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Direito do Trabalho

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Direito do Trabalho
Matéria:
1-Fontes do Direito do Trabalho
2-Relação de trabalho
3-Principios peculiares no direito do trabalho
4-Renuncia e transação no direito do trabalho
5-Sujeitos da relação do Emprego Empregado
6- Sujeitos da relação do Emprego Empregador
7-Contrato de trabalho
8-Remuneração
9-Proteçao de salario
10-Alteração do contrato de trabalho
11-Suspensao e interrupção do contrato de trabalho
	Conceito de Direito do Trabalho
É o conjunto de princípios normas e instituições atinentes a relação de trabalho subordinado e situações análogas visando assegurar melhores condições individuais e coletivas de trabalho ao trabalhador.
Para o professor Arnaldo Sussekind o direito do trabalho é um ramo da ciência jurídica constituída em unidade orgânica e doutrinaria que visa regular e proteger o trabalho como uma atividade profissional ou seja prestando com subordinação jurídica ao empregado.
	
Denominação do direito do trabalho
A denominação foi adotada para o ramo do direito objeto do nosso estudo foi direito do trabalho. Aqui devemos observar que tal denominação não é técnica já que é muito mais ampla do que efetivo alcance das normas do direito do trabalho que vale dizer que dizem respeito as relações de emprego e situações análogas. Porém é certo que além de consagrada nacional e internacionalmente tal denominação atende uma tendência expansionista do direito do trabalho revelada por exemplo a emenda 45/2004
	Divisão do direito do trabalho
Segundo a grande maioria dos doutrinadores a divisão interna do direito do trabalho compreende dos seguimentos jurídicos direito individual e direito coletivo do trabalho.
Para o professor Marcelo Gondim Delgado poderíamos enunciar em sentindo amplo as seguintes áreas do direito do trabalho:
1-Direito material do trabalho. 
1.1-Direito individual (I e II)
1.2-Direito coletivo (V e VI)
2-Direito público (VII e VIII)
2.1-Direito administrativo
2.2-Direito processual (VIII ao X)
2.3-Direito previdenciário
3-Direito internacional do trabalho
	
	Natureza jurídica do trabalho
O tema envolve a tradicional dicotomia da ciência jurídica em direito público e direito privado hoje apesar de não ser unanime prevalece o entendimento segundo qual a intensidade do interesse público ou privado e que irá determinar que certa norma é de direito público ou privado.
Nesse sentido o direito do trabalho já foi classificado como ramo do direito privado, do direito público e do direito social. Aqueles que o enquadravam como ramo público ponderavam que nas relações do trabalho a vontade das partes havido sido substituída pela vontade do Estado que o fez por meio de leis imperativas e irrenunciáveis. Havia que os afirmavam que o Direito do Trabalho era incompatível tanto com direito público quanto direito social em que o coletivo prevalece sobre o individual, de tudo prevaleceu a ideia que reconhece o contrato de emprego como instituto básico do Direito do trabalho o que torna incontestável a sua natureza privada.
Assim o fato de existir normas irrenunciáveis não tem forças para garantir a natureza do direito público embora por vezes o coloque na fronteira
	Fontes do Direito do Trabalho
Fontes é comum a todos os ramos do Direito e a que determina sua análise por cada um deles é a necessidade de aferir quais as fontes tiveram a influencia na formação das normas de cada ramo e quais continuam tendo de modo a se compreender melhor toda a estrutura normativa que serve a determinado ramo jurídico.
 No direito do trabalho o estudo das fontes aponta uma das características decisivas dessa disciplina que é a presença de forte de regras providas de fontes privadas.
Posto isto temos que a palavra fonte concebida pela ciência jurídica no seu sentido metafórico já que em seu sentido estrito fonte se significa nascente sob este aspecto podemos dizer que a fonte jurídica é manancial de onde provém o direito.
	
Classificação de fontes
A ciência do direito classifica as fontes em: Fontes Materiais e Fontes Formais 
As fontes materiais representam o conjunto de fenômenos sociais que contribuem para a formação das normas jurídicas sob as perspectivas econômicas, políticas e sociológicas.
As fontes formais são instrumentos de exteriorização das normas jurídicas, são elas que dão transparência as normas que determinado grupo social está submetido conferindo a norma de caráter de direito positivo.
Ainda no que tange a classificação das fontes nós temos relação as fontes formais autônomas, fontes formais heterônomas. As fontes formais autônomas são aquelas que ingressam no ordenamento jurídico pela atuação dos próprios destinatários, EX: costumes, convenção coletivas de trabalho, já as fontes formais heterônomas ingressam no ordenamento jurídico pela atuação do aparelho Estatal sem que haja participação direta dos destinatários, EX: leis de sentido formal.
	Fontes Formais do Direito do Trabalho
Fontes Formais Heterônomas
1-Constituição
2-Leis complementares
3-Leis ordinárias
4-Leis delegada
5-Medida provisória 
6-Deecreto legislativo
7-Resoluçoes
8-Setenças normativo artigo 867, 868, 869 ambos CLT
Fontes Formais Autônomas
1-Costumes
2-Convençoes coletivas §1 do Artigo 611 CLT
3-Aordos coletivos 
OBS: É importante destacar que o regulamento da empresa, o laudo arbitral e os princípios gerais do direito bem como a jurisprudência são temas divergentes em doutrina no que tange o seu reconhecimento como fontes formais.
	
Hierarquia das fontes
Segundo Michel Temer hierarquia para o direito é a circunstancias para norma para encontrar sem fundamento de validade em uma norma superior. Partindo desse entendimento o direito comum adota uma hierarquização rígida e inflexível das fontes com a seguinte disposição: Constituição Federal sendo certo que segundo esse critério nada agride e abaixo dela nada agride lei. No direito do trabalho há uma hierarquização diferenciada regido por critérios próprios já que a verticalização aqui não é regida vale a norma mais favorável segundo o sentindo social e considerando sempre a situação completa.
	Princípios do direito trabalho
Os princípios são linhas, diretrizes que informam algumas normas que inspiram direito ou indiretamente uma serie de soluções pelo que podem servir para promover e embasar a aprovação de novas normas orientar a interpretação já existentes e resolver casos não previstos.
OBS: Cotem ?profanamente afirmasse? um ressurgimento dos princípios, ou seja, a uma recuperação dos valores substanciais da conduta humana e os princípios sob esse aspecto já não são mais meros elementos informativos dos legisladores e internos mas elementos portadores de eficácia própria por expressarem valores interesses indispensáveis da natureza humana verdadeiras vigas mestras de convivência social.
	
	Princípios peculiares do direto do Trabalho
1-Principio da proteção
2-Principio da continuidade da relação de emprego 
3-Principio da irrenunciabilidade
Princípio da irrenunciabilidade é o princípio segundo qual são indisponíveis os direitos trabalhistas uma vez que se revelam as garantias mínimas entendidas como capazes de proteger a saúde, a subsistência e capacidade humana do trabalho tal princípio representa o denominado intervencionismo básico típico do ordenamento jurídico brasileiro em que a autonomia da vontade dos sujeitos envolvidos na relação de emprego esbarra nas normas de caráter cogente Artigo 9 e 444CLT
Princípios da inalterabilidade contratual lesiva Artigo 468CLT, é um dos desdobramentos da irrenunciabilidade o princípio da inalterabilidade contratual lesiva é aquele que impede a alteração do contrato de emprego toda vez que ela for prejudicial a pessoa do empregado, ou seja, qualquer alteração no contrato só será admitida quando apresentar um benefício para o empregado e ainda assim desde que ele concorde, artigo 468CLT.
		Renúncia e transação no direito do trabalho
O princípio da irrenunciabilidade revela uma característica que é a indisponibilidadede determinados obras sendo certo que todo regime de proteção surge essa indisponibilidade. Cumpre indagar, no entanto se todas as normas que regulam as relações de emprego são indisponíveis nesse sentido é importante compreendermos que renunciar é declarar que não se tem interesse sobre determinado direito e provocar com isso a sua extinção do direito ou da obrigação, no mesmo modo a transação é bilateral e recai sobre direito e obrigações duvidosas sai a ideia segundo a qual na transação há concessão reciprocas. Assim reconhecida a existência do direito ele será irrenunciável nos termos já revelados porem se há condição ou direito estiver no âmbito patrimonial disponível (Artigo 444CLT) é possível a transação. 
Por fim temos que no âmbito judicial haverá sempre a res dubia (duvida) ou seja a duvida da enquanto existência do direito por isso até sentença poderá ser possível a transação.
Princípio da continuidade da relação de emprego é o princípio segundo qual o controle de emprego será valido por tempo indeterminável uma vez que o emprego é fonte de subsistência do empregado e sob esse aspecto pretende mantê-lo até aposentar-se nesse sentido é que se consolidou a jurisprudência conforme se observa a sumula 212 do TST
O princípio da continuidade sugere que a contratação do emprego a prazo tenha caráter excepcional e só será válida quando for expressamente autorizado Artigo 443 CLT e na lei 9601/98 
Princípio da proteção, é um princípio basilar de todo o direito do trabalho que seja implementar a proteção da hipossuficiência no âmbito da elaboração ou aplicação das normas que regulam as relações individuais de emprego e situações análogas, assim temos que toda a desigualdade jurídica normativa experimentada no direito do trabalho está orientada ou informada neste princípio que em síntese busca uma igualdade substancial das relações de trabalho, conforme já mencionamos o princípio protetor desdobrasse em três linhas:
1-Indubio pro misero-> Regra segundo a qual o interprete deverá adotar entre duas ou mais interpretações viáveis a mais favorável ao trabalhador.
2-Normas maus favorável-> Regra segundo qual havendo uma pluralidade de normas será aplicada a mais favorável ao trabalhador hipossuficiente. Aqui devemos observar que em doutrina foram estabelecidos três critérios para aferir-se a norma mais favorável a determinada situação concreta e é assim que temos:
Teoria do conglobamento; segundo qual a norma mais favorável será apontada pelo conjunto dos elementos legais.
Teoria mista; segundo qual a norma mais favorável será apontada em relação ao conjunto dos institutos regulados, ou seja, mais de uma norma poderá ser aplicada mas deverá ser respeitada conjunto de artigos legais que regulam determinado tema ou instituto
Teoria atomista; segundo qual cada dispositivo legal mais favorável a hipossuficiência será aplicada deflagrando aplicação de várias leis ou normas
3-Condição mais benéfica-> Regra segundo a qual havendo uma pluralidade de condições aplicáveis ao contrato individual de emprego prevalecerá a condição mais favorável ao empregado sendo certo que tal regra está no âmbito de execução e interpretação no contrato de trabalho.
	
Relação de emprego 
Academicamente o trabalho é toda e qualquer prestação de serviço por uma pessoa a princípio tal conceito é relevante na medida em que a CLT utiliza os termos relação de trabalho e relação de emprego como expressões sinônimas o que não é correto ou técnico pois o emprego é espécie do gênero trabalho qualificado pela subordinação.
	Natureza jurídica da relação de emprego
Inicialmente devemos esclarecer que a relação de emprego é contratual, ou seja, é fruto da vontade dos sujeitos envolvidos porem a uma análise peculiar desse tipo de contrato uma análise foi concebida com base nas seguintes teoria:
1-Teoria institucionalista, sustentada na ideia segundo qual a vontade não é essencial a relação de emprego já que é fruto da pressão social que direciona a inserção de trabalho é um elemento social notado em qualquer sociedade minimamente organizada 
2-Teoria contratualista, sustentada na ideia do estado liberal em que o âmbito das relações privadas é livre a manifestação de vontade entre as partes podendo o trabalhador dispor da sua força de trabalho de acordo com seus interesses e necessidades.
3- Teoria Neocontratualista, sugere que a relação de emprego ou trabalho em sentido estrito tem como elemento essencial a manifestação de vontade porem mitigada, diminuída pelo caráter intervencionista das normas que regulam o trabalho fato que revela uma espécie nova de contrato pois escapa, foge as formas clássicas do direito comum (preitada, locação de mão de obra, prestação de serviço sem pessoalidade) aqui existe manifestação livre de vontade e por isso trata-se e um contrato cujo o conteúdo e validade serão submetidos a critério próprio que vale dizer que visão garantir que o professor Mauricio Godinho Delgado definiu de patamar mínimo civilizatório das relações de emprego.
	Elementos de caracterização da relação de emprego 
São elementos: a subordinação, a onerosidade a pessoalidade, a não eventualidade e pessoa física o empregado nesse sentido artigo 3 CLT. Na verdade, os elementos de caracterização da relação de emprego são: circunstancias fáticas jurídicas caracterizadoras da relação de emprego devem ser experimentadas de forma concorrente e assim é que temos:
1-Subordinação-> Elemento da caracterização da relação de emprego segundo qual o empregado se coloca a disposição do empregador para prestação pessoal de serviço objeto de emprego, o que significa dizer que a subordinação é jurídica, ou seja, fruto do negócio jurídico emprego não é econômica e não e técnica 
2- Onerosidade-> Elemento segundo qual só haverá emprego se houver contraprestação pecuniária em relação aos serviços prestados ou tempo a disposição, só haverá emprego se houver salario
3-Pessoalidade-> O contrato de emprego será reconhecido e razão da pessoa, ou seja, tem caráter intuito persona. Aqui é importante destacar que a pessoalidade afeta a pessoa do empregado ressalva a hipótese do parágrafo 2 do artigo 483CLT
4-Não eventualidade-. Elemento segundo qual objeto contrato de emprego, desempenhada pelo empregado deverá ser vinculada a atividade fim do empregador e repetir-se no tempo. Ex: Médico para o hospital, professor para a escola.
5- Pessoa física do empregado-> Elemento segundo qual só será possível o reconhecimento da relação de emprego quando o prestador do serviço for a pessoa física.
	Contrato individual de emprego
É o negócio jurídico que tem por objeto a relação de emprego, ou seja, é o ajuste de vontade entre empregador e trabalhador capaz de gerar direitos e obrigações reciprocas caracterizados peça subordinação, pessoalidade, não eventualidade e onerosidade 
O contrato individual de emprego caracteriza-se: 1-Bilateralidae; 2-Consenssualidae; 3-de Direito privado; 4- Intuito persona; 5-Sinalagmatico; 6-De trato sucessivo
	Trabalho ilícito e trabalho proibido
No pleno das condições de validade devemos observar quer quanto ao objeto há o denominado o trabalho ilícito que é aquele cuja a atividade representa um crime ou uma contravenção OJ199SDI1TST e o denominado trabalho proibido que é aquele que não representa conduta típica ou contravenção penal, mas que não pode ser desempenhado em determinados circunstâncias fáticas como por exemplo do trabalho noturno para menor conforme o Artigo 404CLT. Do mesmo modo há forma pode ser elemento determinante há validade do contrato como ocorre por exemplo o contrato a prazo ou contrato temporário previsto na lei 6019 que deverá atender a forma escrita e a contratação de empregado público que deve ser precedida de concurso, sumula 363TST.
	Nulidade no contrato individual
A nulidade quanto no âmbito só contrato individual de emprego tem características própria uma vez que a reconhecida nulidade não há se restabeleceu a energia produtiva do trabalhador, na força de trabalho, assim mesmoquando se reconheça a nulidade o empregado terá o direito ao salário correspondente as horas efetivamente trabalhada bem como o FGTS nos exatos termos dos Artigos 19-A da lei8036/90
	Prescrição no direito do trabalho
O instituto do direito material a prescrição visa estabelecer um termo inicial e final para que o titular do emprego busque em juízo a reparação ou tutela do direito violão ou ameaçado de violação. No direito do trabalho o prazo prescricional é de 5anos contados do ajuizamento da ação, de forma retroativa sendo certo que cessada a relação do titular do direito terá 2anos para ajuizar a ação nesse sentindo inciso 29 do artigo 7 CF/88 e artigo 11CLT resolvendo que a distinção de tal dispositivo faz em relação aos trabalhos urbanos e rurais não foi recepcionado pela constituição.

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