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* DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS NO PERÍODO NEONATAL. PROF. MARILISE PRADELLA BRAZOLIN * DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS NO PERIODO NEONATAL Doença da Membrana Hialina.(DMH) Taquipnéia Transitória do Recém- Nascido.(TTRN) Síndrome de Aspiração Meconial. Pneumonia Intra-útero. Cardiopatias Congênitas Hipertensao pulmonar persistente neonatal (HPPN) * DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS NO PERÍODO NEONATAL: RACIOCÍNIO E ABORDAGEM INICIAL O desconforto respiratório é apenas um conjunto de sinais e sintomas clínicos respiratórios e/ou hemodinâmicos inespecíficos, de início em um período de tempo variável após o nascimento e relacionado a condições perinatais. Após a elucidação da hipótese diagnóstica, a seqüência de raciocínio lógico deve ser a implementação do tratamento adequado. * Diagnóstico clínico Padrão respiratório Apneia Taquipneia Dispneia Retrações Batimento de asa de nariz Gemido expiratória Cianose (dependência de O2) Estabilidade hemodinâmica * Diagnóstico Materno/Familiar Parto * Exames laboratoriais e de imagem Hemograma Eletrólitos(Na, K, Ca, Mg, P) Glicemia Gasometria Raio X Hemocultura Ecocardiograma * A história da mãe A clínica do bebê Os exames complementares 1 2 3 * * A causa básica da síndrome é a deficiencia do surfactante devido a imaturidade pulmonar ou a demora na maturaçao pulmonar A def. do surfactante no alvéolo resulta em aumento da tensao Superficial na interface ar/liquido, com diminuiçao da complacencia pulmonar, consequentemente, a pressao necessaria para expandir os pulmoes aumenta. O gemido experiratorio é uma tentativa de aumentar o vol de reserva expiratorio , mantendo a pressao positiva no final da expiraçao. A definiçao de SDR inclui: PaO2 menor que 50mmhg em ar ambiente , cianose central em ar ambiente , ou necessidade de O2 Suplementar para manter PaO2 maior que 50. * Fatores que aumentam a incidencia de SDR: *IG: qnto menor a IG maior a incidencia (24-25sem- 92%; 26-27sem- 88% 28-29sem-76%;30-31 sem -57%) *Genero masculino : relaçao 1,7:1 *Cor branca *DM materno:sintese alterada do surfactante ( insulina atrasa a maturaçao das celulas alveolares . * Asfixia perinatal :diminuiçao da perfusao pulmonar. Extravasamento de fluidos ricos em proteinas –inibi a ativ do surfactante *Parto cesarea: média de risco aumentado 2-3 vezes * Hipotireodismo: RNPT q desenvolve SDR tem niveis mais baixos de horm em seu sangue do que os controles *Ausencia de corticoide antenatal *predisposiçao genetica *gemelaridade: segundo gemelar *doença hemolitica do RN * Fisiopatologia SDR O surfactante é sintetizado a partir da 24ª semana gestacional. Síntese e reciclagem efetivas do surfactante só acontecem com 34 semanas. Pneumocitos tipo 2 * Fisiopatologia Síndrome do Desconforto Respiratório RN * SDR Quadro clínico Dispnéia, gemido expiratório, batimento de asas do nariz, retração da caixa torácica, cianose, etc. Os sinais e sintomas aparecem logo após o nascimento (até 2 horas) e o RN dá a impressão de estar grave. Piora progressiva nas próximas 36 a 48 horas de vida; agrava com a falta de tratamento. A IR melhora a partir do terceiro dia de vida, se tratado adequadamente * Síndrome do Desconforto Respiratório RN Exames complementares Hemograma normal. Rx: Infiltrado reticulogranular (vidro moído), bilateral ( grau leve a opacidade total) uniforme e com broncograma aéreo. AR: diminuiçao bilat do murmurio vesicular * * Síndrome do Desconforto Respiratório RN Tratamento CPAP nasal PRECOCE. FiO2 40%, pressão de pelo menos 6cmH2O. Dieta zero, SOG aberta. Hidratação venosa para 24 horas: SG 10% : 70 ml/Kg + Gluc de Ca 10% 2 ml/Kg. Manter a temperatura corporal ao redor de 36,5º C, jamais abaixo de 36ºC. Se precisar a FiO2, indicar VPM . * Tratamento Surfactante pulmonar exógeno- em todos Os RNs com diagnostico da sindrome até 12h de vida, independente da IG. Dose inicial: 200ml/kg( survanta –a cada 6h Curosurf a cada 12h). Pode-se repetir uma segunda e terceira dose – se houver evidencia de SDR, bem como persistencia de O2 e uso de vpm. * Tecnica INSURE * Síndrome do desconforto respiratório * Síndrome do Desconforto Respiratório RN Gasometria desejada nas 72 horas iniciais. pH; 7,25-7,35 (7,2 nas primeiras 12 horas). PaO2: 50-70 mmHg. PaCO2: 45-55 mmHg. SatO2: 90-94% * Síndrome do Desconforto Respiratório RN Quando indicar VPM: RN em CPAP N 5 que requer FiO2 maior que 40%, recebeu surfactante e não consegue se manter fora da VPM. Falência respiratória progressiva. - Sepse associada - HPPN - Asfixia grave ao nascer Pneumotórax grave * Síndrome do Desconforto Respiratório RN Atenção: A tendência é piorar sem surfactante e/ou CPAP/PEEP e evoluir para IR grave e óbito; Quase sempre requer cuidados intensivos com recursos plenos. Evitar asfixia –resulta em hipoxemia e acidose com diminuiçao da sintese de surfactante pulmonar * Tratamento SDR * Tratamento Inespecífico Nutrição Suporte hidroeletrolítico (Metabólico) Controle térmico Suporte respiratório Suporte hemodinâmico (Cardiovascular) Monitorização * * Por volta das 28 semanas de IG os pneumócitos tipo I começam a secretar líquido. A produção vai diminuindo e cessa com 32 semanas. O líquido que ficou no pulmão vai sendo reabsorvido lenta e passivamente. Ao se desencadear o trabalho de parto, canais de sódio são ativados e o líquido inicia sua mobilização para fora dos alvéolos. Fisiopatologia * Taquipnéia Transitória do RN História da mãe RNT ou RNPT > de 34 semanas. Parto cesárea, principalmente se acontecer sem que o trabalho de parto tenha se iniciado. Choro débil ao nascer; * Taquipnéia Transitória do RN Quadro Clínico FR entre 60-100 ipm. Retração intercostal discreta; batimento de asas do nariz; cianose que melhora facilmente com o aumento da concentração de oxigênio. Início precoce. Ausculta normal ou estertores sub-crepitantes finos. * Taquipnéia Transitória do RN Quadro Clínico Os sintomas são menos graves, quando comparados aos produzidos com a SDR. * Taquipnéia Transitória do RN Exames complementares Hemograma normal. Rx: Congestão para-hilar simétrica (coração cabeludo). Espessamento das cisuras interlobares e hiperinsuflação podem estar presentes. Ocasionalmente, discreta cardiomegalia ou derrame pleural. * * Taquipnéia Transitória do RN Tratamento Hood/capacete. Se predominar o gemido CPAP nasal. Na dúvida entre Hood ou CPAP, fique com o segundo. Hidratação Venosa. Manter a temperatura ao redor de 36,5ºC. * Taquipnéia Transitória do RN Tratamento Evolui com melhora progressiva e resolve em menos de 72 horas. Grande parcela melhora ainda na sala de parto. ....mas pode evoluir para HPPN se não existirem cuidados mínimos. Raramente requer VPM * * Pneumonia Intraútero Fisiopatologia * Pneumonia intrauterina Fisiopatologia - LA infectado. - Via trans-placentária. - No contexto de uma infecção congênita. * Pneumonia intrauterina História da mãe Bolsa rota > 18 horas. Bolsa rota antes do início do trabalho de parto. Corioamnionite. ITU. Qualquer infecção materna (Periodontite, pneumonia, etc). Febre materna. Torchs. Fisometria positiva. Parto prematuro sem causa aparente. * Pneumonia intrauterina Quadro clínico Desconforto respiratório precoce, batimento de asas de nariz, gemido, cianose. Letargia, choro fraco, intolerância à dieta, distensão abdominal, hipotermia, má perfusão capilar, não melhora no CPAP, não melhora com surfactante, apnéias, choque. Desconforto respiratório com evolução arrastada. * Pneumonia intrauterina Exames complementares Hemograma alterado (nem sempre) Rx tórax: áreas opacas difusas, segmentares, lobares ou ainda bilaterais. Gasometria: acidose metabólica persistente. Antes do antibiótico, colher hemocultura. * * Pneumonia intrauterina Tratamento Hidratação venosa. CPAP, Hood ou VMC. Drogas vaso-ativas, se necessário. Se domiciliar: Ampicilina + Gentamicina/Amicacina Discutir em equipe, e só iniciar antibiótico se houver evidência de infecção. Lembrar que a resistência bacteriana com ATB. Pode requerer VPM, a depender da gravidade do comprometimento pulmonar e/ou sistêmico. * * Síndrome de Aspiração de Mecônio Fisiopatologia Sind. de sufocação Atelectasias Pneumotórax Pneumonite Pneumonia HPPN * Síndrome de Aspiração de Mecônio História da Mãe Idade Gestacional geralmente > 37 semanas. Todas as causas de insuficiência placentária aguda ou crônica. Presença de líquido amniótico meconial. * Síndrome de Aspiração de Mecônio Quadro Clínico Impregnação de mecônio. Presença de mecônio na traquéia. Quadro variável, desde assintomático até desconforto respiratório grave. A hipoxemia resistente é um indicador de extrema gravidade. Quando não há complicações, evolui com melhora em 5-7 dias. * Síndrome de Aspiração de Mecônio Exames complementares Hemogramas seriados. Rx de tórax é variável . * * Síndrome de Aspiração de Mecônio Tratamento Aspiração de traquéia, o que mudou? Hidratação venosa. Hood com FiO2 até 100%. PODE USAR CPAP, com cuidado!! Antibiótico? Na dúvida, mande para a UTIN; tem sempre potencial para ser muito grave * Síndrome de Aspiração de Mecônio Complicações mais freqüentes HPPN Infecção Relacionadas à asfixia Pneumotórax * Síndrome de Aspiração de Mecônio Complicações mais freqüentes HPPN Infecção Relacionadas à asfixia Pneumotórax * Síndrome de Aspiração de Mecônio Complicações mais freqüentes HPPN Infecção Relacionadas à asfixia ao nascer Pneumotórax * Síndrome de Aspiração de Mecônio Complicações mais freqüentes HPPN Infecção Relacionadas à asfixia Pneumotórax * HPPN É caracterizada por hipertensao vascular pulmonar e alteraçao da vasorreatividade que ocasiona shunt direito-esquerdo do fluxo sanguineo pelo canal arterial ou pelo forame oval. A gravidade varia segundo a etiologia e o grau de aumento da resistencia vascular pulmonar Acomete 1-4% dos rns internados (utis), particularmente RNT ou pós termo * Doenças associadas HPPN Sind. Asp. Meconio -41% dos casos Pneumonia -14% Sdr-13% Hernia diafragmatica Hipoplasia pulmonar Idiopatica-17% * O portador de hppn apresenta quadro de desconf.resp. com taquipneia e cianose progressiva. A caracteristica principal é a acentuada labilidade de oxigenaçao que os rns mostram, principalmente á manipulaçao e ao choro A ausculta pode ser normal ou apresentar caract. tipicas da doença de base * * Diagnóstico diferencial asfixia * Diagnóstico diferencial * Diagnóstico diferencial * Diagnóstico diferencial * Diagnóstico diferencial
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