Buscar

Exame Clínico de Equinos 16

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXAME CLíNICO DE EQÜINOS 327
t TABELA 14-1
VALORESDEREFERÊNCIAPARAALGUNSPARÂMETROSUSADOSNA
AVALIAÇÃODAFUNÇÃOEDOENÇAHEPÁTICAS
Parâmetro
Espectrode
Referência(média
:!:2 desvios-padrão)
Bilirrubinatotal(~moljl)
Bilirrubinanão-conjugada(~moljl)
Bilirrubinaconjugada(~moljl)
Proteína(gi'l)
Albumina(g/l)
Globulinas(g/l)
Uréia(mmoljl)
Aspartatoaminotransferase(IU/l)
Fosfatasealcalina(IU/l)
Creatinafosfoquinase(IU/l)
Desidrogenaseláctica(IU/l)
Triglicerídios(mmoljl)
Gamaglutamiltransferase(IU/l)
Sorbitoldesidrogenase(IU/l)
Saisbíliares(~moljl)
4-100
4-90
0-10
58-76
28-38
26-40
3,6-8,9
150-400
50-250
50-400
50-400
0,1-0,9
<30
0,5-2,0
<20
Dados são valoresde referênciausadosno Central VeterinaryDiag-
nosticLaboratory, Mt. Waverley,Melbourne, Austrália. (CortesiaDr.
P. M. Lording.)
nia emuréiacausahiperamonemiae,muitasvezes,
decréscimodauréianosangue.A síndromedehiper-
lipidemiaé associadaà elevaçãodetriglicerídiose
opalescênciadoplasma.A doençahepática,especial-
mentecolestase,produzumaelevaçãonabilirrubina
plasmática,especialmentena fraçãonão-conjugada
(indireta).A reduçãona síntesedeproteínasproduz
valoresbaixosdefibrinogênioplasmáticoe aumento
dostemposdecoagulação.
Os testesdeeliminaçãoda bromosulfoftaleína
(BSP)eda indocianinasãoindicadosparaavaliara
capacidadefuncionaldofígado.Otestedeeliminação
daBSPé baseadonamensuraçãodacapacidadehe-
páticaemexcretaroueliminarumadosedeBSPme-
didacontraotempo.Otesteconsisteemtomar-seuma
amostradesanguepré-testeantesdeadministrar-se
19deBSPnaveiajugulare apóstomaramostrasde
sanguedaveiajugularopostacomintervalosde3,5,
7e9minutosapósadoseteste.AconcentraçãodeBSP
emcadaamostraémedida,eoresultadocolocadonum
gráficocontrao tempo.A meia-vidaouo tempoque
levaparaeliminarmetadedadrogadeveseraproxi.-
madamentede4,5minutos,e umameia-vidamais
longaindicafunçãoreduzida.
REFERÊNCIAS BI BLlOGRÁFICAS
1. DiversTJ: Hepaticdisease.In RobinsonNE (ed), CurrentThe-
rapyin EquineMedicine,3rded.Philadelphia,Saunders,1990,
p 253.
2. ModranskyPD:Ultrasound-guidedrenalandhepaticbiopsyte-
chnique.VetClin NorthAmEquinePraet 1986;2:115.
3. Traub-DargatzJL: Biliarydisorders.In RobinsonNE(ed),Cur-
rentTherapyin EquineMedieine,3rded.Philadelphia,Saun-
ders,1990,p 259.
LEITURAS ADICIONAIS
JohnstonJK,Divers1},ReefVB,etai.: Cholelithiasisin horses:Ten
cases0982-1986).]Am VetMedAssoe1989;194:405.
RantanenNW:Diseasesoflhetiver.VetClinNorthAmEquinePraet
1986;2:105.
1"( A Glândula
Mamária
A glândulamamárianãoémuitofreqüentemente
afetadapordoenças,esualocalizaçãorelativamente
protegidafazcomqueo exameclínicodaglândula
seja,namaioriadasvezes,omitido.Deveserlembra-
do quea glândulaconsistenasmetadesesquerdae
direita,comumateta(papila)emcadalado.Cada
ladoétambémdivididoemdoislobos,ecadaumdos
lobospossuiumacisternaeumaaberturaparaateta
separadas.Portanto,cadatetapossuiduas(ocasional-
mentemais)aberturas(Figura15-1).
EXAME FíSICO GERAL
Exame Visual
A glândulanormalésempresimétrica,sendope-
quenaeméguasquenuncapariram.Tomam-segran-
desdepoisdaprimeiralactação.Causasdeaumento
anormaldetamanhoinclueminfecção(mastite,abs-
cesso),traumaeneoplasia.Oaumentofisiológicoocor-
reantesdopartoe é mantidodurantea lactação.A
glândulacomeçaa aumentardevolumeaproxima-
damente3 a4 semanasantesdoparto,emboraaste-
tastendamapermanecervaziasatéasúltimaspoucas
horas.Muitaséguas,especialmentequandoparemseu
primeiropotro,exibemedemadaglândulae tecidos
circunjacentes.A secreçãopré-partoé inicialmente
espessa,viscosa,grudentaedecorâmbar,tomando-se
menosviscosaemaissemelhantea leiteàmedidaque
opartoseaproxima.Quandoopartoestáiminente,o
líquidoâmbarviscosotendea penderemfilamentos
dateta,umprocessoconhecidocomo"tetaencerada"
(waxíng).
Palpação
Parapalpara glândulamamária,o clínicodeve
posicionar-seao ladodaégua,distantedaglândula
pelaextensãodeumbraço.Issoreduzapossibilidade
deseratingidoporumcoice.Seaéguaforirascível,a
contençãoquímicaefísicaé indicada.Alémdaseda-
çãoedocachimbo,umprocedimentosimplesésegu-
raromembrotorácicoipsolateralelevadodosolopara
tomarocoicedifícil.Quandooexameéfeitopelolado
esquerdo,o procedimentousual,a mãoesquerdaé
colocadasobreo dorsodocavalo.Amãodireitaéco-
locadanoflancoevaisendocuidadosaelentamente
movimentadaparabaixo,emdireçãoàglândulama-
mária.Oanimalseressentedoprocedimentoagachan-
do-se,afastando-seou coiceando.Sefor detectado
ressentimento,o procedimentodevesersuspenso,ea
éguadeveseracalmadaantesqueoutrastentativasde
examesejamfeitas.A maioriadaséguaspermiteo
exame.A glânduladeveserpalpadaparadetectartu-
mefaçõeslocalizadas,dor,elevaçãodetemperaturae
firmeza.Quandohádor,freqüentementetambémocor-
reclaudicaçãonomembropélvicoipsolateral.
Coleta de Secreção
da Glândula Mamária
Emboraaséguassejamfreqüentementeordenha-
dasparaseobterleiteou colostroparaospotros,as
secreçõesdamamasãotambémnecessáriasparaexa-
mesbacteriológicose avaliaçãodeeletrólitos.
PROCEDIMENTO. Emborasejafreqüenteobser-
var-seo leiteescorrendolivrementeda glândula
330 VICTORC. SPEIRS
t FIGURA 15-1
Tetamostrandoasduasaberturas.
mamárialogoantesdopartoouquandoa "descida"
doleiteéestimuladapelopotro,acoletadeumaamos-
trageralmenterequeraparticipaçãoativadoclínico
(Figura15-2).Issoéfeitousando-seopolegareodedo
indicadorparaesguicharo líquidodatetaemumre-
cipiente.Quandoháummaterialpurulentoespesso,
a açãoparaprovocaro esguichamentodevecomeçar
acimadatetaepodesermesmonecessárioespremer
gentilmentetambéma glândula.Quandoa glândula
estáinfectadaouinflamada,oprocessopodeserdolo-
roso,necessitando,assim,suavidadee técnicacuida-
dosa.
Seaamostracolhidaforsubmetidaparaculturae
a antibiograma,aextremidadedatetadeveserlimpa
eesfregadacomalgodãocontendoanti-séptico(p.ex.,
Betadine),eumrecipienteestérildeveserusadopara
coleta.A amostradevesersubmetidaconformedescri-
tonoApêndiceC.Paraexamecitológicodoleiteoude
outradescarga,algumasgotasdaamostrasãocolo-
cadasnumalâmina,espalhadas,fixadascomálcoole
coradas(p.ex.,tricrômicoQuick-dijj).1Pode-seusar
umacoloraçãodeGramparaidentificarmicrorganis-
mosGram-positivosou Gram-negativose,portanto,
facilitaraescolhadoantibiótico.Casosepreciseava-
liaroseletrólitos,nãosãonecessáriascondiçõesesté-
reis,eumrecipientelimpoéo suficiente.Emboraos
eletrólitospossamsermedidosnolaboratório,existem
testescomerciaissimplesquefornecemresultadosrá-
pidose aproximados.O conteúdodecálciopodeser
avaliadopelaalteraçãodacor (Predict-A-Foal,Ani-
mal HealthcareProducts,Vemo,CA).Oconteúdode
cálcioedemagnésiopodeseravaliadocomtirasde
papelparatestededurezadeágua(MerchoquantWa-
terHardnessTestStripNo.10025;E. Merck,Postfach
4119,6100Darmstadt,WestGermany).Oconteúdode
imunoglobulinaG podeserestimadomedindo-sea
gravidadeespecíficacomumhidrômetromodificado.
RESULTADOS
. Citologia. A citologiadaglândulanormalde-
pendedascondiçõesfisiológicasnomomentodacole-
ta e do tipo de coloração.Achadosbaseadosna
modificaçãodeSanodo tricrômicodePollacksão
comosesegue:2
. (alastro (colhidoem 12 horasapós o parto). Fundo
protéicogranulare homogêneocomdetritos
cariorréticose esferasvermelho-púrpuras.Presença
ocasionaldegotaslipídicasclarase célulassecretá-
nas.. Leite lactaciona/. Acelular, exceto por algum
neutrófiloocasionalcomumfundoprotéicoverde-
marrom.. Leitepós-desmame.A glândulaeminvoluçãoé
caracterizadapormacrófagosvacuolizadosque
podemcontervacúolosamarelosou marronsou
materialgranular.À medidaquecontinuaa
involução,os macrófagosdiminuememnúmero,
possivelmenteparaseremsubstituídosporuma
coleçãovariávelde macrófagosirregularessolitários
ou emgrupos,célulassemelhantesa linfócitos,
algunsneutrófilose cilindrosdesecreções.
J
t FIGURA 15-2
Leiteescorrendolivrementedaglândulamamáriadeumaégualactante.
EXAME CLíNICO DE EQÜINOS 331
.Mastite.Quandoocorremastite,háumaumento
no númerodeneutrófilos,degeneradose não-
degenerados,detritose outrascélulas
não-identificadas.Nemsempreseencontrambactérias,masasmaisfreqüentesincluemespécies
beta-hemolíticasdeStreptocaccusspp.,Streptocac-
cuszooepidemicus,Escherichiacaliou Klebsiella
Spp3,4Bactériasanaeróbicasparecemterpouco
significadonamastiteeqüina4
Química:ConteúdodeEletrólitos. Ocon-
teúdodeeletrólitosdocolostroaltera-sesignificativa-
mentenosúltimosdiasdaprenhez,e issopodeser
usadoparaajudarapredizeradatadoparto.Issopode
serimportanteparao manejo,maséprincipalmente
utilizadoquandoo partovaiserinduzido.Nassema-
nasqueprecedemoparto,osvaloresdeeletrólitossão
osseguintes:sódio(125-135mEq/fi.[mmollfi.]);potás-
sio (7-12mEq/fi.[mmollfl.]);cálcio(2mmollfi.[8mgl
dfi.]).Agravidadeespecíficaéde1,06.Dentrode48
horasapósoparto,osódiodecrescepara< 30mmoll
fi.,o potássiosobepara> 30mmollfi.,eo cálciosobre
paralOmgldfi.(40mmolldfi.).
Química: Conteúdo de Imunoglobulina.
Hádiferençasentreasraçasnoconteúdodeimuno-
globulina(IgG)noleiteetambémumaconsiderável
diferençaentreosindivíduosdemesmaraça.Osní-
veisdeIgGdocolostrodeclinamprecipitadamentenas
primeirashorasapóso parto.Porexemplo,emum
estudo,de9.691:t:1,639SEM*para1.000mgldfi.em
19,1horasparapotrosÁrabes,ede4.608:t:2.138SEM
para1.000mgldfi.em8,9horasparaPuro-Sanguede
Corridas.5A contribuiçãodediferentestiposdeimu-
noglobulinasnumapopulaçãodeStandardbredé a
seguinte(média:t:desviopadrão):6IgG (8.911,9:t:
6.282,2mgldfi.);IgM (122,9:t:77,3mgldfi.);19A(957
:t: 1.088,lmg/dfi.),para um total de 10.022,4:t:
6.957,9mgldfi..
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. FreemanKP,CarrollB:Useofwet-fixed,trichrome-stainedcyto-
logicspecimensin privateequinepractice.CompendContin
Ed 1989;11:485.
2. FreemanKP,RoszelJF, SlusherSH,etai...Cytologicfeaturesof
equinemammaryfluids:Normalandabnormal.Compend
ContinEd 1988;10:1090.
3. McCueP wilsonW:Equinemastitis-Areviewof28cases.Equi-
ne Ver]1989;21:351.
4. PerkinsNR,ThrelfallWR:Mastitisin lhemace.EquineVerEd
1993;5:192.
5. PearsonRC,HallowellAL,BaylyWM,etai...Timesofdisappea-
ranceofcolostraiIgGin lhemace.Am] VerRes1984;45:186.
6. KohnCW,KnightD,HuestonW,etai...ColostralandserumIgG,
IgA,andIgMconcentrationsin Standardbredmaresandtheir
foalsatparturition.]Am VerMedAssoc1989;195:64.
*N. deT.Standard Error o/ lheMean =erropadrãoda média.
1"( InstrLJmentação
Endoscópica
Aendoscopiatomou-seumaparteindispensáveldos
meiosdiagnósticosdisponíveisao clínico.Comoos
instrumentossãocarosefacilmentedanificadospelo
usoinadequadoe pormétodosimprópriosdedesin-
fecção,éessencialqueaspessoasqueutilizamepre-
paramessesinstrumentosestejamfamiliarizadascom
seumanejocorreto.Endoscópiospodemserdivididos
emtiposrígidose flexíveis.Endoscópiosrígidossão
comumenteusadosparaváriastarefas,incluindoar-
troscopiae laparoscopia,e os instrumentosflexíveis
sãousadosprimariamentenossistemasrespiratório,
gastrintestinaleurinário.
ENDOSCÓPIOS RíGIDOS
o tipoantigodeinstrumentosrígidos,predominan-
tementeusadoparaexamedosistemarespiratóriosu-
perioreútero,consisteemumaseçãotubularrígida
comumaocularnumaextremidadee umafontede
luz,umbulbo,naoutraextremidade(FiguraA-I). A
imageméconduzidaporprismaslocalizadosno ins-
trumento.A energiaparao bulboéfornecidaporum
conjuntodepilhasconectadoaumcondutorflexível.
Osendoscópiosrígidosmaisnovos,usadosparalapa-
roscopiaeartroscopia,têmumaconstruçãosemelhan-
te,masa fontedeluz (conhecidacomoluz fria) é
localizadanumdispositivoemseparado,deondealuz
éconduzidaparaumendoscópioporfibrasópticas(Fi-
guraA-2).Aprincipaldesvantagemdessesistemaéque
arigidezsignificausolimitadoaregiõesondeoobjeto
a serexaminadoestejaemlinhadiretacomo obser-
vador.A rigidezé umavantagemparaa artroscopia,
poisa imagemégeralmentedealtaqualidade.
ENDOSCÓPIOS FLEXíVEIS
Endoscópios de Fibra Óptica
Oendoscópioflexíveldefibraópticasuperaamaio-
riadasdesvantagensdoinstrumentorígido,nosenti-
dodequesuaflexibilidadepermitequeelesejainseri-
doatravésdequasequalquerorifícioeno interiorde
váriosórgãosinternos.Propriedadesadicionaissãoque
osendoscópiosestãodisponíveisemvárioscomprimen-
tosdiferentes,apresentamuma extremidadedistal
manualmentedeflexionávelepossuemcanaisdebi-
ópsia,dearedeesguicho(FiguraA-3).Emboraape-
nasumapessoadecadavezpossavera imagemcom
um instrumentobásicodefibraóptica,issopodeser
contornadousando-seumsegundocabodeextensão
flexíveldestinadoaumsegundoobservador,ou,alter-
nativamente,umacâmeradevídeopodeseracoplada
parapermitirquea imagemseiamostradanummo-
nitor.O endoscópiomodernopossuifeixesdefibras
paraumguiadeimagem(GI) eparaumguiadeluz
(GL).OfeixeGLtransmiteluzdafontedeluzfriapara
a extremidadedistaldoendoscópioondeelailumina
o objetosobobservação.O feixeGI transmitea ima-
gemdevoltaaoobservador,atravésdefibrasquetêm
deocuparasmesmasposiçõesrelativasnasextremi-
dadesdistaleproximaldoinstrumento,a fimdeevi-
tardistorçãoda imagem.Endoscópiosmaiorestêm
maisfibrasno feixeGI, o queproduzumaimagem
melhor.Devidoà imagemserformadapeloadiciona-
mentodemuitasfibras,umafibraquebradaaparece
comoumpontonegronafigura(i. e.,nãohá ima-
gemnopontoocupadopelafibraquebrada).Alémdas
fibras,há umsistemadelentesqueproduzumailu-
334 VICTOR C. SPEIRS
. FIGURAA-1
Endoscópiorígido.
minaçãograndeangulardesdeo feixeGL,umalente
objetivaquefocaa imagemnofeixeGI eumalente
ocular,localizadanacabeça,paramagnificaçãofinal
daimagem.
Afontedeluzfriaéumalâmpadadehalogênioou
xenônioquevemnumaunidadecomumabombade
aredeágua,emboranemtodasasunidadesofereçam
umaescolhaentreasduaslâmpadas.A lâmpadade
xenônioémaisbrilhantequea lâmpadadehalogê-
nio.
A impressãodasimagenspodeserobtidacomcâ-
merasespecíficasparaendoscópio:35mm,lenteúni-
careflexa(SLR=Single-LensReflex)ouPolaróide,
ou aindacomumacâmeradevídeo.A maioriadas
fotografiasemveterináriaé provavelmentetomada
comumacâmeraSLR35mmcomumadaptadorpara
acoplamentonoendoscópio.O adaptador geralmente
possuicontatosquepermitemacomunicaçãoentrea
câmeraeafontedeluzparacontrolaroflasheaex-
posição.Quandoseusaumalâmpadadexenônio,é
. FIGURAA-2
Artroscópio e fonte de luz fria.
necessáriofilmeparaluzdodia,equandoseusalâm-
padadehalogênio,o filmedeveserdetungstênio.
Videoendoscópio
A segundaformadeendoscópioflexívelé o vi-
deoendoscópio,noquala imagemévistanomonitor
devídeo,ea iluminação,formaçãodeimagemepro-
cessamentoestãosobcontroleeletrônico(FiguraA-
4).A luz vemdeumalâmpadadexenôniode300W,
posicionadaseparadamente.Aluzpassaporumdisco
decoresgiratórioparaproduzirimpulsosdeverme-
lho,verdeeazulquesãotransmitidosporfibrasópti-
casparailuminaro objeto.A imagemiluminadaé
transmitidaatravésdaslentesobjetivasefocadanum
dispositivodecargaacoplada(DCC)quetransmitea
imagemempreto-e-brancodevoltaaoprocessador
centralque,então,reconstituia imagememcoresno
monitordovídeo.Aimagempodeserarmazenadaem
fita,discoe emformatodeimagensparadas.Existe
. FIGURAA-3
A.Endoscópiodefibraópticaflexívelcomfontedeluzfria.B.Extremidadedistaldeumendoscópiomostrandoaslentesdeiluminaçãodosfeixesde
guiadeluz(setaslongase finas),a lentedaobjetivadofeixedaguiadeimagem(setalongaegrossa),o bocaldear/água(setapequenaegrossa)eo
canaldebiópsia(setalongaegrossa).
EXAME CLíNICO DE EQÜINOS 335
t FIGURA A-4
Videoendoscópiocomprocessadordevídeocentral,tecladoegravador
devídeo.(Cortesia,AustvetPty.Ltd.,Melbourne,Austrália.)
tambémumDCCemcores,noqualaimagemempre-
to-e-brancointermediáriaéevitada.A principalvan-
tagemdovideoendoscópioé a qualidadesuperiorde
suasimagens.Assuasprincipaisdesvantagenssãosua
relativafaltadeportabilidadee seucustosignificati-
vamentemaisalto.
Acessórios de Endoscópios
Numerososinstrumentosdebiópsiaestãodisponí-
veis,emborasuasdimensõesmuitoreduzidasostor-
neminadequadosparaa maioriadosprocedimentos
emveterinária.Escovasdecitologiasãotambémdis-
poníveisparaobtençãodematerialparaexamecito-
lógicoe microbiológico.Outrosacessóriosincluem
dispositivosparaeletrocirurgia,pinçase cestaspara
remoçãodecorposestranhosecálculos.
Cuidados e Utilização
de Endoscópios Flex,veisOvalordoaparelhodeterminaquesetenhamuito
cuidadoduranteseuuso.Danoaoendoscópioocorre
sobváriasformas,incluindoquebradasfibrasópti-
cas,rupturadavedaçãoàprovad'águadocasco(ga-
binete)edanoouquebradoscabosquecontrolamos
movimentosda extremidadedista!.Sobcircunstân-
ciasnormais,aperdadasfibraségeralmenteumpro-
cessogradualquepodesermonitoradopelacontagem
regulardonúmerodepontosnegrosna imagem.A
rupturadogabinetepermiteaentradádeágua,o que
produzembaçamentoda imagemquenãopodeser
removidopeloajustamentodoaneldofoco.A mani-
pulaçãodoscontrolesdevesempreproduzirdeflexão
imediataeadequadadapontadista!.Seissonãoocor-
re,éumaindicaçãodequebranoscabos.Paraevitar
danosaoscabos,apontanuncadeveserdeflexionada
manualmente,eumadeflexãocompletadeveserusa-
dasomentequandoindicado.Proteçãogeraléconse-
guidacomo transportedoendoscópionumaembala-
gemacolchoadae coma certezadequeo paciente
estáadequadamentecontidoquandooendoscópioestá
emuso.
Emboraosinstrumentospossamseresterilizados,
isso,muitasvezes,nãoé necessário.O sistemaa se-
guiréumamaneirasimplesepráticadelimparoapa-
relhoentreo examedeumcavaloedeoutro.
. Limparo gabinetecomumpanomolhadocom
umasoluçãodiluídadesabãocirúrgico(p.ex.,
Hibiclensa 20%)..Limpara pontadistalcoma mesmasoluçãose
houveracúmulodemuco,sanguee outrosdetritos
nesselocal..Aspirarpartedasoluçãopeloinstrumento,usando-
seo dispositivodesucção,ou injetara soluçãopelo
instrumentomanualmentecomumaseringa..Repetira operaçãoanteriorcomumasoluçãode
álcool.. Certificar-sedequetodoo líquidoé expelidodo
canaldear/água,desconectandoa garrafade
esguichoe entãoativandoo controledoesguicho
aomesmotempoemquesemantémumdedo
sobreo conectordoquala garrafadeesguichofoi
desconectada..Secaro canal,aspirandoaratravésdele..Guardar,de preferência,o instrumentonum
armáriocomprateleiras.
Obviamente,nãoépraticávelo usodesseprocedi-
mentoapósoexamedecadapaciente,quandovários
cavalosprecisamserexaminadosnumasucessãorá-
pida.Nessacircunstância,érecomendadoqueospri-
meirostrêspassos(descritosanteriormente)sejam
realizadosequeumprocedimentomaiscompletoseja
feitoantesdeguardaro aparelho.Omanualdofabri-
cantecontéminstruçõesparaa manutençãoregular
quedeveserfeitaperiodicamente.
A esterilizaçãoépossível,maso manualdofabri-
cantedeveserconsultadoparadetalhesespecíficos.Os
336 VICTORC. SPEIRS
desinfetantesincluemgásdeetilenoóxidoe solução
deglutaraldeído;o primeirométodoé lento,e o se-
gundorequerapenasalgunspoucosminutos.Alguns
endoscópiospodemsercompletamentesubmersosna
soluçãodesinfetante,masoutrosnãopodem,e a de-
sinfecçãodeveserfeitapelacombinaçãodeimersão
parcialelimpezacomumpanoumedecido.
LEITURA
1. LamarAM:Standardfiberopticequipmentanditscare./nTraub-
Dargatz]L,BrownCM(eds),EquineEndoscopy.StLouisMos-
by,1990,ch 1,p 1.
.,.,.
UItra-Sonografia
Ondasdesomocorremquandoummaterialsofre,
alternadamente,compressãoerarefação.Umaseqüên-
cia decompressãoe rarefaçãoconstituium ciclo.A
freqüênciadaondadeultra-somémedidaemhertz.
Um hertz(Hz)é iguala um ciclopor segundo,e a
distânciaentrepontosidênticosemciclossucessivosé
igualaocomprimentodeonda:
Comprimentodeonda=
Velocidade(m/s)/Freqüência(Hz)
Quandoafreqüênciadesomexcedeoespectroau-
dívelpeloouvidohumano,éconsideradacomoultra-
som.Freqüênciasentre2 e 1O.000.000Hz(2-lOMHz)
sãousadasparaproduzirimagensdeusomédico.Os
impulsosdoultra-somsãoproduzidosaplicando-se
impulsoselétricosintermitentesa cristais(material
piezoelétrico)queconverteumaenergiaelétricanuma
sériedeimpulsosmecânicoscorrespondentes.Oscris-
taissãomontadosnumtransdutorparafornecerrigi-
dezmecânicaeummétodoeficienteparatransmitiro
ultra-somidaevoltaatéostecidos.
Avelocidadedosomnostecidosébastantesimilar
paraváriosórgãosecavidadescomlíquido.Aveloci-
dademédiaparatecidosmolesé l.S40m/s.No osso
compacto,a velocidadeaumenta.No are no gás,a
velocidadedecrescesignificativamente.À medidaque
aondadeultra-somatravessaummeio,aintensidade
é rapidamenteatenuada.A energiaé convertidaem
calor.Aparelhosdeterapiaporultra-somdealtapo-
tênciasãousadosparageraraquecimentodostecidos
comobjetivodeterapiafísicaparatecidoslesados.
Pequenosagrupamentosdecélulascomdiâmetro
menorqueocomprimentodeondacausamdispersão
emtodasasdireções.Absorçãoedispersãocontribuem
paraa maiorpartedaperdadeenergia.Em conse-
qüência,o ultra-somé atenuadoemdiferentesgraus
pordiferentestecidos.Algunsexemplos:1,OS,1,8,0,18
e0,63dB/cm/MHzparafígado,músculo,sangueegor-
dura,respectivamente.Osomdealtafreqüênciaémais
rapidamenteatenuadoqueo somdebaixafreqüên-
cia.A potênciadeaparelhosdeultra-somparadiag-
nósticoé estritamentecontroladapara impedira
possibilidadede lesãoaopaciente.Isso,combinado
comaatenuaçãodoraiodeultra-som,colocalimites
práticosnaprofundidadedostecidosmostrados.Trans-
dutoresdebaixafreqüência(2-3MHz)podemprodu-
zir imagensa cercade 2Scmde profundidade;
transdutoresdealtafreqüência(7MHz)formarãoima-
gemapenasa 3 atéScmdeprofundidade.
Quandoo impulsodoultra-somatravessaumli-
mite,ondehá mudançana densidadetecidualou a
interfaceentrediferentestecidos,ocorrereflexãodo
som,resultandonumeco.Seoecorefletidoédetecta-
dopelotransdutor,areconversãoemimpulsoselétri-
cosocorree é processadaproduzindoumaimagem
emescaladecinzas.Apotênciadareflexãoépropor-
cionalaoquadradodadiferençadaimpedânciaacús-
ticaatravésdostecidos.Seasuperfícieforamplaem
relaçãoaocomprimentodeonda,a reflexãoseráse-
melhanteaespelho(especular).Taisecossãorefleti-
dosnumânguloiguale opostoà interfaceacústica.
Assim,é importanteparaoultra-sonografistadirecio-
naro raiodesomperpendicularmenteaoslimiteses-
pecularesrefletivos,a fim deobterpadrõesdeecos
consistentes.Sea interfaceépequenaemrelaçãoao
comprimentodeonda,adispersãoocorreemtodasas
direções.Umecoaltoévistocomoumaimagembran-
ca,ecosmaisfracoscomotonsvariáveisdecinzae
ausênciadeecocomoumaregiãopreta.Aintensidade
representaa ecogenicidadena interface,comossoe
gásproduzindoumaregiãohiperecóicanaimageme,
338 VICTORC. SPEIRS
alternativamente,o tecidohipoecogênico(p.ex.,teci-
dodegranulação)produzumaimagemhipoecóica.
Umaausênciadeecosproduzumaimagempretaou
anecóica.Tipicamente,transdutores(varredoresde
imagens)modernospodemexibir64a 128níveisde
cinza,emáquinasmaiscarasusam256tonsdecinza.
Umaparelhodediagnósticoporultra-somconsis-
teemcomponenteseletrônicosmúltiplosparacontro-
lar o transdutor,detectare amplificarecosque
retomam,calcularalocalizaçãoeposiçãodafontedo
ecoe mostrara informaçãonummonitordevídeo.
Pluguesparapermitira trocadetransdutoresestão
geralmentedisponíveis.Acessóriosincluemumcarri-
nhomóvelouumconjuntodetransporteeváriosdis-
positivosparagravação(câmeraPolaroid,gravador
devideoteipe,câmeramultiformato,impressoradeví-
deo).Componentesadicionaisespecializadosincluem
exposiçãosimultâneadeumtraçadoeletrocardiográ-
fico,guiadebiópsiaeoutrosmostradores,incluindo
telasdemovimento(M-modo)eDoppler.
A imagemdeultra-somconsisteemumavistaem
secçãotransversal(i. e.,umafatiadetecido)queé
continuamentereforçadaà medidaquecadaecoé
coletadoe processado.A imagempodesermostrada
nasprofundidadesdotecidonoeixox,ea intensidade
doeconoeixoy, moduladaemrelaçãoà amplitude
doecorepresentadocomopontosdebrilho(modo"B")
(FiguraB-1).Ocálculodaprofundidadedaposiçãoé
baseadonotempogastoparaoretomodosecos.Uma
variaçãoadicional,m9do(movimento)"M" éobtida
colocandootraçadodomodo"B"noeixoy evarren-
do-oatravésdateladomonitor,demaneiraqueotem-
po é registradono eixox comooutradimensão.A
introduçãodotempopermitequeomovimentodote-
cidosejaregistrado,o queé extremamenteútil para
avaliaro movimentocardíaco.
Brilhoda
varredura"B"
. FIGURA 8-1
Brilhodavarredura(emmodo)uB".(ReproduzidacompermissãodeBen-
tleyA, DysonS:Practicalultrasoundphysics.Howtomakeoptimaluseof
yourmachine.EquineVetEducat1991;3:228.)
A resoluçãoda imagemdependedeváriosfatores.
Cristaispequenoseemnúmeroelevado,sobníveismais
altosdecontroleporcomputador,resultamnaprodu-çãodeimagenscommelhorresolução.O raiodeul-
tra-somé focadoparaincrementara resolução,e a
melhorresoluçãoéna zonafocal,então,a estrutura
deinteressedeveestarnessazona.Aparelhosmenos
carospodemterapenasumaprofundidadedefoco.A
conexãodetransdutoresadicionaispermiteaescolha
deumaprofundidadefocalalternativa.Transdutores
demúltiploscristaiscomcontroleporcomputadorem
altonívelpermitemqueo ultra-sonografistavariea
profundidadefocaleotimizemelhoraresoluçãopara
cadapaciente.Melhorana resoluçãotambémocorre
como aumentodafreqüênciadotransdutor.Assim,
transdutoresdealtafreqüência(7MHz)sãonecessá-
Fiosparaseobtereminformaçõesempartespequenas,
comotendões.
TIPOS DE TRANSDUTORES
Transdutores Setoriais
Otransdutorsetorialconsisteemumoumaiscris-
taismontadosnumdiscogiratóriooupivôoscilantea
cadaimpulsonumdeterminadotempoparaproduzir
sériesdivergentesdeimpulsoemumaimagememfor-
madetorta(FiguraB-2A).Cristaisdediferentesfre-
qüênciaspodemsermontadosparapermitiruma
escolhadefreqüênciaedeprofundidadedefocoden-
trodeumacabeça.Alternativamente,umúnicocris-
talpodeserinstaladoeinduzidoa oscilar,atravésdo
ângulodosetor,emváriasvelocidadesparavariara
freqüênciadoquadro(FiguraB-2B).Otransdutorcon-
témlíquidoparatransferiraondadesompelajanela
emcontatocomo paciente.Asprincipaisvantagens
dotransdutorsetorialincluemumaregiãodecontato
pequena("impressãodigital")comotecido,boaqua-
lidadedeimagemnazonafocal,capacidadedeexa-
minar estruturasdinâmicase boa reproduçãode
imagemdeestruturasprofundas.Asdesvantagensin-
cluemmáresoluçãodecampoproximal,artefatosde
campoproximal,falhamecânicaefragilidade.
Transdutores de Arranjo Linear
Um transdutordearranjolinearé umaestrutura
retangularquecontémuma sériedetirasfinasde
materialpiezoelétricoarranjadotransversalmente.O
númerodeelementosvariade64a 256,e cadaele-
mentoparticipaindividualmentenatransmissãoere-
cepção.Opulsoemitidodecadaelementoéparaleloa
todososoutros(FiguraB-3A).Seo complementode
elementosfor divididoemseçõesformadaspor um
grupoadjacentedeelementosinterconectados,pode-
EXAME ClÍNICO DE EQÜINOS 339
-
A Setor
Fluidocompensador
setorial
B
. FIGURA 8-2
Transdutarsetaria!.A. Formaçãodeumaimagemsetoria!.B.Transdutorsetorialusando
umelementodecristalúnicoqueé colocadoa oscilaratravésdeumãngulosetarial
determinado.(ReproduzidacompermissãodeBentleyA, DysonS:Practicalultrasound
physics.Howtomakeoptimaluse01yourmachine.EquineVetEducat1991;3:228.)
seobterumaimagemativando-secadagruposepara-
damentenumseqüênciaescolhida(FiguraB-3B).À
medidaquecadagrupoéativado,o raioativomove-
seaolongodasondaparaformarumaimagemre-
tangular.A maneirapelaqual a transferênciados
elementosérealizadaécomplexa,eemmáquinasmais
caras,comtransferênciaeletrônica,há melhorpro-
A Linear
. FIGURA 8-3
fundidadedecampoecontroledofocolongitudinal.
Imagensdefreqüênciamúltiplassimultâneaspodem
tambémserrealizadasparaobter-seamaisaltareso-
luçãoglobal.A principaldesvantagemdostransduto-
resderesoluçãolinearé quenecessitamdegrandes
áreasdecontatocomotecido.Imagensexcelentesde
tendões,úteroeórgãosadjacentespodemserobtidas.
Detalhedoarranjolinear 96,128
64'
Elementos ",",' ~--"--'-....,9,0 J""'<':"'-'" ...
"ó.'.~\~~,..: "-'" ,-\
, "3.~~::~~W~~~~~~~~i~;t:::'"
I;:~'-'Zonai
... de !
\ tiro i
\10-1@
FOCO] \
j \
! /)
,,} """"
Espessura
dafatia
divergente B
Transdutardearranjolinear.A.Formaçãodeumaimagemlinear.B.Detalhedo arranjo
linear.(ReproduzidacompermissãodeBentleyA, DysonS:Practicalultrasoundphysics.
Howtomakeoptimaluse01yourmachine.EquineVetEducat1991;3:228.)
340 VICTOR C. SPEIRS
A
Convexo
Arranjo
convexo
,,/' '1..,
~l]?~\á~~r)
\ \, i i
) li\\
: : \ ..
í i . \\ i \ ';,
",-i ~._~_/,, \
7
i
I
II
I
i
!
B
. FIGURA 8-4
Transdutordearranjoconvexo.A. Formaçãodeumaimagemconvexa.B.Detalhe
doarranjoconvexo.(ReproduzidacompermissãodeBentleyA, DysonS:Practical
ultrasoundphysics.Howtomakeoptimaluseofyourmachine.EquineVetEducat
1991;3:228.)
Transdutores Convexos
Transdutoresconvexossãotransdutoresdearranjo
linearmodificadospeloarranjodoselementos,de
modoqueselocalizemnumtrajetocurvoaolongodo
comprimentodasonda,produzindo,assim,umasérie
deimpulsosdivergentessimilaraotransdutorsetorial
(FiguraB-4).Avantagemdessestransdutoressobreum
sistemadearranjolinearé quepodeserproduzida
imagemdeumaáreamaiorsobexamenasregiões
maisprofundasdasemissõesdivergentes.Transduto-
resconvexosnecessitammaioráreadecontatoque
transdutoressetoriais.O ajustamentodazonafocale
freqüênciamúltiplasimultâneapodempermitirima-
gensdealtaresolução.
Transdutores de Arranjo em Fase
Umtransdutordearranjoemfaseéoutraformade
arranjolinearcurtocomumaseqüênciacompletade
impulsospara64ou 128elementos.Osistemaproduz
umaexposiçãosetorialvariandoo ângulodoraioul-
tra-sônico.Temespecialaplicaçãoparao examecar-
díaco.
ESPAÇADORES
Muitostransdutoressetoriaistêmazonafocalajus-
tadaaumadistânciadotransdutor.Isso,combinado
comaexibiçãodeimagemsuperficialpequena,resul-
taemmáresoluçãodecampoproximal.Paracontor-
naresseproblema,azonafocalpodeseraproximada
dasuperfíciedapele,inserindo-seumespaçadorcon-
dutordesomentreapeleeo transdutor.Oespaçador
incluimateriaiscomosilicone,sacospreenchidospor
salinaeumavariedadedeprodutoscomerciais.Oes-
paçadorécolocadoentrea cabeçadotransdutore a
pele,ou, alternativamente,podeserumaparteinte-
graldacabeçadotransdutor(fluidocompensadorse-
toria!)econtidoporumamembranasobreasuperfície
usadaparaocontatotecidual.Dependendodeseude-
senho,osmateriaisdosespaçadorespodemseraco-
piadosmanualmenteao membro,ao transdutorou
seguradosno localcoma mão.Alémdemelhorara
resoluçãodecampoproximal,o espaçador,devidoà
suasuperfícieflexível,melhorao contatoentreapele
e o transdutor,especialmente,quandoa superfícieé
. FIGURA8-5
Comparaçãoentreasformasdetransdutorescomumenteusados.Da
esquerdaparadireita:setorialmecãnico.setorialmecânicocomfluido
compensador(espaçador)embutido(apropriadoparaexamedetendão),
transdutordearranjolineardeespaçadordestacáveldealmofadadesili-
cone,transdutorconvexoetransdutordearranjoemfase.
EXAME CLíNICO DE EQÜINOS 341
curvaouirregular.Umaseleçãodeespaçadoresetrans-
dutoresémostradanaFigura8-5.
AJUSTANDO OS CONTROLES
DO VARREDOR DE IMAGEM
Brilho do Monitor
o brilhodomonitorpodeserajustadodemodoque
aslinhasdefundosejamapenasvisíveissobluz nor-
mal.Esseajustamentoajustao pretoda imagem,o
queasseguraqueosecosdenívelbaixonãosejamper-
didos.Seomonitorémuitobrilhante,osecosdebai-
xonívelsãoperdidosnobrilhodefundo,eecosmais
fortesnãoentramemfocoe coalescemnumbranco
completo.Reajustamentosserãonecessáriosquando
o aparelhoformovimentadoparaa luz brilhantedo
solouparaumquartoescuro.
Contraste do Monitor
ocontrastedeveserajustadodemaneiraqueos
ecosmaisbrilhantessejambrancosecomofocobem
definido.
Ganho ou Sensibilidade
o controleajustaasensibilidadegeraldosistema.
Essanecessitacontinuamentedeajustamentonasin-
tonizaçãofina durantecadaexame.Seo ajustefor
muitoalto,a imagemé comprometidapelo"baru-
lho" defundoquemascaraosecosdenívelbaixoe
tornaa imagemmuitobranca.Seo ajusteformuito
baixo,osecosespecularesserãomaisóbvios,eosecos
não-especularesdesaparecerão.
Inclinação/Tempo Ganho (para
Compensação de Ganho de Ecos)
ou Ganho Remoto e Próximo
Essescontrolessãousadosparaequilibrarobrilho
dotopoedofundodaimagempelacompensaçãopara
a absorçãodoultra-somàmedidaqueaprofundida-
dedostecidosaumenta.Oscontrolesdeganhoindivi-
dualdevemserajustadosparaabaixarasensibilidade
paraasregiõessuperficiaiseaumentá-Iaparaecosdos
tecidosmaisprofundos.A relaçãoentreníveisdega-
nhoparadiferentesprofundidadesteciduaiséconhe-
cidacomocompensaçãodeinclinação/tempoganho
(CITG).OCITGalteraa amplitudedosecosemretor-
no,dependendodademoraemsuachegada:o grau
deamplificaçãodosecosquechegammaistarde,ori-
gináriosdeobjetosmaisprofundos,émaior.
Rendimento/Potência
Essecontroleajustaapotênciaderendimentodo
transdutoreajudaadeterminaro brilhodaimagem.
A potênciadevesermantidatãobaixaquantopossí-
vel,consistentecomacapacidadedereconhecerecos
deníveisbaixos.Nemtodososaparelhospermitemo
ajustedosníveisderendimentoepotência.
Espectro de Exibição/
Profundidade do Campo
Essecontrolepermitequea imagemsejamagnifi-
cada(aumentada)oureduzidajuntocomaréguade
medida.A magnificaçãoproduzumaimagemmais
granularque,quandoexcessiva,tornaa interpretação
maisdifícil.Alteraçãonamagnificaçãotambémalte-
raaextensãodaimagemquepodeseajustaràtela(é
reduzidapelamagnificaçãoevice-versa).
Freqüência de Quadros
Essecontrolepermitequeafreqüênciadequadros
oufreqüênciadeatualizaçãodeimagemsejaaltera-
da.Emgeral,umamelhorresoluçãoestáassociadaa
freqüênciasmaisbaixas,e freqüênciasmaisaltassão
necessáriasparacaptara imagemdeestruturasem
movimento.Nemtodososaparelhospermitemoajus-
tedafreqüênciadequadros.
Pré e Pós-Processamento
Alémdoajusteinicialdoaparelho,oscontrolesde
pós-ajustamentopodempermitirqueumaimagem
congeladapossaseralterada.É necessáriocuidado,
porquedetalhesdaimagempodemsertantoincremen-
tadoscomoperdidos.Osajustesdoaparelhodevem
serregistradosdemodoqueoajustepossaserduplica-
do (o mesmoajusterealizadonovamente)emultra-
sonsde seguimento(feitosposteriormente,para
acompanharo casoclínico).
Congelamento
O controledecongelamentopermitequea ima-
gemsejamantidana memóriaparadocumentação,
observaçãoemensuração.
Rolamento da Imagem
Quandouma imagemreduzidaé mostradaou
quandoseusaumespaçador,asestruturasmaispro-
fundaspodemficarforadatela.Orolamentoquepode
serfeitoemalgunsaparelhos,permitequeessasre-
giõessejamvistas.
342 VICTOR C. SPEIRS
Tela Dividida
Umateladivididapermitequeduasimagensse-
jammostradassimultaneamente.Issopermitecom-
paraçõesouunirimagenscontíguasdeumobjetomais
longoqueo campodevisãoasermostrado.
Modo-M
o modo-Mé usadoparavisualizarestruturasem
movimento.O espectroou profundidadeé mostrado
noeixoy, eotempo,noeixox.
Mensurações
Compassosdecalibre*eletrônicospodemserati-
vadosparamediradistânciaemlinhacurvaoureta
entrepontos,a áreae a circunferência.Asmensura-
çõessãofeitasnopressupostodequea velocidadedo
somatravésdostecidosmolesé aproximadamente
l.S4om/s.Parafazerumamensuração,umcursoré
colocadonumpontodereferênciadeescolha,eo ou-
tromovimentadoatéo segundoponto.O parâmetro
medidodependedoquefoi selecionado.
Vídeo
Asaídadevídeoéusadaparagravaroumonitorar.
A SELEÇÃO DE UM APARELHO
Aprimeiraconsideraçãoquandoseestáescolhen-
doumaparelhodeultra-soméqualseráotipodeuso
reservadoparao aparelho.Asquatroregiõesdeinte-
resseemcavalos(osistemareprodutor,ostecidosmo-
lesdoaparelhoapendicular,o abdômeneocoração),
devidoàprofundidadedeseustecidoseàanatomiade
suassuperfícies,sãomelhorexaminadascomtrans-
dutoresdeformasdiferentese dedeterminada(s)
freqüência(s).Namaioriadasvezes(comexceçãodo
coraçãoeregiõesmaisprofundasdotóraxeabdômen),
umtransdutorlinearpodeserusado.Apequenajane-
ladeacessoentreascostelasdeterminaqueumtrans-
dutorsetorialsejausadonamaioriadasocasiõespara
permitira imagemdeestruturasintratorácicase ab-
dominaisprofundas.A produçãodeimagensabran-
gentesdocoraçãorequerdispositivosmodo-M,Doppler
eECG.A qualidadedaimagemnamaioriadasvezes
dependedopreço.Osaparelhosmaiscarosproduzem
imagenscommaiorresolução.Umespaçadoré ne-
'N. deT. Marcadorespara medir.Sãoossinaisgráficosutilizadoscom o
trackball paramedirdistãnciasentredoispontos.
cessárioparaexaminartendõessuperficiaiseligamen-
tosnosmembrosdistais.
Aseleçãoótimadafreqüênciadotransdutordepen-
dedadistânciaentreasuperfíciedecontatoearegião
deinteresse.Estruturasimediatamenteabaixodasu-
perfíciedecontato,comotendõeseligamentosnapor-
çãodistaldomembro(quesãoexaminadaspercuta-
neamente),oubexiga(quepodeserexaminadaper-
cutâneaoutransretalmente),sãoexaminadasmelhor
comsomdefreqüênciamaisalta(i. e.,transdutorde
7MHz).Estruturasa umadistânciacomoa docora-
çãonecessitamdeumtransdutorcomumafreqüên-
ciabaixadeaté2,5MHz.Háestruturasqueestãoameio
caminhoentreessesextremose,emvirtudedesualo-
calizaçãooudeseutamanho,necessitamdemaisde
umafreqüênciaparaproduçãodeimagemadequada.
Essasestruturasincluemo úteroe osovários(7 ou
SMHz)observadostransretalmente,estruturasintra-
abdominais,comobaço,fígadoerim(3aSMHz),ob-
servadospercutaneamente,eestruturasvariadas,como
abscessosehematomas(SMHz).
INSTALAÇÕES E CONTENÇÃO
Alémdanecessidadeusualparasegurançadoope-
rador,ovalordoequipamentodeterminaqueeleseja
protegidodepossíveisdanos.O graudecontenção
empregadogeralmentevariamuitocomoprocedimen-
to,o temperamentodocavaloe ascircunstâncias.A
principalpreocupaçãocomcavalossemcontençãoé
queoequipamentoficasobriscodemovimentossúbi-
tosquenãoserãodetectadospeloclínicoquegeral-
menteestáobservandoo monitorenquantocontrola
otransdutor.Condiçõesideaissãoconferidaspelouso
detronco,contençãoquímica(conformeindicado
anteriormente)eumquartoescurofechado.
PREPARAÇÃO DO PACIENTE
Imagensdeboaqualidadenãopodemserobtidas
amenosqueexistaumbomcontatoentreo transdu-
toreapele.A maneiramaisconfiáveldeobterissoé
pormeiodosseguintesprocedimentos;
.Tosquiarpêlosdaáreadecontato..Rasparo tocodepêloscomlâminadebarbear,se
necessário,quandosãousadosespaçadores..Aplicargeldecontato(acoplamento)acústicono
transdutor.
O geldeveserespessoe grudento(paraassegurar
quesegrudenapeleenãoescorrafacilmente)enão
EXAME CLíNICO DE EQÜINOS 343
deveconterbolhasdear.Imagensadequadaspodem
serfreqüentementeobtidascomoutrosacopladores
acústicos,comoálcool,metilceluloseeóleodeparafi-
na (desdequesejamaprovadospelofabricantedo
transdutor),massageandoo pêlo.O geldeveserre-
movidodapeleapóso exameparaevitarinfecçãoou
reaçõesdehipersensibilidade.
LEITURAS
BentleyH,Dysons:Practicalultrasoundphysics- Howtomakeop-
timaluseofyourmachine.EquineVerEduc 1991;3:227.
DysonS:Selectinga machinefordiagnosticultrasoundexamina-
tionsin horses.EquineVerEduc 1991;3:161.
PowisRL:Ultrasoundscienceforlheveterinarian.In DiagnosticUl-
trasound.VerClin NorthAm: EquinePract 1986;3:32.
1"( Bacteriologia
Clínica
Comopartedoprocessodediagnóstico,o clínico
coletaamostrasqueserãosubmetidasaexamemicro-
biológico.Essepodesersimplesmenteum examede
umaamostraparadeterminarsehámicrorganismos
presentesoupodeenvolverculturademicrorganismos.
Emqualquerdoscasos,a amostradeveseradequada
paraotipodelesãoeparaostiposdemicrorganismos
suspeitados.Nãosedevedeixara amostradeteriorar
entreo momentodacoletaea avaliação.A falhaem
observarprecauçõesbásicasconstituiumdesperdício
significativodetempoecustoediminuiaefetividade
do diagnóstico.Diretrizesparacoleta,transportee
manejodeamostrasclínicastêmsidodescritas!esão
resumidasaseguir.
COLETA DE AMOSTRAS
Amaneirapelaqualumaamostradevesercolhida
dependedostiposdebactériasesperadose do local
anatômicoondeseráfeitaacoleta.Porexemplo,flui-
dosinternossãocoletadosporaspiraçãocomagulha,
maslesõescutâneasou demucosassãogeralmente
coletadasporraspagemouswab.
Coleta Estéril de Líquidos Internos
(Sangue, Liquor, Líquido do Tecido
Subcutâneo e Líquido Sinovial
de Articulações, Bainhas
de Tendões e Bolsas)
Essessãolocaisnormalmenteestéreis,easamos-
trasdevemsercoletadasusando-seumatécnicaesté-
ri!,paraassegurarumaamostraótimaeparaevitar
contaminaçãoeinfecçãoiatrogênicaemcavidades.
Procedimento
Cortarospêlosdolocaleprepará-Ioparapunção
estéril.Esfregardetergenteanti-séptico,lavaro local
comálcoola 70%,permitira secageme,finalmente,
pincelarouborrifaro localcomtinturadeiodoedei-
xá-Iosecar.Oclínicodeveusargorro,máscaraeluvas
estéreisparaevitarcontaminaçãodolocal.Umaagu-
lhaéentãointroduzidanalocalizaçãoapropriada,ea
amostraécoletada,poraspiração,numaseringa.
Coleta de Amostras de Locais com
Flora Residente (Pele, Mucosa)
Algumasregiõesdoorganismocarregamumapo-
pulaçãodemicrorganismosaliresidentesquenãoin-
terferemcom a avaliaçãoda amostra.Hávárias
maneirasdereduziro númerodebactériasdaflora
normalnumaamostra:
.Esfreguea superfícieda lesãocomumalgodão
embebidoemálcoole tireumaamostradetecido
maisprofunda(p.ex.,esfreguea superfíciedeuma
pústulacomalgodãocomálcoole coletea amostra
depusporaspiraçãoouapósabrira pústulacom
umbisturi..Esfreguea superfícieda lesãocomumalgodão
embebidoemálcoole entãoremovacrostase
"casca"daferidae tireumaamostradaregião
subjacenteexposta.
346 VICTORC. SPEIRS
.Removaa secreçãodas mucosase coletea amostra
aplicandoum swabúmido na mucosa.
Manejo das Amostras
após a Coleta
oobjetivoapósacoletaéassegurar-sedequeo(s)
microrganismo(s)causativo(s)pode(m)seridentifi-
cado(s).Issoé feitomantendo-seo microrganismo
vivo,assegurandoquea amostranãosequee quea
multiplicaçãosejalimitada.Osprocedimentosque
asseguramissosãoosseguintes:
.Prepararumesfregaço.A disponibilidadede um
esfregaçoasseguraqueo patologistaclínicotenha
algumaidéiadosmicrorganismospresentesno
momentodacoleta.Paraamostrasdelíquidos,é
feitoumesfregaçocolocando-seumagotado
materialnumalâminaparamicroscopia.Para
amostrasdetecidoé feitoumesfregaçode
impressão..Processara amostrao maisbrevepossível..Mantera amostrafria,masnãocongelada..Usarmeiodetransportesemprequeumaamostra
nãopossaserprocessadaimediatamente.
Osmétodosparamanejodediferentestiposdema-
terialvariam,conformeseveránasseçõesaseguir.
Swabs
AERÓBIOS, ANAERÓBIOS FACULTATIVOS.
Swabssecosdevemserumedecidosantesdacoleta(p.
. ex.,BBLTransportSystems,BBLDivisionofBecton-
Dickinsonand Co.,Cockeysville,MD),ouapósaco-
leta,colocando-osdiretamentenomeiodetransporte
(p.ex.,Stuart'sMediumqueé usadono sistemade
transporteMarion ScientificCulturette,KansasCity,
MO).OmeiodeArniesénecessárioparao cultivode
Taylorellaequigenitalis,acausadametritecontagio-
sadoseqüinos.
ANAERÓBIOS. Swabsnãosãoadequadosparaa
coletadeamostrassuspeitasdeconteranaeróbios.Se
nãohá alternativa,ummeiodetransporteadequado
deveserusado(p.ex.,Port-A-CulThbe,BBLDivision
ofBecton-Dickinsonand Co.,Cockeysville,MD;BD
VacutainerAnaerobicSpecimenCollector,BB Divisi-
on ofBecton-Dickinsonand Co.,Rutherford,NJ,ou
TheScott1\vo-ThbeSystem,ScottLaboratories,lnc.,
Fiskeville,RI).
Líquidos
AERÓBIOS, ANAERÓBIOS FACULTATIVOS.
Essasamostrassãoidealmentetransportadasnuma
seringadaqualtodooartenhasidoexpelido.Alterna-
tivamente,seo processamentovai serretardado,o
materialdeveserinoculadonummeiodeculturapara
transporte(p.ex.,CultureCollectionandTransport
System,CurtainMathesonScientificlnc. Precision
DynamicCorporation,Burbank,CA).
ANAERÓBIOS. Asamostrasdevemsertransporta-
dasnumaseringadaqualtodooartenhasidoexpeli-
doe apontadeagulhavedadacomuma"rolha"de
borracha.Podeserusadomeiodetransporte(p.ex.,
BDVacutainerAnaerobicSpecimenCollector,BB Di-
visionofBecton-Dickinsonand Co.,Rutherford,NJ
somenteparabactériasouPort-A-CulVials,BBL Mi-
crobiologySystems,POBox243,Cockeysville,MD).
Tecidos Sólidos
AERÓBIOS, ANAERÓBIOS FACULTATIVOS. A
amostrapodesercolocadanumfrascocomtampa
rosqueadaemínimoespaçodear.A amostrapodeser
tambémcolocadanumaseringaparaointeriordaqual
umpoucodesalinaé aspiradaparaimpedira seca-
gem,eo aréentãoexpelido.Ummeiodetransporte
podetambémserusado(p.ex.,Port-A-CulTransport
SystemVial,BBLDivisionofBecton-Dickinsonand
Co.,Cockeysville,MD).
ANAERÓBIOS. Coloqueo tecidonumrecipiente
estérilcomumespaçodearmínimoouuseummeio
detransporte(p.ex.,Port-A-CulVial,BBLDivisionof
Becton-Dickinsonand Co.,Cockeysville,MD).Não
refrigere.
EXAME ClÍNICO DE EQÜINOS 347
Urina
Coletea amostraemrecipientesestéreiscomtam-
pa derosca.Essasamostrasdevemserprocessadas
muitorapidamente.Devemsermantidasa5°Csenão
puderemserprocessadasem20minutos.Armazena-
gemnessatemperaturaé aceitávelporaté24horas,
emboravisivelmenteocorraalgumadeterioraçãode
leucócitose daviabilidadedasbactérias.A urinade
eqüinoségeralmenteturvae,portanto,érecomenda-
doquesefaçaumesfregaçoimediatamente,demodo
queumacoloraçãodeGrampossaserrealizadapara
verificara presençademicrorganismose decélulas
inflamatórias.Contagenscommaisde10leucócitose
maisde20bactériasporcampomicroscópico(em
imersão,x 1.000)sãoindicativasdeinfecção.Abac-
teriologiaquantitativapodetambémserrealizada
usando-seumacâmaradescartável(p.ex.,KovaGlass-
ticSlide10comretículo,HycorBiomedical,Inc.,USA).
Nessemétodo,a infecçãoéindicadaquandoaconta-
gemdeleucócitosémaiorquelO4fmfdeurina.
Sangue
O sanguedevesercoletadosobcondiçõesestéreis,
conformedescrito.ThbosVacutainernãodevemser
usadosparaevitarumapossívelaspiraçãodemicror-
ganismosparao interiordaamostra.
AERÓBIOS, ANAERÓBIOS FACULTATIVOS. Se
asamostrasnãopodemserprocessadasimediatamen-
te,devemserinoculadasnummeiodeculturapara
sangue(p.ex.,SignalBloodCulturingSystem,Oxoid
USA,Columbia,MD) ou caldodeculturapreparado
emlaboratório(p.ex.,CaldodeInfusãodeCérebroe
Coração- BrainHeartInfusionBroth[BHIF],Oxoid
USA,Columbia,MD).
ANAERÓBIOS. As amostrasdevemsercolocadas
emmeiodetransporte(p.ex.,SignalBloodCulturing
System,OxoidUSA,Columbia,MD).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
LaveDN:ClinicalBacterialagy.ln RaseR],HadgsanDR (eds),Ma-
nual DfEquine Practice,Philadelphia,WB SaundersCam-
pany,1993,ch 15,p 396.
Avaliaçãode
AmostrasPleurais
e Peritoneais
".,
AMOSTRAS
Asamostrassãocoletadasdemodoqueo exame
possaserrealizadoemlíquidoscoaguladosenão-coa-
guladosesobcondiçõesaeróbicase anaeróbicas.As-
sim,o líquidodevesercolhidonumtubocontendo
EDTA(paraassegurarumaamostranão-coagulada)
e tubosimplessemaditivos(paraumaamostracoa-
gulada)etambémnumaseringavedadaouemmeio
detransporteparaavaliaçãomicrobiológica.Estima-
tivasdeglicosee delactatonecessitamdeum tubo
contendofluoretodesódioeoxalatodepotássiopara
inibirposteriormetabolismocelular.
PREPA~AÇÃO E COLORAÇÃO
DAS LAMINAS
Emboraumclínicopossasubmeterumaamostra
diretamenteaolaboratóriosemrealizarqualquerpre-
paraçãoadicional,issonemsempreépossível,espe-
cialmenteparaveterináriosdecampo.Poressarazão,
o clínicodevesabercomopreparara amostradema-
neirasatisfatóriaparaavaliaçãonolaboratório.Oen-
tendimentodoprocessodepreparaçãotambémfacilita
acooperaçãoentreoclínicoeolaboratório,bemcomo
melhorasuacapacidadedeentenderalgumasdasdi-
ficuldadeseminterpretaro materialenviadoaolabo-
ratório.Aavaliaçãocitológicadependedapresençade
umnúmerosuficientedecélulasadequadamentepre-
servadas.Quandoo líquidoéturvoe,portanto,prova-
velmentecontémmuitascélulas,umesfregaçosimples
e diretopodesersatisfatório.Essesesfregaçospodem
serfeitosusando-seatécnicade"puxar"ou"compri-
mir" asamostrasdelíquidobemmisturadassema
necessidadedecentrifugação.Quandoaconcentração
celularébaixa,énecessárioconcentrar-sea amostra
porcentrifugação.Amostraspreparadascomcentrífu-
gacytospinsãoideais,masoequipamentoécaro.Fe-
lizmente,esfregaçosdesedimentopodemserfeitos
usando-seumcentrífugastandard,casooequipamen-
tonecessárionãoestejadisponível.Aamostraécentri-
fugada por 5 minutos com 1.000a 1.500rpm,
removendo-seo sobrenadanteatéqueresteapenaso
necessáriopararessuspenderopelletdecélulasquese
formanocentrifugado.Apósaressuspensãoporagita-
çãosuave,umagotadelíquidoécolocadanumalâ-
minadevidroe é feitoumesfregaço"puxando"ou
"comprimindo"a amostra.Sea centrifugaçãofor
impossível,umaporçãodaamostradeveserconcen-
trada,fazendo-seumalinhadeesfregaço.Essalinhaé
feitaempurrando-sea lâminaatéa gotado líquido,
massemultrapassá-Ia,eentãolevantando-sea lâmi-
nacomummovimentodiretamentevertical,deixan-
do atrásuma linha transversalde líquidoricoem
células.Comoprecaução,paracasosdequebradu-
ranteo transporte,algunsesfregaçospreparadospre-
viamentepodemsersubmetidos.
Váriascoloraçõessãoadequadas(Di/f-Quickéfá-
cildeusar).Outrascolorações,comoadeWright,azul
demetilenooutricrômicos,sãotambémadequadas.A
identificaçãodebactériaséidealmentefeitacomuma
dessascolorações,antesdetentar-seaclassificaçãocom
coloraçãodeGramoucoma coloraçãoparabacilos
álcool-ácido-resistentes.350 VICTORC. SPEIRS
CITOLOGIA
Contagenscelularestotaisediferenciaissãoreali-
zadasportécnicasautomatizadasou manuais.No
entanto,asprimeirascontamtambémdetritossea
amostranãofor limpa.Ashemáciasnãosãogeral-
mentecontadas;noentanto,apresençadehemáciasé
anotadaparaindicarcontaminaçãodaamostrapor
sangueduranteacoleta,hemorragiafrancaoulesões
nasvíscerastorácicaseabdominaisemconseqüência
delesãovascular.
PROTEíNA TOTAL
Aproteínatotalémedidaporrefratometriaoubio-
química.Oprimeirométodoésimplesenecessitaape-
nasdeumrefratômetro.Paraevitarainterferênciade
materialparticulado,é melhorrealizara refratome-
triaapósa centrifugação,mas,desdequea amostra
sejaclara(limpa),issonãoéabsolutamentenecessá-
rio.Arefratometrianãoétãoprecisaquantoostestes
químicos,especialmente,quandoo valoré abaixode
2,5g1df.
GRAVIDADE ESPECíFICA
Esseparâmetrocomparaa densidadedaamostra
comadensidadedaáguadestilada,sendoadiferença
relacionadaaossólidosemsolução.
ANÁLISES QUíMICAS
Ovalordasváriasanálisesquímicastemsidoques-
tionado.Noentanto,a importânciadacomparação
dasmedidasrealizadasnosorocomasrealizadasno
líquidoperitonealédevalorcomprovadonodiagnós-
ticodeuroperitôneo,ondeo líquidoperitonealécon-
taminadocomurina,seguindo-seporequilíbrioentre
sangueelíquidoperitonealatravésdoperitônio.
CULTURA DE MICRORGANISMOS
O métodomaissimplesdesecoletaremamostras
paraculturaécoletá-Iasnumaseringa,retirarcuida-
dosamenteo arempurrandoo êmbolo,tampara se-
ringa,dobrandoa agulhaou usandoumatampa
plásticae submetendoa amostraimediatamenteao
laboratório.Seissonãoforpossível,énecessáriaapre-
servaçãonummeiodetransporteadequadotantopara
ocrescimentodebactériasaeróbicascomoo deanae-
róbicas(verApêndiceC,BacteriologiaClínica).
CLASSIFICAÇÃO DAS EFUSÕES
Asefusõespodemserclassificadascomotransuda-
tos,transudatosmodificadosouexsudatos,usando-se
valoresparaproteínatotalecontagemtotaldecélulas
nucleadas:
Transudatos
Transudatostêmvaloresbaixosparaproteínatotal
« 2,5g1df)eparacontagemtotaldecélulasnuclea-
das« 1.500células/]Jf).Olíquidonormalestánessa
categoria.Oacúmulodeumvolumeanormaldetran-
sudatoocorrequandohádistúrbionapressãoosmóti-
ca do plasma, geralmenteassociadoà hipoal-
buminemia.Neutrófilosnão-degeneradose células
mesoteliais/semelhantesamacrófagosgeralmentepre-
dominamnessegrupodeefusões.
Transudatos Modificados
Essessãotransudatosmodificadosadicionando-se
células(1.500-10.000células/]Jf)e/ouproteína(2,5-
6,5g1df)e ocorremgeralmenteemrespostaa distúr-
bioshemodinâmicossistêmicosou localizados,como
nasobstruçõesdosfluxosvenosoou linfático.Variam
emcordoâmbaraovermelhoou aobranco.Essaé
umacategoriadifícildeinterpretar,porqueosvalores
paracavalosnormaiscomdoençasinespecíficasfre-
qüentementecaemnessacategoria.Geralmentepre-
dominamosneutrófilosnão-degenerados.
Exsudatos
Efusõescomaltosvaloresdecontagenscelulares
(> 10.000células/]Jf)e concentraçõesaltasdepro-
teína(>3,Ogldf)caemnessacategoriaegeralmente
refletempleuriteouperitonitesignificativas.Umaclas-
sificaçãocomoexsudatonãosignificaumdiagnósti-
co, pois alteraçõesvascularespodemresultarde
qualquerdasváriascausasdeinflamação,comosep-
se,distúrbiosimunológicosou tecidodesvitalizado
(necrótico).Otipocelularpredominantecomfreqüên-
ciarefleteoprocessopatológicosubjacente.Porexem-
plo,neutrófilosgeralmentepredominamnasefusões
purulentas,célulasneoplásicasemcasosdeneoplasia
e linfócitosemefusõesquilosasou pseudoquilosas.
Levando-seemconsideraçãoasbactérias,osexsuda-
tossãoclassificadosemsépticoseassépticos.Exsuda-
tossépticoscontêmbactérias(intraouextracelulares),
neutrófilosdegeneradoseproduzemumaculturapo-
sitiva.Exsudatosassépticosnãocontêmbactérias,mas
contêmneutrófilossadiose produzemumacultura
bacteriananegativa.Ainterpretaçãonemsempreésim-
ples,porqueasbactériasnemsempresãofáceisde
EXAME CLíNICO DE EQÜINOS 351
encontraremcultura,eoefeitodesuastoxinassobre
osneutrófilosvariaconformesuavirulência.Alémdis-
so,comoaclassificaçãoamplaébaseadanasconcen-
traçõesprotéicase na classificaçãocelular,elapode
variarseovolumedelíquidosealterar,independente-
mentedaproteínae dascélulas,ou seocorreruma
tendênciadascélulasemconcentrarem-seporgravi-
dade,nosníveismaisbaixosdo acúmulodelíquido
nacavidadeorgânica.Emconseqüência,podeserob-
servadoqueaconcentraçãoprotéicadeumexsudato
sesobrepõeàqueladeumtransudatomodificado.
LEITURA
CowellRL,TylerRD,ClinkenbeardKD,etaI.:Collectionandevalua-
tionofequineperitonealandpleuraleffusions.VetClinNorth
Am: EquinePract 1987;3:543.
Contaminação
daAmostra
comSangue
1"f
o clínicofreqüentementeenfrentaodilemadeter
dedecidirseo sanguepresentena amostraé relacio-
nadoaoprocedimentoda coleta(i. e.,iatrogênico)ou
seérelacionadoaoprocessodadoença.Àsvezes,a res-
postapodeser obtida rapidamentepor um examea
olho nu da amostra,mas, muitas vezes,um exame
microscópicoé necessário.
CARACTERíSTICAS DE UMA
AMOSTRA CONTAMINADA
POR SANGUE
.Redemoinhode hemáciasno líquidodurantea
coletaouagitaçãodaamostra..Presençade plaquetas..Ausênciade eritrofagocitose..Tendênciadaamostraemcoagular..Líquidoapenaslevementeróseo.
CARACTERíSTICAS DE UMA
AMOSTRA CONTENDO SANGUE
ASSOCIADO AO PROCESSO
DA DOENÇA
.Aguda-superaguda
Podecoagular.
Podemocorrerplaquetas.
Aspectomacroscópicoe morfologiacelularsão
semelhantesaodosangueperiférico,masos
númeroscelularese osvaloresprotéicossão
menores.
Podeocorrereritrofagocitose..Crônica
Os neutrófilosfreqüentementesãohipersegmen-
tadose picnóticos.
Nãoocorremplaquetas.
O sanguenãocoagula.
Ocorrem:fagocitosedeeritrócitose deseus
produtosdedegradaçãoe neutrófilossenis.
1"f Biópsia
por Agulha
A biópsiapercutâneaporagulhaé usadaparase
obteremamostrasteciduaisdeórgãoscomoospul-
mões,fígado,rinsedeváriostumores.Abiópsiaége-
ralmenterealizadacomoumprocedimentoestérilque
requerqueospêlossejamaparadosouraspadoseque
asuperfíciedapelesejapreparadacomaplicaçõessu-
cessivasdedetergenteanti-séptico(povidone-iodoou
gluconatodeclorexidina),etanola 70%etinturado
anti-sépticousadoinicialmente.É necessáriaa inje-
çãosubcutâneadeumagotadeanestésicono local
exatoondea agulhaseráinserida.Antesdeinserira
agulha,umapequenaincisãodeveserfeitana pele
comumalâminadebisturi#15paraquea agulha
penetrerelativamentelivredefricçãocomapele.
Oinstrumentodebiópsiamaisfreqüentementeusa-
doéa agulhaTru-Cut,demonstradanaFiguraF-IA,
coma agulhaestendidaeo chanfroparabiópsiaex-
posto.A técnicaparaseuusoémostradanaFiguraF-
IB: o instrumento,coma agulhadentrodacânula
externa,é inseridopelaincisãonapeleeentãonoór-
gãooumassaa serbiopsiada.A agulhaéentãoem-
purradadedentrodacânulaeprofundamentenoalvo.
Issofazcomqueo tecidopenetrenochanfro.Então,
comaagulhaimobilizada,acânulaéavançadarapi-
damentesobrea agulhaparacortaro fragmentode
tecidoacomodadonochanfro.Oinstrumentoéentao
removido,e a agulhaéestendidaparaexporo chan-
frocontendoaamostratecidualqueédestacadaeco-
locadaemsoluçãodeformoltamponada(FiguraF-
IC). A técnicanecessitaprática,pois controlar
simultaneamentea agulhae a cânulaé um pouco
complicado.
Uminstrumentoalternativo,a agulhaautomática
Temno(FiguraF-2),éarmadocommolaeautomati-
za o movimentodeavançodacânula.É concebido
paraserusadocomapenasumamão.Antesdouso,é
armado,puxando-seaextremidaderetangulardaagu-
lhaenquantoseimobilizao restantedoinstrumento,
segurando-sepelasalçasparadoisdedos.Quandoar-
mada,aagulhaficalivreepodesermovidaparaden-
troeparaforadacânula.Paracoletar-seaamostra,o
instrumentoé armado,e o dedosindicadore médio
sãoinseridosnasalças,comoé mostradonodiagra-
ma.Oinstrumentoé inseridonotecido,fazendocom
queagulharecuenacânula.Quandoa agulhaatin-
giraprofundidadeapropriada,opolegaréusadopara
empurrargentilmentea baseretangulardaagulha,
avançando-aassimparaostecidoseexpondoochan-
fro,conformefoi descritoparaa agulhaTru-Cut.O
instrumentoéentãodisparado,empurrando-sefirme-
mentea baseda agulha,fazendoa cânulaavançarmuitorapidamenteecortarabiópsia.O instrumento
éentãoretiradocomotecidoincluído.
356 VICTORC. SPEIRS
,.,
i F~
A
_1.','\I!\II!IIi,,~'1
B
t FIGURA F-1
Técnicade biópsiapor agulha.A. Agulha Tru-Cutcom a agulhaestendidae o chanfrode biópsiaexposto.B.
Ilustraçãodemonstrandocomoa agulhae a bainhasão introduzidasno tecidoe como a biópsiaé coletada.
EXAME CLíNICO DE EQÜINOS 357
~
'\-.
c
. FIGURA F-2
A agulhaTemnoAutomaticDisposableGui/lotine50ftTissueNeedle(Pro-
ductsGroupInternationallnc.).Observeasalçasparaos dedosparafacili-
tar o usocomuma únicamão.
. FIGURA F-1
Continuação
c.oespécimenétransferidoparao
fixador.

Outros materiais