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11-03-2015 1 PRODUÇÃO VITIVINÍCOLA 2013-2014 JORGE B. LACERDA DE QUEIROZ MESTRADO EM AGRONOMIA 2013-2014 JORGE B. LACERDA DE QUEIROZ PRODUÇÃO VITIVINÍCOLA ENOLOGIA 11-03-2015 2 4 Adaptado de: 11-03-2015 3 5 6 11-03-2015 4 7 8 • Compostos do aroma: alguns µg 11-03-2015 5 9 10 11-03-2015 6 11 12 • Vitaminas 0,025-0,08 % • Compostos do aroma: vestígios 11-03-2015 7 13 14 11-03-2015 8 15 O bago é constituído pela película (onde se encontram os compostos da cor e as substâncias aromáticas), pela polpa e a grainha. A parte externa da película denomina-se cutícula e é recoberta por uma camada cerosa – a pruína. Imagens de : EVOLUÇÃO DA MATURAÇÃO 16 EVOLUÇÃO DA MATURAÇÃO Adaptado de: SOBREMATURAÇÃO 11-03-2015 9 17 10 - 20 g de açúcares (como as folhas) 100 g de açúcares 200 - 300 g de açúcares 18 11-03-2015 10 19 EVOLUÇÃO DA MATURAÇÃO: Açúcares vs. Ácidos 20 11-03-2015 11 21 Açúcares e stress hídrico 22 Acumulação da cor e stress hídrico 11-03-2015 12 23 Açúcares na folha Açúcares no bago 24 11-03-2015 13 25 26 11-03-2015 14 27 28 11-03-2015 15 29 30 11-03-2015 16 31 32 11-03-2015 17 33 34 11-03-2015 18 35 36 11-03-2015 19 37 38 11-03-2015 20 39 40 11-03-2015 21 41 42 11-03-2015 22 43 44 11-03-2015 23 45 46 11-03-2015 24 47 48 11-03-2015 25 49 50 11-03-2015 26 51 11-03-2015 27 11-03-2015 28 11-03-2015 29 11-03-2015 30 60 11-03-2015 31 61 62 11-03-2015 32 63 64 11-03-2015 33 65 66 11-03-2015 34 67 68 11-03-2015 35 69 70 11-03-2015 36 71 72 11-03-2015 37 73 74 11-03-2015 38 75 76 11-03-2015 39 77 78 11-03-2015 40 79 80 11-03-2015 41 81 82 11-03-2015 42 83 84 11-03-2015 43 85 86 11-03-2015 44 87 88 11-03-2015 45 89 WINE PRODUCTION AND WINE DIVERSITY WHITE WINE: “Two dimensions” ACIDITY (organic acids tartaric, malic, citric…) SUGARS + ALCOHOL (Ethanol, Glycerol, residual sugars…) Fruity Sweet and HotFreshness 11-03-2015 46 WHITE WINE: “Three dimensions” when fermented and matured in barrel ACIDITY (organic acids tartaric, malic, citric…) SUGARS + ALCOHOL (Ethanol, Glycerol, residual sugars…) WOOD FLAVOUR (lactones, phenolics, …) 92 11-03-2015 47 ACIDITY (organic acids tartaric, malic, citric…) SUGARS + ALCOHOL (Ethanol, Glycerol, residual sugars…) RED WINE: “Three dimensions” ASTRINGENCY + Bitterness (phenolics …) 11-03-2015 48 Competências de um BOM PROVADOR: a) Uma acuidade sensorial média (bom sentido do cheiro e do gosto). b) Uma boa memória. (Praticar a memória, os bons vinhos e aquilo que neles gostamos). c) Provar muitos vinhos. d) concentração. (distracções principal fonte de dificuldade na análise de vinhos). e) Honestidade, humildade e não ter preconceitos. (Todos cometemos erros, mas que sejam honestos. Temos dias não). f) Sensibilidade em relação a tudo o que nos rodeia, à arte, música, comida. (em vinhos lidamos com ligeiríssimas diferenças e precisamos de ser perspicazes). g) Conhecimento: das reacções individuais, do produto, da técnica de prova. 11-03-2015 49 Como ganhar EXPERIÊNCIA com o Vinho? - PROVAR tantos vinhos quanto possível, em companhia de provadores já experimentados. Algumas SUGESTÕES: – Prove tantos vinhos de alta qualidade quanto for possível, em vez de um elevado número de vinhos baratos, de qualidade média ou baixa. Prove alguns clássicos. – Prove vinhos de uma gama alargada. (Não provar um ou poucos tipos e estilos de vinho que lhe interessam. - Tome notas sobre os vinhos que provar, de preferência num registo permanente (DIÁRIO DOS VINHOS). – Leia sobre vinhos do Mundo, tipos e estilos, assim como a sua história e desenvolvimento. – Seja crítico de modo construtivo de todos os vinhos que provar assim como da apreciação sensorial que realizou. Faça a si próprio a pergunta “Porque é que gosto/não gosto deste vinho?”. – Prove com alguém com mais experiência, mas faça o seu próprio juízo sobre cada vinho e escreva-a. Discuta em seguida o vinho e se necessário torne a prová-lo. 11-03-2015 50 – Prove os vinhos de tipos similares em conjunto. Cada vinho realçará diferenças em relação aos outros, e fornecerá pontos de referência com que realizar comparações, ainda que a mudança de estilo diminua o cansaço e a adaptação dos sentidos. Outras sugestões: - Prove com amigos de modo a ter um maior número de vinhos. - A uma refeição abra todos os vinhos similares (p. ex. todos os tintos) e prove-os em conjunto para comparação, em vez de um a seguir ao outro. 7 – PROCEDIMENTOS a seguir durante a PROVA: • Tente ser tão minucioso quanto possível na avaliação. • Leve o tempo que achar necessário e escreva os comentários, que lhe pareçam pertinentes. • A prova pode parecer uma operação simples, porém para ser realizada de forma adequada requer: - cuidado. - tempo. - meditação. - condições apropriadas. 11-03-2015 51 9.2 – Temperatura a que devem ser servidos os vinhos: • Brancos e rosados. 10-12 º C. • Tintos. 15-18 º C. • Espumantes. 7- 9 º C. • Generosos tintos. 15-18 º C. • Tawny’s 10-12 º C. 9.4 – Tipo de COPO: Copo normalizado (ISO 3591 – 1977 (F)). Cuidados a ter com os copos: Aromas estranhos: •armário •pano •detergente •caixa de papel 11-03-2015 52 ÓRGÃO SENTIDO/ SENSAÇÃO CARACTERÍSTICAS PERCEBIDAS OLHOS Sensações visuais Cor, limpidez, aparência, viscosidade, efervescência. NARIZ Sensações olfactivas Aroma, bouquet (cheiro). BOCA Sensações olfactivas Sabor Química Tacto Térmica Aroma de boca. Sabores básicos. Adstringência, fenóis, efervescência. Viscosidade. Temperatura. Sentidos ANÁLISE SENSORIAL DE VINHOS: 10.1 – VISÃO: •É o primeiro sentido que intervém numa degustação. •Para apreciar a cor de um vinho deve-se pegar no copo pela haste, ou pela base, inclinando-o, sem no entanto derramar o vinho, contra uma superfície branca. •Examinamos: o aspecto do vinho, a sua limpidez, em seguida a sua cor no centro, que nos dá uma indicação da intensidade corante e a cor nas orlas, local onde é mais fácil reparar nas nuances da tonalidade de cor. 11-03-2015 53 “O HOMEM é em primeiro lugar um SER VISUAL, com a grande maioria do CÓRTEX CEREBRAL dedicado ao processamento visual”. É o primeiro sentido que intervém numa degustação. A VISÃO joga um importante papel na prova, na sua preparação, influenciando significativamente as sensações seguintes: Ex: O PROVADOR tenderá a julgar mais severamente um vinho turvo ou de cor anormal, comparativamente com um vinho brilhante, de cor normal. VISÃO: A VISÃO transmite ao provador uma impressão de SEGURANÇA, de uma apreciação concreta, baseada na realidade, em oposição às impressões fornecidas pelo OLFACTO e GOSTO, que serão fugazes, progressivas, evolutivas, flutuantes, incertas e confusas. O olho ésensível à luz (energia electromagnética dentro dos limites de comprimento de onda compreendidos entre 390 e 890 nm – luz visível). VISÃO: 11-03-2015 54 VISÃO: Representação das principais estruturas anatómicas do olho Fonte: http://www.univ-ab.pt/formacao/sehit/curso/iluminacao/uni1/mecanismo.html (Acedido em 15 de Maio de 2008) Mecanismo da VISÃO: Fonte: Esteves, E. (2008) A luz penetrando o cristalino do olho ao atingir a retina é convertida pelos cones e bastonetes em impulsos nervosos que são conduzidos ao cérebro pelo nervo óptico 11-03-2015 55 Encher o copo até não mais de um terço (50 cm3), e observar a sua COR contra um fundo branco. A cor normalmente dá uma indicação sobre a idade do vinho. A cor dos VINHOS TINTOS novos é vermelha violácea passando a vermelho alaranjado/acastanhado à medida que envelhecem. Exemplos de descritores da cor dos vinhos tintos: Púrpura – Vermelho violeta –vermelho cereja – vermelho granada – vermelho acastanhado – 11-03-2015 56 • Exemplos de descritores da cor dos vinhos brancos: • Citrino esverdeado – citrino – palha – amarelo canário – dourado – âmbar. A cor dos VINHOS BRANCOS desejavelmente será próxima do esverdeado, enquanto uma cor âmbar ou acastanhada poderá ser uma indicação de oxidação e perda de qualidade. A cor dos vinhos brancos torna-se mais intensa com a idade, passando de uma cor “pálida” a “palha” e mais tarde a dourado. Examine também o vinho em relação à LIMPIDEZ, e classifique-o usando termos do tipo: brilhante, límpido, velado, turvo, com depósito. DESPRENDIMENTO GASOSO: poderá ser desejado, como é o caso dos vinhos espumantes, mas também poderá ser um indicador de que ocorreu uma fermentação indesejada depois do vinho ter sido engarrafado, sendo neste caso considerado um defeito. Na avaliação visual de um vinho considera-se ainda a LÁGRIMA e a sua VISCOSIDADE. A LÁGRIMA é o fluído que fica aderente nas paredes do copo, depois de se agitar, e que vai escorre lentamente através delas. Deve-se essencialmente ao álcool, que é mais volátil e tem uma maior tensão superficial do que a água 11-03-2015 57 10.2 – OLFACTO: OLFACTO OU CHEIRO: •É o segundo sentido a ser utilizado na prova. •Esta é a razão por que é necessário, quando se “prova” vinho, colocar o nariz bem dentro do copo e inalar fortemente. •De qualquer modo o OLFACTO é cerca de 10 000 vezes mais sensível que o GOSTO. •Para além da capacidade inata de se detectar um aroma, existe outro factor determinante: o reconhecimento dessas substâncias, ou seja, a memória olfactiva. • OLFACTO: DUAS VIAS: VIA NASAL DIRECTA. VIA RETRONASAL. 11-03-2015 58 FACTORES QUE MODIFICAM A PERCEPÇÃO DOS ODORES: • Fadiga ou adaptação: Cheiro apreendido em função do tempo 1 mg/l H2S 0 20 40 60 80 100 120 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Tempo (minutos) Tempo de Intensidade Exposição Apreendida Início 100 1 45 2 30 3 24 4 21 5 19 6 18 7 17 8 17 9 16 10 16 Formas de evitar a fadiga olfactiva: • Cheirar o produto por curtos períodos de tempo (evitar a adaptação). • Fazer intervalos de 2-3 minutos, no mínimo, permitindo ao sistema recuperar. • Clarificar as vias respiratórias inspirando e expirando rapidamente em ambientes não odorizados ou, na sua impossibilidade, cheirando substâncias diferentes (por exemplo cheirar a roupa). 11-03-2015 59 NERVO TRIGEMINAL: Este nervo enerva o nariz em paralelo com o nervo olfactivo. Os "inputs" do nervo trigeminal e olfactivo interagem a nível do cortex cerebral. Substâncias irritantes, como a amónia, o gengibre, o rábano, o alho, a malagueta, o CO2 etc., estimulam o nervo trigeminal dando origem a sensações nos olhos, boca e nariz de queimadura, calor, frio ou pungência. Fonte: Monteiro, M. (2002) NERVO TRIGEMINAL: Muitos indivíduos têm frequentemente dificuldade em separar sensações trigeminais das olfactivas e/ou gustativas A resposta trigeminal requer, para grande parte dos compostos, uma concentração da substância irritante que é várias ordens de grandeza superior do que a estimula os receptores olfactivos. 11-03-2015 60 10.3 – BOCA: GOSTO: • 4 GOSTOS ELEMENTARES (1 agradável e 3 desagradáveis): • DOCE. • ÁCIDO. • SALGADO. • AMARGO. SABORES: DOCE, ÁCIDO, SALGADO E AMARGO (+ umami). Apesar de não existirem botões específicos para cada sabor, há uma imagem de activação com predominância de zonas específicas da língua. 11-03-2015 61 Fonte: Chandrashekar, et al. (2006) Percepção dos gostos -Teorias principais para explicar o processo de tratamento da informação relacionada com o paladar: • Across-fibre pattern • Labelled line theory Fonte: Chandrashekar, et al. (2006) 11-03-2015 62 Percepção dos gostos GOSTOS ELEMENTARES E TEMPOS DE REACÇÃO: 11-03-2015 63 11-03-2015 64 11-03-2015 65 Jorge Queiroz 129
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