumento da toxicidade para o SNC. Aumento do potencial para hepatotoxicidade. Pode ocorrer neurotoxicidade ativa. Aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína, principalmente nos inativadores lentos da isoniazida e nos que recebem isoniazida + PAS. Aumento dos efeitos indesejáveis. Aumento da hepatoxicidade. Aumento dos níveis séricos da isoniazida; possível aumento da hepatotoxicidade. Aumento dos efeitos secundários da isoniazida. Aumento da eliminação de teofilina com perda do efeito terapêutico. Itraconazol Anti-ácidos Anti-histamínicos H2 Fenitoína Rifampicina Terfenadina Reduzem a absorção do itraconazol. Reduzem a absorção do itraconazol. Reduzem os níveis sangüíneos do itraconazol. Reduz os níveis sangüíneos do itraconazol. Inibição do metabolismo desta. Neomicina Anticoagulantes cumarínicos Anticoncepcionais orais Digoxina Lactulose Metampicilina Vitamina B12 Xilose Ver lista de interações dos aminociclitóis. Neomicina oral pode potencializar seus efeitos. Neomicina oral pode diminuir seus efeitos. Diminuição da absorção gastrintestinal desta. Neomicina oral pode causar possível resposta inadequada à lactulose. Diminuição da absorção gastrintestinal desta. Diminuição da abosrção gastrintestinal desta. Inibição da absorção gastrintestinal desta. Nistatina Norfloxacino Pode aumentar a toxicidade da nistatina Norfloxacino Sucrafalte Sulfato ferroso Ver interações das fluorquinolonas Reduz a absorção do norfloxacino Reduz a absorção do norfloxacino Ofloxacina Ver interações das fluorquinolonas Oxacilina Álcool Sulfonamidas Ver interações das peniclinas Aumento da excreção da oxacilina Diminuição da abosrção gastrintestinal da oxacilina Perfloxacino Fosfato de alumínio Hidróxido de alumínio e magnésio Ver interações das fluorquinolonas Diminui a absorção gastrintestinal do perfloxacino Diminui a absorção do perfloxacino Rifampicina ? FÁMACOS QUE ACELERAM SUA BIOTRANSFORMAÇÀO, COM CONSEQÜÊNTE REDUÇÀO DA EFICÁCIA Ácido nalidíxico Ácido p-aminossalicílico Aminoglicosídeos Ampicilina Anfotericina B Anticoagulantes orais Anticoncepcionais orais contendo estrogênio Antidiabéticos orais Barbitúricos Cetoconazol oral Ciclofosfamida Depressores da medula óssea Dissulfiram Etionamida Isoniazida Levotiroxina Miconazol parenteral Paracetamol Anticoagulantes cumarínicos e indandiônicos, anticoncepcionais orais contendo estrogênios, azatioprina, carbamazepina, cetoconazol, ciclosporina, cimetidina, clofibrato, cloranfenicol, corticosteróides, corticotropina, dacarbazina, dapsona, diazepam, digitoxina, digoxina, disopiramida, doxiciclina, estrogênios, fenitoína, glicosídeos digitálicos, haloperidol, hexobarbital. Metoprolol, propanolol, quinidina. Sulfoniluréias, tiroxina, trimetoprima, warfarina, xantinas. Sinergismo. Reduz a absorção gastrintestinal da rifampicina. Associação pode ser utilizada no tratamento de infecções por estafilococos multirresistentes. Inibição da atividade bactericida da ampicilina. Pode ocorrer sinergismo. Diminuição do efeito destes. Diminuição dos efeitos destes. Diminuição da eficácia destes. Diminuição da eficácia destes. Aumento do risco de hepatotoxicidade. Reduz a meia-vida desta e aumenta sua atividade leucopênica. Aumento dos efeitos leucopênicos e/ou trombocipênicos. Inibe a biotransformação da rifampicina, podendo ocorrer acúmulo. Intensifica os efeitos adversos desta. Aumento do risco de hepatoxicidade. Aumenta a degradação hepática desta. Aumento do risco de hepatotoxicidade. Aumento da incidência de hepatoxicidade. Sulfadiazina Ver interações das sulfonamidas Sulfametoxazol/trimetoprima Ácido acetil-salicílico Ciclosporina Dicumarol Diuréticos Diuréticos tiazídicos Fenilbutazona Fenitoína Metotrexato Sulfaniluréias Warfarina Ver interações das sulfonamidas. Pode deslocar o sulfametoxazol de seus sítios de ligação*. Diminui o efeito terapêutico da fenitoína e aumenta o risco de nefrotoxicidade. Pode deslocar o sulfametoxazol de seus sítios de ligação*. Hiponatremia. Maior incidência de trombocitopenia. Pode deslocar o sulfametoxazol de seus sítios de ligação. Diminui a depuração hepa'tica da fenitoína, prolongando sua meia-vida*. Pode potencializar o efeito depressor da medula óssea. Aumento da resposta hipoglicêmica das sulfaniluréias. Prolonga o tempo de protombina. *este efeito também pode ocorrer com outros fármacos ácidos. Sulfassalazina Ampicilina Antibióticos (em geral) Digoxina Fenobarbital Ver interações das sulfonamidas. Administração oral de ampicilina antes da administração de sulfassalazina pode alterar o metabolismo da sulfa. Administração de outros antibióticos pode alterar o metabolismo da sulfassalazina. Diminuição da absorção gastrintestinal de digoxina. Aumento da excreção biliar da sulfassalazina e diminuição da sua excreção renal. Teicoplamina Aminoglicosídeos Anestésicos gerais Anfotericina B Bloqueadores neuromusculares Procainamida Prometazina Quinidina Incompatíveis, não devendo ser misturados antes da injeção; aumento da ototoxicidade e nefrotoxicidade e do bloqueio neuromuscular. Paralisia neuromuscular com depressão respiratória. Aumento da nefrotoxicidade. Aumento da oto e nefrotoxicidade e do bloqueio neuromuscular. Aumento do bloqueio neuromuscular. Idem anterior. Idem anterior. Tetraciclina Ver interações das tetraciclinas Vancomicina AAS e outros salicilatos Ácido etacrínico parenteral Aminoglicosídeos Anfotericina B parenteral Bacitracina parenteral Bumetamidaparenteral Cefalosporinas Ciclosporinas Cisplatina Furosemida parenteral Polimixinas Anti-histamínicos Buclizina Fenotiazíniocs Meclozina Tioxantênicos Colestiramina Pode ocorrer aumento do potencial para nefrotoxicidade e/ou ototoxicidade. Pode mascarar os sintomas de ototoxicidade. Antagoniza a vancomicina por via oral. GUIA DE DILUIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS I.V. INTERMITENTE Nome genérico Soluções I.V. compatíveis Volume para diluição (ml) Concentração final (P/V) Tempo recomendado de perfusão I.V./minuto Estabilidade pós-diluição Aciclovir S.F. 100 250-500mg / 100ml 60 12h - temp amb Amicacina S.F./Glicose 5% 100 500mg / 100ml 30 a 60 24h - temp amb Ampicilina = 50 a 100 500mg a 1g / 50, 100ml 15 a 30 Uso imediato Aztreonan = = 500mg, 1g / 100ml 20 a 60 24h - temp amb 3 dias - refriger Carbenicilina = = 1g / 50-100ml 20 72h - temp amb 14 dias - refriger Cefalotina = 50 1g / 50ml 10 a 30 12h - temp amb Cefazolina = 50 a 100 500mg, 1g / 50, 100ml 15 a 60 24h - temp amb 10 dias - refriger Cefoperazona = = 2g / 50 a 100ml = 24h - temp amb Cefotaxima = = 500mg, 1g / 50, 100ml 20 a 30 24h - temp amb 5 dias - referiger Cefoxitina = = 1-2g / 50-100ml 15 a 30 24h - temp amb 7 dias - refriger Ceftazidima = = = 30 18h - temp amb 7 dias - refriger Ceftriaxona = = 500mg -1g / 50, 100ml 15 a 30 6 h - temp amb 24h - refriger Cefuroxima = = 750mg / 50, 100ml 30 24 h -temp amb Ciprofloxacino = já vem diluído 200mg / 100ml = 14 dias - temp amb Clindamicina = 50 300mg / 50ml 10 a 40 24 h - temp amb Cloranfenicol = = 250mg-1g / 50ml 30 a 60 24h - temp amb Ganciclovir = 100 500mg / 100ml 60 24h - temp amb Gentamicina = 50 a 200 20-40mg / 50 a 200ml 30 a 120 24h - refriger Imipenem = 100 500mg / 100ml 20 a 60 SF:10h - temp amb SG:5% 4h - temp amb Lincomicina Glicose 5% = 1g / 100ml 60 24h - temp amb Netilmicina S.F./Glicose 5% 50 a 200 150mg / 50 a 200ml 30 a 120 7 dias - temp amb Ofloxacina = 100 400mg / 100ml 60 72h - temp amb Oxacilina = 500 500mg-2g / 500ml 120 a 180 24h - refriger Perfloxacina Glicose 5% 250 400mg / 250ml 60 Sem dados Penicilina G potássica S.F./Glicose 5% 100 5milhões UI / 100ml 30 a 60 24h - temp amb Pentamidina = 50 a 250 300mg /50-250ml 60 24h - refirger Ranitidina = 100 50mg / 100ml 15 a 20 48h - temp amb Sulfametoxazol + trimetropim = = 400-800mg/125 a 500ml 30 a 60 6h Teicoplanin = = 100-400mg / 50, 100ml 30 SG:5% 24h - refriger SF:21 dias - refriger Tobramicina = = 50mg / 50, 100ml 20 a 60 24h - temp amb 96h - refriger Vancomicina = = 500mg / 100ml 60 14 dias - refriger · informações retiradas de folheto de divulgação da Baxter, com o mesmo título = mesmo valor da célula acima LISTA DE MEIA-VIDA DE ANTIBIÓTICOS Aciclovir 3,3hs (VO), 2,5hs (VI), em adultos 19,4hs, em anúricos Amicacina m.v. de eliminação: 2 a 4 hs (adultos normais), 100hs (insuf. Renal), 1 a 2hs (fibrose cística), 2,5 a 4hs (crianças), 5 a 8hs (recém-nascidos) Amoxacilina 1h (pacientes normais), 8 a 16hs (anúricos) Ampicilina 1 a 1,5hs (normais), 8 a 12 hs (anúricos), 1,7 a 4hs (recém-nascidos) Anfotericina B m.v. bifásica, com inicial curta de 24 hs (adultos), 5,54 a 40,3hs (crianças) e 18,8 a 62,5hs (recém-nascidos), seguida de fase de eliminação mais lenta, com m.v. de cerca de 15 dias Axetil cefuroxima m.v. de eliminação: 3hs Cefalexima 0,9 a 1,2hs (função renal normal) 5 a 30 hs (função renal prejudicada) Cefalotina 30 a 55min (função renal normal) 3 a 18hs (função renal prejudicada) Cefotaxima 1h (função renal normal) 3hs (função renal prejudicada) Cefoxitina 40 a 60 min (função renal normal) 2 a 20hs (função renal alterada) Cefepime Cerca de 2hs Ceftadizima 2hs (função renal normal), 13hs (função renal alterada); no recém-nascido, pode ser 3 a 4 vezes mais longa que no adulto Ceftriaxona Por I.M., 5,8 a 8,7hs (função renal normal), 11,4 a 15,7hs (função renal prejudicada); por I.V., 4,3 a 4,6hs (função renal normal) Cefuroxima 1,3hs (função renal normal), 17hs (função renal prejudicada) Cetoconazol 1,4 a 3,3hs durante as primeiras 10hs; daí em diante, 8hs Ciprofloxacino m.v. de eliminação: 4hs (função renal normal) e 6 a 8hs (insuf. Renal) Claritromicina m.v. de eliminação: 44hs Clindamicina ? Cloranfenicol 1,5 a 3,5hs (adultos, funções renal e hepática normais), 3 a 4hs (adultos, insuf. renal), 24hs (lactentes, 1 a 2 dias de idade), 10hs (10 a 16 dias de idade) Doxiciclina 12 a 22hs Eritromicina 1,4 a 2hs (pacientes normais) e 4,8 a 6hs (anúricos) Espiramicina m.v de eliminação: 5 a 8hs Fluconazol m.v. mo soro: 30hs, numa faixa de 25 a 50hs, ou 98 a 125hs (insuf. renal); no líquor é mais longa com doses altas Gentamicina m.v. de eliminação 2 a 4hs (adultos normais), 100hs (insuficiência renal), 1 a 2hs (fibrose cística), 2,5 a 4hs (crianças) e 5 a 8hs (recém-nascidos) Imipenem/ciclastatina m.v. de eliminação em adultos de 1h (para os dois, função renal normal), 2,9 a 4hs para o imipenem e 13,3 a 17,1hs para a ciclastatina (insuf. renal); em recém nascidos, 1,7 a 2,4hs para o imipenem e 3,8 a 7,6hs para a ciclastatina Isoniazida 0,5 a 1,6hs (acetiladores rápidos), 2 a 5hs (acetiladores lentos), até 6,7hs (doença hepática e crônica), 2,3 a 4,9hs (crianças de 1,5 a 15 meses, podendo ser maior nos recém-nascidos) Itraconazol m.v. terminal de um dia Neomicina ? Nistatina ? Norfloxacino 3 a 4hs (função renal normal), 6 a 1 9hs (insuf. renal) Ofloxacina m.v. de elinação de 5 a 7hs (função renal normal), 15 a 60hs (insuf. renal) Oxacilina 30min (função renal normal), 30 a 60 min (função renal prejudicada) Perfloxacino m.v. bifásica, uma curta de 9min, e outra longa, de 11,5hs Rifampicina m.v. de eliminação inicial de 3 a 6hs e, com administração repetida, 2 a 3hs Sulfadiazina ? Sulfametoxazol/trimetoprima 10 a 12hs (sulfametoxazol) e 9 a 11hs (trimetoprima) Sulfassalazina ? Teicoplamina 30 a 160hs (média de 60hs), porém mais prolongada nos pacientes com insuficiência renal Tetraciclina 8hs (normais) ou 57 a 108hs (anúricos) Vancomicina 4 a 11hs (adultos normais), 6 a 10 dias (adultos com insuficiência renal) e 2 a4hs (crianças) INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS COM O ÁLCOOL Fármacos Efeito Mecanismo provável Bezodiazepínicos Depressão aumentada do SNC Barbitúricos Depressão aumentada do SNC Diminuição dos efeitos Soma de efeitos Inibição do metabolismo Indução do metabolismo Opióides Depressão aumentada do SNC Soma dos efeitos Antiespasmódicos = = Anti-histamínicos = = Metronidazol Efeito dissulfiram leve Como o dissulfiram Cloranfenicol = = Sulfaniluréias Diminui o efeito hipoglicemiante Aumenta o efeito hipoglicemiante Efeito dissulfiram leve Indição do metabolismo Diminuição da glicogênese Como o dissulfiram Isoniazida Diminui o efeito anticonvulsivante Aumenta o efeito anticonvulsivante Indução do metabolismo Inibição do metabolismo Acetaminofen Aumenta a hepatotoxicidade Aumento da síntese de metabólitos tóxicos Anestésicos gerais Diminui o efeito Tolerância farmacodinâmica cuzada INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS RELACIONADAS COM O FUMO Medicamentos Efeito Mecanismo provável Anticoncepicionais Aumento dos efeitos adversos dos anticoncepicionais orais O fumo pode alterar o metabolismo de progestágenos e estrógenos Antidepressivos tricíclicos Diminuição da concentração plasmática Aumento do metabolismo hepático Antipirina Diminuição do efeito = Benzodiazepinas = = Cafeína Aumento do clearance = Fenacetina Diminuiçào da concentração plasmática = Fenotiazinas Clopromazina Alteração da resposta terapêutica Aumento do clearance renal de furosemida Furosemida Diminuição do efeito diurético Aumento do clearance de creatinina; incremento do hormônio ACII para a elastina Glutetímida Aumento da absorção Não estabelecido Heparina Diminuição da vida média e aumento da eliminação = Insulina: IM - IV Diminuição do efeito Antagonismo por liberaçãode substâncias endógenas Insulina subcutânea Lidocaína Redução da velocidade de absorção Diminuição da biodisponibilidade de lidocaína oral Aumento do metabolismo hepático Alteração da resposta de lidocaína oral e intravenosa Vasoconstrição periférica Tendência a redução do fluxo sanguíneo hepático Pentezocaina Diminuição do efeito analgésico Aumento do metabolismo hepático (40%) Propoxifeno Diminuição ou inibição do efeito Aumento do metabolismo hepático Propanolol Diminuição do efeito antianginoso Diminuição dos níveis plsmáticos e da vida média Teofilina Diminuição da vida média e concentrações séricas Mecanismo desconhecido Vacinas: gripe Menor proteção Aumento do metabolismo hepático Vitaminas C, B, B12 Aumento dos requerimentos Warfarina Diminuição dos níveis séricos
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