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Aula 29 a 32 Custos da Qualidade

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ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE 
Custos da Qualidade 
 
 
1 
Custos da Qualidade 
Custos: 
Custo da Qualidade: é o que se gasta 
tentando prevenir erros. 
 
 Custo da não Qualidade: é o que se perde 
errando. 
 
2 
Custos da Qualidade 
Custos relacionados à qualidade são os custos 
associados com a obtenção e a manutenção 
das melhorias em uma organização, tanto em 
manufatura quanto em serviços. 
 
Custos da Qualidade são aqueles custos que 
não deveriam existir se o produto saísse 
perfeito da primeira vez. 
3 
Custos da Qualidade 
Durante muito tempo, associou-se melhoria da 
Qualidade a aumento dos custos dos produtos. 
Deming mostrou que isto não era verdadeiro, 
citando constantemente que, ao aumentar a 
qualidade, se aumenta a produtividade. 
 
Na verdade, os especialistas entendem como custos 
da qualidade “os decorrentes da falta de 
qualidade”. 
4 
Custos segundo Feigenbaum 
Controle 
•Prevenção 
•Avaliação 
 
Falhas dos Controles 
• Falhas Internas 
• Falhas Externas 
5 
Custos segundo Feigenbaum 
Custos de Prevenção: relativos às atividades 
desenvolvidas para manter em níveis mínimos 
os custos de falhas e de avaliação. São 
considerados custos de prevenção: 
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a. Análise de novos produtos; 
b. Planejamento da qualidade; 
c. Avaliação da qualidade do fornecedor; 
d. Reuniões de melhorias de qualidade; 
e. Treinamento e educação; 
f. Projetos/programas de melhoria da qualidade; 
g. Relatórios sobre a qualidade; 
h. Emissão de procedimentos de auditoria e 
inspeção; 
i. Controle de documentos. 
7 
Custos segundo Feigenbaum 
Custos de Avaliação: relativos às atividades 
desenvolvidas para avaliar a qualidade, 
associadas com medição, avaliação e 
auditoria dos produtos e serviços, para 
garantir que os mesmos atendam aos 
requisitos especificados. 
8 
a. Inspeção da matéria-prima; 
b. Inspeção do processo; 
c. Inspeção de produto e testes finais; 
d. Aferição e calibração de equipamento e 
testes; 
e. Auditorias de qualidade do produto; 
f. Materiais e serviços consumidos; 
g. Inspeção do fornecimento; 
h. Avaliação de estoques; 
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i. Visitas técnicas a clientes; 
j. Estudos sobre capacidade de processos; 
k. Qualidade de componentes; 
l. Aquisição de dados sobre a qualidade; 
m.Controle e planejamento de processo; 
n. Auditoria do sistema da qualidade; 
o. Revisão de fluxograma de produção; 
p. Planejamento de atividade de avaliação; 
q. Círculos da qualidade; 
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Custos segundo Feigenbaum 
Custos de Falhas Internas: resultantes de 
falhas, defeitos ou falta de conformidade às 
especificações de um produto ou serviço 
antes da entrega. Alguns exemplos de 
problemas internos com a fabricação dos 
produtos: 
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Custos da Qualidade 
falhas internas 
a) Retrabalho: correc ̧ão de peças, 
subconjuntos e produtos acabados 
defeituosos, a fim de torná-los adequados 
ao uso; 
b) Refugo (sucata): o trabalho, o material e 
(normalmente) as despesas gerais dos 
produtos que não podem ser consertados; 
c) Reparos 
 
12 
Custos da Qualidade 
falhas internas 
c) Reinspeção e novos testes: os custos para nova 
inspeção e novos testes de produtos que 
passaram por retrabalho ou outra revisão; 
d) Inspeção 100% para classificação: os custos para 
encontrar as unidades defeituosas em lotes de 
produtos que contenham níveis altos e 
inaceitáveis de defeitos; 
e) Desvalorização: a diferença entre o preço de 
venda normal e o preço reduzido por problemas 
de qualidade. 
 
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Custos segundo Feigenbaum 
Custos de Falhas Externas: resultantes de 
falhas, defeitos ou falta de conformidade às 
especificações de um produto ou serviço 
após a entrega ao consumidor. Quanto mais 
tarde erros forem detectados, maiores serão 
os custos envolvidos para corrigi-los 
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Assistência técnica; 
Garantias e devoluções; 
Descontos; 
Substituição de produtos; 
Custos de responsabilidade civil; 
Recepção e avaliação; 
Multas por parada da linha de produção do 
cliente, devido aos problemas de qualidade dos 
itens fornecidos; 
Custos com recall. 
15 
Questão 
Como fazem os japoneses para 
fabricar produtos de alta qualidade, 
em grandes quantidades, a custo 
baixo? 
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Sistema Toyota de Produção 
STP 
A escola Americana de produção, encabeçada por 
Eduard Deming, influenciaram a forma de trabalho 
no Japão. A Toyota Motors foi uma das que mais 
captou a forma de trabalhar e a melhorou 
signifcativamente. Mas, o sistema Toyota baseia-se 
ainda, em princípios mais antigos que o da 
qualidade, muitas das técnicas de Henry Ford e 
Frederick Taylor foram sintetizadas e melhoradas 
nesse sistema. 
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Modelo Japonês de Administração 
O Modelo Japonês, que nasceu na Toyota, 
tornou-se padrão em todo o mundo para 
organizar e administrar operações com 
Eficie ̂ncia e Qualidade. 
 
A história da Toyota começa em 1926, com a 
criação de uma empresa dedicada à fabricação de 
teares, chamada Toyoda Automatic Loom Works 
(Fábrica de Teares Automáticos Toyoda). 
18 
19 
População: 127 Milhões 
Área: 377.962 Km2 
Densidade: 336 Hab/Km2 
 
População: 309 Milhões 
Área: 9.371.175 Km2 
Densidade: 31 Hab/Km2 
24,8 
População: 15 Milhões 
Área: 564.733 Km2 
Densidade: 24,82 Hab/Km2 
 
1,49 
Origens do Sistema 
Toyota de Produção 
O Sistema Toyota, em sua plenitude, é obra do 
trabalho de Eiji Toyoda, da família proprietária da 
Toyota, e de Taiichi Ohno, chefe da engenharia da 
empresa. 
20 
 Ejii Toyoda Taiichi Ohno 
Eliminação de Desperdícios 
• Em 1950, Toyoda e Ohno visitaram as fábricas 
Ford nos EUA; 
• Constataram que o principal produto produzido 
pela Ford não eram automóveis, mas sim o 
desperdícios de recursos; 
• As fábricas Ford eram gigantescas, enormes 
estoques e recursos humanos mal aproveitados. 
Princípios do Sistema 
Os dois princípios primordiais do Sistema Toyota 
são: 
1. Eliminação de desperdícios 
2. Fabricação com qualidade. 
A Eliminação de Desperdícios visa aumentar ao 
máximo a economia de recursos, formando a 
produção enxuta. O princípio da Fabricação com 
Qualidade visa produzir virtualmente sem defeitos, 
gerando também economia 
(MAXIMIANO, 2000). 22 
Princípios do Sistema 
23 
Sistema Toyota de Produção 
Princípios: 
 
Eliminação de Desperdícios: ou produção 
enxuta, consiste em fabricar com o máximo 
de economia de recursos; 
 
Fabricação com Qualidade: produzir 
virtualmente sem defeitos, o que também é 
uma forma de eliminar desperdícios. 
Eliminação de Desperdícios 
• Havia muita gente nas fábricas com 
especialidades muito limitadas; 
• O modelo Ford também consistia em dispor 
de recursos abundantes; 
• Até 1980 as organizações ocidentais 
seguiriam a filosofia Ford de quanto maior a 
abundância de recursos, melhor. 
O Desperdício é algo 
que se soma aos 
custos da empresa e 
que não é valorizado 
pelo cliente..... 
...a superprodução 
....o estoque 
...o movimento 
....a espera 
....o transporte 
....o superprocessamento 
.... os defeitos 
Shigeo Shingo ( anos 70) – 
7 tipos de Muda 
Eiji Toyoda(anos 50) - Muda 
Principais Tipos de Desperdícios(Muda) 
• Superprodução. Não produzir além do necessário, 
isto é, produzir somente no momento certo. 
• Tempo de Espera. A diminuição desses tempos 
reduz estoques e manuseios que representam 
custos signifcativos. 
• Transporte. Os transportes representam, também,manuseio e estoque em trânsito, que não 
agregam valor. 
• Processo: Projetos imperfeitos podem gerar 
operações desnecessárias. 
27 
Principais Tipos de Desperdícios 
• Estoques. Representam altos custos e 
somente são eliminados se detectadas suas 
causas. 
• Movimentação. Assim como os 
transportes, pode gerar manuseio e 
estoque em trânsito. 
• Produtos defeituosos: Refugos, sucatas e 
re-trabalhos são falhas na qualidade 
simplesmente inaceitáveis. 
28 
Eliminação de desperdícios 
Estratégias 
 
Racionalização da Força de Trabalho 
 
Agrupar os operários em equipes que 
recebem um conjunto de tarefas de 
montagem e missão de trabalhar 
coletivamente de modo à executá-las da 
melhor forma possível; 
 
Eliminação de desperdícios 
Estratégias 
 
Racionalização da Força de Trabalho 
 
Os grupos também executam tarefas simples 
de manutenção de seus equipamentos, 
ferramentas e controle da qualidade de suas 
atividades. 
 
Eliminação de desperdícios 
Estratégias 
 
Racionalização da Força de Trabalho 
 
Destacar um líder ao invés de um supervisor 
que trabalha juntamente com o grupo, 
substituindo qualquer operário ausente e 
coordenando todas as atividades; 
 
Eliminação de desperdícios 
Estratégias Just in time 
 
• Procura reduzir ao mínimo o tempo de 
fabricação e o volume de estoques; 
 
• Estabelece um fluxo contínuo de materiais, 
sincronizado com a programação da 
produção, minimizando a necessidade de 
estoques; 
Eliminação de desperdícios 
Estratégias Just in time 
 
• Busca-se parcerias com poucos 
fornecedores, fortalecendo a cadeia de 
suprimentos e diminuindo os problemas de 
coordenação, uniformidade e qualidade dos 
recursos; 
• Na fábrica enxuta, o operário utiliza o 
kanban 
Eliminação de desperdícios 
Estratégias Produção Flexível 
 
• Introdução de máquinas e equipamentos com 
múltiplas necessidades, em lugar dos 
equipamentos dedicados; 
• Fabricam-se produtos em pequenos lotes, de 
acordo com a demanda dos clientes; 
• Assim sendo, serão necessárias mudanças 
constantes nos equipamentos na linha de 
produção (set up), que devem ser otimizadas no 
ponto de vista de tempo. 
Fabricação com Qualidade 
• A Fabricação com Qualidade tem por 
objetivo primordial identificar e corrigir 
defeitos, eliminando suas causas; 
 
• Quanto menor a quantidade de refugos e 
retrabalho, mais eficiente é o sistema 
produtivo. 
Fabricação com Qualidade 
 Na Toyota disseminou-se a filosofia que cada 
operário deve ter a convicção de que sua 
operação seja o final de todo o processo; 
 
 Ao sinal de qualquer anormalidade deve-se 
tomar providências imediatamente; 
 
 Torna o trabalhador responsável pela 
qualidade de seu próprio trabalho. 
Fabricação com Qualidade 
Corrigir os erros em suas causas fundamentais 
 
• Dar aos operários o poder de paralisar a linha de 
produção sempre que encontrarem um problema 
que não conseguissem resolver; 
 
• Técnica dos “cinco por quês”: os operários 
deveriam analisar sistematicamente cada erro, 
perguntando sucessivamente sobre os erros até 
encontrarem a causa fundamental. 
Fabricação com Qualidade 
Fazer Certo na Primeira Vez 
 
Este conceito torna o operário peça 
importante no controle de qualidade da 
organização. Ele mesmo deve inspecionar os 
produtos que confeccionou. 
Fabricação com Qualidade 
Metodologia dos Círculos de Qualidade 
 
A funcionalidade dos CCQs está dividida em 
três etapas: 
1. Identificar os problemas na qualidade que 
causam prejuízo; 
2. Identificar os problemas prioritários; 
3. Propor soluções para os problemas e 
forma de implementá-las. 
Fabricação com Qualidade 
Metodologia dos Círculos de Qualidade 
De acordo com Ishikawa (1986, p.99), o 
Controle da Qualidade é uma gestão 
baseada em fatos e dados. Deve-se 
sempre tomar uma decisão e conduzir as 
ações por meio do auxílio de Ferramentas 
Estatísticas 
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Fator cultural na 
administração japonesa 
• Combate ao Desperdício – devido a sua 
deficiência de recursos naturais, a sociedade 
japonesa sempre pregou o espírito de 
economia e eficiência; 
• Trabalho em Grupo – até meados do século 
XIX o Japão era regido pelos senhores 
feudais, onde o trabalho em grupo era a 
base de toda a sociedade. 
41 
Fator cultural na 
administração japonesa 
• Consenso no Processo Decisório – na 
sociedade japonesa, os níveis hierárquicos 
superiores têm a obrigação de manter a 
harmonia entre os grupos de níveis 
inferiores. 
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Cultura Organizacional 
Características 
• Emprego vitalício; 
• Carreira lenta; 
• Carreira generalista; 
• Controle implícito (disciplina); 
• Decisão por consenso; 
• Responsabilidade coletiva; 
• Orientação Sistêmica 
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O modelo em cheque: 
Limitações e Críticas 
• Em meados dos anos 90, “os japoneses perderam a 
dianteira” para os ocidentais.; 
• A Crise econômica do final do século XX provocou 
a mudança da cultura organizacional do Japão; 
• abandono das práticas de emprego seguro e 
vitalício; 
• Perda o espírito de lealdade do empregado em 
relação á empresa; 
• transferir seus processos e plantas de produção 
para países asiáticos. 
44

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