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1 - Dicas para produzir um bom artigo ++++++++++++ Prof Eolisses Leopoldino (23 Nov 11)

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DICAS DE COMO PRODUZIR UM ARTIGO COM QUALIDADE 
Prof. Eolisses Ferreira Leopoldino 
 
1) OBJETIVOS ESPECÍFICOS: IMPOSSÍVEL QUALIDADE SEM ELES! 
 
Dê especial atenção aos objetivos específicos. 
Supondo que o tema da pesquisa seja o COBIT, faça as seguintes perguntas 
para você mesmo: 
� O COBIT está inserido em qual grande tema? Reserve um capítulo para o 
grande tema; 
� O que é, qual a estrutura e para que serve o COBIT? Reserve um capítulo 
para responder a essas questões. 
� Caso você planeje tratar da experiência de sua Instituição em relação ao 
tema, reserve um capítulo para um pequeno histórico, missão e visão da 
organização; 
� Reserve um subitem para o problema; 
� Agora um subitem para a solução. Ou seja, reserve um subitem para 
descrever como a sua instituição conseguiu resolver o problema, adotando 
o COBIT; 
� Conclua sobre a eficácia do método adotado. Note: não é para repetir tudo 
que foi feito. Apenas confirme ou refute a eficácia do método adotado. 
2) NÃO SEJA PROLIXO! 
 
Evite sempre a complexidade das frases ou sentenças excessivamente 
grandes.: 
 
Frase complexa Frase enxuta 
Na década de 70 passaram a 
surgir ... 
Na década de 70 surgiu... 
Suprir com conselhos... Aconselhar... 
Ela deverá estar sofrendo 
mudanças em breve. 
Ela deverá mudar em breve. 
 
Se façam compreender, por meio de construções simples. Tornar uma frase 
complexa não é sinônimo de intelectualidade. Pelo contrário. É sinônimo de 
“enrolês” ou, no mínimo, demonstra o quanto você é prolíxo. A 
intelectualidade está em saber construir, com poucas palavras, um 
pensamento complexo. 
 
3) AO DESENVOLVER UM PARÁGRAFO, QUESTIONE-SE! 
 
a) Antes de desenvolver um parágrafo, pergunte a você mesmo(a): 
� O que eu quero passar ao leitor com esse parágrafo? 
Se a resposta for: não sei! Então o item/capítulo está esgotado. Passe para o 
próximo item dos seus objetivos específicos. 
 
b) Quando você concluir o seu parágrafo, faças as seguintes perguntas: 
� Eu me fiz entender com esse parágrafo? 
Se a resposta for: Não! Refaça quantas vezes for necessário, sempre primando 
pela clareza e simplicidade. Ajuda muito submeter a leitura a outra pessoa. 
� Ele completa o sentido do parágrafo anterior? 
Se a resposta for: Não! Então o item/capítulo está esgotado. Passe para o 
próximo item dos seus objetivos específicos. Ou seja, crie outro subitem ou capítulo. 
4) CONJUÇÕES COODENATIVAS ADVERSATIVAS – QUANDO USAR 
 
As conjuções coordenativas adversativas “entretanto”, “contudo”, “mas”, 
“todavia” exigem que o autor tenha utilizado, anteriormente, uma assertiva 
contrária. 
Se não há qualquer contraponto com a frase anterior, não faz sentido o uso 
desses advérbios. 
5) UTILIZE O MESMO TEMPO VERBAL EM TODA A FRASE 
 
Exemplo de como não deve ser: 
Um tempo depois surgiu (PASSADO) também o conceito de Fábrica de 
Software visando (GERÚNDIO) agregar reuso, performance e qualidade ao 
desenvolvimento de software, tornando (GERÚNDIO) as atividades um 
processo formal dentro da fábrica, o qual capacita (PRESENTE) à equipe de 
desenvolvimento a criar funcionalidades específicas e genéricas, e ao mesmo 
tempo acrescentar(INFINITIVO) valores reais à qualidade do software, pois o 
software poderia (FUTURO) ser manutenível e analisado (PASSADO) em todos 
os aspectos do problema, o que era divergente das atividades artesanais, 
onde os programadores apenas construíam(PASSADO) os códigos fontes com 
base em um problema específico, e não em um contexto de negócio e sem 
documentação que pudesse (PRETÉRITO IMPERFEITO) esclarecer detalhes do 
projeto a ser construído. 
 
Erros: um mix de tempos verbais, parágrafo com muitas idéias e 
excessivamente grande. 
 
6) EVITE SEQUENCIAS DA PALAVRA “QUE” 
 
A palavra QUE pode assumir diversas funções, seja quanto à morfologia 
(pronome, conjunção, interjeição, substantivo, advérbio e preposição), seja 
quanto às funcões sintáticas (sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo do 
sujeito, adjunto adverbial, complemento nominal e agente da passiva). 
Independente da função, um parágrafo com muitos “que”s torna a leitura 
cansativa, além de demonstrar amadorismo e baixo vocabulário. Portanto, 
evite o excesso. 
7) CUIDADO COM AS ORAÇÕES SEM SENTIDO 
 
� Ao iniciar uma oração, tenham a certeza sobre a sua conclusão. 
� Escolha a expressão certa. 
� Escolha o conectivo certo. 
� Escolha o verbo certo. 
� Não explique o aposto (aposto do aposto! – erro inaceitável!) 
 
Exemplos de como NÃO dever ser: 
 
(1) Tendo em vista a facilidade de exposição de conteúdos diversos 
que o tema desta pesquisa propõe, possuindo de fato uma 
relevância considerável no nível da administração pública. 
 
Observação: a expressão “Tendo em vista” explica uma ação, 
passada ou futura, que será informada mais à frente. Ou seja, tendo 
em vista alguma coisa, algo foi feito ou será feito. No exemplo, 
existem, equivocadamente, duas orações que não se completam. 
Não há um complemento para a expressão “Tendo em vista”. 
 
(2) O desenvolvimento iterativo e incremental, que segue a linha “dividir 
para conquistar”, onde o software é construído em partes, na 
perspectiva de que um grande problema pode ser decomposto em 
partes menores. (???) 
 
Observação: Se pegarmos qualquer das duas frases posteriores ao 
aposto “que segue a linha ‘dividir para conquistar’”, nenhuma delas 
completa o sentido da primeira frase “O desenvolvimento iterativo e 
incremental”. Se você interromper uma frase (idéia), para utilizar um 
aposto, ao término deste, você deve completar o raciocínio, sob pena 
da oração ficar sem sentido. 
 
(3) Como o MPS.BR queria manter compatibilidade com o CMMI, 
porém, ter a característica de um modelo com baixo gastos de 
recursos. (???) 
 
Observação: a palavra “como”, significando “em virtude de(a)(o)” 
sempre pede uma conclusão. Exemplo: 
Como a população brasileira não vota com base na integridade 
moral dos candidatos, => nossos políticos seguem liderando o 
ranking dos mais corruptos do Mundo. 
8) NUNCA USE GÍRIA! 
 
Exemplo: 
“Esta metodologia de desenvolvimento de software ENCARA o Manifesta 
Ágil como uma fuga do rigor da Engenharia de Software, embora NÃO 
TENHA MUITO A VER com a Governaça de TI”. 
 
O uso de gírias por autores consagrados não autoriza o graduando ou pós-
graduando a inserí-las em seu trabalho acadêmico, onde o rigor científico 
deve preponderar. 
9) ABUSE DOS CONECTIVOS 
 (http://neguinha7.vilabol.uol.com.br/conjuncao/pag2.html); 
10) ABUSE DOS ITENS E SUBITENS 
 
IMPORTANTE! Todas as vezes que você for desenvolver um parágrafo e não 
conseguir iniciar com um conectivo que o ligue ao parágrafo anterior, então é 
o momento de criar outro subitem ou capítulo. 
11) TANTO exige um QUANTO 
Não utilize um sem o outro. 
12) EVITE A GENERALIZAÇÃO 
 
Em geral, a generalização não pode ser comprovada. 
Exemplo de como não fazer: 
A Administração Pública NÃO ESTÁ preparada para os novos tempos. 
 
Prefira essa construção: 
A Administração PODE NÃO ESTAR preparada para os novos tempos. 
Ou: 
UMA PARTE EXPRESSIVA da Administração não está preparada para os novos 
tempos. 
13) NÃO UTILIZE VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA 
Exemplo: 
a) EncontraMOS, posteriorimente, uma solução mais adequada. 
 
b) Orçamento no final (budget at completion - BAC): orçamento total que você possui para 
o projeto, o quando de dinheiro está planejado para ser gasto no NOSSO projeto. 
(Nesse caso, o VOCÊ também não bom. Prefira sempre a impessoalidade) 
 
c) É importante entender que mudanças são inerentes a gestão do projeto, e PODEMOS 
usar o SPI e o CPI ao NOSSO favor para FAZERMOS mudanças acertivas no NOSSO 
projeto, VAMOS supor um projeto em fase de execução com essa situação: 
 
Prefira uma estrutura como essa: 
a) Encontrou-SE,posteriormente, uma solução mais adequada. 
 
b) Orçamento no final (budget at completion - BAC): orçamento total destinado ao projeto. 
 
c) É importante entender que mudanças são inerentes à gestão do projeto. Pode-se usar o 
SPI e o CPI para fazer mudanças corretivas no projeto. Supondo-se um projeto em fase 
de execução com essa situação: 
14) SOBRE O RESUMO 
 
Inicie todas as orações com verbos. Não divida o Resumo em parágrafos. Deve 
ser um bloco único. Termine o resumo com algo como: “Conclui que”, ou 
“Confirma a importância de”, ou “Ressalta que”. 
 
Um bom modelo de RESUMO poderia ser: 
 
Esse trabalho trata sobre..... Relembra os principais conceitos acerca 
da... Aborda os princípios da...Discute sobre as principais 
metodologias .... tais como....Descreve as ações necessárias 
para....Relata a experiência da empresa XYZ em relação a adoção da 
metodologia em tela. Discorre sobre como as organizações estão 
liando com .... Por fim, ressalta que não é possível falar em qualidade 
do projeto, se não ... 
 
Em relação às palavras-chave, escolha no máximo 5 palavras que mais 
sintetisam o seu trabalho. 
 
 
15) CUIDADOS EM RELAÇÃO ÀS REFERÊNCIAS: 
 
o O conhecimento que você está tratando não é novo. Ou seja, este trabalho 
não é uma tese de doutorado, logo, você deve referenciar os autores que já 
abordaram o assunto. Essa referenciação deve ocorrer ao longo do 
trabalho. Exemplos: 
 De acordo com Fulano(2010, p.33), o COBIT é um ... 
 
 Conforme assevera Beltrano(2011, p.12), a segurança da 
informação deve... 
 
 Silva(1999, p.45), por sua vez, ensina que... 
 
 Todos são responsáveis pelo sucesso do projeto (MAGALHÃES, 
2010, p. 59). 
 
 Guinter(1989, p.23), na mesma linha que Dutra(2010, p.12), 
defende que ... 
o E todo autor referenciado, deverá, necessariamente, estar no tópico 
REFERÊNCIAS e no corpo do trabalho. 
o Não adianta referenciar órgãos ou entidade. Referencie a obra (tese, artigo, 
livro, monografia, tópico em revista, etc). Por exemplo, esse link 
http://www.ibgc.org.br, não quer dizer nada. É apenas o endereço de uma 
organização. O que você deve referenciar é a obra que você pesquisou, 
juntamente com os principais itens sobre ela, de modo a valorizar quem a 
produziu, acrescido de informações suficentes para que o leitor consiga 
achá-la também, com vistas a uma possível conferência. 
o Ordenar por ordem alfabética; 
o Todas as datas de acesso deverão ser nesse formato: dd mmm. aaaa. 
o Não existe referência sem o título de um trabalho (algo foi pesquisado!); 
o Somente o último sobrenome é todo em CAIXA ALTA; 
o Somente o título da obra é todo em negrito; 
o A edição da obra vem logo após o título, sendo nesse formato: 5a. Ed. 
o Se hover mais de 3 autores, após o terceiro, coloque uma vírgula e escreva: 
et al. 
o Se tiver dúvida sobre como referenciar uma obra e você a encontrou em 
um site, referencie o site. 
o Exemplos aceitos: 
LERO, Enrolando. O Impacto dos Deslocamento de Ar das Asas da 
Mariposa do Tibete, no Degelo dos Icebergs da Patagônia. 
Disponível em:<www.enroles.com.br>. Acesso em: 03 out. 2011. 
 
SILVA, Jorge Alberto. O Cobit na Administração Pública Federal. 
3.ed. Brasília: Ática Editora, 2009. 
 
RUAS, Marcos F; DONATELLO, Donato. O Caminho Para a 
Governança. Disponível em:<http://www.governancaemti.org.br>. 
Acesso em: 12 ago. 2011. 
 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 016/2002-TCU-
Plenário. Relator: Ministro Ubiratan Aguiar. Brasília, 30 de 
janeiro de 2002. Diário Oficial de União, 15 de fev. 2002. 
 
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Livro Branco: Ciência, 
Tecnologia e Inovação. Brasília: MCT, 2002. 80p. 
 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Prestação de Contas e 
Relatório de Gestão: exercício 2008. Brasília: TCU, 
Presidência, Secretaria-Geral de Administração, 2009. 90 p. 
 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Combate ao abuso e à 
exploração sexual de crianças e adolescentes. Brasília: TCU, 
Secretaria de Fiscalização e Avaliação de Programas de 
Governo, 2005. 30 p. 
 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações e contratos: 
orientações básicas. - 3.ed, rev. atual. e ampl. Brasília: TCU, 
Secretaria de Controle Interno, 2006. 409 p. 
 
BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece 
normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. 
Brasília, 2000. Disponível em: . Acesso em: 8 maio 2006. 
 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Obras públicas: 
recomendações básicas para a contratação e fiscalização de 
obras de edificações públicas. Brasília : TCU, Secretaria de 
Fiscalização de Obras e Patrimônio da União, 2002. 
 
CABRAL, Analúcia Mota Vianna. Estudo de modelo de eficácia da 
gestão de obras públicas municipais. In: SIMPÓSIO 
NACIONAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS, VII, 2002, 
Brasília. Disponível em: Acesso em: 23 de março de 2006.

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