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Mecânica Newtoniana – UCS 1 UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL Campus Universitário da Região dos Vinhedos Centro de Ciências Exatas, da Natureza e Tecnologia Relatório Experimental: Movimento Retilíneo com Velocidade Uniforme (MRU) e Lançamento de Projéteis Lucas Dal Sant, Luís Fernando da Silva, Natanael Pereira dos Santos E-mails: ldsant@ucs.br, lfsilva13@ucs.br e npsantos3@ucs.br 1 - INTRODUÇÃO O mundo, em que vivemos está sempre em movimento. Mesmos objetos aparentemente parados, como um poste, estão em movimento por causa da rotação terrestre. Não há movimento sem trajetória e o estudo de um movimento é muito mais complexo quanto mais complexo for essa trajetória. Com o objetivo de entender e aplicar conceitos ligados ao movimento foi realizado, dois experimentos em sala de aula, os mesmos abordam questões sobre o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) e Lançamento de Projeteis. No presente trabalho, serão aplicados conceitos de deslocamento, tempo, velocidade e incertezas ligadas a esses movimentos, com o objetivo de entender e analisar mais criticamente variáveis que envolvem esse fenômeno. 2 – REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS 2.1 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU) Segundo José Nazareno dos Santos e Dr. Romero Tavares da Silva (UFPB-2001), o MRU é a forma mais simples de deslocamento, visto que os movimentos são ao longo de uma reta. Ainda afirmam que o MRU tem as seguintes características: a. velocidade constante; b. distâncias iguais são percorridas para o mesmo intervalo de tempo; c. a aceleração é nula; 2.2 POSIÇÃO E DESLOCAMENTO Segundo Halliday (2011), localizar um objeto significa determinar sua posição em relação a um ponto de referência, frequentemente a origem, como ilustra a Fig.2-1. Relatório Experimental Mecânica Newtoniana – UCS 2 A direita da origem fica o sentido positivo, e a esquerda o sentido negativo. O sinal positivo de uma coordenada não precisa ser explicitamente mostrado, mas o sinal negativo deve ser sempre mostrado. Na mudança de uma posição x₁ para uma posição x₂ é associado um deslocamento (Δx), dado pela equação: Δx = x₂ - x₁ (Eq.2-1) O símbolo Δ (delta), é usado para representar a variação de uma grandeza e corresponde à diferença entre o valor final e o valor inicial. Quando atribuímos números às posições x₁ e x₂ da Eq.2-1, um deslocamento no sentido positivo (para direita) sempre resulta num deslocamento positivo, e um deslocamento no sentido oposto (para esquerda) sempre resulta em deslocamento negativo. O número real de metros percorridos é irrelevante; o deslocamento envolve apenas as posições inicial e final. Mas tudo que necessitamos até o momento é a ideía de que o deslocamento tem duas características: a. seu módulo é a distância entre as posições inicial e final; b. sua direção pode ser representada pelos sinais de positivo ou negativo se o movimento for retilíneo. 2.3 TEMPO Segundo Policarpo Yõshin Ulianov, o tempo é uma das variáveis mais importantes de qualquer sistema físico, mesmo assim a exata natureza do mesmo ainda é um mistério não resolvido nos mais modernos modelos de física teórica. Para Halliday, qualquer fenômeno repetitivo pode ser usado como padrão de tempo, a rotação terrestre, que determina duração do dia, foi usada para esse fim durante séculos. Para atender a necessidade de um melhor padrão de tempo, foram desenvolvidos relógios atômicos. A Fig.2-2 mostra as variações da duração de um dia na Terra durante um período de quatro anos, obtidas por comparação com um relógio atômico de césio. Fig.2-2 Variações da duração do dia em um período de 4 anos. Note que a escala vertical corresponde a uma variação de apenas 3 milésimos de segundo (=0,003 s). Em 1967, a 13ᵃ Conferência Geral de Pesos e Medidas adotou como padrão de tempo um segundo baseado no relógio de césio: a. um segundo é o intervalo de tempo que corresponde a 9 192 631 770 oscilações da luz emitida por um átomo de césio-133. Mecânica Newtoniana – UCS 3 2.4 VELOCIDADE A velocidade é um conceito fundamental para a Física, a partir dela foi possível desenvolver o estudo do movimento dos corpos, a velocidade é a relação entre uma determinada distância percorrida e o tempo gasto no percurso. A velocidade é uma grandeza vetorial representada por um vetor que possui direção, sentido e módulo. A unidade de medida padrão da velocidade é o “metros por segundo” (m/s), no Sistema Internacional (S.I). A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade Instantânea. 2.4.1 VELOCIDADE MÉDIA Para Halliday, a velocidade média é a razão entre o deslocamento (Δx) e o intervalo de tempo (Δt) durante o qual esse deslocamento ocorre. Descrito pela fórmula: 𝒗 𝒎𝒆𝒅= 𝜟𝒙 𝜟𝒕 (Eq.2.2) Onde Δx é o intervalo de deslocamento (x₂-x₁) e Δt é o intervalo de tempo (t₂-t₁). 2.4.2 VELOCIDADE INSTANTÂNEA A velocidade instantânea é obtida a partir da velocidade média reduzindo o intervalo de tempo até torna-lo próximo de zero. À medida que Δt diminui, a velocidade média se aproxima de um valor limite, que é a velocidade instantânea. Descrito pela fórmula: 𝒗 = 𝐥𝐢𝐦𝜟𝒕→𝟎 𝜟𝒙 𝜟𝒕 = 𝒅𝒙 𝒅𝒕 (Eq.2.3) Observe que v é uma taxa com a qual a posição x está variando com o tempo em um dado instante, ou seja, v é a derivada de x em relação a t. A velocidade instantânea também é uma grandeza vetorial e, portanto possui uma direção e um sentido. 2.5 LANÇAMENTO DE PROJÉTEIS Segundo Lucas Augusto Prudente Ferreira e Ana Clara Costa das Neves (2010), um corpo em lançamento vertical, desprezando-se a resistência do ar, entra em um movimento retilíneo uniformemente variado com aceleração igual ao campo gravitacional local. O movimento de um projétil é determinado pela intensidade e direção da velocidade inicial. Segundo Halliday, no movimento de projéteis ocorrem dois movimentos simultaneamente, o movimento horizontal e o movimento vertical, que são independentes, ou seja, uma não afeta o outro. Relatório Experimental Mecânica Newtoniana – UCS 4 Esta propriedade permite decompor um problema que envolva um lançamento de projéteis, em dois problemas independentes e mais fáceis de serem calculados. Um para o movimento horizontal com aceleração nula e outro para o movimento vertical com aceleração constante para baixo. 2.5.1 MOVIMENTO HORIZONTAL Como não existe aceleração na direção horizontal, a velocidade de um projétil permanece inalterada e igual ao seu valor inicial durante toda a trajetória. Em qualquer instante, o deslocamento horizontal do projétil em relação à posição inicial, é dada pela equação: 𝒙 − 𝒙𝟎 = 𝒗𝟎𝒙𝒕 (Eq.2-4) Onde: 𝑥 − 𝑥𝑜, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒𝑚 𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙; 𝑣𝑜𝑥 , 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑥; 𝑡, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜; 2.5.2 MOVIMENTO VERTICAL No movimento vertical, o objeto arremessado, desprezando-se o efeito do ar sobre ele, o mesmo sofre uma aceleração constante para baixo (a aceleração da Gravidade), o valor dessa aceleração não depende das característicasdo objeto, como massa, densidade e forma; ela é a mesma para todos os objetos. A aceleração da gravidade nas proximidades da superfície da Terra é aproximadamente g = - 9,8 m/s² e o módulo da aceleração é g = 9,8 m/s². Sua trajetória classifica-se como uniformemente variada, portanto as equações do movimento uniformemente variado podem ser adaptadas para resolução dos problemas envolvendo lançamento de projéteis. Abaixo adaptações das mesmas: 𝒗 = 𝒗𝟎 − 𝒈𝒕 (Eq.2-5) Onde: 𝑣, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙; 𝑣𝑜, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙; 𝑔, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒; 𝑡, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜; 𝒚 = 𝒚𝟎 + 𝒗𝟎𝒕 − 𝒈𝒕² 𝟐 (Eq.2-6) Onde: 𝑦, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙; 𝑦0 , 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙; 𝑣𝑜, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙; 𝑡, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜; 𝑔, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒; Mecânica Newtoniana – UCS 5 𝒗𝟐 = 𝒗²𝟎 − 𝟐𝒈𝜟𝒚 (Eq.2-7) Onde: 𝑣², 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙; 𝑣²0, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙; 𝑔, 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒; 𝛥𝑦, 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜, 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎, 𝑦 − 𝑦0; 3 – METODOLOGIA EXPERIMENTAL A seguir estão descritas as metodologias empregadas em cada experimento. 3.1 EXPERIMENTO 1 – MOVIMENTO RETILÍNEO COM VELOCIDADE UNIFORME (MRU) Material utilizado: tubo de vidro, cronômetro e régua. Neste experimento foi analisado o movimento de uma bolha de ar dentro de um tubo de vidro com água. Foram aplicadas a esse tubo duas inclinações, conforme as fotos abaixo: (Foto 3-1) Inclinação nº1 (Foto 3-2) Inclinação nº2 Relatório Experimental Mecânica Newtoniana – UCS 6 Cronometramos o tempo decorrido de cada inclinação ao percorrer as distâncias indicadas a seguir nas tabelas abaixo: Tabela 3-1 Inclinação nº1 Posição x (cm) 0 10 20 30 40 50 60 70 Tempo t₁ (s) Tempo t₂ (s) Tempo t₃(s) Tempo médio t (s) Tabela 3-2 Inclinação nº2 Posição x (cm) 0 10 20 30 40 50 60 70 Tempo t₁ (s) Tempo t₂ (s) Tempo t₃(s) Tempo médio t (s) Após cronometrarmos três tempos, calculamos a média dos tempos para cada posição especificada nas tabelas. Calculamos qual é a velocidade média para as Tabelas 3-1 e 3-2, acrescentamos um erro para a posição e calculamos o erro do tempo conforme o esquema abaixo: Esquema 3-1 Cálculo da Média Aritmética: 𝑡̅ = (1 𝑁⁄ ) ∑ 𝑡𝑖, sendo N igual o número de repetições da medida; Esquema 3-2 Cálculo do Desvio d (em relação à média): 𝑑𝑖 = (𝑡𝑖 − 𝑡̅); Esquema 3-3 Cálculo do Desvio Padrão da Média (erro padrão): 𝜎 = √ ∑ 𝑑𝑖 2 𝑁(𝑁−1) ; Encontramos as expressões matemáticas que transcrevem os movimentos das Tabelas 3-1 e 3-2 e construímos os gráficos da posição, velocidade média e aceleração em função do tempo. Mecânica Newtoniana – UCS 7 3.2 EXPERIMENTO 2 – LANÇAMENTO DE PROJÉTEIS Material utilizado: rampa para lançamento, bola (projétil) e trena. Neste experimento, foi analisado o lançamento de uma bola (projétil) por uma rampa pré-determinada pelo professor, conforme foto abaixo: (Foto 3-3) Rampa de lançamento do projétil Foram realizados três lançamentos, nos quais houve variação no alcance da bola (projétil). Após os lançamentos, medimos a altura da rampa e a média do alcance do projétil. Com essas duas medidas podemos responder as questões do experimento: Questão 3-1 Qual a velocidade inicial do projétil? Questão 3-2 Quanto tempo o projétil se mantem em voo? Questão 3-3 Qual a velocidade final do projétil? Calcule o ângulo de chegada (direção/sentido) do projétil. Após encontrarmos as respostas das questões acima descritas, construímos os gráficos da posição, velocidade e aceleração para os dois eixos do lançamento estudado e transcrevemos os vetores velocidade para os pontos inicial, meio do trajeto e quando estava para tocar o chão. Relatório Experimental Mecânica Newtoniana – UCS 8 4 – RESULTADOS E ANÁLISES 4.1 EXPERIMENTO 1 – MOVIMENTO RETILINEO com VELOCIDADE UNIFORME (MRU) Inclinação nº1 – Para essa parte do experimento foi utilizado uma inclinação de aproximadamente 7º. Inclinação nº2 – Para essa parte do experimento foi utilizado uma inclinação de aproximadamente 14º. Abaixo segue as Tabela 3-1 e Tabela 3-2 completa com os tempos cronometrados e com a média de tempo para cada intervalo de deslocamento da bolha. Tabela 3-1 Inclinação nº1 Posição x (cm) 0 10 20 30 40 50 60 70 Tempo t₁ (s) 0s 2,20s 4,52s 6,75s 9,25s 11,73s 13,62s 15,69s Tempo t₂ (s) 0s 2,57s 4,55s 6,73s 9,14s 11,42s 13,57s 15,85s Tempo t₃(s) 0s 2,36s 4,59s 6,88s 9,11s 11,33s 13,71s 15,85s Tempo médio t (s) 0s 2,38s 4,55s 6,79s 9,17s 11,49s 13,63s 15,80s Tabela 3-2 Inclinação nº2 Posição x (cm) 0 10 20 30 40 50 60 70 Tempo t₁ (s) 0s 1,70s 3,79s 5,27s 7,55s 9,49s 11,31s 13,22s Tempo t₂ (s) 0s 1,88s 3,76s 5,56s 7,55s 9,50s 11,29s 13,17s Tempo t₃(s) 0s 1,75s 3,80s 5,65s 7,63s 9,53s 11,41s 13,36s Tempo médio t (s) 0s 1,78s 3,78s 5,49s 7,58s 9,51s 11,34s 13,22s A variação na medida do tempo se deve pela influência do fator humano no momento de apertar o botão do cronômetro. Com os tempos médios calculado podemos construir o Gráfico 4-1, que é o gráfico da posição em relação ao tempo, as inclinações encontradas correspondem às velocidades de cada tarefa. (Gráfico 4-1) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 5 10 15 20 P o si çã o e m C m Tempo em (s) Gráfico da Posição (x) em Relação ao Tempo (s) Inclinação nº2 Inclinação nº1 Mecânica Newtoniana – UCS 9 Para as inclinações de cada tarefa, encontramos as expressões matemáticas abaixo: Inclinação nº1 - 𝒇(𝒙) = 𝟎, 𝟎𝟒𝟒𝟑𝟎𝟑𝟖. 𝐭 Inclinação nº2 - 𝒇(𝒙) = 0,0529501. t Abaixo estão expressos os gráficos da velocidade em função do tempo para cada tarefa: (Gráfico 4-2) Velocidade na Inclinação nº1 (Gráfico 4-3) Velocidade na Inclinação nº2 Como cada tarefa analisada se trata de um movimento retilíneo com velocidade uniforme, a aceleração nesse tipo de movimento é nula. Conforme expressas nos gráficos abaixo: (Gráfico 4-3) Aceleração na Inclinação nº1 (Gráfico 4-4) Aceleração na Inclinação nº2 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0 5 10 15 20 V e cl o ci d ad e e m ( m /s ) Tempo em (s) Gráfico Velocidade Tabela 3-1 Velocidade 0 0,010,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0 5 10 15 V e lo ci d ad e e m ( m /s ) Tempo em (s) Gráfico Velocidade Tabela 3-2 Velocidade 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 5 10 15 20 A ce le ra çã o e m ( m /s ²) Tempo em (s) Gráfico da Aceleração em Relação ao Tempo Aceleração 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 5 10 15 A ce le ra çã o e m ( m /s ²) Tempo em (s) Gráfico da Aceleração em Relação ao Tempo Aceleração Relatório Experimental Mecânica Newtoniana – UCS 10 Para calcular as definições abaixo utilizamos o Esquema 3-1, Esquema 3-2 e Esquema 3-3, descritos na metodologia experimental. Foi acrescentado um erro a posição e calculado o erro do tempo, com o auxilio do Excel, foi montado a Tabela 4-1 e Tabela 4-2. (Tabela 4-1) Tabela com os erros de tempo para a Inclinação nº1 POSIÇÃO x (cm) Tempo t₁ (s) Desvio d₁ Tempo t₂ (s) Desvio d₂ Tempo t₃ (s) Desvio d₃ Tempo médio t (s) 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10,1 2,20 -0,18 2,57 0,19 2,36 -0,02 2,38 20,1 4,52 -0,03 4,55 0,00 4,59 0,04 4,55 30,1 6,75 -0,04 6,73 -0,06 6,88 0,09 6,79 40,1 9,25 0,08 9,14 -0,03 9,11 -0,06 9,17 50,1 11,73 0,24 11,42 -0,07 11,33 -0,16 11,49 60,1 13,62 -0,01 13,57 -0,06 13,71 0,08 13,63 70,1 15,69 -0,11 15,85 0,05 15,85 0,05 15,80 (Tabela 4-2) Tabela com os erros de tempo para a Inclinação nº2 POSIÇÃO x (cm) Tempo t1 (s) Desvio d1 Tempo t2 (s) Desvio d2 Tempo t3 (s) Desvio d3 Tempo médio t (s) 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10,1 1,70 -0,08 1,88 0,10 1,75 -0,03 1,78 20,1 3,79 0,01 3,76 -0,02 3,80 0,02 3,78 30,1 5,27 -0,22 5,56 0,07 5,65 0,16 5,49 40,1 7,55 -0,03 7,55 -0,03 7,63 0,05 7,58 50,1 9,49 -0,02 9,50 -0,01 9,53 0,02 9,51 60,1 11,31 -0,03 11,29 -0,05 11,41 0,07 11,34 70,1 13,22 0,00 13,17 -0,05 13,26 0,04 13,22 Como exemplificado na tabela acima, a relação entre os tempos (t₁, t₂ e t₃) e suas respectivas médias, mostra os desvios do tempo em relação a média, esses desvios mostram como o fator humano afeta um conjunto de medidas, desde o momento de apertar o cronômetro até o momento de fazer a escolha dos números duvidosos do tempo. Com os desvios em relação às médias encontrados, podemos encontrar o Desvio Padrão da Média (erro padrão). Para tal cálculo usamos o Esquema 3-3: 𝜎 = √ ∑ 𝑑𝑖 2 𝑁(𝑁−1) = √ 0,21 3.(3−1) = √0,325 = 0,19 s. (cálculo para Inclinação nº1) 𝜎 = √ ∑ 𝑑𝑖 2 𝑁(𝑁−1) = √ 0,11 3.(3−1) = √0,01833 = 0,13 s. (cálculo para inclinação nº2) Mecânica Newtoniana – UCS 11 Com os desvios padrão encontrados, podemos ver que apesar do fator humano envolvido nos experimentos, a relação dos tempos medidos e suas respectivas médias, não teve uma variação tão elevada, pois os valores se encontram na casa dos milésimos de segundo. Após o acréscimo dos erros, encontramos as seguintes velocidades médias: Inclinação nº1 - �̅� = ∆𝒙 �̅� = 𝟎,𝟕𝟎𝟏 𝟏𝟓,𝟖𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟒𝟒𝟑𝟕 𝒎/𝒔 Inclinação nº2 - �̅� = ∆𝒙 �̅� = 𝟎,𝟕𝟎𝟏 𝟏𝟑,𝟐𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟓𝟑𝟎𝟑 𝒎/𝒔 Com as velocidades médias calculadas, encontramos os seguintes conjuntos de medidas: Inclinação nº1 – (𝟎, 𝟎𝟒𝟒𝟑𝟕 ± 𝟎, 𝟏𝟗)𝒎/𝒔. Inclinação nº2 - (𝟎, 𝟎𝟓𝟑𝟎𝟑 ± 𝟎, 𝟏𝟑)𝒎/𝒔. 4.2 EXPERIMENTO 2 – LANÇAMENTO DE PROJÉTEIS Para as análises do segundo experimento foi utilizado como base a seguinte imagem abaixo: (Imagem 4-1) Imagem representativa do lançamento Para o lançamento foi posicionado uma rampa em cima de uma mesa, na qual o projétil foi lançado por três vezes. Para os cálculos foi considerado o lançamento a partir do Ponto B até seu choque com o solo Ponto C, para a altura do lançamento (y), foi medida a altura na qual o projétil parte do Ponto B, para a distância (x) na qual o projétil toca o solo, foi feito uma média visual entre as distâncias dos três lançamento. Para a altura (y), utilizamos 830 milímetros, para distancia (x), utilizamos 425mm. As respostas abaixo, correspondem as perguntas descritas na metodologia experimental. Resposta da Questão 3-1 – Como o lançamento do projétil foi analisado a partir do Ponto B, considerado ponto no qual o projétil parte do repouso, sua velocidade inicial então é zero. Relatório Experimental Mecânica Newtoniana – UCS 12 Resposta da Questão 3-2 – Para a seguinte questão precisávamos encontrar o tempo de voo do projétil e para calcularmos possuíamos as seguintes informações: Altura inicial do projétil igual a 830 mm – (igual a 0,83 metros) Altura final do projétil igual a 0 (zero); Velocidade inicial igual a 0; Aceleração igual à Gravidade (-9,8 m/s²); Segue abaixo cálculo do tempo: 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑡 − 𝑔𝑡² 2 → 0 = 0,83 + 0. 𝑡 − 9,8. 𝑡² 2 → −0,83 = − 9,8. 𝑡2 2 −1,66 = −9,8. 𝑡2 → −1,66 −9,8 = 𝑡² → +0,169387755 = 𝑡2 𝒕 = 𝟎, 𝟒𝟏 𝒔 Resposta da Questão 3-3 – Para a seguinte questão precisávamos encontrar a velocidade final do projétil e o ângulo de chegada do mesmo, para calcularmos tal valores tínhamos as seguintes informações: Velocidade inicial igual a 0; Altura inicial igual a 830 mm – igual a 0,830 m; Altura final igual a 0; Gravidade igual a 9,8 m/s²; Distância igual a 425 mm – igual a 0,425 m; Segue abaixo cálculo da velocidade: 𝑣2 = 𝑣²0 − 2𝑔𝛥𝑦 → 𝑣 2 = 02 − 2.9,8. (0 − 0,830) → 𝑣2 = 16,268 𝑣 = √16,268 𝒗 = −𝟒, 𝟎𝟑 𝒎/𝒔 Segue abaixo cálculo do ângulo, para encontrar o ângulo de chegado se baseamos na imagem abaixo: (Imagem 4-2) Relação angular do lançamento Mecânica Newtoniana – UCS 13 tan𝜃 = 𝑐𝑎𝑡. 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑎𝑡. 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 → tan 𝜃 = 0,830 0,425 → tan 𝜃 = 1,953 𝜽 = 𝐭𝐚𝐧−𝟏 𝟏, 𝟗𝟓𝟑 → 𝜽 = 𝟔𝟐, 𝟖𝟖𝟓° Com as respostas das questões acima, foram construídos os gráficos abaixo: (Gráfico 4-5) Gráfico da Posição (Gráfico 4-6) Gráfico da Velocidade (Gráfico 4-7) Gráfico da Aceleração (Desenho 4-1) Desenhos com os Vetores Velocidade 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 0 0,2 0,4 0,6 P o si çã o e m ( m ) Tempo em (s) Gráfico da Posição em Relação ao Tempo Deslocamento -5 -4 -3 -2 -1 0 0 0,2 0,4 0,6 V e lo ci d ad e e m ( m /s ) Tempo em (s) Gráfrico da Velocidade em Relação ao Tempo Velocidade -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 0 2 4 6 A ce le ra çã o e m ( m /s ²) Tempo em (s) Gráfico da Aceleração em Relação ao Tempo Aceleração Relatório Experimental Mecânica Newtoniana – UCS 14 5 – CONCLUSÕES Após o término dos experimentos, podemos concluir que o estudo dos movimentos é de suma importância para o desenvolvimento da humanidade, no caso do Movimento Retilíneo com Velocidade Uniforme (Experimento 1), saber com que rapidez ou qual a distância percorrida em um dado intervalo de tempo, por exemplo, podem ajudar a determinar o desempenho de um carro durante um trajeto ou quanto tempo será necessário para realiza-lo, no caso do Lançamento de Projéteis (Experimento 2), conhecera física das curvas realizadas pelo projétil, por exemplo, podem determinar num jogo de basquete quem será o time vencedor. Como visto nos experimentos acima estudados, as variáveis que envolvem tais movimentos são muito sensíveis ao erro, ter em mãos equipamentos precisos e bem calibrados podem determinar o sucesso do experimento, mas um fator que afeta e muito o resultado, é o fator humano, pois é necessário saber como manusear tais equipamentos e mesmo com conhecimento a interpretação humana é única em cada individuo. 6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] HALLYDAY, David. 1916 - Fundamentos de Física, volume l: Mecânica – 8 ed. – Rio de Janeiro, LTC, 2011. [2] Documentos Eletrônicos a) DAS NEVES, Ana C.C e PRUDENTE FERREIRA, Lucas A. Lançamento de Projétil. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAABOywAB/lancamento-projetil >. Acesso em: 12 out. 2014. b) SANTOS, José Nazareno dos e SILVA, Dr. Romero Tavares da. Movimento Retilíneo. Disponível em: < http://www.fisica.ufpb.br/prolicen/Cursos/Curso1/mr31int.html >. Acesso em: 12 out.2014. c) ULIANOV, Policarpo Yõshin. Um modelo de tempo complexo digital. Disponível em: < http://www.atomlig.com.br/poli/TempoImaginario-PT.pdf >. Acesso em: 8 out.2014. AVALIAÇÃO DO PROJETO (deixar esta tabela para a avaliação do professor) NOTA PADRONIZAÇÃO (formatação) – 20% INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – 30% METODOLOGIA, RESULTADOS, ANÁLISES E CONCLUSÕES – 50% AVALIAÇÃO FINAL
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