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06/03/2016 1 Profª. Ms. Priscila Paiva Dias Nutrição Parenteral Regulamento técnico para Terapia de Nutrição Parenteral Nutrição Parenteral Solução ou emulsão composta de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico. Portaria n° 272/ANVISA/MS 08/Abril/1998 Definição • A nutrição parenteral total consiste na administração de todos os nutrientes necessários para a sobrevida por outras vias que não o trato gastrintestinal. • A NP é regulamentada para atender aos procedimentos de boas práticas de preparo (validação da manipulação asséptica, do ambiente e manipulador). Definição Nutrição Parenteral Central Nutrição Parenteral Periférica Administrada por meio de uma veia de grande diâmetro, geralmente subclávia, jugular interna e femoral, que chega diretamente ao coração Administrada através de uma veia menor (cefálica, basílica ou cubital média), geralmente na mão ou no antebraço até a veia cava inferior • A escolha da via de acesso venoso (periférico ou central) depende da duração da terapia, da idade do paciente (adulto ou criança) e da condição clínica • O acesso venoso periférico está indicado para a TNP de curto prazo ou em casos de dificuldade extrema de acesso central, com limitação em relação à composição e à osmolaridade da solução. • A subclávia é a via preferível de acesso venoso central. • O cateter central semi-implantado ou totalmente implantado é indicado para a TNP de longa permanência, principalmente domiciliar Nutrição Parenteral Central Utilizada em períodos superiores a 15 dias. mOsm/L > 850 DITEN, 2011 06/03/2016 2 Cateter totalmente implantável: Túnel subcutâneo Receptáculo subcutâneo Tipos de cateteres Cateter não tunelizado: Usado em ambiente hospitalar Terapia Nutricional Parenteral de curta duração Cateter semi-implantável: Presença de um túnel subcutâneo entre o local onde o cateter se insere na pele e o local onde se insere na veia Terapia Nutricional Parenteral de longa duração (meses a anos) Nutrição Parenteral Periférica Utilizada em períodos curtos ( até 15 dias.) mOsm/L até 850 DITEN, 2011 Indicação de NPT Pacientes que não satisfazem suas necessidades nutricionais pela via digestiva, considerando-se também seu estado clínico e qualidade de vida . Portaria n. 272 NP Necessária • Alimentação oral normal não é possível • Absorção de nutrientes é incompleta • Quando a alimentação oral é indesejável • Quando as condições mencionadas estão associadas ao estado de desnutrição. Indicações • Pré-operatório - Desnutridos – perda de 15% peso, com doenças obstrutivas no trato gastrointestinal alto. • Complicações cirúrgicas pós-operatórias - Fístulas intestinais, íleo prolongado e infecção peritoneal • Pós-traumáticas - Lesões múltiplas, queimaduras graves, infecção • Desordens Gastrintestinais - Vômitos crônicos e doença intestinal infecciosa Indicações • Doença Inflamatória Intestinal - Colite ulcerativa e doença de Crohn • Insuficiências orgânicas - Insuficiências hepática e renal • Condições pediátricas - Prematuros, má formação congênita do TGI, diarreia crônica intensa • Impossibilidade de uso do TGI -Se a NE não for possível nos 7 primeiros dias de admissão da UTI. 06/03/2016 3 Quando iniciar? • Câncer Tratamento causa toxicidade TGI, impedindo IVO por mais de 1 semana • Pré-operatório 7 – 10 dias antes cirurgia - Desnutridos graves • Doença inflamatória intestinal Facilita remissão 60-80% Doença de Crohn • Insuficiência renal Manter ingestão calórica ASPEN, 2007 Na intolerância NE– – • Pancreatite Quando iniciar? • SIC Absorção inadequada nutrientes VO e NE , se intestino < 60 cm • Fístula digestiva/ Íleo paralítico prolongado Geralmente em trânsito e com alto débito • Outras Distúrbios alimentares que levam à desnutrição grave • Na Criança/recém nascido: prematuros de baixo peso, má formação congênita do trato gastrointestinal, diarreia crônica intensa etc. Complicações Mecânicas • Precoces • Falhas na inserção • Hematoma ou abscesso local • Sangramento local da punção ou túnel subcutâneo • Mau posicionamento e migração • Punção ou laceração arterial • Embolização do cateter • Embolismo gasoso • Lesão da via aérea • Arritmias • Hemotórax • Pneumotórax Complicações Mecânicas • Trombose relacionada ao cateter Risco aumenta com o tempo de uso do cateter 2 tipos: - Trombose do lúmen do cateter - Trombose Venosa Profunda Trombose venosa profunda relacionada ao cateter Steiger, 2006; Core Curriculum, ASPEN, 2007 Sintomas: - Edema em braços, pescoço e rosto - Dor torácica - Rinorreia - Lacrimejamento - Dor de garganta Importante: A primeira manifestação pode ser uma embolia pulmonar 66% dos casos são assintomáticos !!!! NPT Periférica - Flebite 06/03/2016 4 Prescrição da Nutrição Parenteral Prescrição da Nutrição Parenteral ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS NUTRICIONISTAS: • Avaliar os indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo preestabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional e a evolução de cada paciente, até a alta nutricional estabelecida pela EMTN • Avaliar qualitativa e quantitativamente as necessidades de nutrientes baseadas na avaliação do estado nutricional do paciente. • Acompanhar a evolução nutricional dos pacientes em TN, independente da via de administração. • Garantir o registro, claro e preciso, de informações relacionadas à evolução nutricional do paciente. • Participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores. Portaria n° 272/ANVISA/MS 08/Abril/1998 Balanço Energético Proporções adequadas • carboidratos • proteínas • lipídios • vitaminas • minerais • eletrólitos • água CUIDADO grande é a possibilidade de interação entre estes compostos, o que pode resultar em produtos indesejáveis, como, por exemplo, precipitados, glóbulos de gordura de tamanho aumentado e separação de fases DITEN, 2011 Fonte Energética Glicose Frutose Maltose Açúcar invertido Gorduras Sorbitol Xilitol Glicerol Álcool Dose máxima na NPT Dose máx. (g/kg/h) Fator limitante Glicose 0,75 Hiperglicemia Frutose 0,25 Aumento de lactato Xilitol 0,125 Xilúria Sorbitol 0,25 Sorbutúria Triglicerídeos 0,16 Hiperlipemia Concentração de Glicose na NPT Glicose Kcal/l mOsm/litro 5% 170 252 10% 340 505 20% 680 1010 30% 1020 1515 40% 1360 2020 50% 1700 2525 60% 2040 3030 70% 2380 3535 06/03/2016 5 Glicose na NPT Fonte energética mais utilizada Baixo custo Metabolizada mais facilmente Utilizada rapidamente Pode ser a única fonte energética Osmolaridade alta As soluções de glicose possuem uma densidade calórica de cerca de 3,4 Kcal/g de glicose monohidratada Solução de Aminoácidos Livres de amônia e dipeptídeos (metabolicamente ineficientes) devendo ser evitados. AAE (40 a 50%) e AANE (50 a 60%) em razão ótima para a síntese protéica As soluções podem conter 13 ou 20 aa Concentração de 7 a 15% de AA Solução padrão de Aminoácidos AA essenciais AA não-essenciais isoleucina leucina valina lisina metionina treonina triptofano fenilalanina histidina arginina alanina tirosina glicina prolina asparagina ac. aspártico ac. glutâmico cisteína ornitina Serina Emulsão lipídica Densidade calórica alta 1g = 9 kcal Podem ser compostas por TCL ou TCL+TCM Fontes: óleo desoja, óleo de coco, óleo de oliva e óleo de peixe Podem ser de concentrações de 10, 20 ou 30% Vitaminas e oligoelementos • Os oligoelementos ou elementos-traço, nutrientes necessários em diminutas quantidades, assim como as vitaminas, são necessários para o metabolismo orgânico normal, desta forma, estes nutrientes também fazem parte da composição de uma formulação de NP. • As vitaminas são, dentre o componentes da NP, os que apresentam menor estabilidade (vit C, vit A e B2) Prevenção de Interações • A ordem de adição dos componentes da NP deve considerar as concentrações de cálcio e fósforo da prescrição; • Deve ser considerada a concentração dos nutrientes, bem como o volume da mistura, no momento da adição do cálcio e do fósforo; • O fósforo deve ser adicionado primeiro e o cálcio por último; • O lipídeo deve ser o último nutriente a ser adicionado à mistura. DITEN, 2011 06/03/2016 6 NPT - Fórmula Fórmula base x/d ou x/l x/d ou x/l Glicose g ml Aminoácido g ml Lípidios g ml Eletrólitos NaCl 20% mEq ml KCl 19,1% mEq ml GluCa 10% mEq ml Fosf.K 10% mmol ml SulfMg 10% mEq ml Vitaminas, elementos-traço e drogas Multivitaminas ml ml Elementos traço ml ml Insulina U U Heparina ml ml Como combinar os nutrientes Sistema glicídico x Sistema lipídico Bolsas Compartimentais Sistema glicídico: Soluções 2:1 ® carboidratos,aminoácidos e micronutrientes Sistema lipídico: Soluções 3:1 ® carboidratos,aminoácidos, lipídios e micronutrientes Bolsas Compartimentais Emulsão lipídica: podem ser adicionadas à formulação de NP para composição de uma formulação do tipo 3:1 ou pode ser administrada à parte da bolsa de NP Quando as emulsões lipídicas forem administradas à parte da bolsa de NP, o tempo de infusão não deve ser superior a 12 horas Quando as emulsões lipídicas forem infundidas na forma de formulação do tipo 3:1, o tempo de infusão pode ser de 24 horas Mistura 2 em 1 •Intolerância a glicose •Alteração da função hepática •Insuficiência respiratória •Insuficiência de ácidos graxos •Cateter em veia central •Metabolicamente mais balanceada •Reduz oferta de glicose •Administração de ácidos graxos •Reduz acidentes de cateter central •Simplificação da administração Problemas Vantagens Mistura 3 em 1 ... 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