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Hepatites Virais Hepatite: inflamação do fígado Causas de hepatite: uso de medicamentos (ex: paracetamol), substâncias tóxicas (álcool, solventes químicos), bactérias, vírus Vírus: vírus hepatotrópicos (HAV, HBV, etc) e não hepatotrópicos (citomegalovírus, Epstein-Barr vírus) FASES: fase de incubação fase pré-ictérica fase ictérica fase de convalescença (recuperação) forma grave da hepatite com encefalite, coagulopatia, alterações hemodinâmicas e metabólicas mortalidade: 30-90% Evidência bioquímica, sorológica, molecular ou sintomática de doença por mais de 6 meses Assintomática ou oligossintomática na grande maioria dos casos; sintomas presentes em fases de grande acometimento hepático Pode evoluir para cirrose ou câncer hepático O diagnóstico das hepatites B e C acontece frequentemente na fase crônica da doença Não é para decorar!!!! testes moleculares: PCR e outros testes sorológicos: pesquisa de marcadores sorológicos (Ac antivirais e Ag virais) testes bioquímicos: bilirrubina, transaminases, fosfatase alcalina, glutamiltranspeptidase Diagnóstico e acompanhamento da hepatite B (pelo HBV) Algumas situações em que são indicados: Os testes rápidos podem ser feitos com soro, plasma, sangue total ou amostra de fluido oral Pesquisam Ac (IgG) contra o vírus ou antígeno viral Coleta de fluido oral (FO) Pesquisa do ácido nucleico viral (DNA ou RNA) Os testes podem ser qualitativos, quantitativos ou de genotipagem USOS: confirmação da infecção (diagnóstico mais precoce) definição do genótipo viral avaliação da resposta ao tratamento seleção de doadores de sangue Não é para decorar!!!! Causada pelo vírus da hepatite A (VHA ou HAV) Acomete principalmente crianças e adultos jovens (em países em desenvolvimento) Transmissão do HAV: fecal-oral, parenteral (pouco frequente, ocorre se doador estiver na fase de viremia) Evolução para insuficiência hepática grave em 1% dos casos (maior frequência acima de 65 anos) Transmissão por: uso de agulhas contaminadas (usuários de drogas, acupuntura), manicure, hemodiálise, transplante de órgãos, tatuagens, piercings, procedimentos odontológicos e cirúrgicos. Transmissão por transfusão de sangue e hemocomponentes praticamente eliminada em países desenvolvidos. Não compartilhar: aparelho de barbear, de depilação, escova de dente, material de manicure dentre outros. Maior chance de formas graves e sintomáticas a partir de 50 anos de idade. Já foram detectados genótipos e sub- genótipos do HAV (no Brasil mais comuns o 1A e 1B). Existe vacina para a hepatite A Sintomático (vômito, febre) Evitar medicamentos com potencial hepatotóxico Dieta: agradável para o paciente Suspender uso de álcool por 6 meses Transmissão do HBV: parenteral, contato sexual, vertical (da mãe para o filho durante a gravidez) A hepatite B é uma infecção sexualmente transmissível (IST) Evolução: 5-10 % formas crônicas (após 5 anos de idade) 1% insuficiência hepática grave transmissão vertical: grande chance de evolução para cronicidade (90% dos casos) Cronificação da hepatite: persistência do vírus no organismo por mais de 6 meses Já foram identificados 8 genótipos do HBV. HBsAg: positivo por mais de 6 meses hepatite crônica ou estado de portador crônico HBeAg: produzido durante a replicação viral ativa, persistência associada à evolução para hepatite crônica Anti-HBc: anti-HBc IgM: indicativo de infecção aguda anti-HBc IgG: aparece na fase aguda e persiste por toda a vida (não confere imunidade), importante no período de janela imunológica Anti-HBe: indica fim da fase replicativa, primeiro sinal de recuperação Anti-HBs: detectado várias semanas ou meses após desaparecimento do HBsAg, indicador de cura da hepatite Usa o HBsAg + hidróxido de alumínio Proteção pelo Ac anti HBs Como identificar indivíduo que teve a doença e indivíduo vacinado? Hepatite pós-transfusional mais frequente Transmissão do HCV: parenteral, contato sexual (pouco frequente), vertical (rara), indeterminada (40-50%) Cronificação em 70-85% dos pacientes 1/3 desses evoluem para formas graves em 20 anos Risco maior em indivíduos com relação sexual com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco (sem preservativo). E maior risco em portadores de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) HCV: CAUSA MAIS FREQUENTE DE CIRROSE E DE TRANSPLANTE HEPÁTICO NO MUNDO OCIDENTAL O vírus sofre muita mutação: 5 genótipos do HCV no Brasil com grande variabilidade entre eles Brasil: genótipos mais frequentes: 1 seguido do 3 e 2. Idade: progressão mais rápida naqueles que adquirem a infecção em idade mais avançada; Presença de doenças associadas: hepatite B, infecção pelo HIV. Hepatotoxicidade por álcool; Estado imunológico: progressão mais rápida em algumas imunodeficiências Genótipo do HCV: genótipo 1b está associado com doença mais severa e hepatocarcinoma. Pesquisa de IgG contra HCV: Anticorpo anti-HCV detectável em 70% dos pacientes nas 6 primeiras semanas após os sintomas Imunoensaio (triagem) seguido de teste de quantificação da carga viral (confirmatório) Indicações: confirmação da infecção determinação da carga viral (viremia) monitorização da resposta ao tratamento monitorização da hepatite perinatal Indicações: avaliação do prognóstico (genótipo 1 é mais agressivo) e planejamento terapêutico (tratamento da infecção pelo genótipo 1 é diferente do tratamento para genótipo 2 ou 3) diminuição do período de janela diagnóstica obrigatório em todos os hemocentros públicos e privados do Brasil NAT: nucleic acid test O NAT deve ser associado a testes sorológicos: NAT não tem sensibilidade de 100% Presença, no plasma de alguns indivíduos, de substâncias inibidoras das enzimas usadas no NAT Eficácia e baixo custo das técnicas sorológicas Tratamento da hepatite C crônica Não é para decorar!!! vírus incompleto (defectivo), depende do HBV (usa o HBsAg em sua estrutura) Mais comum na região amazônica do Brasil Transmissão do HDV: exposição parenteral múltipla coinfecção (hepatite aguda por HBV + hepatite por HDV): forma aguda e auto- limitada, maior número de formas graves em relação à infecção por vírus B superinfecção (hepatite crônica por HBV + hepatite por HDV): hepatite aguda com hepatopatia intensa e progressiva (50-70%) infecção auto-limitada: menos de 30% dos casos Coinfecção HBV - HDV Super- infecção HBV - HDV √ Como saber através de exames laboratoriais se é uma co infecção ou super infecção pelo HDV?? transmissão: via fecal-oral, pouco frequente no Brasil, mais comum na Ásia e África evolução benigna na maior parte dos casos Insuficiência hepática grave: até 4% dos casos alta mortalidade em mulheres grávidas
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