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AULA 3 OXIGENOTERAPIA

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02/05/2016 
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OXIGENOTERAPIA 
PROFª ALESSANDRA B. BURKLE 
 
UNICESUMAR 
INTRODUÇÃO 
 O oxigênio é um gás inodoro, insípido, 
transparente e ligeiramente mais pesado do que o 
ar; 
 O oxigênio alimenta a combustão; 
 O oxigênio necessita de um fluxômetro e um 
regulador de pressão para ser liberado; 
DEFINIÇÃO 
 
Oxigenoterapia consiste na administração 
de oxigênio, como forma terapêutica, 
numa concentração de pressão superior a 
encontrada na atmosfera ambiental (21%) 
para atenuar ou corrigir a deficiência de 
oxigênio ou hipóxia. 
INTRODUÇÃO 
 
 A determinação dos 
gases arteriais é o 
melhor método para 
averiguar a 
necessidade e a eficácia 
da oxigenoterapia. 
 
INTRODUÇÃO 
 VALORES NORMAIS 
 
 PaO2 = 80 – 100 mmHg 
 PaCO2 = 35 – 45 mmHg 
 pH = 7,35 a 7,45 
 SaO2 = 94 a 100% 
HIPOXEMIA 
 Falta ou entrega reduzida de O2, acarretando em 
baixa PaO2 e SaO2 
 Sinais clínicos da hipoxemia: 
 Agitação, confusão mental, agressividade 
 Taquicardia (inicio) Bradicardia (grave) 
 Taquipnéia, dispnéia, uso de musculatura acessória 
 Cianose 
 
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CAUSAS DE HIPOXEMIA 
 PaO2 baixa do ar inspirado (alpinistas em 
grandes altitudes) 
 Hipoventilação alveolar (obstrução das VsAs; 
depressão do centro respiratório; fraqueza da 
musculatura respiratória, obesidade, etc...) 
 Comprometimento da difusão dos gases através 
da barreira alvéolo-capilar (LPA; SARA) 
 Desvio na Circulação (SHUNT) 
INDICAÇÕES DE OXIGENOTERAPIA 
 PaO2 abaixo de 60mmHg em ar ambiente 
 SaO2 abaixo de 90% em ar ambiente 
 SaO2 abaixo de 88% durante a deambulação, exercícios 
ou o sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias 
 IAM 
 Intoxicação por gases 
 Envenenamento por cianeto 
 
 
Segundo a American Association of Respiratory Care (AARC) 
 
 
OBJETIVOS DA OXIGENOTERAPIA 
 
 Corrigir e reduzir os sintomas relacionados a 
hipoxemia e melhorar a difusão do O2; 
 Melhorar a oxigenação tissular de pacientes com 
dificuldade de transporte de oxigênio; 
 Minimizar a carga de trabalho cárdio-pulmonar; 
 Manter a PaO2 entre 80-100 mmHg e a SaO2 
entre 90-100%. 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO 
OXIGÊNIO 
 Melhora das trocas gasosas; 
 Vasodilatação arterial pulmonar; 
 Reduz a resistência das artérias pulmonares; 
 Baixo débito cardíaco; 
 Reduz a sobrecarga de trabalho cardíaco; 
 Vasoconstrição sistêmica; 
 
FONTES DE OXIGÊNIO MODOS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 SISTEMAS DE BAIXO FLUXO 
 
 
 SISTEMAS DE ALTO FLUXO 
 
 
 SISTEMAS COM RESERVATÓRIO 
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SISTEMAS DE BAIXO FLUXO DE O2 
 O fluxo de O2 é menor do que a demanda do 
paciente; 
 Há diluição do ar inspirado; 
 Fornece FiO2 baixa e variável de acordo com o VC. 
 Tipos: 
 Cânula nasal ou óculos nasal; 
 Catéter nasal; 
 Máscara facial simples. 
 
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO DE 02 
 Não se sabe exatamente quanto é a FiO2 
ofertada ao paciente, mas pode ser predito. 
CÂNULA NASAL OU ÓCULOS NASAL 
 É empregado quando o paciente 
requer uma concentração média 
ou baixa de O2. 
 
 É relativamente simples e 
permite que o paciente 
converse, se alimente, sem 
interrupção de O2. 
 
 Pode ser ofertado de 24 a 40% 
de O2. 
CÂNULA NASAL OU ÓCULOS NASAL 
 VANTAGENS 
 
 Conforto e comodidade; 
 Economia: não necessita 
ser removida; 
 Convivência: permite fala 
e deglutição; 
 Facilidade de manter em 
posição 
 
 DESVANTAGENS 
 Não pode ser utilizada em 
pacientes com problemas 
nos condutos nasais; 
 Concentração de O2 
desconhecida; 
 De pouca aceitação por 
crianças pequenas.- 
Dificuldade de manter em 
posição; 
 Não permite nebulização; 
 
CATÉTER NASAL 
 Inserção de uma sonda nas 
fossas nasais até a 
nasofaringe. 
 VANTAGENS 
 Redução da perda de O2; 
 Sistema mais econômico. 
 DESVANTAGENS 
 Pouco utilizado devido ao 
grande desconforto; 
 Induz o reflexo do vômito; 
 Deglutição de gás; 
 As narinas devem ser 
alternadas de 8 em 8 horas; 
 Não permite nebulização; 
 Irritabilidade tecidual da 
nasofaringe. 
 
MÁSCARA FACIAL SIMPLES 
 Empregado quando o 
paciente requer uma 
concentração média ou baixa 
de O2. 
 
 Permite nebulização: serve de 
veículo para administração de 
medicações inaláveis e para 
umidificação das vias aéreas. 
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MÁSCARA FACIAL SIMPLES 
 VANTAGENS 
 
 Respiração nasal e oral; 
 Permite nebulização; 
 
 DESVANTAGENS 
 
 Dificulta a comunicação; 
 Dificulta a ingestão; 
 Deve-se evitar o uso 
prolongado, devido a 
lesões por pressão. 
SISTEMAS DE ALTO FLUXO 
 Fornece O2 em fluxos iguais ou superiores ao 
fluxo inspiratório máximo do paciente; 
 FiO2 fixa; 
 Utiliza orifícios de tamanhos diferentes com 
fluxos de O2 variáveis para ajuste da FiO2. 
 Tipo: Máscara de Venturi 
SISTEMA DE VENTURI 
 Constitui o método mais exato para liberar a 
concentração necessária de O2, sem considerar a 
profundidade e a frequência da respiração. 
 
 A máscara de Venturi é um sistema de alto fluxo, 
no qual o oxigênio passa por um orifício sob 
pressão, causando aspiração do ar ambiente para 
o interior da máscara. 
 
MÁSCARA DE VENTURI 
 Para titular corretamente a concentração de O2 
desejada deve-se regular o fluxo de O2 em lpm 
compatível com a FiO2 designada em cada 
adaptador. 
PACIENTE COM MÁSCARA DE 
VENTURI SISTEMAS COM RESERVATÓRIO 
 É um mecanismo de coleta e armazenamento de 
O2 entre as inspirações do paciente; 
 O paciente utiliza o suprimento de reserva 
quando seu fluxo inspiratório for maior que o 
fluxo de O2; 
 Oferecem FiO2 maiores que os sistemas de baixo 
fluxo. 
 Tipos: 
 Máscara simples; 
 Máscara de reinalação parcial; 
 Máscara de não-reinalação. 
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MÁSCARA COM RESERVATÓRIO SIMPLES 
  O corpo da máscara 
coleta e armazena o 
oxigênio. 
 
 Fornece FiO2 
variáveis. 
MASCARAS DE REINALAÇÃO PARCIAL X 
NÃO-REINALAÇÃO 
 MÁSCARAS DE 
REINALAÇÃO PARCIAL 
 
 Sem válvula anti-retorno; 
 FiO2 de 60 a 80%; 
 Ocorre reinalação parcial 
do CO2 expirado no 
reservatório. 
 MÁSCARAS DE NÃO-
REINALAÇÃO 
 
 Com válvula anti-retorno; 
 FiO2 de até 90%; 
 Não há reinalação do 
CO2 expirado. 
EFEITOS DELETÉRIOS DA OXIGENOTERAPIA 
 Depressão da respiração; 
 Irritação e ressecamento das 
mucosas; 
 Lesões de mucosas e pele 
pelos catéteres ou pressão 
exercida pela máscara ou 
fixadores; 
 Tosse seca e irritativa; 
 Diminuição da atividade 
ciliar; 
 Lesão do endotélio capilar. 
 
EFEITOS DELETÉRIOS DA 
OXIGENOTERAPIA 
As respostas pulmonares ocorrem entre 12 a 72 
hrs de exposição a 100% de O2. 
CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO 
 Posicionar adequadamente o paciente; 
 
 Observar a permeabilidade das vias aéreas; 
 
 Observar se a máscara ou catéter está adaptado 
adequadamente ao paciente; 
 
 Observar se a dosagem está adequada ao quadro-
diagnóstico do paciente. 
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CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO 
 Independente do 
sistema empregado, 
sempre deverá estar 
umidificado para 
evitar que as mucosas 
se ressequem. 
 
 Nunca deve ser 
administrado O2 puro 
não umedecido. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 SCANLAN,CraigL.;WILKINS,RobertL.;STOLLE
R,JamesK..Fundamentosdaterapiarespiratór
iadeEgan.7.ed.SãoPaulo:Manole,2000. 
 
 DAVID,CidMarcos.Ventilaçãomecânica:dafisiologiaàpráticaclínica.RiodeJaneiro:Revinter,2001. 
 
 SARMENTO,GeorgeJerreVieira.Fisioterapiare
spiratorianopacientecritico:rotinasclinicas.Ba
rueri:Manole,2005.

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