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Oscilador Harmônico simples e amortecido Londrina 2016 Oscilador Harmonico simples e amortecido Relatório experimental à Disciplina (Física Aplicada a Engenharia II) do Departamento de Física da Universidade Estadual de Londrina. Docente: Londrina 2016 Oscilador Harmônico Simples e Amortecido. 2016. Numero de folhas . Relatório apresentado à disciplina (Física Aplicada a Engenharia II). Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016. RESUMO Palavras-chave: Objetivos Buscar compreender melhor através de experimentos, como o conceito de Movimento Harmônico Simples (M.H.S) e o Movimento Harmônico Amortecido são aplicados na pratica. Sumario 1 INTRODUÇÃO Para que se tenha entendimento completo sobre a experiência realizada neste relatório, temos de estabelecer o conceito de Movimento Harmônico Simples (MHS). Que pode ser descrito como movimento que acontece de forma periódica ou como o movimento de oscilação mais primário, sendo constatado em vários aspectos de nossa vida como por exemplo em uma corda de um violão em uma mola, que é o caso que iremos tratar neste relatório. Este movimento de “vai e vem” são caracterizados por um período e uma frequência. O sistema massa-mola utilizado nesta experiência consiste em um corpo de massa m preso em uma extremidade da mola, enquanto a outra extremidade esta presa em um suporte de apoio. Figura 1: Diagrama de forças de um sistema massa-mola. Quando a mola é alongada ela inicia um movimento oscilatório de “vai e vem” que acontece pela força restauradora que obedece a Lei de Hooke(x): , (x) Onde K é a constante elástica da mola e X é a elongação ou deformação da mola. Se movimentarmos a massa para baixo da linha da origem, uma força de mesma direção e sentido oposto surgira para tentar mantes o equilíbrio e atingira seu valor máximo em X= +A, caso a massa seja movimentada para cima da linha da origem a força restauradora aumentara atingindo seu valor máximo em X=-A. A distancia da origem até os X= +A e X= -A é chamada de Amplitude de oscilação. Para calcularmos o MHS temos de levar em conta duas formulas oriundas da mecânica física: a segunda lei de Newton e a frequência angular: (x) Aceleração de um sistema massa-mola é dada por Subistituindo a da eq(x) em (x): Como m e ω são grandezas constantes no MHS, podemos expressar: Se isolarmos ω: Sabendo da eq(x): Isolando T, temos a formula final para o calculo do movimento harmônico simples(M.H.S.) Posteriormente a realização da experiência do M.H.S. utilizaremos os mesmo sistema massa-mola porem agora acoplado de um disco que tem a função de amortecer, diminuindo assim a velocidade do sistema até voltar ao ponto de equilíbrio. Temos que a Força de amortecimento é dada por: Onde b é a constante de amortecimento e depende das características físicas do corpo, neste caso do disco acoplado e v é a velocidade a que a massa oscila. Sabemos que a força que a mola exerce é a eq(x), então escrevendo a segunda lei de Newton para as componentes do eixo x. Resolvendo isto por meio de uma equação diferencial teremos a solução, para o calculo do movimento harmônico amortecido. Onde A indica a amplitude inicial, b indica a redução da amplitude das oscilações, ω é a frequência angular das oscilações e é a constante de fase. 2 Equipamentos utilizados 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL A realização do experimento ocorreu em três etapas. Na primeira utilizou-se o suporte universal e uma única mola anexada ao mesmo, de modo que a constante elástica permaneceu constante. Foram utilizados oito valores diferentes de massa e o sistema foi acelerado a partir de um esforço externo, a partir disso mediu-se o tempo decorrido para cada massa diferente completar dez ciclos. Na segunda etapa, a massa foi a grandeza que se manteve constante enquanto ocorria a variação das constantes elásticas de diferentes molas. O sistema foi colocado em oscilação para seis molas diferentes e também foram medidos os tempos para dez ciclos. Na última experiência com o auxílio de um sensor de força ligado a interface Science Workshop, mediram-se os esforços realizados por uma mesma mola associada a uma mesma massa. No entanto variando-se a superfície de contato com o ar, a partir do uso de três discos de massas desprezíveis e diâmetros distintos. Com essa variação de área, observou-se a ação da força de arrasto, amortecendo o movimento harmônico de acordo com a área de superfície do disco usado. 4 RESULTAOS E DISCUSSÕES Depois de realizado o experimento da prática 1 foi possível coletar alguns dados, que foram organizados e representados na TABELA I. TABELA I: dados de massa, tempo total e período das oscilações da prática 1. Índice Massa (kg) Tempo total de 10 oscilações (s) Período de uma oscilação (s) 1 0,00105 ±0,00005 2,75±0,005 0,275±0,5 2 0,02053 ±0,00005 4,00±0,005 0,400±0,5 3 0,03103 ±0,0005 4,13±0,005 0,413±0,5 4 0,05092 ±0,0005 5,23±0,005 0,523±0,5 5 0,06142 ±0,00005 5,88±0,005 0,588±0,5 6 0,07145 ±0,00005 6,28±0,005 0,628±0,5 7 0,08195 ±0,00005 6,59±0,005 0,659±0,5 8 0,10010 ±0,00005 6,75±0,005 0,675±0,5 A coluna do período foi obtida através da divisão do tempo total pelo numero de oscilações. Com os dados obtidos foi construído o gráfico (figura x), que relaciona a massa e o período de cada oscilação. Figura x: Gráfico do Período em função da massa. Após a construção e o ajuste do gráfico no programa Excel® obteve-se os parâmetros da função e foi feita a correlação com a função (x) . O valor de é igual a 1,7711 ± 0,0005 e o valor de é igual a 0,4026 ± 0,0003. Assim a função que descreve o MHS (Movimento Harmônico Simples) no experimento é , onde x é a massa variável. Fazendo uma comparação da equação do Período (2) com e sabendo que é uma constante com valor igual a 8,0 N/m temos: → , → , e → . Substituindo K na equação (x) obtém-se a = 2,22 e b = 0,5. O erro nos valores é esperado, pois o experimento não foi realizado em um local isolado de forças externas. Na sequência foi feita a prática 2, em que foi observado a relação entre constante elástica e período e os dados obtidos foram organizados na TABELA II. INDICE Valor da constante elástica (N/m) Tempo total de 10 oscilações (s) Período de uma oscilação (s) 1 6,9±0,05 5,63±0,005 0,563±0,5 2 7,7±0,05 5,47±0,005 0,547±0,5 3 8,0±0,05 5,25±0,005 0,525±0,5 4 5,8±0,05 6,22±0,005 0,622±0,5 5 5,0±0,05 6,85±0,005 0,685±0,5 6 4,0±0,05 7,34±0,005 0,734±0,5 TABELA II: dados de Constante Elástica de cada mola, tempo total e período das oscilações Figura x: Tabela do Período em função da Constante Elástica. Novamente foi feito o ajuste com a equação (1), o valor de obtido foi igual a 1,5 ± 0,1 e = -0,50 ± 0,05. Assim a função que descreve o movimento é . Fazendo uma comparação da equação do Período com e sabendo que a massa (m) é constante e tem valor igual a 0,0549, temos:→ → → . Substituindo m na equação (X) obtém-se a = 0,88 e b = 0,5. O erro nos valores é esperado, pois o experimento não foi realizado em um local isolado de forças externas. Na prática 3, utilizando-se de um sensor de força atrelado a uma interface computacional, obtiveram-se os dados para as oscilações de um sistema com massa constante e a mesma mola, no entanto, variando-se a superfície de contato com o ar através do uso de discos de diferentes raios e massas desprezíveis. O software gerou, a partir dos dados coletados, os gráficos para as três medições realizadas: Na primeira com um disco de R1 = 7 cm, R2 = 10 cm, R3 = 15 cm. Figura x: Gráfico do tempo t pela posição y do sistema massa-mola com disco acoplado de 7 cm. Para esses dados, fez-se o ajuste experimental por meio de uma equação senóide (3): O foram obtidos os parâmetros A, b, ω e ϕ. O parâmetro A indica a amplitude inicial do movimento e equivale a -0,096 cm. O parâmetro b é relacionado com a diminuição na amplitude das oscilações, característica do movimento amortecido, para esse gráfico, b é 0,039. . Já o ω determina a frequência angular da oscilação, 8,510 para esse caso. O parâmetro ϕ é a constante de fase, e desloca o gráfico em relação ao eixo horizontal, ele equivale a -0,582. Figura x: Gráfico do tempo t pela posição y do sistema massa-mola com disco acoplado de 10 cm. Da mesma forma que os outros gráficos acima, fez-se o ajuste experimental por meio da equação (x). Foi obtido os parâmetros A, b, ω e ϕ. O A equivale a -0,059 cm, o b tem o valor de 0,059, o ω equivale a 8,375 e por fim o ϕ vale –1,974. Figura x: Gráfico do tempo t pela posição y do sistema massa-mola com disco acoplado de 15 cm. Como os outros gráficos acima, fez-se o ajuste experimental por meio da equação (x). Foi obtido os parâmetros A, b, ω e ϕ. O A equivale a -0,085 cm, o b tem o valor de 0,091, o ω equivale a 7,984 e por fim o ϕ vale –1,140. Nota-se que conforme aumenta o diâmetro do disco, a amplitude das oscilações diminui proporcionalmente. Isso se deve à ação da força de arrasto gerada pelo ar sobre a superfície do disco, que amortece o movimento. Caso o experimento fosse realizado em meios diferentes, como por exemplo, o vácuo e água, pode-se imaginar os resultados. No vácuo, o diâmetro do disco não influenciaria no movimento, já que nenhuma força ofereceria resistência, portanto todos os movimentos seriam Harmônicos Simples. Já se fosse realizado em meio à água, o amortecimento se daria de maneira muito mais rápida. Devido à elevada resistência que a água exerce sobre o sistema massa-mola com o disco acoplado, não se obteria uma velocidade muito elevada. Conclusão Bibliografia Referências [1] RESNICK, R.; HALLIDAY, D.; WALKER, J. Fundamentos de Física, Volume 2, Rio de Janeiro,LTC,2006.
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