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Periodontia e tabagismo

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Docente: Patrícia Furtado
Discentes: Gabriela Rocha Gomes
 Yuri Nonato Santos
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Diamantina- Minas Gerais
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Disciplina: Periodontia Especial
Tratamento periodontal em pacientes fumantes
Tabagismo e
Doença periodontal
O tabaco é um dos principais fatores de risco para a doença periodontal por modificar a resposta do hospedeiro 
Indivíduos fumantes apresentam maior prevalência, severidade e recidivas da doença periodontal, tornando-os um desafio ao tratamento periodontal
O tabaco é considerado um dos principais fatores de risco para a DP por modificar a resposta do hospedeiro, assim, os indivíduos que fumam apresentam maior prevalência, mais sítios acometidos pela DP, além disso, nesses indivíduos a doença é mais severa (como mostra na literatura mais sítios com maiores profundidades de sondagem; perda de inserção clínica; e mais dentes com envolvimento de furca; maior índice de perda óssea e dentária), e há mais chance de recidiva se o indivíduo não parar de fumar. O que torna o paciente fumante um desafio ao tratamento periodontal, pois além das alterações que o cigarro provoca no organismo é difícil para o indivíduo parar com o hábito.
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Tabagismo e
Doença periodontal
https://www.youtube.com/watch?v=1MlTpKmOOcw
Dissemos que o tabaco modifica a resposta do hospedeiro, mas como?
De maneira bem simplificada, os componentes do cigarro causam uma ação vasoconstritora (o que pode mascarar os sinais clínicos da inflamação), prejudicando a circulação na região e com isso, há um comprometimento do sistema reparação e de defesa local (pois a nicotina é capaz de diminuir a produção de anticorpos e dificultar a chegada das células inflamatórias na região, diminuindo a quimiotaxia das células, assim como a diapedese e a atividade fagocítica e aumenta a taxa de apoptose dessas células, contribuindo para um aumento de invasão de microrganismos. Além disso, monóxido de carbono do cigarro desequilibra ainda mais a flora bucal dando espaço para os microorganismos se multiplicarem. E o cigarro ainda estimula os osteoclastos agravando a perda óssea.
Por tudo isso, vários estudos mostram que o melhor tratamento é a cessação do hábito, pois senão há recidivas da doença e em estado mais grave e de forma mais rápida.
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Terapia periodontal
Pelo que verificamos na literatura, o coadjuvante mais importante no tratamento da doença periodontal em fumantes é a conscientização do paciente quanto a suspensão do hábito. Foi observado que indivíduos que interrompem o hábito tem uma resposta similar aos não fumantes no tratamento (diminuição da progressão da doença e mais ganho de inserção). Então o CD deve alertar o paciente quanto as consequências do tabagismo e estimulá-lo a parar com o hábito.
Segundo a maioria dos estudos, mesmo não existindo diferenças significantes no biofilme de fumantes e não fumantes, como vimos o cigarro é capaz de fornecer um ambiente mais favorável para a multiplicação dos microrganismos periodontopatogênicos e os mecanismos de reparo se tornam deficientes, portanto, um bom controle de placa realizado tanto pelo paciente com a OHB e a raspagem e alisamento radicular pelo profissional são meios mais viáveis do que intervenções cirúrgicas em que o paciente fumante apresenta uma taxa de cicatrização mais retardada. 
Outra forma de tratamento encontrada na literatura que pode melhorar os resultados obtidos com RAR e tratamento regenerativo foi o uso adjunto de antibióticos locais, como o gel de doxiciclina, que além de aumentar o ganho de inserção, também eliminou patógenos periodontais.
E claro, sempre fazer o monitoramento periódico desses pacientes, devido a rápida progressão e gravidade da doença
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Dificuldades encontradas no tratamento periodontal de fumantes
Fumantes
Menor ganho de inserção clínica após terapia periodontal (cercade 1mm)
(SCABBIA et al., 2001)
Maior necessidade de nova intervenção cirúrgica
(LOESCHE et al., 2002)
Menores resultados positivos ao tratamento de lesões defurca
(TROMBELLI et al., 2003)
Menor% de sucesso após terapia regenerativa
( TROMBELLI et al., 1997; MAYFIELD et al., 1998; STAVROPOULOS et al., 2004;)
Em relação ao efeito do fumo após a terapia periodontal, indivíduos fumantes demonstram ter uma resposta clínica menos favorável do que os não fumantes, tanto na terapia cirúrgica, quanto não cirúrgica.
Vários estudos mostram que, após a terapia periodontal, pacientes fumantes apresentam menor ganho de inserção clínica (cerca de 1mm a menos) quando comparados com os não fumantes.
Um estudo longitudinal mostra que os fumantes tem uma maior necessidade de nova intervenção cirúrgica que os não fumantes.
Eles apresentam menores resultados positivos no tratamento de lesões de furca grau I e II (no estudo, pacientes fumantes apresentaram menor progressão do grau II para o I e menor fechamento completo de furca grau I)
E menor taxa de sucesso em enxertos gengivais e ósseos
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Esse foi o nosso artigo base: uma revisão sistemática do efeito do controle do biofilme supragengival na condição periodontal de pacientes tabagistas
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objetivo
Avaliar, por meio de uma revisão sistemática da literatura, se o controle do biofilme supragengival, em pacientes fumantes, é capaz de alterar os critérios clínicos e microbiológicos associados à periodontite
Sabe-se que a permanência de biofilme supragengival leva a uma inflamação na gengiva abrindo caminho para os microrganismos chegarem a região subgengival e lá se instalarem. Mas sabemos também que as substâncias presentes na cigarro interferem na resposta inflamatória gengival.Então, cujo objetivo foi avaliar se o controle do biofilme supragengival é capaz de melhorar as condições clínicas e microbiológicas em fumantes .
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Metodologia
Dentre as 307 referências bibliográficas inicialmente encontradas, 4 estudos foram avaliados na íntegra, sendo eles 3 ensaios clínicos com seleção randômica e 1 ensaio clínico sem randomização, após os critérios de inclusão:
os autores desse artigo selecionaram, 307 referências. E dentre essas referências, eles selecionaram alguns critérios de inclusão, como os estudos clínicos que avaliassem controle supragengival, estudos que houvessem pacientes sem alterações sistêmicas e a intervenção supra isolada da subgengival. Por fim eles selecionaram 4 artigos, sendo eles 3 ensaios clínicos com seleção randômica e 1 ensaio clínico sem randomização
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Estudo
Gomes et al., 2007
Ah et al., 1994
Kaldhalet al., 1996
Gomes et al., 2008
Desenho experimental
ECNR
ECR
ECR
ECR
Tempo de avaliação
6 meses
6 anos
7anos
6 meses
Índices avaliados
IPV, ISG, PS, SS, PI
IPS, PS, PI, SS, REC, LF
IPS, PS, PI, SS, REC, LF
PS, SS, avaliação microbiológica
Intervenção
OHB e RAP em todo o estudo
Ctsupra: semanal
Fase I: OHB,RAP/RASUB
Fase II: RAR e RWM ou RAR e Ressecção óssea
Manutenção: OHB, RAP e/ou RASUB
Ctsupra: trimensal na manutenção
Fase I: OHB,RAP/RASUB
Fase II: RAR e RWM ou RAR e Ressecção óssea
Manutenção: OHB, RAP e/ou RASUB
Ctsupra: trimensal na manutenção
OHB e RAP em todo o estudo
Ctsupra: semanal
Metodologia
IPS: índice de placa sondada
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resultados
Dentre os artigos analisados, um (GOMES et al., 2008) demonstrou que o controle do biofilme supragengival promove uma redução de bactérias que compõem a doença periodontal
Além disso, o controle do biofilme supragengival reduziu a profundidade de bolsas e o sangramento à sondagem
conclusão
referências

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