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A Psicologia Humanista
I - O NASCIMENTO DA PSICOLOGIA HUMANISTA
1.	Questões filosóficas primordiais:
Desde os primórdios da humanidade os filósofos discutiram determinadas questões que culminaram com o surgimento da ciência no final do século XIX, inspirada no positivismo.
- Qual é a realidade do mundo em que vivemos; das coisas; dos fatos e dos seres viventes que pertencem a este mundo?
- Como e até que ponto o homem pode conhecer esta realidade ou alcançar o verdadeiro ser das coisas?
- Existe uma única e absoluta verdade sobre o mundo, ou toda verdade é relativa ao sujeito que a conhece?
- Que método de conhecimento pode garantir o acesso à verdade das coisas em si mesmas?
- O homem existe no mundo como um objeto qualquer da natureza, podendo ser estudado da mesma forma que qualquer outro fenômeno físico e natural?
2.	Acontecimentos do final do século XIX, que provocaram o surgimento da Psicologia Humanista em meados do século XX:
2.1	 Criação do método científico inspirado no positivismo que propõe conhecimento objetivo da realidade, desvalorizando os sistemas filosóficos tradicionais.
2.2	Nascimento da psicologia como ciência com direcionamentos positivistas. Até um determinado momento de sua história, a psicologia adotou, principalmente, o modelo das ciências naturais caracterizado pelo positivismo, cujo objetivo era o estabelecimento de leis gerais do psiquismo humano. 
2.3	Questionamento da validade do método positivista (cada sujeito percebe o mesmo estímulo de forma diferente) influenciado pelas idéias de alguns filósofos que prepararam o surgimento da Fenomenologia moderna.
	* Emmanuel Kant (1724-1804): (Obra principal: crítica da Razão Pura). O mundo como o conhecemos é um mundo de ordem, mas essa ordem provém da própria mente que impõe suas próprias leis à natureza. As coisas em si mesmas nunca podem ser conhecidas, somente como elas aparecem na experiência, influenciadas pela mente. A realidade como existe fora de nossa experiência, está sempre além de nosso alcance. Apesar de Kant ter falado sobre “sujeito puro” que assegurava o conhecimento das coisas em si mesmas (mundo numênico), o efeito de suas idéias sobre a psicologia foi a reafirmação do subjetivismo e da importância dos fenômenos mentais na produção do conhecimento sobre a realidade.
*Franz Brentano (1838-1917): (obra principal: Psicologia do Ponto de vista Empírico). Estabelece profundas diferenças entre os fenômenos físicos e os fenômenos psíquicos, afirmando que nestes existe intencionalidade e um modo de percepção original e imediato. Propõe o retorno às experiências vividas e a descrição autêntica destas.
*Wilhelm Dilthey (1833-1911): Defende a idéia de que a psicologia como ciência humana deve ter como objeto de estudo aquilo que é fornecido pela experiência consciente do individuo. Considerando o ser humano como um ser de vontade livre, consciente e necessariamente responsável, o objetivo da psicologia não deve ser o de formular leis, mas compreender a significação e o valor das experiências vividas, que estão atreladas ao contexto histórico de cada indivíduo. Considera que o sentimento de viver é o solo verdadeiro das ciências humanas e que o método descritivo e compreensivo é o único adequado à sua investigação.
2.4	A constatação da mecânica relativista de que todo movimento é relativo ao observador, fez com que a subjetividade não fosse mais um elemento incompatível com o rigor científico.
 
2.5	O surgimento da fenomenologia moderna criada por Edmund Husserl (1859-1938):
Questionamento da adequação do método positivista à realidade humana.
	
A originalidade da consciência fica fora do alcance das ciências naturais, por conta de sua realidade intencional, que só é captada através da questão do sentido.
Não existe consciência separada do mundo, nem sujeito separado do objeto, ambos se constituem mutuamente, na medida em que se relacionam. A consciência é a raiz de todas as coisas, é o lugar onde o mundo aparece.
O sujeito assume o papel ativo na relação com o objeto, pois é ele que tem a intenção de apreender o objeto. Se o objeto é sempre objeto para uma consciência, ele jamais será objeto-em-si,mas objeto percebido. 
Fenômeno é aquilo que do objeto-em-si aparece na consciência. O conhecimento científico, portanto, só pode ser construído sobre os fenômenos e não sobre os objetos-em-si.
O objetivo do método fenomenológico aplicado à psicologia é descrever a experiência vivida, tal como se manifesta na expressão verbal ou escrita do sujeito, examinado-se em seguida o significado ou o sentido particular que cada experiência tem para o sujeito.
	
A subjetividade é a experiência particular do sujeito que, ao perceber o objeto, lhe atribui um sentido. Portanto, a consciência imediata, tal como é vivenciada pelo sujeito, é a única fonte válida de conhecimento da realidade, principalmente quando essa realidade é o próprio psiquismo humano. 
	II – VISÃO DE HOMEM DA PSICOLOGIA ATÉ O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA HUMANISTA (MEADOS DO SÉCULO XX)
Reducionista, determinista, mecanicista, compartimentalizada.
	
O homem é essencialmente previsível, sem autonomia, governado por forças internas (pulsões libidinais inconscientes) ou por forças externas (contingências ambientais).
	
Seu comportamento é determinado mecanicamente por influencia causal do inconsciente ou do ambiente.
	
O homem é um ser que vive em um mundo concreto, com possibilidade de conhecer objetivamente a realidade de si mesmo e dos objetos que o cercam.
	III – OBJETIVOS DA PSICOLOGIA HUMANISTA:
Combater a visão reducionista, determinista, mecanicista e compartimentalizada do ser humano, através da valorização de sua singularidade e autonomia, criando um contexto mais abrangente para a psicologia, no qual o homem é visto como totalidade em constante processo de mudança.
A partir do questionamento dos limites do método científico de inspiração positivista, propor um método de estudo mais adequado às peculiaridades do ser homem, enquanto ser com subjetividade própria, criador de verdades e atribuidor de sentidos.
Desenvolver uma atitude fenomenológica, na qual o mundo que nós percebemos depende de nossos referenciais, não existindo, portanto, realidades independentes de nossa consciência. 
IV – VISÃO DE HOMEM DA PSICOLOGIA HUMANISTA
O homem é essencialmente livre e imprevisível e o ponto focal dessa liberdade é a consciência, tornando impossível a formulação de leis gerais sobre qualquer tipo de comportamento.
O homem vive em um mundo particular de vivências e significações e com base nesse mundo ele cria seu projeto existencial e determina o próprio destino.
 
É caracterizado por suas potencialidades e pela tendência em realizá-las, promovendo, assim, seu processo contínuo de evolução. Por isso, ele não deve ser investigado com os mesmos procedimentos aplicados às ciências exatas, nem estudado como os ratos ou outros animais em laboratórios.
O homem é um ser que, por natureza, funciona como uma totalidade integrada, sendo, portanto, melhor compreendido através de síntese do que de análise.
Tem autodeterminação e autonomia para agir de acordo com sua consciência, definindo a própria essência, através das escolhas que faz ao longo de sua existência.
Está sempre se formando e se completando a cada momento de sua existência, numa perspectiva dinâmica e dialética.
É um ser relacional e atribuidor de sentido; é na relação com o outro que o sentido de mundo e de si mesmo se estabelece; é só na interação sujeito-objeto, homem-mundo, que se constrói o verdadeiro conhecimento.
A explicação sobre o ser humano em termos de causa e efeito, antecedente e conseqüente, parte e todo, não dá conta de compreender o ser humano como totalidade em movimento, nem de responder às questões cruciais de sua existência. O ser humano é muito mais iniciante de uma série de coisas do que resultantedelas. A relação explicativa se refere ao homem que é determinado pelo passado e pela demanda externa, e não ao homem que tem intencionalidade e se determina a partir do próprio referencial, sendo constantemente desafiado a responder e posicionar-se no presente frente às possibilidades do futuro.
 O homem como pessoa atual é o homem como palavra, que busca dar sentido às coisas e a si mesmo. É na decifração de suas questões de sentido que o homem se instaura em sua atualidade. A decifração do sentido só será um discurso no presente se for uma vivência do próprio sentido, criando novos sentidos. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:	
AMATUZZI, M. M. O Significado da Psicologia Humanista: Posicionamentos Filosóficos Implícitos. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 41 (4): 88-95,1989.
HOLANDA, A. F. Martin Buber e Carl Rogers: Abordagem Centrada na Pessoa e Filosofia em Questão. Dissertação de Mestrado, Brasília, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, 1993.
JUSTO, H. Carl Rogers. Porto Alegre, Livraria Santo Antônio, 1978.
MILHOLLAN, F. & FORSHA, B. E. Sknner x Rogers: Maneiras Contrastantes de Encarar a Educação. São Paulo: Summus, 1978.
PENHA, J. da. O Que É Existencialismo. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1984.
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