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05/04 FUNÇAO HEPÁTICA EM BIOQUÍMICA CLÍNICA Utilização De Testes De Função Hepática Triagem de anormalidades da função hepática Documentar uma anormalidade Identificar o tipo e o local da lesão* Prognosticar (avaliação a longo prazo do paciente, saber se terá cronificação da doença, necessidade de transplante..) e acompanhar os pacientes com doença hepática *Dependendo do tipo de teste (enzima) que estiver alterado, vai se ter uma sugestão/noção de onde vai estar ocorrendo a lesão hepática, isso devido a localização tecidual ou dentro das células do fígado, de cada marcador. Existem marcadores que estão dentro das células, citoplasma, moticondria, sinusóides hepáticos, canalículos hepáticos. IMPORTANTE : Saber localização tecidual de cada marcador (ENZIMA) hepático, para saber identificar a patologia!! Tem-se uma noção da localização da lesão, o que torna o laboratório muito importante para o diagnóstico da doença. A vesícula biliar se comunica com os canalículos hepáticos, ambos tem uma confluência comum, vão desembocar no intestino delgado. Próxima aula ela associa patologias de função hepática com pancreática. É preciso ter em mente a anatomia do fígado! Vísicula biliar, e os ductos hepático, cístico, canal colédoco.. Essa imagem é menos importante, a primeira é mais! Ela n falo muito sobre, só diz que é um corte transversal demonstrando a vesícula. É um corte histológico do fígado. É importante saber sobre essas estruturas. O fígado é constituído principalmente de células hepáticas, ou hepatócitos. Em cortes histológicamente preparados, pode-se observar unidades estruturais chamadas lóbulos hepáticos. Em humanos, os lóbulos estão em íntimo contato, o que dificulta a sua observção. Na periferia dos lóbulos, existe uma massa de tecido conjuntivo rico em ductos biliares, vasos biliares, nervos e vasos biliares. Assim, entre cada lóbulo, existe uma área chamada de espaço porta. Em cada um deles existe um ramo da artéria hepática, um ducto (que se liga ao ducto biliar) e vasos linfáticos. Sinusóides hepáticos: seriam a circulação sanguínea do fígado, pela ramificação da veia porta. Ou seja, a vascularização sanguínea! As células endoteliais desses capilares estão separados dos hepatócitos apenas por uma lâmina basal. Portanto, o sangue passa pelos capilares, e os seus metabólitos atravessam rapidamente as células endoteliais, chegando rapidamente aos hepatócitos, devido ao seu íntimo contato. Esta rápida troca metabólica é importante não somente para a absorção de nutrientes provenientes da dieta, mas também para a secreção de metabólitos sintetizados nos hepatócitos. Os sinusóides possuem macrófagos, denominados Células de Kupfer, encontrados na luz dos capilares. Essas células atuam metabolizando hemáceas velhas, digerindo suas hemoglobinas, secretando imunosubstâncias e destruindo possíveis bactérias que tenham penetrado pelo sistema porta. Canalículos biliares: se ramificam, formando ramos por todo fígado, como uma árvore e seus galhos. Coletam conteúdo vesicular (BILE) , produzido pelos hepatócitos, o qual será armazenado na vesícula. PRINCIPAIS FUNÇÕES DO FÍGADO Metabólica (síntese, degradação e regulação) Carboidratos, lipídeos, proteínas, minerais, vitaminas, hormônios Transaminação de aminoácidos PODE SER FAZER UMA AVALIACAO HEPÁTICA PARA QUALQUER PATOLOGIA. PORQUE MUITOS DOS METABÓLITOS SÃO PRODUZIDOS NO FÍGADO. Metabolização / detoxificação de xenobióticos Hidroxilação, oxido/redução e conjugação (glicuronatos, sulfatos) Amônia e uréia Secretória / Excretória Lipoproteínas, fatores da coagulação e outras proteínas plasmáticas Bilirrubina, colesterol e ácidos biliares e outros Armazenamento e outras funções Glicogênio, lipídeos, aminoácidos, vitaminas, ferro e outros minerais METABOLISMO DOS LIPÍDEOS Síntese: Ácidos graxos livres (AGL) Triacilgliceróis Colesterol livre e colesterol esterificado Fosfolipídeos Apolipoproteínas Formação de ácidos biliares Metabolização do colesterol FUNÇÕES HEPÁTICAS DISTÚRBIO DE SÍNTESE: Doença grave ou crônica ↓ síntese de proteínas ex: ◦albumina, α1antitripsina, fibrinogênio, ceruloplasmina, haptoglobina, transferrina, colinesterase e proteínas da coagulação. ◦ Em estado patológico pode haver um ↑ na produção de certas proteínas reagentes de fase aguda: Hhaptoglobina, α1antitripsina, proteína C-reativa, C3 e ceruloplasmina. PCR proteína de fase aguda, é dosada por um método menos sensível, pois a produção é maior. Síntese de lipídeos e lipoproteínas: aumentados na doença hepática por redução de síntese de enzimas conversoras; METABOLISMO: ◦Amônia: o tubo digestivo é a principal fonte de amônia circulante. -Encefalopatia hepática: forte dor de cabeça, convulsão. Fígado está lesado, não metaboliza amônia, que fica circulante e atinge SNC, provocando alterações neuropsíquicas. -Síntese de uréia: doença hepática terminal apresentam níveis de uréia muito baixos. Se a função hepática está comprometida, não tem produção de ureia no organismo. Os valores de ureia e creatinina são diferentes para cada organismo, servem para analisar função renal também. Ureia baixa e creatinina elevada, caracteriza disfunção hepática, numa disfunção renal ambas estão diminuídas. Se tem uma disfunção renal, a ureia e a creatinina não são eliminadas. MARCADORES DE FUNÇÃO HEPÁTICA Síntese / indicador de gravidade e cronicidade: Albumina e proteínas totais: são produzidas no fígado. Tempo de pró-trombina (fator de coagulação): também é produzido no fígado. Metabolização / excreção Ácidos biliares Amônia Lesão hepatocecular / colestase : hepatocelular= lesão a nível dos hepatócitos; colestase= lesão/presença de um cálculo localizado a nível dos canalículos biliares. Enzimas séricas: AST, ALT, GGT, ALP, 5’NT (gravidade) Bilirrubinas (icterícia e gravidade) Marcadores tumorais: indicação de um processo de tumor maligno Alfa-fetoproteína (AFP) Antígeno carcinoembrionário (CEA) DISTRIBUIÇÃO SUBCELULAR AST localizada nos hepatócitos: formas isoenzimicas citossólica e mitocondrial. Principalmente na mitrocondria. ALT: citossol ALP: Fosfatase alcalina, localizada nos sinusoides e endotélio das veias centrais e portais diminuída nos canalículos biliares. GGT: canalículos e epitélio canais biliares. ALT mais externa na célula em relação a AST; quando se tem valores de ALT mais elevados que AST; lesão menos extensa, mais superficial !! O contrário indica lesão mais interna, chegando até as organelas, mitocôndrias. Sempre dosa-se AST e ALT em paralelo! Para se ter noção da lesão. DOENÇAS HEPÁTICAS fisiopatologia e diagnóstico laboratorial 1.Hepatites aguda por vírus: Hepatites A, B, C, D e E; Citomegalovirus,herpes simples,Epstein Barr 2.Hepatites crônicas: hepatite B, C e auto-imune; 3.Doença hepática alcoólica: GGT elevada em alcoólatras crônicos com doença hepática instalada; 4.Doença hepática induzida por drogas: acetoaminofeno e isoniazida; 5.Cirrose: presença de parênquima nodular e fibrose difusa; 6.Tumores hepáticos: neoplasmas primário e secundário, cistos e abscessos. Elevação de LD. 7.Doenças do armazenamento de ferro; 8.Doença de Wilson: distúrbio do metabolismo do cobre; ceruloplasmina alterada com marcador. 9.Colestase: bloqueio do fluxo biliar; 10.Síndrome de Reye: causada por varicela ou gripe B. elevação das enzimas hepáticas e amônia. ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO-ALCOÓLICA (EHNA) Atualmente é considerada uma doença potencialmente fatal, uma vez que pode evoluir para cirrose e mesmo câncer de fígado. Etiologia seja multifatorial e relacionada à resistência insulínica, estresse oxidativo e outros. Representa um espectro de distúrbios caracterizados principalmente pela ocorrência de esteatose hepática macrovesicular na ausência de consumo etílico em níveis considerados hepatotóxicos. = ACÚMULO DE GORDURA NO FÍGADO, pela resistência á insulina, acontece alteraçãodo metabolismo dos ácidos graxos, ocorrendo deposição de gordura a nível hepático.Está associado á síndrome metabólica! Importante causa de morbidade e mortalidade ◦Afeta cerca de 20% da população geral. ◦Um dos fatores cruciais para o aumento nesta freqüência está no fato da incidência de EHNA ser diretamente proporcional ao peso corporal e a obesidade. DISTÚRBIOS ASSOCIADOS À ESTEATOHEPATITE Resistência insulínica: síndrome X (obesidade, diabetes, hipertrigliceridemia, hipertensão), lipoatrofia Distúrbios do metabolismo dos lipídios: abetalipoproteinemia, hipobetalipoproteinemia, doença de Andersen(glicogênio) Nutrição parenteral total Perda ponderal acentuada: bypass jejunoileal, bypass gástrico, jejum severo Uso de medicamentos: amiodarona, diltiazem, tamoxifeno, esteróides, anti-retrovirais Intoxicações Exógenas Quando suspeitar de EHNA? A doença costuma ser assintomática, denunciada apenas por um aumento "idiopático" dos níveis de aminotransferases (AST/ALT). Por isso, deve-se suspeitar de EHNA em todos os pacientes com fatores de risco, tais como obesidade, diabetes, hipertrigliceridemia, perda ponderal importante (especialmente em pacientes inicialmente obesos), e síndromes específicas relacionadas à resistência insulínica. AST e ALT são os marcadores pra essa doença, a diferença dos valores das duas vai dar a diferença, da EHNA da EHA. Deve se realizar outros exames, como perfil lipídico, glicose... Manifestações Clínicas Das Hepatopatias Icterícia - bilirrubina > 2 a 3 mg/dL Colestase Hepatomegalia Hipertensão porta Ascite - cirrose hepática Encefalopatia hepática - porto-sistêmica ( amônia) – confusão mental Insuficiência hepática Outras Alterações metabólicas e nutricionais - doença crônica Distúrbios homeostáticos - fatores da coagulação Sangramento gastrointestinal – ruptura das varizes esofágicas Metabolização alterada de drogas Liberação de enzimas hepáticas - lesão hepatocelular ICTERÍCIAS HIPERBILIRRUBINEMIA Bilirrubina é um importante marcador enzimático. Tetrapirrol criado pela degradação normal do heme. Degradação da hemoglobina e de outras hemoproteínas. Icterícia, causado por níveis altos de bilirrubina no plasma e deposição de pigmentos amarelos de bilirrubina na pele, escleras, mucosas e outros tecidos menos visíveis. As hemácias são destruídas a nível se sistema reticulo endotelial no baço, sendo convertidas em bilirrubina indireta, no plasma ela se liga a albumina e é transportada até o fígado, sendo captada e conjugada e pelos hepatócitos, essa bilirrubina conjugada é captada pelos canalículos para ser armazenada na vesícula. Na vesícula tem-se a bile, e quando você tem uma alimentação gordurosa, há estimulação da vesícula biliar e ela libera seu conteúdo para o duodeno, facilitando a quebra e absorção da gordura. Uma vez que houver um processo inflamatório ou algum comprometimento com a conjugação e/ou excreção da bilirrubina, acaba ocorrendo um extravasamento da bilirrubina formada pro conteúdo plasmático, sanguíneo. Portanto, ao invés dela ser armazenada na vesícula biliar, ela vai cai nos sinosoides (canalículos azuizinhos) e vai pra circulação sanguínea, ocorrendo coloração amarelada na pele, porque a bilirrubina tem uma predisposição pra se depositar nos tecidos lipídicos, e também no SNC. Pacientes apresentam esclera do olhos amarela. Normalmente tem-se uma quantidade pequena de bilirrubina no sangue, devido sobrevida de 90-120 dias das hemácias, onde eles está senil, e é hemolisado. METABOLISMO DA BILIRRUBINA Hemácias são destruídas, formam o heme que é transformada em biliverdina, biliverdina é convertida em bilirrubina indireta, que cai no plasma e se liga a albumina, sendo transportada até os sinusoides hepáticos, onde existem espaços que permitem que e ela entre pro hepatócito. Onde vai ser conjugada, a nível de reticulo endoplasmático, passando pelo canalículo biliar pra ser eliminada. Esse seria o caminho normal da formação da bilirrubina. Sistema reticulo endotelial (SER): destruição das células vermelhas é responsável por 80-85% do valor da bilirrubina, isso acontece na MO, baço. GLICOURONILTRANSFERASE: conjuga bilirrubina com ácido glicuronico no hepatócito; polaridade da molécula é alterada. Antes da bilirrubina chegar nos hepatócitos ela é não conjugada, depois que passa pelos hepatócitos se torna conjugada. Um aumento de bilirrubina não conjugada, poderia ser devido um aumento na destruição das hemácias, que superaria a capacidade do fígado de captação e de fazer a conjugação. Ou seja, há muita produção e pouca captação no fígado, ou também devido a lesões devido a essa enzima conjugadora. Quando se tem uma alteração de muita bilirrubina conjugada, já ocorreu o processo no hepático, mas ela não consegue ser eliminada via biliar, pois há alguma obstrução, ocorrendo extravasamento e cai tudo na corrente sanguínea. Bilirrubina não conjugada é insolúvel, e não consegue ser eliminada. Bilirrubina Bilirrubina é altamente insolúvel em água Deve ser convertida num conjugado solúvel antes da eliminação do corpo Nos hepatócitos, a bilirrubina é conjugada com ácido glicurônico (UDP)-glicuronil-transferase que é então secretada na bile Hiperbilirrubinemia Não- Conjugada A forma mais comum é conhecida como icterícia fisiológica em recém-natos. Até determinados valores é considerada normal, porque a criança já nasce com uma destruição aumentada. Até 8-10mg é considerada normal, mais que isso já é patológia, ai já se entram os critérios pra fazer banho de luz e monitoramento da bilirrubina, luz transforma bilirrubina não conjugada em conjugada e consegue ser eliminada. ERITROBLASTOSE FETAL: Mae Rh- , cria Ac contra Rh+ do feto, na segunda gestação, isso quando ela é sensibilizada numa primeira gestação. Ocorrendo assim, intensa hemólise no feto, aumentando bilirrubina indireta, se depositando nos tecidos gordurosos, levando a uma icterícia. Outras manifestações: - Síndrome de Crigler-Najjar Tipos I e II -uma menor atividade ou ausência de UDP (GLICOURONILTRANSFERASE) -TIPO I -20-50mg/dl de bilirrubina- Provoca Kernicterus/cérebro -TIPO II <20mg/dl Síndrome de Gilbert: - distúrbio hereditário (bilirrubina <3mg/dl) - ocorre pelo defeito no transporte de membrana ou UDP glucoroniltransferase. NÍVEL NORMAL DE BILIRRUBINA: 1,1mg Hiperbilirrubinemia Conjugada Nas doenças hepatobiliares a captação, armazenamento e excreção da bilirrubina estão bloqueados em graus variados. Tanto a bilirrubina conjugada quanto a não-conjugada são retidas neste caso. Ambas estão alteradas. ◦ aumentada também: colesterol, GGT, ALP e ácidos biliares; Colestase intra-hepática ◦ induzida por hormônios esteróides e medicamentos, hepatite alcoólica e viral; Inflamação e fibrose dos canais biliares: colangite esclerosante e cirrose biliar primária, sarcoidose, carcinomas hepáticos primários e metastáticos; Doença de Dubin-Johnson e de Rotor: ◦ distúrbio genético benigno e raro de excreção de bilirrubina onde só a excreção da bilirrubina para a bile é prejudicada UROBILINOGENIO: está diminuído em todos os casos onde a excreção de bilirrubina estiver prejudicada. Ele vai estar presente na urina. Hiperbilirrubinemia Pré-hepática Produção em excesso de bilirrubina -doenças hemolíticas . Hiperbilirrubinemia Hepática Hepatocelular Lesão hepatocelular : hepatite Doenças hemolíticas : não consegue se conjugar bilirrubina Icterícia fisiológica : doença no recém nato Hiperbilirrubinemia Hepática Síndromes Síndrome de Gilbert Deficiência de transporte Síndrome de Crigler-Najjar Deficiência de conjugação Síndrome de Dubin-Johnson e Síndrome de Rotor Deficiência de secreção Hiperbilirrubinemia Pós-hepática : localizada no ducto colédoco ou biliar comum, bilirrubina já foi coletada, mas não tá chegando no intestino delgado. Icterícia obstrutiva Colelitiase Neoplasias HEPATITES Classificação dasHepatites Hepatites -Processos inflamatórios do fígado lesão hepatocelular morte celular: necrose ou apoptose Evolução: aguda, crônica Hepatites infecciosas Viral ou microbiana Hepatite autoimune Hepatite tóxica Induzida por drogas (ex. álcool) Hepatite viral Prevalência 3ª a 4ª infecção mais freqüente nos EUA 500 mil casos agudos/ano 4 milhões com infecção crônica Sintomas Hepatoesplenomegalia icterícia acentuada Susceptibilidade a sangramentos : porque fígado está deixando de produzir fatores de coagulação. Encefalopatia: aumento da amonia. Anemia aplásica (rara) Evolução depende do tipo de vírus, resposta do paciente, tratamento aguda ou crônica hepatite fulminante cirrose hepática transplante de fígado Câncer hepático Diagnóstico Laboratorial marcadores de lesão hepática bilirrubinas, enzimas hepáticas e outros marcadores imunológicos das hepatites: conforme a fase se tem um marcador característico. Hepatites crônicas Processo inflamatório do fígado que persiste por > 6 meses Características ALT e AST - 2 a 5 vezes o LSR ALP - até 2 vezes o LSR Bilirrubina – moderadamente aumentada Albumina - diminuída (função de síntese tá alterada) Alfa1-globulinas : aumentada (resposta imune) Hepatite B crônica Hepatite C crônica Hepatite crônica autoimune LSR: Limite superior de referencia: EXEMPLO: um teste é normal de 10-40mg, limite superior normal é 40. Então um teste de 200mg é 5 vezes LSR. A gravidade da doença é dada em relação a quantas vezes o analito está aumentado em relação ao limite superior normal. Hepatite Tóxica Doença hepática alcoólica Hepatite induzida por drogas Doença Hepática Alcoólica Hepatite alcoólica EUA: 12mil/ano Abuso de álcool leva a: -Infiltração gordurosa (FÍGADO GORDUROSO), degeneração de organelas intracelulares e formação de corpos hialinos. Alteração de ALT, devido alteração da mitocôndria!! -Hepatomegalia -Desnutrição: diminuição da síntese de proteínas. -Cirrose hepática (80%) -Hepatite Alcoólica Aguda Marcadores Gama-glutamil transferase (GGT)↑↑↑ ( 5 a 20 vezes LSR ) - produzida nos canalículos. AST, ALT, ALP - 2 a 5 vezes o LSR Albumina e pró-trombina ↓ Pra fazer a CNH as vezes eles pedem GGT, porque ela está alterada em alcoólatras. Álcool estimula produção de GGT por indução enzimática. Hepatite Induzida por Drogas Ingestão ou inalação agentes tóxicos Medicamentos, produtos químicos, produtos industriais tóxicos, agrotóxicos e outros Enzimas de biotransformação Potencialmente tóxicas -> lesão celular COLESTASES – REDUÇÃO DO FLUXO BILIAR Fisiopatologia das colestases -Redução do fluxo biliar -Acúmulo de bile nos hepatócitos e canalículos biliares -Alteração morfológica e funcional do processo excretório hepático -Liberação do conteúdo biliar para o plasma -Aumento de bilirrubina e enzimas hepáticas no soro: não está eliminando pela via normal, cai na corrente circulatória. Tipos de colestases Intra-hepática Alteração estrutural e funcional da árvore biliar Ex: cirrose biliar primária (autoimune) Extra-hepática Secundária a vários tipos de lesões que causam obstrução Etiologia das colestases Intra-hepática -Cirrose biliar primária -Colangite esclerosante -Colangiopatia pós-transplante do fígado ou medula óssea -Atresia biliar intra-hepática -Hepatite viral -Alguns medicamentos - Infiltração do fígado por tumor -Gravidez Extra-hepática -Colelitíase (cálculos no ducto biliar comum) -Carcinomas do trato biliar ou da cabeça do pâncreas -Compressão por tumores -Colecistite -Fibrose do ducto biliar -Atresia extra-hepática do ducto biliar Conseqüências Clínicas da Colestase Má absorção de lipídeos e vitaminas lipossolúveis Acumulo no fígado de constituintes biliares ◦Ácidos biliares, bilirrubina, colesterol,etc CIRROSE HEPÁTICA Fibrose difusa com regeneração nodular dos hepatócitos Cirrose Hepática Lesão hepatocelular crônica Regeneração dos hepatócitos com da produção de colágeno Instalação da fibrose que pode evoluir para o carcinoma hepatocelular (HCC) Insuficiência hepática (perda da função hepática) Manifestações clínicas Icterícia, perda de peso : não tá produzindo proteínas. Hipertensão, edema de extremidades, ascite : tem hipertensão porque há diminuição da albumina, responsável por manter pressão oncótica. Diagnóstico ↓↓Proteínas - albumina edema Biópsia hepática NEOPLASIAS HEPÁTICAS Carcinoma hepatocelular Principal causa de morte por câncer 7500 mortes/ano 3ª. causa de mortes por câncer Manifestações Clínicas Lesão celular por compressão durante o crescimento e infiltração do tumor ↑ AST, ALT Obstrução biliar: ↑ ALP, GGT, 5’NT Marcadores tumorais: alfafetoproteína (AFP) e antígeno carcinoembrionário (CEA) Diagnóstico Biópsia hepática, ultra-som, tomografia DISTÚRBIOS DA VESICULA BILIAR Cálculos Biliares Colecistite Aguda Colecistite Crônica Tumores do Ducto Biliar QUANDO SE FALA EM FUNCAO HEPÁTICA, NÃO SE FAZ SÓ UM TESTE, PORQUE NÃO TEM SIGNIFICADO CLINICO, SE FAZ QUASE TODOS ESSES TESTES ACIMA PRA SE CHEGAR A UMA CONCLUSAO DA PATOLOGIA!! Frações da bilirrubina é a conjugada e não conjugada, a soma das duas é a total. Testes de Função Hepática - II Hepatites virais e colestases Bilirrubina e urobilinogênio urinários Marcadores sorológicos e moleculares das hepatites Hepatites autoimunes Anticorpos anti-núcleo e anti-microssomo hepático Antígeno hepático solúvel Hepatopatias crônicas/ Def. 1-AT Eletroforese de proteínas séricas Síndrome de Reye Amônia Carcinoma hepatocelular AFP e CEA RELATO DE CASO Dados clínicos -Estudante de faculdade procura um serviço hospitalar queixando-se de: coceira pelo corpo, perda de apetite, náuseas, vômito e dor epigástrica - Informou ao médico que é usuário de drogas -No exame físico foi observada icterícia na membrana esclerótica e hepatomegalia. Dados laboratoriais PARÂMETRO Resultado V. R. ALT .............. 1536 < 40 U/L LSR 40 AST .............. 2821 < 40 U/L GGT .............. 206 < 85 U/L ALP ............... 196 < 100 U/L BT ................. 10,6 < 1,2 mg/dL BD (conjugada) 7,4 < 0, 8 mg/dL Bilirrubina e urobilinogênio urinários – normais Diagnóstico provável ? Testes adicionais? Relato de caso Suspeita: hepatite viral ↑↑↑ALT e AST: AST > ALT (necrose hepática grave) ↑↑↑ALP, GGT, Bilirrubina conjugada: colestase Testes adicionais: Sorologia para HAV: negativa Sorologia para HBV: HBsAg - positivo; HBcAg - positivo Diagnóstico: Hepatite viral aguda por HBV, provavelmente contraída de uma seringa contaminada . Mais conjugada está aumentada, é um processo no fígado, tá conjugando e não consegue eliminar, tem um processo inflamatório, como AST está mais elevada o processo está mais avançado. Aumento da GGT, ALP, BG, tá havendo colestase. ALP: É MARCADOR DE COLESTASE, PORQUE ESTÁ LOCALIZADA A NIVEL DE CANALICULOS. ENZIMAS NAS DOENÇAS HEPÁTICAS Testes mais utilizados na prática clínica ALT AST Fosfatase alcalina Gama-glutamil-transpeptidase Bilirrubinas Tempo de Protrombina Albumina Qual a utilidade destes testes? Detectar presença de doença hepática; Fazer diagnóstico diferencial entre elas; Avaliar a extensão do dano hepático; Avaliar resposta a tratamento. Como interpretar um resultado anormal? Se o paciente é sintomático, correlacionar com quadro clínico. Se o paciente é assintomático: 1.Repetir teste 2.Avaliar grau de elevação – maior ou igual 2xLSN? 3.Avaliar outras causas de elevação do teste em questão 4.Atentar para testes correlatos Nunca é um teste sozinho, precisa ter a situação clinica do paciente, o perfil hepático e outros testes correlatos que vão auxiliar na resolução do caso clinico. Enzimas hepáticasPodem ser liberadas frente a dano hepatocelular (ALT, AST) Fosfatase alcalina, gama-GT – podem sinalizar lesão a ductos biliares – doença colestática AST/ALT AST – presente em: Fígado (mitocôndria/citosol) Coração Músculo esquelético Rins Cérebro Pâncreas Pulmões Leucócitos ALT Fígado Músculo estriado (pouco) ALT tem uma maior especificidade para lesão hepatica. Se ALT tiver alterada é lesão hepática, mas se só AST tiver aumentada e ALT tiver normal , a lesão pode ser em qualquer lugar do organismo. AST: citosol e mitocôndria ALT: citosol Liberadas quando há lesão de membrana hepatocelular Não há necessidade de necrose celular para sua liberação Obstrução ao fluxo biliar pode interferir com excreção AST/ALT – relação entre enzimas ALT>AST – lesões agudas e crônicas AST>ALT: ◦>1,0 – cirrose de qualquer etiologia ◦>2:1 – 90% álcool ◦>3:1 – 96% álcool Causas de ↑AST x álcool: Lesão mitocondrial > sensibilidade da ALT à deficiência de piridoxina Causas de ↑ de AST/ALT - magnitude ↑>10xLSN – lesões agudas Hepatites virais agudas Hepatite medicamentosa Isquemia aguda (choque) Hepatite auto-imune (apresentação aguda) Geralmente pouco alterada nas icterícias obstrutivas (exceção: passagem de cálculo) Causas de ↑ de AST/ALT 1 – Etanol Álcool, esteatose hepática e esteato-hepatite não alcoólica – 50% dos casos História clínica AST>ALT Álcool - concomitante de GGT (indução enzima pelo etanol) DIANÓSTICO DIFERENCIAL DE EHNA de EHA?? ↑GGT e AST>ALT indicam EHA. EHNA é uma lesão mais superficial, portanto ALT>AST 2 – Medicamentos Medicamentos podem provocar qualquer tipo de lesão hepática Relação com introdução da droga/ melhora após suspensão Mais comuns: AINH, anti-convulsivantes, tuberculostáticos, estatinas, drogas ilícitas (anabolizantes, cocaína, ecstasy, solventes...) 3 – Hepatites crônicas Hepatite viral B – HBsAg Hepatite viral C – anti-HCV Hepatite auto-imune – eletroforese de proteínas testes sorológicos (FAN, anti-músculo liso) 4 - Doença de Wilson Triagem – ceruloplasmina Anéis de Kayser-Fleischer Cobre urinário Diagnóstico molecular – grande número de mutações 5 – Causas extra-hepáticas Doença celíaca ◦Triagem: anticorpos anti-endomísio, anti-gliadina Doenças musculares (especialmente AST) ◦Erros inatos metabolismo ◦Doenças adquiridas, p.e. polimiosite ◦Exercício vigoroso ◦Triagem: CPK, aldolase FOSFATASE ALCALINA: valor de referencia normal, é dividido em faixa etária, porque por exemplo numa criança em fase de crescimento o valor da fosfatase alcalina normal é bem mais elevado que um adulto, porque a atividade óssea é maior. Precisa fazer perfil completo, fosfatase alcalina sozinha não indica nada. Presente em: ◦ Fígado (ductos biliares e próximo à membrana biliar dos hepatócitos) Osso ◦ Intestino Causas fisiológicas de aumento: ◦ 3º trimestre gestação ◦ Adolescência ◦ Menopausa Fosfatase alcalina Triagem: ◦Determinação de GGT/5’nucleotidase(não é tão sensível mas é fígado específica) ◦Se aumento isolado e persistente – isoenzimas ( GAMA-GT Presente em: ◦ Fígado (epitélio biliar e hepatócitos) ◦ Pâncreas ◦ Rins Muito útil para discriminar ↑ de outras enzimas : precisa estar associada com outros testes. Apesar de muito sensível para doença hepatobiliar, é pouco específica Álcool: ◦30% dos etilistas têm GGT normal Medicamentos que atuam como indutores: ◦Barbitúricos ◦Difenil-hidantoína ◦Antidepressivos tricíclicos BILIRRUBINAS Provêm da degradação do heme BI – lipossolúvel, circula ligada à albumina BD – conjugada ao ácido glucurônico no fígado; hidrossolúvel; excretável pela bile/rins Portanto, pode aumentar em hemólise, deficiências congênitas ou adquiridas de glucuronização (BI), doenças hepatocelulares, doenças biliares (BD) ALBUMINA Sintetizada exclusivamente por hepatócitos Vida média: 15-20 dias – inadequada para avaliar lesão hepática aguda ou leve Inespecífica: ◦Desnutrição ◦Enteropatia perdedora de proteínas ◦Síndrome nefrótica ◦Infecções crônicas FATORES DE COAGULAÇÃO Todos (exceção – VIII) são sintetizados exclusivamente no fígado Vida média curta Fator V – não é vit. K-dependente Fator VII – meia-vida 2-5h II, VII, IX,X vit K dependentes Kit com vit K pra bebe recém nascido : pra estimular os fatores de coagulação e a maturação hepática. Tempo de protrombina TP: avalia fatores II, V, VII e X. Pode mostrar alterações em cerca de 24h. Pode estar aumentado em: ◦Uso de dicumarínicos ◦Doença hepática com alteração de função ◦Deficiência de vitamina K : lipossolúvel, depende de lipídios pra absorção intestinal. Icterícias obstrutivas SMA de gorduras Caso clínico Paciente do sexo feminino, 42 anos, com queixa de dor discreta em HD, icterícia, colúria e hipocolia fecal há 15 dias. Nega febre. Ao exame físico, icterícia discreta, com leve dor à palpação de HD, fígado e baço não palpáveis. Solicitados exames. Situação 1 - resultados (valor de referencia) AST – 1270 (32) ALT - 1892 (31) FA – 275 (250) GGT – 92 (32) BT – 4,0 (2,5/1,5) Albumina – 4,2 normal TP – 13 normal AST E ALT É RELACIONADO AO GRAU DA LESAO! Situação 1 - interpretação Agressão hepatocelular Padrão agudo : as enzimas não estão muito elevadas. Investigar: ◦Sorologias para hepatites ◦Rever medicamentos Caso clínico Paciente do sexo feminino, 42 anos, com queixa de dor discreta em HD, icterícia, colúria e hipocolia fecal há 15 dias. Nega febre. Ao exame físico, icterícia discreta, com leve dor à palpação de HD, fígado e baço não palpáveis. Solicitados exames. Situação 2 - resultados AST – 42 (32) ALT – 45 (31) FA – 896 (250) : nao está havendo captacao GGT – 552 (32) BT – 4,0 (2,5/1,5) Alb. – 4,2 NORMAL TP – 16” tá aumentado, (VR:13``), se tem aumento de TP significa que os fatores de coagulação estão diminuídos. Situação 2 - interpretação Padrão colestático Investigar: ◦Obstrução de via biliar – USG ◦Rever medicamentos ELA NAO SE APROFUNDOU EM COMENTAR ESSES CASOS CLÍNICOS ;S http://www.marcasaude.com.br/pdf/perfis_enzimaticos/principais_funcoes_do_figado.pdf http://www.unirio.br/farmacologia/aulas%20fisiologia/5.%20digestivo/fisiologia%20hepatica-apostila%20univ%20porto.pdf
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