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fisiologia dos sentidos

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FISIOLOGIA, PROVA III
SENTIDOS ESPECIAIS
Receptores sensoriais são células especializadas que captam diversos estímulos e transduzem em potencial de membrana. Compreende a recepção do sinal, transdução do sinal, transmissão ao centro integrador e percepção do estímulo pelo centro integrador.
A quimiorrecepção (gustação e olfação) permite separar alimentos indesejáveis/letais dos prazerosos/nutritivos, reconhecer proximidade de outros ou indivíduos específicos num grupo.
OLFAÇÃO: detecção de químicos presentes no ar (odorantes), com fonte a certa distância do corpo. As células olfatórias são neurônios bipolares com terminações no epitélio olfatório e sinapses no bulbo olfatório (atravessa lâmina cribiforme). Inicia-se quando uma molécula odorante liga-se à camada de muco, com proteínas de ligação (acopladas à Golf), e possibilita o deslocamento das moléculas.
A membrana da célula receptora olfatória apresenta cílios imóveis e um receptor pode reconhecer mais de um odorante, que pode estimular mais de um receptor em graus diferentes (frequência do potencial de ação). Cada odorante excita uma combinação única de neurônios olfatórios (mínimo 3).
A maior região olfatória de alguns animais (cães) permite que se detectem odorantes em concentrações inferiores. O farejo permite o movimento de vai e vem (superficial e rápido, varia com o tipo de focinho) do ar e aumenta a chance do odorante ser inalado.
Ferormônios: sinais químicos liberados por animais, que afeta o comportamento dos demais da mesma espécie, com papel na hierarquia de perpetuação da espécie, captados pelo órgão vomeronasal e, no caso das cobras, pela língua e depois vomeronasal.
Áreas Olfatórias: as células olfatórias adaptam-se aos odores para que não persistam a um indivíduo (50% adaptam-se em 1s). Áreas muito antigas tem reflexos olfatórios básicos, menos antigas fornecem controle relacionado a alimentos, por ex. e recentes são usados na análise consciente da olfação.
GUSTAÇÃO: detecção de químicos dissolvidos, provenientes dos alimentos. O sistema gustatório não é capaz de discriminar entre milhares de moléculas diferentes, sendo os sabores agrupados em salgado, doce, amargo, ácido e umami. As células receptoras (botões gustatórios) são células somáticas (renováveis, mitose), mas que liberam neurotransmissores na sinapse com o neurônio aferente primário. Tem tempo de vida de 10 dias, com redução sensitiva progressiva pela idade.
Localizam-se na língua, palato mole, laringe e esôfago, com formato acebolado e 50-100 células receptoras (internalizado), com um poro que se abre à superfície corporal. Vilosidades na superfície contém os receptores e os canais iônicos que medeiam a transdução do sinal. Os gustantes penetram pelos poros e estabelecem contato com os receptores, que fazem sinapse com mais de uma célula receptora. É provável que cada sabor seja codificado por um complexo de atividade de muitos neurônios, diferindo-se os códigos entre percepção gustante e odorante. Quanto à temperatura, a aceitação de água diminui conforme a temperatura ultrapassa a ambiente.
A cavidade oral é inervada pelos nervos trigêmeo (somestesia), glossofaríngeo, vago e facial (gustação).
Salgado: promovido por sais ionizados (Na). Os cátions tem gosto mais intenso e ânions em menor grau.
Doce: induzido por várias categorias químicas, mudando seu sabor a amargo (adoçantes). Açúcares, álcool, aldeídos, amidos.
Amargo: gerado por conjuntos químicos e quase totalmente orgânicos. Em alta intensidade promove rejeição do alimento. Alcaloides, substâncias de cadeia longa com N.
Azedo: devido a concentração de íons H, com intensidade proporcional à concentração destes.
Umami: difere de todos os outros e remete ao prazer. L-glutamato, glutamato monosódico (sazon), carne, queijo.
Apetite Depravado (Pica): ingestão de lama, madeira, ossos e outros, não considerados alimentos. Causa indeterminada, relacionada com deficiências dietéticas ou estresse.
OLFATÓRIO X GUSTATÓRIO: as proteínas gustatórias utilizam diversos mecanismo de transdução do sinal, diferindo dos receptores olfatórios, que utilizam-se de proteínas G. Cada célula gustatória expressa mais de um tipo de proteína receptora gustatória e, apesar dos dois sentidos apresentarem muitas diferenças fisiológicas, trabalham em harmonia, interferindo entre si.
EQUILÍBRIO E AUDIÇÃO
Mecanorreceptores estão envolvidos na audição e equilíbrio. O equilíbrio envolve a detecção do corpo em relação à força gravitacional. A audição permite a detecção e interpretação do efeito mecânico de ondas sonoras, e são ambos dados pela orelha.
Orelha Externa: compreende a pina e o meato acústico externo (canal auditivo, condução à membrana timpânica).
Orelha Média: ossículos que transferem as ondas para a orelha interna.
Orelha Interna: internamente ao crânio, apresenta sacos membranosos e canais preenchidos com líquido.
CÉLULAS CILIADAS: células mecanossensoriais, epiteliais desenvolvidas, secretoras de neurotransmissores e que realizam sinapses com neurônios. Compreendem um cinocílio (maior) e vários estereocílios, ligados por proteínas (pontes apicais) que promovem o movimento conjunto. São dispostos em um feixe rígido, com o menor estereocílio e o cinocílio nas extremidades, distantes.
Canais iônicos mecanossensíveis atuam na transdução sonora, com potencial de repouso de -60mv. As pontes apicais são conectadas aos canais iônicos dos estereocílios por proteínas conectoras elásticas, puxadas para abrir ou empurradas para fechar os canais iônicos, dependendo da direção do movimento. Movimentos na direção do cinocílio abrem mais canais iônicos no ápice, permitindo a passagem de vários íons (K, Ca). O líquido extracelular circundante é rico em K e, quando entra na célula, promove despolarização e abertura dos canais de Ca, aumentando a exocitose de neurotransmissores ao neurônio aferente.
Movimentos na direção do menor estereocílio fecha canais iônicos (15% abertos), impedindo influxo de K, hiperpolarizando a célula (-65mv) e diminuindo a frequência dos potenciais de ação.
PEPS: aumento da abertura de canais, liberação de neurotransmissores e geração do potencial de ação.
PIPS: diminuição da abertura de canais iônicos, sem liberação de neurotransmissores e potencial de ação menor.
Células ciliadas disparam potenciais de ação constantemente, aumentando ou diminuindo frequência e reconhecendo a direção dos movimentos.
APARELHO VESTIBULAR: na orelha interna, detecta movimentos ou mudanças na posição do corpo em relação à gravidade, responsável pelo equilíbrio. Composto por três ductos semicirculares com uma região dilatada na extremidade (ampola) e duas estruturas saculares (utrículo e sáculo, com células ciliadas).
LAGENA: denominada ducto coclear (aves) ou cóclea (mamíferos), com células ciliadas envolvidas na audição e não fazem parte do aparelho vestibular.
OTÓLITOS: mineralizados, presentes no utrículo e sáculo, dispersos em matriz gelatinosa, formando a membrana (mácula) situada sobre as células ciliadas para compreensão da inercia. Ampolas e ductos semicirculares não apresentam otólitos, mas cristas, localizadas dentro da matriz gelatinosa em forma de capuz pontudo, denominado cúpula. As cristas destes ductos detectam aceleração angular e movimentos com padrões circulares.
Quando a cabeça é movida, os otólitos e as massas gelatinosas das máculas auriculares e saculares inclinam-se sobre as células ciliadas, estimulando-as. A mácula do utrículo está orientada horizontalmente na orelha, detectando movimentos do plano horizontal (frente e trás), enquanto a mácula do sacular, com orientação vertical, responde ao plano vertical (cima e baixo).
A intensidade da resposta das células ciliadas relaciona-se ao ângulo de inclinação, e o encéfalo determina a direção. Diferentemente dos sáculos vestibulares, os ductos semicirculares respondem à aceleração angular. São, normalmente três ductos (mamíferos), dispostos perpendicularmente, detectando alterações em um único plano. Cada ducto é orientado em um planodiferente, onde a aceleração do líquido num ducto depende do plano de movimento, que permite ao sistema vestibular sentir a direção do movimento ao comparar o grau de estimulação das células ciliadas de cada ducto.
O equilíbrio e orientação dependem das informações do sistema visual, dos proprioceptores e da orelha interna. Ductos semicirculares atuam na fixação dos olhos em um ponto quando a cabeça se move.
NISTAGMO VESTIBULAR: movimento repetitivo dos olhos, evocado pelos canais semicirculares. Mantem a imagem nítida sobre a retina enquanto a cabeça move-se.
PROPRIEDADES DO SOM: além da posição corporal, a orelha interna é responsiva aos sons. A transferência do som do ar ao espaço preenchido com liquido da orelha interna é muito prejudicada, tendo a orelha, numerosas especializações.
CONDUÇÃO DO SOM: ondas são movimentos oscilatórios de partícula de matéria ou energia. Ondas mecânicas chegam à cóclea via aérea e óssea. A orelha média, preenchida de ar, é separada da externa pela membrana timpânica, enquanto da interna, preenchida com líquido, pela janela oval. Na orelha média encontram-se os ossículos, que atravessam o espaço da membrana timpânica até a janela oval.
As ondas sonoras que propagam-se pelo canal auditivo promove vibração da membrana timpânica, vibrando o martelo (1). É disseminada a bigorna (2), ao estribo (3) e, após, à janela oval (4), levando à orelha interna (5), preenchida com líquido.
CÓCLEA: nos mamíferos, é especializada para detecção sonora, composta por um tubo contínuo preenchido com perilinfa, e um ducto coclear, preenchido com endolinfa (junto das células ciliadas), com muito K e pouco Na (trocas iônicas no potencial de ação).
A janela redonda da cóclea atua como válvula de pressão, abaulando para fora quando a pressão do líquido aumenta na orelha interna, evitando retorno das ondas ao líquidos e melhorando a definição sonora.
A membrana basilar da cóclea é mais rígida e estreita nas proximidades de seu ponto de união às janelas redonda e oval e mais larga e flexível na outra. Essa diferença na rigidez auxilia a cóclea na codificação da informação sobre a frequência de um som.
ÓRGÃO DE CORTI: possui células ciliadas e repousa sobre a membrana basilar que delimita um lado do ducto coclear. Células ciliadas internas detectam sons, amplificados pelas externas. Os sons incidentes vibram a janela oval, desencadeando ondas na perilinfa da rampa do vestíbulo. Estas empurram a membrana basilar, vibrando-a (mais fortemente) contra a membrana tectorial, vibrando os cílios e gerando compressão. Os estereocílios de corti dobram-se em resposta às vibrações. 
TRANSDUÇÃO SENSORIAL: a inclinação dos cílios aumenta a abertura de muitos canais de K, despolarizando a célula, abrindo canais de Ca como 2º mensageiro e liberando neurotransmissores excitatórios, estimulando a fibra aferente do nervo VIII e aumentando pressão arterial. Com os cílios em repouso, há entrada passiva de K.
CÓDIGO DE LOCALIZAÇÃO: neurônios de cada porção da membrana basilar estabelecem contato com neurônios em áreas do córtex auditivo encefálico, que respondem a uma determinada frequência.
Receptores ciliadosneurônios aferentes VIIInúcleos coclearesoliva superiorcolículo interiortálamocórtex auditivo (interpretação).
Córtex Auditivo Primário: ativado por todos os sons.
Córtex Auditivo Secundário: ativado por sons de linguagem falada.
Área de Wernicke: área de associação sensorial, compreensão das palavras ouvidas e lidas.
MAPLIFICAÇÃO SONORA: células ciliadas externas amplificam os sons por aumentarem o movimento da membrana basilar, tornando as células ciliadas internas mais excitáveis ao estímulo. As células ciliadas externas mudam de forma em resposta às ondas sonoras, não liberando neurotransmissores. Quando os estereocílios de uma célula ciliada externa dobram em resposta a uma onda sonora, os canais mecanossensíveis ao K abrem-se e despolarizam sobre uma proteína motora, alterando o formato da célula, movimentando a membrana basilar e as células responsáveis pelo som.
As células ciliadas externas fazem poucas sinapses com neurônios aferentes e vários eferentes.
LOCAIZAÇÃO DE UM SOM: o encéfalo usa a informação das orelhas para determinar a localização do estímulo, asseado na diferença de tempo e intensidade da onda sonora. Quando o som chega acima, atrás ou a frente da face, não há retardo de tempo ou diferença de intensidade nas duas orelhas, dificultando a localização da fonte.
VISÃO
A fotorrecepção é a capacidade de detecção de pequenas partes do espectro eletromagnético, entre o ultravioleta e o infravermelho.
OLHO: a esclera e a córnea compõem a túnica mais externa, permitem a entrada de luz. Internamente, tem-se a íris (controla a quantidade de luz), o corpo ciliar (auxílio do foco) e o cristalino. A íris contém duas camadas de músculo liso pigmentado (radial e circular) que circundam a pupila (abertura), com funcionamento independente, provocando a midríase e miose.
O cristalino mantem-se no espaço posterior à pupila pelos ligamentos suspensos, ligados ao corpo ciliar, que apresenta músculos ciliares. A íris e o corpo ciliar dividem o olho em dois compartimentos: câmaras anterior (preenchida com humor aquoso, secretado pelo corpo ciliar) e posterior (preenchida com humor vítreo –gelatinoso). 
O revestimento interno da superfície ocular é a retina, com células fotorreceptoras e interneurônios que auxiliam no processamento do sinal visual incidente. Abaixo, tem-se o estrato pigmentoso para absorção luminosa e, subjacente a ele, a coroide (tecido pigmentado).
Humor Aquoso: formado pelos processos ciliares, flui através da pupila e entra na câmara anterior, em direção ao cristalino, entre a córnea e a íris até ser reabsorvido pelo canal de Schlemm (drenagem).
Coroide: presença de vasos sanguíneos (olhos vermelhos –fotos) para nutrição do olho. Absorve os raios luminosos, não refletindo-os (animais diurnos). Animais noturnos possuem tapetum, que reflete os raios, melhorando a visão noturna.
Lente: córnea (fixa) e cristalino (biconvexo, controlado pelos músculos ciliares), convexos e convergentes, focalizam os raios luminosos na retina. A convergência de ambos promove encurvamento luminoso (refração). A córnea atua na focalização de imagens e o cristalino refina o foco.
PRESSÃO INTRAOCULAR: média de 15mmHg, determinada pela drenagem do humor aquoso da câmara anterior. O glaucoma dá-se por pressão elevada, compressão do nervo óptico e consequente cegueira (inflamações, eucócitos, debris –restos celulares).
FOCO PRINCIPAL: ponto de convergência dos raios luminosos após passarem pela lente. A distância entre a lente e o foco principal é a distância focal principal, sendo que a imagem só ocorre nesse ponto, que depende da distância entre o olho e o objeto.
ACOMODAÇÃO VISUAL: ajuste do foco principal para incidência da imagem na retina, para que a imagem possa ser formada. A lente muda de posição em relação à retina ou altera sua forma. A retina, além de fotorreceptores, apresenta interneurônios importantes ao processamento visual.
Para focalizar objetos próximos, os músculos ciliares contraem-se, relaxando os ligamentos suspensos, reduzindo a tensão e tornando a lente mais curva. Aos objetos distantes, os músculos ciliares relaxam, reduzindo sua largura e aumentando a tensão nos ligamentos suspensos, que puxam as lentes, achatando-as. Aos objetos próximos tem maior convergência.
Músculo Ciliar Relaxado: ligamentos tensos, cristalino plano, maior diâmetro.
Músculo Ciliar Contraído: ligamentos livres, cristalino abaloado.
Miopia: foco ocorre antes da retina, facilidade no foco de objetos próximos.
Hipermetropia: foco após a retina, facilidade no foco de objetos distantes.
Astigmatismo: formato irregular da córnea ou cristalino, foco em eixos diferentes, dificuldade no foco.
MIDRÍASE: dilatação pupilar causada pela contração do músculo radial da íris, diante da baixa luminosidade. Reflexo mediado pelo SNA simpático.
MIOSE: contrição pupilar pela contração do musculo circularda íris, diante do excesso luminoso. Reflexo mediado pelo SNA parassimpático. Ainda reduz o cone de luz e melhora a focalização do objeto sobre a fóvea.
CÉLULAS FOTORRECEPTORAS: células fotorreceptoras ciliadas dos mamíferos são bastonetes e cones, ambos com segmentos externos (fundo do olho), composto por uma série de discos membranosos, onde localizam-se os fotopigmentos. Um cílio conector une o segmento externo ao interno, que possui o núcleo. A outra extremidade faz conexão sináptica com outras células do olho.
Os cones são usados para visão colorida na luz brilhante, enquanto bastonetes para a visão em escala de cinza e pouca luz. As propriedades das células dependem do fotopigmento presente nela. Vários animais detectam comprimentos de onda da luz incidente (cor), mediante células com fotopigmentos sensíveis a um determinado comprimento de onda da luz. A retina e o encéfalo comparam a informação de cada cone e inferem a cor do estímulo.
Os fotorreceptores convertem o sinal luminoso em potencial receptor por meio de reações fotoquímicas. A maioria dos mamíferos são dicromatas por seus cones detectarem apenas fração mediana (verde) e curta (azul) das ondas, além dos bastonetes. Poucos terrestres (roedores, noturnos) e vários marinhos são monocromatas. Os cones e bastonetes situam-se na porção anterior da retina, orientados com suas extremidades no epitélio pigmentoso no fundo do olho.
Os fotorreceptores fazem sinapses com o estrato de células bipolares, que fazem sinapses com a camada de células ganglionares da retina. Os axônios das células ganglionares percorrem a superfície da retina e unem-se para formar o nervo óptico. Como os fotorreceptores da retina localizam-se na camada mais profunda, os raios luminosos devem atravessar as células ganglionares e bipolares antes de chegar às células fotorreceptoras (exceção fóvea –local de maior acuidade visual, deslocamento de células ganglionares e bipolares).
O processamento da informação incidente difere dos cones aos bastonetes. Bastonetes obedecem vias de sinalização convergentes (várias sinapses com uma célula bipolar), enquanto cones conectam-se apenas a uma célula bipolar, conectada a apenas uma célula ganglionar. Tais diferenças resultam em variações do tamanho do campo receptivo. Uma célula ganglionar da retina associada com um único ou poucos fotorreceptores apresenta campos receptivos pequenos (alta resolução), enquanto associada a vários, tem grandes campos receptivos (baixa resolução).
Bastonetes: apresentam mais fotopigmentos, respostas temporais mais lentas e integração dos sinais por mais tempo. Altamente sensíveis, mas saturáveis em níveis relativamente baixos de luminosidade, respondendo melhor com pouca luz. Púrpura e tons de cinza.
Cones: visão em cores requer maior luminosidade e é adaptada para a visão diurna, fornecendo maior resolução espacial. Compreende cones vermelhos, verdes e azul.
Um ponto de luz desencadeia uma resposta maior nas células ganglionares da retina do que uma iluminação difusa de mesma intensidade. Os campos receptivos das células ganglionares da retina caracterizam-se por uma região central circundada por anéis concêntricos, com resposta diferente frente a raios luminosos. Uma célula ganglionar da retina de campo concêntrico aumenta a frequência de potenciais de ação em resposta à iluminação no centro de seu campo receptivo, e uma diminuição da frequência em resposta aos raios luminosos que incidem na periferia.
CROMÓFORO: fotopigmentos associados covalentemente a proteínas (opsinas) fotorreceptoras específicas, normalmente derivado da vitamina A. As diferenças na sensibilidade espectral da combinação cromóforo-opsina são importantes na visão colorida. O cromóforo inativo apresenta conformação cis. A absorção de energia da luz incidente muda sua conformação, girando a molécula à conformação trans.
DESCORAMENTO DO PIGMENTO: na conformação cis, o cromóforo liga-se à opsina, mas ao converter-se a trans (pela incidência da luz), não se liga à essa proteina. O cromóforo é reisomerado a cis (isomerase) com gasto de ATP. O retinal é liberado da célula fotorreceptora e, nas células epiteliais, é convertido em retinal 11-cis, transportado novamente ao fotorreceptor. Os fotorreceptores de vertebrados utilizam cascatas de transdução do sinal (fosfolipase C ou GMP cíclico). A PLC induz maior liberação de neurotransmissores pela célula fotorreceptora, enviando um sinal ao sistema nervoso, interpretado como luz. 
Fotorreceptores que utilizam proteína Gi (transducina) ativam cascata de transdução, mediada pelo GMPc. O decréscimo na concentração de GMPc induz infuxo reduzido de Na com efluxo de K, hiperpolarizando a célula, que reduz a liberação de neurotransmissor. No escuro, a célula possui alta concentração de GMPc.
TRANSDUÇÃO SENSORIAL: presença de luzreação fotoquímicafechamento de canais de Na GTP dependentecorrente de claroredução na liberação de neurotransmissores. Presença (corrente de hiperpolarização) e ausência (corrente de despolarização) de luz.
INIBIÇÃO LATERAL: fotorreceptores da periferia do campo receptivo fazem contato sináptico com células horizontais. Quando estimuladas pela luz difusa, inibem a atividade das células bipolares conectadas aos fotorreceptores situados no centro do campo receptivo. Se não houver inibição lateral, o efeito da divergência do estímulo sensorial ao se propagar nas vias sensoriais ativaria grande população de neurônios, perdendo a capacidade discriminatória. A inibição lateral aumenta o contraste.
CAMPO VISUAL: área visualizada sem a movimentação dos olhos. Olhos laterais tem pouca sobreposição dos campos visuais D e E, diferente dos olhos na frente da cabeça (zona binocular). Cada parte da retina detecta uma porção diferenciada do campo visual. Os dois nervos ópticos carregando as informações convergem ao quiasma ópltico, a maioria fazendo sinapse no corpo geniculado lateral no encéfalo, cujos prolongamentos dirigem-se ao córtex visual, responsável pelo processamento da informação visual.
Os neurônios da retina temporal do olho D enviam projeções ao corpo geniculado D, enquanto os neurônios da retina nasal do olho D cruzam o quiasma óptico e fazem sinapses com o corpo geniculado lateral E. A metade D do encéfalo processa sinais da porção E do campo visual, enquanto a metade E do encéfalo recebe informações da porção D do campo visual. As porções D e E do campo visual se sobrepõem na zona binocular e direcionam-se aos dois hemisférios encefálicos, gerando a noção de profundidade. 
DESTINOS DA INFORMAÇÃO ÓPTICA
V1: via visual primaria, início do processamento da cor, forma e movimento. Campo receptor pequeno.
V2, V3 e VP: continuação do processamento visual, aumento dos campos receptores.
V3A: percepção de movimento.
V4V: desconhecido.
MT/V5: detecção de movimento.
V7: desconhecido.
V8: processamento de cores.
LO: reconhecimento de objetos grandes.
TERMORRECEPÇÃO
Sentido somestésico com sensibilidade ao calor, frio, dor, tato e pressão, no corpo todo. As graduações térmicas são discriminadas pelos receptores de frio, calor e dor (ativados em extremos, acusa possível dano tecidual, muito quente/frio). Localizados abaixo da pele, separados discretamente, sendo os de frio mais numerosos, variando com a área do corpo. São estimulados pelas alterações de suas taxas metabólicas e não por efeitos físicos diretos do calor ou frio sobre as terminações nervosas.
Receptores termolábeis (sensíveis a variações de 0,01ºC), periféricos e centrais (hipotálamo).
Quando um receptor para frio sofre queda abrupta de temperatura, inicialmente se torna fortemente estimulado, mas acaba adaptando-se parcialmente (nunca 100%). Com queda ativa da temperatura, sente-se muito mais frio do que quando a temperatura permanece fria no mesmo nível.
TERMORREGULAÇÃO: a temperatura da pele, diferentemente da central, eleva-se e diminui de acordo com a temperatura ambiente. A temperatura corporal é controlada pelo equilíbrio entre produção e perda de calor, com o metabolismo basal,atividade muscular, hormônios tireoidianos, estímulo simpático, digestão e metabolização dos alimentos.
A maior parte do calor é gerada pelos órgãos profundos (fígado, cérebro, coração) e músculos esqueléticos no exercício. A perda de calor é dada pela velocidade de condução até a pele e da transferência da pele ao ambiente.
HIPOTÁLAMO: regulação da temperatura é dada por feedbacks neurais, operantes através dos centros regulatórios no hipotálamo (termostato hipotalâmico; T externa – T interna – feedback para perda/geração de calor – ativação dos mecanismos).
DETECÇÃO DA TEMPERATURA: receptores de várias partes do corpo, além dos hipotalâmicos, atuam na regulação, principalmente em temperaturas mais frias.
No Frio: vasoconstrição (pele), utilização do tecido adiposo marrom (TAM, fácil metabolização), tremor muscular (reflexo hipotalâmico), piloereção, aumento de mecanismos termogênicos (fome, metabolismo celular).
No Calor: vasodilatação (pele), ativa sudorese (refrigeração) e ofego (troca de temperatura pela língua e cavidade oral), diminuição do metabolismo e outros mecanismos termogênicos.
Perda de Calor Superficial: irradiação (raios de calor infravermelhos), condução (a partir de superfícies frias), convecção (correntes de ar), evaporação (suor).
SECREÇÃO DO SUOR: a glândula sudorípara é uma estrutura tubular composta por uma porção enovelada subdérmica profundo que secreta suor e um ducto que passa pela derme e epiderme até chegar à superfície da pele. Uma secreção primaria livre de proteínas é formada na porção glandular, mas grande parte dos eletrólitos é reabsorvida no ducto, sendo expelida uma secreção aquosa diluída.
CALAFRIOS: vasoconstrição dá-se pelo sistema nervoso simpático em resposta às alterações na temperatura central do corpo e da ambiente. No hipotálamo encontra-se o centro motor primário para calafrios, excitado pelos sinais frios da pele e medula espinal, que produzem sinais arrítmicos e aumentam o tônus muscular esquelético, através da facilitação da atividade de neurônios motores.
TERMOGÊNESE QUÍMICA: aumento na estimulação simpática ou circulação de norepinefrina e epinefrina, elevando imediatamente a taxa de metabolismo celular. O grau de termogênese química é proporcional à quantidade de gordura marrom no tecido, com mitocôndrias especiais.
PONTE DE AJUSTE: em uma temperatura crítica (determinada pela espécie), ocorrem alterações nos índices de perda e produção de calor. Os mecanismos de controle de temperatura tentam, continuamente, ajustá-la.
CONTROLE COMPORTAMENTAL: mecanismos subconscientes e comportamentais. Redução da atividade, consumo de alimento, produção e saúde, aumenta fluxo sanguíneo à pele e reduz o fluxo aos órgãos, aumenta frequência respiratória e baba, aumenta transpiração e consumo de água, busca por sombra e vento.
FEBRE: temperatura corporal acima da faixa normal fisiológica. Causada por anormalidades no cérebro, substâncias tóxicas que afetam os centros termorreguladores, doenças bacterianas, tumores cerebrais, condições ambientais que causem intermação.
Calafrios, rubor, sudorese, intermação (desorientação, desconforto abdominal, vômito, delírio, e inconsciência.
PIROGÊNIOS: substâncias da degeneração tecidual (IL-1) e outros tóxicos (lipossacarídeos) podem alterar o ponto de ajuste do termostato hipotalâmico. Quando ultrapassa o normal, todos os mecanismos de elevação de temperatura corporal atuam, incluindo conservação e aumento da produção de calor.
PERDA DA TERMORREGULAÇÃO: quando a temperatura corporal cai abaixo do ponto de ajuste, o hipotálamo perde sua capacidade de regulação, diminuindo os índices de produção química de calor em cada célula.
ENREGELAMENTO: exposição a temperaturas extremamente baixas, congelando páreas superficiais desprotegidas. A água intracelular congela-se e ocorre gangrena após o descongelamento.

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