Buscar

Abordagem morfofuncional do torax

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1	
  
ABORDAGEM MORFOFUNCIONAL DO TÓRAX 
 
 
Djanira Aparecida da Luz Veronez1 
 
INTRODUÇÃO 
 
O tórax corresponde à região superior do tronco junto ao abdome; região média e 
pelve, região inferior. 
O tórax apresenta um esqueleto ósseo articulado responsável pela proteção de 
órgãos vitais, como os pulmões e o coração. 
O esqueleto do tórax é constituído por um esqueleto osteocartilagíneo formado 
posterolatero-anteriormente por doze pares de costelas e suas cartilagens costais; 
anteriormente pelo osso esterno e posteriormente pelas doze vértebras torácicas 
(Figura 1). Quando todas essas peças anatômicas estão articuladas, constituem a 
caixa torácica. 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1	
  Biomédica.	
  Doutora	
  em	
  Ciências	
  Médicas	
  área	
  de	
  concentração	
  Neurociências	
  pela	
  Universidade	
  Estadual	
  de	
  
Campinas.	
  Professora	
  do	
  departamento	
  de	
  anatomia	
  da	
  Universidade	
  Federal	
  do	
  Paraná.	
  	
  
	
  
	
  
	
   2	
  
 
Figura 1. Caixa torácica óssea 
Superiormente, a caixa torácica apresenta a abertura superior do tórax delimitada 
pelas margens superiores de T, primeira costela e o osso esterno; local de 
passagem de grandes vasos, nervos e vísceras. Na parte inferior, a abertura inferior 
do tórax é delimitada pela décima primeira vértebra torácica, 11º e 12º pares de 
costelas, cartilagens costais unidas das 7ª até a 10ª costelas (formando as margens 
costais) e o processo xifoide. Nessa abertura, encontram-se o músculo diafragma, 
que separa completamente a cavidade torácica (localizada superiormente), da 
cavidade abdominal (localizada inferiormente). 
 
A passagem de estruturas anatômicas do tórax para o abdome se faz por aberturas 
no músculo diafragma denominadas de hiato esofágico (para passagem do 
	
   3	
  
esôfago), forame da veia cava (para a passagem da veia cava inferior) e hiato 
aórtico (para a passagem da parte abdominal da artéria aorta). 
Os espaços entre as costelas são denominados e espaços intercostais. São onze 
espaço intercostais que contêm músculos, nervos, artérias e veias intercostais. 
 
ESQUELETO DO TÓRAX 
 
COSTELAS 
 
São doze pares de ossos alongados que se articulam posteriormente com as 
vértebras torácicas. 
A parte da costela que se articula ao corpo da vértebra é denominada de cabeça 
da costela, enquanto que a região da costela que se articula com o processo 
transverso das vértebras torácicas é denominada de tubérculo da costela (Figura 2). 
As costelas típicas são as que vão do 3º até o 9º par; e atípicas, as do1º. 2º, 10º, 11º 
e 12º pares. 
A cabeça da costela típica se articula com a fóvea superior do corpo da vértebra 
correspondente e com a fóvea inferior da vértebra sobrejacente (cabeça da 5ª 
costela se articula com a fóvea costal superior da quinta vértebra torácica e com a 
fóvea costal inferior da quarta vértebra torácica). 
	
   4	
  
 
Figura 2. Costela típica 
O tubérculo da costela típica (Figura 3) se articula com a fóvea do processo 
transverso da vértebra torácica correspondente. 
As costelas podem ser classificadas em verdadeiras, falsas e flutuantes: costelas 
verdadeiras (vertebrocostais): do 1º ao 7º par, são costelas nas quais as cartilagens 
se articulam diretamente com o osso esterno; costelas falsas (vertebrocondrais) do 
8º ao 10º par, são costelas nas quais as cartilagens se articulam com as cartilagens 
de costelas suprajacente (exemplo: cartilagem costal da 8º costela se articula 
com a cartilagem costal da 7º costela); costelas flutuantes (vertebrais ou livres): 
11º e 12º pares, são costelas que estão articuladas apenas posteriormente com as 
vértebras; suas cartilagens costais não se articulam com o esterno ou com outras 
cartilagens costais. 
	
   5	
  
 
Figura 3. Cabeça e tubérculo da costela 
 
ESTERNO 
 
O osso esterno é um osso laminar, de posição mediana anterior no esqueleto 
torácico (esterno, do grego sternon = peito). 
O osso esterno articula-se com as clavículas e com as cartilagens costais dos sete 
primeiros pares de costelas. 
	
   6	
  
 
Figura 4. Manúbrio do esterno 
É constituído de três partes (Figura 5): manúbrio (parte superior e dilatada), o corpo 
(parte média) e o processo xifoide (parte inferior). Entre o manúbrio e o corpo, se 
localiza o ângulo do esterno. O osso esterno está muito próximo à pele e pode ser 
facilmente palpado. Lateralmente ao ângulo do esterno, pode ser palpada a segunda 
costela; desta forma, este ângulo se torna um ponto anatômico importante para 
contagem das costelas e espaços intercostais (espaços entre as costelas). 
	
   7	
  
 
 
Figura 5. Osso esterno 
No perfil do osso esterno há a superfície articular de inserção da clavícula e da 
primeira até a sétima costela. Existe uma cartilagem que articula as costelas com o 
bordo lateral do esterno (Figura 6). Há a articulação da clavícula, da primeira 
costela, da segunda, da terceira, da quarta, da quinta, da sexta e da sétima. A 
oitava, a nona e a décima se articulam entre si com a sétima costela. 
	
   8	
  
 
Figura 6. Esterno e cartilagens costais 
 
VÉRTEBRAS TORÁCICAS 
	
   9	
  
 
As vértebras torácicas se articulam com um par de costelas. 
As primeiras vértebras torácicas T1 e T2, por estarem localizadas numa região de 
transição entre as regiões cervical e torácica, ainda apresentam características das 
vértebras cervicais, como corpo vertebral pequeno e processo espinhoso curto, mas 
não bífido. 
 
Figura 7. Vértebra torácica típica (vista superior) 
As vértebras torácicas de T3 até T10 apresentam um corpo vertebral (Figura 7) em 
forma de coração (cordiforme), o processo espinhoso longo, afilado e inclinado 
inferiormente. No corpo vertebral dessas vértebras há as fóveas costais, superiores 
e inferiores e, nos processos transversos, se encontram as fóveas costais dos 
processos transversos, locais de articulação entre as costelas e as vértebras. 
	
   10	
  
No corpo vertebral há duas fóveas costais (superior e inferior), que recebem as 
cabeças das costelas (Figura 8). Nos processos transversos se encontram as fóveas 
costais do processo transverso, local que se articula com o tubérculo da costela. 
 
Figura 8. Vértebra torácica típica (vista lateral) 
As últimas vértebras torácicas (vértebras de transição para a região lombar), 
apresentam características semelhantes às vértebras lombares, (corpo vertebral 
em forma de rim, reniforme, processo espinhoso quadrangular e pouco inclinado 
inferiormente). 
 
CONTEÚDOS ANATÔMICOS DO TÓRAX E MEDIASTINOS 
 
O tórax é a região que contém duas estruturas nobres: pulmão e coração. 
A caixa torácica tem um arcabouço protetor, chamado de gradil costal (Figura 9), 
uma armação óssea que protege as estruturas internas. 
	
   11	
  
 
Figura 9. Caixa torácica 
Os limites da caixa torácica são, posteriormente, a coluna vertebral, de T1 a T12; 
anteriormente, o osso esterno; lateralmente, um conjunto de 12 costelas. 
O limite superior do tórax é estabelecido na região da primeira costela, sendo 
correspondente à base do pescoço, em que se localiza a fossa supraclavicular. O 
limite inferior do tórax é estabelecido pelo músculo diafragma. 
Na parede anterolatero-posterior do tórax, há o músculo intercostal,localizado entre 
uma costela e outra. O músculo intercostal reveste o espaço intercostal. Este 
músculo é o conjunto de três pequenos músculos paralelos uns aos outros. O mais 
anterior é o músculo intercostal externo, posteriormente a ele há o músculo 
intercostal interno e, mais posteriormente, junto da pleura, está o músculo intercostal 
íntimo. Estes músculos estão aderidos um ao outro compondo uma parede muscular 
	
   12	
  
entre uma costela e outra, atuando como músculos auxiliares durante os 
movimentos respiratórios. 
No espaço intercostal há um conjunto de estruturas vasculares e nervosas chamado 
de plexo intercostal. Este, localizado inferiormente a cada costela, é constituído por 
uma artéria intercostal, uma veia intercostal e um nervo intercostal. 
No tórax há duas cavidades pleurais separadas, à direita e à esquerda, onde se 
encontram o pulmão direito e o esquerdo, respectivamente. 
A cavidade pleural é o espaço entre a pleura visceral (encontrada aderida aos 
pulmões) e a pleura parietal (encontrada aderida na parede interna torácica). 
Entre as cavidades pleurais há uma região chamada de mediastino. 
No mediastino se encontram estruturas importantes, como coração, timo, vasos da 
base, parte torácica da artéria aorta, a parte descendente da artéria aorta, a parte 
torácica do esôfago e vasos linfáticos. 
Os limites do mediastino são, inferiormente, o músculo diafragma; superiormente a 
base do pescoço; posteriormente, a coluna vertebral; anteriormente, o osso esterno 
e lateralmente as pleuras mediastinais. 
Na cavidade torácica, as duas regiões pleuropulmonares são divididas pelo 
mediastino. Ele se estende do osso esterno e das cartilagens costais à coluna 
vertebral (faces anteriores das vértebras torácicas) e da raiz do pescoço ao músculo 
diafragma. Abrange todas as vísceras torácicas, exceto pulmões e pleuras, que 
estão alojadas em uma expansão da fáscia serosa do tórax. 
O mediastino apresenta divisões relacionadas com as várias estruturas anatômicas 
contidas nele, como o mediastino superior (localizado superiormente ao coração, o 
mediastino inferior (localizado inferiormente ao coração), o mediastino anterior 
(localizado anteriormente aos vasos da base), o mediastino médio (que compreende 
principalmente o coração), o mediastino posterior (localizado posteriormente ao 
coração, junto à coluna vertebral, por onde passam os ramos da artéria aorta e do 
esôfago). 
O mediastino é dividido em superior e inferior - por um plano imaginário que passa 
anteriormente pelo ângulo esternal e, posteriormente, pela margem inferior da IV 
vértebra torácica. 
	
   13	
  
O mediastino superior é delimitado anteriormente pelo manúbrio esternal e 
posteriormente pelas quatro primeiras vértebras torácicas, localizando-se acima do 
pericárdio. 
 O mediastino superior apresenta uma divisão em relação ao mediastino inferior feita 
por um plano imaginário, que passa anteriormente pelo ângulo esternal, localizado 
entre o manúbrio e o corpo esternal e posteriormente encontra-se limitado pela 
margem do corpo da quarta vértebra torácica, apresentando como limites, inferior, 
um plano imaginário; superior, a abertura superior do tórax; laterais, as pleuras 
parietais dos pulmões, direito e esquerdo; posterior, as vértebras de T1 a T4; 
anterior, o manúbrio do osso esterno. 
 
Figura 10. Tórax, pulmões e coração 
As estruturas encontradas no mediastino superior são o timo, as veias 
braquiocefálicas, a veia cava superior, o arco da artéria aorta e seus ramos como o 
tronco braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia 
esquerda. 
	
   14	
  
 
 1. Timo 
 
O timo é uma massa de tecido linfoide que se apresenta proeminente no mediastino 
superior no início da infância, possui estrutura lobulada (2 lobos) e achatada com 
aspecto róseo nos primeiros anos de vida, podendo, em recém-nascidos, estender-
se superiormente, através da abertura torácica superior até a raiz do pescoço, à 
frente dos grandes vasos. 
Durante a segunda infância, sobretudo na puberdade, o timo começa a diminuir de 
tamanho, ou seja, sofre involução. 
Na idade adulta, em geral, o que se encontra são poucos nódulos tímicos no tecido 
conectivo frouxo, dispostos irregularmente na porção anterior do mediastino 
superior. 
 
2. Veias braquiocefálicas 
As veias braquiocefálicas se localizam no mediastino superior e são formadas pela 
união da veia jugular interna e veia subclávia. No nível da margem inferior da 
primeira cartilagem costal direita, as veias braquiocefálicas unem-se para formar a 
veia cava superior. Cada veia braquiocefálica ainda recebe a veia vertebral, a veia 
torácica interna, a veia tireóidea inferior e eventualmente pode receber as primeiras 
veias intercostais supremas. A veia braquiocefálica esquerda é mais longa e mais 
oblíqua que a veia braquiocefálica direita. 
Na união (anastomose) da veia jugular interna direita com a veia subclávia direita 
desemboca o ducto linfático direito. Na anastomose da veia jugular interna esquerda 
com a veia subclávia esquerda desemboca o ducto torácico. 
 
 3. Veia cava superior 
 
	
   15	
  
A veia cava superior é formada pela anastomose da veia braquiocefálica direita e 
esquerda posteriormente a primeira cartilagem costal e segue inferiormente até o 
nível da terceira cartilagem costal onde termina no átrio direito. 
A veia cava superior recebe o sangue venoso da região da cabeça, pescoço e 
membros superiores. Está localizada no lado direito do mediastino superior, 
anterolateral à traqueia e posterolateral à parte ascendente da artéria aorta. 
O nervo frênico direito se encontra entre a veia cava superior e a pleura parietal 
mediastinal. 
 
 4. Arco da artéria aorta 
 
O arco da artéria aorta corresponde ao segmento curvo, sendo parte do ramo 
ascendente da artéria aorta. Inicia na metade direita do ângulo esternal, curva-se 
superiormente e posteriormente com inclinação e convexidade para a esquerda. 
O arco da artéria aorta (Figura 11) passa pelo lado esquerdo da traqueia e do 
esôfago, deslocando a traqueia para a direita - o que deixa o brônquio principal 
direito quase alinhado com a traquéia. 
A artéria aorta continua pelo mediastino posterior inferiormente ao quarto disco 
intervertebral no lado esquerdo. Anteriormente a artéria aorta relaciona-se com o 
timo ou seus remanescentes. 
	
   16	
  
 
Figura 11. Arco da artéria aorta 
A face côncava inferior do arco da aorta curva-se sobre as estruturas que seguem 
para a raiz do pulmão esquerdo, a bifurcação do tronco pulmonar, a artéria pulmonar 
esquerda e o brônquio esquerdo. 
O ligamento arterioso segue da raiz da artéria pulmonar esquerda para a face 
côncava inferior do arco de aorta. Este ligamento é remanescente do ducto 
arterioso, um vaso embrionário que, na fase embrionária e fetal, desvia o sangue da 
artéria pulmonar esquerda para a artéria aorta a fim de evitar os pulmões que na 
vida intrauterina ainda não são funcionais. 
 
5. Ramos do arco da artéria aorta 
 
	
   17	
  
Os ramos do arco da artéria aorta são três, tronco braquiocefálico, artéria carótida 
comum esquerda e a artéria subclávia esquerda (Figura 12). 
O tronco braquiocefálico é o primeiro ramo; origina-se do arco da artéria aorta na 
altura do centro do manúbrio. O tronco braquiocefálico segue superolateralmente e, 
ao atingir o lado direito da traqueia, na altura da articulação esternoclavicular direita, 
divide-se em artérias carótida comum direita e subclávia direita. 
 
Figura 12. Arco da artéria aorta e seus ramos 
A artéria carótida comum esquerda inicia no arco da aorta, posteriormentee à 
esquerda do tronco braquiocefálico. Segue anteriormente e do lado esquerdo da 
traqueia, passando posteriormente a articulação esternoclavicular esquerda, quando 
atinge o pescoço. 
	
   18	
  
A artéria subclávia esquerda é o terceiro ramo que emerge do arco da aorta. Inicia 
lateralmente a artéria carótida comum esquerda e imediatamente sobe pelo 
mediastino superior, repousando sobre a pleura parietal esquerda. Passa pela 
articulação esternoclavicular esquerda quando deixa o tórax e entra na raiz do 
pescoço. 
No mediastino superior se encontram também a traqueia e o esôfago. 
A traqueia é um tubo que começa no pescoço, como continuação da extremidade 
inferior da laringe e, no mediastino superior, está situada anteriormente ao esôfago, 
um pouco à direita da linha média. A face posterior da traqueia se justapõe ao 
esôfago e à pleura. A traqueia, no nível do ângulo esternal, se bifurca em brônquios 
principais direito e esquerdo. 
	
   19	
  
 
Figura 13. Laringe (vista anterior) 
O esôfago se estende da extremidade inferior da cartilagem cricoide no nível da 
sétima vértebra cervical até o óstio cárdico do estômago, na altura da décima 
primeira vértebra torácica. O esôfago chega ao mediastino superior entre a traqueia 
e a coluna vertebral, passando posteriormente ao brônquio principal esquerdo. 
	
   20	
  
 
Figura 14. Laringe, traquéia e esôfago 
	
   21	
  
 
Figura 15. Traquéia e brônquios 
O esôfago, no mediastino superior, se relaciona anteriormente com a traqueia e o 
nervo laríngeo recorrente esquerdo; posteriormente com os corpos vertebrais de T1 
a T4, com o ducto torácico e com parte da veia ázigos. 
	
   22	
  
O ducto torácico atravessa o mediastino superior posteriormente ao esôfago do lado 
esquerdo e segue em direção à junção da veia jugular interna esquerda e da veia 
subclávia esquerda onde desemboca. 
Ainda atravessam o mediastino superior o nervo vago, o nervo laríngeo recorrente e 
o nervo frênico. 
 O mediastino inferior é delimitado anteriormente pelo corpo do esterno e 
posteriormente pelas oito últimas vértebras torácicas (T5 a T12), podendo ser 
dividido em anterior (entre o pericárdio e o osso esterno), médio e posterior (entre o 
pericárdio e a coluna vertebral). 
O mediastino anterior corresponde à menor parte das divisões do mediastino. 
Contém poucas estruturas, sendo sua maior parte constituído por gordura pré-
pericárdia, vasos linfáticos, dois ou três linfonodos, ligamentos esternopericárdicos, 
artérias e veias torácicas internas - juntamente com seus ramos e a língula do 
pulmão esquerdo. 
O mediastino médio é caracterizado pelo saco fibroso do pericárdio e o coração, os 
nervos frênicos, a parte ascendente da artéria aorta e o tronco pulmonar. 
O tronco pulmonar após um trajeto de 5 cm se divide em artérias pulmonares direita 
e esquerda. O trajeto do tronco pulmonar pode ser indicado por uma linha traçada a 
partir do centro da porção cranial da silhueta cardíaca até o extremo do ângulo 
esternal, posteriormente à segunda cartilagem costal esquerda. 
A parte ascendente estende-se da raiz da artéria aorta, superiormente para direita 
até a altura do ângulo esternal. Tem cerca de 3 cm de diâmetro e 5 cm de 
comprimento. 
O mediastino posterior possui os seguintes limites: anterior, o pericárdio fibroso, com 
o coração e os vasos da base; posterior, a parte da coluna vertebral (de T4 a T12); 
laterais, as duas pleuras mediastínicas (direita e esquerda); superior, a linha 
imaginária que passa ao nível da margem inferior da vértebra torácica 4; inferior, a 
parte posterior do músculo diafragma. 
 O mediastino posterior é preenchido pelas diversas estruturas tubulares 
longitudinais, como a parte torácica da artéria aorta, o ducto torácico, a veia ázigos e 
	
   23	
  
veia hemiázigos, o esôfago e o plexo esofágico. Diversas estruturas tubulares são 
transversas, como as artérias intercostais posteriores, o ducto torácico quando 
passa da direita à esquerda, as veias intercostais e a parte terminal da veia 
hemiázigos. 
A cavidade do mediastino posterior tem a forma de um quadrilátero alargado. Seu 
eixo maior se estende desde o coração até os corpos vertebrais e o seu eixo menor, 
de um pulmão ao outro. 
 O esôfago é um órgão tubular que mede 25 cm de comprimento. Ele ocupa parte da 
região cervical, ocupa a região de mediastino superior e de mediastino posterior. 
	
   24	
  
 
Figura 16. Parte torácica da artéria aorta 
O esôfago apresenta quatro 4 constrições ou estreitamentos, ocorrendo redução do 
seu calibre (calibre normal é de 22 mm). São elas, a primeira no seu início, quando o 
esôfago passa posteriormente a cartilagem cricoide; a segunda constricção é 
produzida pelo arco da artéria aorta; a terceira constricção é ocasionada devido ao 
cruzamento da traqueia com o esôfago anteriormente; a quarta é formada quando o 
esôfago atravessa o músculo diafragma pelo hiato esofágico. 
	
   25	
  
 
Figura 17. Vista posterior do esofago e estomago 
A parte descendente da artéria aorta possui um calibre de 23 a 24 mm de diâmetro. 
Inicia do lado esquerdo da margem inferior do corpo da quarta vértebra torácica 
(lado esquerdo do quarto disco intervertebral torácico) e segue nos lados esquerdos 
dos corpos vertebrais. A parte descendente da artéria aorta se estende inferiormente 
até o nível da décima segunda vértebra torácica, passa atrás do ligamento arqueado 
mediano do músculo diafragma e entra no abdome por meio do hiato aórtico (na 
linha média, distante 5 cm do hiato esofágico). A parte descendente da artéria aorta 
possui como ramos as artérias intercostais posteriores (exceto os primeiros dois 
pares) - que são emitidas para os nove espaços intercostais inferiores de cada lado. 
	
   26	
  
Também apresenta como ramos as artérias subcostais de cada lado, que correm ao 
longo da borda inferior da décima segunda costela, e as artérias pericárdicas, 
esofagiana, e brônquica, que seguem para os seus respectivos órgãos. 
O ducto torácico é o maior ducto linfático que conduz a maior parte da linfa do corpo 
para o sistema venoso. A este ducto, afluem de uma parte, todos os vasos linfáticos 
da porção subdiafragmática do corpo; de outra parte, os vasos linfáticos da metade 
esquerda de sua porção supradiafragmática. Assim, este ducto transporta para o 
sangue toda a linfa dos membros inferiores, cavidade pélvica, cavidade abdominal, 
lado esquerdo do tórax, lado esquerdo da cabeça, pescoço e braço esquerdo. Inicia-
se na cavidade abdominal, na cisterna do quilo, um saco dilatado existente 
anteriormente à décima segunda vértebra torácica, posteriormente e à direita da 
artéria aorta. O ducto torácico segue superiormente a partir da cisterna do quilo, por 
meio do hiato aórtico no músculo diafragma e ao lado direito da artéria aorta. 
O ducto torácico drena a linfa para o sistema venoso no ângulo da anastomose da 
veia jugular interna e veia subclávia esquerda. 
O sistema ázigo de veias consiste em veias de cada lado da coluna vertebral que 
drenam o dorso e as paredes do tórax e abdome. A veia ázigo e veia hemiázigo 
começam na cavidade abdominal, de onde continuam as veias lombares 
ascendentes direita e esquerda. A veia ázigo ascende no lado direito dos corpos das 
oito vértebras torácicas inferiores (T5 a T12). Sobe ao longo da face posterior do 
esôfago, entre este e a parede lateral direita da coluna vertebral. Finaliza 
desembocando na veia cava superior. A veia hemiázigos origina-se do lado 
esquerdo na junção das veias subcostal e lombar ascendente. A veia hemiázigo 
sobe no lado esquerdo da coluna vertebral, posteriormente à partedescendente da 
artéria aorta, até a nona vértebra torácica. Nesta altura, cruza para o lado direito, 
posteriormente à artéria aorta, ducto torácico e esôfago para unir-se à veia ázigo. A 
veia hemiázigos recebe as três veias intercostais posteriores inferiores, veias 
esofágicas inferiores e diversas pequenas veias mediastinais. 
 
 
 
	
   27	
  
REFERÊNCIAS: 
 
1. DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 
2ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 2005. 
2. ELIS, H., LOGAN, B., DIXON, A. Anatomia Seccional Humana. São Paulo, 
Editora Santos, 2001. 
3. FLECKENSTEIN, P.; TRANUM-JENSEN, J. Anatomia em Diagnóstico por 
Imagens. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2004. 
4. GUYTON AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier; 2006. 
5. GRAY, Tratado de Anatomia Humana. 36ª Edição, Guanabara Koogan, 2000. 
6. MOORE, K. L., DALLEY, A.F. Anatomia orientada para a clínica. 5ª. Edição. 
Editora Guanabara Koogan 2007. 
7. NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. Editora Artmed, 2004. 
8. SOBOTTA. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 
2006. 
9. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1991. 
10. ROHEN, J. W. Y., YOKOCHI, C. Atlas Fotográfico de Anatomía Humana. 
Editora Manole, 2004. 
11. Van de Graaff KM. Anatomia humana. 6ª. ed. São Paulo: Manole, 2003. 
12. WEIR, J.; ABRAHAMS, P.H. Atlas de Anatomia Humana em imagens. 2ª.ed. 
São Paulo: Manole, 2000. 
13. WOLF-HEIDEGGER, G. Atlas de Anatomia Humana. 2ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004.

Outros materiais