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ANA MARCIA REIS LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL BRINCAR, ENTENDER E APRENDER. GUARULHOS 2017 ANA MARCIA REIS LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL BRINCAR, ENTENDER E APRENDER. Trabalho de conclusão de curso da disciplina de PEDAGOGIA, do curso Pedagogia de Anhanguera de Guarulhos. Orientador. Profa. KEILA SOUZA BOLDRIN GUARULHOS 2017 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL BRINCAR, ENTENDER E APRENDER. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Pedagogia. Aprovado em: __/__/____ BANCA EXAMINADORA Keila Souza Boldrin Prof(ª). Especialista Ana Paula Cintra Prof(ª). Ma. Coordenadora Silvia Gonçalves de Almeida Prof(ª). Ma. Dedico esta pesquisa aos meus pais, que sempre me incentivaram. “o principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram”. JEAN PIAGET LISTAS DE ABREVIATURAS LDB. LEI DE DIRETRIZES E BASES UNICAMP. UNIVERSIDADE DE CAMPINAS USP. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PLT. PROGRAMA LIVRO TEXTO PNE. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO FUNDEB. FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA RESUMO Por educação entendemos o ato de transmitir conhecimentos. A presente pesquisa tem como objetivo a educação através do brincar. Por conseguinte, foi possível verificar que ao brincar as crianças aprendem e entendem, compreendem melhor o mundo a sua volta. Entretanto, o caminho para se chegar a uma compreensão mais detalhada deste, perpassa por mais pesquisa. Verificou-se como é importante este brincar no cotidiano das crianças. Por isso foi necessário buscar em vários autores a real situação em que ocorre este crescimento. Desta forma podemos compreender todo tipo de brincadeira, que certamente traz mudanças significativas na vida de uma criança. Assim, a pesquisa aborda a brincadeira e aponta para um universo fascinante que é o aprender. Após a pesquisa fica claro que está ocorrendo na vida de milhares de crianças, um crescimento através destas brincadeiras. Destarte, é comum ser pouco percebida pela sociedade. Por isso deve-se haver mais estudo referente ao tema. A pesquisa aqui tem como pretensão uma abordagem mais minuciosa que possa apontar as dificuldades em nos adaptarmos para uma educação em que se possam buscar novas perspectivas. Sabemos que ainda há milhares de educadores resistentes a uma didática voltada para tais possibilidades que é o brincar. Os resultados da pesquisa apontam para uma situação triste, de uma educação ainda deficitária com muitas falhas e poucas possibilidades. E ainda vemos índices que não condiz com a realidade educacional. A pesquisa hora apresentada está longe de apontar o fim, muito pelo contrário o objetivo é mostrar possibilidades, uma vez que o assunto educar nunca cairá de moda para o bom educador. Palavras Chaves: 1.educação, 2.ensinar, 3.educador, 4.brincar, 5.possibilidades. ABSTRACT By education we understand the act of imparting knowledge. This research aims education through play. Therefore it was verified that the play children learn and understand better understand the world around them. However, the way to arrive at a more detailed understanding of this, permeates more research. It was found how important this play in the daily lives of children. So it was necessary to look at various authors the real situation occurring in this growth. In this way we can understand every kind of game, which certainly brings significant changes in the life of a child. Thus, the research addresses the joke and points to a fascinating universe that is learning. After research it is clear that this occurring in the life of thousands of children, up through these games. Thus, it is common to be little perceived by society. So it should be more study about the subject. The research here is to claim a more thorough approach that can point out the difficulty to adapt to an education in which they can seek new perspectives. We know that there are still thousands of educators resistant to a didactic focused on such possibilities is the play. The survey results point to a sad situation, a deficit still with many failures and few opportunities education. And we still see indexes that does not suit the educational reality. The research presented this time pointing away from the end, on the contrary the aim is to show possibilities, since it educating never fall fashion for the good educator. Key Words: 1. Education 2. Teach 3. Educator 4. mock up 5. possibilities Sumário INTRODUÇÃO Capítulo 1 1.1. Jogos Conceito Classificação e Características...............................13 1.2. O meio Mudando a Forma do Brincar.................................................14 Capítulo 2 2.1. Como Podemos Diagnosticar este Aprendizado no Desenvolvimento da Criança...................................................................................................................15 2.2. A Importância no modo de aprender.....................................................16 2.3. Brincar Entender e Aprender..................................................................17 Capítulo 3 3.1. A Brincadeira como forma de Desenvolvimento e Aprendizado da Criança........................................................................................................19 3.2. Por que é importante brincar?................................................................20 3.3. A Opinião de Jean Piaget........................................................................21 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA INTRODUÇÃO O trabalho em questão aborda a importância das brincadeiras dentro de sala de aula. Esta pesquisa de forma geral tem como meta investigar os efeitos da brincadeira, ou seja, como os alunos aprendem brincando. Especificamente temos que percorrer caminhos, compreender através de autores a serem investigados e entender como a brincadeira influencia no aprender? Como podemos diagnosticar este aprendizado no desenvolvimento da criança? Como nós professores podemos contribuir com este brincar dos nossos educandos? De forma que o aprendizado siga o caminho do aprender e que o caminho seja, trazer novas formas de ensinar. Ainda devemos ressaltar que as questões abordadas acima, como as brincadeiras tem se demonstrado uma das formas de ensinar que motiva o aluno a aprender. E como é importante este, modo de aprender? Esta questão última torna-se o fator crucialda pesquisa, ou seja, c! É possível verificar que através de vários autores como Paulo Freire, Cesar Coll, e outros, chegamos à conclusão que um bom ensino para um futuro promissor de uma criança deva ser aquele em que haja motivação. A brincadeira, como os jogos, são ainda ferramentas indispensáveis para uma boa motivação. A presente pesquisa teve como metodologia a revisão de literatura, que sem estas seria impossível chegar a uma conclusão. Capítulo 1 1.1 . Jogos: Conceito Classificação e Características De acordo com o dicionário MICHAELIS a palavra jogo vem do latim locus, locare = brinquedo, folguedo, divertimento, passatempo sujeito a regras, ou uma série de coisas que formam uma coleção. - Atividade livre, incerta e improdutiva, regida por regras previamente definidas. A arqueologia registra a presença dos jogos na humanidade desde 2600 A.C, fazendo este parte da vida do homem mesmo que de forma intuitiva. No Renascimento: com a Pedagogia Moderna, que estava baseada na participação lúdica e afetiva do aluno, mostra a importância do jogo no processo de ensino – aprendizagem1. Brincadeiras Ação que se desenvolve no ato de jogar. Aprendizado cultural que se expressa de diversas formas. Ainda tem como característica o envolvimento emocional a imitação. Manifesta-se nos jogos, brinquedos em forma de objetos, cultura popular, reuniões de amigos, montagem ou confecção de brinquedos entre outros. Jogos ainda podem ser simbólicos. A função desse tipo de atividade lúdica "consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos", ou seja, tem como função assimilar a realidade. O autor Giles Brougére2 em seu livro, “Jogo e Educação” (2003, pág. 48), aponta para uma explicação da importância em entendermos o jogo e assim compreender que aí estava sempre a brincadeira e está se tornando aprendizado. Mostra o autor: os psicólogos infantis utilizaram o jogo para ilustrar as características de diversos processos fundamentais do desenvolvimento e sua execução pela criança em comportamentos naturais. O jogo é uma forma não só de apropriação da realidade social, sua aceitação ou negação. Ela é, em suma, o caminho para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, possibilitando a criança criar superando seus limites e se desenvolver como humano. A criança nesta direção é um sujeito histórico em desenvolvimento, dotada de direitos. Para um bom entendimento sobre a importância dos jogos foi preciso recorrer ao autor acima que mostra a importância desta forma de ensinar. 1.2. O Meio Mudando a Forma do Brincar Além de compreender os conceitos do tema, é preciso citar diferentes modos de vida dos que nitidamente apresentam diferenças na estrutura educacional devido ao modo de vida. O autor Cesar Coll3 (2010, pág. 48) faz uma abordagem importante ao mostrar que diferenças no crescimento de crianças estão diretamente relacionadas ao modo de vida, cita o autor: Assim o projeto evolutivo de uma criança que pertença a uma sociedade de caçadores-coletores é radicalmente diferente daquele que é nascido em uma sociedade de agricultores pecuaristas ou do desenvolvimento daquela criança que cresce em uma sociedade industrial. Caçar, ou seja, utilizar os instrumentos de caça requer atividades motrizes perceptivas ou cognitivas muito diferentes daquelas que são necessárias do que aquelas utilizadas para trabalhar a terra ou para dominar uma variedades de instrumentos próprios de uma sociedade complexa. Assim, com a importante contribuição do autor acima, percebe-se que há uma relação direta entre as brincadeiras e o aprendizado da criança, não esquecendo que ainda o autor aponta para o meio que influencia este aprendizado. ______________________________________ 1 www.MICHAELIS . com.br “Dicionário de Português Online” acesso em 12/04/2017 2 BROUGÉRE. Giles “Jogo e Educação” Editora Artmed São Paulo 2003 pág. 25Coll, Cesar. Monereo Carles. “Psicologia da Educação virtual”. Artmed. Rio Grande do Sul. 2010. Pag. 48. 3Coll, Cesar. Monereo Carles. “Psicologia da Educação virtual”. Artmed. Rio Grande do Sul. 2010. Pag. 48. Capítulo 2 2.1. Como Podemos Diagnosticar este Aprendizado no Desenvolvimento da Criança A professora livre docente da Universidade de São Paulo, Tizuko Morchida Kishimoto1 faz uma abordagem interessante sobre a brincadeiras das crianças no Brasil do século XVIII, quando eu seu livro ”Jogos Infantis” mostra como podemos diagnosticar este aprendizado: Vestidos como pequenos homens, com roupas europeias inadequadas pelo clima como ao tamanho e necessidade deles, obrigados a comportar- se como meninos cultos, meninos pequenos a partir dos sete anos tinha sua infância ceifada gerando imagem de um Brasil sem criança. Mas, sabemos que mesmo com tanta cobrança da família e sociedade ao modo de vida infantil, é claro estamos falando de crianças geralmente brancas e de famílias que seguiam a tradicional cultura europeia, a mesma autora em seu livro já descrito aponta para contribuição da mãe índia às brincadeiras infantis, descreve a autora Tizuko Morchida Kishimoto2(2015, pág. 36 ), “Entre algumas tribos as mães faziam brinquedos de barro cozido representando figuras de animais e de gente” Entre os índios foi descoberto muitos jogos que de certa forma influenciaram crianças de todo o Brasil, entre eles foi encontrado o jogo de peteca, a perna de pau, que ainda é praticado pelos povos do interior. Mas descobriu-se que as brincadeiras mais participativas entre o indígena são aquelas em equipe. A criança desde cedo brinca de pega pega dentro d’agua, brincam também com um tipo de bola, que os adultos participam2. Não devemos esquecer que os portugueses foram os maiores influenciadores das brincadeiras em nossa sociedade, ainda encontramos brincadeiras como por exemplo, no Rio Grande do Sul que são certamente vindas de Portugal, como a conhecida ”Pega Bruxa”, em que um corre atrás dos colegas e grita pega bruxa, e assim todos serão pegos por aquele que é chamado de bruxa. 2.2. A Importância no modo de aprender 1 Kishimoto. Tizuko Morchida, ”Jogos Infantis” Editora Vozes, Petrópolis 2007, 14ª ed. Pag. 36 2 www.pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/brincadeiras. Acesso em 02/09/2015 São inúmeras as brincadeiras possíveis importantes no modo de aprender, muitas elaboradas para a casa das crianças. Mas o que me deixou feliz foi o projeto da Unicamp, sobre elaboração de brincadeiras para crianças em sua própria casa com objetivo terapêutico, bem como pedagógico. O câncer infantil, por sua complexidade, deve ter um tratamento abrangente, exigindo atenção não só para as necessidades físicas, como também para as necessidades psicológicas e sociais. Apesar da hospitalização ser uma necessidade no tratamento oncológico, a desospitalização já é uma realidade através do tratamento ambulatorial, day hospital, atendimento domiciliar e rede de suporte, como as casas de apoio. As casas de apoio têm como finalidade o atendimento integral à criança, ao adolescente e à família em ambiente mais próximo do cotidiano familiar. A casa de apoio possui uma brinquedoteca, uma vez que os estudos já identificaram a importância desta para que a criança compreenda e aceite o tratamento. O objetivo deste trabalho é acompanhar o brincar das crianças com câncer emuma casa de apoio buscando compreende-las durante o tratamento oncológico3. Vale citar este tipo de trabalho, pois cada vez mais o brincar sai da própria sala de aula, vai para os hospitais, e volta para família como forma de atenuar o problema da cura de diversa doenças. Sabemos que os resultados são bastante animadores às crianças com câncer. Desta forma o brincar nas escolas ainda é um meio pelo qual os educadores podem atingir seu objetivo que é o ensinar. 2.3. Brincar Entender e Aprender 3 http://www.dac.unicamp.br/portaldisciplinas/atividadesmultidiciplinares. Acesso em 08/09/2015 Este com certeza torna-se o objetivo principal da pesquisa, isto é, é preciso identificar e analisar este tipo de aprendizado. E vemos que este aprendizado ao que parece o brincar na escola cada vez mais está difícil de se ver. A autora Maria Cristina Munhoz Maluf4(2007 pág.28) tem a contribuir com esta questão quando mostra a situação em que estão os professores e seus alunos, explica a autora: “Minha aproximação com a realidade do brincar nas escolas levou-me a perceber a inexistência do espaço para o desenvolvimento cultural dos alunos” Outros autores como Clarilza Prado de Sousa e Maria Laura P. Barbosa Franco5 em seu livro “Avaliação do Rendimento Escolar”(2003pág. 86) se preocupam com a questão da falta de brincadeiras nas escolas, quando em uma pesquisa faz verificações preocupantes sobre o universo do trabalho do professor: “Vamos supor que ele tenha três negativos, de tarefa e três positivos de correção, quer dizer, está correlato, não ganhou nada. Então se eu tiver que optar C ou D, eu vou ver ele como aluno em sala de aula.” Qual a contribuição da LDB para uma educação diversificada? O artigo 26 é aquele em que mais se aproxima de uma educação diversificada, Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. Desta forma percebe-se através da letra da lei que a LDB (LEI DE DIRETRIZES E BASES), que regula o sistema educacional do nosso pais não trata diretamente da questão de uma educação voltada a um ensino com os jogos e 4 Maluf, Angela Cristina Munhoz “Brincar prazer e aprendizado” Editora Vozes. 5ª ed. Petrópolis, 2007. Pag.28 5 SOUSA. Clarilza Prado de, e Maria Laura P. Barbosa Franco. “Avaliação do Rendimento Escolar” Editora Papirus. 11ª ed. São Paulo 2003. Pag. 86 brincadeiras, entretanto, a mesma lei ratifica qualquer método educacional, que é uma educação de qualidade para nossas crianças, seu modelo de ensino levando em consideração a cultura local, bem como outras características. Capítulo 3 3.1. A Brincadeira como forma de Desenvolvimento e Aprendizado da Criança Neste capitulo temos os objetivos mais específicos. Com certeza é possível caminhar para um melhor entendimento da pesquisa como um todo. Se olharmos para os grupos humanos, muitos rituais dentro do grupo estão repletos de brincadeiras. O autor Celso Antunes em seu livro “Jogos para estimulação das múltiplas inteligências”, faz um esclarecimento sobre como se inicia as brincadeiras na criança. Discorre o autor: Toda criança vive agitada e em intenso processo de desenvolvimento corporal e mental. Neste desenvolvimento se expressa a própria natureza da evolução e esta exige a cada instante uma nova função e a exploração de nova habilidade Essas funções e essas novas habilidades ao entrarem em ação, impelem a criança a buscar um tipo de atividade que lhe permita manifestar-se de forma mais completa. A imprescindível linguagem dessa atividade , é o brincar, é o jogo. O livro PLT de nº 852 do título “Guia de Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança”6, dos autores, Marjorie J. Kostelnik, Kara Murphy Gregory, Anne K. Soderman, Alice Phipps Whiren tem uma grande contribuição ao fazer abordagem do brincar para criança: “Quem brinca determina o que é brincar. Quando brincam as crianças podem começar, terminar ou modificar a atividade em andamento sem que haja a interferência de um adulto”. 3.2. Por que é importante brincar? 6 PLT de nº 852 do titulo “Guia de Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança” Kostelnik Marjorie J. , Kara Murphy Gregory, Anne K. Soderman, Alice Phipps Whiren. São Paulo pag.180 A autora Ângela Cristina Munhoz Maluf7(2007. Pag.20) em seu livro “Brincar prazer e aprendizado” fala da importância da criança brincar: “no brincar existe necessariamente participação e engajamento- com ou sem brinquedo- sendo uma forma de desenvolver a capacidade de manter-se ativo e participante” O autor Gilles Brougére8(2003.pág.53,54), faz uma abordagem pertinente com relação a educação através da brincadeira. Como a maioria dos autores encontrados( trataremos mais pela frente outros autores), Cita o autor: Antes que o jogo seja considerado com o lugar possível de educação, existem três modos principais de estabelecer relações entre o jogo e educação. Em primeiro lugar trata-se de recreação: o jogo é o relaxamento indispensável ao esforço em geral, em seguida esforço intelectual , em fim muito especialmente o esforço escolar. O autor Celso Antunes(2005. pág.36,37)9 segue a mesma linha de outros pensadores da educação quando aborda a importância das brincadeiras e jogos no crescimento educacional da criança, em seu livro “Jogos para estimulação das múltiplas inteligências o autor destaca; “Assim brincar significa extrair da vida nenhuma outra finalidade que seja ela mesma. Em síntese o jogo é o melhor caminho de iniciação ao razer estético, à descoberta da individualidade e à meditação individual’. 3.3. A Opinião de Jean Piaget. A autora Rosely Palermo Brenelli9, ao escreve este livro ”O Jogo como Espaço para Pensar”, tem claramente uma necessidade em citar o grande Jean Piaget, que certamente é considerado um dos mais renomados autores no contexto educação em nível mundial, que se preocupa com a questão do jogo nas escolas, e é claro tem muito a contribuir quando se trata de ideias par uma boa educação. Escreveu o autora: 7 Maluf, Angela Cristina Munhoz “Brincar prazer e aprendizado” Editora Vozes. 5ª ed. Petrópolis, 2007. Pag.20 8 BROUGÉRE. Giles “Jogo e Educação” Editora Artmed São Paulo 2003 pag. 53,54 9 Brenelli. Rosely Palermo, “O Jogo como espaço para pensar” , Editora Papirus, 3ª ed. São Paulo 2002. pag.21 Para Piaget por meio da atividade lúdica a criança assimila ou interpreta a realidade a si própria, atribuindo então ao jogo um valor educacional muito grande. Neste sentido propõe-se que a escola possibilite um instrumental à criança para que por meio de jogos ela assimile as realidades intelectuais a fim de que estas mesma realidades não permaneçam exteriores à sua inteligência. O autor Cesar Coll em seu livro “Psicologia do Ensino” nos mostra como é bom queo educador saiba os níveis de aprendizado em que estão inseridos as crianças do ambiente escolar. Para este autor, PIAGET contribui quando descreve os estágios de desenvolvimento cognitivo da criança de forma bem clara, E que este modelo ainda é muito seguido por educadores em toda parte. O autor cita os estágios de desenvolvimento(Coll, Cesar. 2008. Pag. 252) 1º Estagio: sensório motor( de 0 a 2 anos) - inteligência pratica - o bebe começa a ser capaz de resolver problemas práticos. 2º Estagio: pre operatório ( de 2 a 6 anos) - egocentrismo , o ponto de vista da criança domina -pensamento intuitivo, baseado na percepção. 3º Estagio: das operações concretas( de 6 a 11 anos) - inteligência operatória( baseado em operações logica) - pensamento mais logico e racional 4º Estagio: das operações formais( de 11 a 15 anos) - inteligência formal( pode aplicar em qualquer conteúdo) - pensamento combinatório( é capaz de pensar em todas as combinações e variantes possíveis de um fenômeno).10 CONCLUSÃO A discussão em relação ao ensino e aprendizagem da leitura e da escrita antes dos sete anos tem merecido a atenção de educadores e estudiosos da área em diferentes contextos da história da educação brasileira. A pesquisa teve como mote não só a criança desta idade, mas avaliar outras faixas etárias para assim buscar um método de ensino com base no brincar. Mas, para chegar a esta compreensão foi preciso trazer os pontos de vistas de vários autores. Alguns deles como Giles Brougére, Cesar Coll, Paulo Freire foram de grande importância para que esta pesquisa chegasse a uma conclusão Não quis aqui mostrar que não há possibilidades em trazer uma boa educação a todos os alunos do ensino fundamental e médio, todavia, de acordo com os temas a seguir: “O meio Mudando a Forma do Brincar”, “A Importância no modo de aprender”, “Por que é importante brincar”, mostram que, através desta didática do brincar, possibilite maiores conquistas por parte dos professores pode sim ser um aliado na boa educação. Está longe de se ter uma resolução, ou de se ter uma forma mágica de fazer nossos alunos a querer aprender, sabemos sim que se tentarmos adicionar algo de prazeroso no educar com certeza teremos algum sucesso no nosso objetivo. Concluo que ainda está longe a possibilidade de se alcançar estes tais objetivos, entretanto não podemos desistir em discutir a problemática do ensinar. Seria é claro arrogância de minha parte em afirmar que o brincar resolve tudo na forma e objetivo do ensinar, mas devemos insistir para que velhos métodos já sabidos com sua eficácia continua a ter bons resultados e assim mostrar para o educador que não podemos jamais desistir. Como os educadores acima, nos mostram, que se não houver compromisso estas pesquisas acabam se tornando letra morta BIBLIOGRAFIA BROUGÉRE. Giles “Jogo e Educação” Editora Artmed São Paulo 2003 pág. 25 COLL. Cesar “ Psicologia e Currículo” Editora Ática.5ª ed. São Paulo 2002 pag.179,180. COLL. Cesar, Alemany, Isabel Gomes. Marti, Eduardo. Majos, Teresa Mauri. Mestres, Mariana Miras. Goni, Javier Ourubia. Gallant, Isabel Sole. Gimenes, Enric Valls.”Psicologia do Ensino” Editora Artmed. Rio Grande do Sul.2008. pág. 252. COLL. Cesar, Alemany, Isabel Gomes. Marti, Eduardo. Majos, Teresa Mauri. Mestres, Mariana Miras. Goni, Javier Ourubia. Gallant, Isabel Sole. Gimenes, Enric Valls.”Psicologia do Ensino” Editora Artmed. Rio Grande do Sul.2008. pág. 298. COTRIN, Gilberto “Historia e consciência do Brasil” Editora Saraiva.7ª ed. São Paulo 1999. FREIRE, Paulo. “Educação e Mudança” Ed. Paz e Terra, 26ª ed. São Paulo, 2002. Pag. 17 FREIRE, Paulo “Pedagogia da Autonomia” Editora Paz e Terra.26ªed. São Paulo.2002 pag.97 FREIRE, Paulo. Guimarães, Sergio. “Aprendendo com a própria Historia” Editora Paz e Terra. 2ªed. Rio de Janeiro.2001. FRIEDEMANN, Adriana. “Brincar Crescer e Aprender o Resgate do Jogo Infantil” Maluf, Angela Critina Monhoz “Brincar prazer e aprendizado” Editora Vozes. 5ª ed. Petrópolis, 2007. Pag.20 KISHIMOTO. Tizuko Morchida, “o Jogo e a Educação Infantil” Editora Pioneira. São Paulo 2002 MODESTO, Farina. Clotilde Perez .Bastos Dorinho. ”Psicodinâmica das cores em comunicação” Editora Blucher São Paulo. 2006. PIAGET, Jean. “Procedimentos da Educação Moral” PLT. “Historia da Educação e da Psicologia” nº 187 Aranha. Maria Lucia Arruda, Editora Moderna. 3ª ed. São Paulo. 2011. PLT “Guia de Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança” nº 852 Editora Cengage Learning. São Paulo. Pag. 180 PLT. “Sociologia e Educação” PLT. “Aprendizagem Baseada em Projetos”. nº 434 Buck Institute for Education. Pag. 32 www.MICHAELIS.com.br “Dicionário de Português Online” acesso em 12/04/2017 Figura 1( lado esquerdo) Legenda: Jogos e brincadeiras fig. 1 https://pt.dreamstime.com/ilustração-stock-jogando-desenhos-animados-das- crianças- figura lado esquerdo 2 Crianças brincando https://pt.depositphotos.com/64293847/stock-illustration-cartoon-character-happy- kids-playing.html Fundamentação teórica Crianças desenvolvendo habilidades através da brincadeira http://diadiadeumhiperativo.blogspot.com.br/2016_09_01_archive.html considerações finais Representação de crianças desenvolvidas através do brincar https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-crian%C3%A7a- dos-desenhos-animados-que-joga-o-jogo-na-selva-image56100897 Crianças demonstrando aprendizado http://brunojornalpontocom.blogspot.com.br/2015_04_05_archive.html
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